Primeiro domingo de maio: Dia Batista de Ação Social

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ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 07/05/17
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Primeiro domingo
de maio:
Dia Batista
de Ação Social
Ano CXVI
Edição 19
Domingo, 07.05.2017
R$ 3,20
Fundado em 1901
Confira o sermão,
a sugestão de culto
infantil, estudo
bíblico e ordem de
culto nas páginas
08, 09 e 10
Coluna Vida em Família
Missões Nacionais
O artigo desta semana
é: “A questão do suicídio
nas famílias brasileiras”
Veja como foi a
participação da JMN na
97a Assembleia da CBB
Página 06
Página 07
Missões Mundiais
Notícias do Brasil Batista
História de 110 anos
da Junta de Missões
Mundiais é temática na
Assembleia da CBB 2017
PIB Missões-RJ realiza
atividade social em
casa de recuperação de
dependentes químicos
Página 11
Página 12
2
o jornal batista – domingo, 07/05/17
reflexão
EDITORIAL
O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista
Brasileira. Semanário Confessional,
doutrinário, inspirativo e noticioso.
Fundado em 10.01.1901
INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189
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(1964 a 1988);
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INTERINOS HISTÓRICOS
Zacarias Taylor (1904);
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Salomão Ginsburg (1913 a 1914);
L.T. Hites (1921 a 1922); e
A.B. Christie (1923).
ARTE: Oliverartelucas
IMPRESSÃO: Infoglobo
Batistas brasileiros e a responsabilidade social
N
este primeiro domingo de maio,
nós, os Batistas,
celebramos o
Dia de Ação Social. Esta
sempre foi uma das áreas
de atuação da Convenção
Batista Brasileira (CBB), sendo, inclusive, pioneira em
alguns programas de responsabilidade social, como
fica bem evidenciado em
nossa filosofia. “A ação social dos Batistas brasileiros
expressa e busca cumprir
os propósitos do Reino de
Deus na sociedade, com o
objetivo de propiciar condições para a plena realização da pessoa humana em
relação a si mesma, ao próximo, à natureza e a Deus”.
Constituem-se fundamentos
da ação social dos Batistas
brasileiros:
a) O entendimento de que
as Escrituras apoiam a posição de que o dever do crente
de amar inclui as dimensões
sociais bem como as espirituais;
b) A convicção de que as
Escrituras ensinam a responsabilidade social de proteger
vidas inocentes e carentes,
mas também exorta a que o
bem seja feito a todos, principalmente aos domésticos
da fé;
c) A crença de que a ação
social desafia os próprios
crentes e Igrejas Batistas a
assumirem e viverem sua
responsabilidade social, a
fim de serem modelos para a
sociedade e uma alternativa
para o mundo;
d) A compreensão de que
a ação social dos Batistas
é individual, no sentido da
responsabilidade do crente
como pessoa, e comunitária, no sentido da responsabilidade da Igreja e, em
decorrência, da própria Convenção.
A ação social dos Batistas
compreende: a Ética Social
Cristã, a Responsabilidade
Social Cristã, o Serviço Social e a Ação Social. A ação
social, como criadora da
consciência e da responsabilidade social entre os Batistas
brasileiros, compreende o
Serviço Social no sentido do
conjunto de processos tendentes a reajustar o indivíduo
na comunidade, de maneira
a torná-lo útil a si mesmo e
aos outros; abrange, ainda,
a Assistência Social, como
obras que atendam necessidades imediatas. Os Batistas brasileiros se propõem a
uma ação social eclesiástica
e individual, que busquem
o bem-estar social comum
tanto dos salvos, quanto dos
não-salvos, e que manifeste
sua presença e atuação em
todos os campos que dizem
respeito ao homem, suas
ações e carências sem distin-
ção de etnia, sexo ou qualquer outra discriminação.
Entendem, outrossim, que
existe relação estreita entre a
evangelização e a Responsabilidade Social (como ação
social), visto que a proclamação de Jesus Cristo, como
Senhor e Salvador, acarreta
implicações sociais, pois leva
as pessoas a se arrependerem
de seus pecados pessoais e
também de pecados sociais e
a viverem uma nova vida, de
retidão e paz, em uma sociedade que desafia os valores
da vida sem Cristo. “Nosso
desafio é continuar agindo
cada dia com uma prática
de responsabilidade social a
exemplo de Jesus Cristo em
seu ministério terreno de forma tal que todas as pessoas
indistintamente possam ser
alcançadas pelo Amor de
Deus através da nossa instrumentalidade como discípulos
de Jesus”.
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reflexão
3
MÚSICA
ROLANDO DE NASSAU
“Contos que não
são de fadas”
(Dedicado à leitora Alciléa oportunidades, superlotouSerafim Silva)
-se o Auditório “Éber Vasconcelos” para assistir um
inha filha primo- belo espetáculo, ao qual não
gênita, na tenra faltaram melodias suaves e
idade, quando cativantes, executadas com
ouvia “Vou-me muita propriedade.
Sob a sábia supervisão de
embora pra bem longe, esta
é a triste verdade, talvez um Antônio Henrique Lino Melo
dia eu encontre a paz e a feli- e Silva (Ministério de Música)
cidade”, chorava com sincera e Débora Fialho Bianchi Goemoção.
doy (Ministério das Crianças),
Os contos tradicionais são e a competente regência de
estórias anônimas transmi- Rosângela de Souza Neves,
tidas de geração a geração; o espetáculo musicado (não
entre as mais conhecidas era uma cantata) foi realizaestão: a Cigarra e a Formiga, do com o eficiente auxílio
a Festa no Céu, Chapeuzinho técnico de equipes de áudio,
Vermelho, o Patinho Feio, os iluminação, videotécnica e
Três Porquinhos e Pinóquio. multimídia, músicos, atores
Hans Christian Andersen e outros colaboradores, por
ficou célebre e Walt Disney 103 crianças, que são as parenriqueceu com os desenhos ticipantes que mais importam
animados.
em um coro infantil.
Glênio Cabral teve a genial
Para ver o espetáculo, basideia de aproveitar estórias ta acessar o site da Memode origem folclórica para rial: http://www.imbb.org.
aplicar-lhes ensinos bíblicos br e buscar: Mídia > Cultos
adequados à mentalidade das gravados > 30/10/2016 >
crianças; ele fez releituras de noite. Ao abrirem-se as corcontos infantis.
tinas do palco, vimos, como
Procurando esquecer o que cenário, uma casa de família,
ficou para trás, alegrei-me, onde pai e mãe começam o
juntamente a elas, com as diálogo com o bordão “Era
primeiras apresentações, em uma vez”.
outubro de 2016, do Coro
O tópico “Chapeuzinho
Infantil instituído recente- Vermelho” apresenta um
mente pela Igreja Memorial problema bem atual, o medo;
Batista de Brasília. Nessas a solução está no Salmo 23.
M
Por isso, a criança canta:
“Pela estrada afora, eu vou
bem sozinha levar esse bolo
para a vovozinha, mas se o
lobo aparecer, eu não vou
temer, pois ali comigo Jesus
vai estar”.
Outro problema infantil é
a mentira. A mãe (interpretada por Kelly Lima Cardoso
das Neves) canta para a filha
(Vivian Oliveira Santos) a
estória de Pinóquio e ensina,
de acordo com Efésios 4.25,
que ela deve deixar a mentira
e sempre falar a verdade. O
coro concorda: “Lá vem o boneco de pau, ele não é legal”,
e afirma: “O cristão não anda
mentindo por aí”.
O terceiro problema é a
auto-estima. O pai (Daniel
Barreto), com a história do
Pequeno Polegar procura
estimular a filha: “Quem
foi que disse que crianças
não conseguem se cuidar?”,
e lembra o relato bíblico:
“Deus não teria escolhido
Davi (pequeno) para lutar
contra Golias (gigante)”; encoraja-a lendo o Salmo 27.1.
Depois, a mãe serve-se do
conto da Formiga (trabalhando com a vassoura) e da Cigarra (dançando com suas
asas), pois o trabalho é problema para muitas crianças.
Na conversa, a mãe tem a
boa oportunidade para citar
Provérbios 6.6-8. O coro
conclui que “A cigarra aprendeu a preciosa lição, que
todo aquele que é preguiçoso
já não tem direito ao pão”.
As diferenças são tema da
quinta conversa (I Samuel
16.7), que também afligem
crianças e adolescentes de
nossas Igrejas. Foram usadas
as figuras do Patinho Feio e
do Cisne. O coro aprende
que Deus não faz acepção
de pessoas.
Um problema social, a insegurança, afeta as crianças
da atualidade, ilustrado pelos
Três Porquinhos, que vivem
na floresta, assustados pelo
Lobo Mau. A mãe adverte a
filha que a nossa casa estará
firme sobre a rocha, que é
Jesus, o nosso Salvador (Lucas 6.48). Neste trecho da
encenação, fazemos duas
observações: 1) em nossa
opinião, o espetáculo não
deveria assumir o caráter humorístico do passado, mesmo
sendo executado por adultos
e dirigido às crianças; 2) não
deveria, no comentário de
um “Porquinho”, fazer alusão, aparentemente ingênua,
ao “Meu chiqueiro, minha
vida”; aliás, não encontramos
essa expressão no “script” do
espetáculo.
No tópico “Festa no Céu”,
a mãe, explicando à filha o
que fazer para entrar no Céu,
lê João 14.6; foi lembrado o
caso do Sapo Cururu, que
não tinha sido convidado
para a festa, mas queria ir
dentro do violão do seu amigo urubu. O coro afirma que
“Só vai para essa festa quem
Jesus já recebeu”.
Mãe e Pai, em dueto, quando o espetáculo termina,
dizem que a história de Jesus
não é “conto de fadas”; é
para valer!
De acordo com a nova
orientação da Igreja Memorial Batista de Brasília,
competirá ao Ministério das
Crianças, em outubro e em
dezembro, a promoção de
recitais, na forma de espetáculos musicados; ao Ministério de Música, em alguns
domingos durante o ano,
assegurar a participação do
Coro Infantil nos cultos regulares da Igreja. Esse coro terá
a função educativa de formar,
desde a tenra idade, crianças
conscientes da missão espiritual do canto coral.
Antônio Henrique Lino Melo
e Silva, Débora Fialho Bianchi
Godoy, Rosângela de Souza
Neves e Glênio Cabral estão
de parabéns pela encenação
do primeiro espetáculo!
