Clipping - Departamento DST/AIDS e Hepatites Virais ÍNDICE FOLHA DE S. PAULO - SP Estudo do governo é favorável à adoção de vacina contra HPV ...................................... 3 Estado fecha acordo para fazer hemoderivados .............................................................. 4 Viés de alta (Poder) .......................................................................................................... 4 O GLOBO No país dos invisíveis (Artigo) ........................................................................................... 5 Os pingos nos is ................................................................................................................ 7 CORREIO BRAZILIENSE - DF A importância do tratamento ........................................................................................... 8 A um passo da cura........................................................................................................... 9 O prazer de ajudar .......................................................................................................... 11 ESTADO DE MINAS - MG A um passo da cura......................................................................................................... 13 JORNAL DO SENADO-DF Regra impede "maquiagem" nas contas do SUS ............................................................ 15 CORREIO BRAZILIENSE ONLINE 19/12/2011 - Associados à pobreza, males que afetam 1 bilhão são ignorados por indústria .......................................................................................................................... 16 MIX BRASIL 19/12/2011 - Fortaleza rejeita criar o Dia do Orgulho Heterossexual ........................... 18 MSN BRASIL 19/12/2011 - Coleção de objetos de Liz Taylor bate previsões e arrecada US$ 156 mi 19 TERRA Coleção de Liz Taylor bate previsões e arrecada US$ 156 mi ........................................ 20 AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS 19/12/2011 - Conferência LGBT: Ativistas querem que texto do projeto que criminaliza a homofobia seja mais preciso ....................................................................................... 21 19/12/2011 - Novo exame é a principal arma contra a tuberculose, afirma em artigo especialista Hélio Torres Filho ........................................................................................ 21 19/12/2011 - Unidades Básicas de Saúde de sete Estados terão teste rápido de gravidez........................................................................................................................... 23 19/12/2011 - Atendimento de excelência ocorre para 28% das pessoas com HIV e aids nos EUA, informa CDC .................................................................................................... 24 FOLHA DE S. PAULO - SP | SAÚDE HPV 20/12/2011 Estudo do governo é favorável à adoção de vacina contra HPV Custo-benefício também foi encontrado para imunizações contra hepatite A e catapora JOHANNA NUBLAT DE BRASÍLIA Estudo encomendado pelo Ministério da Saúde mostra que vale a pena incluir a vacinação contra o HPV na rede pública, levando em conta aspectos econômicos e de saúde pública. A conclusão é a mesma para a imunização contra varicela (catapora) e hepatite A. A decisão sobre incluir as novas vacinas pode ser tomada no início de 2012, segundo Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde. Matéria publicada pela Folha em novembro mostrou que o governo esperava esses estudos para reorganizar o calendário de imunização. Havia dúvidas sobre a vantagem da inclusão da vacina de HPV. Em 2006, quando uma dose custava US$ 150, análise semelhante foi desfavorável. O novo estudo cruza gastos das redes pública e privada de saúde e das pacientes com o papanicolaou (usado para identificar lesões do HPV) e com o tratamento do câncer ligado ao vírus. Os valores são contrapostos com o custo da vacina. A análise considerou vacinar meninas de nove a 13 anos. O gasto foi calculado como se o governo fosse comprar a vacina pelo Fundo Rotatório da Opas (braço da OMS para as Américas) -em 2012, a dose da versão quadrivalente (contra quatro tipos do vírus HPV) sairá por US$ 14,25, mais taxas. Barbosa estima um gasto de R$ 600 milhões no primeiro ano de vacinação, o que representa um terço do orçamento anual do Programa Nacional de Imunização. A tendência é que o custo caia, pois a partir do segundo ano teriam de ser vacinadas só as meninas que estivessem completando nove anos. Há ainda a expectativa de que o governo feche um acordo para produzir a vacina no Brasil, o que deve, no entanto, elevar o custo. FOLHA DE S. PAULO - SP | COTIDIANO AIDS 20/12/2011 Estado fecha acordo para fazer hemoderivados DE SÃO PAULO O governo de São Paulo e o Ministério da Saúde assinam hoje um acordo para a produção de derivados de sangue no Estado. A produção será na fábrica que está sendo construída há cinco anos pelo Instituto Butantan e que deve ficar pronta em 2014. Os hemoderivados são extraídos do plasma (parte líquida do sangue), rico em proteínas, sais minerais e vitaminas. A fábrica extrairá do plasma componentes como IgG (imunoglobulina), albumina e fatores de coagulação (VIII e IX), fundamentais para tratar pacientes com câncer e AIDS, hemofílicos e queimados. Atualmente, o país gasta cerca de R$ 1 bilhão por ano para importar parte desses produtos, segundo Jorge Kalil, diretor do Instituto Butantan. A produção deve se somar à da Hemobrás, do Ministério da Saúde, que também deve começar em 2014. Com isso, o país deve se tornar autossuficiente na produção de alguns dos componentes. O acordo permitirá que se amplie a coleta e a armazenagem do plasma e que a produção de hemoderivados atenda ao Sinasan (Sistema Nacional de Sangue). A unidade do Butantan, que custará cerca de R$ 200 milhões, poderá processar 150 mil litros de plasma por ano. FOLHA DE S. PAULO - SP | PODER LGBT 20/12/2011 Viés de alta (Poder) Dilma, que teve o nome vaiado no primeiro dia da conferência LGBT encerrada ontem em Brasília, saiu bem na foto ao final: apesar das críticas à presidente pelo veto ao chamado "kit gay", o movimento social lhe dedicou uma moção de apoio. O mesmo foi feito com a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) e a senadora Marta Suplicy (PT-SP), pelo trabalho no enfrentamento da homofobia. tiroteio "No ano passado, nós fizemos campanha para eleger Dilma Rousseff à Presidência e demos o nosso voto a ela. O Silas Malafaia e o Anthony Garotinho não." DA TRAVESTI JOVANNA BABY criticando a petista, em discurso durante conferência LGBT, pela decisão de engavetar o "kit gay", iniciativa combatida tanto pelo líder evangélico como pelo deputado do PR. O GLOBO | RAZÃO SOCIAL LGBT 20/12/2011 No país dos invisíveis (Artigo) Marcia de Almeida Segundo o Censo de 2010, no Brasil há 23,9% de pessoas com algum tipo de deficiência. A população LGBT está por volta dos 10% ( a ONU calcula que seja esta a população mundial de homossexuais ou homoafetivos, no mundo). Calcula-se que tenhamos entre 800 mil e um milhão de ciganos, mas este número nunca foi levantado. Negros e pardos são mais da metade da população. Índios, também segundo o IBGE, são cerca de 358 mil, divididos em mais de 500 aldeias, e perfazendo 0,2% da população brasileira. O país sempre tido como bonzinho e acolhedor, é, na verdade, implacável para com parte da sua gente. Refirome aos segmentos acima, que são tratados como invisíveis e que conseguem algum espaço na mídia quando há uma tragédia ou uma transgressão muito grave. De resto, não se leva em conta o fato de sermos o país campeão em crimes homofóbicos, por exemplo. Apesar de o STF ter dado parecer favorável ao casamento entre duas gaúchas, no Rio, tida como a melhor cidade para LGBTs do mundo, o casal Carlos Tuvfesson e André Piva não pôde oficializar a união que já dura 16 anos. Deveríamos ver este direito como um direito civil, já que somos divididos em alíquotas pelo Imposto de Renda. E, como citei outro dia, na coluna que assino aqui no Razão Social, até o morador de rua paga imposto, quando compra uma caninha ou um pão... Segundo o Relatório Anual de Assassinatos de Homossexuais divulgado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), publicado no site do grupo (www.ggb.org.br) e assinado por Luiz Mott, Claudio Almeida e Marcelo Cerqueira, no ano passado foram documentados 260 assassinatos