curso completo de enfermagem p/concurso –2015

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NOVO Curso Completo de Enfermagem p/ Concurso - 2015
CURSO COMPLETO DE ENFERMAGEM
P/ CONCURSO – 2015
AULA Nº 57 – APROFUNDAMENTO E
REVISÃO
ENFERMAGEM EM SITUAÇÕES
CLÍNICO-CIRÚRGICAS
Equipe Professor Rômulo Passos | 2015
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Prezado aluno (a),
Essa aula traz para você um aprofundamento sobre o tema Enfermagem em
situações Clínico-Cirúrgicas.
É importante rememorar que a leitura e resolução de questões comentadas são as
melhores ferramentas para alcançar a APROVAÇÃO desejada.
Você é o responsável pela sua VITÓRIA.
Vamos ao que interessa: nossa aula!
Bons estudos!
Profº. Rômulo Passos
Profª. Gizele Mota
Profª. Lais Helena
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Enfermagem em Situações Clínico-Cirúrgicas
1. (Prefeitura de Galinhos-RN/ACAPLAM/2011) Região especial do coração, que
controla a frequência cardíaca. Localiza-se perto da junção entre o átrio direito e a veia
cava superior e é constituído por um aglomerado de células musculares especializadas:
a) Feixe de His
b) Nódulo sinoatrial
c) Sistema de Purkinge
d) Válvula tricúscpide
e) Válvula mitral
COMENTÁRIOS:
Para melhor entendimento da questão, vamos visualizar abaixo a anatomia do
coração:
O sistema de condução elétrica intrínseco normal do coração permite que a
propagação elétrica seja transmitida do nó sinusal, por ambos os átrios, até o nodo
atrioventricular. A fisiologia normal permite posterior propagação, do nodo
atrioventricular aos ventrículos e seus respectivos fascículos e subdivisões.
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O nó sinusal e o nodo atrioventricular estimulam o miocárdio. A estimulação do
miocárdio ordenada permite a contração eficiente de todas as quatro câmaras do
coração, permitindo assim perfusão seletiva do sangue através dos pulmões e pela
circulação sistêmica. Para melhor entendimento, vejam a figura abaixo:
Diante do exposto, o gabarito da questão é a letra B.
2. (UFG/2013) A insuficiência cardíaca (IC) é a insuficiência das câmaras esquerda
e/ou direita do coração que resulta em um débito insatisfatório para atender às
necessidades tissulares provocando congestão vascular e cardíaca. Além de monitorar
balanço hídrico nas 24 horas, manter o paciente em posição de Fowler na fase aguda e
monitorar a pressão arterial, as ações de enfermagem para indivíduos acometidos por
IC, quanto ao gerenciamento de líquidos, incluem a seguinte:
a) auscultar sons respiratórios.
b) administrar oxigênio.
c) administrar analgésico.
d) observar padrão intestinal.
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COMENTÁRIOS1:
Insuficiência Cardíaca (IC) Crônica é uma síndrome clínica complexa de caráter
sistêmico, definida como disfunção cardíaca que ocasiona inadequado suprimento
sanguíneo para atender necessidades metabólicas tissulares, na presença de retorno
venoso normal, ou fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento. Pode ser de
origem sistólica ou diastólica.
As alterações hemodinâmicas comumente encontradas na IC envolvem resposta
inadequada do débito cardíaco e elevação das pressões pulmonar e venosa sistêmica. Na
maioria das formas de IC, a redução do débito cardíaco é responsável pela inapropriada
perfusão tecidual (IC com débito cardíaco reduzido). De início este comprometimento
do débito cardíaco se manifesta durante o exercício, e com a progressão da doença ele
diminui no esforço até ser observado sua redução no repouso.
De acordo com Brunner e Suddarth (2011), o aspecto dominante na insuficiência
cardíaca é a perfusão tecidual inadequada. O débito cardíaco diminuído a partir da
insuficiência cardíaca apresenta manifestações amplas, porque uma quantidade
insuficiente de sangue alcança os tecidos e órgãos (baixa perfusão) para fornecer o
oxigênio necessário. Alguns efeitos relacionados à baixa perfusão comumente
encontrados são a tonteira, confusão, fadiga, intolerância aos esforços e ao calor,
extremidades frias e débito urinário reduzido (oligúria). A pressão de perfusão renal
diminui, o que resulta na liberação de renina a partir do rim, o que, por sua vez, leva à
secreção de aldosterona, retenção de sódio e líquido, e volume intravascular ainda mais
aumentado.
A congestão dos tecidos pode acontecer a partir das pressões venosas aumentadas,
devido ao débito cardíaco diminuído no coração insuficiente. A pressão venosa
pulmonar aumentada pode fazer com que o líquido passe dos capilares pulmonares para
os alvéolos, resultando em edema pulmonar, manifestado por tosse e dificuldade
respiratória. A pressão venosa sistêmica aumentada pode resultar em edema periférico
generalizado e ganho de peso.
Os diagnósticos de enfermagem para pacientes com ICC sugeridos por Brunner e
Suddarth (2011) são os seguintes:

