UM OLHAR SOBRE A PESQUISA COM ÓLEOS ESSENCIAIS NO

Propaganda
UM OLHAR SOBRE A PESQUISA COM ÓLEOS ESSENCIAIS NO BRASIL A
PARTIR DA BASE DE DADOS SCIELO
Renan Dorfey Moreira – [email protected]
Departamento de Medicina – Universidade Federal de Sergipe
Karina Magno Macena Leão – [email protected]
Instituto de Tecnologias e Pesquisa do Estado de Sergipe
Jose Reynan Silveira Barreto – [email protected]
Departamento de Tecnologia de Alimentos – Universidade Federal de Sergipe
Antonio Martins de Oliveira Junior – [email protected]
Programa de Pós-Graduação em Ciência da Propriedade Intelectual – Universidade Federal de Sergipe
Joao Antonio Belmino dos Santos – [email protected]
Programa de Pós-Graduação em Ciência da Propriedade Intelectual – Universidade Federal de Sergipe
Jane de Jesus da Silveira Moreira – [email protected]
Programa de Pós Graduação em Ciência da Propriedade Intelectual – Universidade Federal de Sergipe
Resumo— O Brasil é o país com a maior diversidade genética vegetal do mundo, consistindo em importante
potencial de desenvolvimento sócio-econômico para o país. Exemplo disso são os óleos essenciais e produtos
derivados que industrialmente são empregados como matérias-primas para produtos de higiene, limpeza, cosméticos,
entre outros. Atualmente os dados sobre indicadores de pesquisa com óleos essenciais no Brasil são dispersos e
escassos. Visto isso, pesquisou-se sobre tais indicadores na base de dados Scielo no período de outubro a dezembro
de 2013, visando sistematizar quais as famílias de plantas mais estudadas, aplicações dos óleos essências, regiões de
maior produtividade, e quais instituições se destacaram em cada região, no período de 1993 a 2013. Foram
encontrados 347 artigos referentes a óleos essenciais, dos quais 91 artigos não identificaram a família da planta
estudada. Os artigos destacam as famílias Lamiacea e Labiateae, Asteraceae, Myrtaceae, Verbenaceae e Piperaceae.
As regiões brasileiras de maior destaque nas produções cientificas foram, por ordem decrescente, Sudeste, Nordeste,
Sul, Norte e Centro-Oeste. As principais instituições em pesquisa nessa área, por região, foram Sudeste UFLA,
UNESP, EMBRAPA, UFMG e UFRJ. No Centro-Oeste destacaram-se UFG, EMBRAPA, UFMS, IFS e UNB. No
Norte UFPA, EMBRAPA, UFAM, UFT e INPA. No Nordeste, UFPB, UFS, UFC, UESC e UFRPE. Já no Sul,
destacaram-se UFPR, UEM, UFSM, UCS e URI. Os dados apontaram como anos de maior publicação 2008, 2009,
2010, 2011 e 2012. Em relação ao objetivo das pesquisas, composição química, determinação de rendimento e
avaliação da atividade microbiológica foram os focos mais estudados.
Palavras-chave— óleo essencial, Scielo, levantamento, pesquisa, artigo.
Abstract - Brazil is the country with the greatest plant genetic diversity in the world, consisting of significant
potential for socio-economic development for the country. Examples are the essential oils and related products that
are industrially used as raw materials for hygiene products, cleaning, cosmetics, among others. Currently data on
indicators of research with essential oils in Brazil are scarce and scattered. As such, it researched about these
indicators in the database Scielo the period October-December 2013, which aimed to systematize the most studied
Proceeding of ISTI/SIMTEC – ISSN:2318-3403 Aracaju/SE – 24 a 26/09/ 2014. Vol. 2/n.1/ p.104-110
D.O.I.: 10.7198/S2318-3403201400020013
104
families of plants, applications of essences oils, regions with higher productivity, and institutions which have
excelled in each region in the period 1993-2013. 347 articles relating to essential oils, of which 91 articles did not
identify the plant family study found. The articles highlight the Lamiacea and Labiateae, Asteraceae, Myrtaceae,
Verbenaceae and Piperaceae families. The Brazilian regions most prominent in scientific productions were, in
descending order, Southeast, Northeast, South, North and Midwest. The main institutions in research in this area, by
region, were UFLA Southeast, UNESP, EMBRAPA, UFMG and UFRJ. In the Midwest stood out UFG, EMBRAPA,
UFMS, IFS and UNB. In North UFPA, EMBRAPA, UFAM, UFT and INPA. In the Northeast, UFPB, UFS, UFC,
UESC and UFRPE. Already in the South, stood out UFPR, EMU, UFSM, UCS and URI. Data showed greater years
of publication 2008, 2009, 2010, 2011 and 2012. Regarding the purpose of research, chemical composition,
determination of yield and assessment of microbiological activity were the most studied.
