Edição 65 | Ano XII | janeiro/fevereiro 2016 ENVELHECER SAUDÁVEL Atividades físicas, jogos e socialização ajudam a preservar a memória PRIMEIROS PASSOS Ler para as crianças, inclusive durante a gestação, estimula a linguagem e a cognição VIDA SAUDÁVEL O café da manhã é a mais importante refeição do dia e não deve ser suprimido da dieta em qualquer idade EQUILÍBRIO Aproveite as férias para relaxar, descansar e renovar-se para novas ideias e projetos PALHAÇOS ALEGRAM O AMBIENTE HOSPITALAR EDITORIAL Coordenação geral Diretor-presidente Fernando Fornias Diretor vice-presidente Ronaldo Kalaf Edição, coordenação e reportagem Adenilde Bringel (Mtb 16.649) Fotos Ilton Barbosa e Pager Tecnologia Editoração Eletrônica Companhia de Imprensa Estagiário Vitor Gitti Projeto gráfico e Produção editorial Companhia de Imprensa Divisão Publicações (11-4432-4000) Central de Agendamento Consultas e exames (11) 4336-9777 (Exceto exames especiais) SAC 24 Horas Informações, dúvidas, reclamações, orientações sobre suspensão ou cancelamento – 0800-191817 Ouvidoria e Fale Conosco www.santahelenasaude.com.br Música e alegria nos serviços de saúde O ditado popular ‘quem canta seus males espanta’ resume a importância da música como instrumento terapêutico para auxiliar na cura de diversos males do corpo e da mente. Afinal, já está demonstrado que cantar ameniza ou afasta os problemas da vida e traduz alegria e bom humor a pessoas de todas as idades. Estudos também têm comprovado que a presença de palhaços em hospitais deixa pacientes e familiares mais calmos, além de aliviar a tensão da rotina diária dos profissionais da saúde. Consciente da importância de melhorar, cada vez mais, o ambiente dos hospitais e das unidades de atendimento da rede, a Santa Helena deu início, em 2015, a um projeto que inclui música ao vivo e a visita de palhaços no Hospital Santa Helena (HSH), em Santo André, e no Hospital e Maternidade, em São Bernardo do Campo. A experiência prática e a opinião de beneficiários e colaboradores tem comprovado que essas ações realmente promovem momentos de descontração e deixam o ambiente mais acolhedor. Em todo o mundo, os serviços envolvidos com a atenção à saúde – sejam públicos ou privados – têm a responsabilidade de garantir a assistência adequada e manter a qualidade do cuidado, de forma a promover a cura ou a melhora dos pacientes. No entanto, o atendimento integral envolve, também, uma preocupação com os espaços físicos, que devem ser agradáveis e confortáveis, e a melhor acolhida possível aos beneficiários nas unidades de saúde. Por esse motivo vamos buscar, a cada dia, inovar em nossos serviços e oferecer ambientes cada vez mais acolhedores, para que a dor e a angústia deem lugar à serenidade e à esperança. Fernando Fornias Diretor-presidente ÍNDICE 4 Em Pauta 6 Primeiros 6 Atenção à dengue Passos Saudável 7 Envelhecer 7 Equilíbrio 8 Vida Saudável Músicos e palhaços alegram hospitais da rede Santa Helena amplia cuidados com a doença Atividade física e mental estimula a memória Café da manhã é a mais importante refeição do dia 2 Santa Helena Saúde Leitura estimula linguagem e cognição infantil Todos precisam de férias para equilibrar a vida jan/fev de 2016 EMPRESA Tudo se transforma Giglio se dedica há 80 anos à coleta e transformação de subprodutos animais F undada em 1932 em São Bernardo do Campo, a Giglio é uma empresa familiar que atua na coleta e transformação de subprodutos animais (sebo e ossos) descartados por açougues, frigoríficos, supermercados e restaurantes. O material, recolhido em todo o Estado de São Paulo, é destinado à produção de ração animal e fabricação de sabão. A empresa, que é uma das pioneiras neste segmento no Brasil, também atua com coleta e reciclagem­ de óleo de fritura que, transformado, é agregado à ração animal ou destinado para o segmento de biodiesel. Mais recentemente, a Giglio­criou a Fabril Paulista e uma linha de produtos de limpeza da marca Conde.