ESCOAMENTOS EM REGIME TRANSIENTE Regime transiente: são escoamentos que apresentam variação com o tempo ⇒ ∂/∂t ≠ 0 Exemplo: Escoamentos Próximo à uma Parede Abruptamente Posta em Movimento Hipóteses: 1. Fluido Newtoniano 2. Propriedades constantes (ρ=cte, µ=cte) 3. 2-D (largura b >> δ) ⇒ ∂ /∂ z = 0 4. L >> δ ⇒ ∂ /∂ x = 0 δ 5. Escoamento horizontal, gravidade vertical 6. p=patm=cte 7. laminar 1 ∂ρ + ∇ • ( ρ V ) = 0 ⇒ ρ = cte ⇒ ∇ • V = 0 ∂t Continuidade: ∂u ∂v ∂w + + = 0 ⇒ v = cte ∂x ∂y ∂z 0 ( 5) Condição de contorno: y=0 ; v=0 0 ( 4) V = u( y, t ) i v=0 D V 2 Q.M.L. (Navier-Stokes): ρ = ρ g −∇ p+ µ∇ V Dt Q. M. L - direção z e y satisfeitas de acordo com as hipótese listadas Q. M. L - direção x ∂p ∂u ∂u ∂u ∂u ∂ 2u ∂ 2u ∂ 2u ρ( + u + v + w ) = ρgx − +µ( 2 + 2 + 2 ) ∂x ∂t ∂x ∂y ∂z ∂x ∂y ∂z 0(5) 0( 4) 0( v =0) ∂ u ∂ 2u =υ ∂t ∂ y2 υ = viscosidade cinemática; υ = µ/ρ (m2/s) 0(3) 0( 6) 0( 4) 0(3) Condição inicial Condições de contorno, t >0 1) t ≤ 0 ; u =0 1) y=0; u =uo para ∀ y 2) y→ ∞ ; u=0 2 Adimensionalizando a velocidade u U= uo ∂ U ∂ 2U =υ ∂t ∂ y2 Espera-se que a medida que o tempo passa, δ cresce, mas a forma do perfil mantenha-se similar. Então é conveniente adimensionalisar a coordenada vertical com a espessura de penetração δ, tal que U= U(y/δ) η = y δ Podemos estimar a variação da espessura de penetração δ com o tempo, analisando a equação de momentum ∂ u ∂ 2u =υ ∂t ∂ y2 U ≈υ U t δ2 η= ⇒ δ ~ υt y 4υ t o número 4 é introduzido por conveniência, como será visto no resultado final Mudança de variáveis: U= U(η, τ) onde η = y/(4 υ t)0.5 e τ=t 4 U= U(η, τ) onde η = y/(4 υ t)0.5 e τ=t Para introduzir a mudança de variáveis na equação de conservação, é preciso utilizar a regra da cadeia ∂U ∂ η ∂U ∂ τ ∂ U = + ∂η ∂ y ∂τ ∂ y ∂y ∂U ∂ U ∂η ∂ U ∂τ = + ∂t ∂ η ∂t ∂ τ ∂t mas ∂ η = ∂t 1η y 3/ 2 − 1 =− ( − )t 2 2 t 4υ ∂η = ∂y η 1 = 4υ t y ∂τ =0 ; ∂y ∂τ =1 ∂t ∂ U ∂ U −η ∂ U = + ∂t ∂η 2 t ∂τ ∂ U ∂U = ∂y ∂η substituindo 1 4υt − 2η ∂ ∂ U ∂ y ∂ y 2 = ∂ ∂U ∂ η ∂ η = ∂ U 1 ∂η ∂η ∂ y ∂ y ∂ η 2 4υt ∂U ∂U ∂2 U + 4τ = ∂η ∂τ ∂ η2 Condições de contorno 1) η=0; U =Uo 2) η→ ∞ e τ=0; U=0 5 ∂U ∂2 U ∂U 4τ 2 = + η ∂τ ∂η ∂ η2 Utilizando separação de variáveis: U(η, τ) = H(η) T(τ) − 2η T d H dη + 4τ H dT dτ =T d2 H d η2 4τ d T 1 d 2 H 2η d H 2 λ = + = − T dτ H d η2 H dη dT T λ2 dτ =− 4 τ ln T = − λ2 4 ln τ + ln C T =Cτ − λ2 4 Condições de contorno 1) τ=0 ; T =finito ⇒ λ=0 e T = constante T=1 e U(η) = H(η) 6 d2 U Resultando em d η2 + 2η dU =0 dη Condições de contorno e inicial 1) η = 0 ; U =1 2) η → ∞ ; U → 0 A condição de contorno (1) corresponde a condição de não deslizamento, enquanto que a condição (2) engloba a condição inicial e no infinito, pois η = y/(4 υ t)0,5 Para integrar esta equação diferencial ordinária de 2a. ordem, observa-se