Keywords - essential oil, Scielo, survey, research, article.
I. INTRODUCÃO
O Brasil é o país com a maior diversidade genética vegetal do mundo, contando com mais de 55.000 espécies
catalogadas, de um total estimado entre 350.000 a 550.000 (Simões et al., 1999), consistindo em importante
potencial de desenvolvimento sócio-econômico para o país, como fonte de corantes, óleos vegetais, gorduras,
fitoterápicos, antioxidantes e óleos essenciais para o setor produtivo. Industrialmente os óleos essenciais e/ou
produtos derivados são empregados como matérias-primas para as indústrias de higiene e limpeza, alimentos e
bebidas, farmacêutica e cosmética, além de apresentarem atividade antimicrobiana, antifúngica, antioxidante, etc. A
indústria brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos apresentou um crescimento médio de 5,0% nos
últimos cinco anos, com faturamento liquido de R$ 9,5 bilhões em 2002, com previsão de crescimento de 15% para
2003, demonstrando a potencialidade econômica do setor (Abihpec, 2002).
A crescente busca das empresas por novos produtos nesta área constitui importante nicho de mercado para a
exploração comercial da flora aromática nacional. A exploração comercial desses recursos genéticos deve levar em
conta, além do fornecimento contínuo dos óleos essenciais, a conservação dos ecossistemas e a melhoria das
condições de vida das populações locais. Deve-se considerar também a identificação correta do material utilizado,
uma vez que as populações de uma espécie podem apresentar significativa variabilidade genética e química. A
exploração sustentável das espécies de interesse comercial deve ser feita, com base na determinação taxonômica
correta e, em informações sobre a sua distribuição geográfica, “em estudos demográficos, de biologia reprodutiva, de
variabilidade genética" química e fisiológica. O conjunto dessas informações permite, além do manejo sustentável, a
domesticação e o cultivo das espécies, diminuindo ou mesmo eliminando o impacto negativo do extrativismo
predatório (Bizzo, 2009)
No entanto, atualmente os dados sobre indicadores de pesquisa com óleos essenciais no Brasil são dispersos e
escassos. Visto isso, torna-se difícil prospectar os campos de investigação deficitários na área ou identificar as
potencialidades para imediata aplicação industrial e comercial. Nesse sentido, é de suma importância o agrupamento
e a ordenação desse tipo de informação, a fim de agilizar o processo de prospecção e inovação. Assim sendo, o
objetivo desse artigo foi traçar o perfil da pesquisa brasileira em óleos essenciais nos últimos 20 anos, segundo
informações obtidas através da base de dados Scielo (Scientific Eletronic Library On line).
II. METODOLOGIA
2.1 SELEÇÃO E TABELAMENTO DE DADOS
Durante o período de outubro a dezembro de 2013, efetuou-se o acesso a plataforma Scielo (www.scielo.org) com
intuito de encontrar pesquisas realizadas com óleos essenciais no Brasil nos últimos 20 anos. Ao acessar a
plataforma, escreveu-se “óleo essencial” no campo de pesquisa da mesma, selecionando-se as opções “todos os itens”
e “Brasil”. Depois de constatado o número total de trabalhos disponíveis iniciou-se a leitura, seguindo ordem
cronológica crescente – 1993 a 2013. Durante a leitura dos mesmos, foi feito o tabelamento dos dados em planilha do
Excel, previamente estruturada de forma a facilitar a organização das informações. Nome popular da planta, nome
Proceeding of ISTI/SIMTEC – ISSN:2318-3403 Aracaju/SE – 24 a 26/09/ 2014. Vol. 2/n.1/ p.104-110
D.O.I.: 10.7198/S2318-3403201400020013
105
cientifico, família a qual pertence, instituições produtoras do trabalho, região e estado das instituições, tipo de
obtenção do óleo, tipo de extração, parte estudada da planta, forma de armazenamento, rendimento do óleo,
composição química presente, densidade do óleo, aplicações e ano de publicação.
III. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com o objetivo de traçar o perfil da pesquisa brasileira em óleos essenciais nos últimos 20 anos realizaram-se a
leitura e tabelamento de dados de 347 trabalhos presentes na plataforma Scielo.
