1 BOLETIM TÉCNICO UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS DEPARTAMENTO DE AGRICULTURA INDUÇÃO FLORAL EM MANGUEIRA (Mangifera indica L.) Boletim Técnico - n.º 101 - p. 1-22 ano 2016 Lavras/MG GOVERNO DO BRASIL 2 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS MINISTRO: José Mendonça Bezerra Filho REITOR: José Roberto Soares Scolforo VICE-REITORA: Édila Vilela de Resende Von Pinho Diretoria Executiva: Marco Aurélio Carbone Carneiro (Diretor) e Nilton Curi (Vice-Diretor) Conselho Editorial: Marco Aurélio Carbone Carneiro (Presidente), Nilton Curi, Francisval de Melo Carvalho, Alberto Colombo, João Domingos Scalon, Wilson Magela Gonçalves. Administração: Flávio Monteiro de Oliveira Secretaria Geral: Késia Portela de Assis Comercial/ Financeiro: Damiana Joana Geraldo Revisão de Texto: Líbia Aparecida Carlos Referências Bibliográficas: Márcia Bento Rosa da Silva Editoração Eletrônica: Renata de Lima Rezende, Patrícia Carvalho de Morais, Marco Aurélio Costa Santiago Impressão: Gráfica/UFLA ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA: Universidade Federal de Lavras - EDITORA UFLA - Pavilhão 5 (Nave 2) - Caixa Postal 3037 37200-000 - Lavras, MG. Telefax: (35) 3829-1551 Fone: (35) 3829-1089 E-mail: [email protected] 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 5 2 ASPECTOS GERAIS DA CULTURA .............................................................................. 6 3 COMPORTAMENTO VEGETATIVO E FLORAL DA MANGUEIRA ..................... 7 4 FATORES QUE INFLUENCIAM NA FLORAÇÃO ...................................................... 9 4.1 Fotoperíodo ............................................................................................................... 10 4.2 Temperatura .............................................................................................................. 10 4.3 Auxinas e citocininas ................................................................................................ 11 4.4 Giberelinas (GA’s) ...................................................................................................... 11 4.5 Etileno ......................................................................................................................... 12 4.6 Estresse hídrico .......................................................................................................... 13 4.7 Paclobutrazol (PBZ) .................................................................................................. 13 4.8 Sulfato de potássio (K2SO4) .................................................................................... 15 4.9 Nitratos (KNO3 e Ca(NO3)2) ................................................................................. 15 4.10 Desponte de ramos ................................................................................................. 16 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 17 6 AGRADECIMENTOS ...................................................................................................... 17 7 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................................... 18 4 5 INDUÇÃO FLORAL EM MANGUEIRA (Mangifera indica L.) Givago Coutinho1 Irton de Jesus Silva Costa1 Leila Aparecida Salles Pio2 1 INTRODUÇÃO A mangueira (Mangifera indica L.) é nativa do sul da Ásia. Por ser uma região de clima tropical permite que esta planta se adapte bem em áreas onde as estações de seca e chuva são bem definidas. A planta foi trazida ao Brasil pelos portugueses no século XVI e atualmente constitui umas das principais frutíferas tropicais cultivadas em território nacional e seus frutos são muito apreciados pelos brasileiros. No primeiro semestre de 2015 a exportação brasileira da fruta totalizou 46.155 toneladas, a produção brasileira no ano de 2013 ficou em torno de 1.163.000 toneladas e uma área colhida de 70.372 hectares no mesmo ano (ANUÁRIO DA AGRICULTURA BRASILEIRA - AGRIANUAL, 2016). A produtividade desta cultura é relativamente baixa devido a vários fatores principalmente relacionados com floração e frutificação. Portanto, para que a produção de frutos seja satisfatória, deve-se atentar aos aspectos fisiológicos e fitopatológicos ligados à floração e frutificação da planta. O desenvolvimento da gema poderá ocorrer resultando em elementos vegetativos ou mesmo florais, estando este segundo