que esta equação é de 1a. ordem para dφ + 2η φ = 0 dη ⇒ dφ φ = −2 η d η 2 2 dU − η − η ⇒ = C1 e φ = C1 e dη ⇒ η φ= dU dη ln φ = − η 2 + ln C1 2 η − ' U = C1 ∫ e dη ' 0 + C2 7 η U = C1 ∫ e − η '2 dη ' + C 2 0 Condições de contorno e inicial 1) η = 0 ; U =1 C1 = − 2) η → ∞ ; U → 0 1 ∞ ∫ e então ⇒ C2 = 1 − η '2 =− dη ' 2 π 0 2 η − η '2 U (η ) = 1 − dη ' = 1 − erf (η ) = erfc(η ) ∫ e π 0 erf é a função erro e erfc é a função complementar y ) u ( y , t ) = u o 1 − erf ( 4 υ t y u ( y , t ) = u o erfc( ) 4 υ t A espessura de penetração pode ser definida como a distância da placa onde a velocidade é 1% de uo. Neste caso, η ≈ 2, logo δ =4 υt 8 Exemplo: Escoamento transiente entre duas placas paralelas Hipóteses: 1. Fluido Newtoniano 2. Propriedades constantes (ρ=cte, µ=cte) 3. 2-D (largura w >> b) ⇒ ∂ /∂ z = 0 4. L >> b ⇒ ∂ /∂ x = 0 5. Escoamento horizontal, gravidade vertical 6. p=patm=cte 7. laminar Como já vimos, a equação da continuidade incompressível é o que implica que ∇ •V = 0 V = u( y, t ) i 9 Vimos que a equação de conservação de quantidade de movimento se reduz a Condição inicial Condições de contorno, t >0 ∂ u ∂ 2u =υ 1) t ≤ 0 ; u =0 1) y=0; u =vo 2 ∂t ∂y Adimensionalizando para 0 < y ≤ b u U= vo 1 ∂ U υ ∂ 2U = ∆tref ∂ τ b 2 ∂ η 2 2) y=b, u=0 y η= b ⇒ ∆t ref τ= t ∆t ref b2 τ = t υ = υ b2 O tempo característico corresponde aproximadamente ao tempo para o momentum se difundir em uma distância b ∂U ∂ U = ∂τ ∂η 2 2 Condições de contorno e inicial 1) τ ≤ 0 ; U =0 2)η=0; U=1 3) η=1; U=0 10 Procura-se solução do tipo: U = U ∞ (η ) − U t (η , τ ) U∞ é a solução em regime permanente e Ut é a parte transiente da solução que desaparece quando t →∞ Substituindo na equação diferencial obtém-se d 2U ∞ dη 2 ∂ U t ∂ 2U t = ∂τ ∂η 2 =0 Condições de contorno, Condições de contorno e inicial 1) η=0; U∞ =1 1) τ=0; Ut =U∞ 2) η=1, U ∞ =0 2) η=0, U t =0 3) η=1, U t =0 Primeiro vamos encontrar a solução em regime permanente d 2U ∞ dη 2 = 0 ⇒ U ∞ = C1 η + C 2 U ∞ (η ) = 1 − η Condições de contorno 1) η=0; U∞=1 ⇒ C2=1 2) η=1; U ∞ =0 ⇒ C1=-1 11 Para resolver ∂ U t ∂ 2U t = ∂τ ∂η 2 Vamos assumir uma solução do tipo U t = f (η ) g (τ ) Separação de variáveis Substituindo na equação diferencial e dividindo por f g obtém-se 1 d g 1 d2 f = d τ g f dη 2 Como τ e η são variáveis independentes, e como o lado direito só depende de η e o esquerdo de τ, então ambos os lados devem ser iguais a mesma constante. Vamos definir esta constante como – c2, o que nos permite escrever d g = − c2 g dτ d2 f dη 2 + c2 f = 0 ⇒ ⇒ 2τ − c g = Ae Problema de Sturm-Liouville f = B sin (c η ) + C cos (c η ) 12 Ut = A e −c 2 τ [B sin( cη )+C cos(cη )] Condições de contorno 1) η=0, U t =0 ⇒ C = 0 2) η=1, U t =0 ⇒ sin (c) = 0 , pois B =0 implica em solução