análise do desperdício de água tratada por meio de vazamentos

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ANÁLISE DO DESPERDÍCIO DE ÁGUA TRATADA POR MEIO DE
VAZAMENTOS NAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS EM
EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS: UM ESTUDO EM SALVADOR, BAHIA
TEMA l: ABASTECIMENTO DE ÁGUA
AUTORES: Antonio Mendes Dantas e Luiz Roberto Santos Moraes
RESPONSÁVEL PELA APRESENTAÇÃO ORAL: Antonio Mendes Dantas
Engenheiro Civil (EP/UFBA); Bacharel em Matemática (IMPA/UFBA); Especialização
em Finanças Empresariais (ICEF/FGV); Mestrando em Marketing e Gestão Empresarial
(Universidade Internacional de Lisboa); Professor Adjunto do Instituto de Matemática da
Universidade Federal da Bahia; Engenheiro da Empresa Baiana de Águas e
Saneamento S/A – EMBASA.
Luiz Roberto Santos Moraes
Engenheiro Civil (EP/UFBA) e Sanitarista (FSP/USP); M.Sc. em Engenharia Sanitária
(IHE/Delft University of Technology); Ph.D. em Saúde Ambiental (LSHTM/University of
London); Professor Titular em Saneamento do Departamento de Engenharia Ambiental
e do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental Urbana da Escola
Politécnica da Universidade Federal da Bahia; Membro do Conselho Diretor Nacional
da ASSEMAE.
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RESUMO
Atualmente, há uma preocupação geral com o futuro do planeta Terra e com o
abastecimento de água para as populações, principalmente, com a disponibilidade de
mananciais em condições de vazões disponíveis e com a qualidade da água.
Nas grandes cidades, em função do crescimento demográfico significativo e,
conseqüentemente, de uma demanda maior de água potável, há uma preocupação das
empresas de água e esgoto com as perdas de água que acontecem nos sistemas de
abastecimento, devido a necessidade de maiores investimentos por parte das mesmas.
Essas perdas de água nos sistemas de abastecimento de água, juntamente
com a não utilização da água de uma maneira racional, representam um volume
significativo que é desperdiçado, além de representar parcela significativa de água
tratada que vai diretamente para a rede coletora de esgoto sem atingir o seu objetivo.
Visando estudar a questão, realizou-se pesquisa em 79 edifícios residenciais
de alguns bairros da orla da cidade de Salvador, Bahia, correspondendo a 1.982
apartamentos. Verificou-se em cada edifício visitado, a existência de vazamentos nas
instalações hidráulicas, tanto da área comum do edifício como internamente nos
apartamentos.
A pesquisa encontrou vazamentos nas instalações hidráulicas das áreas
comuns em 30 edifícios, e em 56 edifícios foi encontrado vazamento nos aparelhos
hidráulicos dos apartamentos, num total de 238 apartamentos, sendo que nas
instalações hidráulicas da parte comum dos edifícios, a maior incidência foi no
reservatório inferior, e, na parte interna dos apartamentos, a maior incidência foi no vaso
sanitário do banheiro social, concluindo que torna-se necessário a adoção de ações por
todos os envolvidos visando a economia de água e a redução, ou mesmo a eliminação,
dos desperdícios.
Palavras-chave: Água, Desperdício de Água, Sistema de Abastecimento de Água,
Ligação Domiciliar de Água, Instalações Hidráulicas Residenciais.
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1. INTRODUÇÃO
No planeta Terra a água ocupa 70% da sua superfície, aproximadamente,
97,5% da água existente encontra-se em Oceanos e Mares o que significa uma água
salgada, e a diferença de 2,5% representa água doce, sendo que desse total de água
doce, 68,9% estão nas Calotas Polares e Geleiras, 29,9% são Subterrâneas, 0,3%
estão nos Rios e Lagos e o restante em outros reservatórios
Apesar da existência no Planeta um grande volume de água, somente 0,30%
da água doce está disponível nos rios e lagos.
Atualmente, há uma preocupação geral com o futuro do planeta Terra com
relação ao abastecimento de água, principalmente, com a disponibilidade dos
mananciais em condições de vazões disponíveis e com a qualidade da água.
