Teste Intermédio de Física (17 de Março de 2009) -Conteúdos Teóricos 10º Ano: Unidade 1: 1. Energia – do Sol para a Terra 1.1.Balanço energético da Terra 1.2. Equilíbrio térmico 1.3.Temperatura média da Terra 1.4. A radiação solar na produção da energia eléctrica 2. A energia no aquecimento e arrefecimento de sistemas 2.1. A radiação solar no aquecimento 2.2. 1º Lei da Termodinâmica 2.3. Lei da Termodinâmica Unidade 2: 1.Transferências e transformações de energia em sistemas complexos 1.1. Quando um sistema complexo pode ser representado por um ponto 1.2. Transferir energia como trabalho 1.3. Calcular quantidades de energia transferida: o trabalho de uma força constante 1.4. Quando várias forças contribuem para a variação de energia 1.5. Os atritos são indispensáveis 2. A energia de sistemas em movimento de translação 2.1. O teorema da energia cinética 2.2. A força com que a Terra atrai os corpos realiza trabalho 2.3. As forças que não alteram a energia mecânica 2.4. As forças que alteram a energia mecânica 1 11º Ano Unidade 1: 1. Viagens com GPS 1.1. Tempo e relógios 1.2. Localização da posição (coordenadas geográficas) 1.3. Sistema de posicionamento global (GPS) 1.4. Localização da posição (coordenadas cartesianas) 1.5. Gráficos posição-tempo para movimentos rectilíneos 1.6. Distância percorrida sobre a trajectória e deslocamento 1.7. Velocidade 1.8. Velocidade e gráficos posição-tempo 1.9. Gráficos posição-tempo 2.Da Terra à Lua 2.1. Interacções à distância e de contacto 2.2. Forças fundamentais da Natureza 2.3. Pares acção-reacção e 3º lei de Newton 2.4. Lei da Gravitação Universal 2.5. Efeito das forças sobre a velocidade 2.6. Aceleração 2.7. 2º lei de Newton 2.8. 1º lei de Newton 2.9. Movimentos de queda à superfície da Terra 2.10. Satélites, Movimento circular e uniforme Unidade 2: 1.Comunicação de informações a curtas distâncias 1.1.Sinais 1.2. Som 1.3. Microfone e Altifalante 2 11º Ano 1.1. Tempo e tipos de relógios Tempo A medição do tempo faz-se, de uma maneira directa, através de relógios e de cronómetros. Todos os relógios possuem mecanismos para produzir oscilações regulares e outro mecanismo que os conta e que os converte para uma unidade de tempo. Tipos de Relógios Relógios mecânicos: baseiam-se em oscilações de um pêndulo. Relógios de quartzo: os cristais de quartzo vibram quando submetidos a uma diferença de potencial, produzindo oscilações de frequências conhecidas. São mais precisos que os relógios mecânicos. Relógios atómicos: baseiam-se nas frequências das radiações emitidas ou absorvidas por certos átomos. São relógios de extrema precisão sendo por isso utilizados nos satélites. 1.2. Localização da Posição - Coordenadas Geográficas: Longitude: coordenada baseada nos meridianos que nos dá a localização exacta de qualquer ponto no globo. Varia de 0º a 180º Oeste ou de 0º a 180 Este. Latitude: coordenada medida a partir da linha do Equador até aos pólos (norte ou sul). Varia de 0º a 90º Norte ou 0º a 90º Sul. Altitude: informa-nos a que altura nos encontramos em relação ao nível do mar. 1.3. GPS (Sistema de Posicionamento Global) O GPS tem como funcionalidade determinar a posição de um determinado receptor que se encontra na superfície da Terra ou em sua órbita. Essa posição é dada através da Longitude, Latitude e Altitude. Para seu funcionamento utiliza 24 satélites, com as seguintes características: - Efectuam uma volta à Terra de 12 em 12 horas, logo tem um período de 12 horas. - Obtêm energia através de painéis fotovoltaicos. -Utilizam relógios de atómicos de alta precisão. - Transmitem e captam ondas electromagnéticas na gama dos microondas. Essas ondas transportam dados referentes à posição e tempo. 