trivial Ut=0 Porém existem infinitos valores c que satisfazem esta condição, i.e., são os auto-valores cn=n π, n= 0, ±1, ±2, ± 3, ..... Para cada auto-valores, existe uma auto-função correspondente fn e função gn f n = B n sin ( n π η ) n= 0, ±1, ±2, ± 3, ..... g n = An e −n2 π 2 τ 13 Cada produto gn fn satisfaz a equação diferencial, então a solução completa é a soma do todas as soluções particulares Ut = +∞ ∑ Dn exp(− n 2 π 2 τ ) sin( n π η ) n = −∞ onde Dn = An Bn. Como o termo n=0 é nulo e sin (-n πη )= - sin (n π η ), podemos omitir o valor nulo e negativos de n. +∞ U t = ∑ Dn exp(− n 2 π 2 τ ) sin( n π η ) n =1 Aplicando a condição inicial: τ=0, U t = U∞ temos +∞ 1 − η = ∑ Dn sin( n π η ) n =1 Para determinar as constantes Dn precisamos explorar a condição de ortogonalidade. 14 ORTOGONALIDADE DE AUTO-FUNÇÕES Considere a equação: [ d2 y ] dy + f1 ( x ) + f 2 ( x ) + λ2 f 3 ( x ) y = 0 dx d x2 Esta equação é típica em problemas uni-dimenisonais de transferência de calor e mecânica dos fluidos. Considere a equação submetida a condições de contorno homogêneas no intervalo (a, b). A solução deste problema irá gerar autofunções ϕn (x) correspondentes a autovalores λn (x). A equação do exemplo transiente nas placas é um caso particular desta equação, com y = f, f1=f2=0 e f3=1. λ=c é o auto-valor 2 d f dη 2 + c2 f = 0 15 A equação anterior pode ser reescrita como: dy d p (x ) + dx dx [q (x) + λ2 ω (x)] y = 0 ∫ f ( x ) dx p (x ) = e 1 com q (x ) = p (x ) f 2 (x ) ω (x ) = p (x ) f 3 = f 3 (x ) e ∫ f1 (x ) dx No exemplo do escoamento transiente entre placas: p(x) =1 ; q(x)=0 ; ω (x) =1 16 Funções ortogonais: Sejam ϕn (x) e ϕm (x) duas auto-funções correspondentes a auto-valores λn e λm distintos. Estas funções são ortogonais num intervalo (a, b) com respeito a função peso ω(x) pois: b ∫ ω ( x ) ϕ n ( x ) ϕ m ( x ) dx = 0 ; ( m ≠ n ) a Voltando ao exemplo: Para determinar as constantes Dn vamos utilizar a condição de ortogonalidade. +∞ 1 ∫ (1−η ) sin( m π η ) d η = ∑ Dn 0 n =1 1 /( mπ ) 1 ∫ sin( n π η ) sin( m π η ) d η 0 quando m ≠ n =0 =1/2 quando m = n então 2 Dn = nπ n = 1, 2, 3,... 17 A solução final é +∞ 2 exp(− n 2 π 2 τ ) sin( n π η ) U (η , τ ) = (1 − η ) − ∑ n =1 n π Observações: Exceto para os primeiros instantes de tempo, a série infinita converge rapidamente, isto é, somente os primeiros termos contribuem de forma apreciável. No limite dos instantes de tempo inicias, essa solução é equivalente a solução de uma única parede colocada em movimento abruptamente. Pois para os primeiros instantes de tempo, o movimento do fluido só ocorre próximo a placa inferior, como se o fluido “não sentisse” a presença da parede em y=b. 18 Exemplo: Escoamento próximo ao uma placa oscilante com descolamento X(t)= Xo sin ωt Hipóteses: 1. Fluido Newtoniano 2. Propriedades constantes (ρ=cte, µ=cte) 3. 