de gays, TRAVESTIS e lésbicas no Brasil, 62 a mais do que em 2009 (198 mortes), registrando um aumento de 113% nos últimos cinco anos (122 em 2007). Dentre os mortos, 140 gays (54%), 110 TRAVESTIS (42%) e 10 lésbicas (4%). O Brasil confirma, assim, sua posição como campeão mundial de assassinatos de homossexuais: nos Estados Unidos, com 100 milhões a mais de habitantes do que nosso país, foram registrados 14 assassinatos de TRAVESTIS em 2010. Fazendo o corte no relatório do GGB, no ano passado o Brasil registrou 110 homicídios contra TRAVESTIS. E o risco de um HOMOSSEXUAL ser assassinado no Brasil é 785% maior que nos Estados Unidos. Até novembro deste ano, já tinham sido contabilizados 235 assassinatos: - Não sabemos se este número vai ultrapassar o de 2010, pois esta época do ano é muito violenta, mas já é um número bastante grande. Dá um assassinato a cada 36 horas - disse o antropólogo Luis Mott. Enquanto isso, o Projeto de Lei 122, de 2006, que criminaliza a homofobia, está empacado no Senado há anos. O Censo de 2010 evoluiu, mas não perguntou ainda sobre a orientação sexual dos brasileiros. No formulário completo, podia-se declarar homossexualidade se a pessoa vivesse com seu parceiro ou parceira. No formulário simples, nem isso. A pergunta básica: qual a sua orientação sexual? ainda não veio desta vez. A conclusão é a seguinte: se você é HOMOSSEXUAL, mas não vive com seu/sua parceiro/a, inexiste para as estatísticas oficiais do Brasil, mesmo no século XXI. No entanto, na hora do Imposto de Renda, todos pagamos 27.5% do que ganhamos, e 11% para o INSS. Mas os homoafetivos têm que entrar na Justiça para obterem as benesses advindas dos tributos pagos. O convite é para refletirmos sobre a injustiça - para dizer o mínimo -- contida nesses fatos. Além disso, seria bom se pudéssemos pensar sobre o que podemos ou devemos fazer para que este quadro se modifique. O mesmo acontece com as pessoas com deficiência. São 23,9% de mais de 190 milhões de pessoas, mas a cota para deficientes nos concursos públicos é de, no mínimo, 5% e, no máximo, 20% das vagas oferecidas no concurso (art. 5º, §2º, da Lei nº 8.112/90, c/c art. 37, § 1º, do Decreto nº 3.298/99). E mais: de que adiantam concursos, editais, programas de governo etc., se não existe o básico, que é a acessibilidade, no transporte e nos locais públicos? Se ela é péssima no Sul do país, imaginem no Norte e Nordeste! Somos ainda uma sociedade violenta com o sexo feminino, a ponto de termos uma lei específica, a Lei Maria da Penha, para punir os agressores de dentro da família. As consequências são tão graves, que mulheres vítimas de violência terão direito assegurado a cirurgias plásticas reparadoras custeadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A regra, aprovada no último dia 8 de dezembro pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, tramitava em caráter conclusivo e segue para sanção da presidente Dilma Rousseff. Aproveitando as reflexões de fim de ano, será que todos não deveríamos pensar sobre este comportamento que caracteriza nossa sociedade, de fazer invisíveis aqueles que são diferentes? Não custa lembrar que são as diferenças que sempre fizeram as sociedades evoluírem. Feliz ano todo. Marcia Almeida é jornalista, assina a coluna Razão & Cidadania e integra a Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ O GLOBO | ESPORTES CONTRACEPTIVOS 20/12/2011 Os pingos nos is Os pingos nos is Pior do que o baile humilhante que o futebol brasileiro levou do espanhol, na final do Mundial Interclubes, entre Santos e Barcelona, foi ouvir e ler algumas das opiniões de Muricy Ramalho e Mano Menezes - dois dos nossos mais badalados técnicos da atualidade. Aliás, os escolhidos pela CBF para treinar a seleção brasileira: o primeiro a recusou, o segundo a pegou. Com seu folclórico mau-humor, o treinador santista, ao invés de admitir humildemente o fracasso (como fez, com admirável grandeza, o jovem Neymar), preferiu disparar contra a mídia: - No Brasil, o sistema que eles (os espanhóis) usam é (considerado) absurdo. Com 3-7-0, mandam te prender. Mas como é o Barcelona todo mundo aceita... - resmungou, na entrevista pós-massacre. Já no final do domingo, instado a se manifestar, Mano Menezes postou no twitter: "Aqui (no Brasil), nossos críticos ainda estão rotulando uma equipe ofensiva pelo número de atacantes ou volantes que o seu técnico escala na formação inicial" - observou, entre outras considerações, nas quais defende a tese de que o Barça faz hoje em dia algo completamente diferente do que já se fez no futebol (?!?!) e que precisa ser aceito, entendido e resolvido. Em suma, ambos resolveram dividir com a imprensa a responsabilidade pela retumbante derrota! Ora, façam-me o favor... ATROPELAMENTO. O tal 3-7-0 do Barcelona, diagnosticado por Muricy, na realidade, poderia ser mais fielmente descrito como um 0-3-7, pois, ao imprensar o rival em seu próprio campo, como faz, o time de Guardiola transforma seus três zagueiros (Piqué, Puyol e Abidal) em autênticos volantes, postados na intermediária. Daí pra frente todo mundo é meia e atacante. Como é possível? Por uma simples razão: há talento e habilidade de sobra. Resumo da ópera: Muricy foi atropelado por um caminhão e não conseguiu anotar a placa... MIOPIA. Essa discussão sobre esquemas e posições levou Mano a disparar contra os "extremistas" que, segundo ele, insistem em rotular times e treinadores como defensivos ou ofensivos, de acordo com o número de marcadores e atacantes. Seu equívoco está no cerne da discórdia: a questão não é de quantidade mas de qualidade. Houve um tempo em que nossos volantes não eram botinudos, preocupados somente em desarmar. Zito, Clodoaldo, Dudu, Carpegianni, Cerezo, Falcão, Andrade, Pintinho, Juninho Pernambucano etc protegiam suas defesas e também davam início aos ataques. Porque sabiam jogar! E, por isso, seus times tinham saída de bola perfeita e toque refinado. De uns tempos pra cá, no Brasil, jogadores dessa estirpe perderam espaço: qualquer cabeça de área que saiba fazer um pouco mais que dar carrinhos e desferir socos e pontapés é logo avançado para a posição de meia - às vezes, vira até atacante! E o que acontece? Na maioria dos casos, não se ganha um grande armador e se perde um bom volante. E tome de brucutu. E, consequentemente, tome de passe errado, de chutão pra frente, de chuveirinho a esmo... É nisso que, infelizmente, se transformou nosso futebol. E é por isso que ficamos tão abismados quando nos deparamos com timaços como este do Barcelona, que pratica um jogo de sonhos, sim. Como o nosso já foi um dia... BONS DE BOLA? O que Muricy, Mano e tantos outros medalhões da área técnica parecem ter se esquecido é da verdadeira essência do nosso jogo. Ao abdicar do talento, em prol da força; do drible, em prol do carrinho; e da TABELINHA, em prol do chutão, renegamos nossa própria história. Em 1970, para escalar os melhores, Zagallo fez Piazza se tornar zagueiro; Tostão, centroavante; Rivelino, ponta-esquerda, e Jairzinho voltar à ponta-direita. E na prática, quatro anos antes do revolucionário "carrossel holandês" de Rinus Michels, o escrete de Zagallo já arriscava os seus giros pelo campo, esbanjando categoria e massacrando os rivais. Foi assim também em outra seleção que encantou o mundo pela união de talentos, independentemente de posição: o Brasil de Telê assombrou a Europa, numa excursão, em 81, e, mesmo derrotado, encantou, na Copa da Espanha, no ano seguinte, com Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico, acompanhados de Leandro e Júnior. É verdade que não temos, hoje em dia, tantos talentos nem de tal naipe. Mas se nossos treinadores continuarem preterindo os garotos bons de bola que surgem e ainda nos restam para encher nossos times e nossas seleções de volantes parrudos (no mínimo, três por meio-campo!!!) e trombadores, só nos restará aplaudir o Barcelona, a Espanha, a Alemanha etc. - e contar para os nossos netos que um dia já fomos bons de bola. Mas será cada vez mais difícil que eles acreditem... FÉRIAS! Hora do descanso. Dou uma paradinha na coluna, nos programas na TV e na rádio e no blog e volto no início do Estadual do Rio. Boas Festas e Feliz Ano Novo a todos! CORREIO BRAZILIENSE - DF | MUNDO DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS 20/12/2011 A importância do tratamento "A TUBERCULOSE ainda é uma doença muito importante para o Brasil, porque