Profa Roberta Cobas Universidade do Estado do Rio de Janeiro Perguntas: Por que estudar este tema específico? Pessoas idosas são todas iguais ? O que precisamos avaliar como ‘não-geriatras’? Como as caraterísticas de uma pessoa idosa podem influenciar a nossa prescrição ? Os objetivos e metas do tratamento são diferentes? A escolha das drogas é diferente ? Respostas... Por que estudar este tema específico? Pessoas idosas são todas iguais ? O que precisamos avaliar como ‘não-geriatras’? Como as caraterísticas de uma pessoa idosa podem influenciar a nossa prescrição ? Os objetivos e metas do tratamento são diferentes? A escolha das drogas é diferente ? % www.ibge.gov.br Ministério da Saúde_ Vigitel Respostas... Por que estudar este tema específico? Pessoas idosas são todas iguais ? O que precisamos avaliar como ‘não-geriatras’? Como as caraterísticas de uma pessoa idosa podem influenciar a nossa prescrição ? Os objetivos e metas do tratamento são diferentes? A escolha das drogas é diferente ? Diabetes no idoso: Considerações terapêuticas Respostas... Por que estudar este tema específico? Pessoas idosas são todas iguais ? O que precisamos avaliar como ‘não-geriatras’? Como as caraterísticas de uma pessoa idosa podem influenciar a nossa prescrição ? Os objetivos e metas do tratamento são diferentes? A escolha das drogas é diferente ? Considerações gerais Definição dos objetivos e metas do tratamento: Individualização Escolha da melhor medicação/ Características do paciente Considerações especiais Status Funcional Síndromes geriátricas (fragilidade, demência) Comorbidades Expectativa de vida Polifarmácia (adesão, interação medicamentosa) ADA: Rastreamento periódico. Geriatric Depressão (↓adesão ao tratamento) Disfunção cognitiva (↑ADA: riscoMuitos de eventos adversos) casos não diagnosticados. com hipoglicemia.agudas) Ratreamento Incontinência urinária Associação (evitar descompensações Depression Scale. periódico. Tratamento simplificado. Risco de quedas (evitar hipoglicemias e hiperglicemia grave.) EDWPOP: Em >70 anos: rastrear em intervalos regulares. Minimental State Examination. American Diabetes Association. Diabetes in older adults: A consensus report.. 2012 European Diabetes Working Party for Older People 2011. Clinical Guidelines for Type 12 2.Diabetes Mellitus (EDWPOP) Perda da independência pessoal e social : cuidadores capacitados, dificuldade de transporte e comparecimento as consultas Diminuição da memória: esquecimento de refeições, do uso dos medicamentos, da monitorização Deficiência em solucionar problemas, tomar decisões e julgar: dificuldade em reconhecer e prontamente tratar episódios de hipoglicemia e hiperglicemia Redução da visão e audição Status Funcional Categoria 1: Funcionalmente independente Categoria 2: Funcionalmente dependente: -A- Fragilidade: fadiga, perda de peso, restrição de mobilidade e força, risco de quedas -B- Demência: disfunção cognitiva, desorientação, alterações de comportamento Categoria 3: Fim de vida IDF- Guideline Respostas... Por que estudar este tema específico? Pessoas idosas são todas iguais ? O que precisamos avaliar como ‘não-geriatras’? Como as caraterísticas de uma pessoa idosa podem influenciar a nossa prescrição ? Os objetivos e metas do tratamento são diferentes? A escolha das drogas é diferente ? Objetivos do Tratamento do Diabetes Eliminar sintomas da doença (hiper ou hipoglicemia) Evitar instabilidade glicêmica Melhorar a qualidade de vida Evitar complicações agudas Prevenir ou retardar complicações crônicas Reduzir mortalidade Diabetes no idoso: Considerações terapêuticas ? Controle glicêmico em adultos Metas de controle glicêmico recomendadas pela SBD Parâmetro Hb A1c Meta < 7% (B) Glicemia de jejum < 110 mg/dl (B) Glicemia pré-prandial <110 mg/dl (B) Glicemia pós-prandial <140 mg/dl (B) OBS: • A1c mantida nos valores mais baixos possíveis, sem aumentar desnecessariamente o risco de hipoglicemia, sobretudo em pacientes com doença cardiovascular e em uso de insulina Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes, 2015: A patient-centered approach Idosos com boa condição funcional e função cognitiva e significativa EDWPOP: Idosos sem comorbidades: A1c= 7-7,5% expectativa de vida devem ser tratados buscando alvos Idosos frágeis (alto os risco de determinados hipoglicemiapara e descompensação metabólica): A1c=7,6-8,5% adultos jovens. (E) ADA: Idosos com complicações avançadas, comorbidade grave e/ou expectativa de vida mais frouxos utilizando um critério individualizado. Entretanto, hiperglicemia < 5 anos: A1c=8-9% Alvos glicêmicos para idosos que não preenchem os critérios acima podem