UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ ± UTP - TCC On-line

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ ± UTP
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
Louise Alessandra Coninck Valverde
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR E RELATO DE CASO
CURITIBA
2011
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR E RELATO DE CASO
CURITIBA
2011
Louise Alessandra Coninck Valverde
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR E RELATO DE CASO
Relatório de Estágio e Relato de Caso com
Revisão
Bibliográfica
Apresentados
ao
Curso de Medicina veterinária da Faculdade
de Ciências Biológicas da Universidade
Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para
a obtenção do Grau de Medicina veterinária.
Área
de
Concentração:
Oftalmologia
e
Cirurgia Veterinária.
Orientador
Acadêmico:
Médico
Veterinário Milton Mikio Morishin Filho,
Professor
Técnica
Assistente
Cirúrgica
e
de
Disciplina
Clínica
de
Cirúrgica
Veterinária do Curso de Medicina Veterinária
da Universidade Tuiuti do Paraná.
CURITIBA
2011
Reitor
Prof. Luiz Guilherme Rangel Santos
Pró-Reitor Administrativo
Sr. Carlos Eduardo Rangel Santos
Pró-Reitora Acadêmica
Prof ª. Carmen Luiza da Silva
Pró-Reitor de Planejamento
Sr. Afonso Celso Rangel Santos
Diretor da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde
Profº. João Henrique Faryniuk
Coordenador do Curso de Medicina Veterinária
Prof ª. Ana Laura Angeli
Campus Prof. Sydnei Lima Santos (Barigüi) e Reitoria
R. Sydnei Antônio Rangel Santos
CEP 82.010-330 ± Santo Inácio
Fone (41) 3331-7700
TERMO DE APROVAÇÃO
Louise Alessandra Coninck Valverde
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR E RELATO DE CASO
Esta Apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso foi julgada e aprovada
para a obtenção do título de graduação no curso de Medicina Veterinária da
Universidade Tuiuti do Paraná.
Curitiba, 21 de Junho de 2011
_____________________________________
Curso de Medicina Veterinária
Universidade Tuiuti do Paraná
Orientador:
Esp, Médico Veterinário Milton Mikio Morishin Filho
Professor Assistente da Disciplina de Técnica Cirúrgica e
Clínica Cirúrrgica Veterinária do curso de Medicina
veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná.
Msc, Médica Veterinária Marúcia de Andrade Cruz
Professora Assistente das Disciplinas de Clínica Médica de
Pequenos Animais, Fisiopatologia da Reprodução e
Biotécnologia da Reprodução do curso de Medicina
Veterinária da UniversidadeTuiuti do Paraná.
Msc, Médica Veterinária Lucyenne Giselle Popp Brasil
Queiroz Professora Assitente das Disciplinas de Patologia
Geral e Patologia Sitêmica do curso de Medicina
Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná
DEDICATÓRIA:
Dedico este trabalho a Deus em primeiro
lugar e a meus pais e familiares que se
orgulham muito de mim. Aos animais, aos
amigos. Aos mestres por toda sua
paciência e por acreditarem no meu
potencial.
Agradecimentos:
Agradeço antes de tudo ao meu mestre Milton Mikio Morishin Filho, pela
paciência, e pela confiança, e por todo o apoio que tem me dado.
Ao Doutor Carlos Roberto de Assis médico veterinário, que me deu a
oportunidade de conhecer a área pela qual me interessei.
Aos meus pais e familiares por sempre me estimularem e apoiarem nos
momentos difíceis.
Aos Residentes da Cirurgia de Pequenos Animais da UNESP de
Botucatu.
As Mestrandas e Doutorandas da Oftalmologia da UNESP de Botucatu.
Aos mestres da Universidade Tuiuti do Paraná pela paciência que
obtiveram para comigo ao longo destes anos.
Aos docentes da UNESP
As amigas Natalie Merlini e Vivian Lima dos Santos pelo apoio
inestimável.
Aos amigos e amigas pela diversão.
Aos colegas que me acompanharam nesse trajeto.
As minhas queridas meninas Itália, Jóia e Putina, pelo carinho
inigualável, em memória de Cissa e Tequila que muito me ensinaram a respeito
dos animais.
As Minhas amigas, Emiliane Largura, Karina Melo e Paola Perine, pela
dedicação.
SUMÁRIO:
1. Apresentação do TCC.................................................................09
2. Lista de Siglas..............................................................................10
2.1. Lista de Tabelas........................................................................12
2.2. Lista de Figuras.........................................................................13
3. Apresentação................................................................................14
3.1. Descrição do estágio e do local...............................................15
4. Relato de Caso- Fibrossarcoma Mandibular
em um felino................................................................................28
4.1. Resumo.....................................................................................28
4.2. Abstract.....................................................................................29
4.3. Introdução.................................................................................30
4.4. Revisão Literária.......................................................................31
4.4.1. Fibrossarcoma.......................................................................31
4.4.2. Diagnósticos Diferenciais do Fibrossarcoma....................33
4.4.2.1. Osteossarcoma..................................................................33
4.4.2.2. Épulides.............................................................................36
4.4.2.3. Ameloblastoma..................................................................37
4.4.2.4. Carcinoma de Células Escamosas..................................39
4.4.2.5. Melanoma Maligno............................................................41
4.4.3. Tratamento e Sinais Clínicos de tumores orais................43
4.5. Caso Clínico............................................................................44
4.5.1. Anestesia..............................................................................45
4.5.2. Procedimento Cirurgico.......................................................46
4.5.3. Histopatológico.................................................................47
4.6. Discussão..............................................................................49
4.7. Conclusão..............................................................................52
4.8. Referências............................................................................53
5. Errata........................................................................................58
1. APRESENTAÇÃO DO TCC:
O presente trabalho foi elaborado em cima de um caso clínico presenciado
na Universidade Estadual PaulistD ³-XOLR 0HVTXLWD )LOKR´ FRP RULHQWDomR do
Professor Milton Mikio Morishin Filho, feito como requisito básico para o título
de graduação em medicina veterinária.