fazemos parte dos 20 países que detêm 80% dos casos da doença no mundo. Apesar disso, não a chamaria de negligenciada, pois existe um olhar cuidadoso do poder público sobre ela. Temos, no Sistema Único de Saúde (SUS), um tratamento gratuito com quatro drogas. O que é preciso fazer é chamar a atenção da população, que precisa buscar ajuda quando tem tosse por mais de três semanas seguidas. Fazer o diagnóstico depende não só do serviço médico, mas também do paciente. É muito comum um fumante tossir por meses e não procurar ajuda. Nosso segundo problema é o abandono do tratamento, que em algumas regiões brasileiras chega a 10% e isso é inaceitável quando se oferece o atendimento gratuito. O mundo todo anda atrás de novas drogas para encurtar esse processo, que chega a seis meses, e assim acabar com o abandono, mas, para resolver esse problema, a arma principal é a educação do povo. Esse trabalho tem que ser feito." Valéria Maria Augusto é professora-adjunta de Pneumologia da Faculdade de Medicina da UFMG CORREIO BRAZILIENSE - DF | MUNDO AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS 20/12/2011 A um passo da cura Belo Horizonte - Apesar de atormentar a humanidade há pelo menos 8 mil anos, a TUBERCULOSE só pouco tempo atrás começou a chamar a atenção do mundo como deveria. Se, antes, era conhecida como a tosse de artistas e poetas, hoje está associada à AIDS com um efeito devastador na saúde pública. A doença causa agora uma corrida na indústria farmacêutica mundial. Há pouco mais de cinco anos, vem ganhando os olhos do mundo e há quem diga que, por isso, perdeu o título de negligenciada. Pesquisas não faltam para ela. Ainda não foi desenvolvida, entretanto, uma saída definitiva. De norte a sul, de leste a oeste do país, há equipes quebrando a cabeça para driblar as façanhas da enfermidade, que, entre outras coisas, tem se mostrado capaz de resistir aos medicamentos que estão no mercado, sinalizando mais força do que imaginam seus combatentes. No Brasil, o grande desafio é acabar com o abandono do tratamento, que chega a 10% em determinadas regiões e acaba criando bactérias mais resistentes. A segunda reportagem da série sobre doenças negligenciadas é dedicada a mostrar como o país, onde o tratamento da TUBERCULOSE na rede pública é considerado exemplar por especialistas, tenta atacar o mal em várias frentes: novas vacinas, diagnósticos mais eficazes e drogas mais efetivas. É no Rio Grande do Sul que está a maior esperança para vencer essa guerra. Há 10 anos, pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS) estão formulando um novo medicamento para a doença. A droga, chamada IQG 607, já passou por todos os ensaios clínicos e está prestes a entrar no mercado. Depois de ter sido testada em animais e se mostrado eficiente, serão produzidos 50kg do remédio para ser registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Só então a substância será testada em pacientes. Se tudo der certo, em 2013 a fórmula entra para a história brasileira como o primeiro medicamento de fabricação nacional contra a TUBERCULOSE. Animado, o coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em TUBERCULOSE e coordenador do Centro de Pesquisas em Biologia Molecular e Funcional (IPB/PUC-RS), Diógenes Santiago Santos, ressalta que há atualmente no Brasil quatro remédios ativos para a TUBERCULOSE, que dominam cerca de 70% da doença. O grande problema enfrentado pela medicina de hoje, entretanto, seriam os bacilos resistentes à medicação. "Esse é o pior problema. O mundo está envolvido em criar novos medicamentos", diz, revelando que a pesquisa é financiada pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e já foram gastos R$ 12 milhões em uma década. "Nosso remédio inibe uma enzima importante para o metabolismo da microbactéria da TUBERCULOSE. O bacilo tem no seu entorno uma parede, como se fosse nossa pele, e a droga elimina essa parede, sem a qual ele não vive", explica. Feito à base de molécula sintética, o medicamento será em cápsulas. A expectativa é de que em 2013 ele esteja disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). O médico tisiopneumologista Afrânio Kritski é uma das maiores autoridades brasileiras no estudo da TUBERCULOSE. Além de responsável na Universidade Federal do Rio de Janeiro pelo Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina e pelo Programa Acadêmico de TUBERCULOSE, ele integra a Secretaria Executiva da Parceria Brasileira contra TB. "Em termos de pesquisa, temos quatro grandes áreas: medicamentos, diagnósticos, vacinas e gestão", enumera, dizendo que a rede de TB no país é uma sociedade sem fins lucrativos e facilitadora dos estudos. Mais cedo Enquanto aumenta a busca por novidades para o tratamento desse mal milenar, outra frente pesquisadores procura uma solução para os diagnósticos. Um deles deve ser lançado para o SUS próximo ano. É de Pernambuco um estudo do grupo do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fiocruz, que pretende descobrir como se dá a infecção. Quando um paciente adulto tem sintomas de no da de tuberculosos, é feita a cultura do escarro. O resultado demora seis semanas. "Nesse tempo, a pessoa morre ou a doença se agrava", alerta a pediatra, infectologista e coordenadora do grupo de pesquisa, Haiana Schindler. Há sete anos, eles estudam o diagnóstico da TUBERCULOSE em crianças e pacientes soropositivos com o uso de um kit diagnóstico molecular. As principais vantagens são a confirmação da doença em menos tempo, o uso de sangue ou urina para o exame e o resultado com maior precisão. Concluída a fase de validação e mantidos os resultados promissores, a ferramenta poderá ser adotada pelo Ministério da Saúde. Pela primeira vez, a técnica vem sendo usada em hospitais pernambucanos e atende qualquer diagnóstico para a TUBERCULOSE em que haja dificuldade para o resultado. Segundo Haiana, o exame custa de US$ 6 a US$ 8 por reação. "É um baixo custo, pois, geralmente, em laboratórios, chega a custar R$ 300." O kit será lançado no país em 2013. Resultados Testes feitos com amostras de sangue e urina de 100 pessoas, acompanhadas em hospitais de referência no tratamento da TB, em Pernambuco, mostraram sensibilidade (capacidade de confirmar a presença do bacilo) variando entre 61% e 72% no caso dos pacientes com a forma pulmonar da doença, e de 72% a 82% naqueles com a forma extrapulmonar (nos gânglios, rins e ossos, por exemplo). A especificidade (capacidade de reconhecer a ausência do bacilo) variou de 90% a 97% em ambos os grupos. "A baciloscopia tem sensibilidade de menos de 40% e a cultura de secreção leva de 30 a 60 dias para ser concluída. No caso da PCR em tubo único, o resultado sai em 48 horas", afirma a biomédica Juliana Figueiredo, que desenvolveu o estudo durante mestrado em saúde pública na Fiocruz Pernambuco. O caminho do bacilo Como em crianças e em soropositivos a presença do bacilo da TUBERCULOSE no escarro é muito pequena, o Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Pernambuco, desenvolveu um teste para detectar a doença, principalmente nesses pacientes. Ao entrar no organismo humano, o bacilo atinge os pulmões, mas também pode chegar aos rins, aos ossos, à pleura, às meninges, aos gânglios e a outros órgãos. Ou seja, ele circula pelo organismo. Pesquisadores querem aproveitar esse "passeio" do bacilo dentro do corpo humano para capturá-lo na corrente sanguínea. O teste detecta o DNA do bacilo morto; aquele que está nessas condições é expelido pela urina. Assim, o sangue e a urina do paciente são coletados. Ambos passam por uma centrífuga e são submetidos a uma técnica de isolamento de bacilos, quando é retirado o DNA deles (caso haja). O DNA do bacilo é colocado na máquina e é usada a técnica de reação em cadeia pela polimerase, que o multiplica caso o sangue e a urina estejam contaminados. LEIA AMANHÃ SOBRE A LEISHMANIOSE CORREIO BRAZILIENSE - DF | SABER VIVER AIDS 20/12/2011 O prazer de ajudar A única recompensa é o bem-estar. Doar é preciso; receber, jamais. Assim se conduzem pela vida milhões de pessoas, em todas as partes do mundo, que vivem para fazer gentilezas e prestar serviços ao próximo, como ensinam, por exemplo, a Bíblia e o catecismo positivista de Auguste Comte, pai do altruísmo, na versão criada por ele em 1830. Todos sabem, ou aprendem com o tempo, que existe uma forte relação entre a satisfação pessoal e um comportamento despojado de vaidade e