MINISTÉRIO DA CULTURA e ZAFFARI apresentam BAILEI NA CURVA 30 ANOS Mais tradicional montagem gaúcha comemora três décadas com turnê nacional Fotos em alta resolução em www.opuspromocoes.com.br A trajetória de sete crianças que moravam na mesma rua em 1964, encenada nos palcos pela primeira vez em 1983 com o título de Bailei na Curva, é hoje uma das maneiras de se retratar o Brasil que se forma sob o signo do Golpe Militar. Depois de três décadas de existência, o espetáculo se tornou parte do currículo escolar e é, atualmente, a peça mais montada do país. Com o passar dos anos, o sucesso permaneceu, conquistando novas gerações. Foi pensando nisso que os entusiastas do projeto e a Opus Promoções se reuniram novamente neste ano para encenar essa história em uma turnê nacional totalmente remodelada que comemora os 30 anos da montagem. Depois da estreia em Porto Alegre, o espetáculo passa por Novo Hamburgo e Rio de Janeiro, até chegar em São Paulo para curtíssima temporada, dia 24 de janeiro, no Teatro Bradesco. As vendas de ingressos para a temporada paulista estarão abertas a partir do dia 29 de outubro de 2013. A nova encenação manterá a essência e vitalidade da montagem original, mas será repaginada para os grandes palcos dos teatros por onde passará. O cenário, além das clássicas cadeiras, contará com projeções de imagens e um trabalho gráfico ao fundo, no intuito de produzir um registro iconográfico e facilitar a compreensão do espetáculo para as novas gerações. O elenco – formado por Catharina Conte, Cíntia Ferrer, Eduardo Mendonça, Érico Ramos, Guilherme Barcelos, Leonardo Barison, Melissa Dornelles e Patrícia Soso. Julio Conte assina o texto final da peça ao lado de Cláudia Accurso, Flávio Bicca Rocha, Hermes Mancilha, Lúcia Serpa, Márcia do Canto e Regina Goulart. A primeira apresentação de Bailei na Curva aconteceu em 1º de outubro de 1983, no Teatro IPE, em Porto Alegre. Com direção de Júlio Conte desde a versão inicial, a montagem rapidamente se tornou um sucesso. Já em parceria com a Opus Promoções, a primeira turnê do espetáculo realizou 280 apresentações para um público de 150 mil pessoas só no Rio Grande do Sul. O grupo ainda partiu para outras cidades do Brasil como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Campo Grande. Simultaneamente, a montagem foi encenada por outros grupos teatrais em locais como Belo Horizonte, João Pessoa, Recife e Campinas. Bailei também foi convidada por Eva Sopher para festejar os dez anos da reabertura do Theatro São Pedro, o mais tradicional teatro de Porto Alegre, em 1994. Novas remontagens foram feitas em 2000 e em 2008. Sinopse Bailei na Curva mostra a trajetória de sete crianças, vizinhas na mesma rua em abril de 1964. Como pano de fundo, impõe-se uma forte realidade. Um golpe militar num país democrático da América Latina. A peça desenha, ao mesmo tempo, um quadro divertido e implacável da realidade. Divertido sob o ponto de vista da pureza e ingenuidade das personagens que, durante sua trajetória, enfrentam as transformações do final da infância, adolescência e juventude. E implacável graças às consequências de um Golpe Militar que vai refletir na vida adulta destes personagens. Durante o desenvolvimento da história, vai se desenhando um painel dos usos, costumes e pensamentos da sociedade brasileira na segunda metade do século XX. As brincadeiras de colégio, as aulas de educação sexual, as matinês no cinema, as reuniões dançantes nas garagens, os namoros no carro – uma juventude que opta pela guerrilha e clandestinidade em contraste à outra juventude que abraça as drogas e cai na estrada e, finalmente, adultos que optam pelas conquistas