condicionado no nível de estímulo que ocorre durante o processo de iniciação, que determina o tipo de brotação. O crescimento vegetativo culmina com o desenvolvimento de folhas e o generativo com a formação de inflorescências ou panículas, ramos florais e consequentemente frutos, podendo formar também ramos mistos, compostos de Engenheiro Agrônomo, doutorando em Agronomia/Fitotecnia, Departamento de Agricultura/Universidade Federal de Lavras (UFLA) 2 Professora adjunta com área de atuação em Fruticultura Tropical, Departamento de Agricultura/Universidade Federal de Lavras (UFLA) 1 6 folhas e inflorescências. Em termos gerais isso significa que os frutos não estão disponíveis em todas as épocas do ano devido à exigência de fatores que induzam a floração e que são requeridos pela planta. Com isso a indústria sofre com a inconsistência de produção durante o ano. A floração ocorre de junho a setembro no hemisfério sul sendo que as cotações mais elevadas são alcançadas no mercado interno no primeiro semestre devido à inexistência de safra na maioria dos polos de produção. Assim a produção fica restrita a certas épocas do ano. O florescimento da mangueira pode ocorrer durante um longo período, cujo início pode acontecer de forma natural ou induzida, sendo afetado por condições climáticas, produtividade de ciclos anteriores e uso de reguladores vegetais. Quase todas as variedades de mangueira apresentam irregularidade na produção. A utilização de técnicas avançadas de produção, incluindo o uso de reguladores de crescimento e desenvolvimento de técnicas que promovem a produção dos frutos fora da época de safra é de grande relevância por diminuir a flutuação de produção. Devido à alta demanda de frutos pelo mercado e a alta rentabilidade da cultura, torna-se relevante à busca por alternativas que propiciem manejar a época de produção e permitam a oferta do produto durante todo o ano. Esse constitui um dos interesses principais na exploração da mangueira. Dessa forma, este boletim técnico visa fornecer informações sobre o manejo da floração em mangueira. 2 ASPECTOS GERAIS DA CULTURA A mangueira (Mangifera indica L.) pertence à família Anacardiaceae e seus frutos figuram entre as frutas tropicais de maior expressão econômica nos mercados brasileiro e internacional. Originária do Sul da Ásia, mais precisamente da Índia e do Arquipélago Malaio, encontra-se inserida em meio a um gênero cujo número de espécies é controverso, sendo relatado de 35 a 69 espécies de interesse comercial. No Brasil, são encontrados grandes plantios com mangueiras propagadas por semente (pés-franco), e extensivamente cultivadas, com intensa variabilidade genética resultante de cruzamentos, intra e interespecíficos, de duas raças introduzidas pelos portugueses: Indiana e Filipina. 7 A raça Indiana apresenta frutos oblongos a arredondados, casca geralmente vermelha e sementes monoembriônicas, representada pelas cultivares oriundas da Flórida como a ‘Tommy Atkins’, ‘Haden’, ‘Palmer’ e outras. A raça Filipina apresenta frutos compridos, casca de coloração amarela a verde, sementes poliembriônicas e são normalmente usadas como porta-enxertos. No Brasil são cultivadas diferentes variedades de manga como ‘Tommy Atkins’, ‘Haden’, ‘Keitt’ e ‘Palmer’, sendo estas de ampla aceitação no mercado, além de cultivares de interesse regional como ‘Bourbon’, ‘Espada’, ‘Coqueiro’, ‘Ouro’. Em relação à sazonalidade, a mangueira é considerada uma cultura de curta sazonalidade de produção, esse fato é apontado como um problema para a cultura. A solução está na obtenção de novas variedades mais precoces ou mais tardias, principalmente com relação às variedades ‘Keitt’ e ‘Palmer’, que são do tipo tardio, com grande aceitação no mercado e com boa produção em condições tropicais. A indução floral também constitui uma alternativa viável a fim de se minimizar o problema na produção causado pela sazonalidade. 