9
2. LISTA DE SIGLAS:
ALT: Alanina Aminotransferase
CCE: Carcinoma de Células Escamosas
cm: Centímetros
DCF: Displasia Coxo Femoral
DDIV: Doença de Disco Inter Vertebral
DRC: Doença Renal Crônica
FA: Fosfatase Alcalina
FeLV: Vírus da Leucemia Felina
FeSV: Vírus do Sarcoma Felino
GGT: Gama Glutamil Tranferase
h: horas
HV: Hospital Veterinário
IM: Intra Muscular
IV: Intra Venoso
KCS: Ceratoconjutivite seca
mg: Miligramas
mg/Kg: Miligramas por quilo
ml: Mililitros
PIO: Pressão Intra Ocular
RLCCr: Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial
R1: Residente 1° ano
R2: Residente 2° ano
10
SRD: Sem Raça Definida
T: Vértebra Torácica
TCE: Trauma Crânio Encefálico
TGI: Trato Gastro Intestinal
TR: Trato Respiratório
TGU: Trato Geniturinário
UNESP: Universidade Estadual Paulista
%: Por cento
µg/kg/h: micrograma por quilo por hora
11
2.1 LISTA DE TABELAS:
TABELA 1: Procedimentos cirúrgicos acompanhados no Serviço de Cirurgia de
Pequenos Animais ± UNESP ± Botucatu, 01 de março a 29 de abril de 2011,
divididos por especialidades.................................................................Página 17
TABELA 2: Casuística do atendimento ambulatorial no serviço de Cirurgia de
Pequenos Animais ± UNESP ± Botucatu, no período de 01 a 31 de Março de
2011......................................................................................................Página 18
TABELA 3: Casuística do atendimento ambulatorial no serviço de Cirurgia de
Pequenos Animais ± UNESP ± Botucatu, no período de 01 a 30 de Abril de
2011......................................................................................................Página 19
TABELA 4: Procedimentos cirúrgicos realizados pelo Serviço de Oftalmologia ±
UNESP ± Botucatu no período de 02 a 31 e Maio de 2011..................Página 24
TABELA 5: Casuística do atendimento ambulatorial no serviço de Oftalmologia
± UNESP ± Botucatu, no período de 02 a 31 de Maio de 2011............Página 25
12
2.2. LISTA DE FIGURAS:
FIGURA 1: Cirurgia de Pequenos animais...........................................Página 16
FIGURA 2: Ambulatório 1.....................................................................Página 21
FIGURA 3: Ambulatório 1.....................................................................Página 21
FIGURA 4: Ambulatório 2.....................................................................Página 22
FIGURA 5: Centro Cirúrgico UNESP....................................................Página 23
FIGURA 6: Tonopen (aparelho que mede a PIO).................................Página 27
FIGURA 7: Aspecto do Osteossarcoma mandibular em cão .............Página 34
FIGURA 8: Osteossarcoma estimulado por prótese ortopédica em gato
..............................................................................................................Página 35
FIGURA 9: Épulides em cão.................................................................Página 37
FIGURA 10: Aspecto do Ameloblastoma em gato................................Página 38
FIGURA 11: Carcinoma escamoso em gato doméstico.......................Página 40
FIGURA 12: Aspecto de Melanoma Maligno em cão.......................... Página 42
FIGURA 13: Aspecto do Fibrossarcoma em gato doméstico...............Página 45
FIGURA 14: Aparência Cosmética no pos operatório de Mandibulectomia e
Queiloplastia ........................................................................................Página 47
FIGURA 15: Aspecto da massa Tumoral, e ramo mandibular direito com lise
óssea....................................................................................................Página 48
13
3. APRESENTAÇÃO:
Hoje em dia o mercado que move a Medicina Veterinária para pequenos
animais, vem se aperfeiçoando, e cada vez mais os profissionais têm buscado
especializações e conhecimentos para manter a qualidade dos seus serviços.
Os proprietários de animais de companhia estão buscando qualidade de
vida para seus animais. Com isso hoje em dia estes animais tem uma
expectativa de vida ampliada.
A partir dessa soma, cada vez mais as universidades e instituições de
ensino estão ampliando a quantidade de cursos oferecidos, bem como pós
graduação e cursos de aperfeiçoamento.
A ciência veterinária vem ampliando os conhecimentos nos vários ramos
existentes, obrigando assim os profissionais a especializarem-se em suas
respectivas área. A fim de propiciar a clientela qualidade de serviço bem como
satisfação da necessidade dos mesmos, no tocante ao atendimento desejado,
eficaz e de forma correta, com isso valorizando a profissão.
14
3.1 DESCRIÇÃO DO LOCAL E ATIVIDADES DO ESTÁGIO:
$ 8QLYHUVLGDGH (VWDGXDO 3DXOLVWD 81(63 ³-XOLR GH 0HVTXLWD )LOKR´
localiza-se na cidade de Botucatu no estado de São Paulo. Existindo dois
campi: Rubião Junior - distrito vizinho a Botucatu, e Fazenda Lageado. Além de
mais duas fazendas experimentais: Edgárdia e São Manuel.
No campus de Rubião Junior localiza-se o HV. Estruturado em
departamentos que oferecem os seguintes serviços: Clínica Médica de
Pequenos e Grandes Animais; Cirurgia de Pequenos e Grandes Animais;
Anestesiologia, Acupuntura, Oftalmologia; Fisioterapia; Neurologia; Laboratório
Clínico; Patologia Animal; Radiologia (Radiologia, Ultrasonografia e Tomografia
Computadorizada);
Moléstias
Infecciosas;
Higiene
e
Saúde
Pública;
Planejamento Animal; Inspeção Sanitária; Zoonoses e Parasitologia.
O Estágio foi realizado no serviço de Cirurgia de Pequenos Animais
(FIGURA 1) pertencente ao departamento de Cirurgia e Anestesiologia no
período de 01 de março a 31 de abril e na Oftalmologia no período de 02 a 31
de maio.
15
Figura 1: Cirurgia de Pequenos Animais
A casuística do Serviço de Cirurgia de Pequenos Animais foi dividida em
Centro Cirúrgico (TABELA 1) e Atendimento Ambulatorial referente ao mês de
Março de 2011 (TABELA 2) e Abril de 2011 (TABELA 3).
16
TABELA 1 - Procedimentos cirúrgicos acompanhados no Serviço de Cirurgia
de Pequenos Animais ± UNESP ± Botucatu, 01 de março a 29 de abril de 2011,
divididos por especialidades.
TIPO DE PROCEDIMENTO
NÚMERO DE CASOS
%
Ortopedia
29
44%
Oncologia
13
20%
Trato Gastrointestinal
5
7%
Amputações
4
6%
Trato Genitourinário
4
6%
Hérniorrafia
3
4%
Laparotomia Exploratória
2
3%
Plastias
2
3%
Reação ao fio
2
3%
Trato Respiratório
2
3%
Otologia
1
1%
TOTAL
67
100%
Tabela 1: Nesta tabela estão catalogados os procedimentos cirúrgicos
realizados pelo departamento de cirurgia do HV da UNESP de Botucatu. De um
total de 67 cirurgias: 44% delas eram cirurgias ortopédicas dentre elas
osteossíntese, Reconstrução de Ligamento Cruzado Cranial e Patelopexia,
Trocleoplastia; 20% eram cirurgias oncológicas em sua maioria mastectomia e
nodulectomia; 7% eram cirurgias do TGI incluindo enteroanastomose,
gastropexia, enterectomia; 6% eram cirurgias de amputação e do TGU como
cistotomia; 4% eram herniorrafias; 3% eram Laparotomias Exploratórias,
17
Plastias, Reações ao fio e cirurgias do TR como lobectomia; e 1% eram
cirurgias otológicas um caso de ablação de conduto.
TABELA 2 ± Casuística do atendimento ambulatorial no serviço de Cirurgia de
Pequenos Animais ± UNESP ± Botucatu, no período de 01 a 31 de Março de
2011.