ambições. Ajudar o próximo traz também benefícios à saúde. Uma pesquisa realizada em um período de 10 anos por professores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, com 2,7 mil pessoas, mostrou que ser voluntário faz bem ao coração e ao sistema imunológico, além de aumentar a expectativa de vida e a vitalidade. Os cientistas notaram que as pessoas que praticam ações altruístas, ao perceber a felicidade e a gratidão dos outros, liberam no cérebro a endorfina, responsável pela sensação de prazer, e se tornam mais enérgicas, ativas e felizes consigo mesmas. Essas ações solidárias explodem com mais força em épocas como a do Natal. Segundo a psicóloga Suely Guimarães, o Natal costuma ser um momento sinalizador para as pessoas refletirem sobre os valores humanos, o sentido da doação, do ser feliz fazendo o outro se sentir bem. "Do mesmo jeito que há pessoas que jamais serão solidárias, nem no Natal ou em fim de ano, há outras que praticam o bem o ano inteiro e não mudam de comportamento nessa época", lembra. Um exemplo da velha máxima fazer o bem não importa a quem é Yara Fuaid, que há 30 anos trabalha como voluntária no Lar São Vicente de Paula, em Luziânia (GO). "Aqui, eu sou manicure, faço tudo por eles", conta a administradora, enquanto faz as unhas de dona Sebastiana, uma das idosas que aproveita os cuidados da voluntária. O trabalho realizado por ela é praticado religiosamente, até mesmo durante os recessos de fim de ano. "Não vale a pena viver se não for para fazer o bem. Fora da caridade não há solução", diz, com entusiasmo. Tradição do bem Na explicação da psicóloga, o voluntariado é respaldado por valores culturais inatos ao homem. "Mesmo em uma criança, esse sentimento está presente. Tentar diminuir o sofrimento do outro nos enaltece. Esse efeito nos dá uma resposta emocional de fundamental importância para a fisiologia do bem-estar", analisa Suely. Enquanto pessoas angustiadas, deprimidas e amargas apresentam mais facilmente sintomas de estresse, a alegria causa o efeito contrário, diz a especialista. A vontade de ajudar os outros em Yara Fuaid vai além do lar dos velhinhos e ultrapassa as divisas da gentileza ou do contraditório gesto da esmola. No último Natal, por exemplo, ela não quis saber de dormir até tarde, pois estava determinada a distribuir presentes para crianças que não tiveram a oportunidade de receber. Com o porta-malas repleto de pacotes coloridos, saiu da Asa Sul rumo ao Jardim Ingá. Não demorou muito, encontrou uma criança que caminhava numa calçada. "O Papai Noel trouxe presente para você?", perguntou. A menina respondeu, rapidamente: "Não, este ano ele não veio". Sem hesitar, Yara saltou do carro e tirou do porta-malas um presente. "Papai Noel não se esqueceu de você, só perdeu o seu endereço", disse a voluntária, que promete este ano voltar ao Jardim Ingá para fazer feliz o Natal de mais crianças "esquecidas pelo Papai Noel". Na interpretação da psicóloga Roberta Pohl, gestos como o de Yara estão na linha da ética do bem. "Isso eleva a autoestima da pessoa, e o Natal evidencia esse sentimento", diz. Segundo Roberta, servir ao outro sem planejar recompensas materiais é um aprendizado de longa tradição. Dedicação integral Vicky Tavares integra o grupo de pessoas que parecem ter herdado um gene da solidariedade. Este ano, como sempre faz, a presidente do Instituto Vida Positiva vai passar o Natal ao lado de 17 crianças e adolescentes soropositivas. A vovó Vicky, como é chamada pelos pequenos, observa que, embora não tenha ligações de parentesco com as crianças da instituição, está ligada a elas por um elo maior do que o sanguíneo. "Elas também são a minha família. Eu vivo por elas e sei que elas também fariam tudo por mim", ressalta a ex-socialite que um dia brilhou nas passarelas como estilista e resolveu saltar do carro das vaidades para dedicar-se aos outros. Vicky afirma que os primeiros estímulos em direção à solidariedade partiu de uma tia, que a levava, ainda criança, para participar de trabalhos voluntários. "Já trabalhei com meninos de rua, com mulheres violentadas e, agora, com crianças portadoras de HIV", conta. Atualmente, ela dedica todo o seu tempo à instituição. "É um trabalho árduo, às vezes não compreendido, mas, como tudo na vida, tem a sua compensação. E a minha é ver que conseguimos zerar a carga viral dessas crianças. Com muito esforço e dedicação, elas estão ótimas." Qual o segredo de tanta dedicação? "Ter amor no coração." Atitudes de despojamento como essas traduzem bem a diferença que há entre um gesto de gentileza ou de caridade e uma vida de voluntariado. "Tem pessoas que se sentem felizes ao doar alguma coisa em uma data especial; que melhoram de humor ao dar uma esmola ou fazer uma caridade. Mas há outras que exercem o voluntariado como um sacerdócio, diariamente, o ano inteiro. Isso faz parte de sua personalidade", explica Roberta Pohl. O engenheiro eletricista Urano William Marandola pratica ações filantrópicas desde a juventude. "Ajudei muita gente de abrigos e lares. Gostava de ensinar e alfabetizar crianças e adultos", recorda. Como aconteceu com Vicky, os caminhos que levaram Marandola a praticar o voluntariado partiram da família. "Desde pequeno, via meu pai ajudar as pessoas, principalmente as menos favorecidas", revela. De acordo com o engenheiro, a recompensa não vem em barras de ouro, mas de poder ver as pessoas contentes. "É bom sentir que elas querem crescer e resistir ao sofrimento, que elas apostam em um mundo melhor." Pai de quatro filhos, Urano é voluntário no Lar dos Velhinhos Bezerra de Menezes, em Sobradinho, há um longo tempo. "O Natal deste ano não vai ser diferente. Eu e minha família vamos estar com os idosos para ajudar no que for necessário", conta. Ele ressalta a importância de sempre fazer o bem sem esperar retorno. "Sem que ninguém saiba, somente Deus." Yara concorda com o engenheiro e afirma que recebe mais do que dá. "Recebo em energia, em amor, isso para mim já é suficiente." Xô, vaidade! A palavra altruísmo vem do latim, originada a partir do vocábulo alter (outro). Auguste Comte, por volta de 1830, desenvolveu a teoria do altruisme, de viver pelo outro. Seria, segundo o filósofo, o oposto do egoísmo. Ser altruísta significa a capacidade de se preocupar com as outras pessoas sem pensar nos próprios interesses. ESTADO DE MINAS - MG | GERAIS AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS 20/12/2011 A um passo da cura PUC-RS formula medicamento para combater mal, que atormenta a humanidade há 8 mil anos. Em Pernambuco, grupo de pesquisadores da Fiocruz estuda forma mais ágil de diagnóstico Publicação: 20/12/2011 04:00 Apesar de atormentar a humanidade há pelo menos 8 mil anos, esse mal só agora chama a atenção do mundo como deveria. Se antes era conhecido como a tosse de artistas e poetas, hoje está associado à AIDS como um efeito devastador na saúde pública e já não é mais doença da classe baixa. A TUBERCULOSE (TB) causa agora uma corrida na indústria farmacêutica mundial. Há pouco mais de cinco anos, vem ganhando os olhos do mundo e há quem diga que, por isso, perdeu o título de negligenciada. Pesquisas não faltam para ela. Do norte a sul, de leste a oeste do país, há equipes quebrando a cabeça para driblar as façanhas da enfermidade, que, entre muitas, tem se mostrado capaz de resistir aos medicamentos que estão no mercado, sinalizando mais força do que imaginam seus combatentes. No Brasil, o grande desafio é acabar com o abandono do tratamento, que chega a 10% em determinadas regiões e acaba criando bactérias mais resistentes. Na segunda reportagem da série de doenças negligenciadas, o Estado de Minas descobriu que o país, onde o tratamento na rede pública é considerado exemplar por especialistas, tenta atacar a TUBERCULOSE em várias frentes: aposta em novas vacinas, diagnósticos e drogas. É no Rio Grande do Sul (RS) que está a maior esperança para vencer essa guerra. Há 10 anos, pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS) estão formulando um novo medicamento para a doença. A droga, chamada IQG 607, já passou por todos os ensaios clínicos e está prestes a entrar no mercado. Depois de ter sido testada em animais e se mostrado eficiente, serão produzidos 50 quilos do remédio para ser registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Só então será testado em pacientes. Se tudo der certo, em 2013 a fórmula entra para a história