Intolerância à atividade relativa ao desequilíbrio entre o aporte e a
demanda de oxigênio secundário ao débito cardíaco diminuído;
1
SBC, 2009, p.6, disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2009/diretriz_ic_93supl01.pdf.
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
Fadiga secundária à insuficiência cardíaca;

Volume excessivo de líquido relacionado à ingesta excessiva de
sódio/líquido ou à retenção secundária à ICC e sua terapia clínica;

Ansiedade ligada à falta de ar e agitação, secundárias à oxigenação
imprópria;

Não complacência ligada à falta de conhecimento;

Impotência relacionada à incapacidade de realizar as responsabilidades
próprias, secundária à doença crônica e hospitalizações.
Ainda de acordo com Brunner e Suddarth (2011), em relação ao controle do
volume hídrico de paciente com IC, o enfermeiro monitoriza de perto o estado hídrico
do paciente – auscultando o pulmão, comparando os pesos corporais diários,
monitorizando a ingesta e o débito e auxiliando o paciente a aderir a uma dieta
hipossódica ao ler os rótulos dos alimentos e evitando os alimentos de conveniência
comercialmente preparados. Quando a dieta inclui a restrição hídrica, o enfermeiro pode
auxiliar o paciente a planejar a distribuição ao longo do dia, enquanto respeita as
preferências alimentares do paciente.
Diante do exposto, não restam dúvidas que o gabarito da questão é a letra A.
3. (Prefeitura de Pontes de Lacerda-MT/FAPERP/2011) Na insuficiência cardíaca
congestiva, a disfunção do músculo cardíaco causa:
a) hipertrofia ventricular.
b) infarto agudo do miocárdio.
c) doenças degenerativas do miocárdio.
d) enfisema pulmonar.
COMENTÁRIOS:
A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) representa uma resposta adaptativa do
coração à hipertensão arterial. Embora considerada compensatória, a HVE é um preditor
independente de maior morbimortalidade cardiovascular. Em concordância com essas
observações, diversas evidências clínicas e epidemiológicas demonstraram que a HVE é
um importante fator de risco para o desenvolvimento de insuficiência cardíaca (IC)
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sistólica e diastólica2. Logo, o gabarito é a letra A.
4. (Prefeitura de Gramado-RS/FUNDATEC/2013) Sobre a prevenção clínica de
doença cardiovascular, cerebrovascular e renal crônica, leia as seguintes afirmativas:
I. A doença cardiovascular representa hoje, no Brasil, a maior causa de mortes.
II. Mais importante do que diagnosticar no indivíduo uma patologia isoladamente, seja
diabetes, hipertensão ou a presença de dislipidemia, é avaliá-lo em termos de seu risco
cardiovascular, cerebrovascular e renal global.
III. Os principais grupos de risco para o desenvolvimento da doença renal crônica são
diabete mellitus, hipertensão arterial e história familiar.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
COMENTÁRIOS:
Essa questão é clara e direta, bem intuitiva. Todos os itens estão corretos. Logo, o
gabarito é a letra E.
5. (Exército Brasileiro/EsFCEx/2011) Trata-se de um dos cuidados de enfermagem
prioritário para paciente com o diagnóstico de enfermagem de débito cardíaco
diminuído:
a) controle de diurese.
b) realizar pulsoterapia.
c) realizar curva térmica.