Nas grandes cidades, em função do crescimento demográfico significativo e,
consequentemente, de uma demanda maior de água potável, há uma preocupação das
empresas de água e esgoto com as perdas de água que acontecem nos sistemas de
abastecimento de água, devido a necessidade de maiores investimentos por parte das
mesmas.
O desperdício de água em um sistema de abastecimento de água acontece
por meio dos vazamentos existentes nas barragens, em adutoras de água bruta, nas
estações de tratamento de água, em adutoras de água tratada, nos reservatórios de
distribuição, nas redes de distribuição de água tratada, nas ligações domiciliares de
água, nos vazamentos existentes nas instalações hidráulicas dos imóveis e na
utilização da água pelas pessoas de uma forma incorreta. As empresas responsáveis
pelos sistemas de abastecimento de água também contribuem com o desperdício
(perdas) de água que acontece nas diversas fases dos sistemas.
Essas perdas de água nos sistemas de abastecimento de água juntamente com
a não utilização da água de maneira racional, representam um volume significativo que é
desperdiçado, além de representar parcela significativa de água tratada que vai
diretamente para a rede de esgoto sem atingir o seu objetivo.
Nas empresas de abastecimento de água e esgotamento sanitário do País um
dos principais programas é o controle de perdas nos sistemas de abastecimento de
4
água, pois na maioria dos sistemas, o índice de perdas encontra-se ainda elevado,
geralmente acima dos 35%.
No estado da Bahia e na maioria dos estados brasileiros, a conta de água nos
edifícios residenciais ainda não é individual por apartamento, isto é, a cobrança não é
feita por apartamento e sim por meio de uma conta única, que é dividida linearmente
pelo número de unidades, e esse critério da divisão linear parece contribuir para o nível
de consciência das pessoas em relação ao uso da água, independentemente de seu
nível social, da não manutenção dos aparelhos hidráulico-sanitários ou da não
utilização da água de uma maneira racional e cuidadosa.
O presente trabalho tem como objetivo analisar a situação quanto à utilização
da água por parte da sociedade, no que diz respeito ao grande desperdício de água
nos edifícios residenciais, por meio da existência de vazamentos nos aparelhos
hidráulico-sanitários dos apartamentos, como também, por meio da existência de
vazamentos nas instalações existentes na área comum dos edifícios.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa foi realizada em 79 edifícios residenciais, correspondendo a 1.982
apartamentos, de alguns bairros da orla da cidade de Salvador, Bahia, escolhidos em
uma área mais antiga da cidade onde a maioria dos edifícios são habitados por
pessoas de classes média e média alta, e, além disso, tendo como premissa os
seguintes fatores:
a) a escolha foi em função de que as ligações domiciliares (conexões) de água
não são individuais por apartamento, isto é, a ligação é única para os edifícios;
b) a conta de água não é individual, é dividida aritmeticamente pelo número de
apartamentos e não pelo consumo efetivo de cada apartamento ou pelo
número de pessoas que habitam cada apartamento;
c) o consumo de água por apartamento é superior do que o consumido pelas
ligações individuais;
d) a disponibilidade de água no sistema público de abastecimento de água para
essa área de Salvador;
e) a maioria dos gestores dos edifícios não controlam o consumo de água
mensal;
5
f) a cultura da população em relação ao manejo e utilização perdulária de água
na residência.
Verificou-se em cada edifício pesquisado, a existência de vazamentos nas
instalações hidráulico-sanitárias, tanto da área comum do edifício como internamente
nos apartamentos.
A pesquisa foi efetuada, inicialmente, nas áreas comuns dos edifícios,
verificando a existência de vazamento entre o hidrômetro
e o registro (válvula)
existente na tubulação que vai do medidor até o reservatório inferior ou reservatório
superior quando da não existência do inferior.
Posteriormente, verificou-se a existência de vazamento (aparente ou não
aparente) entre o medidor e o reservatório inferior, depois verificou-se a existência de
bóia no reservatório inferior, e em caso afirmativo, se a mesma estava vedando a
passagem de água quando o reservatório estava completo (cheio). A pesquisa também
verificou a existência de vazamentos no reservatório inferior.
No reservatório superior observou-se a existência de bóia, e se estava vedando
a passagem de água quando o reservatório ficava completo e na tubulação (coluna)
que vai do reservatório superior até os apartamentos.