ser que cause sintomas ou risco de complicações agudas deve ser evitada em todos os pacientes. (E) INDIVIDUALIZAR O TRATAMENTO American Diabetes Association Respostas... Por que estudar este tema específico? Pessoas idosas são todas iguais ? O que precisamos avaliar como ‘não-geriatras’? Como as caraterísticas de uma pessoa idosa podem influenciar a nossa prescrição ? Os objetivos e metas do tratamento são diferentes? A escolha das drogas é diferente ? Antecipar dificuldades: por ex: dificuldade de deglutição Assegurar compreensão da prescrição Reforçar educação em diabetes de forma individualizada, considerando capacidade de compreensão e memória, déficit visual e/ou auditivo, habilidade manual e condição social. IDF guideline-2013 Considerar o tempo de duração do diabetes e as características clínicas do paciente: peso, sintomas, níveis de glicemia de jejum e pós-prandial e hemoglobina glicada. Droga: Potencial de redução da glicemia, efeitos extra-glicêmicos, perfil de segurança, tolerabilidade, posologia, custo. As drogas devem ser iniciadas na menor dose. Acompanhar a progressão da dose considerando as metas terapêuticas estabelecidas e/ou o desenvolvimento de eventos adversos. iSGLT2 Retardam a absorção de carboidratos (Acarbose) Lentificam o esvaziamento gástrico Suprimem glucagon Estimulam a secreção de insulina glicose dependente a produção excessiva de glicose no fígado (Metformina) (Incretinas) Redução da glicemia Estimulam a secreção de insulina (Sulfoniluréias e glinidas) a resistência periférica à insulina (Glitazonas) DeFronzo RA. Ann Intern Med 1999; 131:283-303 Intervenção Vantagens Desvantagens Redução de peso e atividade física Inúmeras Insuficiente para a maioria Metformina Ampla experiência Øhipoglicemia ↓eventos CV (UKPDS) Efeitos gastro-intestinais (diarréia e cólica) Deficiência de B12 Contra-indicações: IRC, acidose, hipoxia, desidratação Sulfoniluréias Ampla experiência Efeito rápido Ganho de peso Hipoglicemia Falência secundária Insulina Ampla experiência Sem limite de dose Efeito rápido Ganho de peso Hipoglicemia Custo (análogos) Logísitica TZDs (pioglitazona) Øhipoglicemia durabilidade Benefício do perfil lipídico Retenção de fluido, edema/ICC Ganho de peso Fraturas e CA bexiga (*) Glinidas (repaglinida) Efeito rápido Ganho de peso Posologia (3x/dia) Hipoglicemia Acarbose Peso ↔, Øhipoglicemia Sem efeito sistêmico Efeitos gastro-intestinais Posologia (3x/dia) Intervenção Vantagens Desvantagens Agonsita de GLP-1 -exenatide -liraglutide -lixisenatide) Øhipoglicemia Perda de peso* Redução glicemia pp Injetável -Efeitos gastro-intestinais (náuseas, vômitos, diarréia) -Segurança desconhecida a longo prazo -↑ FC --pancreatite aguda (*) alto custo Inibidores de DPP-IV -sitagliptina -vildagliptina -saxagliptina -linagliptina -aloglipitina Peso ↔ Øhipoglicemia Bem toleradas Angioedema/urticária Pacnreatite aguda (*) Hospitalização por IC (saxa*) iSGLT-2 -dapaglifozina -empaglifozina -canaglifozina Øhipoglicemia Perda de peso* Redução da PA * Atenção: Correção de dose na IRC exceto linagliptina. Infecções genitourinárias Poliúria Depleção de volume/hipotensão/tonteira ↑ LDL ↑ creatinina (transitório) Contraindicação: Disfunção renal Atenção! ↑ calciúria (FDA- monitorar fraturas) Em estudos curtos não houve alteração da densidade óssea ou de marcadores de reabsorção Cetoacidose ? (alerta recente FDA) ESWPOP: Idosos não obesos: secretagogos de insulina ou metformina. Idosos com obesidade: metformina Peso normal ou sobrepeso: metformina+ SU ou iDPP-4 Evitar glibenclamida em >70 anos. Insulinas: considerar pré-misturas e canetas. Considerar análogos de longa ação ao invés de NPH. ADA: Metformina primeira linha para a maioria dos idosos pelo baixo risco de hipoglicemia. Em idosos frágeis, considerar efeitos colaterais Evitar glibenclamida Glinidas para idosos com hábitos alimentares irregulares. IDF 2013 Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes, 2015: A patient-centered approach Management of Hyperglycemia in Type 2 Diabetes, 2015: A patient-centered approach Facilitar aplicação de insulina.... As metas terapêuticas e a escolha das medicações devem ser individualizadas e determinadas pelo objetivo principal do tratamento e condição clínica e suporte social do paciente • Duração do diabetes • Idade/expectativa de vida Comorbidades/ Síndromes geriátricas • Hipoglicemias assintomáticas • Fatores individuais de cada paciente • A educação em diabetes, voltada para o paciente, familiares ou cuidadores, talvez seja a principal meta a ser alcançada para prevenir complicações da doença Decisão compartilhada com o paciente/familiar