PALHAÇOS ALEGRAM O AMBIENTE HOSPITALAR

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Edição 65 | Ano XII | janeiro/fevereiro 2016
ENVELHECER
SAUDÁVEL
Atividades físicas, jogos
e socialização ajudam
a preservar a memória
PRIMEIROS
PASSOS
Ler para as crianças,
inclusive durante a
gestação, estimula a
linguagem e a cognição
VIDA SAUDÁVEL
O café da manhã é a mais
importante refeição do dia
e não deve ser suprimido
da dieta em qualquer idade
EQUILÍBRIO
Aproveite as férias para
relaxar, descansar e
renovar-se para novas
ideias e projetos
PALHAÇOS ALEGRAM O
AMBIENTE HOSPITALAR
EDITORIAL
Coordenação geral
Diretor-presidente
Fernando Fornias
Diretor vice-presidente
Ronaldo Kalaf
Edição, coordenação e reportagem
Adenilde Bringel (Mtb 16.649)
Fotos
Ilton Barbosa e Pager Tecnologia
Editoração Eletrônica
Companhia de Imprensa
Estagiário
Vitor Gitti
Projeto gráfico e Produção editorial
Companhia de Imprensa
Divisão Publicações
(11-4432-4000)
Central de Agendamento
Consultas e exames
(11) 4336-9777
(Exceto exames especiais)
SAC 24 Horas
Informações, dúvidas, reclamações,
orientações sobre suspensão ou
cancelamento – 0800-191817
Ouvidoria e Fale Conosco
www.santahelenasaude.com.br
Música e alegria nos
serviços de saúde
O
ditado popular ‘quem canta seus males espanta’ resume
a importância da música como instrumento terapêutico
para auxiliar na cura de diversos males do corpo e da
mente. Afinal, já está demonstrado que cantar ameniza ou afasta
os problemas da vida e traduz alegria e bom humor a pessoas
de todas as idades. Estudos também têm comprovado que a
presença de palhaços em hospitais deixa pacientes e familiares
mais calmos, além de aliviar a tensão da rotina diária dos profissionais da saúde.
Consciente da importância de melhorar, cada vez mais, o ambiente dos hospitais e das unidades de atendimento da rede,
a Santa Helena deu início, em 2015, a um projeto que inclui
música ao vivo e a visita de palhaços no Hospital Santa Helena
(HSH), em Santo André, e no Hospital e Maternidade, em São
Bernardo do Campo. A experiência prática e a opinião de beneficiários e colaboradores tem comprovado que essas ações
realmente promovem momentos de descontração e deixam o
ambiente mais acolhedor.
Em todo o mundo, os serviços envolvidos com a atenção à
saúde – sejam públicos ou privados – têm a responsabilidade
de garantir a assistência adequada e manter a qualidade do cuidado, de forma a promover a cura ou a melhora dos pacientes.
No entanto, o atendimento integral envolve, também, uma preocupação com os espaços físicos, que devem ser agradáveis e
confortáveis, e a melhor acolhida possível aos beneficiários nas
unidades de saúde. Por esse motivo vamos buscar, a cada dia,
inovar em nossos serviços e oferecer ambientes cada vez mais
acolhedores, para que a dor e a angústia deem lugar à serenidade e à esperança. Fernando Fornias
Diretor-presidente
ÍNDICE
4 Em
Pauta
6 Primeiros
6 Atenção
à dengue
Passos
Saudável
7 Envelhecer
7 Equilíbrio
8 Vida
Saudável
Músicos e
palhaços alegram
hospitais da rede
Santa Helena
amplia cuidados
com a doença
Atividade física e
mental estimula
a memória
Café da manhã é
a mais importante
refeição do dia
2
Santa Helena Saúde
Leitura estimula
linguagem e
cognição infantil
Todos precisam
de férias para
equilibrar a vida
jan/fev de 2016
EMPRESA
Tudo se transforma
Giglio se dedica há 80 anos
à coleta e transformação
de subprodutos animais F
undada em 1932 em São
Bernardo do Campo, a Giglio
é uma empresa familiar que
atua na coleta e transformação de
subprodutos animais (sebo e ossos)
descartados por açougues, frigoríficos, supermercados e restaurantes. O material, recolhido em todo o
Estado de São Paulo, é destinado à
produção de ração animal e fabricação de sabão.
