os benefícios da oftalmologia preventiva nos

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OS BENEFÍCIOS DA OFTALMOLOGIA PREVENTIVA NOS PRIMEIROS ANOS DE
ESCOLARIDADE
Amauri Chaves Filho1, Ângela Pinheiro Leonor2, Thiago Jardim do Nascimento3,
Vinícius Albuine Bertazo Delia4 e Fabio Luiz Fully Teixeira5
UNIG - Universidade Iguaçu – Campus Itaperuna/ / Departamento de Biofísica,
BR-356 / KM 02, Itaperuna - RJ – Brasil, CEP: 28300-000, [email protected]
Resumo- O olho humano é milimetricamente formatado para funcionar como uma lente. E assim como
qualquer lente (seja de um telescópio, óculos ou microscópio) deve ter seu formato adequado, ou não terá
seu foco perfeito. Essa imperfeição pode ser corrigida com o uso de lentes (de contato ou óculos). Realizouse um estudo observacional, nos meses de fevereiro a abril de 2011. Foram observadas 125 crianças na
instituição de ensino na cidade de Itaperuna localizada no Noroeste Fluminense, sendo 73 pertencentes ao
sexo masculino e 52 ao sexo feminino. A idade varia entre 6 e 12 anos. As anomalias visuais mais comuns
nesta faixa etária são a miopia e a hipermetropia, daí a relevância do estudo.
Palavras-chave: Miopia, hipermetropia, causas e tratamento.
Área do Conhecimento: Ciências da Saúde
Introdução
O olho humano encanta os cientistas e
estudiosos do tema desde os primeiros relatos
médicos quando o medico e filósofos em parceria
discutiam as características fisiológicas e
românticas da visão. No decorrer dos séculos
muitos esforços foram feitos para conhecer a
forma com a qual enxergamos o mundo a nossa
volta e a entender como se processa a capacidade
desse órgão. Também tem sido exaustivamente
estudada as vias nervosas de comunicação do
olho com o cérebro assim como a integração dos
trajetos visuais com outros circuitos neuronais.
Mesmo com todo o avanço cientifico ainda não
sabemos exatamente como as imagens são
processadas no cérebro.
O olho humano pode ser comparado com uma
câmara de televisão. Assim, como ela o olho
forma
imagens,
transforma
a
Energia
Eletromagnética em Energia Elétrica e desse
modo, gera pulsos que serão levados ao cérebro
(HENEINE,2002).
Esse órgão tem a capacidade de se adaptar à
distancia do objeto e à intensidade luminosa.
Alterações para à distancia são feitas por
modificações da geometria do cristalino; para a luz
há uma modificação do diâmetro pupilar e uma
variação na fenda palpebral. Para objetos
distantes o cristalino fica submetido somente à
tensão dos ligamentos suspensores, relaxando a
musculatura ciliar do olho. Com isso, o cristalino
adquire um forma delgada funcionando como uma
lente convergente. Quando o olho focaliza objetos
próximos, ocorre o oposto: os músculos ciliares se
contraem e o cristalino relaxa assumindo uma
forma mais esférica (GARCIA,2002) .
O estudo em questão foi realizado por alunos
do curso de Medicina da Universidade Iguaçu Campus V em crianças de 6 a 12 anos da Casa da
Divina Providência que apresentaram incômodos
na visão podendo estar ligados à miopia e
hipermetropia.
A miopia é um erro refrativo que ocorre quando
o olho é muito longo ou a córnea é muito curva,
fazendo com que os raios de luz dos objetos
sejam focalizados antes que alcance a retina.
Pessoas que possuem essa deficiência na visão
têm dificuldades em enxergar de longe, objetos
próximos enxergam com nitidez (VAUGHAN,
2003).
Essa anomalia visual pode ser corrigida através
de
intervenção
cirúrgica
(aumentando
a
convergência da córnea) ou utilizando lentes
divergentes. Essa cirurgia é feita utilizando laser,
que irão destruir camadas celulares. O
procedimento cirurgico é realizado com maior
freqüência na correção da miopia, pois a córnea
do olho míope tem o formato mais abobadio.
Sendo mais fácil diminuir uma córnea com
abobadia mais acentuada do que aumentar uma
córnea hipermetrope (GARCIA,2002).