3 Quantos Satélites são necessários para determinar a nossa posição? Em teoria são precisos 3. Mas na prática são utilizados 4. Os satélites enviam-nos sinais em instantes precisos. Esses sinais viajam à velocidade da luz e são captados pelo GPS. O tempo que decorre entre a emissão e a receptação do sinal permite calcular a distância entre o satélite e o receptor pela seguinte expressão: <=> (velocidade instantânea) Qual a função do quarto satélite? É necessário um quarto satélite para sincronizar os relógios dos satélites e dos receptores de GPS. Aplicações do GPS - Navegação em zonas desconhecidas - Segurança de veículos como táxis (controlados através de uma estação que conhece a sua posição). - Detecção de localizações em situações de emergência accionando os trajectos mais curtos. Repouso e Movimento Um corpo encontra-se em repouso se a sua posição não se alterar ao longo do tempo em relação a um dado referencial. Um corpo encontra-se em movimento se a sua posição variar ao longo do tempo em relação a um dado referencial. 1.4. Localização da posição (coordenadas cartesianas) Posição – Referencial Cartesiano Sistema de eixos ligados a um objecto e encontra-se em repouso em relação a ele. Para o estudo dos movimentos à superfície da Terra pode-se ignorar a curvatura dessa superfície, considerando-a plana. Assim, em vezes de usarmos coordenadas geográficas utilizamos coordenadas cartesianas (w, y e z). Trajectória É um conjunto de sucessivas posições ocupadas por um corpo ao longo do tempo. As trajectórias podem ser rectilíneas ou curvilíneas. 4 Exemplo de Movimento: Trajectória Curvilínea Trajectória Rectilínea 1.5. Gráficos Posição - Tempo para Movimentos Rectilíneos -40 0 10 30 50 - O carro move de A para B, de seguida de B para C e por fim de C para D. NOTA: Os gráficos posição-tempo não representa a trajectória de uma partícula. Nestes tipos de movimento o vector v tem direcção cte, pelo contrário nos movimentos curvilíneos o v varia a sua direcção ao longo do movimento. Gráficos posição-tempo 50 m= 10 y2 - y1 x2 - x1 -30 Conclusão: - Quando x(t) é crescente - Quando x(t) é decrescente - Quando x(t) é constante Sentido positivo (+) Sentido negativo (-) Repouso 5 = 50 - 10 = 6,7 6-0 x x T1 t(s) T1 Máximo: inversão de Sentido (+ para -) t(s) Mínimo: inversão de sentido (- para +) 1.6. Distância percorrida sobre a trajectória e deslocamento -10 0 20 Deslocamento: x= xf – xi=-10-0= -10m Distância: S=|20-0|+|-10-20|=20+30=50m -Deslocamento: Grandeza vectorial que indica como varia a posição (+,-,0) x= xf-xi -Distância: Medida do percurso ao longo de uma trajectória. É uma grandeza escalar e é sempre positiva. S= | x1|+| x2|+… Espaço percorrido: caminho ou percurso efectuado por um corpo. Rapidez média e velocidade média Rapidez média: Grandeza escalar positiva que define a distância percorrida por um corpo num dado intervalo de tempo. Rm = S Velocidade média: Grandeza vectorial que Indica se um corpo se desloca mais ou menos num determinado intervalo de tempo. Vm= Exemplo: -10 0 10 6 x Rm ? Vm ? S = |10-0|+|-10-10|= 30m Rm= S/ t = 30/2 =15m x= xf-xi= -10-0=-10m Vm= x/ t = -10/2=-5m/s 1.7. Velocidade Velocidade Instantânea ou velocidade Velocidade: define-se num dado instante. É uma grandeza vectorial tangente à trajectória, que aponta no sentido do movimento e cujo módulo indica a rapidez do movimento. Trajectória Rectilínea Trajectória Curvilínea NOTA: a velocidade é um vector tangente à trajectória. v1 v1= 80Km/h v2 v2=120Km/h 1.8. Velocidade e gráficos Posição-Tempo x t V= Vm = x/ t - O valor da velocidade é igual ao declive da recta ao gráfico posição-tempo. Gráficos velocidade-tempo (v=0, indica inversão de sentido) v2 C v1 A v>0 – sentido positivo v<0 – sentido negativo B 7 1.9. Gráficos Posição-Tempo Cálculo de deslocamentos a partir de gráficos v=v(t) V(m/s) V(m/s) t x t x = xf-xi 8 NOTA: só com gráficos velocidade-tempo é que se calcula a área. Representação de forças Superfície com atrito Corpo a cair 2.Da Terra à Lua Superfície com atrito Corpo atirado ao ar Corpo suspenso 2.1. Interacções à distância e de contacto Forças Contacto Distância: -Força Magnética (íman) -Forças Gravítica (devido à massa) -Força eléctrica. 