As 2 grandes falhas da contabilidade

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Bertolo
As 2 grandes falhas da contabilidade
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As 2 grandes falhas da contabilidade
Ronald Domingues
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Atos, fatos e transações são todos objetos de registro nos sistemas de contabilidade de uma
forma geral. Por sua vez, as demonstrações contábeis são comumente uma das bases de estudo e de
avaliação de empresas. Todo analista que busca alcançar sucesso em suas considerações possui o
grande dever de considerar as duas grandes lacunas deixadas pela dinâmica contábil aos seus mais
importantes usuários.
A primeira imperfeição é a insistência na utilização empírica do valor histórico simples. É
mais do que evidente que mesmo em economias aparentemente estáveis o ato de apresentar dados
baseando-se no valor histórico simples é um grave erro. Dizer que um real hoje tem o mesmo valor
que um real amanhã é, no mínimo, uma mentira. Faz-se assim necessária a utilização do valor
histórico corrigido, ou seja, o valor real do registro. Este nada mais é do que aquele valor histórico
submetido às devidas atualizações que, dependendo da classificação da conta, deverão ser efetivadas
via correção monetária tradicional, valor de mercado ou custo de reposição.
Aplicar a correção monetária tradicional trata-se de deflacionar os valores de acordo com o
índice de preços que reflita a realidade do agregado em que a empresa se insere. A dinâmica do valor
de mercado acaba por eliminar os chamados "lucros" ou "prejuízos" na alienação de bens. Na verdade
isso não existe! Quando o sistema contábil afirma que um bem foi vendido por um valor superior ao
registrado, na verdade o valor registrado é que está abaixo do valor do bem. O mesmo ocorre quando
a situação é inversa. Aliás, o valor de qualquer coisa é sempre o valor que se paga por ela, ou seja,
seu valor de mercado. O outro método utilizado é aquele relacionado ao custo de reposição, segundo
o qual, em determinadas operações, o custo de uma mercadoria, de um componente, de um insumo
estocado, etc. é sempre aquele valor necessário à aquisição de um novo volume a título de
manutenção da atividade ou do processo, assegurando assim que a empresa não tenha duração prédeterminada, ou seja, ela não é "perecível".
A segunda grande falha da contabilidade é a completa desconsideração dos consagrados
custos de oportunidade do capital. Não podemos aceitar que a um custo de oportunidade de 5% por
período um lucro contábil de 2% apresentado por uma empresa possa ser chamado de resultado
positivo. Inexistindo base para alegações contrárias a esse conceito, aproveitamos apenas para
reforçar que o cálculo do custo de oportunidade de capital deve considerar a mesma taxa de risco do
empreendimento em análise e que toda projeção de fluxo de caixa futuro deve ser estudada com base
no valor presente desse mesmo fluxo.
Resumo:
As 2 grandes imperfeições da contabilidade são a insistência em considerar o valor histórico
simples e desconsiderar o custo de oportunidade. Obviamente, tais falhas na dinâmica contábil,
devem ser solucionadas da seguinte forma:
Bertolo
As 2 grandes falhas da contabilidade
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1º - Aplicando-se o valor histórico corrigido através de correção monetária, valor de mercado, e custo
de reposição.
2º - Considerar o custo de oportunidade levando-se em consideração a diferença entre resultado e
custo de oportunidade do capital e ainda o fluxo futuro de caixa.
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