individuais na negação do passado em contraste com aqueles que lutam para resgatar as memórias dos anos de chumbo. Uma geração que encontra sua maturidade nos movimentos de Anistia e Abertura Política. E que encerra todas as suas esperanças no mandato de Tancredo Neves para presidente da república. Sem perder a ternura, a peça inicia sua história em 1º de abril de 1964 e a encerra no dia oficial da morte de Tancredo Neves, quando um bebê, representando o futuro, é embalado em cena ao som da música Horizontes. FICHA TÉCNICA Roteiro e texto final Júlio Conte, Cláudia Accurso, Flávio Bicca Rocha, Hermes Mancilha, Lúcia Serpa, Márcia do Canto e Regina Goulart Elenco Bruna Bottega, Catharina Conte, Cíntia Ferrer, Eduardo Mendonça, Emilio Farias, Érico Ramos, Guilherme Barcelos, Leonardo Barison, Melissa Dornelles e Patrícia Soso Música-tema Flávio Bicca Rocha Trilha sonora Flávio Bicca Rocha e Júlio Conte Edição de vídeos Guilherme Barcelos e Júlio Conte Iluminação Gabriel Lagoas e Júlio Conte Produção de figurinos Liege Massi e Patsy Cecato Direção Júlio Conte Produção Cômica Cultural Realização Opus Promoções Júlio Conte*, sobre os 30 anos do Bailei na Curva Dias antes da estreia de Bailei na Curva no Teatro do IPE, no dia 1º de outubro de 1983, eu tive um sonho. Foi assim: “Estamos estreando a peça. O local parece o ginásio do Petrópole Tênis Clube, só que adaptado para o teatro. Há um grande público de espectadores misturado como se fosse uma torcida de futebol. Muita, mas muita gente mesmo nas arquibancadas. Começa a peça. Sinto que as coisas não andam. Ruídos na plateia. Pelas janelas do ginásio, vaza uma luz difusa. Público começa a se levantar e abandona a sala de apresentação. Em pouco tempo de encenação, o publico vai embora, e logo o ginásio está vazio. O público antes imenso, vai embora. Voltamos para o segundo ato e não há nenhuma pessoa assistindo a peça. Sem saber o que que fazer, proponho: - Pessoal, já que estamos aqui, vamos aproveitar e ensaiar para a próxima apresentação.” Lembrei disso, pois estamos na véspera de comemorar os 30 anos da peça. Parece impossível que aquele bando de sonhadores bateu na porta da Opus convenceu o Geraldo Lopes a produzir uma peça que nem texto ainda tinha e que, depois, levou essa mesma peça para o Brasil inteiro. Quase não acredito que Bailei se tornou a peça mais montada no país com centenas e centenas de montagens ao longo dos anos. Que atingiu a marca de mais de mil apresentações. O maior fenômeno do teatro gaúcho de todos os tempos. Que se tornou parte do currículo escolar como retrato da história do Brasil. É estranho pensar que pequenos pensamentos e múltiplos sentimentos, experiências armazenadas e depois divididas por Júlio Conte, Márcia do Canto, Cláudia Accurso, Lúcia Serpa, Regina Goulart, Flávio Bicca, Claudio Cruz e Hermes Mancilha pudessem, em seu processo de criação coletiva do texto, se catalisar a tal forma e que a dramaturgia da obra realizada sobreviveu ao tempo. Que a direção de um iniciante pudesse perdurar. Bailei na Curva estreou nos últimos anos da ditadura, na aurora da redemocratização. Por isso, muitas vezes me pergunto se é uma obra filha do ocaso da ditadura ou a primeira narrativa da democracia. Qualquer que seja a resposta, Bailei se apresenta no panorama teatral como a grande obra da modernidade do teatro brasileiro, pois não se satisfaz com realizações autoeróticas, cenários dos guetos, e, sim, como retrato da solução coletiva da esperança de um povo. Porque qualquer identidade se estabelece sob o signo da coletividade nacional. Bailei na Curva, criando um trajeto histórico, inventa nossa alma. A magia da permanência