1 Beneficios da facilitação neuromuscular proprioceptiva no tratamento de pacientes com sequelas de acidente vascular cerebral Arnoldo Dantas Batalha1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia2 Pós-graduação em Fisioterapia Neurofuncional – Faculdade FASAM Resumo O acidente vascular cerebral é uma doença caracterizada pelo início agudo de um deficit neurológico que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação cerebral que leva a uma redução do aporte de oxigênio às células cerebrais adjacentes ao local do dano com consequente morte dessas células; começa abruptamente, sendo o deficit neurológico máximo no seu início, e podendo progredir ao longo do tempo. Neste estudo, realizou-se o levantamento bibliográfico com ênfase nos benefícios do FNP no tratamento de pacientes com sequelas de AVC. Pesquisaram-se os artigos nas bases de dados do site do Google acadêmicos e livros. O objetivo desse estudo é mostrar o método do FNP no tratamento de pacientes com sequelas de AVC, melhorando as suas incapacidades motoras. Portanto o FNP é um método satisfatório da fisioterapia, visando à qualidade de vida do paciente. Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral; Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva; Tratamento Fisioterapêutico. 1. Introdução Acidente Vascular Cerebral (AVC) destaca-se entre as doenças que acometem o Sistema Nervoso Central (SNC) pela elevada prevalência e morbimortalidade, independentemente do nível de desenvolvimento do país (OTERO, 2009). Segundo Ministerio da saúde (2010), no Brasil, o AVC, não especificado se isquêmico ou hemorrágico, representa a terceira causa de maior internação e a segunda de maior número de mortes no conjunto das doenças que acometem o aparelho circulatório. O acidente vascular cerebral (AVC) é definido como uma síndrome que consiste no desenvolvimento rápido de distúrbios clínicos focais da função cerebral, global no caso do coma, que duram mais de 24 horas ou conduzem à morte sem outra causa aparente que não a de origem vascular. O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é considerado a terceira causa de óbitos em todo o mundo. Dentre os fatores desencadeantes desta doença estão: hipertensão arterial, doença cardíaca, colesterol, tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoolicas, diabetes, obesidade, malformação arteriovenosa cerebral entre outros. Trata-se de uma doença de início súbito na qual o paciente pode apresentar paralisação ou dificuldade de movimentação de um ou mais membros, dificuldade na fala ou articulação das palavras e déficit visual súbito de uma parte do campo visual, devendo, portanto, ser tratada com emergência. O AVC é classificado em dois grandes grupos: AVC isquêmico e o AVC hemorrágico. O mais frequente, com cerca de 85% dos casos, é o AVC Isquemico, que se caracteriza pela 1 Pós-graduando em Fisioterapia Neurofuncional Graduada em Fisioterapia, Especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestrado em bioética e direito em saúde 2 2 interrupção do fluxo sanguíneo (obstrução arterial por trombos ou êmbolos) em uma determinada área do encéfalo. Os comprometimentos motores provenientes do AVC geralmente são a hemiplegia/paresia que fazem com que as atividades manuais sejam as mais afetadas. A hemiplegia é caracterizada pela ausência de controle motor no hemicorpo afetado que ocorre contralateral à lesão do cérebro; enquanto que a hemiparesia é a redução da capacidade de gerar força adequada para um movimento funcional (COSMO, 2006; PEREIRA; SILVA, 1995). O processo de conduta fisioterapêutica objetiva maximizar a capacidade funcional e evitar complicações secundárias. O fisioterapeuta é capaz de identificar e medir os distúrbios do movimento, e elaborar estratégias apropriadas, esse processo inclui lidar com fatores sociais e psicológicos que afeta o paciente com AVC. A Fisioterapia é uma ciência da saúde que tem como objetivo trabalhar a prevenção e tratar os distúrbios de ordem cinéticos funcionais do corpo humano envolvendo órgãos e sistemas, desde alterações de ordem genética, traumas e, até mesmo, doenças adquiridas. A Fisioterapia é importante para a reabilitação de pacientes com AVC, podendo prevenir, quando bem aplicada. O tratamento para o hemiplégico/parético inclui como opção desde que bem indicado, a utilização de cinesioterapia, a estimulação elétrica funcional, o posicionamento adequado, o manuseio correto, a bandagem, o ultrassom, a