Após esta verificação nas partes comuns do edifício, foi efetuada a inspeção
em cada apartamento, verificando a existência de vazamentos nas áreas que possuíam
equipamentos hidráulico-sanitários (nos sanitários existentes), cozinha e área de
serviço.
Outras áreas com equipamentos que pudessem contribuir para vazamentos
como lavabo, máquinas de lavar pratos, quarto dos responsáveis pela manutenção do
prédio, piscina, sauna, salão de festas, academia de ginástica etc, também foram
inspecionadas.
3. RESULTADOS
3.1. Edifícios com Vazamentos
Da amostra de 79 edifícios, 8 deles não apresentaram vazamentos em nenhum
local, correspondendo a 10,13% (V. Figura 1).
6
n = 79
71
80
89,87%
60
8
Número de
40
Edifícios
10,13%
20
0
SEM VAZAMENTOS
COM VAZAMENTOS
Figura 1. Edifícios Pesquisados
Dos 71 edifícios com vazamentos, 15 (21,13%) apresentaram vazamentos
tanto na parte comum do edifício como nas instalações internas dos apartamentos, 41
(57,74%) apresentaram vazamentos apenas nos apartamentos e os outros 15 (21,13%)
apresentaram vazamentos nas instalações comuns do prédio e não apresentaram nos
apartamentos, isto é, apresentaram vazamentos nas tubulações entre o medidor de
água (hidrômetro) e as tubulações internas do prédio, ou nos equipamentos hidráulicos
do reservatório tanto inferior como superior (V. Figura 2).
n = 71
área comum e
apartamentos
21%
área comum
21%
somente nos
apartamentos
58%
Figura 2. Distribuição dos vazamentos por área do edifício
3.2. Incidência de Vazamentos na Área Comum dos Edifícios
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Dos 30 edifícios que apresentaram vazamentos na parte comum do prédio,
a incidência de vazamentos apresentou-se conforme a tabela 2.
Tabela 2. Locais dos vazamentos na área comum do edifício
Local dos Vazamentos
Quantidade
%
inferior
9
29,03
Reservatório inferior
17
54,84
Reservatório superior
4
12,90
Vaso sanitário do salão de festas
1
3,23
Total
31
100,00
Depois do registro e antes do reservatório
Obs.: O total está apresentando 31, em decorrência de 1 edifício
apresentar vazamentos no reservatório inferior e no salão de festas.
Dos 30 edifícios que apresentaram vazamentos na parte comum do prédio,
17 ocorreram no reservatório inferior, correspondendo a 54,84%. Na tabela 3
apresenta-se onde aconteceram esses vazamentos.
Tabela 3. Incidência dos vazamentos no tanque inferior
Local dos Vazamentos
Quantidade
%
Bóia não veda
14
77,78
Paredes com fissuras
4
22,22
Total
18
100,00
Obs.: O total apresenta 18, em decorrência de 1 edifício
possuir vazamentos na bóia e nas paredes do reservatório.
No reservatório superior ocorreram 4 vazamentos, todos em função da bóia
que não vedava.
3.3. Vazamentos nos Apartamentos
Nos 79 edifícios pesquisados existem 1.982 apartamentos que fizeram parte
da pesquisa, sendo que, 308 apartamentos não puderam ser pesquisados em
decorrência de estarem fechados ou os moradores não permitirem a pesquisa,
correspondendo a 15,54% da amostra, o que resulta em 1.674 apartamentos
efetivamente inspecionados, correspondendo a 84,46% da amostra (V. Figura 3).
8
n = 1.982
Fechados/Recusa
308
(15,54%)
Inspecionados
1.674
(84,46%)
Figura 3. Apartamentos que fizeram parte da pesquisa.
Dos 1.674 apartamentos onde a inspeção foi realizada, foi encontrado vazamento em
238 apartamentos (14,22%) (V. Figura 4).
n = 1.674
Com Vazamentos
238
(14,22 %)
Sem Vazamentos 1.436
(85,78 %)
Figura 4. Apartamentos efetivamente pesquisados
Dos 238 apartamentos inspecionados e que apresentaram vazamentos nas
suas instalações hidráulicas internas, a distribuição apresentou-se conforme a tabela 4.
