1 RELATÓRIO DE PROJETO DE PESQUISA Nome do Projeto: Avaliação do Serviço de Atenção Farmacêutica Protocolo: 2108 Nome do(a) Proponente ou Orientador(a):.Dayani Galato Colaboradores: Cleidson Valgas Graziela Modolon Alano Nome do(a) Bolsista: Eduardo Rocha Vinholes Campus/Unidade: Tubarão / Tubarão Data do Relatório: Tipo do Projeto: ( ) PUIC Disciplina ( ) PUIC Continuado ( x ) PUIC Individual 1. Introdução Os medicamentos constituem desde muito tempo na história ocidental um produto da ciência, sendo considerados um artefato técnico de grande poder simbólico, presente tanto no imaginário dos profissionais da saúde, como da população em geral, que permeou socialmente, até mesmo de forma mitificada, depositário de todas as expectativas de alivio e cura, como estratégia de intervenção e de utilização da tecnologia médico-científica para a promoção da saúde do indivíduo e da sociedade. Pode-se afirmar que sempre existe um risco intrínseco quando um indivíduo é submetido a uma intervenção médica e, no caso dos medicamentos, quando estes são administrados como parte do procedimento. A literatura especializada atribui, em grande medida, aos fatores que independem do transtorno ou condição patológica, a causalidade de ocorrência de eventos indesejáveis ou adversos relacionados com a farmacoterapia. Neste rol estão incluídos os que comumente caracterizam-se como erros na medicação, bem como os problemas devidos ao uso inadequado do medicamento em virtude da desinformação do paciente ou, pelo menos, da baixa compreensão que este 2 tenha sobre o seu tratamento (MANASSE, 1989). A Atenção Farmacêutica está inserida no nível primário de cuidados que tem como meta atender as necessidades relacionadas à farmacoterapia do paciente, no intuito de melhorar sua qualidade de vida, com conseqüente impacto nos indicadores de saúde da comunidade (HEPLER; STRAND, 1999). Nesse modelo o farmacêutico assume uma prática centrada no paciente e desenvolve em conjunto, a partir de uma relação terapêutica solidária e cooperativa, ações que promovam o uso racional de medicamentos, prevenindo, identificando e resolvendo, de forma integrada à equipe de saúde, os problemas relacionados aos medicamentos (PRM) (CIPOLLE et al., 2004). O impacto positivo que este modelo pode desempenhar sobre os indicadores de saúde tem sido objeto de investigação nos últimos anos, a partir dos primeiros relatos de sua implantação. Recentemente foi publicado um balanço dos resultados de seguimento do grupo de Minessota apresentados por Strand e colaboradores (2004). São dados interessantes, onde se destacam alguns deles como, por exemplo, que existem dez condições que representam 50% das indicações de terapias farmacológicas entre os atendimentos do projeto, entre elas vale destacar a hipertensão, diabetes, dislipidemias, depressão, osteoporose, sintomas da menopausa, entre outros e que dois em cada três pacientes atendidos no projeto experimentavam a manifestação de algum tipo de PRM. Na Unisul existe um serviço de assistência ambulatorial integrado, com a participação de enfermeiros, médicos, odontólogos, fisioterapeutas, psicólogos que atendem, gratuitamente, aproximadamente 2000 pessoas por mês. Estes pacientes são representados principalmente por moradores dos bairros vizinhos. Cabe salientar que integrando este serviço há um ano temos o Serviço de Atenção Farmacêutica (SAF). Desta forma o projeto em estudo, o SAF, prevê a participação do profissional farmacêutico como membro atuante da equipe de saúde prestando seu papel educativo perante a sociedade através do atendimento individual e em pequenos grupos de pacientes, em sessões clínicas com a equipe multidisciplinar ou como fornecedor de informações aos outros membros da equipe de saúde. Atualmente o SAF atende inúmeros pacientes vindos de clínicas da Universidade, pacientes de outros projetos de extensão, como também de outros bairros da cidade e até mesmo de outras cidades. Para realizar este processo, o SAF conta hoje com a participação efetiva de três farmacêuticos e a colaboração de outros dois. Tem-se também, vários alunos envolvidos, inclusive com a inserção piloto do estágio curricular em farmácia. Um processo de avaliação do SAF é fundamental, pois a partir destes dados 3 poderão ser determinados os pontos fortes e os que precisam ser melhorados. Determinando-se, além da rotina do serviço, características envolvidas com as instalações físicas, recursos humanos, horários de atendimento, entre outros. 