!"#$%&'()*+,-'#&*'!-./0+-+*'11! 234562347'829':/;/*.0/<! =>+#-#/'?$00+,$%-0'@=A!1?B'C' (A:1?B'DE:'!BFCG1B1:'11! Programa! "#!$%&'(%&)*!+%!*,-%./01%!!23,43*!56! •! •! •! •! •! •! 7%&*8)!*,-%.90134! $).(3:8)!+%!(%&1*0)*! ;&<,4)!+%!0)&=30=)! >3-143.1+3+%! ?@,3:8)!+%!A),&<BC3-430%! $%&'(%&)*!+%!=.3&*-).=%D!+1E,*8)!%!)*()*%! Tensão superficial O fenómeno da tensão superficial faz com que a superfície de um líquido se comporte como uma membrana. 3 Tensão superficial !! A força total sobre a molécula A é nula. !! !! É puxada de igual forma em todas as direcções. A força total sobre a molécula B não é nula. !! Não tem moléculas acima. 4 Tensão superficial !! !! !! O efeito efectivo da resultante destas forças em todas as moléculas da superfície do líquido faz com que o líquido se contraia. A superfície tende a adquirir a menor área possível. Exemplo: As gotas de água tomam a forma esférica visto a esfera apresentar a menor razão superfície/volume. 5 Tensão superficial sobre uma agulha !! !! !! A tensão superficial permite que uma agulha de aço flutue embora a sua densidade seja muito maior que a da água. A agulha provoca uma pequena depressão na superfície do líquido. As componentes verticais das forças exercidas pelo líquido contrabalançam o peso da agulha. 6 Equação da tensão superficial !! A tensão superficial é definida como a razão entre a intensidade das forças exercidas pela superfície do líquido (interface) e o comprimento ao longo da qual são exercidas. ou Ftot "= L tot no caso de existirem várias interfaces. !! Unidade SI: N/m 7 ! Tensão superficial em termos de energia !! !! As unidades da tensão superficial podem escrever-se em termos de energia por unidade de área. Um sistema está em equilíbrio quando a sua energia é mínima. 8 Medição da tensão superficial !! A força é medida quando o anel se liberta do líquido. "= !! ! !! Ftot F = L tot 2L A força F é a força exercida descontado o peso do anel. O factor 2L resulta das forças actuarem do lado de dentro e do lado de fora do anel. 9 Notas sobre a tensão superficial !! !! A tensão superficial dos líquidos diminui com o aumento da temperatura. A tensão superficial pode diminuir por acção de substancias adicionadas ao líquido e que se chamam surfactantes. !! O detergente é um exemplo de surfactante. 10 11 Caminhando sobre a água Força total exercida de cada lado da pata do insecto Admitindo que a ponta da pata do insecto é semi-esférica perímetro da extremidade da pata Componente vertical da força F Fv mg 12 Se o insecto não se afunda as forças em presença têm que se equilibrar 6 patas Se o insecto tiver uma massa de 0,02 g (pequenito) e um raio da pata de 0,15 mm obtermos para o ângulo 13 Um olhar mais próximo s/ a superfície dos líquidos: adesão e coesão Mercúrio Água 14 Um olhar mais próximo s/ a superfície dos líquidos: adesão e coesão !! A forma dos meniscos depende: !! !! !! das forças de coesão interiores ao líquido das forças de adesão entre o líquido e as paredes dos contentores Surgem fenómenos de capilaridade que resultam na subida/descida do líquido pelos contentores (poros) 15 Um olhar mais próximo s/ a superfície dos líquidos: adesão e coesão !! !! !! Chamam-se forças de coesão (ou coesivas) às forças entre as moléculas do líquido. Chamam-se forças de adesão (ou adesivas) às forças entre as moléculas do líquido e, por exemplo, as do contentor (forças entre moléculas diferentes). A forma da superfície de contacto entre o líquido e um meio exterior depende da relação entre essas forças. 16 Superfície de contacto Líquido-Sólido: caso 1 !! No caso em que as forças adesivas são superiores às forças de coesão: !! !! O líquido sobe pelas paredes do contentor. Diz-se que o líquido molha a superfície de contacto. 17 Superfície de contacto Líquido-Sólido: caso 2 !! Se as forças de coesão são superiores às forças adesivas: !! !! O líquido encurva para baixo na interface Diz-se que o líquido não molha a superfície de contacto. 18 Capilaridade !! !! !! É o fenómeno que resulta do jogo entre as forças de tensão superficial e as forças adesivas. O líquido sobe no tubo quando as forças adesivas são maiores que as forças de coesão. Na linha de contacto entre o líquido e a superfície, as forças resultantes apontam para cima. 19 Altura de subida no tubo " Intensidade da força de tensão/adesão " Componente vertical da força " Peso da coluna de líquido Condição de equilíbrio: Se a coluna está em equilíbrio, o peso é equilibrado pela componente vertical das forças de tensão/adesão: Fv !" 20 Capilaridade em acção !! !! Quando as forças de adesão são menores que as forças de coesão, o líquido desce no tubo. As forças resultantes apontam para baixo neste caso. 21 Capilaridade em acção Pressão diferencial na zona do menisco: Força exercida no sentido ascendente: P=pA=( "gh ) (#r 2 ) Componente vertical da força de tensão/adesão: ! Equilíbrio: !" A profundidade é dada pela mesma expressão. 22 Ângulo de contacto: 23 Ângulo de contacto: adesão e coesão !! !! Se o ângulo de contacto, ! < 90°, as forças adesivas são maiores que as forças de coesão. Se o ângulo de contacto, ! > 90°, as forças de coesão são maiores que as forças adesivas. 24 Efeito Lotus Molhabilidade de superfícies A molhabilidade (wetting) de uma superfície está relacionada com o ângulo de contacto. Quanto maior o ângulo de contacto menos molhável é a superfície Má molhabilidade !>90º Superfície hidrófobas: São superfícies com baixa (má) molhabilidade boa molhabilidade !<90º Molhabilidade Completa !=0º Superfícies hidrófilas: são superfícies com boa molhabilidade ou molhabilidade completa 25 Ângulo de contacto, molhabilidade e balaço entre forças de Adesão / Coesão Em resumo, temos as seguintes relações entre o ângulo de contacto, molhabilidade e balanço entre as forças de adesão coesão ÂNGULO DE CONTACTO (em graus) GRAU DE MOLHABILIDADE FORÇAS DE ADESÃO (interacções sólido líquido) FORÇAS DE COESÃO (interacções líquido - liquido) !=0 Molhabilidade completa Muito fortes Muito fracas 0<!<90 Molhabilidade elevada Fortes Fracas Médias Médias 90"!<180 Baixa molhabilidade Fracas Fortes !=180 Molhabilidade nulas Muito fracas Muito Fortes 26 A equação de Young-Laplace A forma de uma gotícula resulta do balanço de forças de pressão interiores e exteriores à superfície de contacto líquido – gas e da tensão superficial da gota. Este balanço é descrito pela equação de Young – Laplace: $1 1' "p = # & + ) % r1 r2 ( gas onde r1 e r2 são os raios de curvatura da gotícula, ", é a ! tensão superficial, e líquido "p = plíquido # pgas 27 ! A equação de Young-Laplace A equação de Young-Laplace permite determinar experimentalmente a tensão superficial dos líquidos, através do método da gotícula pendente. Este método consiste em medir os raios (r1 e r2) de curvatura de uma gota pendente e determinar a deformação da gota para calcular a pressão diferencial !p="gh "= #p 1/r1 + 1/r2 28 29 30