­ A farinha de carne de osso produzida pela Giglio tem baixo custo e contém proteínas, cálcio, energia, fósforo e outros nutrientes importantes para balancear a alimentação nas áreas de suinocultura, avicultura e petfood. Além disso, a matéria-prima pode ser utilizada como adubo O gestor de Recursos Humanos José Felipe Garcia diz que a parceria está aprovada orgânico na agricultura. Já o sebo derretido é usado pelas indústrias de sabão, higiene, beleza e oleoquímica devido à durabilidade e facilidade de manipulação. SAÚDE A Santa Helena é a responsável pela saúde dos mais de 200 colaboradores e familiares da Giglio­e da Fabril Paulista, com total de aproximadamente 360 vidas. A parceria, que começou há mais de 20 anos e tem sido elogiada pelos beneficiários, foi firmada devido à infraestrutura oferecida no Grande ABC, local de moradia da maioria dos empregados. “A Santa Helena cresceu muito nesses últimos anos e o atendimento sempre foi muito elogiado. Estamos muito satisfeitos com essa parceria”, afirma o gestor de Recursos Humanos da empresa, José Felipe Garcia. BENEFICIÁRIOS Um caso de amor com a Santa Helena A o tentar segurar uma pessoa que estava caindo na fila do banco, a profissional liberal Angelina Meire de Carvalho, de 51 anos, rompeu os li­ gamentos da mão e sofreu uma lesão de dedo em gatilho. O problema a obrigou a passar por duas cirurgias e ficar afastada do trabalho. Os transtornos só não foram maiores porque a paciente encontrou todo o apoio que precisava nos profissio­ nais que a atenderam no Centro Médico de Ortopedia de Santo André, onde fez os primeiros atendimentos, e no Hospital Santa Helena (HSH), onde foi operada. “Fui muito bem tratada por recepcio­ nistas, médicos e enfermeiros. O atendi­ mento foi ‘fantástico’ e estou vivendo um caso de amor com a Santa Helena”, enfatiza. Beneficiária há mais de 10 anos, Angelina afirma que sempre foi muito bem atendida e, por isso, indica o con­ vênio para amigos, vizinhos e familiares. A profissional também destaca a beleza e o conforto do Hospital e Maternidade Santa­Helena, onde a neta Júlia nasceu, em 2009. Angelina já foi beneficiária de uma em­ presa de seguro saúde, mas nunca tinha encontrado um atendimento com tanta prestatividade, rapidez e qualidade. “Ape­ sar da excelente infraestrutura da Santa Helena, o que me encanta realmente são as pessoas. Da moça da limpeza aos mé­ dicos, todos são muito prestativos e cari­ nhosos. Agradeço de coração pela forma como fui tratada por todos”, acentua. Angelina Meire de Carvalho conta que fica encantada com o atendimento EM PAUTA Alegria e descontração aliviam a rot Ação de músicos e palhaços transforma o ambiente do HSH e do Hospital e Maternidade Santa Helena U m cantor e um violão são mais do que suficientes para transformar o ambiente sisu­ do dos hospitais em um local de relaxamento e descontração, em que a dor e a angústia ficam, pelo menos por algum tempo, em segundo plano. Com a experiência do ‘Musicando a Vida’, pacientes­e familiares que frequentam o Hospital­ Santa Helena (HSH), em Santo André, vivenciam a expe­riência de ouvir música de boa qualidade enquanto esperam pelo atendimento, recebem medicação ou têm de permanecer internados. Estudos da Associação Americana de Musicoterapia (American Music Therapy Association - AMTA) e da Federação Mundial de Musicoterapia (World Federation of Music Teraphy - WFMT) confirmam os efeitos benéficos da música no funcionamento do organismo, com visível melhora do bem-estar e do humor.­“Os pacientes ficam mais cal­ mos e até a fisionomia muda. Muitos comentam que a música sereniza a dor e acaba fazendo parte do tratamento”, afirma Antonia Aldenilda Neta da Silva, coordenadora de Relacionamento Interno e responsável pela ação no Hospital Santa Helena. A música traz ao ambiente hospitalar um momento de reflexão e distração aos pacientes que, muitas vezes, estão apreensivos pelo diagnóstico e/ou tratamento. Além dos pacientes, que ficam menos nervosos e ansiosos, a presença de músicos alivia o estresse da equipe de Enfermagem, que consegue ficar mais relaxada, mesmo diante da rotina de atendimento