2.2. Forças fundamentais da Natureza Alcance As quatro interacções fundamentais da Natureza Nuclear Forte 10 m Interacção Interactua entre quarks Efeito Mantém a agragação nuclear Intensidade 1 Electromagnética Sem limites Interactua entre todas as cargas eléctricas Mantém os átomos agregados uns aos outros 10 9 Nuclear Fraca 10 m Interactua entre electrões É responsável pela radioactividade 10 Gravitacional Sem limites Interactua entre as massas de todos os corpos Mantém os planetas nas suas órbitas 10 2.3. Pares acção-reacção e 3º lei de Newton Pares acção/reacção ou 3ª lei de Newton Características: -Têm a mesma intensidade; -Têm sentidos opostos; -São aplicados em corpos diferentes; -Resultam da mesma interacção. 3ª lei newton: quando um corpo exerce uma força sobre outro, este exerce também sobre o primeiro uma força de igual modulo e direcção, mas de sentido contrário, ou seja, FA/B=-FA/B. Exemplo: Sul F Norte Sul Norte F A Forças de contacto B Forças à distância 2.4. Lei da Gravitação Universal Lei da Gravitação Universal Dois corpos atraem-se exercendo, cada um sobre o outro, uma força directamente proporcional às suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que os separa, isto é, Fg GMm d2 Fg – intensidade da força gravítica (N) M e m- massa dos corpos que interactuam (Kg) d- distancia existente entre os centros de massa dos corpos (m) G – constante de gravitação universal (6,67x10 Nm/kg) 10 Terra Lua M m NOTA: a lei da gravitação universal descreve a atracção existente entre todos os corpos com massa, em qualquer sítio do universo. 2.5. Efeito das forças sobre a velocidade Efeito das Forças Sobre a Velocidade Uma força provoca sempre uma variação na velocidade. F F vA vB A vA B A vB B -No movimento rectilíneo, se a velocidade for nula, a força exercida faz mover o corpo; -Se a força e a velocidade tiverem a mesma direcção, há uma variação no modulo da velocidade; -Se tiverem o mesmo sentido aumenta o módulo da velocidade; -Se tiverem sentidos opostos, o modulo da velocidade diminui. Fy vB F=Fy+Fx Altera o valor da velocidade Fx Altera a direcção do movimento -No movimento curvilíneo se a força e a velocidade não tiverem a mesma direcção, a força faz alterar a direcção da velocidade; -A componente da força em X dá-nos a direcção da velocidade; -A componente da força em Y dá-nos a variação do módulo do v. 11 -Uma força que actua numa direcção perpendicular á da velocidade, altera apenas a direcção do movimento. V= cte (movimento circular) 2.6. Aceleração Aceleração média É uma grandeza que mede a variação da velocidade em valor, em direcção e sentido. v am t A. V > 0 (sentido positivo) tem o mesmo sinal, logo a velocidade aumenta Am > 0 (sentido positivo) tem o mesmo sinal, logo a velocidade aumenta B. V> 0 (sentido positivo/negativo) têm os sinais contrários logo a velocidade diminui Am< 0 V< 0 sentido negativo V< 0 sentido negativo Am< 0 V aumenta Am> 0 V diminui 12 Nota: Se a aceleração média e a velocidade tem o mesmo sentido, então o movimento é rectilíneo acelerado. Se a aceleração média e a velocidade tem sentidos opostos, então o movimento é rectilíneo retardado. Aceleração: grandeza associada á variação da velocidade num dado intervalo de tempo. o movimento rectilíneo pode ser acelerado ou retardado. v v (Aa > 0) (Ab < 0) Aceleração: é o declive da recta tangente ao ponto em gráficos v=v(t) v am t -Movimento rectilíneo uniformemente acelerado A. V > 0 / A > 0 V aumenta (acelerado) B. V > 0 / A < 0 V diminui (retardado) C. V < 0 / A < 0 V aumenta (acelerado) D. V < 0 / A > 0 V diminui (retardado - Movimento rectilíneo uniformemente retardado 13 -Movimento rectilíneo uniforme (a = 0 m/s) v1 v2 v1 a=0 v2 a=0 a = 0 porque a direcção da velocidade está a variar. a=0 - No movimento curvilíneo a aceleração nunca tem direcção da V. 2.7. 