SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL
PORTAL DIA A DIA EDUCAÇÃO
SEQUÊNCIA DE AULAS - GEOGRAFIA
1. Nível de ensino: 6º Ano – Ensino Fundamental
2. Conteúdo Estruturante:
* Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
* Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico
* Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico
2.1 Conteúdo Básico:
* Formação e transformação das paisagens naturais e culturais
* A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais
2.2 Conteúdo Específico:
* Origem da água; distribuição da água no Planeta; ciclo hidrológico; importância da água.
* A importância dos rios; características dos rios; hierarquia fluvial (redes hidrográficas); uso da
água dos rios; degradação dos rios.
* As formas de relevo.
3. Objetivo:
* Conhecer como se originou a água no Planeta Terra; identificar a distribuição da água no
Planeta; compreender a importância da água.
* Justificar a importância dos rios; descrever as características dos rios; compreender a hierarquia
fluvial; identificar a utilização e degradação da água dos rios pelo homem.
*Identificar as diferentes formas do relevo.
4. Número de aulas estimado: 06 aulas
5. Recursos:
* quadro, giz, mapa-múndi, TV pen-drive, vídeos, imagens, simuladores, laboratório de
informática.
6. Justificativa:
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Geografia para a Educação Básica, a compreensão
do objeto de estudo da Geografia – o espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa
disciplina. Desta forma, cabe ao professor utilizar recursos e temas diversos afim de que se
alcance o objetivo proposto.
Busca-se, por meio desta sequência de aulas referente aos rios e às formas de relevo, propor ao
educador uma possibilidade de estudo do espaço geográfico.
7. Encaminhamento:
Primeira aula:
Tema central: As Águas do Planeta
Faz-se necessário deixar claro aos educandos quais os objetivos da aula: conhecer como se
originou e como se dá a distribuição da água pelo planeta.
Questiona-se os educandos sobre o que eles pensam a respeito da água, se a consideram
importante para a manutenção da vida na Terra, se conhecem sua origem e distribuição pelo
Planeta.
Aborda-se, na sequência, a dinâmica da água, passando ligeiramente por sua origem (vídeo:
Formação da Água no Planeta) e distribuição pelo Planeta, utilizando o mapa- múndi, destacando
os estados em que a mesma se encontra (sólido, líquido, gasoso).
Posteriormente, leva-se os educandos ao laboratório de informática para que aprendam como
funciona o Ciclo da Água através de um simulador.
Por fim, dialoga-se com os educandos a respeito da importância da água para a vida na Terra.
Recursos Didáticos:
Vídeo: Poeira nas Estrelas Parte 8 – Formação do nosso Planeta. Disponível em:
http://www.fisica.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=10494
Simulador: Ciclo da Água – Disponível em:
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/links/links.php?ini=C&categoria=21 (segunda coluna)
Segunda aula:
Tema central: Os Rios1
Explica-se o objetivo da aula: conhecer o que é um rio, suas características e sua importância.
Inicia-se a aula questionando os educandos a respeito dos rios, buscando relacionar o conteúdo
com a realidade local, destacando, se possível, a importância do rio que se localiza nas
proximidades da escola: pode ser um afluente de um rio de maior importância, ou pode ser o rio
de onde se extrai a água para abastecer a população da cidade/comunidade rural, sendo esta
uma forma de utilização das águas dos rios pelo homem.
Dá-se a definição de rio perene e rio intermitente com exemplos práticos (de preferência, de rios
do entorno da escola, ou de onde vivem os educandos, com fotografias ou com os nomes dos
rios, que os próprios educandos podem saber qual é) e posteriormente no quadro. Também deve1 De acordo com a hierarquia e o regionalismo, os cursos d’água recebem diferentes nomes genéricos: córrego,
ribeirão, lajeado, sanga, arroio, igarapé, etc.
se definir o que são as bacias hidrográficas, o que é jusante, montante, quais são as áreas onde
ocorrem maior erosão e as áreas de deposição de sedimentos, dizendo porque isso acontece
(imagem: Esquema de um rio).
Com o auxílio de um mapa hidrográfico (imagem: Mapa do Brasil: bacias hidrográficas),
identificam-se as bacias hidrográficas, verificando dentro de qual bacia hidrográfica está localizada
sua escola, o córrego/rio que passa nas proximidades da escola ou da casa dos educandos.
Pode-se, também, utilizar um mapa do estado ou do município.
Em seguida, através de um diálogo com os alunos, trabalha-se a utilização da água dos rios pelo
homem (irrigação, geração de energia) e também a poluição dos mesmos.
- Algumas definições:
Bacia Hidrográfica: Conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes.
Rio: Curso d’água natural que deságua em outro rio, lago ou mar. Os rios levam as águas
superficiais, realizando uma função de drenagem, ou seja, escoamento das águas. Seus cursos
estendem-se do ponto mais alto (nascente ou montante) até o ponto mais baixo (foz ou jusante),
que pode corresponder ao nível do mar, de um lago ou de outro rio do qual é afluente.