brasileira como o primeiro medicamento de fabricação nacional contra a TUBERCULOSE. Animado, o coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em TUBERCULOSE e coordenador do Centro de Pesquisas em Biologia Molecular e Funcional (IPB/PUC-RS), Diógenes Santiago Santos, ressalta que há atualmente no Brasil quatro remédios ativos para a TUBERCULOSE que curam 70% da doença. Mas, o grande problema enfrentado pela medicina de hoje são, segundo ele, os bacilos resistentes à medicação. "Esse é o pior problema. O mundo está envolvido em criar novos medicamentos", diz, revelando que a pesquisa é financiada pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e já foram gastos R$ 12 milhões em uma década, na qual tiveram muitas publicações, inclusive internacionais. "Nosso remédio inibe uma enzima importante para o metabolismo da microbactéria da TUBERCULOSE. O bacilo tem no seu entorno uma parede, como se fosse nossa pele, e a droga elimina essa parede, sem a qual ele não vive", explica. Feito à base de molécula sintética, o medicamento será em cápsulas. A expectativa é de que em 2013 ele esteja disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). O médico tisiopneumologista Afrânio Kritski é uma das maiores autoridades brasileiras no estudo da TUBERCULOSE. Além de responsável na Universidade Federal do Rio de Janeiro pelo Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina e pelo Programa Acadêmico de TUBERCULOSE, ele integra a Secretaria Executiva da Parceria Brasileira contra TB. "Em termos de pesquisa, temos quatro grandes áreas: medicamentos, diagnósticos, vacinas e gestão", enumera, dizendo que a rede de TB no país é uma sociedade sem fins lucrativos e facilitadora dos estudos. DIAGNÓSTICO Enquanto aumenta a busca por novidades para o tratamento desse mal milenar, outra frente de pesquisadores busca uma solução para os diagnósticos. Um deles deve ser lançado para o SUS no próximo ano. É de Pernambuco um estudo do grupo do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, da Fiocruz, que pretende descobrir como se dá a infecção. Quando um paciente adulto tem sintomas tuberculosos, é feita a cultura do escarro. O resultado demora seis semanas. "Nesse tempo, a pessoa morre ou a doença se agrava", alerta a pediatra, infectologista e coordenadora do grupo de pesquisa, Haiana Schindler. Há sete anos eles estudam o diagnóstico da TUBERCULOSE em crianças e pacientes soropositivos com o uso de um kit diagnóstico molecular (veja O caminho do bacilo) . As principais vantagens são a confirmação da doença em menos tempo, o uso de sangue ou urina para o exame e o resultado com maior precisão. Concluída a fase de validação e mantidos os resultados promissores, a ferramenta poderá ser adotada pelo Ministério da Saúde. Pela primeira vez, a técnica vem sendo usada em hospitais pernambucanos e atende qualquer diagnóstico para a TUBERCULOSE em que haja dificuldade para o resultado. Segundo Haiana, o exame custa de US$ 6 a US$ 8 por reação. "É um baixo custo, pois, geralmente, em laboratórios, chega a custar R$ 300." O kit será lançado no país em 2013. Resultados Testes feitos com amostras de sangue e urina de 100 pessoas, acompanhadas em hospitais de referência no tratamento da TB, em Pernambuco, mostraram sensibilidade (capacidade de confirmar a presença do bacilo) variando entre 61% e 72% no caso dos pacientes com a forma pulmonar da doença, e de 72% a 82% naqueles com a forma extrapulmonar (nos gânglios, rins e ossos, por exemplo). A especificidade (capacidade de reconhecer a ausência do bacilo) variou de 90% a 97% em ambos os grupos. "A baciloscopia tem sensibilidade de menos de 40% e a cultura de secreção leva de 30 a 60 dias para ser concluída. No caso da PCR em tubo único, o resultado sai em 48 horas", afirma a biomédica Juliana Figueiredo, que desenvolveu o estudo durante mestrado em saúde pública na Fiocruz Pernambuco. O caminho do bacilo Como em crianças e em soropositivos a presença do bacilo da TUBERCULOSE no escarro é muito pequena, o Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Pernambuco, desenvolveu um teste para detectar a doença, principalmente nesses pacientes. Ao entrar no organismo humano, o bacilo atinge os pulmões, mas também pode chegar aos rins, ossos, pleura, meninges, gânglios e outros órgãos. Ou seja, ele circula pelo organismo. Pesquisadores querem aproveitar desse "passeio" do bacilo dentro do corpo humano para capturá-lo na corrente sanguínea. O teste detecta o DNA do bacilo morto; aquele que está nessas condições é expelido pela urina. Assim, o sangue e a urina do paciente são coletados. Ambos passam por uma centrífuga e são submetidos a uma técnica de isolamento de bacilos e é retirado o DNA deles (caso haja). O DNA do bacilo é colocado na máquina e é usada a técnica de reação em cadeia pela polimerase, que o multiplica caso o sangue e a urina estejam contaminados. JORNAL DO SENADO-DF | SAÚDE AIDS 20/12/2011 Regra impede "maquiagem" nas contas do SUS Recém-aprovada pelo Senado, regulamentação da Emenda 29 proíbe que verba do SUS vá para outras áreas; porém, não cria mecanismo para aumentar orçamento da saúde pública Funcionários limpam rua: com a nova regra, a varrição urbana não poderá ser paga com verbas do SUS O Sistema Único de Saúde (SUS) é descrito pelo governo como a maior rede pública de saúde do mundo. Ao instituí-lo, a Constituição de 1988 foi, de fato, audaciosa. Determinou que cada brasileiro teria todas as suas necessidades de saúde atendidas gratuitamente - de uma mera aspirina a um complexo transplante de coração. Para tentar cumprir a lei, o governo federal, os estados e os municípios destinaram à saúde R$ 110,5 bilhões em 2008. Com tal montante, seria possível construir e equipar mais de 2.200 hospitais de médio porte. Apesar da grandeza, esse valor não é suficiente. Faltam remédios nos hospitais; a espera por consulta chega a meses; por cirurgia, a anos; médicos recebem salários irrisórios; faltam profissionais no interior do país e na periferia das cidades grandes; aparelhos médicos passam semanas parados por falta de conserto; epidemias de dengue causam mortes todo verão; e doentes brigam nos tribunais para serem tratados. Em 2000, para garantir os recursos do SUS, a Constituição recebeu uma emenda - a Emenda 29 fixando o mínimo que cada esfera do poder público deveria aplicar. A União precisaria investir em saúde o valor do ano anterior mais o crescimento do produto interno bruto (PIB) nacional. Os estados, 12% de seus impostos. E os municípios, 15%. Brecha na lei A Emenda 29, porém, nunca conseguiu acabar com as mazelas do SUS. A razão: não foi regulamentada até hoje. A Constituição ficou com uma brecha por não dizer o que são gastos em saúde pública. Assim, os governantes usam subterfúgios para atingir os mínimos constitucionais. Usam os cofres do SUS para pagar a despoluição de rios, a varrição das cidades, a merenda das escolas e até o plano de saúde dos funcionários públicos. Sem a regulamentação da Emenda 29, os governantes interpretam que tudo isso tem impacto na saúde e pode ser pago pelo SUS. Em 2008, o Rio Grande do Sul informou ter aplicado em saúde 12,39% das receitas. Uma auditoria do SUS descobriu que, cumprida a Emenda 29 ao pé da letra, aplicou apenas 4,37%. Pelas últimas contas do Ministério da Saúde, a rede pública perdeu R$ 9 bilhões anuais com subterfúgios desse tipo nas três esferas de governo. O projeto que regulamenta a Emenda 29 chegou ao Congresso em 2003. O texto diz, claramente, o que é saúde pública e o que não é. Limpeza urbana, merenda e plano de saúde não são. Após anos de tramitação arrastada no Senado e na Câmara e de promessas eleitorais, a regulamentação finalmente acaba de ter a votação derradeira. Os senadores a aprovaram duas semanas atrás. Para valer, depende apenas do aval da presidente Dilma Rousseff. O texto desagradou aos defensores da saúde pública. Apesar de reconhecerem que as "maquiagens" acabarão, eles se queixam de que o SUS não terá reforço financeiro tão grande quanto o exigido pelas dificuldades do dia a dia. Os R$ 9 bilhões hoje perdidos nas "maquiagens" não chegam perto dos R$ 45 bilhões extras anuais que o Ministério da Saúde calcula como o necessário para dar qualidade ao SUS. No Congresso, o projeto chegou a ganhar dois dispositivos que dariam mais musculatura ao SUS. O primeiro previa a criação de imposto para a saúde - nos moldes