3.1 FAMÍLIA DAS PLANTAS
Foram encontrados 347 artigos referentes a óleos essenciais. Nestes, apresentaram-se 275 citações de nomes de
famílias, mas, no entanto esse importante dado esteve ausente em 91 estudos. Os artigos enfocaram 31 diferentes
famílias, conforme indicado na tabela 1:
Tabela 1: Famílias de plantas estudadas e percentual de ocorrência
Família
Lamiacea/Labiateae
Asteraceae
Myrtaceae
Verbenaceae
Poaceae/Gramineae
Piperaceae
Zingiberaceae
Lauraceae
Leguminosae/Falaceae
Rutaceae, Annonnaceae e Anacardieae
Bignoniaceae
Apiaceae/Umbelliferae, Pittosporaceae,
Euphorbiaceae, Burseraceae, Monimiaceae,
Winteraceae e Polygonaceae
Guttiferae, Gesneriaceae, Pinaceae, Malvaceae,
Boraginaceae, Turneraceae, Flacourtiaceae,
Crassulaceae, Chloranthaceae, Scrophylariaceae
e Meliaceae
Percentual de trabalhos
33%
12,36%
9,09%
8,36%
6,9%
5,09%
3,63%
3,27%
2,9%
1,45%
1,81%
0,72% cada família
0,36% cada família
3.2 REGIÕES DE PRODUÇÃO DAS PESQUISAS
As regiões brasileiras produtoras das pesquisas foram classificadas de acordo com sua produção cientifica,
aparecendo o Sudeste em primeiro lugar com 185 pesquisas, totalizando 43,32% do total, seguido pelo Nordeste com
96 (22,48%), Sul com 91 (21,31%), Norte com 28 (6,55%) e Centro-Oeste com 27 (6,32%). Ressalta-se que as
pesquisas aqui citadas levaram em consideração o domicilio de todos os autores citados, ou seja, muitos destes
trabalhos foram realizados em parcerias entre instituições de diferentes regiões, elevando o número de citações de
cada região.
Proceeding of ISTI/SIMTEC – ISSN:2318-3403 Aracaju/SE – 24 a 26/09/ 2014. Vol. 2/n.1/ p.104-110
D.O.I.: 10.7198/S2318-3403201400020013
106
3.3 INSTITUIÇÕES DE DESTAQUE POR REGIÃO
As instituições que mais se destacaram no Sudeste, dentre um total de 247 publicações e 45 instituições, foram
UFLA (Universidade Federal de Lavras) com 21,45% do total de publicações da região, UNESP (Universidade do
Estado de São Paulo) com 8,90%, EMBRAPA (Embrapa Agroindústria de Alimentos, Embrapa Milho e Sorgo,
Embrapa Gado de Corte, Embrapa Meio Ambiente) com 8,09%, UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais)
com 8,09% e UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) com 8,09%.
Na região Centro-Oeste, de um total de 34 publicações e 8 instituições, destacaram-se UFG (Universidade Federal
de Goiás) com 41,17% do total de publicações da região, EMBRAPA (CENARGEN, Embrapa Recursos Genéticos e
Biotecnologia, Embrapa Gado de Corte, Embrapa Hortaliças) com 20,58%, UFMS (Universidade Federal do Mato
Grosso do Sul) com 17,6%, IFS (Instituto Federal de Educação) com 5,88% e UNB (Universidade de Brasília) com
5,88%.
No Norte brasileiro, de um total de 48 publicações e 17 instituições, destacaram-se UFPA (Universidade Federal
do Pará) com 18,75% do total de publicações do estado, EMBRAPA (Embrapa Acre, Embrapa Amazônia Oriental)
com 18,75%, UFAM (Universidade Federal do Amazonas) com 12,5%, UFT (Universidade Federal de Tocantins)
com 12,5% e INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) com 4,16%.
Enquanto na Nordeste, de um total de 122 publicações e 22 instituições, destacaram-se UFPB (Universidade
Federal da Paraíba) com 25,40% do total de publicações da região, UFS (Universidade Federal de Sergipe) com
19,67%, UFC (Universidade Federal do Ceará) com 12,29%, UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz) com
8,19% e UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) com 6,55%.
Já no Sul, de 129 publicações e 31 instituições, destacaram-se UFPR (Universidade Federal do Paraná) com
17,05% do total de publicações do estado, UEM (Universidade Federal de Maringá) com 9,30%, UFSM
(Universidade Federal de Santa Maria) com 8,52%, UCS (Universidade de Caxias do Sul) com 7,75% e URI
(Universidade Regional Integrada do Alto do Uruguai e das Missões) com 6,20%.