2. Objetivos 2.1 Objetivo Geral Avaliar o Serviço de Atenção Farmacêutica (SAF) implantado na Unisul. 2.2 Objetivos Específicos - Descrever a rotina do SAF implantado na Unisul - Identificar a percepção dos pacientes a respeito do Serviço; - Identificar a percepção dos profissionais da saúde a respeito do SAF - Analisar, juntamente com a equipe do serviço, a estrutura física, humana e logística do SAF; - Identificar a estrutura mínima necessária para implantação do SAF no SUS. 3. Material e Métodos 3.1 População estudada Na etapa de avaliação de percepção, foi realizada a técnica de grupo nominal com a equipe do serviço e entrevistas com alguns pacientes do serviço. E, na etapa de análise dos resultados com a equipe do serviço, foram mobilizados os farmacêuticos envolvidos no Serviço e os bolsistas e colaboradores que estavam interessados em contribuir. 3. 2 Descrição do método de análise 3.2.1 Identificação da Rotina do Serviço Para a realização do projeto de avaliação, foi verificado in loco a rotina do serviço, para que a mesma pudesse posteriormente ser descrita. Para realizar o levantamento destes dados o proponente participou ativamente de todas as atividades desenvolvidas pelo SAF. 3.2.2 Identificação da Percepção Para análise da percepção do serviço pelos profissionais envolvidos foi adotada a técnica de grupo nominal. Está técnica baseia-se na reunião de um grupo de pessoas, com o objetivo de discutir um assunto em comum e atribuir uma classificação, baseada em conceitos, sobre tópicos pré-determinados relacionados com as atividades do SAF. Para a realização do processo de avaliação foi necessário inicialmente identificar um consenso sobre os aspectos a serem avaliados. Para construção deste consenso foi 4 adotada a técnica de grupo nominal, com a participação de todos integrantes da equipe do serviço. A busca pelo consenso no grupo nominal foi construída num processo que compreendeu três etapas. Na primeira foram descritos pelo mediador da atividade quais os requisitos que deveriam ser observados sobre o serviço e a seguir os participantes deveriam listar até cinco ítens que consideram mais relevantes sobre cada aspecto (pontos positivos, limitações, sugestões de melhora) em cada uma das grandes categorias (estrutura humana, física e de logística). A etapa seguinte consistiu na sistematização, onde foram apresentados os resultados individuais de cada um dos aspectos das grandes categorias e quando possível foram complementados gerando os conteúdos para a etapa de consensualização. Nesta última etapa, todos os sujeitos foram convidados a selecionar entre os itens sistematizados, cinco que considerassem que fossem aqueles que melhor respondiam a questão (categoria) sobre o aspecto analisado. Em seguida foram construídas as tabelas e por fim analisados os resultados identificando a formação de consenso do grupo. Foram avaliadas desde a estrutura do serviço até a contribuição deste nas rotinas dos integrantes da equipe e na dos pacientes. A atividade de grupo focal e as entrevistas individuais foram gravadas e os discursos foram transcritos, com o objetivo de enquadrar em categorias para posterior análise Na identificação da percepção dos pacientes não foi possível envolver os sujeitos desta pesquisa em um grupo focal, portanto, para esta situação, foi adotada a técnica de entrevistas individuais 3.2.3 Evento de apresentação dos resultados Após a realização das etapas anteriores, foi realizado um evento com o grupo de farmacêuticos e com os colaboradores interessados para a apresentação dos resultados. Nesta etapa foi concluída a avaliação do serviço e a análise das percepções e definiramse as alterações que por ventura sejam importantes para a continuidade do Serviço enquanto projeto de extensão e campo de estágio. Ao final deste evento foi realizado um grupo focal que teve por finalidade identificar o contexto no qual o SAF foi incluído e para realizar a avaliação final e perspectivas do Serviço. A orientação metodológica seguiu as recomendações de Víctora e colaboradores (2000). Sendo solicitado aos componentes do evento a sua percepção sobre o SAF nos diferentes contextos ao qual estava inserido (Curso de graduação em Farmácia, Universidade e Comunidade). 