crioterapia, o calor superficial, a aplicação de técnicas como o conceito Neuroevolutivo – Bobath, e também, o conceito de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) dentre outros (KLOTZ, 2006; COFFITO, 2009) Facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) é um método que promove e acelera a resposta dos mecanismos neuromusculares através da estimulação dos receptores do sistema nervoso. Baseia-se na utilização de movimentos e posturas com fins terapêuticos e procura entender o movimento e a postura normal para realizar a aprendizagem ou reaprendizagem quando estes movimentos ou postura estão alterados. Para o estudo dos beneficios da facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) no tratamento de pacientes com sequelas de AVC, traçou-se como objetivo geral: mostrar os beneficios do metodo de FNP. Os objetivos específicos são: Comentar a fudamentação teorica do sistema nervoso central e do acidente vascular cerebral, mostrar os recursos de tratamento fisioterapeutico, sendo ele o FNP. 2. Fundamentação Teórica 2.1 Sistema Nervoso Central O Sistema nervoso Central (SNC) é a porção de recepção de estímulos, de comando e desencadeadora de respostas, formado pelo encéfalo e pela medula espinhal, protegidos, pelo crânio e pela coluna vertebral. O encéfalo é composto por três partes (cérebro, cerebelo e tronco encefálico). O tronco encefálico também tem três divisões: mesencéfalo, ponte e bulbo. O Sistema Nervoso Central é composto anatomicamente pelo encéfalo ou cérebro, contido dentro do crânio, e pela medula espinal, contida dentro da coluna vertebral (REED, 2004), o cérebro é a porção mais rostral e mais larga do encéfalo, o mesmo está dividido em dois hemisférios cerebrais, os quais estão separados pela fissura sagital. O hemisfério cerebral direito é responsável por receber sensações e controlar movimentos do lado esquerdo do corpo, assim como o hemisfério cerebral esquerdo recebe as sensações e controla os movimentos do lado direito do corpo. Já a medula espinhal está envolvida pelos ossos da coluna vertebral e é o maior condutor de informação da pele, das articulações e dos músculos 3 ao encéfalo, e deste para apele, articulações e músculos. A medula espinhal se comunica com o corpo através dos nervos espinhais, que formam parte do Sistema Nervoso Periférico (BEAR et al., 2000; MACHADO, 2000; MARTIN, 1998). Os neurônios recebem continuamente impulsos nas sinapses dos seus dendritos vindos de milhares de outras células, os neurônios caracterizam-se pelos processos que conduzem impulsos nervosos para o corpo e do corpo para a célula nervosa (GUYTON; HALL, 2006). De acordo Guyton (2006), o neurônio é formado por três partes sendo o corpo celular, axônio e dendritos e representam à unidade funcional principal do sistema nervoso, os tipos de neurônios são: Aferentes ou sensitivos que conduzem o impulso ao sistema nervoso central, tendo também os eferentes ou motores que conduzem o estímulo do sistema nervoso central e os efetores que são os músculos e glândulas. Um neurônio em repouso que não está conduzindo estímulos apresenta a superfície interna de sua membrana menos positiva que a externa, sendo que isso significa que o interior da célula é eletricamente negativo em relação ao exterior, fazendo a diferença potencial nas faces da membrana que é chamado de potencial de repouso. O cérebro também é dividido em dois hemisférios, direito e esquerdo, e cada hemisfério é dividido em lobos: frontal, parietal, temporal e occipital. O lobo frontal controla a concentração, o pensamento abstrato, o armazenamento de informações (memória) e a função motora. O parietal é o lobo da sensibilidade. Já o lobo temporal contém áreas receptoras auditivas e desempenha a função mais dominante de qualquer área do córtex na cerebração. Por fim, o lobo occipital, o menor dos lobos, localizado na região posterior o cérebro, é responsável pela interpretação visual (SMELTZER & BARE, 2002). Os dois hemisférios do cérebro que são separados de forma incompleta pela grande fissura longitudinal. Esse sulco separa o cérebro em hemisférios direito e esquerdo. A porção externa (córtex cerebral) é constituída de substâncias cinzenta, que contém bilhões de neurônios, dando-lhe um aspecto acinzentado. A substância branca constitui a camada mais interna, sendo composta de fibras nervosas e da neurologia (tecido de sustentação), que forma os tratos ou vias conectoras das diversas partes do cérebro entre si (vias transversais ou de associação) e o córtex com as porções inferiores do cérebro e a medula espinhal. Os hemisférios cerebrais são divididos em pares de lobos frontal, parietal, temporal e occipital. 