Principais diagnósticos de enfermagem da NANDA para portadores

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Saúde Coletiva em Debate, 2(1), 1-8, dez. 2012.
Principais diagnósticos de enfermagem da NANDA para portadores de diabetes tipo II
nas equipes de saúde da família do município de Arcoverde - PE
Main NANDA nursing diagnoses for people with diabetes type II in family health teams
of the city of Arcoverde - PE
Joyce Paloma Xavier de Andrade¹; José Vasconcelos de Carvalho Junior¹; Wellington
Mucarbel dos Santos Filho¹*
¹Escola Superior de Saúde de Arcoverde, Arcoverde-PE
Resumo: O diabetes mellitus tipo II doença crônica que vem aumentando a incidência nos últimos
anos, ocupando no Brasil o primeiro lugar em internações hospitalares, tem na estratégia de saúde da
família uma porta de entrada por conhecer a realidade dos atendidos na área específica a possibilidade
de prevenir, controlar e proporcionar uma melhor qualidade de vida para o portador e familiar.
Portanto, objetivou-se nesta pesquisa identificar a frequência de diagnósticos de enfermagem da
NANDA (North American Nursing Diagnosis Association) para o diabetes tipo 2 observados pelos
enfermeiros das Equipes de Saúde da Família no município de Arcoverde-PE. Tratou-se de um estudo
descritivo, do qual participaram 15 enfermeiros. Os dados analisados foram obtidos através de um
check-list elaborado pelos pesquisadores e submetidos aos pesquisados. Foram listados 40
diagnósticos de enfermagem no instrumento de coleta de dados os quais todos obtiveram frequência
relativa, 14 tiveram frequência maior que 50,0% e 8 maior que 60,0%: Déficit de autocuidado
(86,6%); Nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais (80,0%); Risco de infecção
(73,3%); Controle ineficaz do regime terapêutico (66,6%); Estilo de vida sedentário (66,6%),
Integridade da pele prejudicada (66,6%); Conhecimento deficiente (60,0%); Risco de disfunção
neurovascular periférica (60,0%). Concluiu-se que os diagnósticos de enfermagem mais frequentes
estão relacionados ao estilo de vida do paciente a complicações do diabetes devendo o enfermeiro
aplicar intervenções relacionadas aos diagnósticos obtidos.
Palavras Chave: Processo de Enfermagem. Saúde Pública. Sistematização da Assistência de
Enfermagem.
Abstract: The type II diabetes mellitus chronic disease that is increasing the incidence in recent years,
occupying the first place in Brazil in hospital admissions, have in the family health strategy a gateway
to know the reality of the met in the area Specifies the ability to prevent, control and provide a better
quality of life for the wearer and familiar. Therefore the aim of this research to identify the frequency
of NANDA nursing diagnoses (North American Nursing Diagnosis Association) for the diabetes type
2 observed by nurses of family health teams in the city of Arcoverde-PE. It was a descriptive study,
attended by 15 nurses worked where the data were obtained through a check-list prepared by the
researchers subjected to the search. 40 nursing diagnoses were listed in the data collection instrument
which all scored relative frequency, 14 had frequency greater than 50.00% and greater than 8% which
were 60,0%: self-care deficit (86.66%), unbalanced Nutrition: more than the body needs (80.00%),
Risk of infection (73.33%), ineffective Control of therapeutic procedure (66.66%), sedentary lifestyle
(66.66%), impaired skin Integrity (66.66%), deficient Knowledge (60.00%), risk for peripheral
neurovascular dysfunction (60.00%). It was concluded that the nursing diagnosis FAQ are related to
the lifestyle of the patient to complications of diabetes and the nurse apply nursing interventions
related to nursing diagnoses obtained.
Keywords: Nursing Process. Public Health. Systematization of Nursing Assistance.
*Autor para correspondência: Wellington Mucarbel dos Santos Filho. Escola Superior de Saúde de
Arcoverde/ESSA, Rua Gumercindo Cavalcante, N° 420, São Cristovão, CEP 56.512-902. Arcoverde-PE, Brasil.
E-mail: [email protected]. Fone (87) 3821-3742.