4
o jornal batista – domingo, 07/05/17
reflexão
Uma nova visão
GOTAS BÍBLICAS
NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ
pastor, professor de Psicologia
Tales Viana, bacharel em
Teologia, membro da
Primeira Igreja Batista de
Rinópolis - SP
E
m Marcos 10.46-52
lemos uma passagem
bem conhecida e profunda. Esse bloco de
texto nos leva a história do
cego Bartimeu, filho de Timeu,
que morava em Jericó e que
ficava à beira do caminho pedindo esmolas. Essa cidade era
uma boa rota para Jerusalém,
muito provavelmente, por esse
motivo, Jesus passava por lá
com uma grande multidão,
pois, logo mais, no capítulo
11 vemos a passagem muito
conhecida da entrada triunfal
de Jesus em Jerusalém.
Antes de chegar ao seu
destino, o Mestre se depara
com o cego que clamava pela
Sua misericórdia. Com isso,
Ele para e chama Bartimeu
indagando o que gostaria que
fizesse por ele; dessa forma,
o cego pede para voltar a
enxergar. Nesse momento,
Jesus mostra que a fé daquele
homem o salvou e ele voltou
a ver. Logo depois da sua
cura, ele seguiu a Cristo.
Como havia dito, essa passagem é marcante, pois apesar do milagre da cura ser
algo comum nos Evangelhos,
a história de Bartimeu nos
mostra algo muito profundo. Talvez, o maior milagre
dessa passagem não seja o
fato de que o cego voltou a
enxergar, mas que ele obteve uma nova visão da vida,
pois antes ele não tinha mais
expectativas, vivia à beira do
caminho, pedindo esmolas,
dependendo da misericórdia
dos outros, vivendo de forma
que o máximo que ele poderia esperar era a morte.
Entretanto, ele ouve falar
que Jesus curava cegos, leprosos, coxos e muitos que
estavam na mesma situação
dele, então, no momento que
ele tem a oportunidade de
ser curado clama com todas
as suas forças, mas não foi
simplesmente um milagre de
cura da visão, pois ele passou
a enxergar, literalmente, uma
nova vida, que é a vida com
Cristo.
Da mesma forma acontece
conosco; quantas vezes não
estamos cegos, quantas coisas fazemos que nos ofuscam
a visão de um futuro ou até
mesmo do presente? O modo
como levamos a vida nos
cega. Às vezes, vivemos em
um saudosismo onde sempre
o que nos alimenta é o passado e esquecemos de viver
o presente. Outra coisa que
nos cega é a ganância, onde
só achamos que o sentido da
vida é ter algo. A religiosidade também nos cega, pois
quando colocamos a religião
e o dogma acima do próprio
Cristo, isso cobre a nossa
visão.
Existem várias situações
que podem nos cegar. Quando estamos cegos passamos
a viver sem sentido, sempre
procurando algo que nos
complete ou que tenha significado, porém, Cristo faz o
mesmo milagre que fez em
Bartimeu, pois nos apresenta
uma nova visão de vida onde
não importa se somos ricos
ou pobres, se a nossa vida
está com ou sem problemas,
independentemente de qualquer coisa, a nossa vida sempre vai ser plena e completa
em Cristo. Este é o milagre
da visão, enxergar uma nova
perspectiva de vida.
O que você tem
na sua mão?
“E o Senho r disse - lhe:
Que é isso na tua mão? E
ele disse: Uma vara” (Ex
4.2).
O
que Deus espera
de nós, Seus discípulos, sempre
se relaciona coerentemente com os recursos
que Ele nos dá. O Senhor
não é injusto ou irrealista. É
isso que aprendemos, ao ler
sobre o chamado de Moisés.
“Então, o Senhor perguntou:
o que é isso que você tem na
sua mão? – Um bastão, respondeu Moisés” (Êxodo 4.2).
Se Moisés tivesse a postura irônica, característica de
muitos de nós, sua resposta
poderia ser outra. Afinal
de contas, o que deveria
estar na mão de um pastor de ovelhas e cabras?
Um instrumento próprio
de escavar a te rra? Uma
espada, para lutar em uma
batalha? Respeitosamente,
Moisés respondeu o óbvio,
apontando para seu bastão
de pastor. Por isso, porque
Moisés levou a sério a pergunta de Jeová, o Senhor
o ajudou no seu processo
necessá rio de de dic a r a
Deus os recursos concedidos pelo Criador.
O que é que temos em
nossa s mãos? Em out ra s
palavras: quais são os dons
que o Senhor nos deu? O
Senhor não exige aquilo
que Ele não deu. Por outro lado, a vocação que o
Senhor coloca em nosso
coração deve seguir a linha
dos recursos que dEle recebemos. Esta é a lição que
Paulo nos ensina, quando
nos revela sobre os dons
do Espírito Santo e nossa
responsabilidade de consagrá-los ao Reino de Deus (I
Coríntios 12 e 13). Quando
entregamos nossa mão ao
Senhor, o que quer que tenhamos na mão será usado
pelo Senhor, não importa o
tamanho da missão.
Conhecer Deus
Silvio Alexandre de Paula,
bacharel em Teologia,
membro da Igreja Batista
Monte Moriá - Volta
Redonda - RJ
“Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor,
como a alva, a sua vinda é
certa, e ele descerá sobre nós
como a chuva, como chuva
serôdia (a última chuva) que
rega a terra” (Os 6.3).
N
esse texto, Oséias
nos adverte sobre
a necessidade de
conhecer e pros-
seguir em conhecer ao Senhor. Muita gente fala sobre
conhecer Deus. No entanto,
o que realmente significa
isso? Destacaremos, através
das Escrituras Sagradas, duas
maneiras pelas quais uma
pessoa pode conhecer Deus:
Primeiro, é ter um relacionamento pessoal com o
Senhor. Ter um relacionamento pessoal com Jesus
começa no momento em
que percebemos nossa necessidade de estar com Ele,
quando admitimos que somos pecadores, quando nos
arrependemos dos nossos
pecados e pedimos que Jesus
entre em nossos corações e
seja autoridade em nossas
vidas. Podemos conhecer ao
Senhor, neste sentido, pelo
que Cristo fez na cruz para
remover a barreira do pecado
que nos separava do Pai. “E
não ensinará jamais cada um
ao seu próximo, nem cada
um ao seu irmão, dizendo:
“Conhece ao Senhor, porque
todos me conhecerão, desde
o menor deles até o maior.
Pois, para com as suas iniquidades, usarei de misericórdia
e dos seus pecados jamais me
lembrarei” (Hb 8.11-12).
Em segundo lugar, é preciso
viver de uma forma que agrade a Deus, pois não adianta
só conhecê-lo, é necessário
que nossas atitudes demonstrem isso. É importante ter
uma vida que reflita uma total reverência e respeito ao
Senhor, agir de maneira que
Ele se agrade. “Se dissermos
que mantemos comunhão
com Ele e andamos nas trevas,
mentimos e não praticamos a
verdade” (I Jo 1.6). Aqui João
estava falando que ninguém
pode reivindicar ser um cristão autêntico e permanecer
vivendo na perversidade e na
imoralidade. Não podemos
amar a Deus e, ao mesmo
tempo, viver em pecado.
Como está a sua vida? Acha
que está agradando ao Senhor?
Tem obedecido aos mandamentos das Escrituras Sagradas?
Que tal entregar-se a Jesus de
todo seu coração, de toda a sua
alma, e com toda a força de sua
vida? Ele vai ajudar você a ter
um bom caráter, a se desviar
do mal. Em Cristo você poderá
ter uma vida nova. “E, assim,
se alguém está em Cristo, é
nova criatura, as coisas antigas
já passaram, eis que se fizeram
novas” (II Co 5.17).
o jornal batista – domingo, 07/05/17
reflexão
5
Extensão da impiedade
Manoel de Jesus The,
pastor, colaborador de OJB
N
enhum mortal
teve tanta informação sobre a extensão do mal aos
olhos de Deus como o profeta Ezequiel. Isso pode ser
visto nos primeiros capítulos
do livro do profeta.
No capítulo dois, Deus nos
avisa que o pecado é contrário à sua vontade. O capítulo
nos previne que o pecado é
um mal hereditário. Isso requer da nossa parte, embora
piedosamente, avaliar o caráter dos nossos antepassados.
Os meus foram todos dados
ao alcoolismo. Em virtude
dessa tendência, meus tios
avós jogaram fora a fortuna
de meu bisavô.
Outro aviso de Deus à
extensão da impiedade ou
pecado é que ele atinge nossa vida tanto íntima como
exterior. Os noticiários nos
dão prova diária dessa verdade. Crimes, mortes, traições,
corrupção, relacionamentos
destruídos fazem parte do
cotidiano ao nosso redor.
Outro aspecto dessa extensão é a falta de reconhecimento dos avisos de Deus, mormente se ele vem da parte de
pessoas. A maior prova disso
foi o destino de Cristo e dos
profetas. Prisões, mortes (um
deles foi serrado ao meio),
perseguições, isolamento,
surdez, no tocante aos avisos.
Isaías foi considerado traidor
da pátria, quando avisou da
iminente invasão por parte
dos babilônicos.
Nenhum dos avisos dados
a Israel falharam. Mesmo em
circunstâncias que favoreciam
vitória, a previsão de derrota,
por parte dos enviados de
Deus aconteceu. Esse é um
bom lembrete para nossos
dias, quando vemos a própria
natureza nos avisando do mal
e castigo que se aproxima. Se
foi dado o aviso, e o povo não
deu ouvidos ao recado, a promessa de castigo acontecerá
como aconteceu nos dias de
Ezequiel.
Outro aviso que a impiedade e coração obstinado nos
dá é que para a disciplina
prometida, não há obstáculos
que impeçam o cumprimento
dos avisos de Deus. Também
as medidas saneadoras da
impiedade se cumprem. O
Messias prometido veio, e
Jerusalém, depois de reconstruída, tornou-se o centro
espiritual de todos os povos,
que creram na Sua mensa-
gem de perdão e o aceitaram
como Senhor e Salvador.
Só mesmo Deus é capaz
de conter a impiedade e rebeldia dos povos. Tudo que
o homem oferece aos seus
semelhantes, como recursos
contra sua rebeldia contra
Deus, mostraram-se, através
da história, esperança falsa.
Cada dia mais a humanidade
tem piorado, moral e espiritualmente, e cada vez mais é a
responsável pelo fim que se
aproxima.
Bendito o Deus que nos enviou um tão fiel interlocutor
chamado Ezequiel a 2.600
anos passados.
mo entre os judeus. O que
destoou radicalmente das
atitudes foram as intenções
malignas, pois Satanás tinha-o possuído: “Entrou, porém,
Satanás em Judas, que tinha
por sobrenome Iscariotes,
o qual era do número dos
doze” (Lc 22.3). Judas havia procurado os principais
sacerdotes e os capitães do
templo e recebido dinheiro
para trair o Mestre (Lucas
22.4-6).
