I SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS Local: Centro Universitário São Camilo Data: 26 e 27 de outubro de 2012 PROPRIEDADES BIOFARMACOGNÓSTICAS DE Catharanthus roseus (L.) G. Don ROSA, Juliana F.1; COSTA JUNIOR, Valter L.2 1 Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo, SP. [email protected] 2 Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo, SP. Introdução: As plantas representavam a única fonte de agentes terapêuticos, mas com o surgimento da química farmacêutica, elas se tornaram a principal fonte para o desenvolvimento de novos medicamentos. Por ser uma planta largamente cultivada e rica em alcaloides, Catharanthus roseus está presente na medicina tradicional popular em diversas situações, mas principalmente relacionada ao tratamento de diabetes; chegou a ser usada na 2ª Guerra Mundial por conta da falta de insulina e esse uso despertou o interesse de pesquisadores canadenses na década de 60, que através de estudos em ratos observaram a ocorrência de granulocitopenia e supressão da medula óssea chegando a inesperada descoberta de 4 alcaloides com atividade antineoplásica, são eles: vimblastina, vincristina, vinleurosina e vinrosidina, sendo na atualidade os dois primeiros usados clinicamente.Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo recolher informações de Catharanthus roseus (L.) G. Don sob os aspectos, botânico, químico e farmacológico. Metodologia: Revisão bibliográfica baseando-se em informações extraídas de livros, dissertações, teses, além de artigos científicos publicados em base de dados eletrônicas como Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde, sendo estes retrospectivos sem determinação de data. Os descritores utilizados foram Catharanthus roseus, alcaloides da vinca, vincristina e vimblastina. Desenvolvimento: Catharanthus roseus pertence à família das Apocynaceaes e é nativa de Madagascar, apesar de ser naturalizada em diversas regiões. Multiplica-se por estacas, mudas e sementes, e seu melhor período para plantio é entre março e abril. Recebe como sinônimos Vinca rosea L. e Ammocallis rosea (L.) Small, e é conhecida popularmente como: vinca, vinca de gato, vinca de madagascar, boa noite e maria sem vergonha. Sempre florescente em formato de arbusto semi-herbáceo, muito ramificado com ramos que podem ser eretos ou decumbecentes, sua altura fica entre 30 e 50 cm, seus frutos são folículos germinativos deiscentes com sementes na cor preta, suas flores são solitárias e com 5 pétalas, geralmente nas cores rosa, violeta ou branca, mas também podem ser vermelhas, alba ou oculadas, suas folhas são opostas, oblongas, a página superior é verde escura, um pouco aveludada e com a nervura central branca, são anfiestomáticas, apresentam tricomas tectores e /ou glandulares nas folhas e o mesófilo é dorsiventral. Rica em alcaloides, que são extraídos para produção popular de decoctos para o tratamento da diabetes mellitus, e produção industrial de medicamentos antineoplásicos, pois Vincristina e vimblastina são agentes específicos do ciclo celular com ação citostática, seu alvo são os microtúbulos. Conclusão: Deste estudo, obtiveram-se estruturas químicas de princípios ativos responsáveis pelas ações, antitumorais e hipoglicemiante, bem como os mecanismos de ação envolvidos, que justificam, respectivamente, o seu uso no tratamento da leucemia linfoblástica aguda infantil, linfoma de Hodgkin, Sarcoma de Kaposi, no Diabetes, entre outros. Palavras-chave: Catharanthus roseus. Alcaloides da Vinca. Vincristina. Realização