2.2 Acidente Vascular Cerebral O AVC é uma condição que pode resultar em prejuízo neurológico e levar à incapacidade e morte. Suas manifestações frequentemente envolvem fraqueza muscular, espasticidade e padrões motores atípicos (ARANTES, 2007). A etiologia mais comum do AVC decorre de doenças cardiovasculares: doença valvular, infarto do miocárdio, arritmias, doença cardíaca congênita; doenças sistêmicas podem produzir êmbolos sépticos, gordurosos ou de ar, que afetam a circulação cerebral (SULLIVAN, 2004). É um distúrbio considerado grave que ocorre no cérebro. Acontece quando uma artéria e obstruída ou se rompe interrompendo a alimentação de oxigênio na parte afetada do cérebro causando uma isquemia. Os neurônios ficam sem oxigenação e morrem. Os resultados de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) podem ser letais. Cerca de 20 a 30% das vítimas morrem e as que sobrevivem apresentam paralisias ou problemas na fala. São vários os fatores que colaboram ou são determinantes para ocorrer um AVC. Obesidade, uso excessivo de anticoncepcionais e o tabagismo (PORTAL SÃO FRANCISCO, 2009). A patologia possui grande risco de deixar suas vítimas com incapacidades, de caráter temporário ou permanente, o que predispõe aos sobreviventes um padrão de vida sedentário com limitações que implicam em necessidades variadas de grau de dependência, 4 principalmente para o desenvolvimento das atividades básicas da vida diária (SHELTON, 2001). Os comprometimentos e limitações funcionais associados ao Acidente Vascular Cerebral compreendem déficits sensoriais com redução da sensibilidade nos membros superiores e inferior contralaterais, déficits proprioceptivos, perda da sensibilidade ao toque superficial e à temperatura, dormência, síndrome da dor talâmica, déficits motores como flacidez e hiporreflexia, espasticidade, hiperreflexia na fase crônica, sinergias, padrões de reflexos primitivos, paresia, incoordenação, perda de equilíbrio, apraxia, déficits na marcha, déficits de comunicação, déficits de percepção, déficits cognitivos, déficits de afetividade e déficits nas funções intestinal e vesical (DREEBEN, 2010). De acordo com Cosmo et al (2005), os sinais e sintomas clínicos do AVC variam conforme o território cerebral envolvido os mais comuns envolvem déficit de força repentino ou parestesia de face, braço ou perna, na maioria das vezes em um hemicorpo, incluem ainda, confusão mental (perda de atenção, as respostas tornam-se lentas e a percepção têmporoespacial é anormal, o indivíduo pode apresentar casos de alucinações, ilusões e agitações), cefaléia ( chamada de “dor de cabeça”, pode ser desencadeada por várias etiologias), vômito, alteração de consciência, disartria (dificuldade em articular palavras faladas), afasia motora ou verbal (conhecida também como afasia de Broca, em que o indivíduo apresenta dificuldade para expressar-se pela fala ou pela escrita), apraxia (dificuldade na realização de atividades gestuais de forma consciente e intencional), ataxia (movimentos incoordenados), nistagmo (movimento involuntário do globo ocular), diplopia (visão dupla), déficit visual com um ou com ambos os olhos, hemianópsia (defeito no campo visual em que o indivíduo perde metade do campo visual), dificuldade para deambular, tontura (sensação de desequilíbrio e insegurança durante a deambulação), vertigem (sensação de que o ambiente em que se encontra está rodando), déficit de sensibilidade contralateral, déficit de equilíbrio ou de coordenação; síncopes (desmaios). As consequências de um AVC dependem em geral de qual parte do encéfalo foi afetado, e ainda, qual o grau da lesão. Um curso muito grave pode causar morte súbita. Para Cacho, Melo e Oliveira (2004), os esforços para minimizar o impacto e para aumentar a recuperação funcional após Acidente Vascular Cerebral têm sido um ponto importante para a fisioterapia. Convém salientar que programas de reabilitação têm contribuído significativamente para diminuir os danos causados pela doença; porém, para que o êxito seja alcançado, é fundamental que se inicie, o mais cedo possível, medidas de reabilitação como forma de garantir uma recuperação eficaz. A reabilitação deve ser iniciada assim que o quadro clínico estabilizar (HICKEY,1997). No que se refere à classificção, o AVC pode ser dividido em Isquêmico, quando acontece a perda súbita da função decorrente da interrupção do suprimento sanguíneo para uma região do cérebro; e Hemorrágico que são provocados pelo sangramento no tecido cerebral, ventrículos ou espaços subaracnóide (SMELTZER; BARE, 2005). 