2º Lei de Newton 2º Lei de Newton A aceleração adquirida por um corpo é directamente proporcional à intensidade da resultante das forças que actuam sobre esse corpo, tem a direcção e o sentido da força resultante e é inversamente proporcional à massa. a1 a2 a3 Fr m a F=mxa Fr = m x a 14 2.8. 1º Lei de Newton 1º lei de Newton Se um corpo está em repouso, há-de permanecer em repouso. Se um corpo está em movimento, há-de continuar em movimento c/ movimento rectilíneo uniforme. Nota : quanto maior é a massa, maior é a inércia (a massa influencia a inércia). Fr = 0 => a = 0 => V = cte ; Mov. Rect 2.9. Movimentos de queda à superfície da Terra Leis do Movimento v a x t t t -Movimento Rectilíneo Uniforme: v é cte, logo a aceleração é nula. x x0 vt Lei das posições para este movimento -Movimento Rectilíneo Uniformemente variado: Acelerado: v aumenta; a>0 (positiva) Retardado: v diminui; a<0 (negativa) v a v t t 15 t Lei do Movimento 1 x x0 v0t at 2 2 v v0 at V =V +2a ou x Lei das velocidades Lançamento na vertical com resistência do ar desprezável Fg Fg GMm d2 Terra Nota: um corpo sujeito apenas a força gravítica é designado para grave e diz-se em queda livre. Subida 1 y y0 v0t gt 2 2 Lei das posições v v0 gt Lei das velocidades Descida a g 16 Lei da aceleração Lançamento na horizontal Lançar um corpo na horizontal significa imprimir-lhe uma velocidade inicial na horizontal Um lançamento horizontal é uma composição de dois movimentos, um movimento uniforme na direcção horizontal é um movimento uniformemente variado na direcção vertical. Num movimento horizontal só há velocidade inicial na direcção horizontal. - Num lançamento na horizontal, a função x(t) na direcção horizontal pode ser escrita como : - Num lançamento na horizontal, a função v(t) na direcção horizontal pode ser escrita como: - Num lançamento horizontal, a função v(t) na direcção vertical pode ser escrita como: -Num lançamento horizontal, a função y(t) na direcção vertical pode ser escrita como: 17 Queda com resistência do ar não desprezável -Movimento de queda e subida de corpos sujeitas apenas à Fg : São uniformemente variadas: o módulo da aceleração gravítica, g, é constante. São uniformemente retardadas na subida (por cada segundo a velocidade diminui de 9.8 m/s) e uniformemente aceleradas a descida (por cada segundo a velocidade aumenta 9,8) As funções y(t) e v(t) são : 1 y y0 v0t gt 2 2 v v0 gt Pára – quedas (A) P> Rar (B) P= Rar (C) P< Rar (D) P= Rar A V aumenta, logo a Rar também aumenta. 1ª V terminal A Rar> P 2º V teminal Fr = P-Rar = 0 Fr=0 Fr = 0; Movimento Acelerado Não é uniforme/ não é cte. Movimento rectilíneo uniforme (V costante) Fr = 0 e como Fr se opõe ao movimento a V é menor ; a Rar também dimiunui Movimento retardado 18 Movimento rectilíneo uniforme (V constante) Velocidade terminal: velocidade atingida por um corpo em queda quando o peso e a força de Rar se equilibram. Lançamento na horizontal com Rar desprezável Um lançamento horizontal é uma composição de dois movimentos, Movimento uniforme, na direcção horizontal. Movimente uniformemente variado, na direcção vertical Segundo o eixo dos xx Segundo o eixo dos yy - Lançar um corpo na horizontal significa imprimir-lhe uma velocidade inicial (Vo) na horizontal. - Neste movimento só existe Vo segundo o eixo dos xx. Nota: Quanto maior for a velocidade inicial, maior será o alcance. -Equações paramétricas do movimento / lei das