Sanga: Córrego que seca com facilidade. Um riacho com apenas 1.5 a 2 metros de largura.
Córrego: é uma denominação dada a um corpo de água corrente de pequeno porte.
Rotineiramente, é utilizado para se referir a algo de menor tamanho que um riacho.
Riacho: pequeno rio.
Ribeirão: Curso de água maior do que um regato, mas menor que um rio.
Regato: Corrente de água pouco considerável; pequeno ribeiro, riacho, córrego, arroio.
Arroio: Nos países tropicais, canal natural ou artificial, que liga cursos de água.
Olho d'Água: Nascente de um rio.
Rios perenes: São rios cujas águas não secam, mesmo nos períodos de pouca precipitação.
Esses rios são muito importantes em regiões de climas seco, árido e semiárido, principalmente na
agricultura.
Rios temporários ou intermitentes: São rios temporários que secam nos períodos com pouco ou
nenhum volume de precipitação.
Recursos Didáticos:
Imagem: Mapa do Brasil: bacias hidrográficas. Disponível em:
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=331&evento=5
Imagem: Hidrografia: Esquema de um rio - Disponível em:
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1514&evento=7
Terceira Aula:
Tema central: O relevo
Inicia-se a aula esclarecendo o objetivo: identificar as diferentes formas de relevo.
Pergunta-se aos educandos o que eles compreendem por relevo e se eles já ouviram falar em
curvas de nível.
Em seguida, explica-se com o uso de imagens, quais são as principais formas de relevo:
planaltos, planícies, depressões e cadeias de montanhas e faz-se uma breve definição do que são
as curvas de nível, também utilizando uma imagem.
Obs.: Em um outro momento, trabalha-se os agentes internos e externos modeladores do relevo.
Após as explanações, é importante passar no quadro a definição das diferentes formas de relevo:
O relevo pode ser definido como o conjunto de formas apresentadas na superfície terrestre. No
mundo, existem diversos tipos de relevo, porém os principais são: as planícies, os planaltos, as
depressões e as montanhas.
As planícies correspondem às superfícies relativamente planas. Ocorrem fundamentalmente por
meio de acumulação de sedimentos, sendo lugares desprovidos de grandes processos erosivos.
Podem ser formadas quando há o acúmulo de sedimentos, transportados por rios; nesse caso a
planície é do tipo aluvial. Quando a planície é formada por sedimentos oriundos do transporte de
águas marítimas, é denominada de planície do tipo costeira. Quando um lago é soterrado, a
planície é denominada de lacustres. E, por fim, no caso de transporte de sedimentos por meio dos
ventos, a planície é do tipo eólica.
Os planaltos apresentam configuração de superfície ondulada ou topografia acidentada. Em áreas
de relevo do tipo planalto, as altitudes não ultrapassam os 300 metros acima do nível do mar. A
formação dos planaltos possui duas origens: sedimentar ou cristalina. Esse tipo de relevo passa
por constantes processos erosivos.
As depressões correspondem a um tipo de relevo que possui superfície localizada abaixo das
áreas vizinhas ou ao redor. Existem dois tipos de depressão: absoluta ou relativa. As depressões
do tipo absoluta são aquelas que estão abaixo do nível do mar, e as depressões relativas são
aquelas que estão acima do nível do mar. As depressões são regiões que sofreram um intenso
processo erosivo.
As montanhas são grandes elevações naturais do terreno, com altura superior a 300 m,
constituídas por uma ou mais elevações. O pico é o ponto mais elevado de um morro, montanha
ou serra.
A curva de nível é uma maneira de se representar graficamente as irregularidades, ou o relevo, de
um terreno. Imagine uma montanha de 800 metros vista de cima. Seu formato é irregular, logo, se
traçarmos uma linha contornando-a a 700 metros o desenho do contorno (uma curva) será
diferente, e menor, daquele que fizermos contornando-a a 100 metros, mais próximo da base.
Esse desenho do contorno a uma dada altitude, que deve ser a mesma em todos os pontos da
linha, é a chamada curva de nível e serve para representar o relevo de algum local nas plantas
topográficas. As curvas de nível são sempre paralelas entre si.
Para encerrar, pode-se trabalhar com o simulador A energia dos rios para fixar o conteúdo e
revisar a aula passada.
Recursos Didáticos:
Imagem: Relevo: Diferentes Formas. Disponível em:
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1515&evento=7
Imagem:Esquema do Relevo – Perfil. Disponível em:
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1516&evento=7
Imagem: Curvas de Nível. Disponível em:
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1062&evento=1
Imagem: Montanha – Cordilheira dos Andes. Disponível em:
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=706&evento=7
Imagem: Montanha – Monte Fuji. Disponível em:
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=965&evento=7
Imagem: Montanha – Montes Urais. Disponível em:
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1018&evento=7
Imagem: Bioma Pradaria. Disponível em:
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=880&evento=7
Imagem: Pantanal (Planície). Disponível em:
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1025&evento=7
Imagem: Planície. Disponível em:
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1517&evento=7
Imagem: Planalto e Depressão. Disponível em:
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1518&evento=7
Imagem: Planalto. Disponível em:
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1519&evento=7
Simulador: A Energia dos Rios. Disponível em:
http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/links/links.php?ini=A&categoria=21
Quarta e quinta Aulas: Aula de Campo
Após a definição dos conceitos necessários, realiza-se a aula de campo, com o intuito de ver, na
prática, o que se aprendeu em sala de aula.