ÁREA
NÚMRO DE CASOS
%
Ortopedia
99
40%
Oncologia
95
38%
Trato Geniturinário
16
6%
Feridas
12
5%
Trato Gastrointestinal
11
4%
Traumas Crânio Encefálico
6
3%
Otologia
5
2%
Hérnias
4
2%
TOTAL
248
100%
Tabela 2: Nesta tabela estão catalogados os atendimentos realizados no
ambulatório de cirurgia veterinária do HV da UNESP de Botucatu. Sendo que
dos 248 de casos atendidos, 40% deles eram casos ortopédicos, que inclui
DCF, RLCCr, DDIV, luxações patelares e fraturas; 38% eram casos
oncológicos, incluindo hemangiossarcomas, mastocitomas, fibrossarcomas e
neoplasias mamárias; 6% eram casos referentes ao TGU incluindo urilitíases e
cálculos vesicais ; 5% dos casos eram equivalentes á feridas como miíases e
feridas por mordeduras; 4% dos casos eram correspondentes ao TGI incluindo
18
fecalomas, intussucepções e dilatação vólvulo gástrica; 3% dos casos eram de
TCE; 2% eram cirurgia otológicas, em sua maioria otohematomas; E 2% dos
casos atendidos eram Hérnias.
TABELA 3 ± Casuística do atendimento ambulatorial no serviço de Cirurgia de
Pequenos Animais ± UNESP ± Botucatu, no período de 01 a 30 de Abril de
2011.
ÁREA
NÚMERO DE CASOS
%
Ortopedia
91
44%
Oncologia
72
35%
Trato Geniturinário
10
5%
Feridas
10
5%
Trato Gastrointestinal
6
3%
Otologia
5
2%
Hérnias
4
2%
Traumas Crânio Encefálicos
4
2%
Trato Respiratório
3
1%
Afecções Congênitas
2
1%
TOTAL
207
100%
Tabela 3: Nesta tabela estão catalogados os atendimentos ambulatoriais
da cirurgia de pequenos animais do HV da UNESP de Botucatu. De um total de
207 atendimentos: 44% eram casos ortopédicos dentre elas fraturas, RLCCr,
DCF, DDIV; 35% eram casos oncológicos como hemangiopericitoma,
hemangiiossarcoma e mastocitoma; 5% dos casos atendidos eram referentes a
19
afecções do TGU como urolitíase; 5 % dos casos tratava-se de feridas por
mordedura ou miíase; 3% dos casos eram do TGI disquesia e corpo estranho;
2% eram casos otológicos ou otohematomas; 2% dos casos eram hérnias; 2%
dos casos diziam a respeito de TCE; 1% dos casos eram referentes ao TR,
incluindo ruptura de traquéia; 1% dos casos eram de Afecções Congênitas
como agenesia de vulva.
O serviço de atendimento é realizado por quatro Médicos Veterinários
Residentes (dois em nível R1 e dois em nível R2); alunos do 4° ano (Sistema
de Rodízio ± Os alunos são distribuídos por todos os serviços oferecidos pelo
HV, por um período pré determinado, com o intuito de proporcionar ao aluno
experiência prática) e estagiários. Todo o serviço é supervisionado por cinco
docentes da Área de Cirurgia de Pequenos Animais.
O Hospital Veterinário faz atendimento ao público de segunda-feira a
Domingo (8:00 as 18h) inclusive feriados (esquema de plantão com apenas
atendimento emergencial)
A estrutura física de atendimentos do serviço de cirurgia de pequenos
animais está subdividida em quatro grandes ambulatórios. O atendimento é
feito por ordem de chegada e dividido em Atendimento Ambulatorial e Centro
Cirúrgico. Todos os serviços oferecidos pelo HV são interligados por um
sistema informatizados onde podem ser acessados todos os dados do
paciente.
Ambulatório 1 (FIGURA 2 E 3) e 2 (FIGURA 4) : onde ficam situado as
medicações, 2 mesas para consulta em cada ambulatório, estetoscópios e um
balcão no canto superior direito, onde são colocados todos os prontuários dos
animais atendidos (Divididos em: Casos Novos, Retornos, Prontuário a
20
devolver; Centro Cirúrgico, Pacientes em Espera, além de um espaço
destinado a cada residente) .
Figura 2: Ambulatório 1
Fonte: MORISHIN FILHO (2006)
Figura 3: Ambulatório 1
21
Figura 4: Ambulatório 2
Fonte: MORISHIN FILHO (2006)
Ambulatório 3 ou sala de fluidoterapia: possui a mesma estrutura dos
demais ambulatórios, porém dispõe de duas mesas grandes e colchões
térmicos para os animais que necessitem de fluidoterapia de suporte, seja no
pré ou pós operatório ou os pacientes traumatizados.
Além disso, existe ainda o Bloco Cirúrgico que é estruturado em
vestiários (masculino e feminino); sala de preparo e recuperação anestésica;
sala de emergência/intensivismo; sala de paramentação; quatro centros
cirúrgicos altamente equipados (FIGURA 5) (Ortopedia, Cirurgia Geral,
Endoscopia e Oftalmologia); sala de armazenamento de materiais estéreis e
sala de lavagem de materiais.
22
Figura 5: Centro Cirúrgico UNESP
Fonte: www.fmvz.unesp.br
Ambulatório 4 ± Destinado exclusivamente ao serviço de oftalmologia.
Diferentemente do serviço da cirurgia de pequenos animais, a oftalmologia é
realizado pelos pós graduandos na área de oftalmologia (Mestrandos e
Doutorandos) supervisionados por dois docentes da Oftalmologia.
A casuística do Serviço de Oftalmologia é dividida em Centro Cirúrgico
(TABELA 4) e Atendimento Ambulatorial (TABELA 5).
23
TABELA 4 ± Procedimentos cirúrgicos realizados pelo Serviço de Oftalmologia
± UNESP ± Botucatu no período de 02 a 31 e Maio de 2011
TIPO DE CIRURGIA
NÚMERO DE CASOS
%
Blefaropastias
7
22%
Nodulectomia
6
19%
Excisão de Cílio ectópico
4
12,5%
Ceratectomia
4
12,5%
Enucleação
3
10%
Ablação Química
2
6%
Eletroepilação
2
6%
Reposição do Globo ocular
2
6%
Sepultamento
2
6%
TOTAL
32
100%
Tabela 4: Nesta tabela estão catalogadas as cirurgias realizadas no
departamento de oftalmologia do HV da UNESP de Botucatu. De um total de
32 cirurgias, 22% eram Blefaroplastias; 19% eram Nodulectomias; 12,5% eram
excisões de cílio ectópico e Ceratectomias; 10% eram Enucleações; Ablações
químicas, Eletroepilações, Reposições de Globo ocular e Sepultamentos
atingiram 6% das cirurgias.