A empresa, que é uma das pioneiras neste segmento no Brasil, também atua com coleta e reciclagem­
de óleo de fritura que, transformado,
é agregado à ração animal ou destinado para o segmento de biodiesel.
Mais recentemente, a Giglio­criou a
Fabril Paulista e uma linha de produtos de limpeza da marca Conde.­
A farinha de carne de osso produzida pela Giglio tem baixo custo
e contém proteínas, cálcio, energia,
fósforo e outros nutrientes importantes para balancear a alimentação
nas áreas de suinocultura, avicultura
e petfood. Além disso, a matéria-prima pode ser utilizada como adubo
O gestor de Recursos Humanos José Felipe Garcia diz que a parceria está aprovada
orgânico na agricultura. Já o sebo
derretido é usado pelas indústrias
de sabão, higiene, beleza e oleoquímica devido à durabilidade e facilidade de manipulação.
SAÚDE
A Santa Helena é a responsável
pela saúde dos mais de 200 colaboradores e familiares da Giglio­e da
Fabril Paulista, com total de aproximadamente 360 vidas. A parceria,
que começou há mais de 20 anos
e tem sido elogiada pelos beneficiários, foi firmada devido à infraestrutura oferecida no Grande ABC, local
de moradia da maioria dos empregados. “A Santa Helena cresceu
muito nesses últimos anos e o atendimento sempre foi muito elogiado.
Estamos muito satisfeitos com essa
parceria”, afirma o gestor de Recursos Humanos da empresa, José
Felipe Garcia.
BENEFICIÁRIOS
Um caso de amor com a Santa Helena
A
o tentar segurar uma pessoa que
estava caindo na fila do banco, a
profissional liberal Angelina Meire
de Carvalho, de 51 anos, rompeu os li­
gamentos da mão e sofreu uma lesão de
dedo em gatilho. O problema a obrigou a
passar por duas cirurgias e ficar afastada
do trabalho. Os transtornos só não foram
maiores porque a paciente encontrou
todo o apoio que precisava nos profissio­
nais que a atenderam no Centro Médico
de Ortopedia de Santo André, onde fez
os primeiros atendimentos, e no Hospital
Santa Helena (HSH), onde foi operada.
“Fui muito bem tratada por recepcio­
nistas, médicos e enfermeiros. O atendi­
mento foi ‘fantástico’ e estou vivendo
um caso de amor com a Santa Helena”,
enfatiza. Beneficiária há mais de 10 anos,
Angelina afirma que sempre foi muito
bem atendida e, por isso, indica o con­
vênio para amigos, vizinhos e familiares.
A profissional também destaca a beleza
e o conforto do Hospital e Maternidade
Santa­Helena, onde a neta Júlia nasceu,
em 2009.
Angelina já foi beneficiária de uma em­
presa de seguro saúde, mas nunca tinha
encontrado um atendimento com tanta
prestatividade, rapidez e qualidade. “Ape­
sar da excelente infraestrutura da Santa
Helena, o que me encanta realmente são
as pessoas. Da moça da limpeza aos mé­
dicos, todos são muito prestativos e cari­
nhosos. Agradeço de coração pela forma
como fui tratada por todos”, acentua.