A hipermetropia é o nome dado ao erro de
focalização da imagem no olho, fazendo com que
a imagem seja formada após a retina. Por este
motivo,
as
pessoas
hipermétropes
têm
dificuldades em enxergar de perto (VAUGHAN,
2003).
Nessa patologia o olho é muito curto e foco do
sistema óptico situa-se, virtualmente, atrás do
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globo ocular. Essa anomalia pode ser corrigida
com lentes convergentes (HENEINE, 2002).
A maioria das crianças que freqüenta a
instituição tem pais que cumprem uma longa
jornada de trabalho e são mal remunerados.
Portanto, boa parte delas ainda não consultou um
oftalmologista, devido à falta de recursos
financeiros e tempo disponível dos pais.
Os tratamentos dessas ametropias são
realizados com a visita das crianças ao
oftalmologista para que se inicie o tratamento
através do uso de óculos ou lentes de contato e se
for o caso, uma correção cirúrgica.
Metodologia
Realizou-se um estudo observacional durante o
mês de fevereiro a abril de 2011, envolvendo 125
crianças, sendo 73 pertencentes ao sexo
masculino, e 52 pertencentes ao sexo feminino,
com idades variando de 6 a 12 anos. Este estudo
teve objetivo de encontrar crianças acometidas por
miopia ou hipermetropia através de levantamento
de dados realizados por questionário aplicado as
crianças e entrevistas com auxílio das
professoras.
Para realização deste trabalho foi necessário
se basear em textos relacionados às disfunções
visuais mencionadas no estudo. Foram utilizados
18 artigos científicos e livros de oftalmologia
clinica e biofísica da biblioteca da Universidade
Iguaçu -Campus V sobre erros de refração da luz
na retina, buscando ampliar o conhecimento sobre
o assunto.
Discussão
No presente estudo observou-se que a miopia
e a hipermetropia estão presentes na vida de
algumas crianças e estas disfunções visuais
apresentam causas, sintomas, prevenções e
tratamentos.
A miopia pode ser causada pelos maus hábitos
nas leituras (computadores, livros, revistas),
fatores ambientais e genéticos. Dos sete aos treze
anos de idade, o fator do crescimento axial teria
maior preponderância, dando origem à miopia,
que progride então até os vinte anos. Dos vinte
aos trinta anos de idade prevalece uma tendência
a progressão lenta da miopia (MOREIRA,1995).
A miopia tem os seguintes sintomas: a pessoa
apresenta uma má visão ao longe, visão turva dos
objetos distantes; dores de cabeça, tensão ocular
e estrabismo (SILVA,2008).
O tratamento da miopia é realizado
primeiramente
pela
ida
da
criança
ao
oftalmologista,
aonde
provavelmente
irá
prescrever usos de óculos ou lentes de contato.
Pode também ser utilizada como tratamento uma
cirurgia
nos
olhos,
através
de
alguns
procedimentos, como: Ceratotomia Radial (RK),
Ceratotomia Fotorefrativa (PRK) e LASIK (laser in
situ keratomileusis) (SILVA,2008).
A prevenção da miopia é realizada através de
exames oftalmológicos num período de seis em
seis meses; lembrando que devem ser feitos testes
de acuidade visual entre as idades de 3 e 4 anos,
manter bons hábitos de higiene visual; evitar a
aproximação da criança do que escreve ou lê; não
ficar muito próximo à televisão, vídeos games e
computadores; possuir uma boa iluminação e
postura correta nas atividades do cotidiano como
os estudos; praticar atividades ao ar livre, sendo
isso comum para crianças com predisposição
para a miopia; e manter uma alimentação
equilibrada (SILVA,2008).
A hipermetropia é causada por uma curvatura
insuficiente da córnea o que faz com que a luz não
se foque na retina e a imagem apareça desfocada.
Na idade abaixo de seis anos geralmente não
existe necessidade de correção da hipermetropia
devido à grande amplitude de acomodação e
pequena solicitação da visão de perto. Na idade
escolar a necessidade da prescrição de lentes
para aliviar os sintomas. A hipermetropia
geralmente diminui na idade pré-puberal
(MOREIRA, 1995).