2.2.1 Acidente Vascular Cerebral Isquêmico O AVC isquêmico (AVCi), é causado por uma oclusão vascular localizada, levando à interrupção do fornecimento de oxigênio e glicose ao tecido cerebral, afetando subsequentemente os processos metabólicos do território envolvido (HACK et al, 2003). O AVC isquémico (AVCi) é uma patologia complexa, cujos mecanismos fisiopatológicos, incluem a trombose e a embolia cerebral. Os AVCi também podem ocorrer de uma perfusão sistêmica baixa, como resultado de insuficiência cardíaca ou perda importante de sangue com a consequente hipotensão 5 sistêmica. A consequente escassez de fluxo sanguíneo cerebral priva o cérebro de glicose e oxigênio que lhe são necessários, prejudica o metabolismo celular e leva à lesão e morte dos tecidos (SULLIVAN, 2004). 2.2.2 Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico De acordo com Roy (1988), AVC Hemorrágico é causado por aneurisma ou trauma dentro das áreas extravasculares do cérebro. Os fatores que mais contribuem para a formação de um aneurisma são os defeitos de desenvolvimento que causam fraqueza na parede do vaso sanguíneo. A hemorragia está estreitamente relacionada à hipertensão arterial. A hemorragia intracraniana é mais comum nos pacientes com hipertensão e arterosclerose cerebral, porque as alterações degenerativas a partir dessas patologias causam a ruptura vascular. Nas pessoas com menos de 40 anos de idade, as hemorragias intracerebrais são usualmente causadas por malformações arteriovenosas, hemangioblastomas e trauma. Elas também podem ser provocadas por certos tipos de patologia arterial, tumor cerebral e pelo uso de medicamentos – anticoagulantes orais, anfetaminas e várias substâncias geradas de vício (SMELTZER & BARE, 2002). De acordo com Schenttino et. al (2006), dentre os fatores de risco para AVCH (Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico), destacam-se: o consumo o excessivo de álcool o tabagismo, hipertensão arterial sistêmica (HAS), aterosclerose, idade, uso de medicamentos e história familiar. 3. Tratamento 3.1 Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) é uma filosofia e um método de tratamento. Foi iniciada pelo Dr. Herman Kabat nos anos 1940. O Dr. Kabat e Margaret Knott desenvolveram e expandiram as técnicas de tratamentos e procedimentos. Originalmente esse método foi utilizado no tratamento de pacientes com poliomielite. Com o tempo, e por meio das experiências, ficou evidente que o enfoque terapêutico era eficaz para diversas patologias (ADLER ET AL, 2007). Sua filosofia baseia-se na ideia de que todo o ser humano, incluindo aqueles portadores de deficiências, tem um potencial existente não explorado (Kabat, 1950). Segundo Adler (2007), levando-se em conta essa filosofia, certos princípios são fundamentais em FNP: - FNP é um método de tratamento global: cada tratamento é direcionado para o ser humano; - O enfoque terapêutico é sempre positivo; além disso, reforça e utiliza o que o paciente pode fazer física e psicologicamente; - O objetivo primário de todo tratamento é fazer com que o paciente consiga alcançar o seu mais alto nível funcional. O conceito Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva possui procedimentos básicos, como resistência, irradiação e reforço, contato manual, contato verbal, visão, tração e aproximação, estiramento, sincronização de movimentos e padrões. As técnicas específicas e os padrões de facilitação têm como finalidade gerar o movimento funcional por meio da facilitação, inibição, fortalecimento e de relaxamento de grupos musculares. Essas técnicas se valem de contrações musculares concêntricas, excêntricas e estáticas, podendo ou não ser usada com a aplicação de uma resistência de forma gradual e com procedimentos que facilitem a execução do movimento, ajustando-se aos limites e as necessidades de cada paciente. Os padrões de 6 facilitação utilizados na Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva são os escapulares e pélvicos, os de membros superiores e de membro inferior que combinam os planos sagital, frontal e transversal (PERES, 2006; GALÚCIO, 2012). Segundo Grzebellus (2005), a FNP tem o caráter, como sugere