que somente a verdadeira arte possui. Apesar de ter coordenado o processo e manter a peça em cartaz todos esses anos, em nenhum momento me sinto autor, ou dono, ou proprietário. Sinto que fui um vetor, um canal para expressão de sentimentos para os quais a sociedade brasileira não encontrava vazão. E Bailei na Curva foi, e de certo modo ainda é, este canal. Contar a história do Brasil através da historia de sete crianças que moravam na mesma rua quando do Golpe Militar de 64 se revelava tão simples e tão complexo que subverteu o momento; transitar pelos anos 60, 70 e 80 até a eleição de Tancredo Neves e sua posse decepcionante em sua agonia pública, conferem o trágico trajeto de uma nação que ainda precisa se descobrir. O jogo de lembranças e casualidades sempre espanta. Ainda na montagem original de 1983, tivemos no elenco Fernando Severino, Marley Danckwardt e Marcos Breda, este numa de suas melhores performances no papel da Freira. Este grupo inicial ainda veio a se reunir, numa segunda montagem da peça, durante a comemoração dos dez anos de restauro do Theatro São Pedro e se manteve em cartaz até receber uma terceira versão. Neste inicio dos anos 2000, a encenação já fora renovada. Bailei é uma peça feita no frescor dos anos, na energia da juventude e na eletricidade do amanhã. Por isso um elenco novo com Ju Brondani, Cintia Ferrer, Julinho Andrade, Miila Derzett, Érico Ramos, João Walker, Patrícia Mendes, substituída por Melissa Dorneles, e Tiago Leal, depois substituído por Felipe de Paula. E outros tão louváveis quanto os citados, porém faltaria espaço para fazer justiça a todos eles neste texto. Juntos, todos mantiveram a peça ao longo destes últimos anos. O público também mudava a cara, e por isso, novas cenas foram reescritas e foram usadas imagens, fotos, filmes da época, clipes dos anos 60, 70 e 80, a fim de dar aos mais jovens o retrato da passagem do tempo e situar os novos espectadores. Neste momento, o público já era formado pelos filhos do público que lotou o teatro nos anos 80 e 90. Agora posso dizer que teremos uma quarta versão do mesmo encenador. A estética foi repaginada, novas produções de imagens, um dinamismo que corresponde às necessidades estéticas do nosso tempo e, por fim, os atores que mantiveram a peça em cartaz nesta última década, poderão, nesta nova versão, contracenar com atores do elenco original. Um momento que promete ser muito emocionante. Deste modo, teremos um encontro de gerações tanto na plateia quanto no palco. Uma celebração do teatro e da vida. Para esta comemoração, reatamos as pontas da imensa corda do destino. Os laços com a Opus, Geraldo Lopes e Carlos Konrath, amigos eternos, aqueles que por primeiro apostaram na ideia, voltam produzir juntamente com a Cômica Cultural, de Patsy Cecato, e de mãos juntas formam um sólido projeto no qual a competência e o afeto se unem, ressaltando as afinidades remanescentes. O reencontro com a Opus é mais uma ponta do destino que se amarra a nos ensinar que a afinidade supera as distâncias e o tempo. Por essas e por outras, as participações especiais do elenco original fizeram parte de um projeto de nos reencontrarmos. E assim está sendo. Muitos trajetos a peça percorreu desde então. Viagens pelo Brasil, a peça representando o Brasil na Europa. Repercussão nacional, reportagens internacionais. Objeto de estudo dentro das universidades. Bailei na Curva é uma criatura que transcende o criador. Como um filho que ao superar o pai, o deixa repleto de orgulho. Pois essa é a função do humano na Terra. Os autores, os produtores, os artistas, atores e atrizes, diretor, iluminadores, cenógrafos e técnicos que