Angelina
Meire de
Carvalho
conta que fica
encantada
com o
atendimento
EM PAUTA
Alegria e descontração aliviam a rot
Ação de músicos e palhaços
transforma o ambiente
do HSH e do Hospital e
Maternidade Santa Helena
U
m cantor e um violão são
mais do que suficientes para
transformar o ambiente sisu­
do dos hospitais em um local de
relaxamento e descontração, em
que a dor e a angústia ficam, pelo
menos por algum tempo, em segundo plano. Com a experiência do
‘Musicando a Vida’, pacientes­e familiares que frequentam o Hospital­
Santa Helena (HSH), em Santo
André, vivenciam a expe­riência de
ouvir música de boa qualidade enquanto esperam pelo atendimento,
recebem medicação ou têm de
permanecer internados. Estudos da Associação Americana de Musicoterapia (American
Music Therapy Association - AMTA)
e da Federação Mundial de Musicoterapia (World Federation of
Music Teraphy - WFMT) confirmam
os efeitos benéficos da música no
funcionamento do organismo, com
visível melhora do bem-estar e do
humor.­“Os pacientes ficam mais
cal­
mos e até a fisionomia muda.
Muitos comentam que a música
sereniza a dor e acaba fazendo
parte do tratamento”, afirma Antonia Aldenilda Neta da Silva, coordenadora de Relacionamento Interno
e responsável pela ação no Hospital Santa Helena. A música traz ao ambiente hospitalar um momento de reflexão e
distração aos pacientes que, muitas vezes, estão apreensivos pelo
diagnóstico e/ou tratamento. Além
dos pacientes, que ficam menos
nervosos e ansiosos, a presença
de músicos alivia o estresse da
equipe de Enfermagem, que consegue ficar mais relaxada, mesmo
diante da rotina de atendimento
dos mais de 1000 pacientes por
dia, sem perder o foco da assistência. “Durante o tempo em que a
música é tocada, os pacientes es-
4
Santa Helena Saúde
O músico Roberto Tadeu Pereira da Silva toca em todos os setores do hospital
A paciente Marli Rodrigues Tresso e a auxiliar Sara Ligia Rodrigues gostam da iniciativa
quecem um pouco daquele sofrimento e, quando percebemos, estão cantarolando com os músicos.
Isso faz bem também para toda a
equipe que presta os cuidados”,
reforça a responsável pela ação no
Hospital Santa Helena.
Para o músico Roberto Tadeu
Pereira da Silva, a experiência no
HSH tem sido gratificante, porque
consegue perceber que as canções realmente aliviam o estresse
dos pacientes e familiares que fre-
quentam o hospital. “A música remete as pessoas a lembranças felizes com amores, família e amigos.
Às vezes, o ambiente está nervoso
e pergunto se posso tocar, mas a
receptividade, em geral, é muito
boa. Alguns pacientes pedem música e ficam em volta de mim, cantando, como se estivessem em um
ambiente de lazer”, acentua. Cantarolando baixinho, a auxi­
liar­de enfermagem Sara Ligia Ro­
dri­­­
gues atende a paciente Marli
tina hospitalar
Rodri­gues­Tresso, de 57 anos, que
precisa tomar um medicamento in­
tra­
venoso semanalmente. “A medicação demora uns 40 minutos,
mas, com a música, eu nem percebo o tempo passar. Nem parece
que estou no hospital”, afirma a beneficiária. Para a auxiliar de enfermagem, que nunca havia vivenciado a experiência de trabalhar com
música ao vivo, o tempo passa
mais rápido e o ambiente fica mais
alegre, o que ajuda no trabalho e
na receptividade dos pacientes. “A
ini­ciativa é importante para deixar o
ambiente mais leve, e também me
ajuda a relaxar e nem perceber o
tempo passar”, confirma o paciente Carlos Alberto Ribeiro, que passa por um tratamento no Hospital
Santa Helena. HUMANIZAÇÃO
As ações da Santa Helena para
deixar o ambiente hospitalar mais
agradável e relaxante fazem parte
de uma estratégia de humanização­
no atendimento que in­clui­­­ atividades
pontuais. Entre as ações estão­a visita do Papai Noel e a Missa realizadas em dezembro de 2015, no
HSH, com participação de funcio­
ná­
rios, pacientes, acompanhantes
e membros da diretoria da empresa. “Humanizar é colocar-se no lugar do outro de forma a acolher e
amenizar a dor, e a iniciativa recebe
todo o apoio dos gestores da Santa
Helena”, resume a coordenadora de
Relacionamento Interno. O projeto,
que começou no HSH e na Maternidade, poderá ser estendido para
outras unidades.