3 COMPORTAMENTO VEGETATIVO E FLORAL DA MANGUEIRA Em mangueiras, se observa um antagonismo entre vigor vegetativo e intensidade de floração, e todo fator que reduz o vigor vegetativo, sem alterar a atividade metabólica, favorece a floração. O crescimento da mangueira ocorre em brotos apicais e axilares dos ramos, antes do período de dormência, que ocorre em períodos curtos nas plantas jovens e mais prolongados em plantas adultas. Existem três tipos de brotos que podem se desenvolver depois de um período de dormência, sendo eles o vegetativo, que origina as folhas; o generativo, que determina a inflorescência ou panícula; e o ramo misto, que é composto de folhas e inflorescências nas axilas das folhas. O esquema do modelo de floração pode ser observado na figura 1. Os processos de iniciação e indução são regulados por diferentes sinais e podem ser alterados por meio de estímulos distintos. O crescimento vegetativo pode ocorrer de três a quatro vezes ao ano, em ramos individuais. Já o crescimento reprodutivo ocorre após intensos períodos de repouso ou durante os meses frios de inverno, de acordo com a região. 8 O frio e o estresse hídrico são condições naturais que induzem a paralisação do crescimento vegetativo da mangueira, nas condições de clima subtropical e tropical, respectivamente. A indução floral está orientada por baixas temperaturas principalmente noturnas. Figura 1 – Modelo de floração da mangueira (Mangifera indica L.), (DAVENPORT, 1997). O estresse hídrico também atua como indutor floral por ser responsável pela paralisação do crescimento vegetativo e diferenciação celular, fatores indispensáveis para a floração e frutificação em mangueiras. Além disso, este estresse evita o crescimento vegetativo. Assim, um atraso no crescimento pode permitir, por mais tempo, um acúmulo do promotor floral ou uma diminuição no nível do promotor vegetativo (ácido giberélico), à medida que o ramo amadurece. A poda, por exemplo, estimula a brotação de gemas axilares. O crescimento vegetativo ou floral ocorre em duas fases distintas com a quebra de dormência e crescimento da gema. Posteriormente, ocorre o desenvolvimento, fase essa denominada iniciação. Juntamente nessa fase ocorre a indução, etapa em que fica 9 determinado o tipo de broto que irá surgir: vegetativo ou floral. Esses processos são regulados por diferentes estímulos como a poda dos ramos e folhas. O crescimento vegetativo é determinante para a produção, pois quanto mais abundante o número de brotos vegetativos, maior a probabilidade de ocorrência de panículas e maior a frutificação. Em mangueira, o florescimento ocorre em ramos com, no mínimo, três meses de idade. No processo de floração, ocorre a emissão de uma inflorescência em forma de panícula terminal ou lateral, de tamanho e coloração variáveis, ereta ou inclinada e largamente ramificada. As flores são hermafroditas e apresentam problema de fertilização, em geral menos que 1% de todos os frutos formados atinge efetivamente o estágio de maturação. A planta, portanto, é monoica e as flores medem em torno de 5 a 10 milímetros. Na frutificação, a mangueira pode apresentar alternância de produção, com elevada formação de frutos por planta em uma safra e poucos frutos na safra seguinte, podendo também ocorrer varias florações durante o ano, como acontece na região nordeste do Brasil. Foram observados ate cinco surtos de floração na cultura em um mesmo ano. O período produtivo da mangueira no Brasil, que antes variava entre três e quatro meses, para que a colheita se completasse entre outubro e janeiro, ocorreu um aumento passando para seis meses em média após a introdução de novas variedades. Com técnicas que possibilitem a antecipação da floração, como o manejo da floração o mesmo pode ser estendido por mais um e dois meses, indo de agosto a abril. 4 FATORES QUE INFLUENCIAM NA FLORAÇÃO Uma melhor compreensão de como as plantas respondem aos fatores ambientais, principalmente luz, temperatura, disponibilidade de nutrientes e água, trouxe benefícios incalculáveis para a agricultura. Isso permitiu escolha das épocas e dos locais de plantio mais adequados, favorecendo as colheitas e disponibilizando produtos em função das necessidades e demandas do mercado. Na mangueira, a floração só ocorre se certos fatores correlatos, como nutrição, temperatura (fator fundamental quanto à determinação de ramo produtivo) ou idade do ramo, estiverem presentes, onde o nível de estímulo floral determina a resposta, sendo que níveis altos dão origem à panículas normais, níveis intermediários dão origem à panículas mistas e níveis baixos resultam em crescimento vegetativo. 