Além de chamar Judas de
amigo, Jesus levou-o à reflexão com uma pergunta: “Judas, com um beijo
trais o Filho do homem?”
(Lc 22.48). Foi para Judas
pensar no que tinha feito. A
última oportunidade para o
arrependimento restaurador.
Contudo, em vez de refletir e
arrepender-se sinceramente,
o apóstolo preferiu ir resolver o problema com quem
tinha se associado ao trair o
Mestre. Atitude diferente de
Pedro, que depois de negar
Jesus por três vezes, sentiu
todo peso do seu pecado.
Quando o Senhor olhou diretamente para ele, chorou
amargamente (Lucas 22.6162). E depois foi reunir-se
com os irmãos, com quem
estava quando Jesus ressuscitou (Lucas 24.9-12).
Quando Judas traiu Jesus,
não calculou as consequências do seu ato. Aliás, o diabo
cega o homem incrédulo (II
Coríntios 4.4) e este é levado
ao pecado (Tiago 1.13-15).
Ao ver que Jesus fora condenado à morte, o apóstolo
se arrependeu. Contudo, em
vez de procurar os irmãos,
foi atrás dos sacerdotes e
anciãos, aos quais tinha entregue Jesus (Mateus 27.3).
Evidentemente, não ouviu
uma palavra de conforto.
Diante do seu lamento, Judas
ouviu palavras duras e indiferentes, conforme lemos em
Mateus: “Dizendo: Pequei
traindo o sangue inocente.
Eles, porém, disseram: que
nos importa? Isso é contigo”
(Mt 27.4).
O Cordeiro imaculado (I
Pedro 1.19) não merecia ter
sido traído. Mas foi para que
se cumprissem as Escrituras,
trazendo salvação ao mundo
(Isaías 53.4-7; João 1.29).
Porém, o apóstolo Judas ignorou as palavras do Amigo
Verdadeiro (João 15.13). Arrependeu-se, mas não buscou
a reconciliação. Diante do
sarcasmo dos sacerdotes, ele
se aniquilou na culpa do seu
pecado. Desnorteado, jogou
as moedas no templo e foi
enforcar-se (Mateus 27.5).
Ficou sem o perdão; e perdeu
o apostolado (Atos 1.15-20)
e a vida eterna (João 17.12).
Por que Jesus
chamou Judas
de amigo?
Marinaldo Lima, pastor,
colaborador de OJB
“E, estando Ele ainda a falar, eis que chegou Judas, um
dos doze, e com ele grande multidão com espadas
e varapaus, enviada pelos
príncipes dos sacerdotes e
pelos anciãos do povo. E o
que o traia tinha-lhes dado
um sinal, dizendo: O que
eu beijar é esse; prendei-o.
E logo, aproximando-se de
Jesus, disse: Eu te saúdo Rabi.
E beijou-O. Jesus, porém, lhe
disse: amigo, a que vieste?
Então, aproximando-se eles,
lançaram mão de Jesus, e o
prenderam” (Mt 26.47-50).
J
esus chamou Judas de
amigo. Uma oportunidade para reflexão do
apóstolo traidor. De fato,
o Mestre chamou seu discípulo de amigo, pois o tinha
como tal. Se Judas estava
sendo pérfido, Jesus estava
sendo verdadeiro. A despeito
da inexorabilidade do cumprimento das profecias, até o
último contato com Judas, o
Senhor manteve aberta a porta da misericórdia. E também
o chamou de amigo para
mostrar-lhe que suas atitudes
não estavam à altura de suas
intenções malignas.
Quando Judas chegou no
Getsêmani, suas atitudes
foram amigáveis. Ele tratou
Jesus como Rabi. Era uma
prova de que publicamente
reconhecia Sua autoridade
no ensino. Naquela época,
os mestres eram tratados
com supremo respeito, notável consideração e elevada
estima pelos seus discípulos.
Em segundo lugar, Judas beijou Jesus; o que representava
prova de arraigada amizade
e afetuoso companheiris-
6
vida em família
o jornal batista – domingo, 07/05/17
reflexão
Gilson e Elizabete Bifano
A questão do suicídio
nas famílias brasileiras
N
os últimos dias
têm se falado muito sobre a questão
do suicídio, principalmente entre adolescentes. O tema se popularizou
a partir de uma reportagem
que tratou do jogo virtual
denominado “Baleia azul”.
Para as famílias que assinam Netflix, o problema
se tornou mais melindroso
devido a séria “13 Reasons
Why”, que trata a questão
do suicídio entre os adolescentes.
No Brasil, segundo dados
notificados, 667 casos de
suicídios acontecem por
ano. Ainda segundo estudos, os números de casos de
suicídios aumentam entre
adolescentes e jovens. E,
infelizmente, está presente
em todas as camadas sociais,
credos, cidades e culturas.
Recentemente, um adolescente de uma Igreja Batista
do estado do Rio de Janeiro
deu cabo a sua vida, chocando a todos. De quando em
quando ouvimos notícias de
pastores que também cometeram suicídio.
Dos casos de suicídios,
segundo artigo publicado na
revista científica americana
Pediatrics, nove em cada dez
adolescentes que se mataram
tinham alguma doença psiquiátrica.
O que podemos fazer
como Igrejas e famílias para
amenizar essa questão e
baixar o índice de suicídio?
Embora não tenha me aprofundado nesta matéria, do
ponto de vista acadêmico,
me arrisco a apontar alguns
caminhos.
Precisamos, como Igreja,
trabalhar mais este tema com
os pais. Precisamos fazê-los entender mais as causas
do suicídio. Psicólogos e
psiquiatras podem ser convidados para falarem aos pais
sobre esta questão.
Está provado que o esclarecimento é uma estratégia
acertada para debelar ou
arrefecer problemas epidêmicos, como é o caso do suicídio. Não podemos deixar
de fazer da Igreja um espaço
também educativo.
Além de psicólogos e psiquiatras, outros profissionais
podem ser convocados neste
processo de esclarecimento,
como por exemplo, profissionais ligados ao mundo
virtual. Os pais precisam ser
esclarecidos sobre o campo
virtual em que seus filhos
vivem todos os dias.
Um outro caminho é conscientizar mais os pais para
que deem mais atenção aos
filhos, conversem mais, saibam suas necessidades, os
problemas que enfrentam na
escola, por exemplo, como
em casos de bullying.
Uma questão importante é
estar atento à saúde mental
e emocional de seus filhos.
O problema da depressão, já
em crianças e adolescentes, é
real e assustador. Depressão
precisa ser tratada logo quando apresenta seus primeiros
sinais. Depressão, como as
outras doenças, precisa ser
tratada com medicamentos e
terapia psicológica.
Por último, devemos sempre cultivar na família a fé,
a valorização da vida, incentivar as amizades e relacionamentos sadios, elevar mutuamente a autoestima dos
membros da família, viver a
esperança em Cristo, procurar cultivar a resiliência na
família, e buscar uma equilibrada qualidade de vida.
Esses são alguns pontos
importantes. Não se trata de
nenhuma receita de bolo, até
pela complexidade do tema,
mas posso assegurar que serão benéficas.
Gilson Bifano é palestrante,
escritor e Coach na área
de família e casamento.
Diretor do Ministério
OIKOS.
[email protected]
Sexo
santificado
Natanael Cruz, pastor,
colaborador de OJB
“Que cada um de vós saiba
possuir o seu vaso em santificação e honra” (I Ts 4.4)
D
eus criou o homem e a mulher, e
os criou sexuados,
com desejos legítimos e com capacidade de dar
e receber prazer. A satisfação
sexual não é pecado, é santo,
puro e deleitoso. Deus escolheu a forma certa de desfrutar
do sexo: dentro do casamento.
O mundo apresenta variadas formas de se fazer uso do
sexo, porém, Deus escolheu
o casamento como forma segura, respeitosa, abundante e
deleitosa. O sexo fora do casamento é fornicação, adultério,
prostituição.
Deus proíbe o uso do sexo
antes e fora do casamento. A
Bíblia diz que aqueles que
se entregam a essa prática
estão debaixo da ira de Deus.
Mesmo no casamento, o sexo
deve ser puro e respeitoso,
feito com amor, conforme I
Coríntios 10.23: “Todas as
coisas me são lícitas, mas
nem todas as coisas convêm;
todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas
edificam”. E, em I Coríntios
16.14, Paulo diz: “Todas as
vossas coisas sejam feitas
com amor”.
A Bíblia diz: “Venerado entre todos seja o matrimônio e
o leito sem mácula; porém,
aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os
julgará” (Hb 13.4). O texto
mencionado quer dizer que
o servo e a serva de Deus não
devem viver sob o domínio
da pornografia, pois é algo
que vicia e adoece. Pornografia é acumular “lixo” na
mente e levar para o leito.
As pessoas mais felizes são
aquelas que usufruem do
banquete de amor, dentro do
casamento, com decência e
ordem. Felizes são aqueles
que bebem água do seu próprio manancial.
Então, o uso correto do
sexo é vital para um relacionamento saudável entre marido e mulher. Lembrando:
O sexo é proibido por Deus,
antes e fora do casamento,
contudo, ordenado por Deus
no casamento.
o jornal batista – domingo, 07/05/17
missões nacionais
7
Participação da JMN na 97a Assembleia da CBB
mobiliza o povo Batista para a obra missionária
A
97ª Assembleia da
Convenção Batista
Brasileira (CBB),
em Belém do Pará,
reuniu milhares de Batistas
para discutir temas relevantes, confraternizar e conhecer mais sobre o que tem
acontecido no cenário denominacional do país. Para a
Junta de Missões Nacionais,
foi extraordinário fazer parte
desse belíssimo evento, que
marcou a história do estado,
onde os Batistas completam
120 anos de atuação.
Entre os dias 18 e 23 de
abril, a JMN participou de
diversas atividades. Os Relatórios Anuais de 2016
das Câmaras Setoriais de
Missões e Ação Social foram
aprovados por unanimidade. Louvamos a Deus por
toda equipe de missionários
e funcionários, que têm
trabalhado com dedicação
e compromisso. Agradecemos também as orações
e o envolvimento de todo
povo Batista com a Obra
do Senhor em nossa Pátria.
É tempo de avançar!