9
Tabela 4. Incidência de vazamentos por tipo de aparelho
TIPO DE APARELHO HIDRÁULICO
TOTAL
%
Vaso Sanitário Social
97
37,74
Vaso Sanitário Suíte
54
21,01
Vaso Sanitário Empregada
53
20,62
Lavatório Sanitário Social
14
5,45
Chuveiro Sanitário Social
11
4,28
Bidê Sanitário Social
8
3,11
Lavatório Sanitário Suíte
4
1,56
Lavatório Sanitário Empregada
4
1,56
Torneira da Jardineira
3
1,17
Pia da Cozinha
3
1,17
Lavanderia
3
1,17
Chuveiro Sanitário Empregada
2
0,78
Chuveiro Sanitário Suíte
1
0,39
Lavabo
0
0,00
257
100,00
Total
Obs. : Apartamentos com vazamentos em mais de um aparelho.
4. DISCUSSÃO
A falta de conscientização com relação ao desperdício de água devido aos
vazamentos existentes nos edifícios, tanto na área comum do mesmo ou internamente
nos apartamentos, pode ser constatado por meio da pesquisa realizada. Embora seja
uma realidade a sua existência, o desperdício de água em edifícios residenciais ainda
não foi avaliado por parte dos usuários, pelas empresas de água e esgoto e pelas
autoridades governamentais, não importando o escalão destas últimas.
Os vazamentos nos aparelhos hidráulicos dos edifícios residenciais em
Salvador está associado a um volume de água que não foi utilizado pelos usuários,
porém, como esse volume desperdiçado é cobrado pela empresa de água e esgoto, e
por existir atualmente disponibilidade de água bruta para abastecer Salvador pelos
próximos 10 anos em função de investimentos efetuados para a reservação de água
doce nos diversos mananciais existentes, embora muito ainda tenha que ser feito para
regularizar o abastecimento, as empresas estaduais de água e esgoto estão no
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momento, mais preocupadas com as perdas de água nos sistemas de distribuição,
atualmente em torno de 40%, que em desperdícios domiciliares.
Realmente, a hipótese do estudo foi confirmada, pois dos 79 edifícios
pesquisados, 71 apresentaram alguma forma de vazamento, isto é, água desperdiçada
sem nenhuma utilização. Essas informações poderão servir para subsidiar em um
futuro próximo, as soluções a serem implantadas visando a redução desses
vazamentos e, conseqüentemente, a diminuição do desperdício de água, contribuindo
para postergação de investimentos e, em cada edifício, para a redução do valor da
conta de água, esgoto, ICMS e despesas de energia elétrica, em função da redução do
volume de água bombeado, além de menor depreciação dos conjuntos moto-bombas.
Outro aspecto demonstrado pelos resultados da pesquisa é que dentro dos
apartamentos a maior incidência ocorre no vaso sanitário, não importando onde ele
está instalado, se no banheiro social, suíte ou no sanitário de empregada, achado
também encontrado em pesquisa realizada por Mendonça (1975), que apresentou a
bacia sanitária (vaso) como o aparelho de maior utilização de água, correspondendo à
29% do volume utilizado pelas residências e em pesquisa realizada pela Niagara
Products Energy & Water dos USA, que apresentou a utilização de água no banheiro
igual a 75% da residência (Tomaz, 2001).
Torna-se necessário a execução de algumas ações pelos interessados, para
que o desperdício por meio de vazamentos nos aparelhos hidráulicos dos edifícios
residenciais, tanto na área comum do prédio como internamente nos apartamentos
deixem de existir, bem como a realização de programas de educação ambiental junto à
população desses edifícios, demonstrando a importância de economizar água, inclusive
apresentando a dificuldade que está acontecendo nos grandes centros para produção
de água tratada.
5. CONCLUSÃO
A pesquisa demonstrou que os vazamentos nos edifícios aconteceram na
área comum dos edifícios e nos apartamentos. A maior incidência na área comum dos
edifícios ocorreu no reservatório inferior, sendo o vazamento pela bóia do reservatório
inferior o que apresentou a maior participação e, internamente nos apartamentos, a
maior incidência ocorrendo na bacia (vaso) sanitária(o) do banheiro o social.
