Experimento de Millikan Grupo 312 - Leandro Donizeti Ribeiro, Marcio Koji Umezaw, Henrique Romeo Instituto de Física – Universidade de São Paulo Disciplina FNC 0313 – Prof. Dra. Elisabeth Mateus Yoshimura 27 de setembro de 2007 Resumo Este experimento consistiu em determinar a quantização da carga elétrica e o valor da carga elementar, assim como estudar os métodos experimentais utilizados, com intuito de obter uma incerteza relativa o menor possível. Isto foi feito utilizando um método semelhante ao utilizado por Millikan, ou seja, medindo as velocidades de subida e descida de gotas de óleo, sob a ação de um campo elétrico, porém neste experimento foram utilizados equipamentos computacionais a fim de otimizar o processo de medida. Usando tanto os dados do grupo (62 gotículas analisadas) como com os dados de toda a classe (um total de 249 gotículas), procurou-se observar tanto a quantização da carga elétrica quanto a determinação de seu valor, obtendo resultados bastante satisfatórios. Introdução A realização deste experimento é conceitualmente simples, no entanto, os experimentos efetuados por Millikan e Flechter provocaram um grande impacto sobre os conceitos que até então vigoravam em física atômica, rendendo assim o prêmio Nobel a Millikan em 1923. A importância do experimento de Millikan consiste no fato de este observar a quantização da carga elétrica elementar, além é claro de fornecer o valor de tal carga, uma das constantes fundamentais da natureza. O experimento realizado no Laboratório Didático é essencialmente o mesmo daquele realizado por Millikan e Flecther em 1910, do qual há um pequeno resumo a seguir. Figura 1 - Equipamento utilizado por Fletcher para determinação da carga elétrica elementar. O arranjo experimental é esquematizado na figura 1. O atomizador de perfume foi usado para borrifar óleo de relógio na câmara acima do capacitor. Durante a pulverização algumas gotículas de óleo ionizam-se por atrito. Quando essas gotículas penetram no capacitor, ficam sob a ação do campo elétrico que há entre as placas do capacitor. Nos primeiros experimentos, Fletcher investigou o efeito de um campo criado pela aplicação de um potencial de 1000 volts. Imediatamente observou (através do pequeno telescópio) que algumas gotículas subiam lentamente, enquanto outras desciam rapidamente, um resultado lógico para quem sabia que algumas 1 gotículas estavam positivamente carregadas, e outras negativamente. Ligando e desligando a bateria na freqüência adequada, ele conseguia selecionar uma gotícula e mantê-la no seu campo de visão por um longo tempo. Com algumas medidas e o tratamento matemático utilizado por Millikan e Begeman, Fletcher obteve, com seu rústico equipamento, resultados bastante razoáveis. Logo depois Millikan encomendou uma montagem "profissional", com a qual obteve um valor mais preciso para a carga elementar de 4,774(5) statC. O valor aceito atualmente é de 4,803×10-10 statC. Como as dimensões das placas do capacitor são muito maiores que a distância entre elas, podese desprezar os efeitos de borda, considerando o campo elétrico constante, dado por E = V / d, onde V é diferença de potencial entre as placas e d a distância entre as placas do capacitor. As gotículas em questão estavam sujeitas às forças elétrica: Fel qE ; Descida: gravitacional: Subida: Quando as gotículas de óleo atingem a velocidade terminal, as forças resultantes nas gotículas, quando estas estão subindo ou descendo, são nulas e dadas por: 4. 3 a .g.( óleo ar ) qE 6. . .a.v d 0 3 [1] 4. 3 a .g.( óleo ar ) qE 6. . .a.v s 0 3 [2] P mg ; o empuxo, que no caso dessas gotículas é dado por: Fempux m. ar .g óleo ; Somando as equações acima, temos que o raio da gotícula é obtido pela relação: a2 e a força viscosa, dada pela Lei de Stokes: Fv 6. ..a.v , 9..