posições 19 -Componente escalar do vector velocidade -Valor da velocidade num dado instante - Ângulo que o vector velocidade faz com a horizontal num dado instante. chegam ao chão ao mesmo tempo O tempo de queda é independente da massa do corpo. Quanto maior a Vo, maior será o alcance. Caem ao mesmo tempo 20 2.10. Satélites, Movimento circular e uniforme Satélite geostacionário Descreve um movimento circular uniforme com um período igual a 24horas numa orbita equatorial. T=24H - Movimento circular uniforme Direcção da V varia Terra V varia -> an = 0 mas, V é cte Fr = 0 ; F = m x a ; F = m x an Modulo: Direcção: radial Sentido: aponta sempre para o centro da trajectória. ac v2 ou ac 2 R R Determina a h da superfície da terra ao satélite. 21 Movimento circular uniforme Características: Trajectória circular; Velocidade variável com módulo constante; Força resultante (chamada força centrípeta) também sempre; Período do movimento (T): tempo de uma rotação completa; Frequência do movimento (F): numero de rotações por unidade de tempo; Velocidade angular (w): o ângulo descrito por uma unidade de tempo; Módulo da aceleração (ac). Satélite geostacionário é um artificial que: Orbita em torno da terra. Descreve uma trajectória circular constante. Acompanha o movimento da terra com velocidade de módulo constante, direcção tangente a trajectória e sentido de oeste para este. Demora 1 dia, (24horas) a completar uma volta em tono da terra. Tem movimento circular uniforme. Os satélites geostacionários são utilizados para: Comunicação Observação do planeta para investigação e meteorologia Determinação de posição Velocidade linear (V) : é constante em valor, sendo a sua direcção tangente á circunferência em qualquer ponto. v 2 R ou v R T -> Expressão que relaciona a velocidade linear com a velocidade angular. Velocidade angular (w) : é a grandeza que mede a rapidez a que os ângulos são descritos. t 22 Período do movimento (t): é o tempo de duração de uma volta completa (SI: segundos) 1 f T Frequência (Hz): é o numero de voltas que um corpo executa em cada unidade de tempo (SI: Hz) T 1 f f=1 Aceleração centrípeta : v2 ac ou ac 2 R R v 2 R ou v R T 2 ou 2 f T -> Para uma volta completa 1.UNIDADE 2 – Comunicações (comunicação de informação a curtas e longas distancias) 1.1.Sinais Comunicação de informação – a forma escolhida para comunicar depende da distancia entre a fonte sonora e o receptor. As curtas distâncias: a informação é transmitida através de uma onda sonora, para fazer chegar a onda sonora podem se utilizar altifalantes e microfones. 23 As longas distâncias: a informação sonora e transmitida através de ondas electromagnéticas. A comunicação por rádio, Tv e telemóveis propaga-se sob a forma de luz (radiação) e é enviada e recebida por antenas. Processo de comunicação: FONTE (emissão)>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> RECPTOR (recepção) Sinal: é uma perturbação de qualquer espécie que é usada para (comunicar) transmitir uma mensagem ou parte dela. Um sinal encontra-se no tempo e no espaço. Propagação de um sinal : ondas Ondas: propagação de uma perturbação Exemplo: sequência de pulsos numa corda. Existe: Energia potencial: devido ao afastamento das partículas em relação a sua posição de equilíbrio. Energia cinética: devido ao movimento (há transferência de energia de um local para o outro. Assim, uma onda transporta energia, mas não matéria. Natureza das ondas Ondas mecânicas: necessitam de um meio material (sólido, liquido e gasoso) para se propagarem (não se propagam no vazio). Há oscilações das partículas do meio. Exemplo: ondas sonoras, na água, sísmicas, na corda, SOM. Ondas electromagnéticas: não necessitam de um meio material para se propagarem. Propagam-se no vazio. Há oscilações de um campo magnético. Exemplo: radiação ultra violeta, LUZ. Nota: no espaço existem explosões mas não as ouvimos ao facto de não se propagarem no vazio, no entanto a luz do sol chega ate nós pois a radiação já se propaga. 