o próprio nome, tornar fácil o movimento, envolvendo nervos e músculos, trabalhando-se os receptores sensoriais que enviam informações relacionadas ao movimento e posicionamento corporal. A FNP é considerada mais do que uma técnica e sim uma filosofia de tratamento, baseados nesta filosofia certos princípios são básicos para o método. Os procedimentos básicos da utilização da técnica de FNP fornecem ao terapeuta as ferramentas necessárias para ajustar seus pacientes a atingir uma função motora eficiente são elas: a utilização da resistência promovendo um melhor controle muscular, a força refinando a ação motora, irradiação e reforço gerando propagação do estímulo, contato manual guiando a execução do movimento, biomecânica controlando a movimentação ou estabilização, comando verbal, direcionando o paciente, visão orientando o movimento, tração e aproximação de estruturas, estiramento ou alongamento, sincronia dos movimentos e padrões de movimentação sinérgica em massa. Necessariamente essa eficiência não depende da colaboração do paciente. Utiliza três planos para o tratamento: sagital, frontal e transversal, ou de rotação (SILVA e GESTER, 2009). 4. Metodologia O método utilizado neste trabalho foi à pesquisa bibliográfica. Optou-se pela pesquisa bibliográfica, pois o tema explorado foi pesquisado em livros do ano de 1953 a 2015, e em sites nas bases de dados do google acadêmico, que disponibilizou estudos científicos por Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e US National Library of Medicine (MEDLINEn), sendo a busca realizada por meio das seguintes palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral, Sistema Nervoso Central e Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva . A pesquisa foi realizada no período de 15 de janeiro a 09 de Abril de 2015. 5. Discussão e Resultados No caso do AVC, que é uma doença cerebrovascular, Calil (2007), afirma que é a primeira causa de óbitos em adultos, e, no mundo, é a terceira causa de morte, sendo superado apenas por neoplasias e doenças cardiovasculares. Apesar das evidências que indicam ser o AVC um dos maiores problemas de saúde pública mundial, ainda são escassos os fundos de pesquisa direcionados para esta área, quando comparados com as doenças cardíacas ou neoplásicas (ROTHWELL, 2001). De acordo com Costa (2002), os indivíduos portadores de sequelas de AVC seguem, normalmente, uma rotina de intervenção e tratamento de acordo com o tipo e causa do acidente vascular cerebral. Esta rotina varia desde a intervenção cirúrgica ao tratamento clínico, passando, posteriormente, para o tratamento fisioterápico. Este consiste, na medida do possível, em restabelecer funções e/ou minimizar as sequelas deixadas. No entanto, o quadro tende, com o tempo, a se estabilizar e o paciente apresenta, na maioria das vezes, uma hemiparesia ou uma hemiplegia, dependendo não somente da área cerebral afetada, como também da extensão deste acometimento. Isto faz com que a pessoa torne-se um eterno paciente da fisioterapia, desenvolvendo, na maioria das vezes, uma atividade relativa. Todo o movimento do corpo é comandado pelo nosso sistema nervoso central e periferico, que recebe estimulo, integra e modula a informação de acordo com as necessidades fisicas e metabólicas. Quando o corpo precisa fazer uma contração muscular, a informação é 7 conduzida pelos receptores que estão localizados nas articulações, nos tendões e nos musculos direto para o cortex motor que através de motoneurônios responde ao estimulo com contrações voluntarias especificas. A terminação motora libera acetilcolina, que induz o reticulo sarcoplasmático a liberar o cálcio, que por sua vez entra nas microfibrilas de actinas e miosinas para realizar o processo de contração muscular (MULRONEY, 2009). Segundo Kisner (2009), quando alguma doença muscular ou cerebral impede que a percepção ocorra, o movimento do corpo fica limitado ou deficiente. As técnicas da Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) têm o intuito de ativar ou aumentar o envio dessas informações para o sistema nervoso, por meio dos proprioceptores, para que a amplitude do movimento seja executada, de maneira que o individuo possa reaprender os movimentos funcionais. As técnicas de facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) são consideradas como recursos promissores para pacientes que apresentam alterações sensório-motoras, pois a mesma é direcionada buscando os potenciais e incapacidades