24
TABELA 5 - Casuística do atendimento ambulatorial no serviço de Oftalmologia
± UNESP ± Botucatu, no período de 02 a 31 de Maio de 2011
ESTRUTURA
ANATÔMICA NÚMERO DE CASOS
%
ACOMETIDA
Córnea
18
28%
Pálpebras
13
20%
Úvea
9
19%
Bulbo Ocular
8
12%
Cristalino
6
9%
Glândulas Anexas
6
9%
Conjuntiva
3
5%
Retina
1
1%
TOTAL
64
100%
Tabela 5: Nesta tabela estão catalogados os atendimentos subdivididos
por anexos oculares, de um total de 64 atendimentos, 28% eram de afecção
corneana, incluindo ceratites e desvitalização corneal. 20% eram de afecções
palpebrais incluindo entrópios, ectrópios, nódulos e um caso de coloboma
palpebral (agenesia de pálpebras). 14% dos casos eram referentes a úvea, que
é o anexo vascular do olho, dentre as afecções está a uveíte. Afecções de
bulbo ocular ocorreram em 12% dos casos, incluindo glaucomas e proptoses.
O cristalino foi afetado em 9% dos casos vistos, e inclui dentre eles luxações e
escleroses. Também atingindo 9% dos casos foram as afecções nas glândulas
anexas, incluindo a KCS. A Conjuntiva apresentou afecções em 5% dos casos
25
atendidos o que inclui em sua maioria conjutivites. E a Retina apresentou
afecção em 1% dos casos atendidos, sendo esse um único caso no mês e se
tratava de um animal que apresentava DRC.
Os estagiários da cirurgia desenvolvem suas atividades em esquema de
rodízio, a cada sete dias, entre atendimento ambulatorial e centro cirúrgico. No
atendimento ambulatorial os estagiários atendem os casos novos e retornos;
realizam
fluidoterapia;
administração
de
quimioterapia;
medicamentos;
coleta
talas
e
de
materiais
bandagens;
biológicos;
exame
físico;
acompanhamento dos exames complementares; prescrição médica; tudo sob
supervisão dos Médicos Veterinários Residentes e Docentes.
No centro cirúrgico o estagiário pode auxiliar ou instrumentar em todos
os procedimentos cirúrgicos; ficando responsável por preencher a ficha de
descrição de forma detalhada de cada procedimento cirúrgico, como forma de
estimular o aprendizado. Todos os casos são discutidos de forma a aprimorar o
aprendizado teórico prático do estagiário.
No Serviço de oftalmologia, o estagio realizado no período de 02 a 31 de
maio de 2011, como o atendimento ambulatorial concentrava-se apenas no
período da tarde (14 às 18h), e no período da manha (8 às 12h) o estagiário
deve acompanhar o serviço ambulatorial da Cirurgia de Pequenos Animais,
salvo em dias que as cirurgias oftálmicas eram agendadas no período da
manhã.
Nas cirurgias da oftalmologia, em função da estrutura com aparelhos de
alta tecnologia, o acesso era restrito e os estagiários eram autorizados apenas
a realizar as funções de auxiliar volante ou se houvesse necessidade, na
função de auxiliar cirúrgico. Já no atendimento ambulatorial os estagiários
26
realizam a anamnese Após a anamnese o animal é submetido ao exame
oftalmológico (oftalmoscópio) e o caso é discutido com o pós graduando
responsável pelo caso.
Depois desse exame inicial é feito o teste de Schirmer para avaliar a
produção lacrimal, e depois é feita a aplicação do colírio anestésico para
aferição da PIO, este exame é feito somente pelo pós graduando, em função
do alto valor financeiro do aparelho (TONOPEN) (FIGURA 6). Posteriormente é
aplicado colírio de fluresceína e feita a avaliação com o oftalmoscópio a fim de
avaliar alguma deformidade na superfície corneal. Todos os exames podem ser
feitos pelo estagiário, com exceção da manipulação do TONOPEN.
Figura 6: Tonopen
Fonte: www.mercoframes.com.br
27
4. FIBROSSARCOMA MANDIBULAR EM GATO DOMÉSTICO ± RELATO DE
CASO
Louise Alessandra Coninck Valverde ¹, Milton Mikio Morishin Filho ², Sheila
Canenese Rahal³
¹ Graduanda em Medicina Veterinária pela Universidade Tuiuti do Paraná
² Professor Assistente de Disciplina de Técnica Cirúrgica e Clínica Cirúrgica
Veterinária do Curso de Medicina Veterinária da Universidade Tuiuti do Paraná
± orientador acadêmico.
³ Professora Doutora em Ortopedia Veterinária Assistente da Disciplina de
Clínica Cirúrgica na Universidade Estadual Paulista- orientadora profissional
4.1 RESUMO:
O fibrossarcoma é a segunda neoplasia mais comum na cavidade oral
dos gatos. É uma neoplasia maligna de fibroblastos e dependendo de sua
etiologia pode surgir como nódulos solitários ou multicêntricos, podendo se
desenvolver por causas primárias ou secundárias. Pode acometer outros
tecidos, além da cavidade oral. O objetivo deste trabalho é relatar o caso de
um gato doméstico fêmea de 17 anos e meio que passou por um procedimento
de Mandibulectomia total unilateral, devido á um fibrossarcoma em região
rostral da mandíbula.
Palavras Chave: fibrossarcoma; Madibulectoma; tumores orais; gatos.
28
4.2 ABSTRACT:
Fibrosarcoma is the second most common neoplasm in the oral cavity of
cats. It is a malignant tumor of fibroblasts, depending on its etiology may arise
as solitary nodules or multicentric and may develop primary or secondary
causes. You can make other tissues beyond the oral cavity. The objective of
this study is to report the case of a domestic cat of 17 ½ years who underwent a
unilateral procedure and total mandibulectomy, due to a fibrosarcoma in the
right rostral region of the jaw.
Keywords: Fibrossarcoma; Mandibulectomy; oral tumors; cats
29
4.3. INTRODUÇÃO:
Neoplasia é um termo que define um novo crescimento de células que
se proliferam autonomamente sem controle, as quais não exercem qualquer
função útil para seu hospedeiro. Podem decorrer de diversas causas, que
alteram os eventos moleculares envolvidos no controle da proliferação e
diferenciação celulares noUPDLV 2 WHUPR ³FkQFHU´ p FRPXPHQWH HPSUHJDGR
para referir neoplasias malignas, sem definir sua origem, outro termo muito
JHQHUDOLVWDp³WXPRU´HVWHDLQGDSRGHGHILQLUWDQWRQHRSODVLDVEHQLJQDVTXDQWR
malignas, ainda como tumefações inflamatórias. (JONES & HUNT et. al.,
2000).
A cavidade oral é um local muito comum para o surgimento de
neoplasias sendo elas malignas ou benignas (LIPTAK & WITHROW, 2007).
O fibrossarcoma felino é uma neoplasia maligna originada de fibroblastos.
(MAC EWEN et. al.,2001). Um local freqüentemente acometido é a mucosa
bucal. (JONES & HUNT et. al.,2000). O seu local de predileção é a gengiva,
podendo atingir os outros tecidos. (SLATTER, 2005.)
É a segunda neoplasia mais comum na cavidade oral dos gatos (MAC.
EWEN et. al.,2001) sendo mais acometidos os animais mais idosos (acima de
10 anos). (SLATTER, 2005.) Podendo apresentar-se clinicamente como
nódulos solitários ou multicêntricos dependendo de sua etiologia. (MAC. EWEN
et. al.,2001).