24 Ondas transversais: as partículas oscilam numa direcção perpendicular á direcção em que se propagam as ondas. Exemplo: ondas na água, ondas na corda, radiação electromagnética (LUZ). Ondas longitudinais: as partículas oscilam na mesma direcção que se propagam as ondas. Exemplo: mola, ondas sonoras (som). Velocidade de uma onda v s t A velocidade de uma onda depende do meio em que se propaga (ou seja propaga-se em diferentes meios e com velocidades diferentes). A velocidade da luz diminui com o aumento da densidade do meio. A velocidade do som aumente com o aumento da densidade do meio. Onda periódica: a periodicidade no tempo está associada ao período (T) da onda. O período de uma onda só depende do período de emissão de fonte que produz o sinal. A periodicidade no espaço esta associada ao comprimento de onda( ). Representação gráfica de ondas 1) Em função do tempo/ periodicidade temporal (t) T – Período (S) F – frequência A e B são pontos na mesma fase de vibração. Y – enlongamento (m) Y Max – amplitude (A) Y min – amplitude (-A) 25 2) em função da distancia / periodicidade espacial ( ) - Comprimento de onda A - Amplitude Comprimento de onda ( ) : distancia que a onda avança ao fim de um período. Mede a periodicidade de uma onda no espaço. Amplitude (A): máximo afastamento na oscilação em relação à posição de equilíbrio. SI: metros. Período (T): intervalo de tempo entre a emissão de dois pulsos, mede a periodicidade da onda no tempo. Frequência (f): é o número de oscilações por unidade de tempo SI: Hz Velocidade (V): o módulo indica a rapidez com que se propaga a onda. v T v s t vf Fórmulas equivalentes da velocidade. Formulas da (f) e do (t) 26 Sinal harmónico e onda harmónica A representação gráfica do deslocamento do corpo em relação á posição de equilíbrio é uma curva análoga à função seno ou co seno. Expressão da lei do movimento harmónico y A sin t (Y): elongações: posição das partículas em relação a posição de equilíbrio (m) (Ymax): A (Ymin): –A (A): amplitude da oscilação: a amplitude da onda está relacionada com a intensidade do sinal emitido. Um sinal é tanto mais intenso quanto > for a sua amplitude. (W): frequência angular: é a frequência da fonte que emite o sinal. 2 f 2 T 1.2. Som O som resulta da vibração de partículas de um dado meio material, criando zonas de maior densidade de partículas e outras de menor densidade. Produção e propagação de um sinal sonoro: - O som tem origem na vibração de um meio elástico; - O som propaga-se em meios líquidos, sólidos ou gasosos; - Propaga-se em todas as direcções; - Não se propaga no vazio; - A propagação do som ocorre devido às várias compressões e rarefracções do meio; - Nas compressões verifica-se um aumento de pressão ou de massa volúmica do meio; -Nas rarefracções verifica-se uma diminuição de pressão ou de massa volúmica do meio; - A onda sonora é uma onda mecânica porque o sinal sonoro necessita de um meio elástico para se propagar; - A onda sonora é uma onda longitudinal porque as várias compressões e rarefracções ocorrem na direcção da sua propagação; - Nas ondas sonoras ou em qualquer onda mecânica verifica-se a transferência de energia entre as partículas do meio elástico, mas não se verifica o seu transporte. 27 Espectro sonoro 0 20 Infra-sons 20000 Sons audíveis … Ultra-sons Frequência (Hz) Deste modo criam-se : Zonas de compressão – P> Patm Zonas de rarefacção – P < Patm A onda sonora é uma onda de pressão – o som propaga-se da esquerda para a direita: -Num dado ponto a pressão varia periodicamente Atributos do SOM Os sons são caracterizados através de: Altura: Está associada à frequência da onda sonora. A altura do som é a característica que permite distinguir sons agudos de sons graves. Em acústico, o primeiro chama-se som alto e o segundo baixo. 