10 Os principais problemas de frutificação estão relacionados com período juvenil prolongado, abortamento de gemas florais, pouca formação de gemas florais e baixa frutificação devido à forte competição de fotoassimilados por pontos de crescimento. Fisiologicamente, o estado juvenil pode ser descrito como o período em que as plantas têm aumento exponencial em tamanho, quando os processos de floração e frutificação não podem ser induzidos e a morfologia das folhas e gemas são características. Existe uma série de práticas para o manejo de indução floral da mangueira, dentre elas a poda, a nutrição, a irrigação e reguladores de crescimento vegetal. Ao se utilizar algumas dessas técnicas de indução floral, o agricultor deve se atentar em ajustá-la de acordo com cada fase fenológica da mangueira, bem como de acordo com o manejo fitossanitário, visando incorporar a nova técnica ao manejo da cultura. Os principais fatores que podem interferir na floração da mangueira, a saber: fotoperíodo, temperatura, auxinas e citocininas, giberelinas, etileno, estresse hídrico, paclobutrazol, sulfato de potássio, nitratos e desponte de ramos, os mesmos são listados a seguir: 4.1 Fotoperíodo A indução floral da maioria das plantas envolve sensibilidade à fatores como comprimento do dia ou temperaturas, em algum órgão da planta. Na mangueira, a indução floral é provocada por temperaturas baixas e não por fotoperíodo longo. A mangueira pode ser considerada uma planta neutra em relação ao fotoperiodismo. No entanto, há um estímulo para a formação de maior número de flores perfeitas (hermafroditas) no lado da planta que recebe mais luz diretamente. Esse fato deve orientar o sentido das plantações, para que plantas recebam, por igual, a luz solar. 4.2 Temperatura A temperatura é um fator muito importante no florescimento da mangueira. Em condições naturais, com temperatura diurna de 31º C e noturna 25º C, os ramos não florescem, apenas vegetam. Nas regiões tropicais, onde não ocorrem temperaturas frias durante a noite, a floração da mangueira só acontece quando as gemas atingem determinada idade (maturação). 11 Os brotos vegetativos ou generativos ocorrem de acordo com as condições climáticas presentes no momento da iniciação. Em condições tropicais de baixa latitude, temperatura acima de 25 ºC, alta umidade atmosférica e do solo e outros fatores como a idade do ramo e a época de brotação são fatores importantes na definição de um broto vegetativo ou floral. A floração da mangueira nas áreas tropicais que não tem temperaturas noturnas frias só ocorre quando os brotos atingem determinada idade. No semiárido nordestino, no processo de indução floral sob condições de altas temperaturas, é indispensável se trabalhar com brotos maduros, com pelo menos três meses de idade. A floração em ramos jovens, que contém maiores níveis de inibidores florais, somente vai ser possível se, no período de iniciação do broto, houver a ocorrência de temperaturas frias necessárias à indução floral. 4.3 Auxinas e citocininas Os estudos anatômicos dos brotos da mangueira demonstram que a gema apical é composta de primórdios foliares e primórdios florais e para que haja a diferenciação floral é necessário um verdadeiro equilíbrio entre os hormônios vegetais. A auxina e a giberelina são responsáveis pelo crescimento vegetativo e a citocinina pelo crescimento reprodutivo, é esse balanço hormonal que influencia a floração. A citocinina por sua vez, é sintetizada no ápice das raízes e transportada via xilema para as gemas apicais, desempenhando um importantíssimo papel na diferenciação do tecido vegetativo em reprodutivo. A auxina, entretanto, é um inibidor da iniciação do broto e, ao inibir as brotações axilares, reforça a dominância apical. Essas observações sugerem que as auxinas (inibidoras) e citocininas (promotoras) podem, de forma interativa, estarem envolvidas no processo de quebra de dormência dos ramos. A iniciação dos brotos pode estar regulada por um balanço crítico entre estas e um terceiro hormônio vegetal (giberelina). 