5 4. Resultados 4.1 Descrição das atividades do SAF O SAF desenvolve basicamente dois tipos de atividades, os atendimentos individuais e as ações de Educação em saúde. Os atendimentos individuais são realizados na estrutura física da Clínica integrada e também em pontos satélites, como é o caso de Unidades Básicas e Avançadas de saúde. Durante estes atendimentos o farmacêutico busca identificar e resolver, problemas relacionados aos medicamentos e necessidades relacionadas aos pacientes. Nos trabalhos de educação em saúde, visa promover o Uso Racional de Medicamentos através da troca de experiências e na transformação do conhecimento científico em aplicações práticas no manejo da saúde dos pacientes. 4.2Resultados das ações de Educação em Saúde Quanto a organização das ações de educação, as mesmas iniciaram-se através de um primeiro contato estabelecido com os coordenadores ou responsáveis de grupos préexistentes como, o de hipertensos e diabéticos, grupos da terceira idade e grupos de mulheres, além de pessoas vinculadas a secretaria de assistência social da prefeitura e a postos de saúde da rede pública. As atividades de educação em saúde foram realizadas de forma expositiva, possibilitando aos sujeitos uma participação ativa, através do diálogo direto com o profissional farmacêutico, formulação de questionamentos e intervenções a qualquer momento do evento. Foram realizadas 22 palestras no período deste projeto, contando com a participação de 565 indivíduos, residentes principalmente nos municípios de Tubarão e Capivari de Baixo. Nas palestras foram apresentados os temas pré-selecionados, referentes ao uso racional de medicamentos, como polimedicação, automedicação na terceira idade, manejo de doenças crônicas (hipertensão, diabetes e dislipidemias), adesão terapêutica e cuidados com o uso e a conservação de medicamentos (VINHOLES et al, 2008). 4.3 Indicadores dos atendimentos individuais Quanto a avaliação dos indicadores do Serviço, observou-se que neste período foram atendidos em torno de 60 pacientes. A grande parcela dos pacientes do SAF apresentaram PRMs relacionados a efetividade e segurança do medicamento que, muitas vezes, somente seria resolvido ou evitado com o aumento ou diminuição da 6 dose, ou ainda, com a substituição por outra classe farmacológica. Dessa forma, muitas intervenções foram realizadas no SAF durante o acompanhamento de certos pacientes, sendo a forma escrita (carta informativa) a mais utilizada, e entregue ao paciente para que levasse na próxima consulta médica. Os dados descritivos dos atendimentos individuais podem ser encontrados em CORRÊA (2008). 4.4 Percepção dos profissionais da saúde e dos pacientes sobre o SAF Os profissionais de saúde entrevistados relataram que a atividade desenvolvida pelos farmacêuticos colaborou significativamente para que os sujeitos compreendessem de forma clara a necessidade de adesão aos tratamentos propostos, respeitassem os horários de tomada dos medicamentos e procurassem o médico regularmente para fazer reavaliações do estado de saúde e da evolução da doença. Um dos profissionais de saúde relatou perceber uma valorização do seu serviço pelos pacientes. Pois os mesmos conseguiram compreender que este profissional não se preocupa apenas com o acesso aos medicamentos, mas também com uso racional daqueles dispensados, ou seja, as palestras dão maior sustentação ao trabalho de orientação quanto ao uso correto de medicamentos. Segundo outro profissional da saúde, as palestras vieram de encontro ás necessidades do grupo, abordando conhecimento sobre medicamentos como horário de tomada, importância da dosagem e da automedicação, pois se verificou o aumento do interesse dos participantes na busca de informações sobre medicamentos, concluindo a sua exposição comentando sobre a importância de trabalhar junto com outros profissionais. As percepções obtidas dos pacientes mostraram que o atendimento individual serve para esclarecer muitas dúvidas sobre a farmacoterapêutica e permite ao paciente questionar ao profissional as dúvidas que possui sobre os medicamentos que utiliza e outros cuidados com a sua saúde. Também foi enfatizado que o serviço é uma ótima oportunidade para os pacientes consigam satisfazer todas as suas dúvidas sobre uso correto de medicamentos. Outros resultados das entrevistas com pacientes apontam que a qualidade e a quantidade das informações repassadas durante os atendimentos são objetivas, fáceis de compreender e trazem melhorias no estado de saúde quando aplicadas na sua rotina. Outro relato de paciente entrevistado mostra que este não conseguia entender como um farmacêutico poderia auxiliar no tratamento de um problema de saúde, por acreditar que a atuação do profissional se restringia a dispensação. Posteriormente, ao começar a participar do serviço e seguir o acompanhamento, começou a entender que 7 não bastava somente tomar o medicamento, mas sim tomá-lo no horário correto, respeitando alguns cuidados básicos e próprios de cada fármaco. 