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Saúde Coletiva em Debate, 2(1), 1-8, dez. 2012.
INTRODUÇÃO
O Diabetes mellitus (DM) é
considerado
como
um
importante
problema de saúde no que se refere à
prevalência, incidência e mortalidade
precoce, assim como nos custos envolvidos
no controle e no tratamento de suas
complicações (TEIXEIRA et al., 2011),
estando no Brasil entre os altos índices de
óbitos causados por doenças crônicas,
ocupando o primeiro lugar nas internações
hospitalares juntamente com a hipertensão
arterial (BRASIL, 2006).
O DM do tipo dois é caracterizado
como uma produção de insulina
insuficiente para a demanda de glicose do
organismo, ocasionado geralmente por
hábitos alimentares do individuo ou a
resistência das células a própria insulina
(SMELTER et al., 2009). Esse tipo de
diabetes é frequente em pessoas acima dos
45 anos, mas pode ocorrer em qualquer
idade, podendo ser controlado, através de
exercícios físicos, redução do peso
corporal,
reeducação
alimentar,
medicações redutoras dos níveis de glicose
sanguínea e a própria insulina (BRASIL,
2009).
Como a prioridade para o DM tipo
II é a sua detecção precoce e o controle
metabólico dos indivíduos (SECRETARIA
DE POLÍTICAS PÚBLICAS, 2001), vê-se
no profissional de enfermagem um
importante membro na atuação das
Equipes de Saúde da Família (ESFs),
frente a captação precoce dos indivíduos
portadores de DM, determinando o
processo saúde-doença (MIRANZI et al.,
2008), podendo retardar o aparecimento da
mesma, exercendo atividades educativas,
consulta de enfermagem, plano de
cuidados (BRASIL, 2006).
A enfermagem pode contar com a
Sistematização
da
Assistência
de
Enfermagem (SAE) que é uma variação do
raciocínio
científico
possibilitando
organizar, sistematizar e conceituar sua
prática (TEIXEIRA, 2011), para isso está
divida em etapas distintas, porém,
relacionadas entre si com o objetivo
solucionar os problemas de saúde dos
indivíduos, famílias e/ou comunidades,
oferecendo um esquema subjacente
possibilitando a melhoria da assistência
(ARREGUY-SENA
et
al.,
2001;
FERNANDES; MODESTO; NÓBREGA,
2000). Suas etapas são: Investigação,
Diagnósticos de Enfermagem (DE),
Planejamento, Intervenções e Avaliação
(TANNURE; GONÇALVES 2009).
O uso dos DE em especial a
Taxonomia II da Associação Norte
Americana de Enfermagem (NANDA)
oferece aos enfermeiros uma linguagem
comum para a identificação dos problemas
atuais ou potenciais do paciente, auxilia na
escolha das intervenções de enfermagem e
oferece orientações para subsidiarem a
avaliação
(BARRETO;
OLIVEIRA;
SILVA, 2007), além de fornecer uma
terminologia clinicamente útil, que dá
suporte a pratica de enfermagem
(DOENGES; MOORHOUSE; MURR,
2009).
Com a escassez de pesquisas no
que se refere à DE para DM tipo 2 e como
forma de melhorar o entendimento de sua
identificação para o beneficio da
assistência prestada, a melhoria no
conhecimento dos profissionais de
enfermagem a respeito da SAE e a
comparação com estudos semelhantes, o
presente estudo teve como objetivo
identificar a frequência de DE da NANDA
para o DM tipo 2 observados pelos
enfermeiros das ESFs no município de
Arcoverde-PE.
METODOLOGIA
Tratou-se de um estudo do tipo
exploratório-descritivo de abordagem
quantitativa foi realizado nas ESFs
situados na cidade de Arcoverde-PE,
localizado a 250km da capital, Recife,
localizada na região do sertão do Moxotó.
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Saúde Coletiva em Debate, 2(1), 1-8, dez. 2012.