2-D (largura b >> δ) ⇒ ∂ /∂ z = 0 4. L >> δ ⇒ ∂ /∂ x = 0 5. Escoamento horizontal, gravidade vertical u (0, t ) = dX = X o ω cos(ω t ) d t 6. p=patm=cte 7. laminar vo Como já vimos V = u( y, t ) i ∂ u ∂ 2u =υ ∂t ∂ y2 19 Condições de contorno, t >0 1) y=0 ; u =vo cos (ω t) 2) y→ ∞, u→ 0 Deseja-se a solução periódica permanente, isto é, após o desaparecimento do transiente inicial logo, a condição inicial não é necessária. As partículas de fluido estarão sujeitas a oscilações com freqüência ω, porém com ângulo de fase e amplitude que são função somente da posição. Para a obtenção desta solução “permanente periódica” é conveniente utilizar uma técnica baseada em números complexos. A solução desejada é a solução assintótica para t → ∞. 20 Números Complexos: definições básicas Um número é complexo quando possui uma parte imaginária, i.e., uma parte proporcional a i = − 1 . Este número pode ser representado no plano como mostrado na figura. Observações: Representação cartesiana: a + b i Representação polar: r (cos θ + i sin θ) = r eiθ ℜ (a + b i ) = a é a parte real de a + b i ℑ{a + b i} = b é a parte imaginária 21 (a + b i )2 = a 2 - b2 + 2 a b i (a + b i ) (a - b i ) = a 2 + b2 (a + b i )-1 = (a - b i ) /[(a + b i ) (a - b i ) ]= (a - b i ) / (a 2 + b2) Para encontrar (-i)0,5 na forma a+bi, proceder como segue i = a + bi ⇒ i = ( a + b i ) 2 = a 2 − b 2 + 2 a b i ⇒ a 2 − b 2 = 0 e 2 a b= 1 i =± então 1 i = 1 2 i ( i) 2 (1 + i ) =− i = 1 (1 + i ) 2 22 Voltando ao Escoamento próximo ao Condições de contorno, t >0 uma placa oscilante com descolamento 1) y=0 ; u =v cos (ω t)= v ℜ{ eiω t} o o X(t)= Xo sin ωt 2) y→ ∞, u→ 0 Procura-se solução do tipo: u ( y , t ) = ℜ{v o ( y ) eiωt } vo é uma função complexa de y , tal que u (x,t) não estará necessariamente em fase com u (0,t). Substituindo na equação diferencial, obtém-se 2 o d v o i t ω } = υ ℜ{ e iω t } ℜ{v ( y ) i ω e d y2 então iω o − v = 0 d y2 υ d 2v o Condições de contorno, t >0 1) y=0 ; vo =vo 2) y→ ∞, vo → 0 23 A solução é v o = C1 e ou v o = C1 e y iω / υ + C2 e y (1+i ) ω / 2υ onde usou-se o fato de que i =± 1 − y iω / υ + C2 e − y (1+i ) ω / 2υ (1 + i ) 2 Condições de contorno, t >0 1) y=0 ; vo =vo ⇒ C2 = vo 2) y→ ∞, vo → 0 ⇒ C1 = 0 vo = vo e − y (1+i ) ω / 2υ e u ( x, t ) = ℜ{ v o e − y (1+i ) ω / 2υ e iωt } = v o e − y ω / 2υ ℜ{e −i( y ω / 2υ −ω t 24 } Finalmente a solução é u( x, t ) = v o e − y ω / 2υ cos(ω t − y ω / 2υ ) Observações: O perfil de velocidade possui a forma de uma oscilação harmônica amortecida, cuja amplitude é v o e − y ω / 2υ a uma distância y possui um atraso , na qual uma camada de fluido y ω / 2υ com respeito ao movimento da parede. A influência do