dos mais de 1000 pacientes por dia, sem perder o foco da assistência. “Durante o tempo em que a música é tocada, os pacientes es- 4 Santa Helena Saúde O músico Roberto Tadeu Pereira da Silva toca em todos os setores do hospital A paciente Marli Rodrigues Tresso e a auxiliar Sara Ligia Rodrigues gostam da iniciativa quecem um pouco daquele sofrimento e, quando percebemos, estão cantarolando com os músicos. Isso faz bem também para toda a equipe que presta os cuidados”, reforça a responsável pela ação no Hospital Santa Helena. Para o músico Roberto Tadeu Pereira da Silva, a experiência no HSH tem sido gratificante, porque consegue perceber que as canções realmente aliviam o estresse dos pacientes e familiares que fre- quentam o hospital. “A música remete as pessoas a lembranças felizes com amores, família e amigos. Às vezes, o ambiente está nervoso e pergunto se posso tocar, mas a receptividade, em geral, é muito boa. Alguns pacientes pedem música e ficam em volta de mim, cantando, como se estivessem em um ambiente de lazer”, acentua. Cantarolando baixinho, a auxi­ liar­de enfermagem Sara Ligia Ro­ dri­­­ gues atende a paciente Marli tina hospitalar Rodri­gues­Tresso, de 57 anos, que precisa tomar um medicamento in­ tra­ venoso semanalmente. “A medicação demora uns 40 minutos, mas, com a música, eu nem percebo o tempo passar. Nem parece que estou no hospital”, afirma a beneficiária. Para a auxiliar de enfermagem, que nunca havia vivenciado a experiência de trabalhar com música ao vivo, o tempo passa mais rápido e o ambiente fica mais alegre, o que ajuda no trabalho e na receptividade dos pacientes. “A ini­ciativa é importante para deixar o ambiente mais leve, e também me ajuda a relaxar e nem perceber o tempo passar”, confirma o paciente Carlos Alberto Ribeiro, que passa por um tratamento no Hospital Santa Helena. HUMANIZAÇÃO As ações da Santa Helena para deixar o ambiente hospitalar mais agradável e relaxante fazem parte de uma estratégia de humanização­ no atendimento que in­clui­­­ atividades pontuais. Entre as ações estão­a visita do Papai Noel e a Missa realizadas em dezembro de 2015, no HSH, com participação de funcio­ ná­ rios, pacientes, acompanhantes e membros da diretoria da empresa. “Humanizar é colocar-se no lugar do outro de forma a acolher e amenizar a dor, e a iniciativa recebe todo o apoio dos gestores da Santa Helena”, resume a coordenadora de Relacionamento Interno. O projeto, que começou no HSH e na Maternidade, poderá ser estendido para outras unidades. jul/ago de 2015 Antonia Aldenilda Neta da Silva: gestão Anjos de nariz vermelho Que os palhaços doutores mudam a vida e a roti­ na de quem frequenta hospitais ninguém duvida e, na Santa Helena, a experiência também está trazendo excelentes resultados. O projeto com o grupo Anjos de Nariz Vermelho começou no Hospital e Materni­ dade Santa Helena e foi ampliado para o HSH, com a primeira visita no hospital em 16 de dezembro de 2015. “A receptividade foi sensacional. Não conse­ guimos avaliar se foi melhor com os pacientes ou com os colaboradores devido à euforia de todos os envolvidos”, destaca Antonia Aldenilda Neta da Silva. A beneficiária Bianca Oliveira, mãe de Ana Bea­ triz, de dois anos e meio, afirma que a visita dos palhaços na Pediatria do hospital infantil ajuda as crianças que estão internadas, pois eles alegram o ambiente e distraem. “Acho o trabalho importante para todos”, ressalta. Marcela Ribeiro Martins, mãe de Helena,­de três anos, também considera a inicia­ tiva da Santa Helena muito interessante, porque os palhaços quebram um pouco o clima de hospital e deixam as crianças mais tranquilas. Os ‘palhaços’ Gregory de Oliveira, Anderson Jar­ dineiro, Carlos Mascarenhas e Gerson Hernandez, que fazem parte dos Anjos de Nariz Vermelho e visi­ tam o HSH e a Maternidade Santa Helena a cada se­ mana, contam que é muito gratificante ajudar a aliviar o sentimento de dor e tentar tirar um sorriso voluntá­ rio dos pacientes, especialmente das crianças. “So­ mos sempre recebidos com alegria. É