3.4 ANO DAS PUBLICAÇÕES
No período compreendido entre os anos de 1993 e 2013 o número de publicações variou, conforme o gráfico 1,
destacando o ano de 2009:
Gráfico 1: Número de publicações, por ano, no período de 1993 a 2013 na base Scielo.
Proceeding of ISTI/SIMTEC – ISSN:2318-3403 Aracaju/SE – 24 a 26/09/ 2014. Vol. 2/n.1/ p.104-110
D.O.I.: 10.7198/S2318-3403201400020013
107
3.5 APLICAÇÃO DA PESQUISA DESENVOLVIDA
Dentre as pesquisas com óleos essenciais presentes na plataforma Scielo, as aplicações variaram desde apenas uma
aplicação até três aplicações por trabalho. Em destaque aparece composição química do óleo essencial, visando a
identificação dos constituintes do mesmo, e atividade microbiológica, na qual se encontra por exemplo a aplicação do
óleo com finalidade de toxicidade e/ou morte de parasitas, fungos e/ou bactérias. Na tabela 2 estão listadas todas as
aplicações das pesquisas desenvolvidas em cada região, ressaltando-se que muitos dos trabalhos foram feitos em
parceria por instituições de diferentes regiões.
Tabela 2: Aplicações das pesquisas com óleos essenciais em cada região
AA
AB
AF
AS
AM
CM
CO
CQ
ED
EO
FA
FM
GE
PR
RE
AA e CQ
AA e AB
AA e AM
AA, AM e CQ
AB e AM
AB e CQ
AB e FA
AB, CQ e RE
AM e PR
AM e CQ
AM e FA
AM e RE
AM, CQ e FA
AM, CQ e PR
AM, CQ e RE
CQ e FA
CQ e PR
CQ e RE
CQ, PR E RE
CO e RE
EX e PR
EX e RE
PR e RE
Sudeste
0,46%
2,30%
0,46%
Centro-Oeste
Norte
5,54%
0,46%
0,23%
8,54%
0,23%
0,23%
2,30%
0,23%
0,23%
1,38%
7,39%
0,23%
0,69%
2,54%
6,69%
Sul
0,46%
1,38%
0,23%
0,23%
3%
0,92%
1,38%
0,23%
2,07%
3,69%
0,69%
0,23%
0,69%
0,92%
0,23%
1,15%
0,92%
0,23%
1,84%
1,84%
0,46%
1,61%
0,23%
0,69%
0,23%
1,15%
0,23%
0,23%
0,23%
0,23%
0,46%
0,46%
0,69%
Nordeste
0,23%
1,61%
0,23%
0,23%
0,23%
0,23%
0,69%
0,23%
0,23%
1,84%
0,23%
0,69%
1,15%
2,30%
0,23%
0,23%
0,23%
0,23%
0,23%
0,46%
0,46%
4,61%
0,46%
0,23%
0,23%
0,23%
0,46%
0,23%
1,38%
0,23%
0,69%
4,03%
0,23%
0,23%
1,15%
0,46%
3%
0,92%
0,23%
0,23%
AS - análise sensorial; AA - atividade antioxidante; AB - atividade biológica; AF – atividade fisiológica; AM - atividade microbiológica; CM – comercial; CO conservação; CQ - composição química; ED – educação; EO – estabilidade oxidativa; EX - extração; FA – farmacologia; FQ – físico-química; GE- genética; PR
– produção; RE – rendimento.
Proceeding of ISTI/SIMTEC – ISSN:2318-3403 Aracaju/SE – 24 a 26/09/ 2014. Vol. 2/n.1/ p.104-110
D.O.I.: 10.7198/S2318-3403201400020013
108
3.6 FORMA DE OBTENÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL PESQUISADO
O método de obtenção foi predominantemente extrativo (76,08%), 15,27 % adquirido comercialmente, 0,86%
extrativo e comercial e 7,78% dos artigos não citaram a forma de obtenção do óleo estudado.
3.7 FORMA DE EXTRAÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL PESQUISADO
Para os óleos essências que foram obtidos por técnicas extrativas, a forma de extração predominante foi a destilação
(78.09%), seguida por arraste a vapor (8,35%), arraste a vapor e coobação (0,57%), arraste a vapor e extração
mecânica (0,28%), CO2 pressurizado (0,28%), coobação ou recirculação de água condensada (0,28%), destilação e
CO2 supercrítico (0,28%), evaporação rotativa (0,28%), extração com álcool etílico (0,28%), percolação (0,28%) e
10,95% não apresentaram forma de extração.