O fibrossarcoma surge como uma massa solitária multilobulada, firme, e
freqüentemente ulcerada, que se estende profundamente até a mucosa afetada
e tecidos adjacentes. (JONES & HUNT et. al.,2000)
30
Neste tipo de neoplasia é incomum a presença de mestástases, podendo
ocorrer, metástase pulmonar ou em linfonodos regionais (MAC. EWEN et.
al.,2001).
4.4. REVISÃO LITERÁRIA:
4.4.1. FIBROSSARCOMA:
O
fibrossarcoma
é
uma
neoplasia
maligna
de
fibroblastos,
correspondendo á 36% das neoplasias malignas que acometem os gatos.
(FOSSUM et. al., 2008) Existem três variantes deste tipo de tumor: a forma
solitária, a forma multicêntrica e a forma associada a aplicação de vacinas e
outros medicamentos injetáveis. (OLGIVIE & MOORE, 2001).
Segundo Fossum et. al. (2008) os fibrossarcomas parecem como
massas de cor rosa e vermelha, firmes, lisas e multilobadas que muitas vezes
estão ligadas aos tecidos adjacentes.
A origem dos fibrossarcomas em felinos é desconhecida, porém acredita-se
que haja a influencia de fatores genéticos, agentes virais, carcinógenos
químicos, radiações, implantes metálicos e traumas (CHALITA & RECHE JR,
2003).
Animais que apresentam idade próxima aos dez anos são mais acometidos
por fibrossarcomas solitários, que geralmente são firmes, de crescimento lento,
podendo ocorrer em qualquer parte do corpo (CHALITA & RECHE JR, 2003). A
infecção por FeSV desenvolve uma forma agressiva de fibrossarcoma múltiplo
em gatos com idade abaixo de cinco anos de idade (OLGIVIE & MOORE,
2001).
31
De acordo com HAUCK (2003), não há predisposição sexual ou racial para
o surgimento desta neoplasia. Há evidencias epidemiológicas que mostram
uma forte associação entre a administração de vacinas e o aparecimento de
fibrossarcomas em felinos jovens (MACY, 1999). A prevalência dos
fibrossarcomas de tecidos moles no local da vacinação é de aproximadamente
1/10.000 (KASS et al., 1993). Segundo Olgivie & Moore, (2001) o risco de
sarcoma vacinal aumenta com o número de vacinas aplicadas no mesmo local.
Em função do aumento de casos de tumores mesenquimais situados em
áreas não habituais nos felinos, foi feita a relação entre a reação inflamatória
associada ao adjuvante vacinal, com o desarranjo da resposta reparadora do
tecido fibroso, predispondo ao aparecimento da neoplasia em alguns gatos
(HENDRICK et. al., 1992).
Hipoteticamente as vacinas não são as únicas responsáveis pelo
fibrossarcoma no local de aplicação, acredita-se que outras medicações como
acetato
de
metilpredinisolona,
suspensão
aquosa
estéril,
lufenuron,
dexametasona e amoxicilina também podem estar associados ao surgimento
de fibrossarcomas. (ESPLIN et. al., 1999; VACCINE-ASSOCIATED FELINE
SARCOMA TASK FORCE, 2005).
Dentro dessa gama vasta de sarcomas que atingem os felinos está a FeSV,
um vírus que está relacionado a recombinação da FeLV com partes do genoma
das células do hospedeiro. Assim formando o FeSV, a replicação do vírus da
FeSV só é possível através do vírus da FeLV. A FeSV tem sido relatada no
mundo todo mas é raro, e só está presente em gatos já infectados com o vírus
da FeLV. O vírus da FeSV provavelmente é transmissível, mas não há provas
de que a transmissão ocorra naturalmente como o vírus da FeLV. Aparecem
32
lesões de pele nodulares múltiplas e ulcerativas que não cicatrizam. Podem
ocorrer metástases. (HENDRICK et. al., 1999; OLGIVIE & MOORE, 2001;
MCENTEE & PAGE, 2001)
Essa neoplasia varia em relação à produção de colágeno e em seu grau de
celularidade e diferenciação, os fibroblastos são fusiformes dispostos em
fascículos entremeados, pode ocorrer necrose de extensão variável, um
achado freqüente é a invasão do tecido conjuntivo adjacente como a
musculatura esquelética e tecido ósseo. (JONES & HUNT, 2000)
A maioria dos fibrossarcomas é pouco responsiva á quimioterapia
(FOSSUM et. al., 2008) e em geral pouco responsivos á radioterapia, mas
pode-se usá-la, adjuvante á cirúrgica.. A radioterapia agressiva pós-operatória
aumenta o tempo de sobrevida. Acredita-se que a crioterapia estimule a
recidiva (FOSSUM et. al., 2008)
A recidiva local é alta com qualquer tratamento, portanto Slatter (2005)
recomenda uma ampla ressecção cirúrgica. Existe um relato de que a
administração de sulfato de vincristina provocou a regressão total de um
fibrossarcoma em um gato (SLATTER et. al, 2005).
4.4.2. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DE FIBROSSARCOMA:
4.4.2.1-OSTEOSSARCOMA:
São tumores com origem no tecido ósseo, definido como maligno e
mesenquimatoso produtor de matriz óssea.
Relativamente raro, mas
responsável por cerca de 85% das neoplasias malignas que acomete o
esqueleto. Tem predileção pelo esqueleto apendicular dos pequenos animais,
33
mais comum em cães (FIGURA 7) do que em gatos. Como a maioria dos
tumores, sua etiologia é desconhecida. São extremamente invasivos e
rapidamente metastizam-se. (SILVA E REIS, 2008).
Figura 7: Aspecto do Osteossarcoma mandibular em cão
Fonte: www.cienciaanimal.com.br
Os tumores ósseos em felinos podem ser classificados em primários ou
secundários (SILVA E REIS, 2008). Os primários são incomuns nos gatos, com
uma incidência de 3,1 a 4,9 por 100.000 casos relatados, dentre eles estão
relacionados
o
osteossarcoma,
o
condrossarcoma,
o
osteossarcoma
justacortical e o osteoma. Os tumores ósseos secundários têm origem em
34
tecidos moles adjacentes que ao se desenvolverem acabam por afetar o tecido
ósseo circunvizinho, tendo como exemplo o carcinoma de células escamosas e
o linfossarcoma (SILVA E REIS, 2008).
Dentre os tumores ósseos primários o osteossarcoma é o tipo mais
comum em gatos, sendo responsável por 70% a 80% de todos os tumores
ósseos primários desta espécie (SILVA E REIS, 2008). A idade média dos
gatos com osteossarcoma varia de 9 a 12 anos, e os machos possuem uma
maior incidência para desenvolver a doença do que as fêmeas (SILVA E REIS,
2008).
Nos gatos a reparação de fraturas com a utilização de pinos parece ser
um fator de risco no desenvolvimento de osteossarcomas(FIGURA 8) como
relatado por Silva e Reis (2008).
Figura 8: Osteossarcoma (seta) em úmero de gato por estimulação de prótese
ortopédica
Fonte: www.vetweb.com.br
35
Os osteossarcomas têm predileção por membros posteriores em gatos,
mas também podem se originar em esqueleto axial como osso coxal e
mandíbula. (SILVA E REIS, 2008).