d) orientar aumento da ingesta hídrica.
e) orientar sobre os cuidados com o uso de marcapasso.
COMENTÁRIOS:
O débito cardíaco diminuído é a quantidade insuficiente de sangue bombeado pelo
coração para atender às demandas metabólicas corporais. Os principais sintomas são os
seguintes: ansiedade, inquietação, dispneia, mudança de cor da pele, oligúria, pele fria e
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Hipertrofia ventricular esquerda: o caminho para a insuficiência
http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/15-2/07-hipertrofia.pdf.
cardíaca.
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pegajosa, pulsos periféricos diminuídos, edema, estase da veia jugular, fadiga, ganho de
peso etc.
Nessa situação, é evidente que se deve fazer o balanço hídrico e controle da
diurese. O gabarito, portanto, é a letra A.
6. (Prefeitura de Montes Claros-MG/ UNIMONTES/2010) Em relação aos distúrbios
venosos agudos, podemos afirmar:
I. A tromboflebite superficial, via de regra, é um distúrbio de difícil diagnóstico: muitas
vezes é iatrogênico, decorrente de introdução descuidada de cateteres venosos ou má
manutenção dos locais de manipulação endovenosa.
II. As veias e as válvulas, permanentemente lesadas pela trombose venosa profunda,
diminuem o risco de outra trombose venosa profunda, embolia pulmonar e úlceras
venosas de estase.
III. A trombose venosa profunda é um distúrbio comum, mais entre as mulheres do que
entre os homens, e mais em adultos do que em crianças.
Marque a alternativa CORRETA.
a) Somente I e III estão corretas.
b) Somente I e II estão corretas.
c) Somente II e III estão corretas.
d) Somente III está correta.
COMENTÁRIOS3,4:
A trombose venosa profunda (TVP) é o desenvolvimento de um trombo
(coágulo de sangue) dentro de um vaso sanguíneo venoso com consequente reação
inflamatória do vaso, podendo, esse trombo, determinar obstrução venosa total ou
parcial.
A TVP é relativamente comum (50 casos/100.000 habitantes) e é responsável por
sequelas de insuficiência venosa crônica: dor nas pernas, edema (inchaço) e úlceras de
estase (feridas). Além disso, a TVP é também responsável por outra doença mais grave:
a embolia pulmonar.
Os sintomas da TVP variam muito, desde clinicamente assintomático (cerca de
50% dos casos de TVP passam despercebidos) até sinais e sintomas clássicos como
3
4
TVP, disponível em: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?431.
Tromboflebite, disponível em: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?430.
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aumento da temperatura local, edema (inchaço), dor, empastamento (rigidez da
musculatura da panturrilha).
No tratamento da TVP visa-se prevenir a ocorrência de embolia pulmonar fatal,
evitar a recorrência, minimizar o risco de complicações e sequelas crônicas. Utilizam-se
medicações anticoagulantes (que diminuem a chance do sangue coagular) em doses
altas e injetáveis.
Tromboflebite é uma doença bastante comum, e se caracteriza por uma trombose
(sangue coagulado) dentro de veia superficial, com reação inflamatória da parede
venosa e dos tecidos vizinhos.
Os sintomas são dor de intensidade variável, geralmente localizada, mas que, em
alguns casos, limita as atividades do paciente. Pele avermelhada ou arroxeada com
