reino fungi

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REINO FUNGI
Os fungos são popularmente conhecidos por bolores, mofos, fermentos, levedos, orelhas
de pau, trufas e cogumelos de chapéu (champignon). É um grupo bastante numeroso, formado
por cerca de 200.000 espécies espalhadas por praticamente qualquer tipo de ambiente. O
ramo da biologia dedicado ao estudo dos fungos é a micologia ou micetologia. A palavra
micologia é derivada de duas palavras gregas: “Mykes” que significa cogumelo e “logos”
estudo. Antigamente, a micologia era considerada um ramo da botânica, sendo os fungos
classificados como plantas. Os cogumelos eram considerados plantas que desprovidas de
certos órgãos.
Os fungos são organismos heterotróficos de variadas dimensões. Possuem tamanhos
consideráveis como os cogumelos e também tamanhos microscópicos como as leveduras e
bolores. Os fungos apresentam-se formados por hifas, filamentos longos e ramificado, que em
conjunto com outras hifas, formam o talo de um fungo denominado micélio. Porém, fungos
microscópicos como as leveduras que são seres unicelulares, não formam hifas e crescem
diretamente de esporos em esporângios multinucleados.
São delimitados exteriormente por uma parede celular quitinosa (ou seja, com quitina) e
se reproduzem por diferentes processos podendo ser sexuais, assexuais e parassexuais.
Possuem comportamentos variados e podem ser parasitas, simbiontes ou sapróbicos.
Os Fungos são classificados em quatro divisões:
Zygomycota
Ascomycota
Basidiomycota
Deuteromycota
A micologia estuda cada divisão desta que reúnem fungos diversos, desde os mais
perigosos e mortais, até os indispensáveis ao combate de infecções bacterianas.
A micologia estuda os fungos em diversas áreas:
Na indústria, onde os fungos, principalmente as leveduras, são usados como fermentos
na indústria panificadora, láctea e também na produção de bebidas alcoólicas.
Na medicina, com a descoberta da penicilina, um poderoso antibiótico natural produzido
por um fungo e descoberto em 1928 por Alexander Fleming, o índice de mortes causadas por
infecções bacterianas reduziram bastante, causando um avanço na medicina desde então.
Porém, muitos fungos existentes são motivos de preocupação por oferecerem riscos de morte
se ingeridos e também causarem diversas infecções como micoses, candidíase, entre outras.
Na alimentação os fungos são utilizados na fabricação de vários produtos alimentares
como queijos, pães, etc. Os cogumelos comestíveis, como os champignons, são muito
apreciados e fonte de proteínas, sendo considerados alimentos saudáveis e nutritivos. As
trufas também são bastante consumidas e caracterizadas pelo sabor intenso e aroma
característico.
Na agricultura os fungos podem atuar de forma benéfica associando-se com raízes de
algumas plantas, formando assim, as micorrizas, que aumentam a capacidade de absorção de
água pelas plantas. Podem também causar efeito negativo, provocando infecções como a
ferrugem negra do trigo ou até mesmo o apodrecimento da madeira.
Dentre os fungos mutualísticos, existem os que vivem associados a raízes de plantas
formando as micorrizas (mico= fungo; rizas = raízes). Nesses casos os fungos degradam
materiais do solo, absorvem esses materiais degradados e os transferem à planta, propiciandolhe um crescimento sadio. A planta, por sua vez, cede aos fungos certos açucares e
aminoácidos de que ele necessita para viver.
Algumas
plantas
que
formam
as
micorrizas naturalmente são o tomateiro, o
morangueiro, a macieira e as gramínias em
geral.
As micorrizas são muito frequentes
também em plantas típicas de ambientes com
solo pobre de nutrientes minerais, como os
cerrados,
no
território
brasileiro.
Nesses
casos, elas representam um fator importante
de adaptação, melhorando as condições de
nutrição da planta.
Os liquens, como organismos simbióticos excepcionais (Simbiose é uma relação
mutuamente vantajosa entre dois ou mais organismos vivos de espécies diferentes), são
encontrados em todas as regiões do mundo e, geralmente, em áreas submetidas a condições
climáticas severas. Mesmo com a capacidade de sobreviverem em diferentes ambientes, eles
são muito sensíveis à poluição do ar atmosférico, tendo sido utilizados como bioindicadores.
Diferentemente dos vegetais superiores (plantas de grande porte), os liquens não dependem
de um sistema radicular para a absorção de
nutrientes, e por possuírem cutícula reduzida ou,
em geral, ausente, incorporam com facilidade altos
níveis de poluentes.
No
pesquisas
mundo
de
todo,
têm
investigação
sido
realizadas
que
destacam
organismos que vivem apoiados sobre vegetais,
sem deles retirarem seu alimento, cujos componentes são considerados indicadores biológicos
por excelência. Por isso, torna-se possível seu uso determinando-se escalas quantitativas e
qualitativas para a avaliação dos níveis de contaminação de uma dada região. Os liquens, um
dos principais componentes deste tipo de vegetação, têm comprovada eficácia na indicação da
qualidade do ar, bem como a adequação de técnicas para tais tipos de ensaios.
A pureza do ar atmosférico é fator crucial à sobrevivência dos liquens, já que estes se
alimentam higroscopicamente (através da absorção de água), fixando elementos neles
presentes, notadamente o nitrogênio. Estes seres absorvem e retêm elementos radioativos,
íons metálicos, dentre outros poluentes, e isto faz com que sejam utilizados como indicadores
biológicos de poluição atmosférica, da chuva.
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