A amostra selecionada para coleta
de dados foi constituída pelos Enfermeiros
das ESFs do município de Arcoverde,
totalizando 17, sendo que destes, apenas 15
atendiam aos critérios de inclusão, tais
como: pertencer as ESFs, estar inscrito no
Conselho Regional de Enfermagem
(COREN), que se disponibilizaram a
responder o check-list. Sendo excluídos
aqueles que, porventura, não quiseram
participar da pesquisa, não puderam por
estarem ausentes (férias), não estiverem
escritos no COREN e outros profissionais
de saúde.
Para a coleta dos dados elaborou-se
um instrumento (check-list), contendo 40
diagnósticos de enfermagem da NANDA,
edição 2009-2011, elaborado pelos
pesquisadores. Estes foram selecionados a
partir de revisão de literatura acerca do
tema, e submetidos a um estudo piloto com
10% da população com a intenção de testar
a aplicação do instrumento de coleta de
dados, quanto à sua viabilidade, sendo
realizado com uma amostra restrita (n =2),
antes do início da coleta de dados, sendo
avaliados somente os diagnósticos de
enfermagem contidos no check-list.
Os dados foram agrupados e
organizados em planilhas no programa
Microsoft Office Excel 2007, analisados
por meio de estatística discursiva simples e
frequência percentual.
O estudo foi aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa da Associação
Caruaruense de Ensino Superior (ASCES)
sob protocolo 113/11. Os aspectos éticos
foram respeitados de acordo com a
resolução N° 196/96 (BRASIL, 1996).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram listados 40 DE sendo 33
reais e 7 potenciais (TANNURE;
GONÇALVES, 2009), contidos em um
check-list utilizado para coleta de dados.
No presente estudo observou-se que todos
os DE obtiveram uma frequência relativa
destes 14 tiveram frequência maior que
50,0% e 8 maior que 60,0% que foram:
Déficit de autocuidado (86,6%), Nutrição
desequilibrada:
mais
do
que
as
necessidades corporais (80,0%), Risco de
infecção (73,3%), Controle ineficaz do
regime terapêutico (66,6%), Estilo de vida
sedentário (66,6%), Integridade da pele
prejudicada
(66,6%),
Conhecimento
deficiente (60,0%), Risco de disfunção
neurovascular periférica (60,0%). Abaixo,
na Tabela 1 são observados os dados
obtidos no presente estudo.
Tabela 1 – Diagnósticos de enfermagem distribuídos em maior frequência por porcentagem nas ESFs de
Arcoverde-PE.
Diagnósticos de Enfermagem
N
%
Adaptação prejudicada
07
46,6
Ansiedade
08
53,3
Baixa autoestima crônica
06
40,0
Complicações da doença e prática de exercícios físicos
07
46,6
Comportamento de busca de saúde
04
26,6
Conhecimento deficiente
09
60,0
Controle familiar do regime terapêutico
05
33,3
Controle ineficaz do regime terapêutico
10
66,6
Cuidado com as extremidades
07
46,6
Déficit de autocuidado
13
86,6
Disfunção sexual
04
26,6
Disposição para o conhecimento aumentado acerca do diabetes tipo 2
06
40,0
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Continua
Diagnósticos de Enfermagem
N
%
Distúrbio na imagem corporal
03
20,0
Dor aguda
06
40,0
Dor crônica
06
40,0
Eliminação urinária prejudicada
07
46,6
Enfrentamento familiar comprometido
08
53,3
Enfrentamento ineficaz
04
26,6
Estilo de vida sedentário
10
66,6
Fadiga
05
33,3
Impotência relacionada a complicações
05
33,3
Integridade da pele prejudicada
10
66,6
Intolerância a atividade
05
33,3
Manutenção do lar prejudicada
04
26,6
Medo
05
33,3
Mobilidade Física Prejudicada
07
46,6
Nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais
12
80,0
Padrão de Sexualidade Ineficaz
05
33,3
Padrão de Sono Perturbado
06
40,0
Percepção sensorial perturbada (gustativa e olfativa),
05
33,3
Percepção sensorial perturbada (visual)
05
33,3
Percepção sensorial tátil (nos pés) perturbada
08
53,3
Processo de pensamento perturbado
04
26,6
Risco de desequilíbrio do volume de líquidos
08
53,3
Risco de disfunção neurovascular periférica
09
60,0
Risco de infecção
11
73,3
Risco de lesão micro e macrovascular
07
46,6
Risco para o não comprometimento
02
13,3
Risco para perfusão tissular cardíaca, renal, periférica e/ou cerebral ineficaz
08
53,3
Risco para quedas
08
53,3
Fonte: Os autores, 2012.