jul/ago de 2015
Antonia Aldenilda Neta da Silva: gestão
Anjos de nariz vermelho
Que os palhaços doutores mudam a vida e a roti­
na de quem frequenta hospitais ninguém duvida e, na
Santa Helena, a experiência também está trazendo
excelentes resultados. O projeto com o grupo Anjos
de Nariz Vermelho começou no Hospital e Materni­
dade Santa Helena e foi ampliado para o HSH, com
a primeira visita no hospital em 16 de dezembro de
2015. “A receptividade foi sensacional. Não conse­
guimos avaliar se foi melhor com os pacientes ou
com os colaboradores devido à euforia de todos os
envolvidos”, destaca Antonia Aldenilda Neta da Silva. A beneficiária Bianca Oliveira, mãe de Ana Bea­
triz, de dois anos e meio, afirma que a visita dos
palhaços na Pediatria do hospital infantil ajuda as
crianças que estão internadas, pois eles alegram o
ambiente e distraem. “Acho o trabalho importante
para todos”, ressalta. Marcela Ribeiro Martins, mãe
de Helena,­de três anos, também considera a inicia­
tiva da Santa Helena muito interessante, porque os
palhaços quebram um pouco o clima de hospital e
deixam as crianças mais tranquilas.
Os ‘palhaços’ Gregory de Oliveira, Anderson Jar­
dineiro, Carlos Mascarenhas e Gerson Hernandez,
que fazem parte dos Anjos de Nariz Vermelho e visi­
tam o HSH e a Maternidade Santa Helena a cada se­
mana, contam que é muito gratificante ajudar a aliviar
o sentimento de dor e tentar tirar um sorriso voluntá­
rio dos pacientes, especialmente das crianças. “So­
mos sempre recebidos com alegria. É uma troca de
energia muito boa que nos ajuda a voltar para casa
renovados”, garantem.
Trupe de palhaços voluntários
visita o HSH e o Hospital e
Maternidade Santa Helena
jan/fev de 2016
5
CURTAS
PRIMEIROS PASSOS
O médico
Luiz Marcelo
Chiarotto Pierro
lidera a ação
Todos contra
a dengue
O
s meses de fevereiro e março
costumam ser os de maior in­
cidência da dengue no Brasil,
devido­às altas temperaturas e às fre­
quentes chuvas. Para ter ainda mais efi­
ciência no combate à doença, a Santa
Helena está implantando um novo pro­
grama para atendimento de pacientes
com suspeita ou casos confirmados. To­
das as unidades de saúde terão equipe
especializada para diagnóstico e trata­
mento da dengue, que tem os mesmos
sintomas do resfriado comum.
“Em geral, tratamos os pacientes
com suspeita e confirmação de dengue
de maneira semelhante, com medicação
analgésica e hidratação. Não se pode
administrar anti-inflamatório nesses ca­
sos”, explica o médico Luiz Marcelo
Chiarotto­Pierro. Embora seja importante­
ter as equipes médicas prontas para
atender os casos, o fundamental para
combater a dengue é a prevenção.
O médico acrescenta que o tempo
para a larva virar mosquito é de 7 a 10
dias, portanto, se houver uma busca mi­
nuciosa na casa ou empresa, a cada se­
mana, será mais fácil proteger-se e aju­
dar a erradicar a dengue. “É importante
lembrar que já está comprovado que o
mosquito não se desenvolve somente
em água limpa, por isso, todo cuidado é
pouco no controle desse risco”, enfatiza.