28 A altura do som esta directamente relacionado com a frequência da onda sonora: um som é tanto mais alto quanto maior for a sua frequência. Os sons das notas musicais (do re mi fa sol la si) têm alturas diferentes, isto é, frequências diferentes. A – som grave, frequência baixa B – som agudo, frequência alta Intensidade: está associada à amplitude da onda sonora. A intensidade do som é a característica que permite distinguir um som forte e um som fraco. A intensidade do som é proporcional ao quadro da amplitude e diminui com o aumento da distância entre o emissor e o receptor. Um som será tanto mais forte quanto > for a amplitude da oscilação. Timbre : está associado à complexidade do som. Permite distinguir sons com a mesma intensidade e altura, mas produzidos por diferentes fontes sonoros. Exemplo. guitarra e clarinete, vozes. Alto/Agudo Altura (frequência) Fraca Intensidade Baixo/Grave Forte 29 Sons puros e sons complexos Um som puro tem uma frequência bem definida. A forma de um som puro é a de uma função sinusoidal, ou seja, é uma onda sinusoidal harmónica. O diapasão é um instrumento que so produz um som fundamental, ou seja, um som sem harmónicos, o que o torna muito útil para afinar instrumentos. A sua nota de referencia é o Lá, cuja frequência é 440 Hz. Um som complexo resulta da sobreposição de sons puros, combinação do som fundamental e dos seus harmónicos. O som é um conjunto de oscilações sinusoidais. A de menor frequência e designada por frequência fundamental, as outras por harmónicas. 30 - O som é uma nota produzida por um instrumento musical, é a combinçao do som fundamental com os seus harmónicos. -O número de harmónicos e as suas intensidades relativas diferem de instrumentos para instrumento. Exemplo: Do emitido por um piano Do emitido por um clarinete -Têm timbres diferentes, mas têm a mesma frequência fundamental. 1.3. Microfone e Altifalante Microfone (funcionamento): O sinal sonoro provoca: - A vibração da membrana (devido à variação da pressão da onda sonora). -Oscilações da bobina que está ligada à membrana. -Variação do fluxo magnético do campo criado por um íman. Origina: -Corrente eléctrica no circuito da bobina Sinal eléctrico. Nota: transforma um sinal sonoro em sinal eléctrico de baixa frequência (corrente alternada). Converte: SINAL SONORO SINAL ELÉCTRICO Altifalante (funcionamento): Sinal Eléctrico: - A corrente eléctrica proveniente do microfone passa na bobina do altifalante. Como a bobina está imersa num campo magnético criado por um íman, ela passa a vibrar. Origina: -Oscilações da membrana do altifalante Sinal Sonoro Converte: SINAL ELÉCTRICO SINAL SONORO 31 Campo Magnético: O campo magnético (B) é uma grandeza vectorial que se manifesta através da acção que exerce sobre ímans e correntes eléctricas. Unidade SI é o Tesla (T). O vector campo magnético (B) é uma grandeza que caracteriza, em cada ponto, o campo magnético. -Linhas de campo magnético: são linhas imaginárias que permitem uma representação das características do campo magnético. -Propriedades das mesmas: - Apresentam maior densidade onde o campo é mais intenso; -São tangentes em cada ponto ao vector campo magnético e têm o sentido deste; -São sempre linhas fechadas e não se cruzam; -Saem do pólo norte e entram no pólo sul. A – Íman em barra B – Íman em forma de U C – Corrente eléctrica num fio condutor longo D – Solenóide (correntes circulares e paralelas) - O campo magnético criado entre os ramos de um íman em U ou no interior de um solenóide, uma bobina percorrida por uma corrente estacionária, são campos