(vd v s ) 4.g ( óleo ar ) [3] E subtraindo-as, temos que a carga da gotícula é obtida pela relação: onde q é a carga da gotícula, E é o campo elétrico aplicado, m é a massa da gotícula, g é a aceleração da gravidade, ρar e ρóleo são respectivamente as densidades do ar e do óleo, η é o coeficiente de viscosidade do ar, a é o raio da gotícula e v a sua velocidade. q 3. ..a.(vd vs ).d V [4] Millikan e Flechter também estudaram com cuidado a Lei de Stokes, e verificaram que a viscosidade do ar, determinada para o caso de objetos macroscópicos, deveria sofrer uma pequena correção devido ao pequeno tamanho das gotículas. O tamanho destas são comparáveis com o livre caminho médio das moléculas de ar, e portanto o ar não se comporta como um “fluído contínuo”, como é o caso para as esferas de raios muito maiores. A lei de Stokes correta é obtida calculando-se a viscosidade do ar para uma gotícula pequena com: Assim, uma gotícula com a força elétrica para baixo, paralela à gravidade, faz com que a gotícula seja acelerada para baixo, aumentando sua velocidade e com isso também a força resistiva, até que esta se iguale à soma das outras forças de sentido contrário, fazendo com que a gotícula atinja uma velocidade constante (velocidade terminal). Como o tempo gasto na parte acelerada do movimento é muito curto (da ordem de 10-6 s), a gotícula é sempre observada em movimento uniforme. Invertendo-se o campo elétrico (escolhendo E de tal forma que qE > mg) esta mesma gotícula passa a fazer um movimento ascendente. 0 1 2 b p.a [5] onde η0 é o coeficiente de viscosidade à temperatura ambiente e b = 6,17x10-4 cmHg é uma constante determinada pelo próprio Millikan para se levar em consideração o fato de que as dimensões da gotícula são comparáveis às distâncias inter-moleculares do ar atmosférico. possuía pequenos furos na parte superior para a entrada das gotículas. Ele também estava ligado a uma fonte de tensão contínua com uma chave inversora por onde era possível mudar o sentido da corrente e conseqüentemente o campo elétrico no capacitor. A tensão da fonte era medida com o uso de um multímetro digital. Temos finalmente para o raio da gotícula: b a 2. p Antes de se tomar as medidas foi feita a limpeza do capacitor para retirar resíduos de óleo que poderiam influenciar no movimento das gotículas dentro do campo elétrico, além de se verificar o nivelamento das placas do capacitor, ajustes do foco e do ângulo de iluminação, bem como a medida da distância d entre as placas. 2 9. 0 .(v d v s ) b 4.g ( óleo ar ) 2. p [6] Arranjo experimental As medidas eram feitas borrifando-se o óleo através dos orifícios na parte superior do capacitor. Quando havia bastante gotículas no campo de visão do vídeo, o campo elétrico era então ligado e seu sentido era alterado em uma certa freqüência afim de que se pudesse medir sucessivas subidas e descidas de uma dada gotícula. Esse movimento foi registrado em vídeo repetidas vezes para serem analisados posteriormente através do software VideoPoint. Foram feitos dois conjuntos de medidas com óleos diferentes, quinze vídeos para cada um dos dois tipos de óleo. Após as medidas o capacitor foi retirado e no seu lugar foi colocada uma escala calibrada cuja imagem foi capturada para referência na análise das gotículas, pois o VídeoPoint nos dá medidas em pixels e através da imagem da escala pode-se obter o fator de conversão em cm/pixel. Figura 2 - Aparato para obtenção das velocidades das gotículas de óleo dentro do campo elétrico. Descrição das Medidas O VídeoPoint é um software utilizado para se medir a evolução de um dado objeto no tempo, marcando sua posição em um vídeo quadro a quadro. Escolhendo-se gotículas que apareciam no vídeo em movimentos de