uma troca de energia muito boa que nos ajuda a voltar para casa renovados”, garantem. Trupe de palhaços voluntários visita o HSH e o Hospital e Maternidade Santa Helena jan/fev de 2016 5 CURTAS PRIMEIROS PASSOS O médico Luiz Marcelo Chiarotto Pierro lidera a ação Todos contra a dengue O s meses de fevereiro e março costumam ser os de maior in­ cidência da dengue no Brasil, devido­às altas temperaturas e às fre­ quentes chuvas. Para ter ainda mais efi­ ciência no combate à doença, a Santa Helena está implantando um novo pro­ grama para atendimento de pacientes com suspeita ou casos confirmados. To­ das as unidades de saúde terão equipe especializada para diagnóstico e trata­ mento da dengue, que tem os mesmos sintomas do resfriado comum. “Em geral, tratamos os pacientes com suspeita e confirmação de dengue de maneira semelhante, com medicação analgésica e hidratação. Não se pode administrar anti-inflamatório nesses ca­ sos”, explica o médico Luiz Marcelo Chiarotto­Pierro. Embora seja importante­ ter as equipes médicas prontas para atender os casos, o fundamental para combater a dengue é a prevenção. O médico acrescenta que o tempo para a larva virar mosquito é de 7 a 10 dias, portanto, se houver uma busca mi­ nuciosa na casa ou empresa, a cada se­ mana, será mais fácil proteger-se e aju­ dar a erradicar a dengue. “É importante lembrar que já está comprovado que o mosquito não se desenvolve somente em água limpa, por isso, todo cuidado é pouco no controle desse risco”, enfatiza. Onde procurar água parada Piscina não tratada, caixa d´água sem tampa, pneus, vasos de planta, ca­ lhas, galões, tonéis e latões, ralos em quintal, bandeja de geladeira e de ar condicionado, vaso sanitário fora de uso e qualquer outro recipiente que possa armazenar água. Na área de serviço, bal­ des devem ficar virados de cabeça para baixo e, nos quintais, é importante usar lonas para cobrir­objetos. Leia para as crianças A leitura estimula a linguagem, que é a base para o desenvolvimento de outras habilidades cognitivas D urante o primeiro ano de vi­ da­são desenvolvidos os neu­ rônios e as conexões cerebrais responsáveis pela linguagem, e esse desenvolvimento é a base para a formação de outras habilidades cognitivas na criança, como a matemática, o português, a atividade artística, o desempenho escolar e, na vida adulta, a profissionalização, a colo­ca­­ção no mercado de trabalho e a socialização adequada. E uma das formas mais efetivas de estimular esse desenvolvimento ce­­rebral é por meio da leitura, que deve ser iniciada antes mesmo do nascimento. Estudos confirmam que a criança estimulada por meio da leitura, da conversa, da música e da poesia, desde os primeiros meses de vida, tem um desenvolvimento mais completo em todas as áreas, pois tanto as habilidades intelectuais mais delicadas como o desenvolvimento motor (fino e grosseiro), social e emocional, que ocorrerão nos estágios futuros, dependem dessa base nos primeiros anos de vida. A pediatra Filumena Gomes, assessora da campanha ‘Receite um livro’ da Sociedade Brasileira de Pediatria, explica que é na gestação e nos primeiros seis meses de vida que se formam os órgãos­dos sen- tidos, como audição­e visão. Esse estímulo é muito impor­tan­te para o desenvolvimento des­ ses órgãos, que devem estar adequadamente formados para a criança desenvolver a linguagem e a fala. “Além de beneficiar diretamente a criança, a leitura na gestação ajudará a futura mãe a reconhecer o lugar do filho na sua família e no seu afeto. Sabemos que afeto e vínculo­são os pilares para o desenvolvimento adequado e completo da criança nos primeiros três anos de vida”, assegura. A médica orienta os pais com dificuldades de estimular os filhos nos primeiros anos de vida a interferirem nesse processo com entrada precoce na escola e com o estímulo­para o desenvolvimento do hábito de leitura em seus lares. PEDIATRAS O objetivo da campanha ‘Re­ cei­­ te­um Livro’ é mobilizar os pediatras a estimularem a leitura dos pais com as crianças de zero a seis anos, como