Baseado nos resultados da pesquisa e na experiência dos autores,
recomenda-se que :
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Para a Área Comum dos Edifícios
o administrador do condomínio juntamente com um encanador, deverá efetuar
inspeções no mínimo semanal em todas as instalações hidráulicas da área comum
do edifício, para constatação de vazamentos;
o administrador deverá solicitar a um dos empregados do edifício que verifique a
leitura do medidor de água, diariamente, e, se possível no mesmo horário, e que
essa leitura seja lançada em uma planilha para avaliar o consumo diário do edifício.
Quando o consumo diário for acima de um certo percentual, será considerado
indicador de vazamento nos equipamentos hidráulicos;
o administrador deverá orientar aos empregados do edifício como deve ser utilizada
a água de maneira racional, quando da lavagem de áreas e quando regar o jardim e
as plantas.
Internamente nos Apartamentos
v o administrador do condomínio juntamente com um encanador e um morador do
apartamento, deverá efetuar inspeções no mínimo semanal em todas as instalações
hidráulicas de cada apartamento, para constatação de vazamentos;
v quando for identificado algum aparelho hidráulico apresentando vazamento, o
condomínio deverá providenciar o conserto de imediato do vazamento, substituindo
as peças que se façam necessárias, ao invés de informar ao condômino da
existência do vazamento e esperar que ele conserte. O custo da correção do
vazamento será cobrado do condômino na próxima fatura;
v efetuar campanha de esclarecimentos sobre a importância do uso racional da água
junto aos moradores de cada apartamento;
v quando a utilização diária de água aumentar muito acima da média, o administrador
do condomínio deverá, em caso emergencial, efetuar vistoria tanto nas instalações
da área comum do edifício como dos apartamentos. Um indicador da existência dos
vazamentos nos apartamentos é a verificação do consumo de energia elétrica do
edifício, e se o mesmo aumentou no mesmo período, significando que houve um
aumento no volume de água bombeada para o reservatório superior;
v o administrador do edifício juntamente com os responsáveis por cada apartamento
poderão adotar providências para substituir os aparelhos mais antigos por aparelhos
mais modernos que consomem menos água e, consequentemente, contribuir para
um menor consumo.
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Para os Moradores dos Apartamentos
verificar sistematicamente a existência de vazamentos nos aparelhos hidráulicos
dos apartamentos, se possível, diariamente ou semanalmente;
orientar as pessoas que moram no apartamento e utilizam os aparelhos hidráulicos,
para observar a existência de vazamentos. Quando verificar que existe algum
vazamento, avisar de imediato ao responsável pelo apartamento, para que seja
corrigido o vazamento.
Para as Empresas de Abastecimento de Água e Esgoto
v as empresas responsáveis pelo abastecimento de água, deverão efetuar programas
educativos periódicos por meio dos diversos meios de comunicação, malas diretas
ou diretamente nos condomínios, visando o uso da água de uma maneira mais
racional, mesmo que esta água esteja sendo cobrada, com o objetivo maior de
postergação de investimentos;
v as empresas responsáveis pelo abastecimento de água, quando verificarem que o
consumo do edifício aumentou em relação a parâmetros adotados, deverão efetuar
uma pesquisa de vazamentos nos edifícios para mostrar aos usuários onde se
encontra o vazamento;
v as empresas responsáveis pelo abastecimento de água, além da preocupação atual
com as perdas de água nos sistemas, deverão começar a se preocupar com as
perdas de água proveniente do desperdício de água nos imóveis, mesmo que essa
água esteja sendo paga pelos usuários;
Para o Município ou Estado
v o município deverá aprovar legislação exigindo para os novos edifícios em
construção, medição individual de água por apartamento. Como cada apartamento
irá pagar pelo que utilizar, essa medida deverá fazer com que os responsáveis por
cada apartamento quando identificar vazamentos, providencie a correção dos
mesmos de imediato para não aumentar a sua conta de água/esgoto;
v o estado ou município deverá aprovar legislação que obrigue para as novas
construções, a utilização de aparelhos hidráulicos que economizem água.
6. REFERÊNCIAS
MENDONÇA, Sérgio Rolim. Manual do Reparador de Medidores de Água. São Paulo:
CETESB, 1975.
TOMAZ, Plínio. Economia de Água. São Paulo: Navegar Editora, 2001.
VILLIERS, Marq de. Água. Rio de Janeiro: Ediouro Publicações, 2002.
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