UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL COLÉGIO DE APLICAÇÃO Departamento de Ciências Exatas e da Natureza Disciplina: Biologia Professora: Lauren Valentim NÚCLEO CELULAR INTERFÁSICO O NÚCLEO CELULAR foi descoberto em 1833 pelo pesquisador inglês Robert Brown. Esta estrutura está presente em todas as células eucarióticas (com exceção das hemácias de mamíferos). O núcleo possui a função de armazenar e proteger o DNA (ácido desoxirribonucléico). A forma do núcleo geralmente acompanha a forma da célula e a sua posição é central, mas podem ser encontrados na periferia da célula (adipócitos que são as células que armazenam gordura). Algumas células podem apresentar vários núcleos, tais como as células musculares esqueléticas. 1. COMPONENTES DO NÚCLEO ENVOLTÓRIO NUCLEAR (CARIOTECA, MEMBRANA NUCLEAR, ENVELOPE NUCLEAR) É a estrutura que delimita o núcleo (separa o material nuclear do citoplasma), constituída de duas membranas de natureza lipoprotéica justapostas. É formada a partir de modificações do Retículo Endoplasmático Rugoso (a membrana externa do núcleo possui continuidade com o RE Rugoso). O envoltório nuclear possui estruturas protéicas denominadas poros nucleares, através dos quais ocorrem as trocas entre citoplasma e núcleo. O envoltório nuclear permite que o conteúdo do núcleo seja quimicamente diferenciado do citoplasma. COMPLEXO DO PORO (poro nuclear) Estrutura complexa composta por mais de 100 tipos de proteínas denominadas nucleoporinas, envolvidas na seleção do conteúdo que entra e sai do núcleo. Esta seleção se dá através de transporte passivo (partículas até 9 nm) e ativo (partículas acima de 9 nm). LÂMINA NUCLEAR Aderida internamente (membrana interna) à carioteca é constituída de uma rede de filamentos de proteína. Possui função de dar suporte à carioteca (é o citoesqueleto da carioteca), mantendo a forma do núcleo e ainda fornece pontos de apoio para os cromossomos. NUCLEOPLASMA ou CARIOLINFA Apresenta-se como um gel de proteínas, metabólitos, moléculas energéticas (ATP), íons e diversas enzimas. Envolve a cromatina e os nucléolos. NUCLÉOLO Estrutura densa, arredondada dentro do núcleo e não possuem membrana. Produz continuamente moléculas de RNA ribossômico que se associam com as proteínas específicas para formar os RIBOSSOMOS envolvidos na síntese protéica. CROMATINA São longas moléculas de DNA associadas com proteínas (histonas) formando o cromossomo. As histonas são proteínas do núcleo que se associam com o DNA formando uma estrutura chamada nucleossomo (unidade estrutural do cromossomo). Os nucleossomos vão se associando uns com os outros, de modo que são “enrolados” em uma estrutura helicoidal altamente compacta, denominada fibra cromossômica ou soleinóide. Os dois representes de cada par cromossômico originalmente herdados dos gametas masculino e feminino são chamados de cromossomos homólogos (cromossomos semelhantes entre si). As células que possuem pares de cromossomos homólogos são denominadas DIPLÓIDES (células que constituem o nosso organismo, ou células somáticas, exceto os gametas), também identificadas pela notação 2n. As células que possuem apenas um lote de cromossomos do par de homólogos são chamadas de HAPLÓIDES (gametas), identificadas pela notação n. Nos cromossomos encontram-se os genes (segmentos do DNA que contém a informação para produção de proteínas). As diferentes versões (a materna e a paterna) de um mesmo gene são denominadas alelos, ou seja, os genes equivalentes localizados na mesma posição relativa em cada homólogo. O lugar onde está o gene no cromossomo é chamado de loco (ou loci, no plural). Genes alelos em cromossomos homólogos Organização da cromatina nos cromossomos Cariótipo de uma célula diplóide