forma de promover­o desenvolvimento infantil integral. “O pediatra é um profissional importante na vida das famílias e deve exercer esse papel da melhor forma possível, atuando como agente cultural transformador­em nosso meio”, acredita a médica. ENVELHECER SAUDÁVEL Cuide bem da memória! Q uando não estão devidamente controladas, algumas doenças relacionadas ao­­­ en­ ve­lhe­cimento – como hipertensão,­ diabetes e obesidade – podem interferir para um problema comum na idade mais avançada: a perda de memória e de cognição, que envolve raciocínio, imaginação, pensamento e linguagem. A boa notícia é que a atividade física regular e outras jul/ago de 2015 A médica Rebeca F. de Aquino: orientações atitudes saudáveis ajudam a manter a memória e a cognição em ordem, mesmo com o passar dos anos e com as enfermidades comuns do avançar da idade. Além da atividade física regular, o convívio social, a leitura e os jogos de raciocínio – palavras cruzadas, sudoku, quebra-cabeças – podem auxiliar na manutenção da memória e das funções cognitivas e motoras. “Mesmo que comece na idade avançada, a atividade física traz benefícios, embora não recupere a memória perdida. O ideal, no entanto, é iniciar a prática o mais cedo possível”, orienta a médica Rebeca França de Aquino, coordenadora do Programa de Atendimento Interdisciplinar (PAI), da Santa Helena. A adoção de um estilo de vida saudável, com base na prática de atividades físicas e mentais, alimentação equilibrada e envolvimento social, podem favorecer a neuroproteção e levar ao envelhecimento saudável do ponto de vista cognitivo. O PAI tem um grupo de memória com terapeutas ocupacionais que atendem pacientes com distúrbios cognitivos e demência, e um grupo de atividade física que se reúne duas vezes por semana nos parques da Juventude, em São Bernardo do Campo (rua Ítalo Setti),­e Ipiranguinha, em Santo André (próximo ao HSH). “Para participar, basta ter um encaminhamento do geriatra”, afirma a coordenadora. EQUILÍBRIO Descansar é fundamental! Q ueda de imunidade, alteração do sono, mudança do apetite, elevação da pressão sanguínea, diabetes, problemas vasculares e car­ díacos, tontura e depressão podem ser agravados quando o corpo está estres­ sado e precisando de descanso. O es­ tresse elevado faz com que a glândula suprarrenal libere hormônios na corrente sanguínea como, por exemplo, cortisol, levando a esses e outros sintomas que prejudicam a qualidade de vida e a saú­ de. Por esse motivo é fundamental que todos, ao menos uma vez por ano, apro­ veitem as férias. Esse período de ruptura em relação à rotina do trabalho contribui para a res­ tauração psíquica e para um descanso amplificado. “O lazer significa desligar-­ se das obrigações e, por algum tempo, dedicar-se a atividades que causem pra­­zer, nas quais não haja compromis­ sos de horário nem metas a atingir. Esse prazer está ligado à descontração e ao aumento dos hormônios que produzem relaxamento, calma e euforia, diminuin­ do, assim, o estresse das atividades profissionais”, explica o médico Fernan­ do Campos Barbosa, coordenador do Núcleo da Dor da Santa Helena. Além da reparação celular, o repouso promove uma reorganização hormonal que leva à reparação muscular, da pele e dos órgãos e, mesmo em indivíduos que convivem com dores crônicas, promove ‘bem estar’ e diminui os desconfortos. O descanso físico e mental também pode ser um excelente recurso para estimular a criatividade profissional. “Estudos já demonstraram que o percentual de no­ vas ideias, depois das férias, aumenta em 30% em relação a projetos de cria­ ção de forma global”, acrescenta o mé­ dico. Os momentos de lazer e repouso são importantes para relacionamentos interpessoais e familiares, e devem ser usados, ainda, para atividades indivi­ duais prazerosas, como leitura, música, jardinagem e trabalhos manuais. O médico Fernando Campos Barbosa explica os benefícios jul/ago de 2015 7 VIDA SAUDÁVEL A refeição mais importante do dia Café da manhã é fundamental para que o corpo tenha energia e disposição para