Onde procurar água parada
Piscina não tratada, caixa d´água
sem tampa, pneus, vasos de planta, ca­
lhas, galões, tonéis e latões, ralos em
quintal, bandeja de geladeira e de ar
condicionado, vaso sanitário fora de uso
e qualquer outro recipiente que possa
armazenar água. Na área de serviço, bal­
des devem ficar virados de cabeça para
baixo e, nos quintais, é importante usar
lonas para cobrir­objetos.
Leia para as crianças
A leitura estimula a linguagem, que é a base para
o desenvolvimento de outras habilidades cognitivas
D
urante o primeiro ano de vi­
da­são desenvolvidos os
neu­
rônios e as conexões
cerebrais responsáveis pela linguagem, e esse desenvolvimento é a
base para a formação de outras
habilidades cognitivas na criança,
como a matemática, o português,
a atividade artística, o desempenho
escolar e, na vida adulta, a profissionalização, a colo­ca­­ção no mercado de trabalho e a socialização
adequada. E uma das formas mais
efetivas de estimular esse desenvolvimento ce­­rebral é por meio da
leitura, que deve ser iniciada antes
mesmo do nascimento.
Estudos confirmam que a criança estimulada por meio da leitura, da conversa, da música e da
poesia, desde os primeiros meses
de vida, tem um desenvolvimento mais completo em todas as
áreas, pois tanto as habilidades
intelectuais mais delicadas como
o desenvolvimento motor (fino e
grosseiro), social e emocional, que
ocorrerão nos estágios futuros, dependem dessa base nos primeiros
anos de vida.
A pediatra Filumena Gomes, assessora da campanha ‘Receite um
livro’ da Sociedade Brasileira de Pediatria, explica que é na gestação e
nos primeiros seis meses de vida
que se formam os órgãos­dos sen-
tidos, como audição­e visão. Esse
estímulo é muito impor­tan­te para o
desenvolvimento des­
ses órgãos,
que devem estar adequadamente
formados para a criança desenvolver a linguagem e a fala.
“Além de beneficiar diretamente a criança, a leitura na gestação
ajudará a futura mãe a reconhecer
o lugar do filho na sua família e no
seu afeto. Sabemos que afeto e
vínculo­são os pilares para o desenvolvimento adequado e completo da criança nos primeiros três
anos de vida”, assegura. A médica
orienta os pais com dificuldades
de estimular os filhos nos primeiros
anos de vida a interferirem nesse
processo com entrada precoce na
escola e com o estímulo­para o desenvolvimento do hábito de leitura
em seus lares. PEDIATRAS
O objetivo da campanha ‘Re­
cei­­
te­um Livro’ é mobilizar os pediatras a estimularem a leitura dos
pais com as crianças de zero a seis
anos, como forma de promover­o
desenvolvimento infantil integral. “O
pediatra é um profissional importante na vida das famílias e deve
exercer esse papel da melhor forma possível, atuando como agente
cultural transformador­em nosso
meio”, acredita a médica.
ENVELHECER SAUDÁVEL
Cuide bem da memória!
Q
uando não estão devidamente controladas, algumas
doenças relacionadas ao­­­ en­
ve­lhe­cimento – como hipertensão,­
diabetes e obesidade – podem interferir para um problema comum
na idade mais avançada: a perda
de memória e de cognição, que envolve raciocínio, imaginação, pensamento e linguagem. A boa notícia é
que a atividade física regular e outras
jul/ago de 2015
A médica Rebeca F. de Aquino: orientações
atitudes saudáveis ajudam a manter
a memória e a cognição em ordem,
mesmo com o passar dos anos e
com as enfermidades comuns do
avançar da idade.
