ROTEIRO DE RELATÓRIO O relatório deve seguir as normas e recomendações abaixo, que são padrão em textos técnicos. Procure sempre ser preciso e específico em suas afirmações, evitando frases vagas e/ou ambíguas. Não seja repetitivo; cada informação deve aparecer uma única vez. É imprescindível observar as regras da norma culta do nosso idioma. Utilize tabelas e gráficos sempre que possível, pois esta é a forma mais clara de se fornecer a maior quantidade de informação no menor espaço. Todas as inserções, ou seja, figuras, tabelas e gráficos, devem ser numeradas e legendadas. Uma das principais funções da legenda é possibilitar ao leitor compreender a informação transmitida sem ler o texto, permitindo assim o uso do documento como obra de consulta e referência. Note que isso implica que a legenda deve descrever a notação empregada na inserção. Todas as inserções devem ser citadas no texto, caso contrário não devem aparecer no relatório. O texto deve ser manuscrito de forma bem legível. Os gráficos e tabelas deverão ser feitos manualmente podendo ser inseridos na sessão “Análise” ou anexados ao final do relatório, desde que bem referenciados no mesmo. Lembre-se que a apresentação é importante e consequentemente será avaliada. Além de observar os preceitos acima, o relatório deve ter uma estrutura bem definida, que ao longo do tempo provou ser a mais eficiente para transmitir informações técnicas de forma clara, concisa e precisa. Apresentamos a seguir essa estrutura, que também é empregada em artigos científicos e técnicos publicados na literatura especializada. Identificação A página de rosto deve seguir o formato abaixo. A introdução deve começar em outra página. Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departam ento de Física Curso de Licenciatura em Física TÍTULO DO RELATÓRIO Aluno: GRR: Professor: Disciplina: Dia da Semana: Número do Grupo: G____ Integrantes do Grupo: Curitiba, ___/___/___ Título O título deve ser destaque e pode ser o mesmo que consta no roteiro experimental. Introdução Apresenta o assunto abordado no experimento, define a notação empregada e as grandezas físicas envolvidas. Quando possível deve-se incluir aplicações dos conceitos tratados, pois isso contribui para mostrar a importância do tema. A introdução inclui uma descrição da teoria utilizada na análise dos dados experimentais, mostrando todas as relações matemáticas e leis físicas pertinentes. Quando houver deduções deve-se mostrar somente os passos principais. Cada equação deve ser numerada, na borda direita do papel, para que na sequência do relatório possa ser referida pelo número. A descrição teórica deve conter somente o que é utilizado diretamente na análise de dados (opcionalmente ela pode ser colocada numa seção separada após a introdução). Sempre que houver a necessidade de transcrever um fragmento do texto de uma determinada obra, deve-se atribuir os devidos créditos ao autor. Deve-se justificar por que este experimento está sendo realizado. Pode-se tomar como ponto de partida o objetivo do roteiro. É conveniente descrever num parágrafo o que vai ser exposto no decorrer do relatório. OBS: Todas as equações utilizadas na seção “Análise” deverão constar na “Introdução”, exceto as utilizadas para o cálculo com propagação de erros, obtenção da incerteza associada ao valor médio (desvio padrão da média), dos desvios relativos percentuais e dos coeficientes angular e linear (MMQ). Procedimento Experimental Traz uma descrição do procedimento utilizado para realizar o experimento. Deve deixar claro quais grandezas foram medidas e de que modo, com justificativa sempre que necessário. Para que a descrição seja compreensível e precisa, em geral é importante fazer referência a uma figura com um desenho esquemático do experimento, como os mostrados nos roteiros. No caso de procedimentos longos pode-se subdividir este item em etapas. O estilo deve ser narrativo, descrevendo eventos que já ocorreram, e não na forma imperativa da apostila. IMPORTANTE: Inserir um parágrafo destacando as fontes de erros identificadas durante a prática, quais foram os erros introduzidos e o que poderia ser feito para corrigir ou minimizar o efeito das mesmas. Resultados Apresenta as medidas obtidas na forma explícita. Sempre que possível os dados experimentais devem ser apresentados em tabelas, nunca esquecendo as unidades. Análise dos Dados Experimentais Neste item são apresentados os cálculos utilizando os dados e suas incertezas, tabelas e gráficos pertinentes. Deve-se mostrar explicitamente como uma grandeza foi calculada através das equações da introdução; quando o mesmo cálculo for feito várias vezes (como, por exemplo, em todas as linhas de uma tabela) mostra-se uma única vez. Dependendo da experiência este item pode ser fundido com o anterior, como por exemplo quando algumas colunas de uma tabela são medidas e outras calculadas. Nesse caso o item deve chamar “Resultados e Análise”. Todas as medidas e análises devem empregar incertezas explícitas. Se isso não for feito deve-se apresentar uma justificativa. Após a inserção dos dados deve-se discutir os resultados obtidos. Para isto, sugere-se uma comparação entre os mesmos com valores de referência descritos na sessão “Introdução” ou mesmo com relação à metodologia utilizada para obtê-los. É imprescindível incluir nesta sessão as respostas das questões descritas no final do roteiro utilizado durante a realização do experimento. OBS: As respostas (discussão do experimento) devem aparecer em forma de texto narrativo. Conclusão Deve ser uma síntese do que foi realizado, dos resultados obtidos, problemas encontrados e eventuais justificativas, sempre em relação com a motivação e contexto apresentados na introdução. Pode-se também sugerir prosseguimentos futuros do trabalho e melhorias no que foi feito. Bibliografia As referências bibliográficas devem complementar e aprofundar o conteúdo apresentado na introdução, ou trazer informação específica citada explicitamente no texto do relatório. Recomenda-se que contenha pelo menos três citações, no formato do exemplo abaixo: [1] TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física para Cientistas e Engenheiros. v.1. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009, cap.7, seção 2, p.204.