A média dos DE foi de 17,9 para
cada pesquisado. Estudo realizado no
Brasil onde foram identificados 37 DE
com média de 5,96 por paciente
(TEIXEIRA et al., 2009). Em outra
pesquisa realizada no Brasil com 7
pacientes diabéticos em uso de insulina
constatou uma média 9,5 DE para cada
cliente (BECKER et al., 2008). Este
estudo obteve uma média acima das
pesquisas citadas, tal fato se dar ao numero
da amostra do presente estudo ser maior,
além de que os dados obtidos levam em
consideração a visão dos enfermeiros em
um grupo específico que são os pacientes
com diabetes tipo 2 e não os próprios
pacientes portadores como fonte de coleta
de dados.
Um dos DE estabelecidos com
frequência maior que 60% foi o Déficit de
autocuidado apontado por 13 enfermeiros
dos 15 pesquisados (86,6%), sendo este
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Saúde Coletiva em Debate, 2(1), 1-8, dez. 2012.
definido como “redução da capacidade de
caráter temporário, permanente e/ou
progressivo, de realizar independentemente
as atividades de alimentar-se, tomar
banho/limpar-se, vestir-se e arruma-se ou
higiene íntima” (NANDA, 2010, p. 175178). No entanto, o DE pode ser
relacionado ao fato de que uma das
complicações mais frequentes do diabetes
tipo dois é a amputação de membros
(BRASIL, 2006), impossibilitando aos
portadores a sua autonomia para a
realização das atividades de seu cotidiano.
O enfermeiro poderá agir na captação
precoce destes indivíduos intervindo nas
possíveis complicações da doença, além de
realizar intervenções de enfermagem que
leve em conta este diagnóstico para o
beneficio do paciente a uma melhor
assistência prestada.
Dois dos DE obtiveram o índice
maior que 60,0% foram: Nutrição
desequilibrada: mais do que o corpo
necessita (80,0%), que é definido segundo
a NANDA (2010, p. 100) como “Ingestão
de Nutrientes que excede as necessidades
metabólicas” e Estilo de vida Sedentária
(66,6%) sendo definido como: “hábito de
vida que se caracteriza por nível baixo de
atividade física” (NANDA, 2010, p. 146)
estão relacionados entre si, pois o
sedentarismo juntamente com a obesidade
e hábitos alimentares são apontados como
um dos motivos na elevação dos altos
índices de pessoas com DM tipo 2
(BRASIL, 2006 e PEDROSO; OLIVEIRA,
2007). O enfermeiro na identificação deste
diagnóstico poderá atuar intervindo
estimulando a atividade física e melhoria
da qualidade de sua alimentação levando
em consideração a realidade de cada
paciente, planejando assim de forma
sistemática a assistência prestada a esse
grupo populacional (TEIXEIRA et al.,
2009).
Outro DE que está em discussão é o
de Integridade da pele prejudicada (66,6%)
sendo caracterizado como “Alteração da
derme e/ou epiderme” (NANDA, 2010, p.
329). Em alguns estudos o citado DE
aparece com frequência 100% (BECKER;
et al., 2008), estando relacionado ao
rompimento da superfície da pele e a
invasão de estruturas do corpo relacionadas
à aplicação de insulina subcutânea
diariamente (NANDA, 2010). A ausência
de rodízio dos locais de aplicação e má
aplicação da insulina poderão levar ao
paciente a lipodistrofia insulínica, nódulos
endurecidos,
feridas
entre
outras
complicações (CAMATA, 2003). Todavia
o DE pode ser influenciado também pelo
rompimento da superfície cutânea, que está
relacionado aos extremos de idade,
distúrbios
metabólicos,
sensibilidade
alterada dos pés (TEIXEIRA et al., 2009).