subida e descida por tempo suficiente, se obtém um gráfico de posição com relação ao tempo como mostrado na figura 3: O aparato experimental é mostrado na figura 2. No alto do suporte (à esquerda na figura) encontra-se um microscópio na horizontal, onde na ocular foi acoplada uma câmera digital ligada a um computador para aquisição de dados. Do outro lado uma fonte de luz com ângulo ajustável serviu para iluminação das gotículas de óleo que eram borrifadas com um nebulizador dentro de um capacitor de placas paralelas. O capacitor estava isolado nas laterais para evitar a influência de correntes de ar no movimento das gotículas, mas 3 Ainda na equação 6, separamos os termos que a constituem para analisar o efeito das incertezas no valor final. Definimos esses termos como segue: 500 450 400 A Posição (pixel) 350 300 b ; B 9. 0 .(vd v s ); C 4.g. óleo 2. p O efeito da incerteza de cada termo, representado pela incerteza relativa, é apresentado na tabela 1: 250 200 150 medida A 0,07% B ~ 10,0% C 0,24% Tabela 1 – incerteza relativa dos termos da equação 6. 100 50 0 10 20 30 40 50 Tempo (s) A incerteza relativa do termo B é variável por causa da incerteza das velocidades, que depende da quantidade de termos na média, mas em todas as gotículas ficou em torno de 10%. Figura 3 - Gráfico de posição por tempo de uma gotícula de óleo dentro de um campo magnético de direção e módulo constantes e sentido variável. A incerteza da posição da gotícula foi considerada como o diâmetro do cursor do VideoPoint, medido em 0,05 mm. Podemos aqui desconsiderar o efeito browniano, observável nos vídeos, porém muito menor que a incerteza utilizada. Por sua vez, contribuem para a incerteza do termo B as incertezas da diferença das velocidades de subida e descida e do coeficiente de viscosidade do ar 0. Comparando as incertezas relativas dessas duas, vemos que a primeira é cerca de 200 vezes maior que a segunda. Portanto, no cálculo de propagação da incerteza do raio da gota, apenas levou-se em consideração o termo referente à incerteza das velocidades, que é maior que as outras de um fator de aproximadamente 2x103. Com o software Origin, foram medidas as velocidades de subida e descida das diversas gotículas como sendo o coeficiente angular das retas mostradas na figura 3, se obtendo também suas incertezas. Essas incertezas foram combinadas com o desvio padrão da média, pois para se obter os valores finais de velocidades de subida e descida se faziam médias simples entre os valores obtidos no gráfico. Para a equação 4, que dá o valor da carga elétrica da gota, temos as incertezas relativas apresentadas na tabela 2: medida 0,57% a 4,48% d 0,44% V 1,00% Tabela 2 – incerteza relativa dos termos da equação 4. Antes de apresentar os resultados para os raios das gotículas e suas cargas elétricas, é feita uma análise sobre os termos da equação 6 e as incertezas das equações 4 e 6. Na equação 6, que dá o valor do raio da gota, vemos que há uma soma entre as densidades do óleo e do ar. A densidade do ar é aproximadamente 800 vezes menor que a densidade do óleo, e como a sua determinação é trabalhosa e não mudaria o valor final dentro dos dígitos significativos, optou-se por desprezá-la. Para a propagação da incerteza da carga q, vê-se que não se podem desprezar nenhum termo, até porque não seria tão necessário, pois este cálculo é relativamente simples. 