A Assembleia foi também,
para a Junta de Missões Nacionais, um momento de
compartilhar com os Batistas brasileiros os desafios e
avanços do campo missionário. Durante o evento, os
irmãos puderam conversar e
ouvir missionários, radicais
e mobilizadores acerca do
que Deus tem feito na seara;
muitos foram tocados em
seus corações para se tornarem cooperadores dessa
linda obra.
Mais de 700 novos irmãos
Batistas se comprometeram
com o Programa Parceiros
na Ação Missionária. Louvamos a Deus por essas
vidas que agora farão parte
da evangelização da nossa
Nação!
Promovemos, dentro da
programação, alguns eventos pontuais: o Encontro
Multiplique, que reuniu
cerca de 250 pastores e
líderes multiplicadores de
todo o Brasil; o Workshop
Viver, com cerca de 150 irmãos interessados em saber
mais sobre o programa de
prevenção ao uso de drogas,
que tem mudado a realida-
de de muitas Igrejas e comunidades e o Encontro com
Parceiros, onde mais de 250
pessoas estiveram presentes. Também lançamos na
CBB dois livros da visão de
Igreja Multiplicadora.
O estande da JMN também foi destaque na programação. Entre os atrativos
que os visitantes podiam
encontrar, um deles foram
os óculos de realidade virtual 360º, que proporcionou
um vislumbre do campo
missionário da Amazônia.
Além disso, quem foi ao
estande pôde conhecer jovens do Radical Amazônia e
missionários, como o pastor
Eli Ticuna e Silvia Regina.
Na tradicional Noite Missionária, a Junta de Missões
Nacionais e a Junta de Missões Mundiais se reuniram
em um momento emocio-
nante, onde missionários
das duas organizações participaram de um lindo coral
para agradecer pelos 110
anos de existência do trabalho missionário Batista no
Brasil e no mundo.
Operação Jesus
Transforma
Mais de 1.500 pessoas
evangelizadas, 62 conversões, 40 estudos bíblicos e
20 mil exemplares do Evangelho de João distribuídos.
Assim foi a Operação Jesus
Transforma Belém 2017,
que aconteceu entre os dias
14 e 23 de abril. Em uma
noite histórica para os Batistas do Pará, 120 pessoas
desceram às águas durante
o culto de celebração e encerramento da Trans.
A meta da organização do
evento era conseguir 120
batizantes, em homenagem
aos 120 anos de fundação
da Primeira Igreja Batista
do Pará, também lembrada como a primeira Igreja
evangélica da Amazônia. O
batismo contou com congregados e pastores de mais
de 12 Igrejas da capital e
do interior do estado. Entre os batizados estavam
ribeirinhos alcançados pelo
Projeto Amazônia.
Os mais de 100 batismos
encerraram com muita celebração e gratidão a Deus
a 97ª Assembleia da CBB,
marcante pela sua relevância histórica e pelo impacto na sociedade paraense.
Louvamos a Deus, pois, a
partir do que foi decidido,
podemos avançar na obra
de evangelização de todos os povos do Brasil e do
mundo.
8
o jornal batista – domingo, 07/05/17
ação social
Primeiro domingo de maio:
Sermão
Responsabilidade social cristã
Olavo Dias da Silva Filho,
pastor, coordenador Geral
da Convenção Batista de
Carajás
E
ste ano completamos
20 anos da publicação do documento
“Filosofia de Responsabilidade Social da CBB”,
que expõe o pensamento
Batista a respeito da responsabilidade social cristã.
O tema faz parte de nossa
Declaração Doutrinária, bem
como dos nossos Princípios
Batistas, estando entranhado
em nossa história que nos
remete aos Batistas do século XVII em suas exposições
bíblicas que irromperam em
um movimento de reformas
sociais e políticas na Europa,
delineando a base de fé em
algumas nações, conduzindo-as ao progresso. Nações
que hoje são conhecidas
como “Primeiro Mundo”.
Na Filosofia da CBB encontramos alguns princípios
que afirmam nossa posição
e compreensão a respeito
da responsabilidade social
cristã, bem como sua amplitude em relação à sociedade.
Destacamos alguns desses
princípios:
• A ação social dos Batistas
brasileiros expressa e busca
cumprir os propósitos do
Reino de Deus na sociedade,
com o objetivo de propiciar
condições para a plena realização do ser humano em
relação a si mesmo, ao próximo, à natureza e a Deus.
• Constituem fundamentos
da ação social dos Batistas
brasileiros: a crença de que
a ação social desafia os próprios crentes e Igrejas Batistas
a assumirem e viverem sua
responsabilidade social, a
fim de serem modelos para a
sociedade e uma alternativa
para o mundo;
• Os Batistas brasileiros se
propõem a uma ação social
eclesiástica e individual, que
busque o bem-estar social
comum tanto dos salvos,
quanto dos não-salvos, e que
manifeste sua presença e
atuação em todos os campos
que dizem respeito ao homem, suas ações e carências,
sem distinção de etnia, sexo
ou qualquer outra discriminação.
• A ação social dos Batistas brasileiros tem como
objetivos:
1) Suscitar entre os Batistas
brasileiros uma consciência
de responsabilidade social
capaz de tornar a ação social uma realidade efetiva
na prática da denominação,
da Igreja local e dos crentes
individualmente;
2) Transformar a sociedade
e suas estruturas por meio
da: a) força da proclamação
do Evangelho e do testemunho; b) influência junto às
instituições existentes que
atuam nas áreas de repercussão social; c) participação
nas reformas das estruturas
necessárias à evolução social, moral, educacional e
econômica da população; d)
atuação nas causas profundas
que determinam a existência de injustiças e sofrimentos na vida dos brasileiros;
e) influência junto aos poderes públicos, em especial o
legislativo, com o objetivo
de criar leis e instituições
necessárias à consecução dos
objetivos do bem-estar social
e da justiça; f) utilização dos
meios de comunicação em
geral para opinar sobre questões significativas relativas à
ação social, buscando assim
influir na opinião pública,
tornando conhecido o pensamento dos Batistas.
- Reconhecem, ainda, que
a atitude cristã para com os
pobres há de resultar da consciência de Deus como misericordioso para com o homem,
criatura sua, revestida de
dignidade, sujeita ao sofrimento, por causa do pecado,
das desigualdades e injustiças
sociais, e carente do nosso
amor, como cristãos.
Quando lemos estas afirmações podemos compreender que a responsabilidade
social cristã está intimamente
ligada à missão da Igreja bem
como sua mordomia diante
de Deus e para com o mun-
do. Indo da ação social - que
visa a satisfação imediata de
uma necessidade, estendendo-se para a transformação
da sociedade e suas estruturas em todos os campos que
dizem respeito ao homem.
Tendo isso em mente,
quero propor o texto de
Colossenses 1.13-23 como
reflexão bíblica, destacando as bases que devem nos
inspirar à responsabilidade
social cristã não somente
como filosofia, mas na prática, “Buscando cumprir os
propósitos do Reino de Deus
na sociedade, com o objetivo de propiciar condições
para a plena realização do
ser humano em relação a si
mesmo, ao próximo, à natureza e a Deus”.
1) A responsabilidade social cristã se sustenta na
crença sobre Deus como
criador de todas as coisas
(v. 16)
“Nele, por ele e para ele foram criadas todas as coisas”.
Este mundo foi criado por
Deus. Tudo: coisas visíveis e
invisíveis.
Sendo criação de Deus,
este mundo deve servir ao
propósito de Deus; está dentro do plano de Deus; Ele é
o único dono e aquele que
sabe dizer a respeito da razão de ser de cada coisa que
existe; Deus pedirá contas ao
ser humano de tudo o que
foi feito com o mundo que
Ele criou.
Olhamos para este mundo
e declaramos: tudo isso foi
criado por Deus e pertence
ao Seu filho, o nosso Senhor
Jesus Cristo.
Buscamos o resgate e transformação de todas as coisas
porque elas foram criadas por
Deus, e elas não se parecem
com o mundo belo e bom
que foi criado por Ele.
2) A responsabilidade social cristã se sustenta na
crença sobre Deus como
salvador de todas as coisas
(v. 13-14,20)
“Transportou das trevas
para o Reino do filho ama-
do”. Deus resgatou este mundo das trevas.
A luz brilhou em meio à
escuridão. Ele não está mais
destinado à condenação,
mas a se tornar “novos céus
e nova terra onde habita a
justiça”.
O juiz de todo o universo
é o mesmo que afirma: “Eis
que faço novas todas as coisas”.
Olhamos para este mundo
e afirmamos com fé: ele está
sendo redimido. Clamamos
para dentro da escuridão e
dizemos: haja luz! Clamamos
para dentro dos sepulcros e
afirmamos: haja ressurreição!
Para as guerras: haja paz!
Para as prisões: sejam libertos
os cativos!
Pois o nosso Deus salvou
Sua criação, reconciliando
consigo mesmo todas as coisas. Ele estabeleceu Seu filho
Jesus como o Senhor sobre
todas as coisas.
A palavra salvação tem
um amplo espectro de significado: curar, restabelecer,
restaurar, libertar, consolar.
Estas são os objetivos quando
a Igreja realiza ações sociais,
de compaixão e graça, bem
como atos de justiça que
confrontam os poderes dominantes, contrários à vontade
de Deus; assim, a salvação é
anunciada e realizada.
3) A responsabilidade social cristã se sustenta na
crença sobre Deus como
aquele que conduz todas as
coisas à glória (vv. 22,28)
“A fim de vos apresentar
santos, inculpáveis e irrepreensíveis diante dele”; “Cristo
em vós esperança da glória”.
A glória é a chegada final, a
consumação do Reino.
Vencida a morte e destruído o mal com a chegada
do grande Rei, Jesus Cristo,
todas as criaturas desfrutarão
de paz eterna (Apocalipse
5.13).
Este mundo será transformado, o mal não triunfará
jamais; o inimigo, já derrotado, encontrará sua destruição
final; o domínio do Senhor se
estenderá por toda a terra e
esta se encherá do conhecimento e da glória do Senhor
como as águas cobrem o
mar.
Olhamos para este mundo
e afirmamos: há esperança,
o Senhor venceu e Ele se levantará sobre a terra e reinará
para sempre!
Esta esperança deve alimentar nossa criatividade,
encorajar nossas ações, arregimentar nossos recursos,
orientar nosso treinamento,
focalizar nossos alvos. Estamos trabalhando e cooperando com Deus para conduzir
todas as coisas à glória eterna, à consumação do Seu
Reino, novos céus e nova
terra onde habita a justiça.
Conclusão
A responsabilidade social
cristã se fundamenta na fé em
Deus como Criador, Salvador
e Aquele que conduz todas
as coisas à glória.