Histologicamente a neoplasia se compõe de células osteoblasticas
estreladas a fusiformes que se proliferam em folhetos sólidos e em ninhos
ocorrendo ilhotas irregulares de osteóides e osso mineralizado e/ou cartilagem.
(JONES & HUNT, et. al., 2000)
Raramente os osteossarcomas originam-se em sítios extraesqueléticos,
tais como
nas glândulas mamárias,
no
fígado,
no
baço, no
trato
gastrointestinal, nos pulmões, na pele e em outros locais, sem uma lesão
óssea primária (SILVA E REIS, 2008).
Possibilidades terapêuticas podem ser consideradas no tratamento do
osteossarcoma felino, e estas variam de acordo com a localização da lesão. O
prognóstico de felinos com osteossarcoma também varia com a localização.
(SILVA E REIS, 2008)
4.4.2.2. ÉPULIDES:
É raro em gatos, classificado como a neoplasia benigna mais comum em
cavidade oral dos cães (FIGURA 9). Ocorre como uma proliferação vinda da
margem gengival, podendo atingir de poucos milímetros de largura, até
dimensões maiores do que o dente atingido. O epúlide provavelmente surge a
partir
do
ligamento
periodontal
do
dente
ao
qual
está
associado.
Morfologicamente os épulides caracterizam-se com estroma semelhante ao do
ligamento periodontal. (BOJRAB & THOLEN, 1990)
36
Figura 9: Épulides em cão (seta)
Fonte: www.oncologiaveterinária.it
A lesão é composta por fibras colágenas grosseiramente compactadas,
com quantidade moderada de células fusiformes ou estreladas, com
distribuição regular de pequenos vasos sangüíneos que, próximos á superfície,
conferem á lesão aspecto de tecido de granulação. (ROZA, 2004)
4.4.2.3 AMELOBLASTOMA:
. Ameloblastomas são neoplasias raras em todas as espécies
domésticas, incluindo os gatos (FIGURA 10), e são derivados de células
epiteliais odontogênicas encontradas próximas ao dente ou no epitélio
gengival. Este tumor é também conhecido como adamantinoma, que é um
termo em desuso, entretanto, ainda encontrado na literatura veterinária, sendo
considerado um sinônimo para o ameloblastoma. (HEAD et al., 2002)
37
Figura 10: Aspecto de Ameloblastoma em Gato doméstico (seta)
Fonte: www.sunwatt.mystardband.net
Os ameloblastomas têm por característica a distensão da mandíbula ou
protusão da superfície gengival e são tumores que macroscopicamente
apresentam formas esféricas, ovóides ou multinodulares cobertas com
membrana mucosa. Pode ocorrer ulceração ou estar extensamente infiltrado no
osso. (BARKER, 1993)
Os ameloblastomas se compõe de aglomerados e folhetos de células
epiteliais dispostas te tal forma que células mais externas, e mais próximas ao
estroma
do
tumor,
formam
uma
fileira
em
paliçada
alinhada
perpendicularmente à membrana basal. (JONES & HUNT et. al., 2000)
Não tem sido relatada a ocorrência de metástases pulmonares neste
tipo de neoplasma, mas, destruição óssea, devido à invasão tumoral tem sido
38
observada em alguns casos. (HAWKINS, 1982) Segundo Dubielzig et. al.
(1979) pode haver reincidência da neoplasia após excisão cirúrgica, pois na
maioria das vezes, não se consegue fazer a retirada completa com margens
seguras, e também não existem relatos de que a utilização de quimioterápicos
tenha conseguido fazer a retirada completa da neoplasia.
4.4.2.5. CARCINIMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS:
O CCE é uma neoplasia maligna, que emerge dos ceratinócitos
(SCOTT, et al., 1996). São relativamente comuns na mucosa oral de gatos
idosos. (CARLTON & McGAVIN et. al.1998).
A gengiva é o local de desenvolvimento tumoral mais comum (35% a
42%), seguida da mucosa bucal ou labial (4,9 a 7,3%) e do palato duro ou mole
(1,9 a 3,1%). A maior parte dos tumores localiza-se na parte rostral dos dentes
caninos (SLATTER et al.,2005)
Classificado como, a neoplasia maligna mais comum na cavidade oral
dos gatos. O CCE pode localizar-se na língua, faringe ou tonsilas e na gengiva.
(FOSSUM et. al. 2008)
Surge do epitélio pavimentoso estratificado da cavidade oral e
orofaringe, podendo ocorrer em qualquer espécie. Na cavidade oral o tumor
surge como uma lesão ulcerada, um pouco crateriforme, circundada por uma
borda de tecido firme e ligeiramente elevado. Ao microscópico consiste de
folhetos, cordões irregulares, e ninhos de células pleomórficas.
(JONES &
KING et. al.2000)
Em gatos, notam-se lesões proliferativas, crostosas e/ou ulcerativas que
podem
sangrar facilmente
(FIGURA
11). Os
tumores
atingem
mais
39
freqüentemente a pele com pêlos brancos do pavilhão auricular, nariz e/ou
pálpebras (MEDLEAU, et. al; 2003).
Figura 11: Carcinoma Escamoso em Gato doméstico
Fonte: MORISHIN FILHO. (2008)
A etiologia do CCE não é bem conhecida (DORN, et al; 1971). Ocorre
mais freqüentemente na pele não pigmentada, com poucos pêlos e prejudicada
pelo sol, podendo ser precedida por dermatose solar. Possui maior incidência
em animais brancos idosos. (MEDLEAU, et al, 2003) O aumento do risco de
desenvolvimento de CCE tem sido atribuído aos produtos para controle de
pulgas, dieta e fumaça de cigarro no ambiente. (BERTONE et. al. 2003)
Essa neoplasia é extremamente invasiva, geralmente invade tecidos
adjacentes do local afetado, incluindo tecido ósseo fazendo lise ósea. Pode
40
fazer metástases nos linfonodos regionais, e menos freqüentemente pode
mestastizar-se, para locais distantes. Quando pequenos os CCE parecem
pequenas lesões granulares e, com o aumento de tamanho, parecem como
rosários de massas semelhantes a couve-flor. (CARLTON. McGAVIN et. al.,
1998)
As três principais categorias de tratamentos são: a cirurgica, a
radioterapia, que são tratamentos localizados, e a quimioterapia uma
modalidade sistêmica. (SERSA, et al; 2006)
Outras modalidades de tratamento de CCE incluem crioterapia,
quimioterapia e terapia fotodinâmica. A crioterapia pode ser uma medida
paliativa para CCE não extirpável, porém é provável a ocorrência de recidiva.
(SLATTER , 2005).
Em gatos, o prognóstico é mau; recidiva local é quase inevitável e a
sobrevida mediana descrita na maior parte dos estudos varia de 2 a 6 meses
(SLATTER, ,2005)
4.4.2.5 MELANOMA MALIGNO:
Melanomas são formados por melanócitos, células de origem
neuroectodérmica, normalmente localizadas nas junções entre a camada basal
do epitélio e a lâmina própria subjacente. (CARLTON & McGAVIN et. al.1998)
Melanomas bucais são raros em gatos; relata-se que o melanoma
maligno representa 0,8% das neoplasias bucais de felinos (SLATTER et.
al.,2005).