da extinta CPMF, que até 2007 respondeu por 35% do orçamento do Ministério da Saúde. O segundo dispositivo determinava que a União também teria porcentagem a aplicar no SUS - 10% das receitas. Hoje, destina o equivalente a 7%. Nenhum dos dois dispositivos vingou. - É decepcionante. O subfinanciamento do SUS vai continuar - diz Luiz Augusto Facchini, presidente da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco). Faltou pressão da sociedade. Segundo Facchini, as classes média e alta veem o SUS como um sistema de pobres. Esquecem que a vacinação, o programa de AIDS, os transplantes, o controle de epidemias e a fiscalização de alimentos e remédios são feitos pelo SUS. Falta de empenho Para Francisco Batista Junior, diretor do Conselho Nacional de Saúde (ligado ao Ministério da Saúde), não houve interesse nem empenho do governo: - Os 10% não passaram porque a equipe econômica é forte. Ela trabalha com a lógica de economizar, de fazer o ajuste fiscal. O imposto não passou porque o governo não teve competência para convencer a sociedade e a oposição. O presidente do Conasems (entidade dos secretários municipais de Saúde), Antônio Carlos Nardi, descreve a regulamentação aprovada como "um balde de água fria": - Não é na porta do ministro ou do governador que o cidadão bate quando não consegue ser atendido no hospital. É na porta do prefeito. Muitas prefeituras aplicam 25%, 30% das receitas em saúde. Isso é ingovernável. Não sobra dinheiro para outras políticas. A situação vai continuar crítica. Segundo o ex-ministro da Saúde e atual líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), em 2012 a Casa formará comissão que terá dois meses para propor novas fontes de financiamento para o SUS. CORREIO BRAZILIENSE ONLINE | CIÊNCIA E SAÚDE AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS 19/12/2011 19/12/2011 - Associados à pobreza, males que afetam 1 bilhão são ignorados por indústria Belo Horizonte - Se Carlos Chagas e Oswaldo Cruz, maiores sanitaristas brasileiros e reconhecidos mundialmente, entrassem em uma máquina do tempo e chegassem ao Brasil de 2011, reconheceriam que o país, assim como o mundo, ainda está muito aquém do que esperavam em termos de avanços no controle de males tão conhecidos por eles - e hoje praticamente ignorados por grandes laboratórios farmacêuticos. Descobertas em direção à cura dos problemas são raras e dependem, cada vez mais, de pesquisas acadêmicas. Por um lado, a falta de interesse da indústria farmacêutica para algumas doenças persiste, o que faz com que pesquisas de ponta e produções que poderiam beneficiar milhões de pessoas fiquem estagnadas. Por outro lado, diante dos avanços de algumas enfermidades, que passaram a atingir todas as classes sociais (e, portanto, criam enorme mercado para medicamentos), não faltam recursos e há uma corrida para encontrar o melhor remédio ou a melhor vacina. Pesquisadores, porém, com ou sem estímulos, ainda não desistiram das chamadas doenças negligenciadas, que atingem, todos os anos, cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo. Em busca dos resultados mais avançados obtidos por uma verdadeira corrente científica, que não se interrompe um minuto sequer e vai do Oiapoque ao Chuí, começa hoje uma série de reportagens sobre esses males esquecidos. O objetivo é mostrar o que tem sido feito pelos cientistas em território nacional, com ferramentas e criatividade tipicamente brasileiras. Exemplos não faltam. No Sul, está a promessa do primeiro medicamento contra a TUBERCULOSE feito no Brasil. Em Minas Gerais, uma vacina contra a leishmaniose tegumentar já imunizou, com resultados comprovados, 16 mil pessoas. No Amazonas, a resistência de pessoas à malária impulsiona cientistas a produzirem uma imunização para a doença. Para o mal de Chagas, já há imunização pronta, feita em conjunto com pesquisadores de vários estados brasileiros, mas ainda não há interesse farmacêutico para produzi-la. No mesmo barco estão a esquistossomose e a HANSENÍASE, para as quais não há muito investimentos. Em janeiro, artigo publicado na revista britânica The Economist destacou o Brasil como o líder internacional em pesquisa em medicina tropical. O título sugeriu que o país é destino promissor para jovens cientistas do mundo todo: "Go south, young scientist" (algo como "Vá para o Sul, jovem cientista"). O texto ressaltou que, além de o Brasil ter uma comunidade científica atuante, o investimento financeiro do governo em pesquisa - 1% do Produto Interno Bruto (PIB) - é quase o dobro da média dos demais países da América Latina. Quem trabalha na área reconhece que, apesar dos pesares, não é mentira que o país, nesse sentido, não vai tão mal. Com investimentos crescentes, em torno de R$ 75 milhões ao ano, o Brasil lidera a lista dos países em desenvolvimento que mais têm aplicado recursos em estudos de novas formas de tratamento para essas doenças, que afetam as populações mais empobrecidas. Apesar do esforço do setor público, solução para o problema esbarra na falta de interesse da indústria farmacêutica, que não vê nessa história um mercado lucrativo. Investimentos "A negligência não é do governo, mas da indústria farmacêutica, que, por lucro, prefere investir na produção de medicamentos para o câncer, por exemplo", aponta o secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha. De acordo com ele, somente este ano a pasta investirá um total de R$ 71 milhões em pesquisas. "Considerando a contrapartida do Ministério da Ciência e Tecnologia e das fundações de amparo à pesquisa, o valor chega a R$ 118 milhões em estudos em saúde", diz, contando que, entre 2003 e 2010, foram destinados R$ 700 milhões para mais de 3,6 mil estudos em 400 instituições acadêmicas. Nos últimos seis anos, de acordo com Gadelha, foram investidos R$ 100 milhões do governo em pesquisas para as doenças negligenciadas. "Há um movimento mundial de aumentar o financiamento para essa área. TUBERCULOSE, HANSENÍASE, malária, dengue, Chagas, leishmaniose e esquistossomose são doenças que estão associadas à pobreza. Por isso, o mercado não se interessa. A indústria quer investir em medicamentos para pacientes que possam pagar por eles", afirma Gadelha. Ele diz que, além de o Brasil conviver com as enfermidades de países em desenvolvimento, há outros males típicos de países de Primeiro Mundo, como a obesidade, a hipertensão e outros. "Temos que ter capacitação e investimento para todos. Se deixar a saúde apenas na dinâmica do mercado, teremos uma população negligenciada", comenta, afirmando ainda que, ao lançar uma vacina para a dengue, há redução com o custo de internação. "É preciso pensar de uma forma sistêmica. Tecnologia que encarece a assistência e não traz ganhos efetivos não vale a pena." Prioridades Em 2006, o Ministério da Saúde lançou o Programa de Pesquisa e Desenvolvimento em Doenças Negligenciadas no Brasil, em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia. Foram estabelecidas sete prioridades de atuação que compõem o programa em doenças negligenciadas: dengue, Chagas, leishmaniose, HANSENÍASE, malária, esquistossomose e TUBERCULOSE. Já foram financiados 140 projetos. Palavra de especialistas No Brasil, empenho dos pesquisadores "As doenças vêm deixando de ser negligenciadas. No Brasil, os males nunca foram esquecidos. Os pesquisadores têm se empenhado há muito tempo. Estudos vêm sendo feitos e bem patrocinados" Lúcia Maria Almeida Braz,pesquisadora do Laboratório de Parasitologia do Instituto de Medicina Tropical da USP Não há regionalização de tratamento "O grande comprador de descobertas para essas enfermidades é o próprio governo, que acaba ditando o preço. Por isso, a indústria farmacêutica não se interessa muito. Hoje, há toda uma infraestrutura para as hepatites e a AIDS, mas, para um enfermo que sofre do mal de Chagas, não há uma regionalização do tratamento. O acesso é difícil. Cabe às fundações de amparo e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) estimular. O Brasil não aplica pouco. O problema é que o dinheiro nem sempre chega às mãos de quem deveria" Manoel Otávio da Costa Rocha, subcoordenador da pós-graduação em infectologia e medicina tropical da faculdade de medicina da ufmg MIX BRASIL | CENTRAL DE NOTÍCIAS LGBT 19/12/2011 19/12/2011 - Fortaleza rejeita criar o Dia do Orgulho Heterossexual Dia do Orgulho Heterossexual é enterrado pela Câmara de Vereadores de Fortaleza A Comissão de Legislação, Justiça e da Cidadania da Câmara Municipal de Fortaleza rejeitou na manhã da última sexta-feira, 16 de dezembro, o projeto de lei nº 0267/11, que cria o Dia do Orgulho Heterossexual, de autoria do vereador Dr. Ciro (PTC). A Comissão acompanhou o parecer contrário da relatora Magaly Marques. No projeto rejeitado do vereador cearense, o "Dia do Orgulho Heterossexual" seria uma "homenagem às famílias brasileiras" e se refere à relação homem-mulher como "grande esteio" da família brasileira, além de destacar a importância da "manutenção dos padrões éticos, morais e religiosos". MSN BRASIL | ENTRETENIMENTO AIDS 19/12/2011 19/12/2011 - Coleção de objetos de Liz Taylor bate previsões e arrecada US$ 156 mi Nova York, 19 dez (EFE).