Decorre da crença inabalável de que tudo foi criado por
Deus e Ele ama sua criação,
em especial o ser humano.
Se justifica também em
nosso papel como mordomos de Deus sobre todas
as coisas e despenseiros da
graça do Senhor para com
os seres humanos. Portanto,
falhar em cumprir com essa
responsabilidade é falhar na
mordomia cristã.
Porque dEle, por Ele e para
Ele são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente!
Amém.
Prática
Procure conhecer a realidade social de sua comunidade.
Ande pelas ruas, converse
com as pessoas, observe a
qualidade dos serviços públicos ofertados, obras públicas
em execução, zonas de conflitos ou violência e agressões
ao meio ambiente.
A partir dessas informações, a Igreja poderá iniciar
alguns projetos permanentes
ou ações pontuais para trazer
salvação, transformar a realidade local e anunciar que
o Reino de Deus está sendo
consumado.
o jornal batista – domingo, 07/05/17
ação social
9
: Dia Batista de Ação Social
Sugestão de culto infantil
Dilaine de Oliveira Pereira,
professora de História
do Cristianismo (CIEM) e
educadora cristã da Igreja
Batista Memorial da Tijuca
- RJ
O
culto infantil é
tão importante
quanto o culto
dos adultos. É o
momento em que as crianças, junto aos seus amigos,
adoram a Deus e ouvem a
Sua Palavra de forma dinâmica e de acordo com sua
capacidade de compreensão.
Este culto poderá ser feito
com crianças de todas as
faixas etárias, juntas ou separadamente, de acordo com
a realidade de cada Igreja
local.
Antes de começar:
Prepare a sala para a chegada das crianças. Desenhe
em uma folha de papel Kraft
ou 40 Kg, a silhueta de um
corpo humano*, semelhante
aos desenhos de vítimas feitos pela polícia quando acontece um crime. Coloque o
desenho no chão, no local de
passagem das crianças. Não
diga nada e espere a reação
delas: se alguém vai ou não
reparar, se vão pisar ou evitar pisar, se vão perguntar o
que é. Caso perguntem, você
poderá iniciar dizendo que
neste culto aprenderemos a
prestar atenção nas pessoas
que estão perto de nós e nas
suas necessidades. Caso não
perguntem, você poderá,
no final, lembrar como é
importante prestar atenção
às pessoas que necessitam
de ajuda.
Cânticos sugeridos:
Deus é bom pra mim
Deus é bom pra mim, Deus
é bom pra mim
Sorrindo vou, contente estou,
Deus é bom pra mim. (bis)
Cristo tem amor por mim
Cristo tem amor por mim,
com certeza, creio assim;
Por amor de mim morreu,
vivo está por mim no céu.
Cristo me ama, Cristo te ama,
Cristo nos ama
A Bíblia diz assim.
Eu preciso de você
Eu preciso de você, você
precisa de mim,
Nós precisamos de Cristo,
até o fim.
Sem parar, sem cessar, sem
vacilar, ô!
Sem temer, sem chorar.
Versículo - “Quem ama
a Deus, ame também o seu
irmão” (I Jo 4.21b - NTLH).
Escreva o versículo e recorte cada palavra. Entregue
às crianças que sabem ler e
peça que coloquem em ordem. Quando conseguirem,
prenda o versículo no mural
e peça que todas repitam,
falando para quem está à
direita e à esquerda.
Mensagem - A parábola
do bom samaritano - Lucas
10.25-37
Objetivo: Entender que
somos amados por Deus e
decidir amar uns aos outros
com palavras e atitudes.
(A mensagem será apresentada com representação
e objetos. Você precisará de:
mochila, casaco infantil e celular, para o homem que será
*Exemplo de desenho:
assaltado; mochila com azeite e suco de uva, gaze e esparadrapo, cédulas de dinheiro,
para o samaritano; fronha. O
líder é o narrador e precisará
de crianças que farão os personagens enquanto a história
for narrada. Serão oito: a pesBoas-vindas – Receba as soa que será assaltada, dois
crianças com alegria e apre- ladrões, o sacerdote, o levita,
sente os visitantes, caso te- o samaritano, o jumento e o
dono da hospedaria. Aceite a
nha.
participação das crianças sem
se preocupar com o gênero,
por exemplo, se uma menina
quiser ser o samaritano, não
há problema.).
Jesus era um mestre, um
professor, e ensinava às
pessoas, tanto aos adultos
quanto às crianças. Naquele
tempo, a maioria das pessoas
não sabia ler nem escrever,
então Jesus gostava muito de
ensinar contando histórias.
Vocês se lembram de como
se chamam as histórias que
Jesus contava? Isso, Jesus
contava parábolas. Mas o
que é uma parábola? É uma
história que fala sobre a natureza, as plantas, animais,
pessoas também, que Jesus
contava para ensinar sobre
Deus.
Para contar esta história, eu
vou precisar da ajuda de vocês. Preciso de oito crianças.
Quem pode ajudar? (Nessa
hora separe as crianças que
participarão da representação, conforme explicado
acima).
Em Lucas 10.25-37, lemos
que, certa vez, um professor
da Lei, que conhecia muito
sobre Deus, querendo ver
se Jesus sabia mesmo sobre
Deus, perguntou a Ele: “O
que eu preciso fazer para ter
a vida eterna?” Jesus, percebendo o que de fato ele
queria, perguntou a ele: “O
que está escrito no Velho
Testamento, e como você entende?”. Então, o homem respondeu: “Está escrito: Ame a
Deus com todo o coração,
com toda a alma, com todas
as forças e com todo o pensamento. E ame ao seu próximo como você ama a você
mesmo.” Jesus disse: “Que
boa resposta! É isso mesmo
que você deve fazer!” Mas,
aquele professor, querendo
fugir da responsabilidade,
perguntou: “Mas, quem é o
meu próximo?”.
Essa é uma boa pergunta.
E vocês sabem o que significa? Quem é o seu próximo?
Próximo é quem está perto.
Então, só quem está perto,
em quem a gente pode tocar, só esses são nossos pró-
ximos? Jesus então contou
uma história para explicar
sobre isso. Jesus disse (Nessa
hora, chame as crianças para
a representação. Conduza
cada uma conforme forem
aparecendo na história):
Um homem estava indo de
Jerusalém para Jericó (entra a
criança com mochila, casaco
e o celular). Era um caminho
perigoso e, de repente, apareceram uns ladrões (entram
dois ladrões). Eles roubaram
suas coisas e ainda bateram
tanto que o homem ficou
caído no chão, sem poder se
mexer. Depois de um tempo,
passou um sacerdote (entra o
sacerdote bem sério). Vocês
sabem quem era o sacerdote?
Era como se fosse o pastor daquele tempo, um homem que
conhecia Deus e, por isso,
era certo que ele ajudaria o
homem ferido, mas, ele nem
parou para ver o que estava
acontecendo. Que tristeza!
Pouco depois, veio um levita
(entra o levita sério também).
Vocês sabem quem era o
levita? Era o responsável pelas músicas no culto, com
certeza também conhecia
Deus e podia ajudar aquele
homem machucado, mas, ele
só olhou e foi embora. Que
tristeza, pobre homem! Um
tempo depois, chegou um
samaritano (entra o samaritano montado no jumento.
Coloque uma fronha sobre
as costas da criança que fará
o jumento). Vocês sabem
quem era o samaritano? Era
um judeu da cidade de Samaria, que não era considerado
bom pelos outros judeus. Só
que esse samaritano, vendo
aquele homem caído ali no
chão, ficou com muita pena
e não teve dúvida: desceu
do jumento, limpou seus ferimentos com vinho e azeite
e colocou curativo. Depois
colocou o ferido sobre o jumento e o levou para uma
pensão, onde cuidou dele.
(Pode colocar duas cadeiras
para deitar o homem ferido).
No dia seguinte, ele chamou o dono da pensão, deu
dinheiro para ele e pediu
que cuidasse do homem e
desse comida para ele, e se
o dinheiro fosse pouco, ele
pagaria o restante quando
voltasse.
Então Jesus voltou a falar com o professor da Lei:
“Quem você acha que foi o
próximo do homem ferido?”.
Ele então respondeu: “O que
foi bondoso com ele”. “Muito
bem”- disse Jesus - “Então
você também deve fazer a
mesma coisa”.
E nós também, crianças.
Deus nos ama e sabemos disso
porque Ele nos criou, Ele cuida de nós, nos abençoa, nos
salva. E nós também podemos
dar amor às pessoas que precisam. Essa é a boa vontade de
Deus para todos nós!
Atividades (opcionais):
1) Peça para as crianças
falarem de atitudes que revelam o amor que sentimos
pelas pessoas, por exemplo:
brincar com amigos, visitar
alguém doente, dividir o lanche na escola, emprestar um
brinquedo.
Em seguida, distribua folhas de papel sulfite e peça
que desenhem uma atitude
de amor ao próximo. No
final, peça às crianças para
mostrarem seus desenhos e
desafie para que coloquem
em prática durante a semana.
2) Coloque alguns objetos
em uma caixa: colher, boneca, caneta, imagem de família, de crianças brincando,
sorrindo, bola, caderno, etc.
Cada criança tira um objeto
ou gravura e fala como pode
ajudar o próximo relacionando o tema ao objeto ou gravura. Exemplo: - Boneca/bola
- brincar com amigo ou irmão
menor; caderno - ajudar um
amigo com a lição da escola;
lápis - fazer um desenho para
alguém, etc.
Oração - Todos em círculo; uma criança e o líder
poderão orar agradecendo o
Amor de Deus e pedindo por
nós, para que possamos nos
lembrar de agirmos sempre
com bondade.
10
o jornal batista – domingo, 07/05/17
ação social
Primeiro domingo de maio: Dia Batista de Ação Social
Estudo bíblico
Ordem de culto
Como discernir as boas obras que Deus Responsabilidade social
deseja que realizemos - Tiago 2.14-26
Porque a fé sem obras é morta
Christian Gillis, pastor da
Igreja Batista da Redenção Belo Horizonte - MG
Introdução
•A salvação é somente pela
graça, independente de obras
e mérito (Gálatas 2.16).
•A salvação não é por obras,
mas é para boas obras! (Efésios 2.8-10).
•Deus deseja que realizemos boas obras (Mateus 5.16;
Tito 3.8; I Pedro 2.12).
•Jesus realizou boas obras e
devemos seguir seus passos
e continuar sua agenda (João
10.32; Atos 10.38).
•A fé genuína se traduz em
comportamento que manifesta o bem e boas obras (Tiago
1.27; Tito 2.14).