Tipicamente surgem como massas nodulares solitárias e ulceradas, que
crescem rapidamente, e que variam consideravelmente em seu grau de
41
pigmentação (FIGURA 12). Esses tumores tendem a ser altamente invasivos,
fazendo metástase rapidamente (JONES & HUNT et. al.,2000). As metástases
ocorrem em linfonodos regionais e pulmões segundo Fossum et. al.(2008).
A massa é de cor branco-acinzentada ou marrom a preta, firme e
vascularizada, normalmente ocorrem na gengiva e são caracterizados pela
invasão precoce do local. (FOSSUM et. al.,2008)
Suas características histológicas são semelhante ás dos fibrossarcomas
e por isso podem ser confundidos no exame anatomopatológico. (FOSSUM et.
al.,2008) Formado de células extremamente pleomórficas que variam desde
fusiformes até redondas e poligonais. (JONES & HUNT, 2000)
Segundo Fossum et. al. (2000) o tratamento cirúrgico para o melanoma
maligno é o mais indicado sendo que fazer associação entre a cirurgia e
quimioterapia ou radioterapia apresentam bons resultados. É indicada a
excisão
cirúrgica
procedimentos
extensa
como:
de
toda
tonsilectomia,
área
afetada,
mandibulectomia
podendo
e
realizar
glossectomia.
(FOSSUM et. al., 2008)
Figura 12: Aspecto Melanoma Maligno em cão
42
Fonte: MORISHIN FILHO (2008)
A radioterapia pode ser utilizada, mesmo não havendo riscos de
recidiva. A resposta à radioterapia pode ser melhor se for utilizado um
tratamento hipertérmico concomitante, mas a alta taxa de metástase torna
improvável uma sobrevida longa. (PROULX et. al.,2003)
A administração de cisplatina ou carboplastina antes da radioterapia
permite um melhor controle local, do que apenas a radioterapia. (FREEMAN et.
al., 2003)
4.4.3 TRATAMENTO E SINAIS CLÍNICOS DE TUMORES ORAIS:
Mandibulectomia é a técnica cirúrgica na qual é removida a mandíbula
inteira ou partes dela, afim de transeccionar neoplasias, por fraturas irredutíveis
nas técnicas ortopédicas viáveis ou quando a intervenção primária não
solucionou o problema, e por osteomielites. (SLATTER, 2007)
Alguns proprietários podem apresentar-se relutantes frente á um
procedimento cruento, mas é necessário nessas situações, para manter a
qualidade de vida do animal. O período de adaptação dos animais pode ser
entre duas a quatro semanas, dependendo do animal, e também do
procedimento. (SLATTER, 2005)
Os sinais clínicos que podem estar presentes em tumores orais são:
Ptialismo, pateamento da boca, disfagia, perda de peso, relutância em comer,
hemorragia bucal, deslocamento de dente, tumefação facial, ato de bater as
patas na boca, espessamento ósseo. Em casos de tumores maxilares pode
haver epistaxe e espirros. (SLATTER, 2005)
43
Dependendo de sua localização os tumores calvários podem causar
deformidades anatômicas, atrofia dos músculos temporais, aversão ao ser
tocado na região acometida, dor ao abrir a boca, exoftalmia, proptose e
estrabismo. (SLATTER et. al. 2005)
Raramente, pode haver invasão do parênquima cerebral, o que vai
ocasionar sinais neurológicos. (SLATTER et. al. 2005)
4.5. CASO CLÍNICO:
No dia 21/02/2011, foi atendido, no HV da UNESP de Botucatu SP, um
gato doméstico, SRD, fêmea, castrada de aproximadamente 17 anos e meio.
Proprietário relatava aumento de volume em região mandibular direita
(FIGURA 13), o qual drenava secreção, com surgimento aproximadamente á
três meses, segundo o mesmo o animal estava com normorexia, normodipsia,
normúria e normoquesia, negou êmese e diarréia. O animal não tem acesso à
rua e estava com a vacinação e vermífugo desatualizados.
Foi marcado retorno para o dia 22/02/2011, quando foi realizada
sedação para biopsia, radiografia torácica, foi coletado sangue para
hemograma completo e bioquímico (ALT, GGT, FA, uréia, creatinina, albumina
e proteína total). A biópsia foi inconclusiva, revelando uma mucosite.
Os parâmetros hematológicos e bioquímicos não revelaram nada digno
de nota.
Ao exame radiográfico: observou-se discreta opacificação pulmonar por
padrão intersticial e bronquial, com espessamento de bainhas peri-bronquiais
bronquite,
padrão
vascular
pulmonar
com
aumento
de
dimensões
predominantemente de arco aórtico e porção cranial de aorta descendente.
44
Diminuição de espaço intervertebral entre T11 e T12. Sem alterações dignas
de metástases.
Figura 13: Aspecto do Fibrossarcoma (seta) em Gato
doméstico
No dia 03/03/2011 o animal voltou para marcar o procedimento cirúrgico,
neste dia proprietária referiu normorexia, normuria, normodpsia e normoquesia,
relatou que animal estava prostrado, e o procedimento foi marcado para o dia
10/03/2011.
No dia 10/03 foi realizado procedimento cirúrgico, sendo administrado no
período pré-operatório uma dose de 30 mg/kg de ceftriaxona.
45
4.5.1 ANESTESIA:
As medicações pré anestésicas foram: 10mg/kg de cetamina, 0,5 mg/kg
de midazolan e 0,2mg/kg de morfina por via Intra muscular. Após a aplicação
dessas medicações o animal foi induzido com a aplicação de fentanil
0,5µg/kg/h. E o animal foi mantido em plano anestésico pelo isoflurano. Após
isso o anestesista realizou um bloqueio mandibular utilizando bupivacaína
0,25mg em abordagem transcutânea no forame mandibular a fim de atingir o
ramo alveolar do forame mandibular.
4.5.2 PROCEDIMENTO CIRÚRGICO:
Tricotomia ampla da área a ser incisada, animal colocada em decúbito
lateral direito antissepsia com clorexidine degermante e clorexidine alcoólico.
Diérese comissura labial inferior, divulsionamento das estruturas entre
comissura e osso mandibular, osteotomia de sínfise mandibular, excerese da
massa tumoral, (nota-se lise óssea em parte rostral na mandíbula) incisão do
músculo masseter, dissecação e transecção dos musculos mandibulares
laterais (genioglosso e mioglosso) para exposição da hemimandibula ,
dissecação e transsecção em músculos ventrais da mandíbula (gênio-hióide,
milo hióide, digástrico e pterigóide) afim de indetificar veias e artérias
alveolares e nervo alveolar, entrando pelo forame mandibular, ligar os vasos
mandibulares e deslocar lateralmente para o lado direito a hemimandibula.