- A coleção de joias, vestidos e outros objetos pessoais de Elizabeth Taylor superou todas as previsões da Christie"s e arrecadou US$ 156,6 milhões após quatro dias de leilões em Nova York. A casa de leilões destacou que após os quatro dias de vendas em sua popular sede no Rockefeller Center e também através da internet conseguiu comercializar todos os 1.778 lotes, no qual estavam incluídos vestidos, joias, artes decorativas e lembranças de seus filmes, entre outros objetos. Seis lotes arrecadaram mais de US$ 5 milhões e outros 26 objetos superaram a cifra de US$ 1 milhão, segundo destacou a casa de leilões, que após comprovar o sucesso das vendas realizará em janeiro e fevereiro sessões especiais para as obras de arte da protagonista de "Cleópatra". A estrela indiscutível da coleção foi "A Peregrina", a lendária pérola dada pelo grande amor de sua vida, o ator Richard Burton. A peça foi arrematada por US$ 11,8 milhões, o novo recorde mundial de venda de uma pedra preciosa durante um leilão. Alguns dos objetos leiloados, que foram adquiridos por compradores de 36 países diferentes, chegaram a ser comercializados "por cinco, dez e até 50 vezes" o valor previsto pelos especialistas da Christie"s. A coleção de joias, que fora avaliada em US$ 30 milhões, acabou vendida por quase US$ 116 milhões durante uma jornada na qual além de "A Peregrina" se destacou um anel com um diamante de 33 quilates, presente de Burton, que foi arrematado por US$ 8,8 milhões. Também surpreenderam uma litografia na qual Andy Warhol retratou Liz Taylor e que incluía uma dedicatória de próprio punho do pai da "Pop Art", que foi vendida por mais de US$ 660 mil, e um elegante vestido de noite assinado por Christian Dior, arrematado por US$ 362.500. Toda a arrecadação obtida irá para os herdeiros de Liz Taylor, falecida em março passado aos 79 anos, e uma parte do lucro gerado durante a exibição dos objetos em várias sedes da Christie"s no mundo irá para a fundação de luta contra a AIDS que leva o nome da atriz. EFE Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados TERRA | GENTE AIDS 20/12/2011 Coleção de Liz Taylor bate previsões e arrecada US$ 156 mi A coleção de joias, vestidos e outros objetos pessoais de Elizabeth Taylor superou todas as previsões da Christies e arrecadou US$ 156,6 milhões após quatro dias de leilões em Nova York. A casa de leilões destacou que após os quatro dias de vendas em sua popular sede no Rockefeller Center e também através da internet conseguiu comercializar todos os 1.778 lotes, no qual estavam incluídos vestidos, joias, artes decorativas e lembranças de seus filmes, entre outros objetos. Seis lotes arrecadaram mais de US$ 5 milhões e outros 26 objetos superaram a cifra de US$ 1 milhão, segundo destacou a casa de leilões, que após comprovar o sucesso das vendas realizará em janeiro e fevereiro sessões especiais para as obras de arte da protagonista de Cleópatra. A estrela indiscutível da coleção foi "A Peregrina", a lendária pérola dada pelo grande amor de sua vida, o ator Richard Burton. A peça foi arrematada por US$ 11,8 milhões, o novo recorde mundial de venda de uma pedra preciosa durante um leilão. Alguns dos objetos leiloados, que foram adquiridos por compradores de 36 países diferentes, chegaram a ser comercializados "por cinco, dez e até 50 vezes" o valor previsto pelos especialistas da Christies. A coleção de joias, que fora avaliada em US$ 30 milhões, acabou vendida por quase US$ 116 milhões durante uma jornada na qual além de "A Peregrina" se destacou um anel com um diamante de 33 quilates, presente de Burton, que foi arrematado por US$ 8,8 milhões. Também surpreenderam uma litografia na qual Andy Warhol retratou Liz Taylor e que incluía uma dedicatória de próprio punho do pai da "Pop Art", que foi vendida por mais de US$ 660 mil, e um elegante vestido de noite assinado por Christian Dior, arrematado por US$ 362,5 mil. Toda a arrecadação obtida irá para os herdeiros de Liz Taylor, falecida em março passado aos 79 anos, e uma parte do lucro gerado durante a exibição dos objetos em várias sedes da Christies no mundo irá para a fundação de luta contra a AIDS que leva o nome da atriz. AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS AIDS | LGBT 19/12/2011 19/12/2011 - Conferência LGBT: Ativistas querem que texto do projeto que criminaliza a homofobia seja mais preciso A restauração do texto original do projeto de lei que criminaliza a homofobia (PLC 122/2006) foi uma das principais reivindicações dos participantes da 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas e Direitos Humanos de LGBT, encerrada neste domingo, em Brasília. Desde a última quinta-feira, lésbicas, gays, bissexuais, TRAVESTIS e TRANSEXUAIS estiveram reunidos para definir uma pauta comum de políticas públicas. Durante o encontro, foram aprovadas moções de apoio à versão original do projeto que torna a homofobia um crime equivalente ao racismo e ao antissemitismo. De acordo com os participantes, o substitutivo que tramita na Comissão de Direitos Humanos do Senado é genérico e não atende às demandas, deixando de fora, ainda, a proteção às manifestações de afeto públicas e a injúria coletiva à comunidade gay (as que partem de programas de TV e dos discursos nas igrejas, por exemplo). As mudanças foram feitas pela relatora do projeto, a senadora Marta Suplicy (PT-SP), com o objetivo de ganhar apoio da bancada evangélica. "A nova versão não deixa claro que os atos de homofobia são tipificados no Código Penal. Os movimentos entendem que o substitutivo é genérico e cria dificuldade para os juízes interpretarem os casos de homofobia como crimes", diz Gustavo Bernardes, coordenador-geral dos Direitos LGBT da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Punições brandas De acordo com Bernardes, o substitutivo também recebeu críticas por poder resultar em punições mais brandas. Os movimentos LGBT defendem que os casos de homofobia sejam acrescentados à lei antirracismo, que considera crime inafiançável ofensas contra negros. Outra reivindicação foi aumentar a articulação na promoção de políticas públicas específicas. Os participantes também pedem reforço nas campanhas contra a homofobia nos meios de comunicação. Sobre o encontro Promovida pela Secretaria Nacional dos Direitos Humanos em parceria com entidades LGBT, a conferência resulta em reivindicações que serão repassadas ao governo. Depois de três dias de debates, é votado o relatório final, que define as políticas públicas prioritárias para esses públicos. Fonte: Redação da Agência de Notícias da AIDS com informações do Jornal de Brasília AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS 19/12/2011 19/12/2011 - Novo exame é a principal arma contra a tuberculose, afirma em artigo especialista Hélio Torres Filho De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica no Rio de Janeiro e diretor médico do Laboratório Richet, Hélio Magarinos Torres Filho, um novo método diagnóstico lançado nos EUA é a nova chance de controlar a TUBERCULOSE. O teste requer procedimentos manuais mínimos e fornece resultados em menos de 2 horas, explicou o especialista em um artigo publicado no jornal O Estado de S.Paulo. Leia o texto na íntegra a seguir. A chance contra a TUBERCULOSE De todas as doenças que afetam a humanidade, a TUBERCULOSE é uma das mais antigas e também a que mais desafia médicos e pesquisadores. Diferentemente de outras doenças, não possui nenhum tipo de vetor intermediário, como acontece através do mosquito na malária e na dengue. É completamente incalculável a quantidade de vítimas que a doença fez e continua a fazer em todo o mundo, entre as quais, poetas como