Além da atividade física regular, o
convívio social, a leitura e os jogos
de raciocínio – palavras cruzadas,
sudoku, quebra-cabeças – podem
auxiliar na manutenção da memória
e das funções cognitivas e motoras. “Mesmo que comece na idade avançada, a atividade física traz
benefícios, embora não recupere a
memória perdida. O ideal, no entanto, é iniciar a prática o mais cedo
possível”, orienta a médica Rebeca
França de Aquino, coordenadora do
Programa de Atendimento Interdisciplinar (PAI), da Santa Helena.
A adoção de um estilo de vida
saudável, com base na prática de
atividades físicas e mentais, alimentação equilibrada e envolvimento
social, podem favorecer a neuroproteção e levar ao envelhecimento
saudável do ponto de vista cognitivo. O PAI tem um grupo de memória
com terapeutas ocupacionais que
atendem pacientes com distúrbios
cognitivos e demência, e um grupo de atividade física que se reúne
duas vezes por semana nos parques da Juventude, em São Bernardo do Campo (rua Ítalo Setti),­e
Ipiranguinha, em Santo André (próximo ao HSH). “Para participar, basta
ter um encaminhamento do geriatra”, afirma a coordenadora.
EQUILÍBRIO
Descansar é fundamental!
Q
ueda de imunidade, alteração
do sono, mudança do apetite,
elevação da pressão sanguínea,
diabetes, problemas vasculares e car­
díacos, tontura e depressão podem ser
agravados quando o corpo está estres­
sado e precisando de descanso. O es­
tresse elevado faz com que a glândula
suprarrenal libere hormônios na corrente
sanguínea como, por exemplo, cortisol,
levando a esses e outros sintomas que
prejudicam a qualidade de vida e a saú­
de. Por esse motivo é fundamental que
todos, ao menos uma vez por ano, apro­
veitem as férias. Esse período de ruptura em relação
à rotina do trabalho contribui para a res­
tauração psíquica e para um descanso
amplificado. “O lazer significa desligar-­
se das obrigações e, por algum tempo,
dedicar-se a atividades que causem
pra­­zer, nas quais não haja compromis­
sos de horário nem metas a atingir. Esse
prazer está ligado à descontração e ao
aumento dos hormônios que produzem
relaxamento, calma e euforia, diminuin­
do, assim, o estresse das atividades
profissionais”, explica o médico Fernan­
do Campos Barbosa, coordenador do
Núcleo da Dor da Santa Helena.
Além da reparação celular, o repouso
promove uma reorganização hormonal
que leva à reparação muscular, da pele e
dos órgãos e, mesmo em indivíduos que
convivem com dores crônicas, promove
‘bem estar’ e diminui os desconfortos. O
descanso físico e mental também pode
ser um excelente recurso para estimular
a criatividade profissional. “Estudos já
demonstraram que o percentual de no­
vas ideias, depois das férias, aumenta
em 30% em relação a projetos de cria­
ção de forma global”, acrescenta o mé­
dico. Os momentos de lazer e repouso
são importantes para relacionamentos
interpessoais e familiares, e devem ser
usados, ainda, para atividades indivi­
duais prazerosas, como leitura, música,
jardinagem e trabalhos manuais. O médico
Fernando
Campos
Barbosa
explica os
benefícios
jul/ago de 2015
7
VIDA SAUDÁVEL
A refeição mais importante do dia
Café da manhã é fundamental para que o corpo
tenha energia e disposição para as tarefas diárias
E
studos apontam que até 30%
dos brasileiros adultos não ingerem o café da manhã, adquirindo um hábito prejudicial e que coloca em risco a saúde, o bem-estar
e a disposição. O café da manhã é
a mais importante refeição do dia e
deve ser o mais completo possível
preparando o organismo para as tarefas diárias. A primeira refeição colabora para o consumo adequado
de nutrientes ao longo do dia, para
a manutenção do peso e para a
prevenção­de doenças.