Os sintomas que as crianças irão apresentar
dificuldade para ver com nitidez objetos próxima
ela, pode causar fadiga ocular e dores de cabeça,
devido ao esforço permanente de acomodação
ocular, ocorrendo com maior freqüência ao fim da
tarde e depois do trabalho. Também irão
apresentar dificuldades de concentração, de
leitura, de executar tarefas que necessitem de boa
visão para perto, terão sensibilidade a luz,
acuidade visual, espasmo de acomodação e
sensação de olhos cruzados (SILVA,2008).
O tratamento da hipermetropia é realizado
primeiramente pela consulta da criança ao
oftalmologista,
aonde
provavelmente
irá
prescrever usos de óculos, lentes de contato ou
lentes positivas que reposicionam a imagem sobre
a retina. Também como forma de tratamento o
paciente poderá realizar uma cirurgia nos olhos
utilizando os seguintes métodos: Ceratotomia
Fotorefrativa (PRK) e LASIK (laiser in situ
Keratomileusis). A prevenção da hipermetropia
pode ser realizada através de consultas e exames
oftalmológicos em um período de sei em seis
meses (SILVA, 2008).
Resultados
Apesar da maioria das crianças terem alguns
sintomas relacionados à ametropia, poucas já
foram avaliadas por um oftalmologista e dessas,
somente algumas foram realmente diagnosticadas
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com essa disfunção dos olhos. Destaca-se o papel
das professoras, pois elas ajudaram a identificar
as crianças que já foram diagnosticadas e também
as que possuem sintomas ligados à miopia e
hipermetropia. Sendo de suma importância essa
percepção, pois essas dificuldades podem
prejudicar no processo de aprendizagem e
desenvolvimento da criança. Sendo o diagnóstico
precoce de grande ajuda para adaptação da
criança ao uso de óculos e lentes, fazendo que
melhore não somente seus estudos, mas também
atividades que depende de uma boa visão.
ALBERTO, João; FREITAS, Holanda de.
Oftalmologia básica. 6. ed. Rio de Janeiro:
Colina,1990.
GARCIA, Eduardo A. C. Biofísica. São Paulo:
Sarvier, 2002.
HENEINE, Ibrahim Felippe. Biofísica Básica. São
Paulo: Atheneu, 2002. p. 308.
MOREIRA, J. Belmiro de C. Oftalmologia Clinica
e Cirurgica. Rio de Janeiro: Atheneu, 1995. p. 55
a 60.
Dados Gerais das Crianças da
SILVA, Denis
Casa da Divina ProvidênciaDisponível
Usam óculos
Enxergam enbaçado frequentemente
Dificuldade em enxergar de longe
Dificuldade em enxergar de perto
Foram identificadas 24,8% (31) crianças com
dificuldade em enxergar de longe, 42,4% (53) com
dificuldade para perto, 8,8% (11) apresentavam
visão embaçada e 24% (30) crianças não
apresentaram nenhuma disfunção nos olhos.
Também pode-se observar que apenas 5,6% (7)
dessas crianças utilizam óculos.
Henrique. Miopia. Brasília, 2008.
em:
<http://www.oftalmojanot.com.br/index.php?option
=com_content&view=article&id=43&Itemid=74>.
Acesso em: 14 maio. 2011.
SILVA, Denis Henrique. Hipermetropia. Brasília,
2008.
Disponível
em:
<http://www.oftalmojanot.com.br/index.php?option
=com_content&view=article&id=46&Item id=75>.
Acesso em: 14 maio. 2011.
VAUGHAN, Daniel; ASBURY, Taylor; RIORDANEVA, Paul. Oftalmologia Geral. 15. ed. São
Paulo: Atheneu, 2003.
Conclusão
Através da análise dos questionários pode-se
observar que a maioria das crianças apresentaram
incômodos relacionados á visão sendo as mais
comuns dificuldades em enxergar de longe, de
perto e visão embaçada. Muitas dessas afirmaram
ter dores de cabeça quando estão exercitando
algumas atividades relacionadas ao uso da
televisão, computador e videogames. Apesar da
maioria das crianças terem alguns sintomas
relacionados à ametropia (presença de erro
refrativo), poucas já foram avaliadas por um
oftalmologista.
O diagnóstico precoce e a
adaptação da criança ao uso de óculos e lentes é
importante para tratar os sintomas que podem
prejudicar o processo de aprendizagem e
desenvolvimento da criança.
Referências
XV Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e
XI Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba
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