magnéticos uniformes. Estes dois campos são muito semelhantes, têm configurações iguais. (B-D) -As linhas de campo são circunferências concêntricas com o condutor em planos perpendiculares a este. (C) NOTA: no campo magnético uniforme, o vector campo magnético, é cte e as linhas de campo paralelas entre si. 32 Campo Eléctrico Se numa região do espaço se faz a acção de uma ou mais cargas eléctricas, verifica-se a existência de campo eléctrico. -Características: -Grandeza vectorial; -É tanto mais intenso quanto maior for a carga eléctrica que o cria; -É radial, pois tem a direcção do raio que passa pelo ponto; -É centrípeto se a carga criadora é negativa e centrifugo se a carga criadora for positiva; -Símbolo (E); -Unidade SI (V/m); -O campo criado por uma só carga é um campo de forças atractivas ou repulsivas. E Fel Fel E Q>0 Q<0 -Propriedades das linhas de campo: -São tangentes em cada ponto ao vector campo e têm o sentido destas; -O nº de linhas de campo é directamente proporcional à intensidade do campo eléctrico; -São linhas abertas com origem nas cargas positivas e termina nas negativas; -As linhas também nunca se cruzam. -Num campo criado por várias cargas, as linhas de campo começam numa carga positiva e terminam numa carga negativa. 33 Campo Eléctrico Uniforme (E=cte) Um campo eléctrico criado entre duas placas paralelas e condutoras com cargas de sinais opostos é um campo eléctrico uniforme. O vector campo eléctrico é constante e as linhas de campo são paralelas entre si, estão dirigidos da placa + para a placa menos. Força electromotriz induzida Fluxo magnético através de uma ou de várias espiras: o fluxo magnético, através de uma superfície plana está associada ao número de linhas de campo. Oersted: “Uma corrente eléctrica consegue criar um campo magnético.” Fontes de campo magnético: - ímans - Corrente eléctrica Faraday: “Se uma corrente eléctrica consegue criar um campo eléctrico, será que um íman consegue criar um campo eléctrico? ” Faraday comprovou experimentalmente a sua hipótese. Fontes de campo magnético: - cargas eléctricas - Campos magnéticos variáveis Fluxo magnético: Grandeza física relacionada com o nº de linhas de campo que atravessa uma determinada área e que, por definição, é o produto da intensidade (B) do campo, pelo valor da área (A) e pelo co-seno do ângulo: B A cos 34 - Fluxo magnético, unidade SI é o webber (wb) B - Intensidade do campo magnético. A – Área(m2) NOTA: o fluxo magnético é o produto da intensidade do campo magnético que atravessa perpendicularmente a espira, pela área de superfície plana. O fluxo magnético pode alterar-se. Depende da: -Área da espira; -Ângulo que a normal à superfície faz com B; -Intensidade do campo magnético. -Fluxo magnético é máximo quando: A superfície é perpendicular ao campo e paralela à normal, ou seja, alfa=0. n cos =0 -Fluxo magnético é mínimo quando: A superfície é paralela ao campo e perpendicular à normal, ou seja, =90. n cos =90 Fluxo magnético TOTAL: Atravessa a bobina constituída por N espiras todas iguais. t N Indução Electromagnética Quando o campo magnético, que atravessa uma espira condutora eléctrica varia verifica-se a produção de uma corrente eléctrica (corrente induzida). Esta corrente eléctrica é produzida por indução magnética. 35 A indução electromagnética consiste na produção de corrente eléctrica através da variação do fluxo magnético que atravessa uma espira. O fluxo magnético que atravessa uma espira varia se: -Um íman se mover no interior de uma espira; -A espira se mover na região do campo magnético. -A intensidade da corrente eléctrica induzida aumenta com a rapidez com que o campo magnético varia. Lei de Faraday t Ei – força electromotriz induzida, unidade SI (volt - V). - Variação do flxo magnético. - Intervalo de tempo. 36