Evitando atingir o nervo alveolar inferior, desarticula-se a articulação
temporomandibular. Retirada da hemimandibula. Sutura simples interrompida
da mucosa labial em mucosa sub-lingual com vicryl 2-0. Diérese em parte
superior em inferior da comissura labial suturando as duas camadas mucosas
46
com fio vicryl 2-0, (queiloplastia) depois, sutura da pele e camada muscular
com nylon 3-0. (FIGURA 14)
Figura 14: Aparência Cosmética no pós operatório de
mandibulectomia e queiloplastia
Fonte: VALVERDE L. A. C. (2011)
4.5.3 HISTOPATOLÓGICO:
Removido o nódulo oral, em mandíbula direita, cujo estava ulcerado, era
firme e aderido, com aproximadamente três cm de diâmetro (FIGURA 15), com
47
presença de osteólise mandibular. De acordo com as características
macroscópicas e microscópicas, o diagnostico foi fibrossarcoma.
Descrições microscópicas: Avaliação histopatológica revela neoplasia
que compromete a lâmina própria e planos mais profundos, composta por
células fusiformes, apresentando citoplasma pouco distinto, acidofílico, núcleo
fusiforme, basofílico. Cromatina grosseiramente reticular e nucléolo solitário. A
apresentação de figuras de mitose é freqüente, sendo algumas atípicas, alta
relação núcleo-citoplasma. Moderada anisocitose e anisocariose. A neoplasia
infiltra-se nas estruturas ósseas (mandíbula) adjacentes, observa-se na massa
tumoral moderado infiltrado inflamatório mononuclear multifocal,constituído
predominantemente por linfócitos, além de discreta necrose multifocal.
Descrições macroscópicas: Recebido fragmento de mandíbula medindo
7,0X1,0X1,0cm, apresentando nódulo medindo 2,0X1,0X1,5cm revelando
superfície irregular. Coloração acinzentada e consistência macia à firme. Ao
corte nota-se formação multinodular e as demais características se mantém
Figura 15: Aspecto da massa tumoral (seta amarela) e ramo mandibular direito
com lise óssea (seta preta) no pós operatório
48
4.6. DISCUSSÃO:
Como relatado por Jones & Hunt et. al.(2000) o fibrossarcoma
geralmente acomete o tecido na mucosa oral, e como Fossum et. al.(2005)
afirma, é o segundo tumor mais comum na cavidade oral dos gatos. No
presente caso podemos confirmar o que dizem estes autores.
Segundo
Olgivie
&
Moore
(2001)
existem
três
variantes
de
fibrossarcomas, as formas multicêntricas, solitárias ou relacionadas a aplicação
de vacinas ou outras medicações, no presente caso deparamos com a forma
solitária, com uma presença de massa tumoral apenas na cavidade oral.
Chalita & Reche jr (2003), refere que o fibrossarcoma pode também
aparecer em qualquer região do corpo, atingindo geralmente animais mais
idosos, corrobando com o caso desta gata que atualmente está com a idade de
17 anos e meio.
Slatter (2005) afirma que o fibrossarcoma é muito comum em cavidade
oral, primeiramente na gengiva, depois nos lábios, e por último palato mole ou
duro. Foi observado no presente caso que a neoplasia acometia a gengiva e o
ligamento periodontal, ocorrendo lise óssea, e a soltura do dente canino inferior
direito.
Como diagnóstico diferencial de tumores orais temos o osteossarcoma,
que segundo Silva & Reis (2008), são tumores de origem óssea que
geralmente atingem o esqueleto apendicular, mas também podendo estar
presente no esqueleto axial, como a mandíbula. Os mesmos autores referem
que esta neoplasia é mais comum em cães do que em gatos.
Apesar de Silva e Reis (2008) relatar que o osteossarcoma acomete
mais comumente machos do que fêmeas, no presente caso trata-se de fêmea,
49
mais um motivo para diferenciar esta neoplasia do diagnóstico definitivo.
Apesar de o autor referir que a neoplasia atinge animais com a faixa etária
semelhante ao animal relatado, podemos concluir através de exames
complementares como biópsia e radiografia que a neoplasia presente não se
trata de um osteossarcoma.
Outro diagnóstico diferencial que já pôde ser descartado, foi o de
épulides, pelo aspecto da massa, que não correspondia ao que Bojrab &
Tholen (1990) dizem, pois o épulides tem aspecto de uma proliferação gengival
e a massa tumoral da gata tinha um aspecto nodular.
Outra neoplasia que também pode ser diferencial do fibrossarcoma é o
ameloblastoma, que segundo Barker (1993) também tem por característica a
formação de nódulo em mandíbula ou gengiva. Segundo Head et. al.(2002) os
ameloblastomas são incomuns em todas as espécies domésticas incluindo os
gatos.
Apesar do carcinoma de células escamosas ser a neoplasia mais
comum nos gatos como afirmam Slatter (2005), Fossum et. al.(2008), e Olgivie
& Moore (2001), no presente caso deparamos com o fibrossarcoma como
diagnóstico definitivo.
O melanoma maligno é outro diagnóstico diferencial do fibrossarcoma
pois segundo Slatter (2005) acomete a cavidade oral, mas os cães são mais
acometidos do que gatos. Fossum et. al.(2008) refere que suas características
histológicas são semelhantes as do fibrossarcoma, o que pode ser confuso na
análise histopatológica, e conclui devido as características macroscópicas e
microscópicas, que se tratava de fibrossarcoma.
50
Os sinais clínicos comumente vistos em neoplasias orais como disfagia
e relutância em comer, como refere Slatter, (2005) não foram observados no
animal relatado, apenas a drenagem de secreção pela massa tumoral.
Como Fossum et. al.(2008) refere, é necessária a ressecção cirúrgica do
tumor mantendo margens de segurança, como foi feito no presente caso onde
foi realizada uma mandibulectomia total unilateral,.
Apesar de Slatter (2005) relatar a existência de um caso de tratamento
com quimioterápico (sulfato de vincristina), e que esse tratamento fez a
regressão total de um fibrossarcoma em um gato. No caso relatado não foi
usado da quimioterapia, pois o proprietário recusou, apenas foi feita a
ressecção cirúrgica total. Como o próprio Slatter (2005) relatou esse tipo de
neoplasia é extremamente invasiva podendo fazer lise óssea, o que podemos
concluir na excerese da massa.
Apesar de a recidiva ser alta, o animal do presente caso teve uma boa
recuperação e com 18 dias de cirurgia estava em bom estado geral, sendo que
neste momento já estava ingerindo ração seca e em normorexia.
51
4.7. CONCLUSÃO:
Com o presente trabalho conclui que o fibrossarcoma é uma neoplasia
maligna e que a presença de metástases pode se suceder após o tratamento
cirúrgico sendo necessário a associação com outro tratamento como
quimioterapia ou radioterapia, e a avaliação periódica deste paciente.
52
4.8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARKER, I.K., VAN DREUMEL, A.A.; PALMER, N. The Alimentary System. In:
Jubb, K.V.F.; Kenned, P.C.; Palmer, N. Pathology of domestic animals, v.2, 4th
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BERTONE ER, SYNDER LA, MOORE AS: Environmental and lifestyle risk
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internal medicine, p. 17-557, 2003.
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