destes em nível estrutural, de atividade e de participação, necessitando então que se tenha uma visão do indivíduo como um todo para assim traçar um tratamento baseado na funcionalidade do indivíduo utilizando suas atividades como modelo de facilitação para adquirir ou melhorar tal função desejada (ADLER, BECKERS, BUCK, 2007). De acordo com Galúcio (2012), descreveu os benefícios da Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva em pacientes com sequelas sensório-motora por Acidente Vascular Encefálico e evidenciou que, seja utilizando a Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva como recurso fisioterapêutico em pacientes com incapacidades motoras, visto que os achados referenciais indicam que o uso adequado da técnica propicia independência motora aos pacientes submetidos a este tratamento. O Método FNP pode ser definido como a utilização de movimentos fisiológicos do paciente, e mecanismos neuromusculares e proprioceptivos a fim de relacionar informações relacionadas ao segmento corporal, além de estimular receptores táteis, visuais e auditivos, proporcionado movimentos de maior habilidade e controle motor (ADLER, BECKERS, 1999; LEWIS, BYBLOW, WALT,2000). A Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP), ou Método Kabat, é uma abordagem ao exercício terapêutico que utiliza padrões específicos de movimento em diagonal e espiral, bem como estímulos aferentes para promover um desencadeamento do potencial neuromuscular, obtendo melhores respostas em todo sistema músculo-esquelético (GODOI; ISHIDA, 1997). De acordo com Pereira e Silva (1995) o FNP tem como finalidade promover o movimento funcional por meio da facilitação, da inibição, do fortalecimento e do relaxamento dos grupos musculares. Os exercícios visam aumentar a amplitude de movimento e a capacidade do indivíduo em responder de forma positiva ao esforço. O método teoriza que a função motora deve ser corrigida através da via neuromuscular pela estimulação dos proprioceptores localizados nas articulações, nos tendões e nos músculos, utilizando para isso, a contração muscular voluntária, pois quanto maior o estímulo sensitivo da periferia, maior a quantidade de estímulos que chegam ao SNC, fazendo com que a resposta, por conseqüência, seja maior (REICHEL, 1998). Para Smith et al (1997), a irradiação do treinamento é decorrente das adaptações neurais provenientes do aumento do desempenho muscular. De fato, a demonstração de que a realização de contração muscular voluntária produz ativação no córtex correspondente é utilizada para explicar a facilitação contralateral. Outra possível explicação, é que as técnicas de FNP aumentam a excitação nos centros motores e nos trajetos do SNC, particularmente nas sinapses das células do corno anterior da medula, onde se localiza grande parte dos 8 interneurônios que se comunica com neurônios que projetam aferências ao cérebro, para o mesmo membro e para o membro contralateral (KABAT; KNOTT, 1953.). Algumas estratégias usadas para melhorar o controle postural e a mobilidade funcional do paciente com Acidente Vascular Cerebral são diretamente voltadas para a simetria do tronco, onde as atividades sugeridas como rolar, sentar, ponte, transferências de sentar para levantar se enquadram nas tarefas específicas trabalhadas dentro da FNP (O’SULLIVAN, 2010). Pode-se também através da técnica promover algumas respostas hemodinâmicas como aumento da tensão no sistema cardiovascular, conduzindo a um metabolismo anaeróbico aumentado assim a qualidade de vida do paciente. A FNP produz um tipo de alongamento que promove imediatamente um aumento da amplitude de movimento e um aumento na tolerância do alongamento. A Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva acaba facilitando os órgãos tendinosos de Golgi a inibir os músculos nos quais eles se situam, usando o principio da inibição recíproca (GÜLTEKIN et al, 2006). De acordo com Morales et al (2003), teve como objetivo comprovar através da análise eletromiográfica dos efeitos contralaterais da FNP obtiveram em seus resultados foram satisfatórios, pois ocorreu ativação muscular estatisticamente significante no membro contralateral com o uso de FNP, tanto na diagonal de extensão quanto de flexão. Pois se comparou os padrões de flexão extensão de membro superior sem resistência, com a ativação muscular realizada em uma contração isomérica de bíceps não acompanhada dos padrões da FNP, sendo que a contração isométrica de bíceps não