A nutricionista Angélica Grecco,
da Santa Helena, explica que o metabolismo basal diminui o ritmo ao
entardecer – principalmente o gasto
calórico –, preparando o corpo para
o repouso, período em que vai gastar­
o mínimo de energia para manter as
funções vitais, como batimentos cardíacos, pressão arterial, respiração e
temperatura corporal. Ao acordar, o
metabolismo continua lento e o organismo precisa receber alimentos
para acelerar o metabolismo basal
e proporcionar aporte calórico adequado de energia. “É a primeira refeição do dia que mantém estáveis os
níveis de glicemia, fundamental para
a concentração e energia, garantindo também a ingestão de cálcio,
proveniente do consumo de leite e
derivados, entre outros benefícios”,
argumenta.
O jejum prolongado ao longo do
dia também pode levar a um maior
ganho de peso, porque o cérebro
tem uma memória antepassada que
indica necessidade de armazenar
energia quando há restrição de comi­
8
Santa Helena Saúde
da. Por esse motivo, cada vez que
uma pessoa fica longas horas em
jejum o cérebro entende que pode
sofrer uma restrição de alimentos e
volta a diminuir o ritmo metabólico,­
aumentando a absorção de nutrientes na próxima refeição. O indivíduo
que não ingere café da manhã também possui uma propensão a ‘beliscar’ ou consome alimentos muito
calóricos e em grande quantidade
no almoço. “Devido à fisiologia do organismo, pessoas que fazem dietas
muito radicais não conseguem emagrecer”, acentua a nutricionista.
O café da manhã ideal deve conter alimentos de todos os grupos pa­
ra­garantir a energia e a concentração ao longo do dia. Para quem não
tem o hábito de ingerir a primeira refeição, a sugestão é começar gradativamente com um iogurte, um suco
natural ou uma fruta e, aos poucos,
chegar à refeição ideal (veja quadro).
Crianças que não ingerem café da
manhã regularmente apresentam ingestão reduzida de nutrientes como
vitaminas A, E, C, B6, B12, folato,
ferro, cálcio, fósforo, magnésio, potássio e fibra alimentar, podendo
com­prometer o estado nutricional e
a aprendizagem.
FRACIONAMENTO
O ideal é fracionar a alimentação
de três em três horas, distribuindo
pelas refeições principais­(café da
manhã, almoço e jantar) e em lanches intermediários (manhã, tarde e
noite). “O fracionamento adequa­
do
auxilia na saciedade e ajuda a manter
o peso saudável”, diz a nutricionista.­
Café ideal
Carboidratos e grãos – Carboidratos
garantem energia para o funcionamento
do cérebro e os grãos integrais contêm
fibras que ajudam a manter a glicemia
em níveis adequados, reduzem a absor­
ção de gorduras e promovem sacieda­
de: pão integral, torrada integral, cereal
integral sem açúcar.
Proteínas – Fornecem substâncias para
a construção e manutenção de todos os
órgãos e tecidos do corpo: queijo bran­
co com pouca gordura, requeijão light,
ricota, queijo cottage, leite, iogurte.
Frutas – Pertencem ao grupo de alimen­
tos reguladores e contêm água, carboi­
dratos, vitaminas A e C, minerais e fi­
bras. As melhores opções são mamão,
melão, banana, abacaxi e melancia, que
contêm nutrientes e fibras que ajudam
a regular o intestino, retardar a fome e
garantir sensação de bem-estar.
Lipídios – Gorduras são importantes
pa­ra o metabolismo, e algumas vitami­
nas só podem ser absorvidas na presen­
ça de gordura, que também serve para
manter a temperatura corporal: marga­
rina com fitoesterol (ajuda a controlar o
colesterol ruim) e manteiga em pequena
quantidade e sem sal (exceto para pa­
cientes com restrição de gordura).
A nutricionista
Angélica
Grecco
ressalta a
importância
da primeira
refeição
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