participaram em algum momento desta longa história de 30 anos de palco criaram um sonho. Parecia, inicialmente, um caminho inatingível, algo além de da nossa expectativa, mas o sonho silencioso e particular de cada um estava ali, presente e, no fundo, era o sonho de todos. Aquilo que de cada um de nós fora sempre sonhado. O meu sonho particular acima relatado era foi um pedaço do sonho coletivo. De fato, sonhar que o teatro vai se esvaziando pode ser visto como um terror clássico de artistas cuja ambição pode parecer exagerada. Em 1983, deixei-o anotado num papel amassado e ali ficou anos preso por um clipe na agenda para que eu o encontrasse muitos anos depois. O sonho foi interpretado de duas formas. Uma como uma advertência contra a arrogância e a grandiosidade. Cuidado necessário de todo artista para evitar uma catástrofe. De outro lado, como uma profecia invertida, o público que foi embora se tornou o público que veio nos assistir todos esses anos, o público do sonho coletivo, e, por isso mesmo, guardei esta narrativa onírica como um talismã. A resposta ao final do sonho foi uma marca da esperança que nunca perdi, nem na vida, nem na arte. O que não esperava é que 30 anos depois estariam ainda ensaiando esta peça. Sempre carregando este sonho talismã, sonho premonitório que me acompanha como um anjo da guarda. E com o público que reencontro sempre como um sonho que nunca termina. Neste, eu Bailei na Curva. *Júlio Conte é diretor e roteirista de Bailei na Curva Geraldo Lopes*, sobre voltar a produzir Bailei na Curva 37 anos de experiência, 37 anos de convívio com grandes nomes, grandes estrelas. 37 anos de um trabalho ininterrupto, estafante, incessante. 37 anos apresentando atrações de diversos locais do mundo, e uma grande constatação: Bailei na Curva foi o trabalho mais gratificante com o qual me envolvi até hoje. Pelo elenco, pelos personagens, por Porto Alegre e pela realidade de que com santo de casa também se faz milagres. A emoção de voltar a produzir o Bailei passados tantos anos fica superada pelos resultados de um trabalho que se tornou marco. Milhares de quilômetros percorridos e voados, salas lotadas, ingressos esgotados, aplausos e emoções extravasadas, consciência de uma realização plena! Relembrar tudo isso é adrenalina pura! *Geraldo Lopes é fundador da Opus Promoções e foi o primeiro produtor do espetáculo SERVIÇO BAILEI NA CURVA Turnê de 30 anos Classificação: 12 anos (menores de 12 anos somente acompanhados de pais ou responsáveis) Duração: 120 min. Ministério da Cultura e Zaffari apresentam Lei Federal de Incentivo à cultura Realização: Opus Promoções, Cômica Cultural, Ministério da Cultura e Governo Federal – Brasil, país rico é país sem pobreza. SÃO PAULO Dia 24 de janeiro Sexta, às 18h e 21h Teatro Bradesco (Rua Turiassú, nº 2100, 3º piso) http://www.teatrobradesco.com.br/ INGRESSOS PROMOCIONAIS Frisas Balcão Nobre Plateia (O a W) Plateia (A a N) Camarote R$ 40,00 R$ 50,00 R$ 80,00 R$ 90,00 R$ 100,00 - Cliente Bradesco tem 25% de desconto na compra de até 4 ingressos, além de um guichê exclusivo na bilheteria do teatro. Desconto válido apenas para pagamentos com os cartões Bradesco. - Usuário dos cartões Zaffari Card e Bourbon Card, possui 25% de desconto na compra de até 2 ingressos por titular do cartão na bilheteria do teatro. * Descontos não cumulativos. Informações para a imprensa: AGÊNCIA CIGANA ANDRESSA GRIFFANTE – assessora de imprensa – 51 9219.6098 [email protected] CÁTIA TEDESCO – diretora – 51 8181.2000 [email protected] JÉSSICA BARCELLOS – estagiária [email protected] --Apoio assessoria de imprensa São Paulo: Michele Menegatti – 11 3670.4110 [email protected]