3.8 PARTE DA PLANTA UTILIZADA NA OBTENÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL
Dentre as partes das plantas utilizadas na obtenção do óleo essencial destacaram-se apenas folhas em 60,8% dos
trabalhos, folhas e galhos em 2,3%, apenas frutos em 2,01%, folhas e flores em 2,01%, planta inteira em 1,44%,
apenas rizoma em 1,44% e folhas e caules também em 1,44% dos trabalhos.
3.9 RENDIMENTO
Em relação ao rendimento do óleo essencial, 62,24% dos trabalhos apresentaram tal dado e 37,76% não
apresentaram.
3.10 FORMA DE ARMAZENAGEM
A forma de armazenagem foi descrita em 33,72% dos trabalhos, enquanto 66,28% não descreveram de que forma o
óleo essencial foi armazenado após sua obtenção.
3.11 COMPOSIÇÃO QUÍMICA
A composição química dos óleos essenciais estudados foi apresentada em 66% das pesquisas.
3.12 DENSIDADE
A informação sobre a densidade dos óleos essenciais se fez presente em 8,06% das pesquisas.
IV. CONCLUSÕES
A família de plantas mais estudada foi Lamiacea/Labiateae, sendo as folhas das plantas as mais utilizadas para
obtenção do óleo essencial. O modo de obtenção mais usado foi a extração e o método de destilação por arraste a
vapor o mais utilizado como meio. Foi marcante a presença de dados de rendimento do óleo essencial, a não
descrição da forma de armazenamento do mesmo, a presença de informação da composição química e a ausência da
informação sobre a densidade. A região brasileira com maior número de pesquisas na área foi o Sudeste, tendo a
Universidade Federal de Lavras como a instituição que mais publicou no período avaliado. No Centro-Oeste,
destaca-se a Universidade Federal de Goiás, no Norte a Universidade Federal do Pará e EMBRAPA, no Nordeste a
Universidade Federal da Paraíba e na região Sul a Universidade Federal do Paraná. O ano com maior número de
publicações foi o de 2009, e os temas de pesquisa de maior interesse foram composição química e atividade
microbiológica.
Proceeding of ISTI/SIMTEC – ISSN:2318-3403 Aracaju/SE – 24 a 26/09/ 2014. Vol. 2/n.1/ p.104-110
D.O.I.: 10.7198/S2318-3403201400020013
109
AGRADECIMENTO
Os autores agradecem ao CNPq pela bolsa PIBIT concedida a esta pesquisa.
REFERÊNCIAS
SCIELO. www.scielo.org, acessado no período de outubro a dezembro de 2013.
BIZZO, H.. HOVELL A. M. C . E REZENDE C . M.; (2009) Óleos Essenciais no Brasil: Aspectos gerais,
desenvolvimento e perspectivas. Química Nova, vol. 32, nº 3, 588-594.
C ARVALHO. J. S. R.; Microencapsulamento de Óleo Essencial de Origanum virens L. em Matrizes de Gelatina e
Gelatina/Sacarose. Dissertação, Lisboa, 2009.
C HRISTENSEN, F. M., Extraction by Aqueous Enzymatic Process, INFORM v.2, p.984-987, 1991.
GARGANO, A. C., Estudo da atividade ansiolítica e sedativa do óleo essencial das cascas de frutos de espécies do
gênero Citrus. Dissertação de Mestrado, UNESP, São Paulo, 2007.
GROSSMAN, L., Óleos Essenciais na culinária, cosmética e saúde, Editora Optionline, São Paulo, 301 p. 2005.
LUPE, F. A.; Estudo da composição química dos óleos essenciais de plantas aromáticas da Amazônia. Dissertação.
Universidade Estadual de Campinas-Campinas – São Paulo, 2007.
PORTAL
NEGÓC
IOS
C
OM
FLORES
<http://www.negocioscomflores.com.br/artigos/artigos_publicados_boticario_perfume.html> acesso em 01 de
fevereiro de 2013.
SHANKAR, D., AGRAWAL, Y.C., SARKAR, B.C ., SINEH, B.P.N. Enzymatic hydrolysis in conjunction with
conventional pretreatments to soybean for enhanced oil availability and recovery. Jornal of AOC S , v.74, n. 12, p.
1543-1547, 1997.
WOLFFENBÜTTEL, A. N., Base da química dos óleos essenciais e aromaterapia: abordagem técnica e científica.
São Paulo : Roca, 2010.
Submetido em 13/06/2014
Aprovado em 07/08/2014
Proceeding of ISTI/SIMTEC – ISSN:2318-3403 Aracaju/SE – 24 a 26/09/ 2014. Vol. 2/n.1/ p.104-110
D.O.I.: 10.7198/S2318-3403201400020013
110
Download