movimento da placa no fluido encontra-se restrita a y < 5 ω / 2υ Duas camadas de fluidos, separadas uma distância igual a 2 π / ω / 2υ , oscilam em fase. 25 Exemplo: Inicialização de Escoamento = + + V u e v e v e em Duto Circular θ θ x r gr r r D=2 R θ gθ g x g r = − g senθ ; gθ = − g cos θ Hipóteses: 1. Fluido Newtoniano 5. Escoamento horizontal, gravidade vertical 2. Propriedades constantes (ρ=cte, µ=cte) 6. Laminar 3. 2-D (axi-simétrico) ⇒ ∂ /∂ θ = 0 7. Fluido em repouso 4. L >> R ⇒ ∂ /∂ x = 0 8. t ≥ 0, gradiente de pressão imposto Como já vimos, a equação da continuidade incompressível é o que implica que V = u(r , t ) i ∇ •V = 0 26 Q. M. L - direção x ∂ u 1 ∂ ∂u ∂p ∂u ∂u ∂u ∂ 2u =− r + ρ + v +µ + + vθ + u 2 2 t r r x ∂ ∂ ∂ θ ∂ ∂x r ∂ r ∂ r r ∂θ zero ( v = 0) zero ( 4) zero (5) zero ( 4) 2 ∂ u ∂ x2 zero (5) 1 ∂ ∂ u ∂p ∂u r =− + µ ρ ∂t ∂x r ∂ r ∂ r Condições de contorno : 1) η=0 Condição inicial: 1) τ=0 Adimensionalizando U= U=finito U=0 uµ − ∂ p / ∂ x R2 2) η=1 r η= R 1 ∂ ∂U ∂U η =1 + ∂τ η ∂η ∂η U=0 τ= tυ R2 27 U = U ∞ (η ) + U t (τ , η ) ∂ Ut 1 ∂ ∂ Ut η = ∂τ η ∂η ∂η 1 ∂ ∂U∞ η + 1 = 0 η ∂η ∂η Condições de contorno : 1) η=0 1) η =0 3) τ =0 e inicial 2) η=1 U∞=finito 2) η=1 Ut=finito Ut = - U∞ U ∞ =0 U t =0 Condições de contorno : 1 ∂ ∂U∞ η + 1 = 0 η ∂η ∂η U∞ = − η2 4 + C1 lnη + C2 1) η=0 U∞=finito 2) η=1 U ∞ =0 ⇒ C1=0 ⇒ C2=1/4 1 U ∞ = (1 − η 2 ) 4 28 ∂ Ut 1 ∂ ∂ Ut η = ∂τ η ∂η ∂η U t (τ , η ) = T (τ ) Ξ (τ , η ) 1 dT 1 1 d dΞ η = −λ2 = T dτ Ξ η dη dη dT = − λ2 T dτ ⇒ T = Co exp(−λ2 τ ) 1 d dΞ η = −λ2 Ξ η dη dη Funções de Bessel 29 Funções de Bessel d dx dy ( ) p x + dx d p dθ 2 s x +γ x θ =0 dx dx [q (x) + λ2 ω (x)] y = 0 2 µ = s− p+2 Definindo ν = 1 − p s− p +2 p−s≠2 1 1− p µ 2 Ζν γ µ x Solução Geral : θ = x ν γ Fracioário Real Zero ou Inteiro (ν = n ) Imaginário (ν = n ) p−s=2 (soluções particulares) Jν Jn Ζν J −ν (ou Yν ) Jn Ζν Fracioário Zero ou Inteiro Obs. Se ⇒ Funções de Bessel de 1a e 2a espécie Funções de Bessel Ιν Ιn Ι −ν (ou Κν ) In Modificadas de 1a e 2a espécie trate-se de equações equidimensional, cuja solução geral é do tipo θ = xr 30 Jν (m x ) = ∞ ∑ k =0 (− 1)k (mx / 2)2k +ν k ! Γ(k + ν + 1) Funções de Bessel Yν (mx ) = cos(νπ ) Jν (mx ) − J −ν (mx ) sen(νπ ) onde função Gama: Γ(1) = 0! = Ι Γ(1 / 2 ) = π 1 / 2 Γ(n + 1) = n Γ(n ) = n! π ( ) ( ) Γ ν Γ ν 1 − = sen(πν ) 31 ∞ Ι ν (mx )= ∑ Funções de Bessel Modificada k = 0 k ! Γ(k + ν + 1) Κν (mx )= Io(x) 1 0 (mx 2 )2k +ν π Ι −ν (mx ) − Ι ν (mx ) 2 sen(νπ ) I1(x) I2(x) K2(x) K1(x) Ko(x) 32 Derivadas das Funções de Bessel: [ ] mxν Ζ d ν ν −1(mx ) x Ζν (mx ) = ν dx − mx Ζν −1(mx ) [ para Ζ = J , Y , I para Ζ = Κ ] − mx −ν Ζ para Ζ = J , Y , K d −ν ν +1(mx ) x Ζν (mx ) = ν Ζ dx mx para Ζ = Ι ν +1(mx ) Caso especial, para ν =0 − m Ζ 1 (mx ) d [Ζ (mx )]= d x m Ζ 1 (mx ) para Ζ = J , Y , Κ para Ζ = Ι ( ) m Ζ ν −1 (mx ) − ν Ζ ν (mx ) d x [Ζ ν (mx )]= d x m Ζ ν −1 (mx ) − ν x Ζ ν (mx ) ( ) ( ) − m Ζ ν +1 (mx ) + ν Ζ ν (mx ) d x [Ζ ν (mx )]= d x m Ζ ν +1 (mx ) + ν x Ζ ν (mx ) para Ζ = J , Y , Κ para Ζ = Κ para Ζ = J , Y , Κ para Ζ = Ι 33 Voltando ao problema d dΞ 2 η + λ Ξ η = 0 dη dη d p dθ 2 s x +γ x θ =0 dx dx p−s≠2 p = 1; s = 1; µ = 1; v = 0; função peso w(η) = η Ξ = C1 J o (λ η ) + C2 Yo (λ η ) Ξ n = An exp(−λ n2 τ ) J o (λn η ) 2 µ = s− p+2 Definindo ν = 1 − p s− p +2 γ=λ real Condições de contorno : 1) η=0 Ξ = finito ⇒ C2=0 2) η=1 Ξ=0 ⇒ Jo(λn)=0 ∞ U t = ∑ An exp(−λ n2 τ ) J o (λn η ) n =1 34 Condição inicial : τ =0 Ut = - U∞ 1 1 ∞ 1 2 − (1 − η ) = ∑ An J o (λn η ) 4 n =1 An = 2 ∫ − (1 − η ) η J o (λn η ) dη 0 4 1 2 ∫ η J o (λn η ) dη 0 An = − ( J 2 (λn ) /( 2λ2n ) 0,5 [ J o (λn )]2 + [ J1(λn )]2 An = − J1(λn ) / λ3n 0,5[ J1(λn )]2 ) mas J 2 (λn ) 2λ2n = J1(λn ) λ3n − J o (λn ) 2λ2n J o (λn ) = 0 An = − 2 λ3n J1(λn ) ∞ 1 2 2 U = (1 − η ) − ∑ exp(−λ n2 τ ) J o (λn η ) 3 4 n =1 λn J1(λn ) 35 As primeras raizes da função de Bessel encontram-se na tabela abaixo para valores positivo de n inteiro. Podem ser encontradas em Mathematica usando o comando BesselJZero[n, k]. J 2 (λ n ) J 3 (λ n ) J 4 (λ n ) J 5 (λ n ) 3.8317 5.1356 6.3802 7.5883 8.7715 7.0156 8.4172 9.7610 11.0647 12.3386 n J o (λ n ) J 1 (λ n ) 1 2.4048 2 5.5201 3 8.6537 10.1735 11.6198 13.0152 14.3725 15.7002 4 11.7915 13.3237 14.7960 16.2235 17.6160 18.9801 5 14.9309 16.4706 17.9598 19.4094 20.8269 22.2178 36 ∞ 1 2 2 U = (1 − η ) − ∑ exp(−λ n2 τ ) J o (λn η ) 3 4 n =1 λn J1(λn ) Grafico de V x t 1 tau=0.0 tau=0.1 tau=0.2 tau=0.3 tau=0.4 reg perm 0.9 0.8 0.7 eta=r/R 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0 -0.05 0 0.05 0.15 0.1 Velocidade U_{adim) 0.2 0.25 0.3 37 clc; clear; nn=1; lambda_old(nn)=1; for nn=1:1:12; dif=1; for iter=1:1:100 lambda(nn)=lambda_old(nn)+besselj(0,lambda_old(nn))/besselj(1,lambda_old(nn)); dif=abs(lambda(nn)-lambda_old(nn)); lambda_old(nn)=lambda(nn); end lambda_old(nn+1)=lambda_old(nn)+2.5; end lambda 38 for i=1:1:5 tau(i)=0.1*(i-1); for j=1:1:11 eta(j)=0.1*(j-1); vel_infty(j)=0.25*(1-eta(j)*eta(j)); velocidade_t(j)=0; for n=1:1:12 dn=-2/(lambda(n)^3*besselj(1,lambda(n))); velocidade_t(j)=velocidade_t(j)+ dn*exp(-lambda(n)^2*tau(i))*besselj(0,lambda(n)*eta(j)); end vel(I,j)=vel_infty(j)+velocidade_t(j); end for j=1:1:11 vel_1(j)=vel(1,j); vel_2(j)=vel(2,j); vel_3(j)=vel(3,j); vel_4(j)=vel(4,j); vel_5(j)=vel(5,j); end figure(1) plot(vel_1 ,eta,vel_2,eta,vel_3,eta,vel_4,eta,vel_5,eta,vel_infty,eta); legend('tau=0.0','tau=0.1','tau=0.2','tau=0.3','tau=0.4','reg perm') ; title('Grafico de V x t'); ylabel('eta=r/R'); xlabel('Velocidade U_{adim)'); 39