4 as do primeiro (calculando-se a média se vê isto claramente), mas o raio das gotas não variou. A vantagem disso é que se têm mais gotículas com cargas pequenas, próximas à carga fundamental, porém havia mais gotículas sem carga no segundo que no primeiro, o que dificultava a tomada dos dados, por esse motivo a segunda tabela tem menos valores que a primeira, apesar de terem sido feitos quantidades iguais de vídeos para os dois. Resultados São apresentados nas tabelas 3 e 4 os valores de raio e carga das gotículas analisadas, a primeira para as medidas utilizando-se o óleo do primeiro tipo e a segunda utilizando-se o óleo do segundo tipo. a ± (cm) q ± (statcoulomb) 6,04E-05 2,70E-06 1,71E-09 7,95E-11 6,70E-05 2,37E-05 2,03E-09 7,22E-10 5,40E-05 4,07E-06 2,00E-09 1,54E-10 6,93E-05 2,54E-06 2,80E-09 1,08E-10 6,99E-05 2,99E-06 6,57E-09 2,92E-10 7,49E-05 3,70E-06 5,48E-09 2,79E-10 6,81E-05 1,86E-06 3,18E-09 9,44E-11 6,31E-05 1,83E-06 3,37E-09 1,05E-10 6,61E-05 2,24E-06 2,79E-09 9,99E-11 7,21E-05 1,77E-06 4,16E-09 1,12E-10 7,61E-05 4,48E-06 5,81E-09 3,50E-10 6,76E-05 2,86E-06 2,64E-09 1,16E-10 6,29E-05 2,70E-06 2,71E-09 1,21E-10 6,57E-05 2,92E-06 3,84E-09 1,77E-10 5,43E-05 3,24E-06 1,81E-09 1,10E-10 6,35E-05 3,53E-06 2,14E-09 1,22E-10 7,25E-05 2,63E-06 3,73E-09 1,42E-10 8,18E-05 5,48E-06 6,69E-09 4,56E-10 7,22E-05 4,06E-06 5,35E-09 3,08E-10 Tabela 3 – Raios e cargas das gotículas de óleo do primeiro tipo analisadas. Análise dos Dados A seguir é apresentado o histograma de todas as cargas obtidas. Frequencia 4 2 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 -9 Carga (10 statC) a ± (cm) q ± (statcoulomb) 6,63E-05 2,43E-06 9,71E-10 3,60E-11 7,27E-05 2,89E-06 1,03E-09 4,13E-11 7,72E-05 4,59E-06 1,08E-09 6,45E-11 5,96E-05 3,61E-06 5,87E-10 3,59E-11 7,20E-05 2,35E-06 1,07E-09 3,52E-11 5,29E-05 1,40E-06 4,78E-10 1,29E-11 6,58E-05 1,61E-06 4,80E-10 1,20E-11 5,60E-05 3,74E-06 5,66E-10 3,81E-11 5,67E-05 4,86E-06 1,02E-09 8,82E-11 5,99E-05 2,26E-06 6,14E-10 2,35E-11 7,62E-05 2,20E-06 1,15E-09 3,35E-11 6,69E-05 1,61E-06 5,36E-10 1,31E-11 6,66E-05 3,06E-06 1,00E-09 4,65E-11 Tabela 4 – Raios e cargas das gotículas de óleo do segundo tipo analisadas. Figura 4 - Histograma de cargas elétricas das gotículas. No histograma podem-se identificar cinco agrupamentos de valores nos intervalos: 0,4 a 0,7; 0,9 a 1,2; 1,6 a 1,9; 2,0 a 2,4; 2,5 a 2,8. Supondo que a carga elétrica é quantizada o conclui-se que o valor médio < q > de cada um dos 5 agrupamentos se refere a múltiplo inteiro do valor da carga. Nesses intervalos calculamos o valor médio < q > e obtemos os valores apresentados na tabela 5: Não foi informada a diferença entre os dois óleos, mas notamos que as cargas das gotículas do segundo tipo de óleo eram, em geral, menores que 5 Intervalo < q > ± (statC) 1 5,44E-10 2,29E-11 2 1,05E-09 2,25E-11 3 1,77E-09 3,86E-11 4 2,17E-09 4,74E-11 5 2,68E-09 3,55E-11 14 13 12 11 10 Frequência 9 Tabela 5 – Valores de cargas calculadas a partir do histograma da figura 4. 8 7 6 5 4 3 2 1 Com esses valores, se traçou o gráfico: 0 0,0 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0 2,4 2,8 3,2 3,6 4,0 4,4 4,8 -9 Carga (10 statC) 3,0 Figura 6 - Histograma de cargas das gotas da classe. 2,0 Neste histograma é claramente visível apenas o primeiro agrupamento de valores, e depois dele se podem ver, com dificuldade, mais dois agrupamentos, nos intervalos: 0,24 a 0,72; 0,72 a 1,28; 1,28 a 1,6. Procedeu-se da mesma forma que no caso anterior, obtendo-se a reta da figura 7: -9 Carga (10 statC) 2,5 1,5 1,0 0,5 1 2 3 4 5 1,6 n 1,4 Carga (10 statC) Figura 5 - Reta de carga em função do índice do intervalo. -9 Este gráfico representa claramente uma reta, cuja equação é: q n.e b , onde n é um múltiplo 1,2 1,0 0,8 0,6 inteiro, e é a carga fundamental procurada e o coeficiente linear b é esperado zero. Do gráfico da figura 5 obtemos os seguintes valores: 0,4 1 2 3 n b ± (statC) e ± (statC) -2,47E-12 5,44E-10 6,21E-11 2,28E-11 Figura 7 - Reta de carga em função do índice do intervalo. O gráfico da figura 7 apresenta os seguintes coeficientes angular e linear: Vê-se que o coeficiente linear é compatível com zero e que