Castro Alves, Casimiro de Abreu, Manuel Bandeira, além de artistas, grandes médicos e cientistas, que perderam a vida ao estudá-la. Após ser introduzido no corpo humano, o Mycobacterium tuberculosis pode permanecer em estado de latência por muitos anos, manifestando-se como doença apenas quando ocorre algum desequilíbrio que afeta os mecanismos de defesa. Estima-se que uma pessoa infectada seja capaz de contaminar pelo menos dez outras, dependendo do período entre o início da doença e o recebimento da medicação adequada. Dentre as pessoas contaminadas, apenas duas em cada dez desenvolvem doença ativa. Calcula-se que um terço de toda a população mundial se encontre infectado pelo bacilo da TUBERCULOSE e que, a cada segundo, ocorra um novo caso. O Brasil, apesar de ter apresentado progressos em relação à diminuição de novos casos, ainda figura entre os 22 países detentores de 80% de todos os casos do mundo, ocupando a décima nona posição (quanto maior a posição, melhor). O Ministério da Saúde anunciou que houve redução na taxa de novos casos entre 2008 e 2010, o que representa aproximadamente 3 mil novos casos a menos no período; na quantidade de casos totais, a doença ainda representa um grave problema de saúde pública, atingindo cerca de 38 a cada 100 mil pessoas. Há 20 anos, esta mesma taxa era de 56 casos a cada 100 mil habitantes. A TUBERCULOSE é a terceira maior causa de morte por doenças infecciosas e a primeira entre pacientes com AIDS. O Estado do Rio de Janeiro ocupa a primeira posição no Brasil em número de casos: 71,8 a cada 100 mil habitantes. A favela da Rocinha é a campeã de incidência de TUBERCULOSE no país. A taxa de incidência da doença na comunidade é de 300 por cem mil habitantes, enquanto que a de toda a capital é de 90 por cem mil e a do país, 33 por cem mil. Pelo fato de ser transmitida de pessoa para pessoa, através de tosse ou espirros, a principal arma para o combate à doença é o diagnóstico precoce. Entretanto, o diagnóstico laboratorial vem desafiando médicos e pesquisadores. Uma das principais dificuldades recai no fato de que o agente causador da doença apresenta características que fazem com que o resultado definitivo do teste possa levar até 45 dias, tempo suficiente para que ocorra a transmissão da doença para outras pessoas. Há cerca de dois anos, foi lançado nos Estados Unidos um novo método diagnóstico considerado uma poderosa arma para o combate à doença. O moderno exame (GeneXpert) traz vantagens em relação aos testes até então disponíveis e requer procedimentos manuais mínimos, fornecendo resultados em menos de 2 horas. Além de indicar a presença ou não do bacilo da TUBERCULOSE, o exame aponta se pode se tratar de uma cepa resistente a mais de duas drogas. Um estudo publicado no "New England Journal of Medicine" destacou que é possível detectar 90% dos casos de TUBERCULOSE em amostras de escarro. O governo brasileiro anunciou o início de estudos e a instalação de equipamentos em hospitais, laboratórios e unidades de atendimento à saúde. Com esta poderosa arma nas mãos temos, finalmente, depois de vários anos, uma grande oportunidade para reduzir a incidência da doença, não apenas no Brasil, mas mundialmente, já que o diagnóstico rápido, logo no início da doença, é a melhor forma de evitar a disseminação. Fonte: O Estado de S.Paulo AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS AIDS | DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS 19/12/2011 19/12/2011 - Unidades Básicas de Saúde de sete Estados terão teste rápido de gravidez As Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Sergipe e São Paulo passarão a oferecer o teste rápido de gravidez. Segundo o Ministério da Saúde, a iniciativa irá ajudar as gestantes a começarem o pré-natal precocemente. A escolha desses Estados se deve porque eles estão com o plano de ação da Rede Cegonha finalizado ou em fase de finalização. Até 2014, serão mais de cinco milhões de testes realizados em todo o País, informa a Pasta. "Esse teste garante diagnóstico rápido e possibilita que a mulher comece o pré-natal assim que a gravidez é confirmada. Além disso, favorece ações de planejamento reprodutivo para as mulheres com resultado negativo de gravidez", afirma a coordenadora da área técnica da Saúde da Mulher, Esther Vilela. O teste tradicional demanda de um a cinco dias para a conclusão do resultado. Já com o teste rápido, o resultado fica pronto, em média, cinco minutos após a coleta da urina. A Rede Cegonha tem por objetivo garantir o acolhimento, a ampliação do acesso aos serviços de saúde e a melhoria da qualidade do pré-natal. Nesse componente estão incluídas outras ações, como a qualificação do profissional de saúde que atua na Atenção Básica, a oferta do teste rápido de SÍFILIS, a ampliação da oferta de outros exames durante a gestação e a visita à maternidade de referência durante o pré-natal, entre outras medidas. HIV entre gestantes Com uma prevalência nacional do HIV de 0,4% entre as gestantes (na população em geral é de 0.6%), estima-se que quase de 12.500 recém-nascidos sejam expostos ao vírus anualmente. A chance da transmissão vertical, quando não são realizadas todas as intervenções de profilaxia, atinge cerca de 25%, podendo ser reduzida a menos de 1% com medidas preventivas durante o pré-natal, parto e amamentação. No Brasil, cujo tamanho territorial pode ser comparado a um continente e onde o sistema público de saúde tem serviços equivalentes aos dos países mais desenvolvidos e também menos desenvolvidos do mundo, o êxito na prevenção da transmissão vertical tem uma enorme variação. Segundo explica o gerente da Área de Cuidado e Melhoria de Vida do DEPARTAMENTO DE DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Marcelo de Freitas, a transmissão vertical é estimada conforme os registros de casos de AIDS em crianças com até cinco anos nas unidades de saúde. Em 2010, a taxa de casos de AIDS nessa faixa etária para cada grupo de 100 mil habitantes, foi de 5.8 no Sul; 4 no Norte; 2.8 no Sudeste; 2.3 no Nordeste; e 0.9 no Centro-Oeste. "Apesar de uma redução nacional da transmissão vertical do HIV de 42% nos últimos 10 anos, observamos um aumento no Norte e Nordeste", comenta Marcelo. Marcelo afirma que o sistema público de saúde tem os insumos para se fazer esse tipo de prevenção, mas cabe aos Estados e municípios conseguirem se adequar para atender todas as gestantes soropositivas. "A prevenção da transmissão vertical está diretamente ligada à capacidade do serviço básico de saúde, e sabemos que no Norte, principalmente, a questão da logística e do acesso aos meios de prevenção são bem mais difíceis", disse. Marcelo informa que a meta da prevenção da transmissão vertical do HIV do governo são as mesmas estipuladas pelo Programa Conjunto das Nações para o HIV e AIDS (Unaids) e da Organização PanAmericana de Saúde (Opas): eliminar esse tipo de infecção até 2015. "Mas eliminar não significa necessariamente nenhum caso. Significa menos de 1% de cada mil bebês nascidos vivos", finaliza. Redação da Agência de Notícias da AIDS AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA AIDS | NOTÍCIAS AIDS 19/12/2011 19/12/2011 - Atendimento de excelência ocorre para 28% das pessoas com HIV e aids nos EUA, informa CDC Um recente estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, divulgado na semana passada pelo jornal Washington Post, revelou que apenas 28% dos 1.2 milhão de pessoas com HIV e AIDS naquele País têm um atendimento considerado ótimo. Cerca de 75% do total de norte-americanos diagnosticados com HIV são encaminhados para cuidados só depois de quatro meses e apenas 50% seguem sendo assistidos depois desse período. O tratamento com antirretroviral é um pouco menos receitado para mulheres (86%) do que a homens (90%). No quesito raça/cor, esses remédios são prescritos a 92% dos brancos que precisam, em comparação com 89% dos hispânicos e 86% dos negros. No mesmo dia em que foi divulgada a pesquisa, o CDC anunciou um suporte financeiro para os Estados e municípios com maior prevalência do HIV. A cada ano, durante cinco anos, eles receberão 359 milhões de dólares Estima-se que 20% dos norte-americanos soropositivos não sabem que têm o vírus. De acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e AIDS (Unaids), a prevalência média de HIV nos Estados Unidos é próximo a do Brasil, por volta de 0.6% Redação da Agência de Notícias da AIDS