•As boas obras não salvam
mas evidenciam uma fé viva
e autêntica (Tiago 2.17-18,
20 e 22).
•Deus já preparou de antemão
boas obras para que seu povo
andasse nelas (Efésios 2.10).
à prática zelosa e destacada
de boas obras: (I Timóteo
2.10; 5.10; Tito 2.7; I Timóteo 6.18).
•Efésios 4.28 ensina que
a finalidade do trabalho é
prover sustento para a pessoa
(família) e para ter recursos
para auxiliar a pessoas necessitadas.
Critérios
1º critério: a necessidade
de um irmão em Cristo (Tiago 2.15-16)
•A necessidade declarada
de um irmão.
•Verificar a necessidade
básica informada: roupa,
alimento, etc?
•I João 3.17 acrescenta a
instrução de que junto com
a declaração da necessidade
é preciso avaliar os recursos
disponíveis e possibilidades
de ajuda.
•Considerar a solicitação
(pedido) e possibilidades
(recursos).
•Caráter de doação desprenMas, como discernir quais dida.
são as obras que Deus deseja
2º critério: perceber o dique realizemos?
•Hebreus 6.1 e 9.14 men- recionamento divino (Tiago
cionam obras mortas (peca- 2.21-23)
•Tiago cita o exemplo de
dos).
•I Coríntios 3.13-15 afirma Abraão, que recebeu direção
que há obras que não são divina para as ações que deveria cumprir.
aprovadas por Deus.
•I João 3.12 contrasta as •Receber com clareza o
obras de Caim (malignas) direcionamento de Deus em
com a postura de Abel (justa), cada situação é importante
exatamente no contexto do para realmente fazer o bem.
amor e do serviço ao próxi- •Eventualmente Deus fala
diretamente à mente / consmo.
•Apocalipse 3.1-2 vai além ciência de uma pessoa, mas,
do plano individual e revela em geral, usa o ensino da
que o Senhor observa tam- revelação registrada nas Esbém as obras da Igreja como crituras.
coletivo (As obras da Igreja •Paulo tinha a direção diem Sardes não eram íntegras vina e seguiu atentamente
e a Igreja definhava espiritu- a instrução das autoridades
espirituais (Gálatas 2.9-10)
almente).
•Hebreus 9.24 encoraja a
3º critério: analisar bem as
participação ativa na vida
congregacional, pois, a mes- circunstâncias da solicitação
ma serve como estímulo à por ajuda (Tg 2.25)
•Tiago agora cita o exemprática de boas obras.
•Todos somos chamados plo de Raabe (Josué 2.8-15),
à prática do bem: Gálatas que precisou discernir as cir69-10; Romanos 12.9,17,21; cunstâncias político-militares
II Tessalonicenses 3.13; He- envolvidas na ajuda ofertada.
breus 13.16,21; 3 João 1.11) •A análise sóbria das cir•Especialmente os pastores, cunstâncias pode ajudar a
as mulheres e os material- perceber qual é a ação devimente ricos são convocados da na situação.
•Timóteo (e a Igreja em Éfeso), por exemplo, estavam
tendo dificuldades para discernir a quem ajudar. Paulo,
então, dá uma série de critérios objetivos para decidir
sobre o auxílio fornecido
pela Igreja local (I Timóteo
5.1-18):
99Necessidade verdadeira (I
Timóteo 5.3)
99Família deve ser acionada
para ajudar antes que a Igreja
(I Timóteo 5.4,16)
99Observar o histórico do
solicitante (I Timóteo 5.5, 6
e 10)
99Sustar auxílio a quem prejudica a comunidade (I Timóteo 5.11-13)
99Verificar se há disposição
de trabalhar (I Timóteo 5.1415)
“Assim como o corpo sem espírito está morto, também a fé
sem obras está morta” (Tg 2.26)
Tanto atos individuais
como a ação conjunta da
Igreja são importantes plataformas para fazer o nome de
Deus conhecido e cooperar
na expansão do Seu Reino
no mundo.
Fontes:
Aclame ao Senhor, Ouve nosso louvor, Cantarei Teu amor
(https://songselect.ccli.com)
Nada de desânimo (AMBB, livro do 28º Congresso, pg. 97105, 2012)
Onde? (AMBEES, livro de partituras do 29º Congresso, p.
51-64, 2015)
• Countdown (vídeo com ações sociais da Igreja, com contagem regressiva) [05:00]
• Processional | Instrumental (música que convida a Igreja
para o culto) [02:00]
• Saudações e boas vindas | Dirigente [02:00]
Assim, celebramos em fé e serviço
• Prelúdio | Instrumental (música que convida a pensar no
culto que ofertará) [02:00]
• Recitativo bíblico (Salmos 47.1-2) | Dirigente [01:00]
“Batei palmas, todos os povos; celebrai a Deus com vozes
de júbilo. Pois o Senhor Altíssimo é tremendo, é o grande
rei de toda a terra” (Sl 47.1.2).
• Ao Deus de amor e de imensa bondade (32 HCC) | Congregação [03:00]
• Aclame ao Senhor (Darlene Zschech) | Congregação
[04:30]
• Ouve nosso louvor (Reuben Morgan) | Congregação
Conclusão
[04:40]
•Nem o cristão, nem a Igre- • Oração de louvor e adoração [02:00]
ja local tem possibilidade (ou
obrigação) de ajudar a todos Assim, percebemos o próximo em fé e serviço
(ou a qualquer um).
•É preciso discernir a agenda • Teatro (uma breve cena: sketch sobre o comodismo de
de Deus para cada pessoa (e alguns na Igreja - sejam criativos!) [03:00]
cada Igreja) e seguir critérios • Nada de desânimo | Coro ou grupo musical [04:00]
objetivos para efetuar a ajuda • Orações de intercessão [10:00]
que glorifique a Deus e aben- • Onde? | Coro ou grupo musical [04:00]
çoe a todos os envolvidos (o
ajudador e ajudado), desen- Assim, ouvimos atentos os desafios em fé e serviço
volvendo uma ajuda que seja
mais que um paliativo tem- • Mensagem pastoral [40:00]
porário - mas que provoque • Se eu posso hoje o bem fazer (551 HCC) | Congregação [02:50]
transformação da situação.
•II Tessalonicenses 1.11-12 Assim, obedecemos o Senhor em fé e serviço
declara: “Oramos para que
Deus os torne dignos da vo- • Leitura bíblica (I Crônicas 29.16-17) | Congregação [01:00]
cação e cumpra com poder
todo o propósito de bondade “Ó Senhor, nosso Deus, toda essa riqueza que ofertamos
e obra de fé, a fim de que o para construir um templo em honra ao teu santo nome vem
nome do Senhor Jesus seja das tuas mãos, e toda ela pertence a ti. Sei, ó meu Deus, que
glorificado em vós, segundo sondas o coração e que te agradas com a integridade. Tudo o
a Graça de Deus”.
que dei foi espontaneamente e com integridade de coração”
•Boas obras devem ser fruto (I Cr 29.16-17).
de:
99Oração
• Consagração de dízimos, ofertas e vidas
99Segundo o Poder de Deus • Cantarei Teu amor (Martin Smith) | Congregação [04:00]
99De acordo com o Propósi- • Oração de gratidão
to de Deus
• Atividades da semana
99Motivadas por fé
• Poslúdio (música que convida a pensar no culto que aca99Visando a Glória de Deus bou ofertar) [02:00]
99Movidas pela graça
• Recessional (música que convida a sair para servir) [02:00]
o jornal batista – domingo, 07/05/17
missões mundiais
11
História de 110 anos na
Assembleia da CBB
Marcia Pinheiro – Redação
de Missões Mundiais
O
s 110 anos de
Missões Mundiais, a serem
completados em
27 de junho de 2017, foram
a temática da nossa participação na 97ª Assembleia da
Convenção Batista Brasileira
(CBB), cujo tema foi: “Anunciando o Reino com o poder de Deus”. Realizado em
Belém-PA entre os dias 20 e
23 de abril, o evento reuniu
mais de cinco mil pessoas,
entre líderes e representantes de Igrejas da CBB que
foram à capital paraense para
definir o futuro da denominação, e pessoas em geral que
compareceram ao espaço de
estandes para conhecer um
pouco mais da história dos
Batistas brasileiros.
Em nosso estande, os convencionais puderam conhecer objetos trazidos dos campos missionários, fatos históricos, além de ter uma conexão
direta com nossa sede através
da central de atendimento
móvel. Mas foi durante a
Noite Missionária que nossa
história ficou mais evidente,
principalmente através de
vídeos que mostraram nossa
linha do tempo e imagens antológicas da fundação desta,
que é a agência missionária
da CBB para os povos estrangeiros. Passado e presente se
misturaram para mostrar um
futuro que precisa ser construído com a participação de
todos. E o avanço do Evangelho em países de extrema
perseguição religiosa foi exposto por nossos pastores e
missionários durante a Noite
Missionária, nas demais sessões e também nas reuniões
das organizações Batistas que
antecederam a Assembleia.
Em sua mensagem na Noite
Missionária, o missionário
Jessé Carvalho, coordenador
para o Oriente Médio, falou
sobre nossas ações em campos de refugiados naquela
região e os frutos que elas
têm produzido para Reino
de Deus.
“Nós temos 5 milhões de
pessoas vivendo em acampamentos só em uma região do
Oriente Médio. Temos 940
Sua história de 110 anos foi destaque no estande da JMM no
estande montado para a Assembleia da CBB
Pastor João Marcos Barreto Soares durante a Noite Missionária,
que destacou os 110 anos da JMM
Jessé Carvalho c miss e coord da JMM no OM e Norte da Áf c foi
um dos mensageiros durante a Noite Mis em B
Cristiana Voskian, do Ministério Elam, falou sobre a igreja
sofredora durante a Assembleia da CBB
mil crianças na faixa de 6 a
14 anos vivendo naquelas
tendas. É a maior calamidade
que a humanidade já experimentou desde a Segunda
Guerra Mundial. Mas esta
situação tem gerado uma
grande oportunidade, que é
a de levarmos esperança aos
que sofrem”, disse Jessé.
Homenagens não faltaram
durante a Noite Missionária.
Uma delas aconteceu durante o momento de clamor e
foi direcionada aos adotantes
que têm sustentado a obra
missionária transcultural.