4.5 Grupo nominal com indicação da estrutura física, humana e logística Durante a atividade de grupo nominal, foram apontados quais os principais pontos positivos, limitações e sugestões para melhoria relacionados a estrutura física, recursos humanos e logística do serviço. Para a estrutura física, ficaram definidos como principais pontos positivos a sala para atendimento individual, acesso a boas fontes de informação e a localização do serviço na clínica multiprofissional. Como limitações da estrutura física foram apontadas o pequeno espaço da sala reservada para sessões clínicas, a falta de ambiente climatizado e de base de dados importantes. As sugestões de melhorias propostas como consenso pelo grupo, demonstraram a necessidade de sala com espaço maior para os estudos de caso e sessões clínicas, climatização para o atendimento individual e utilização de aparelho de projeção visual para sessões clínicas e atividades de educação em saúde. Quanto aos recursos humanos, foram indicados como pontos positivos a presença de farmacêuticos com conhecimento de farmacoterapia e com foco no Uso Racional de medicamentos, empenho da equipe para fazer o serviço funcionar e foco na construção de uma nova prática profissional, buscando sistematizar as ações e contribuir com ferramentas de avaliação. Entre as limitações apontadas, as que mais mereceram destaque foram a falta de capacitação de farmacêuticos além daqueles que integram a equipe atual para a realização do serviço, tempo insuficiente para os farmacêuticos realizarem os atendimentos e estudos de caso devido a outras funções na Universidade e pouco envolvimento de alunos do curso além daqueles do estágio. Foram apresentadas como sugestões de melhorias a inclusão do estágio no SAF por um período maior com possibilidade de atendimentos pelos alunos, elaboração de propostas de cursos de capacitação em atenção farmacêutica e identificação de uma pessoa que possa organizar a agenda, realizar contatos com pacientes e com a comunidade. Em relação ao aspecto da logística do serviço, o grupo identificou como pontos positivos a participação do Serviço junto a comunidade da região com atendimentos individuais e coletivos, a localização no mesmo espaço de outros serviço de saúde e a facilidade de acesso dos pacientes ao serviço. O grupo apresentou como limitações a falta de uma boa divulgação de informações dentro do próprio ou entre os diferentes serviços de saúde, dificuldade em conciliar os horários de atendimento dos professores com a disponibilidade dos pacientes e a necessidade de busca de novos recursos 8 financeiros para manter o serviço viável. Foram propostas como sugestões de melhoria uma maior participação dos alunos do curso nas ações do SAF, criação de um banco de dados com as informações dos pacientes e elaboração de novos projetos para captação de recursos. 4.6 Proposta de estrutura mínima para a Implantação da Atenção Farmacêutica no SUS A partir dos resultados obtidos no grupo nominal, foi proposto posteriormente uma estrutura mínima para implantação do SAF em unidades do SUS contemplando recursos humanos, estrutura física e logística Quanto a recursos humanos ficou definido que a condição mínima deveria ser um farmacêutico, com perfil de dedicação ao estudo e aprendizado permanente, com domínio de ferramentas de busca de informação, responsabilidade, habilidade de dialogo e comunicação, com capacitação e aptidão para desenvolver trabalho de atenção farmacêutica. Quanto ao espaço físico próprio para atividade, ficou definido que deve possuir fácil acesso ao público, com suporte mínimo para três pessoas, oferecer privacidade, com pouca poluição sonora, iluminação e temperatura agradável. Quanto à organização logística, ficou estabelecido como critérios mínimos a disponibilidade de tempo suficiente para o farmacêutico fazer atendimentos individuais e estudo dos casos, possibilidade de discussão conjunta com outros profissionais sobre o plano de ação e encaminhamento de pacientes por outros serviços de saúde. 