4.4 Giberelinas (GA’s) Para a floração, é necessário que ocorra a paralisação do crescimento vegetativo, uma vez que tal processo proporciona o bloqueio da distribuição de seiva elaborada e o acúmulo de carboidratos nas extremidades da copa da planta. Essa paralisação 12 pode ocorrer tanto pela incisão de ramos ou por outro método que incite o bloqueio no ramo e posterior acúmulo de carboidratos, tendendo ao florescimento. A paralisação e/ou redução do crescimento do sistema radicular favorece o florescimento de algumas espécies arbóreas, como a mangueira, devido à baixa síntese de giberelinas. Altos níveis de giberelinas inibem a floração e estimulam o crescimento vegetativo; o declínio dos teores de giberelina aumentará a floração. A biossíntese de giberelina é mais acentuada em temperaturas elevadas, favorecendo a brotação dos ramos e suprimindo a floração da mangueira. O regulador de crescimento vegetal Cultar®, que contém um princípio ativo conhecido como paclobutrazol, inibe a biossíntese da giberelina, contribuindo para a inibição do crescimento dos ramos, promovendo a maturação das gemas e consequentemente favorecendo a floração. Os ramos vegetativos em desenvolvimento são fontes de giberelina e auxina. 4.5 Etileno O etileno é um hormônio vegetal empregado na agricultura como regulador de processos fisiológicos de desenvolvimento vegetal e que se encontra na forma de gás, apresentando uma alta taxa de difusão. O produto químico mais utilizado para liberar etileno é o etefon (ácido 2-cloroetilfosfônico). Aplicado e prontamente absorvido pelas folhas, o etefon é translocado na planta e ao atingir o citoplasma libera o regulador etileno que tem ação como indutor floral. A liberação de etileno em plantas a partir de etefon não envolve nenhuma atividade enzimática da planta tratada. O mesmo é estável em forma ácida, mas libera etileno em pH acima de 3,5. A taxa de liberação de etileno aumenta à medida que o pH aumenta. O etefon pode ser translocado por toda a planta. Entre as várias funções do etileno estão a promoção da floração em plantas lenhosas e a aceleração de maturação de órgãos das plantas. O uso do etefon como produto capaz de amadurecer gemas vegetais têm sido uma das principais ferramentas do produtor. No processo de indução floral, o etefon não tem bom desempenho quando utilizado isoladamente; a eficiência é conseguida quando ele é combinado com estresse hídrico e/ou paclobutrazol (PBZ). O etefon deve ser aplicado por meio de pulverizações. As dosagens eficientes estão entre 200 e 300 ppm. Doses elevadas podem causar abscisão das folhas. 13 4.6 Estresse hídrico A técnica que utiliza o estresse hídrico na indução floral da mangueira normalmente consiste na redução gradual da quantidade de água de irrigação. Isso promove maturação mais rápida e uniforme dos ramos, com a planta, por meio da fotossíntese e o acumulo reservas, porém, sem vegetar. Ao mesmo tempo em que uma suspensão total de fornecimento de água deixa a planta mais sujeita a brotação vegetativa. Sob condições de estresse hídrico, o meristema apical desidratado pode tornarse mais sensível a baixos níveis de estímulo floral. Na ausência de temperaturas frias (<15°C), as mangueiras nos trópicos podem florescer em resposta à irrigação ou chuvas, depois de um estresse hídrico de 6 a 12 semanas ou mais. O estresse hídrico, se bem conduzido, e dependendo do estado nutricional da planta e da idade dos ramos, pode emitir o efeito desejado entre 30 e 60 dias. A irrigação deve ser reiniciada gradualmente até atingir seu ponto máximo para aquele período do ano, quando 60% das gemas das plantas apresentarem sintomas de brotação. 4.7 Paclobutrazol (PBZ) Os triazóis destacam-se como o principal grupo de compostos desenvolvidos para o controle de fungos e também usados por suas propriedades reguladoras do crescimento vegetal. Dos vários triazóis existentes, o paclobutrazol (PBZ) [(2RS,3RD)-1-(4-clorofenil)-4, 4-dimetil-2-(1,2,4-triazol)-3-pentanol] e o uniconazol (UCZ) são os produtos mais efetivos em retardar o crescimento de plantas monocotiledôneas e dicotiledôneas. O PBZ, substância utilizada como inibidor da biossíntese de giberelinas, tem sido amplamente utilizado em quase todas as regiões onde se cultiva mangueiras, como agente promotor da indução floral. Embora sua forma de aplicação possa ser em pulverização foliar, o PBZ via solo é mais eficiente. Pode ser feita tanto na projeção da copa quanto junto ao tronco da planta, desde que a área de aplicação esteja bem irrigada, pois a água será o seu veículo de condução até as raízes. Dias após a aplicação, as mangueiras tratadas apresentam folhagem com intensa coloração verde escura e com maior conteúdo de clorofila que as plantas não tratadas. Uma das decisões mais difíceis no trabalho com PBZ é a determinação da dosagem a aplicar. 