Ao final, Missões Mundiais
e Missões Nacionais, representadas por seus executivos, os pastores João Marcos
Barreto Soares e Fernando
Brandão, respectivamente,
lembraram-se da irmã Luzanira de Lima Sampaio, uma
das primeiras adotantes do
Programa de Adoção Missionária (PAM) das duas agências missionárias, membro da
Primeira Igreja Batista de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro,
e que partiu para eternidade
na madrugada do dia 22 de
abril. Aos 86 anos, ela costumava contribuir com 70%
de sua renda mensal para a
adoção de missionários no
Brasil e no mundo. Ela não só
contribuía como incentivava
a sua classe de EBD a fazer o
mesmo.
“Nós precisamos de ‘Luzaniras’ em todas as Igrejas”,
comentou o executivo de
Missões Mundiais.
Igreja sofredora
A necessidade de se traduzir e distribuir Bíblias a povos
com pouca ou nenhuma presença cristã foi apresentada
nas reuniões, e nosso projeto
Bíblias para os Povos foi um
dos que mais receberam adesão durante a Assembleia da
CBB em Belém.
Durante suas participações, o pastor João Marcos
lembrou que todos aqueles
que puderam acompanhar o
evento presencialmente ou
através da internet são privilegiados.
“Você é um privilegiado
porque pode adorar a Deus
em público. Você pode falar
do Amor de Deus a qualquer
pessoa. Você pode cantar.
Mas existem milhões de pessoas que não podem fazer
isso. Existem milhares de
cristãos encarcerados, pessoas que estão pagando o
preço por anunciar o Reino
de Deus”, disse o executivo
em sua mensagem.
E ele lembrou que em um
dos países do Oriente Médio
com os maiores índices de
perseguição religiosa, os líderes locais pensaram que baniriam a Igreja de Cristo, mas
aqueles que permaneceram
fiéis fizeram a diferença e traduziram o Novo Testamento,
em uma linguagem atual e na
língua do seu povo.
Uma dessas pessoas é Farshid Fathi, um pastor que ficou
seis anos na prisão por ter
distribuído Bíblias, mas que
foi usado no cárcere para salvar outras vidas. Ao exibir um
vídeo de agradecimento de
Farshid a todos os brasileiros
que oraram por ele, o pastor
João Marcos conseguiu emocionar a plateia. Mais lágrimas
rolaram dos rostos dos convencionais e foram acompanhadas
de aplausos após a exibição
de outro vídeo mostrando
centenas de batismos de ex-muçulmanos em uma região
do Oriente Médio.
“O nosso Senhor está vivo.
Ele é a razão da nossa esperança. Por isso nós podemos
levar esperança até que Ele
venha”, encerrou o pastor
João Marcos.
Outra mensagem que
impactou foi a de Cristina
Voskian, mobilizadora do
Ministério Elam, parceiro de
Missões Mundiais na tradução
e distribuição de Bíblias aos
povos não alcançados. Ela
trouxe a informação de que
o Novo Testamento demorou
oito anos para ser traduzido
para o farsi. Os livros começaram a ser produzidos em
2003 e, até hoje, já foram distribuídos mais de 1,6 milhão
de livros. Nossos irmãos da
Igreja sofredora não querem
que a perseguição pare, mas
pedem orações para que Deus
os fortaleça diante dela a fim
de que possam ser usados
para salvar outros do engano.
Outra coisa que eles pedem: “Mandem munição”.
Eles precisam de mais Bíblias
para distribuir ao seu povo.
A meta para este ano é distribuir mais 450 mil exemplares
do Novo Testamento àqueles
que necessitam da Palavra.
As ações que temos levado
aos povos para anunciar o
Reino com o poder de Deus
receberam aprovação total
das Igrejas representadas durante a câmara setorial de
Missões. Muitos elogiaram
o trabalho desenvolvido,
destacando o PEPE (programa
socioeducativo) e a Campanha “Leve esperança até que
Ele venha”.
12
o jornal batista – domingo, 07/05/17
notícias do brasil batista
PIB Missões - RJ realiza mensalmente atividade social
em casa de recuperação de dependentes químicos
Elias Gomes de Oliveira,
pastor da Primeira Igreja
Batista Missionária em
Parque das Missões Duque de Caxias - RJ
A
Primeira Igreja Batista Missionária
Parque das Missões, no bairro em
Trevo das Missões, em Duque de Caxias - RJ, procura
desenvolver um trabalho social relevante na comunidade e nos arredores carentes.
Entendemos que por ser um
local com vulnerabilidade
social importante, precisamos nos ater aos ensinos de
Jesus, não só de fazer o Ide,
mas também de ajudar aos
necessitados.
Procuramos aproveitar as
oportunidades com cunho
social gratuito para as pessoas da localidade tipo:
Alguns irmãos da PIB Missões - RJ na Casa de Recuperação
Realização de culto para fortalecimento da fé
corte de cabelo, aplicação
de flúor, teste de glicose,
aferição de pressão arterial,
distribuição de cestas básicas, além de mensalmente
irmos a uma Casa de recuperação de dependentes
químicos fora do bairro
para levarmos não somente a Palavra de Deus, mas
mas sociais e de pessoas
que são fruto de drogas,
prostituições e outros agravos. Isso sem falar na questão espiritual.
Portanto, nosso desejo
é que possamos nos unir
nesta missão de Cristo indo
além das paredes da Igreja
local, conhecendo outras
também alimentos e materiais de limpeza.
Nossa cosmovisão é aumentarmos nossas contribuições a cada dia e deixarmos a oportunidade para
todos aqueles que queiram
conhecer e fazer o trabalho
social em uma comunidade
que é vitimizada por estig-
realidades que possam estar
ao nosso lado.
Que o Eterno nos incentive e nos ajude nesta missão. A quem desejar contribuir com esta obra, doando
alimentos, roupas e, até
mesmo o seu tempo para
evangelizar, será de grande
valia. Deus abençoe.
o jornal batista – domingo, 07/05/17
notícias do brasil batista
13
Convenção Batista de Pernambuco tira
dúvidas sobre Imposto de Renda
Fotos: Acom CBPE
Acom CBPE
A
Convenção Batista de Pernambuco,
em parceria com o
Conselho Regional
de Contabilidade de Pernambuco (CRC-PE), através do
Programa de Voluntariado da
Classe Contábil de Pernambuco (PVCC-PE), realizou no
dia 12 de abril um Plantão de
Dúvidas sobre a Declaração
de Imposto de Renda 2017
Pessoa Física.
O momento foi uma oportunidade para que membros
e congregados, como também líderes e tesoureiros das
Igrejas, pudessem sanar suas
dúvidas sobre o tema. Na
ocasião, uma equipe de contadores esteve à disposição
dos Batistas pernambucanos.
Quem esteve à frente desta
Atendimentos foram gratuitos para todos
os Batistas
iniciativa foi a 2ª secretária
da CBPE, irmã Benícia Moraes, que é contadora. Para ela,
é importante ir “Passo a passo
e, com certeza, chegará um
tempo em que as Igrejas vão
sanar suas dúvidas, essas dificuldades da área contábil.
Estamos caminhando”.
Para a contadora Edilene
Tavares, que também é a
Equipe do Programa de Voluntariado da
Classe Contábil do CRC-PE
relatora do Conselho Fiscal
da CBPE, é preciso haver
“Uma mudança de cultura,
uma quebra de paradigma”
por parte das Igrejas e suas
lideranças, que precisam
“Procurar ajuda, se capacitar”
e assim “Fomentar essa cultura de responsabilidade fiscal
nas Igrejas”.
Para Joana Dark Nascimen-
to de Lima, coordenadora do
Programa de Voluntariado
da Classe Contábil e Conselheira do CRC-PE, “É muito
importante essa iniciativa”
da CBPE, para sanar as dúvidas “da parte de Imposto
de Renda Pessoal Física”, e
reforçou sua disponibilidade
em montar um projeto que
“atendar as Igrejas”, já que
“Muitas vezes o pastor não
tem a noção administrativa e
a gente poderia ajudar”.
O Plantão de Dúvidas
aconteceu no Auditório da
CBPE, durante todo o dia e
todos os atendimentos foram
gratuitos. Quem aproveitou
a oportunidade, aprovou a
iniciativa.
“Eu parabenizo a CBPE
por essa ação. Ela é muito
proveitosa. Veio preencher
uma lacuna, mas que hoje
esse apoio chegou, para que
a Igreja possa estar com suas
finanças de acordo como a
legislação determina”, reforça pastor Ivanildo Batista, da
PIB Afogados da Ingazeira.
“Ótimo, porque a gente
é atendido por auditores,
por pessoas qualificadas”,
finaliza Eliete Barbosa, da IB
Candeias.
Primeira Igreja Batista Peniel em Dario
Meira - BA celebra 42 anos de organização
A
Primeira Igreja Batista Peniel em Dario Meira - BA, entre os dias 15 e 19
de março, celebrou seu 42°
aniversário de organização
já sendo há mais de 50 anos
proclamando o Reino de
Deus, sendo que há mais de
50 já existe proclamando o
Reino de Deus.
As festividades começaram com ministrações do
pastor Ronaldo Caíres, da
Primeira Igreja Batista de
Tapiragi; pastor Jackson,
da Primeira Igreja Batista
do Japumerim; pastor Luiz
Carlos, da Primeira Igreja
Batista de Aiquara; e ministrando ao sábado e domingo, o pastor Cícero Jr., da
Primeira Igreja Batista de
Castro Alves, que nos trouxe
uma palavra exortando a
Igreja a ser uma comunidade terapêutica.
Ainda contamos com a
representação do pastor
Adailton, presidente da Associação Batista Rionovense; pastor Antônio Carlos, e
a participação da Primeira
Igreja Batista Itagiba; pastor
Elivaldo e a participação da
Primeira Igreja Batista em
Laje do Banco, além da Primeira Igreja Batista em Ibitupa; Primeira Igreja Batista
Aldeia, Primeira Igreja Batista Acaraci, entre outras Igrejas da cidade. Foram dias
de muita festa, intercalando
com a participação de todos
esses irmãos e pastores, de
quarta-feira até domingo,
além de líderes políticos,
profissionais da educação e
saúde do município.
No domingo à noite tivemos a presença do frei
Raimundo, líder da comu-
nidade Católica da cidade,
que ressaltou o seu amor e
apreço ao povo Batista e a
relevância desta Igreja na
comunidade Dariomeirense.
Encerrando-se esses cinco dias de festa, o pastor
Paulo Henrique fez os agradecimentos às orações, à
disponibilidade dos irmãos
envolvidos no processo e
às doações de membros
da Igreja e não membros
para a sustentabilidade de
tão grande investimento no
Reino.