5 Outros Resultados Foi elaborado um artigo denominado “A percepção da comunidade sobre atuação do Serviço de Atenção Farmacêutica em ações de Educação em Saúde relacionadas a Promoção do Uso Racional de Medicamentos”, o qual já foi aprovado para publicação junto a Revista Saúde e Sociedade. Este trabalho apresenta uma possibilidade de ação do farmacêutico enquanto profissional da saúde interagindo com a comunidade e com outros profissionais da saúde. Os resultados desta atuação apontam para a modificação das ações dos participantes quanto ao uso correto do medicamento e da necessidade de acompanhamento regular do estado de saúde. As ações de educação em saúde têm maior impacto sobre a saúde da população quando os educadores, além do conhecimento científico, possuem habilidades para usar as experiências da população no ato de ensinar, respeitando o indivíduo e tornando-o ativo neste processo. 9 Foi apresentado no Congresso sobre Uso Racional de Medicamentos realizado em novembro de 2007 na cidade de Florianópolis, um painel com o título Contribuição do Farmacêutico para a promoção da saúde: A experiência do Serviço de Atenção Farmacêutica da Universidade do Sul de Santa Catarina, que tinha como objetivo Demonstrar a experiência do Serviço de Atenção Farmacêutica em palestras dirigidas a comunidade com o foco na promoção da saúde. 6 Perspectivas Parte dos critérios identificados como limitações e sugestões estão este semestre em processo de implementação. O serviço vai continuar funcionando no ambiente mutiprofissional de saúde com atendimentos nas unidades satélites e também com as ações de Educação em Saúde. Para viabilizar o Serviço o Estágio em Farmácia esta cada vez mais interagindo com o Serviço, principalmente no novo currículo onde os alunos já iniciam o estágio no quarto período. Está sendo elaborado um artigo com os resultados obtidos no processo de avaliação do SAF pelos profissionais envolvidos no serviço que tem como título provisório “Requisitos para a implantação da Atenção Farmacêutica no SUS: A Experiência do Serviço de Atenção Farmacêutica (SAF) da Universidade do Sul de Santa Catarina”, que após concluído, será submetido a avaliação para publicação na revista Ciência e Saúde Coletiva. 7 Conclusões O serviço de atenção farmacêutica do curso de Farmácia da Unisul, desenvolve atividades com os pacientes de forma individualizada e de forma coletiva. As ações de educação em saúde visam atingir um maior número de pessoas com vistas a divulgar informações relacionadas ao uso racional de medicamentos, já as ações individuais visam identificar e resolver problemas relacionados com os medicamentos e necessidades relacionadas com os pacientes. O impacto do serviço perante os pacientes, profissionais da saúde de grupos atendidos e profissionais integrantes da equipe foi bastante positivo, pois colaborou para maior integração e troca de conhecimentos e entre o corpo docente, os alunos do estágio e os membros da comunidade A estrutura do serviço mostrou ser adequada para sua execução, porém foram identificadas necessidades de melhorias e aperfeiçoamento com a finalidade de tornar as 10 atividades mais ágeis e o ambiente mais apropriado para os atendimentos individuais. Também verificou-se que a estrutura necessária para a implantação do SAF em unidades de saúde do SUS é bastante simples, sendo destacado como ponto mais importante um farmacêutico com perfil adequado para a execução do serviço, que seria além de conhecer o processo de atenção farmacêutica, ter disponível fontes de informação confiáveis. 6. Referências Bibliografia básica: CIPOLLE, R.J.; STRAND, L.M.; MORLEY, P.C. Pharmaceutical Care Practice: The Clinician’s Guide. 2 nd ed., McGraw-Hill, 2004. CORRÊA, T.S. Análise dos serviços de cuidados prestados no serviço de atenção farmacêutica (SAF) do curso de farmácia da Unisul (Relatório de programa universitário de iniciação científica), Tubarão: UNISUL, 2008. HEPLER, Charles D.; STRAND, Linda M. Oportunidades y responsabilidades en la Atención Farmacéutica. Traducido de Am J Hosp Pharm. Pharmaceutical Care España, n. 1, p 35-47, 1999. MANASSE, H.R. Jr. Medication use in an imperfect world: Drug misadventuring as an issue of public policy: part I. American Journal Hospital Pharmacist, v. 46, p. 924-944, 1989. STRAND, L.M.; CIPOLLE, R.J.; MORLEY, P.C.; FRAKES, M.J. The impact of pharmaceutical care practice on the practitioner and the patient in the ambulatory practice setting: twenty-five years of experience. Curr Pharm Des. v. 10, n. 31, p. 39874001, 2004. VÍCTORA, CM; KNAUTH, DR; HANSSEN, MNA. Pesquisa qualitativa em Saúde: Uma introdução ao tema. Porto Alegre: Editora Tomo, 2000. VINHOLES, E. R.; ALANO, G. M.; GALATO, D. Educação em saúde: A experiência do Serviço de Atenção Farmacêutica da Universidade do Sul de Santa Catarina no contexto do Uso Racional de Medicamentos. Rev. Saúde e Sociedade, 2008.