as tarefas diárias E studos apontam que até 30% dos brasileiros adultos não ingerem o café da manhã, adquirindo um hábito prejudicial e que coloca em risco a saúde, o bem-estar e a disposição. O café da manhã é a mais importante refeição do dia e deve ser o mais completo possível preparando o organismo para as tarefas diárias. A primeira refeição colabora para o consumo adequado de nutrientes ao longo do dia, para a manutenção do peso e para a prevenção­de doenças. A nutricionista Angélica Grecco, da Santa Helena, explica que o metabolismo basal diminui o ritmo ao entardecer – principalmente o gasto calórico –, preparando o corpo para o repouso, período em que vai gastar­ o mínimo de energia para manter as funções vitais, como batimentos cardíacos, pressão arterial, respiração e temperatura corporal. Ao acordar, o metabolismo continua lento e o organismo precisa receber alimentos para acelerar o metabolismo basal e proporcionar aporte calórico adequado de energia. “É a primeira refeição do dia que mantém estáveis os níveis de glicemia, fundamental para a concentração e energia, garantindo também a ingestão de cálcio, proveniente do consumo de leite e derivados, entre outros benefícios”, argumenta. O jejum prolongado ao longo do dia também pode levar a um maior ganho de peso, porque o cérebro tem uma memória antepassada que indica necessidade de armazenar energia quando há restrição de comi­ 8 Santa Helena Saúde da. Por esse motivo, cada vez que uma pessoa fica longas horas em jejum o cérebro entende que pode sofrer uma restrição de alimentos e volta a diminuir o ritmo metabólico,­ aumentando a absorção de nutrientes na próxima refeição. O indivíduo que não ingere café da manhã também possui uma propensão a ‘beliscar’ ou consome alimentos muito calóricos e em grande quantidade no almoço. “Devido à fisiologia do organismo, pessoas que fazem dietas muito radicais não conseguem emagrecer”, acentua a nutricionista. O café da manhã ideal deve conter alimentos de todos os grupos pa­ ra­garantir a energia e a concentração ao longo do dia. Para quem não tem o hábito de ingerir a primeira refeição, a sugestão é começar gradativamente com um iogurte, um suco natural ou uma fruta e, aos poucos, chegar à refeição ideal (veja quadro). Crianças que não ingerem café da manhã regularmente apresentam ingestão reduzida de nutrientes como vitaminas A, E, C, B6, B12, folato, ferro, cálcio, fósforo, magnésio, potássio e fibra alimentar, podendo com­prometer o estado nutricional e a aprendizagem. FRACIONAMENTO O ideal é fracionar a alimentação de três em três horas, distribuindo pelas refeições principais­(café da manhã, almoço e jantar) e em lanches intermediários (manhã, tarde e noite). “O fracionamento adequa­ do auxilia na saciedade e ajuda a manter o peso saudável”, diz a nutricionista.­ Café ideal Carboidratos e grãos – Carboidratos garantem energia para o funcionamento do cérebro e os grãos integrais contêm fibras que ajudam a manter a glicemia em níveis adequados, reduzem a absor­ ção de gorduras e promovem sacieda­ de: pão integral, torrada integral, cereal integral sem açúcar. Proteínas – Fornecem substâncias para a construção e manutenção de todos os órgãos e tecidos do corpo: queijo bran­ co com pouca gordura, requeijão light, ricota, queijo cottage, leite, iogurte. Frutas – Pertencem ao grupo de alimen­ tos reguladores e contêm água, carboi­ dratos, vitaminas A e C, minerais e fi­ bras. As melhores opções são mamão, melão, banana, abacaxi e melancia, que contêm nutrientes e fibras que ajudam a regular o intestino, retardar a fome e garantir sensação de bem-estar. Lipídios – Gorduras são importantes pa­ra o metabolismo, e algumas vitami­ nas só podem ser absorvidas na presen­ ça de gordura, que também serve para manter a temperatura corporal: marga­ rina com fitoesterol (ajuda a controlar o colesterol ruim) e manteiga em pequena quantidade e sem sal (exceto para pa­ cientes com restrição de gordura). A nutricionista Angélica Grecco ressalta a importância da primeira refeição