apresentou significância, chegando-se então a conclusão que os componentes em espiral dos padrões da FNP são provavelmente os responsáveis por induzir a irradiação. Outro estudo realizado por Leal e Clementino (2006), que compararam a utilização da Estimulação Elétrica Funcional (FES) e FNP, na melhora da habilidade funcional da articulação do ombro em pacientes Hemiparéticos após AVC, chegaram a conclusão que a FNP oferece melhor resultados na melhora da habilidade motora do que a FES, quando aplicadas em pacientes com AVC. Adler, Beckers e Buck (1999) Grzebellus (2005) e Costoso et al, (2005), citam que a resistência aplicada nas diagonais de FNP facilitam o órgão tendinoso a inibir os músculos antagonistas, relaxando os mesmos, pois usa o principio da inibição recíproca.Se a atividade do agonista foi intensa, o mesmo deve ter ocorrido com o antagonista (co –contração), através da irradiação (deflagração da resposta ao estímulo). Com isto, quando a FNP é utilizada nos membros superiores, esta permite a adequação dos músculos na cintura escapular, que apresentam seu tônus alterado devido ao acometimento do AVC, sendo assim, é restaurada a biomecânica da cintura escapular, melhorando a articulação glenoumeral, diminuindo assim a propensão a traumas na articulação e conseqüentemente diminuindo o quadro álgico do paciente. Segundo Biasoli (2007), a FNP se baseia num trabalho de fortalecimento neuromuscular autoinduzido. Nesse processo as reações do mecanismo neuromuscular são melhoradas, através de estimulação dos proprioceptores. A utilização de movimentos complexos é baseada nos princípios da estimulação máxima do aparelho neuromuscular com o auxílio adicional de movimentos diagonais e espirais associados à flexão, adução, abdução, rotação externa e interna. Os receptores musculares e articulares são elementos importantes na estimulação do sistema motor. Brentano, Rodrigues e Kruel (2008), realizaram uma pesquisa para verificar o impacto da utilização da FNP e do alongamento estático na amplitude de movimento de idosos. Ao término do estudo, observaram que a técnica FNP promoveu um maior arco articular do quadril quando comparado com o alongamento estático. Resultado este que pode ser justificado pelo fato da técnica de FNP se basear em exercícios terapêuticos que utilizam diversos mecanismos facilitadores com a finalidade de promover e/ou melhorar a contração. 9 6. Conclusão A FNP não é apenas um método de tratamento, mas sim uma ferramenta que permite ao mesmo tempo avaliação e tratamento de disfunções neuromusculares. A FNP também inclui aprendizado motor e retenção funcional de atividades recém-aprendidas por meio da repetição de uma demanda específica a utilização do desenvolvimento do comportamento motor que permite aos pacientes criar e recriar estratégias de movimentos funcionais eficientes e a análise biomecânica e comportamental do controle motor. Todas as atividades dentro das intervenções com FNP são orientadas para um objetivo funcional e são relativas ao ambiente no qual o objetivo a ser alcançado está inserido. As técnicas de facilitação neuromuscular proprioceptiva se propõem a auxiliar o indivíduo no processo de reabilitação ou na melhora de sua condição física, exigindo do paciente maior aprendizagem motora e desempenho, flexibilidade e aumento da amplitude de movimento, fortalecimento muscular e coordenação motora. Com o uso da neurofisiologia aliado aos padrões de movimentos em massa que compõem o Método Kabat, de caráter espiral e diagonal, baseados num profundo estudo anatômico e biomecânico, que se assemelham muito aos movimentos empregados no esporte e atividades de vida diária e no trabalho é possível resolver desde alterações neuromusculares até melhorar condição física. Portanto a Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva tem uma grande importância no tratamento de pacientes com sequelas de acidente vascular cerebral, pois a abordagem positiva que esta técnica utiliza ajuda o paciente a se sentir mais seguro de si e mais preparado para novos desafios. Referências ADLER, S. S; BUCK, M; BECKERS, D. PNF: Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva. São Paulo: Manole, 2007. ADLER, Susan S; BECKERS, Dominiek; BUCK, Math. PNF, Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva: um guia ilustrado. São Paulo: Manole, 1999. ARANTES, NF; VAZ, DV; MANCINI, MC; PEREIRA, MSDC; PINTO, FP; PINTO, TPS. 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