14
o jornal batista – domingo, 07/05/17
ponto de vista
Compreendendo algumas
verdades espirituais
Elias Gomes de Oliveira,
pastor da Primeira Igreja
Batista Missionária em
Parque das Missões Duque de Caxias - RJ
E
m I João, a Palavra
de Deus nos diz: “O
mundo inteiro está
no maligno” (I Jo
5.19 - versão Thompson).
Sabe-se que antes do mundo físico existe um mundo
espiritual. Quando entendemos esta verdade, fica mais
fácil compreender algumas
situações que ocorrem no
mundo (sistema cósmico).
Jesus disse que estamos
no mundo, mas não pertencemos a ele. Porém,
mesmo assim existe muita
confusão em torno disso,
pois, como sabemos, muitos
cristãos são influenciados
com opressão, depressão e
outros males armados por
Satanás. Não me refiro a
questão clínica física. Gostaria de ater-me somente a
questão espiritual.
Vivemos todos os dias com
essas verdades espirituais em
nossa cidade, nosso bairro e,
até mesmo, em nossa família.
Daí, a necessidade em se
fazer um mapeamento territorial, identificar em quais
momentos acontecem tais
casos, com quais frequências,
etc., para podermos guerrear
no mundo espiritual.
Por muito tempo, o mundo espiritual ficou esquecido e banalizado. Alguns
tinham medo de mexer com
isso. A incredulidade solapava a fé de alguns dentro
de nossas comunidades.
Porém, precisamos rever
esta matéria urgente. Não
podemos discriminar aquilo
que é mostrado pela Palavra
de Deus. É preciso conhecer
o inimigo e suas estratégias,
a fim de contra atacarmos
com nossa arma mais poderosa: o nome de Jesus.
A palavra opressão no
dicionário significa: sobrecarregar com peso, apertar,
comprimir, pressão que esmaga. Podemos ver esta força por toda parte, pois uma
das funções dos demônios é
esta: oprimir a humanidade.
Ressalto que a opressão não
combatida abre porta para
a depressão e, em muitos
casos, com piora significativa. Algumas causas da
opressão: pecados, deixar
de fazer a vontade de Deus,
parar de orar e ler a Palavra
de Deus, dentre outros.
Quantos casos já tomamos ciência no qual uma
pessoa apresenta uma série
de sintomas, até mesmo
psicossomáticos, faz uma
bateria de exames e check
ups, não descobrindo absolutamente nada. Nenhuma
doença instalada. Por isso,
precisamos ser luz para vida
dessas pessoas. Aperfeiçoar
nossas vidas para batalha
espiritual. Vencer estes ardis
no nome de Jesus e libertar
a pessoa de qualquer jugo
pesado.
Já a depressão é um quadro bem peculiar. Na depressão, as forças da pessoa
são minadas a tal ponto
que a mesma começa a se
entregar ao desânimo e tristeza. O deprimido não quer
conversar com ninguém,
muito menos ver alguém.
Ressalto, mais uma vez, que
nosso foco é espiritual. Mas,
é claro que existem casos
não espirituais. Quando
este problema avança em
graus e estágios perceptíveis
precisamos tomar muito
cuidado, pois a pessoa apresenta pensamentos suicidas
e obsessivos.
Pois bem, cabe ministrarmos sobre a vida da pessoa
com jejum e oração para
obtermos êxito frente as
contrariedades espirituais.
Clamar a Jesus e reparar
as brechas na vida da pessoa precisam ser o foco de
orientação e aconselhamento. Não existe coisa melhor
do que ver alguém preso
espiritualmente entregar sua
vida a Jesus e ser liberto por
este poder.
Não desanime. Ajude pessoas com problemas espirituais. Nem tudo é material.
Precisamos estar apurados
para isso. Deus nos abençoe
nesta difícil tarefa. Amém!
“Sustentabilidade”
Hudson Galdino da Silva,
pastor da Segunda Igreja
Batista de Cabo Frio - RJ
O
que é sustentabilidade? Esta
tem sido uma
expressão, ainda
que não tão nova, mas com
sua aplicação e uso um tanto
mais recente. A sustentabilidade está na boca daqueles que pensam no futuro.
Quero usar o jargão para
uma chamada de reflexão e
aplicação para o nosso contexto cristão. Aqueles que
pensam em medidas hoje,
sem que estas comprometam
o amanhã do nosso planeta.
Uma coisa muito difícil, mas
que precisa ser aprendida
é sobre decisões tomadas
hoje e que outros administrarão sua aplicação e consequências. Vivemos tempo
dos descartáveis. Tudo é
descartável, usa-se e joga-se
fora; não presta mais. Nossas
reflexões, nossas decisões e
consequências não podem
ser descartáveis. Elas precisam de sustentabilidade.
O nosso Deus é um Deus
da sustentabilidade. Sua capacidade de interagir com
o mundo é algo especial
pelo fato de ser o Criador
do universo. Por mais que a
comunidade científica queira questionar o criacionismo
ou dar uma interpretação
ateísta ao mundo real, sempre esbarrarão na causa não
criada. Nosso Deus é o Deus
da sustentabilidade porque
criou e sustenta esse universo.
Nossa fé precisa ser uma
fé de sustentabilidade. Sim!
Tem havido, principalmente
em nossos dias e no contexto de tanta efervescência
religiosa, uma fé descartável,
momentânea, consumista.
Uma fé imediatista sem solidez não faz parte da herança
do cristão. A fé sustentável
visa preservar os valores do
Reino. Valores inegociáveis
que devem ser perpetuados.
A sustentabilidade da fé é
desenvolvida com ênfase
também no conteúdo dessa
fé. Uma fé que não pode ser
oca, vazia, desprovida de
conhecimento. Essa fé sustentável é importante porque
temos compromissos com a
geração hoje, mas também
com a fé futura. Uma fé que
precisa ser vivida, proclamada e ensinada de tal forma
que ela venha estar presente
na geração que nos sucederá. A experiência religiosa
não pode ser vivenciada
de forma imediatista. Precisamos pensar nas futuras
gerações para que não haja
um hiato, um vazio entre a
geração presente e as próximas.
Nossa missão precisa de
sustentabilidade. Pensar na
missão sustentável é programar, planejar e executar
nossa missão já envolvendo
aqueles que darão continuidade. Essa missão está na
linguagem bíblica e ensinada por Jesus e me parece enfatizada por nós hoje através
do discipulado. Precisamos
fazer discípulos em todos os
aspectos da vida. Discipular
para Cristo, bem como fazer
bons discípulos para vivenciarem Cristo na sociedade.
É preciso dar suporte hoje
aos que fazem hoje, bem
como estender este suporte
para que façam amanhã.
Nossa geração não deve ser
conhecida como a geração
que fez simplesmente, mas
como uma geração que fez e
preparou a geração futura a
fazer e ensinar como outras
fazerem também.
o jornal batista – domingo, 07/05/17
ponto de vista
15
Suicídio nas Igrejas evangélicas
Davi Nogueira, pastor,
membro da Igreja Batista
no Jardim Guanabara Ilha do Governador - RJ
Q
uando estudei
no Seminário do
Sul fui aluno de
um pastor que
perdeu uma ovelha vítima
de suicídio. É raro, excepcional, mas isso acontece
em nosso meio. Como devemos lidar com isso? Com
muito amor! Com a certeza
de que a graça maravilhosa
de Jesus atua nos corações
dos envolvidos neste processo.
Émile Durkheim foi um sociólogo francês. Ele elaborou
uma tese chamada anomia.
Todas as vezes que a sociedade vive uma grande crise,
especialmente econômica,
o ser humano se fragiliza
e fica mais tendencioso ao
suicídio. Olhei os índices de
suicídio entre adolescentes
e idosos no Brasil, dos anos
de 2007 até 2012 e constatei
que houve crescimento. E
naquela época, o Brasil não
estava em crise financeira.
Imagine agora como deve
estar este índice?
Nunca perdi uma ovelha por suicídio. Mas, se
um dia acontecer, além da
questão do transtorno mental ser um gatilho para tal
feito, a teoria de Durkheim
também pode nos ajudar a
compreender a razão deste
fenômeno.
Lembro-me que li sobre
um pastor que retirou sua
própria vida. Ele sofria de
transtornos mentais, e em
um surto, cometeu tal ato.
As pessoas acolheram aque-
la família como Jesus acolheu seus apóstolos e a multidão de seus seguidores. O
amor é o melhor remédio
para um sofrimento desta
natureza.
Na Terra temos muitas
pessoas que precisam de
apoio preventivo quanto a
este ato. Os pastores, diáconos, irmãos em Cristo
precisam sempre estar atentos para ajudarem os que
estão em um processo de
superação de dificuldades
emocionais. Geralmente,
esses são os mais vulnerá-
veis ao suicídio. A oração, o
aconselhamento, a visitação
devem ser incessantes.
Encorajo escritores a produzirem mais livros que
abordem este assunto. Só
encontrei um autor evangélico que escreveu um livro
que aborda este tema.
Queremos ver as nossas
Igrejas vivas em todos os sentidos. Sabemos que a imortalidade é impossível, mas que
no céu ninguém chegue por
ter retirado sua própria vida.
É mais difícil a consolação
para os que ficam.
que não sejamos inocentes,
mas, perante os homens,
sempre existirão os “para
sempre culpados”, os pecados inesquecíveis, não
passíveis de perdão.
O interesse de Jesus se
consolida na restauração
do caráter, da dignidade, da consciência limpa,
como fruto de uma vida
reta, santa.
Jesus não está preocupado com o que foi feito, se
no coração constar arrependimento. Essa também
deve ser a preocupação dos
santos, da Igreja.
Que o conceito de arrependimento faça morada e
do erro não se torne uma
mancha eterna; que sejamos destituídos de um
preconceito sem fim.
Para os que se arrependem, ofereçamos misericórdia. Quando oramos por
nossas faltas, suplicamos
misericórdia ao Criador,
não justiça.
Que o olhar de compaixão, de amor e misericórdia
que nos foi dado por Deus
seja o que proporcionaremos ao nosso próximo.
Sobre os
julgadores
Elaine de Castro Sampaio, todos pecamos. Algumas
membro da Primeira Igreja p es s o a s p r a tic a m er r os,
corrigem-se, mas, diante
Batista do Rocha - RJ
dos “julgadores” carregam
odos erramos, é um o estigma de “para sempre
fato consolidado! culpado”.
Jesus era Deus, é Deus!
Somos dotados de
humanidade. Bus- Ainda assim, tratou Maria
camos perfeição, santidade, Madalena sem influência
mas não perdemos nossa dos julgadores que os rodeherança pecadora. No en- avam. No tribunal de Cristo
tanto, provém saber que somos absolvidos, ainda
T
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