14 Segue abaixo algumas recomendações de dosagem para o uso do Cultar® (Tabela 1). Tabela 1 – Recomendação de dosagens de paclobutrazol (PBZ) (Petrolina, PE). Diâmetro (m) 2,00 2,25 2,50 2,75 3,00 3,25 3,50 3,75 4,00 4,25 4,50 4,75 5,00 5,25 5,50 5,75 6,00 6,25 6,50 Área 2 (m ) 3,14 3,98 4,91 5,94 7,07 8,30 9,62 11,04 12,57 14,19 15,90 17,72 19,64 21,65 23,76 25,97 28,27 30,68 33,18 PBZ PBZ PBZ (gr) 1,65 1,80 2,00 2,20 2,45 2,70 2,90 3,20 3,60 4,00 4,45 4,90 5,35 5,80 6,30 6,80 7,35 8,10 8,90 (gr/m linear) 0,83 0,80 0,80 0,80 0,82 0,83 0,83 0,85 0,90 0,94 0,99 1,03 1,07 1,10 1,15 1,18 1,23 1,30 1,37 (gr/m ) 0,53 0,45 0,41 0,37 0,35 0,33 0,30 0,29 0,29 0,28 0,28 0,28 0,27 0,27 0,27 0,26 0,26 0,26 0,27 2 Fonte: Albuquerque e Mouco (2002). É bom salientar que a irrigação deverá ser reduzida aos 60 dias da aplicação do Cultar® e só deve retornar aos índices normais, quando for observada a florada acima de 50%. O PBZ possui elevada eficácia como indutor na floração da mangueira, embora seja muito persistente tanto na planta quanto no solo, apresenta baixa toxidade para insetos, pássaros e organismos do solo e também para a saúde humana. Nos frutos, os resíduos são baixos ou não detectáveis e não representam perigo para os consumidores. O efeito de determinada dosagem de PBZ pode variar com as cultivares de manga, bem como com relação ao porte. Dentro da mesma variedade, a sensibilidade ao PBZ vai depender da época de aplicação. 15 Com relação à idade, as plantas mais jovens são mais sensíveis e respondem ao PBZ com doses menores que as plantas mais velhas; a eficiência, bem como a vida média do PBZ no solo, também vai depender das práticas culturais, condições climáticas e do tipo de solo. É comum, depois da poda pós-colheita, utilizar a avaliação visual do desenvolvimento dos novos fluxos vegetativos. Assim, para o 2º ano de aplicação, dependendo do aspecto da brotação vegetativa (normal ou compactada) depois da poda pós-colheita, pode-se usar 70% ou 50% da dose de PBZ da safra anterior. 4.8 Sulfato de potássio (K2SO4) O íon potássio interfere na relação potássio/nitrogênio (K/N), evitando que a planta continue a vegetar e colaborando com a maturação dos ramos, melhorando a fertilidade da gema. O manejo da indução floral além do Cultar® e do etefon ainda conta com um terceiro elemento, o sulfato de potássio (K SO ) o qual é aplicado de 2 a 2,5% em duas 2 4 ou três aplicações com um intervalo de sete dias a partir de 60 dias de aplicação do Cultar®, é comum também se aplicar o sulfato de potássio nestas mesmas dosagens, intercalando-se com o etefon com intervalo de sete dias. 4.9 Nitratos (KNO3 e Ca(NO3)2) Dando continuidade ao manejo da indução floral, a próxima operação é a quebra da dormência que normalmente é feita com nitrato de potássio (KNO ), nitrato de 3 cálcio (CaNO ) e ultimamente com o nitrato de amônia (NH NO ), que a campo 3 4 3 vem dando bons resultados, além do baixo custo. O efeito dos nitratos no processo de indução floral deve ser interpretado com cautela, os nitratos não induzem a floração, eles estimulam a iniciação do crescimento. Somente sob condições adequadas da planta e do ambiente à indução floral, o crescimento será reprodutivo. Pulverizando-se mangueiras com nitrato de potássio, desencadeia-se a formação de nitrato redutase, que resulta na metionina, produto intermediário precursor do etileno. O etileno, por sua vez, induz a floração. Os nitratos são aplicados via foliar, por meio de pulverizações. 16 Esses nitratos são usados em pulverizações após um período de 90 a 100 dias da aplicação do Cultar®. O nitrato de potássio é usado na concentração de 3 a 4%, o nitrato de cálcio de 2 a 3% e o nitrato de amônia a 1,5%. O número de aplicações de nitrato depende do desenvolvimento ou maturação uniforme das gemas e a pulverização deve atingir toda a copa, estimulando a diferenciação floral nos ramos fisiologicamente maduros e podem variar entre 4 a 6 aplicações, em intervalos de sete dias. As pulverizações com nitratos são mais recomendadas nos horários de temperaturas mais baixas, no início da noite ou pela madrugada, para melhor absorção. As respostas às aplicações do nitrato podem variar bastante e dependem de diversos fatores, como: condições climáticas, equilíbrio nutricional da planta, variedade e principalmente do grau de maturação das gemas. 