Primeiramente, o professor deve definir o local a ser visitado: um córrego nas proximidades da
escola, o rio que abastece a cidade...
Para organizar-se e facilitar a atividade, é importante elaborar um roteiro de pesquisa para os
educandos, pode ser simples, mas que possibilite ao educando perceber o que o mesmo deve
observar no campo e realizar anotações, ou, responder perguntas.
Segue uma sugestão de roteiro de perguntas:
1. Qual é o nome deste rio?
2. Qual é o regime fluvial deste rio? Perene (
) Intermitente (
)
3. No rio ... ocorrem os processos de erosão, transporte e deposição de sedimentos? Em que
parte deste rio o processo de erosão acontece em maiores proporções? Por quê?
4. O rio em questão é afluente de outro rio? De qual?
5. Este rio e seus afluentes formam o quê?
6. O que é que separa uma bacia hidrográfica de outra?
7. O que são os divisores de água?
8. É possível a navegação neste rio? Por quê? E a geração de energia?
9. Nesta parte do rio nós temos mata ciliar? Ela é importante? Pra que ela serve?
10. Em que parte do relevo localiza-se o rio?
11. Há lixo dentro do rio? Descreva o que você está vendo.
12. Quanto tempo o lixo que se encontra dentro do rio leva para se decompor?
13. Quais são as doenças relacionadas à falta de tratamento da água e coleta e destinação
adequada do lixo?
Obs.: Cabe ao professor realizar uma visita prévia ao local da realização da aula de campo para
realizar uma avaliação de riscos.
Sexta Aula: pós-campo
Na aula seguinte, o professor retoma a aula de campo, deixando espaço para que os educandos
exponham suas ideias, o que perceberam, o que anotaram, o que estava certo ou errado nas
proximidades do córrego/rio.
Também é possível realizar a atividade juntamente com o professor de Ciências, trabalhando a
questão da poluição e das doenças relacionadas ao lançamento de lixo e esgoto nos rios,
podendo ser realizada uma pesquisa relacionada ao tempo de decomposição do lixo.
Após as exposições dos educandos, pede-se que relacionem a teoria com a prática: o que eles
estudaram nas aulas de geografia e viram na prática que faz parte do cotidiano dos mesmos?
(tipo de rio, afluentes, erosão, formas de relevo, uso da água, poluição...). A atividade pode ser
realizada no caderno ou entregue ao professor.
8. Relações interdisciplinares: é possível realizar a aula de campo e o pós-campo junto
com o professor de Ciências, trabalhando a questão da poluição e das doenças relacionadas ao
lançamento de lixo e esgoto nos rios.
9. Aprendizagem Esperada
Espera-se que os educandos compreendam a distribuição da água pelo planeta, o seu ciclo e sua
importância para a vida na Terra. Espera-se, também, que os educandos identifiquem as
diferentes formas de relevo e sua relação com os rios, ou seja, que estão inseridos em uma bacia
hidrográfica, que a água que utilizam em seu dia a dia vem, provavelmente, de um rio.
10. Referências:
Brasil Escola. Águas Continentais. Disponível em: http://www.brasilescola.com/geografia/aguascontinentais.htm. Acesso em: 18 jul. 2012.
Dicionário online de Português. Definição dos Cursos d'Água. Disponível em:
http://www.dicio.com.br/. Acesso em: 18 jul. 2012.
Dicionário inFormal. Definição dos Cursos d'Água. Disponível em:
http://www.dicionarioinformal.com.br/. Acesso em: 18 jul. 2012.
FREITAS, E. de. Formas de relevo. Disponível em:
http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/formas-relevo.htm. Acesso em: 18 jul. 2012.
Grupo Escolar. Montanha. Disponível em: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/montanha.html.
Acesso em 18 jul. 2012.
InfoEscola. Curva de Nível. Disponível em: http://www.infoescola.com/cartografia/curva-de-nivel/.
Acesso em: 18 jul. 2012.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia para a
Educação Básica. Curitiba: Seed, 2008. Disponível em:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/diretrizes/dce_geo.pdf Acesso em: 17 jul.
2012.
Plataforma Montanhas, Vales, Vida e Cidadania. Definição de Rio. Disponível em:
http://plataforma-montanhas.rio20.net/2011/12/24/definicao-instituto-brasileiro-de-geografiaestatistica-links-importantes/. Acesso em: 18 jul. 2012.
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