Consequências de origem crônica
podem aparecer devido à neuropatia
periférica presente em 50% das pessoas
com DM (SMELTER et al., 2009),
relacionando-se ao DE de risco de
disfunção neurovascular periférica definido
como: “risco de anormalidades da
circulação, da sensibilidade ou da função
motora de um membro” (NANDA, 2010,
p. 341), obtendo uma frequência de 60,0%
(09 casos). Deixando o indivíduo mais
susceptível ao aparecimento de lesões que
devido a problemas metabólicos podem
demorar mais em sua cicatrização
expondo-o a instalação de um quadro
infeccioso, podendo levar a amputações de
membros se o tratamento for negligenciado
(GAMBA, 2001), o tempo de exposição
poderá potencializar o risco de infecção,
caracterizado por 73,3% em um
diagnóstico da nossa pesquisa, que é
definido como “risco aumentado de ser
invadido
por
microorganismos
patogênicos” (NANDA, 2010, p. 333),
dado equivalente ao de uma pesquisa
realizado por Teixeira et al. (2010), com
frequência de 70% para este DE.
Outro diagnóstico de enfermagem
com frequência maior que 60,0% foi
controle ineficaz do regime terapêutico
aparecendo em 10 casos (66,6%) que é
definido como: “Padrão de regulação e
integração ao cotidiano de um programa de
tratamento da doença e suas sequelas que
6
Saúde Coletiva em Debate, 2(1), 1-8, dez. 2012.
não é satisfatório para o alcance das metas
de saúde específicas” (NANDA, p. 91).
Achados de 67,7% deste diagnóstico
estavam presentes no estudo de Teixeira; et
al. (2009), as autoras ainda justificam o
achado a complexidade de fatores que
modificam o estilo de vida do paciente
dificultando uma adesão ao tratamento
medicamentoso e não medicamentoso do
DM, nesse ponto Gagliardino (2001) cita
que através da utilização da educação
como ferramenta na terapêutica do
paciente contribui de forma positiva para o
controle metabólico, este suporte viabiliza
aos pacientes e familiares a expansão dos
conhecimentos a cerca do DM tipo 2 além
de colaborar no desenvolvimento de
habilidades para o autocuidado.
Por fim o DE conhecimento
deficiente (60,00%) definido como:
“ausência ou deficiência de informação
cognitiva relacionada a um tópico
especifico” (NANDA, 2010, p. 198). Ao
compararmos com o estudo de Teixeira et
al. (2010) e Teixeira et al. (2009), com
achados de 30% e 51,0 %, o presente
estudo obteve uma frequência maior. As
autoras dos estudos citados enfatizam a
necessidade de educação dos pacientes e
familiares a cerca do DM tipo 2 para
monitorizarão e controle glicêmico, terapia
nutricional,
atividade
física,
desenvolvimento de habilidades do
autocuidado entre outras intervenções de
enfermagem que o profissional julgar
necessário.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluiu-se
que
dos
40
Diagnósticos de Enfermagem (DE) listados
no check-list aplicados aos enfermeiros das
equipes de saúde da família do município
Arcoverde-PE, todos obtiveram uma
freqüência relativa, destes 14 tiveram
frequência maior que 50,0% e 8 obtiveram
frequência maior que 60,0%.
O enfermeiro poderá trabalhar com
pacientes portadores de DM tipo 2, através
da aplicação de intervenções de
enfermagem relacionada aos DE descritos,
promovendo um trabalho em conjunto do
profissional/paciente, facilitando assim a
sua aceitação ao tratamento, melhoria na
qualidade da assistência, além de colaborar
para o desenvolvimento do conhecimento,
autonomia e habilidade no autocuidado do
paciente e familiares.
O estudo dos diagnósticos de
enfermagem para o DM tipo 2, possibilita
ao enfermeiro uma abordagem individual e
objetiva ao seu paciente, dando-lhe mais
eficácia a assistência prestada além de
possibilitar a melhoria de seu entendimento
a cerca de questões da patologia,
facilitando o planejamento do cuidado
prestado a esse grupo de pessoas,
contribuindo para aquisição e manutenção
do autocuidado.
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