4.10 Desponte de ramos A poda de pós-colheita possibilita obter melhor material de produção para a safra seguinte, como gemas mais homogêneas e mais férteis, plantas com menor porte, facilitando operações de raleio, colheita, dentre outras, além de plantas mais arejadas, com melhor arquitetura, facilitando as pulverizações com produtos químicos no controle de insetos-praga e doenças e, ainda, promovendo melhor qualidade de frutos. Além de diminuir o período juvenil e, consequentemente, iniciar a produção, a poda é a prática cultural mais comum para reduzir o crescimento vegetativo e manter a capacidade produtiva. Consiste na eliminação de parte dos ramos vegetativos e reprodutivos de uma planta, visando uma forma e produção adequadas à finalidade desejada. Dentre os benefícios que a poda proporciona, destaca-se a uniformização do grau de maturação dos ramos, sendo este um fator de suma importância na indução floral por PBZ. Plantas tratadas com PBZ só apresentam resultados satisfatórios de florescimento quando os ramos terminais apresentam uniformidade de maturação. Em algumas regiões do Brasil, como São Paulo, a prática de retirada de inflorescências da gema apical é bastante difundida, a fim de haver o forçamento a brotação ou indução do florescimento das gemas axilares de ramos. Tal prática leva à mudança da época de colheita, alterando-a em até 30 dias. 17 O aparecimento de ramos vegetativos próximo ao período de diferenciação floral é comum quando as plantas são expostas à condições desfavoráveis à diferenciação floral. Portanto, recomenda-se que os ramos vegetativos resultantes de resposta fisiológica a esses fatores sejam retirados, pois ramos imaturos, nestas condições, tendem a não sofrerem diferenciação. O desponte ou poda de uniformização de maturação dos ramos para floração é uma prática utilizada no Norte de Minas Gerais. Observou-se em variedades Tommy Atkins e atualmente em variedade Palmer que tal prática vem resultando em volume e uniformização no florescimento dessas variedades na região. Também nessa região, a quebra manual de ramos maduros é uma prática que vem sendo utilizada por grande parte dos produtores. Essa prática consiste na quebra da ponta dos ramos produtivos, após a sua maturação decorrente do processo de diferenciação, o que evita o contínuo crescimento vegetativo que ocorre na planta. A poda de panícula é realizada para estimular os fluxos de ramificações de brotos laterais por meio de repetidas podas em árvores jovens que formaram uma densa copa. Essa poda também pode ser utilizada para estimular ramificações de fluxo vegetativo de crescimento sincronizado em toda a copa da planta. Com isso é possível também remover estruturas inibidoras do crescimento de panículas que surgiram na temporada anterior de produção, além de restaurar rapidamente a produtividade das árvores podadas de forma severa para estimular fluxos de ramificações, resultando em incremento de produção. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A prática da aplicação de produtos que visam induzir a floração na cultura contribui na constância de safra e permite a produção durante a entressafra com retorno imediato ao produtor. Com o manejo da indução floral correto da mangueira, é possível o abastecimento do mercado interno sem comprometimento das exportações durante o ano todo. Além da aplicação de indutores químicos, o manejo da irrigação e poda, efetuados de maneira conjunta, agem em aspectos fisiológicos da planta e auxiliam como indutores naturais às brotações vegetativas ou florais dependendo da época e da forma como o manejo é efetuado. 18 6 AGRADECIMENTOS À Universidade Federal de Lavras (UFLA), em especial ao Departamento de Agricultura (DAG), ao CNPq e a CAPES pelo apoio no avanço da pesquisa e no desenvolvimento agrícola no Brasil. 7 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ALBUQUERQUE, J. A. S.; MEDINA, V. D.; MOUCO, M. A. D. Indução Floral. In: GENU, P. J. C.; PINTO, A. C. Q. (Ed.). A cultura da mangueira. Brasília: Embrapa Informações tecnológicas, 2002. p. 259-276. ALBUQUERQUE, J. A. S.; MOUCO, M. A. C. Manga: indução floral. Petrolina: Embrapa Semi-Árido. 2000. 32 p. ALBUQUERQUE, J. A. S. et al. O cultivo da mangueira irrigada no semi-árido brasileiro. Petrolina: Embrapa Semi-Árido /VALEXPORT, 1999. 77p. ANUÁRIO DA AGRICULTURA BRASILEIRA - AGRIANUAL. 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