a carga elétrica fundamental foi calculada como 5,44(23)x10-10 statC. b ± (statC) e ± (statC) Com os dados dos outros grupos da sala, construímos um novo histograma, apresentado na figura 6: 6 1,06E-10 6,69E-11 4,53E-10 3,12E-11 Novamente, o coeficiente linear b é compatível com zero dentro de duas incertezas e o coeficiente angular nos dá a carga elementar e com o valor de 4,53(31)x10-10 statC. carga mais nitidamente, porém não foi isso o que ocorreu, ou seja, a verificação da quantização foi mais difícil, pois os dados estavam distribuídos com uma uniformidade maior, exceto um agrupamento em torno do valor de uma carga elementar. Mesmo assim, foi possível calcular um valor de carga elementar para este conjunto de dados, obtendo-se o valor de 4,53(31)x10-10 statC. Vê-se que este valor é compatível, dentro de uma incerteza, com o valor atualmente aceito, porém sua incerteza relativa é de 6,9%, maior que a obtida por este grupo. Conclusão Para a determinação da carga elétrica elementar, repetiu-se o experimento de Millikan com o uso de equipamentos computacionais afim de se reduzir incertezas e facilitar o processo de tomada de dados. O experimento consistia basicamente na medição de velocidades de subida e descida de gotículas de óleo eletricamente carregadas, sob a ação de um campo elétrico entre as placas de um capacitor através de um software de análise de vídeos. Analisando estes dados, nota-se que a uniformização das medidas dos diferentes grupos pode melhorar os resultados finais do experimento, criando-se regras para as medidas das velocidades das gotículas e análise geral dos dados, regras essas que podem ser discutidas entre os grupos durante a tomada de dados. A análise deste experimento consistiu em duas partes. A primeira delas foi o de analisar as gotas deste grupo. Foi possível verificar a quantização da carga elétrica, uma vez que no histograma dos valores de cargas das gotículas analisadas, haviam picos os quais acredita-se serem referentes a um dado valor múltiplo da carga elementar. Foi utilizado também dois diferentes tipos de óleo e verificou-se que a vantagem de se usar o segundo tipo é que ele apresenta gotículas com cargas menores que o primeiro, melhorando a observação da quantização e determinação do valor da carga elementar. Referências H. Fletcher, My work with Millikan on the oil-drop experiment. Physics Today, June 1982, p.43. Apostila da disciplina de Física Experimental V (Estrutura da matéria) – FNC-313 – Millikan, IFUSP, 2007. R. A Millikan, the isolation of an ion, a precison measurement of its charge, and the correction of Stoke’s Law. Science, 30 September 1910. Com os dados do grupo foi possível calcular o valor da carga elementar, obtendo o valor de 5,44(23)x10-10 statC, valor este próximo do valor atualmente aceito de 4,803×10-10 statC dentro de três incertezas. A incerteza obtida é da ordem de 4,2%, ou seja, a precisão do valor obtido é boa, mas poderia ser melhorada com um maior cuidado na medida das velocidades, já que é este o fator principal que contribui para as incertezas neste experimento. V. Ribas-Estrutura da matéria (Notas de aula). http://www.dfn.if.usp.br/~ribas/download.html Microcal Origin – Gráficos e ajustes de pontos experimentais - http:/ /www.microcal.com J. H. Vuolo, Fundamentos à teoria de erros, 2º edição – Editora Edgard Blücher. Página Web da disciplina: http://www.labdid.if.usp.br/~estrutura A segunda parte deste experimento consistiu em analisar os dados dos grupos da classe. O procedimento de análise foi o mesmo que o utilizado para os dados deste grupo. Era esperado que, com um número maior de dados, se obtivesse um histograma que apresentasse a quantização da http://nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/192 3/ 7