aumento de temperatura no local e endurecimento de trajeto venoso. Edema (inchaço),
na maioria das vezes, é somente local, mas, às vezes, aparece de modo discreto na
extremidade do membro atingido.
O diagnóstico é feito, basicamente, pelo exame físico e história do paciente.
Geralmente, há história de injeção intravenosa ou de paciente portador de varizes de
membros inferiores.
O tratamento depende da extensão de veia afetada e da intensidade dos sintomas.
Geralmente, utiliza-se tratamento clínico com analgésicos, anti-inflamatórios e calor
local, com compressas úmidas mornas em tromboflebites localizadas, pouco extensas.
Anticoagulantes são usados somente em casos de tromboflebites superficiais
extensas, com evolução para trombose venosa profunda e embolia pulmonar.
O tratamento cirúrgico, às vezes, se faz necessário para remoção de trajeto venoso
ou do trombo (coágulo), em casos de dor importante e persistente e em tromboflebite de
safenas, quando há risco de trombose venosa profunda.
Antibióticos não estão indicados, a não ser que se comprove realmente uma
infecção como em tromboflebites supurativas, causadas por uso de cateter intravenoso.
Dito isto, vamos analisar os itens da questão:
Item I. Incorreto. A tromboflebite superficial, via de regra, é um distúrbio de fácil
diagnóstico: muitas vezes é iatrogênico, decorrente de introdução descuidada de
cateteres venosos ou má manutenção dos locais de manipulação endovenosa.
Item II. Incorreto. As veias e as válvulas, permanentemente lesadas pela trombose
venosa profunda, aumentam o risco de outra trombose venosa profunda, embolia
pulmonar e úlceras venosas de estase.
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Item III. Correto. A trombose venosa profunda é um distúrbio comum, mais entre
as mulheres do que entre os homens, e mais em adultos do que em crianças.
O gabarito da questão, portanto, é a letra D.
7. (Prefeitura de Ibiporã-PR/AOCP/2011) Relacione as colunas e, em seguida,
assinale a alternativa com a sequência correta.
Tipo de Angina
Definição/sintomas
1. Angina Instável.
(1) Os sintomas acontecem com o paciente em repouso,
sintomas com maior frequência e duração.
2. Angina Estável.
(2) A dor acontece aos esforços e é aliviada pelo repouso.
(3) Dor torácica grave e intratável.
3. Angina Refratária.
(4) Dor em repouso com elevação reversível do
seguimento ST (também chamada de Prinzmetal).
4. Angina Variante.
a) 2 – 1 – 4 – 3.
b) 1 – 2 – 3 – 4.
c) 1 – 2 – 4 – 3.
d) 3 – 4 – 2 – 1.
e) 4 – 3 – 1 – 2.
COMENTÁRIOS:
A angina de peito é uma síndrome clínica comumente caracterizada por episódios
ou paroxismos de dor ou pressão na parte anterior do tórax. A causa é, em geral, o fluxo
sanguíneo coronariano (artérias do coração) insuficiente. O fluxo insuficiente resulta em
um aporte diminuído de oxigênio para satisfazer a uma demanda miocárdica aumentada
de oxigênio em resposta ao esforço físico ou estresse emocional. Em outras palavras, a
necessidade de oxigênio supera o suprimento.
Em geral, a angina é causada por doença aterosclerótica. De maneira quase
invariável, a angina está associada a uma obstrução significante de uma artéria
coronária importante. Diversos fatores estão associados à típica dor anginosa:

Esforço físico, que pode precipitar uma crise por aumentar as demandas
miocárdicas de oxigênio;
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
Exposição ao frio, que pode provocar vasoconstrição e uma pressão
arterial elevada, a qual aumenta a demanda de oxigênio;

Ingerir uma refeição pesada, o que aumenta o fluxo sanguíneo para a área
mesentérica (sistema gastrointestinal) para a digestão, reduzindo, assim,
o aporte sanguíneo disponível para o músculo cardíaco. Em um coração
gravemente comprometido, o desvio do sangue para a digestão pode ser
suficiente para induzir a dor anginosa.
Após exposição geral do tema, vamos fazer as devidas correlações propostas na
questão:
1. Angina Instável (conhecida como angina pré-infarto ou angina em crescendo) os sintomas acontecem com o paciente em repouso, sintomas com maior frequência
e duração; o limiar para dor é menor.
2. Angina Estável - dor previsível e consistente que acontece aos esforços e é
aliviada pelo repouso.
3. Angina Refratária (conhecida como angina intratável) - dor torácica grave e
intratável.
4. Angina Variante (também chamada de Prinzmetal) - dor em repouso com
elevação reversível do seguimento ST.
Dito isto, o gabarito da questão é a letra B.
8. (Instituto Inês/AOCP/2012) A dor torácica é a apresentação clínica mais comum da
isquemia miocárdica ocorrendo em aproximadamente 80% dos casos. Sobre as
características da dor torácica e sintomas associados, assinale a alternativa correta.
a) Uma das características básicas da angina estável típica é o desconforto difuso,
retroesternal, não afetado por posição, movimento ou palpação, podendo irradiar para
ombros, braço esquerdo, braço direito, pescoço ou mandíbula.
b) A dor dos pacientes com SCA (síndrome coronariana aguda) tem características
semelhantes à da angina estável, mas os episódios são menos intensos e prolongados e,
normalmente, ocorrem nos esforços.
c) Entre os pacientes que apresentam angina pectoris, há três apresentações principais
que sugerem o surgimento de uma SCA uma delas é a angina de repouso com
geralmente menos de 20 minutos de duração.
d) A angina estável típica não é aliviada pelo repouso nem pelo uso de nitrato
sublingual.
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e) Angina em crescendo (maior frequência, maior duração ou ocorre com menor esforço
que em eventos anginosos prévios) descarta o aparecimento de uma SCA.
COMENTÁRIOS5:
Vamos detalhar cada item da questão:
Item A. Correto. A dor torácica é a apresentação clínica mais comum da isquemia
miocárdica, ocorrendo em aproximadamente 80% dos casos.
A angina estável típica possui três características básicas:

É o desconforto difuso, retroesternal, não afetado por posição, movimento
ou palpação, podendo irradiar para ombros, braço esquerdo, braço direito,
pescoço ou mandíbula;

É reproduzida pelo esforço ou estresse emocional;

É prontamente aliviada pelo repouso ou pelo uso de nitrato sublingual.
Item B. Incorreto. O termo SCA (síndrome coronariana aguda) é empregado nas
situações em que o paciente apresenta evidências clínicas e/ou laboratoriais de
isquemia miocárdica aguda, produzida por desequilíbrio entre oferta e demanda de
oxigênio para o miocárdio, tendo como causa principal a instabilização de uma placa
aterosclerótica.
Fatores desencadeantes
mais comuns das SCA
Instabilização da placa
Progressão de lesão
aterosclerótica
aterosclerótica
Aumento da demanda de
oxigênio pelo miocárdio
Atenção! A SCA pode desencadear o infarto agudo do miocárdio (IAM) ou
angina instável.
A dor dos pacientes com SCA tem características semelhantes à da angina
estável, mas os episódios são mais intensos e prolongados e, normalmente, ocorrem
em repouso.
Frequentemente, vem acompanhada de sudorese, náuseas, vômitos, ou dispneia.
Não rara é a apresentação atípica, com queixas como mal estar, indigestão, dor
5
http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/sociedade-beneficente-senhoras/Documents/protocolosinstitucionais/protocolo-sca.pdf
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epigástrica, sudorese, inclusive sem dor torácica associada, principalmente em idosos e
diabéticos.
Item C. Incorreto. Entre os pacientes que apresentam angina pectoris, há três
apresentações principais que sugerem o surgimento de uma SCA, caracterizando um
agravamento do quadro:

Angina de repouso com geralmente mais de 20 minutos de duração;

Angina de início recente que limita a atividade;

Angina em crescendo (maior frequência, maior duração ou ocorre com
menor esforço que em eventos anginosos prévios).
Item D. Incorreto. A angina estável típica é prontamente aliviada pelo repouso
bem como pelo uso de nitrato sublingual.
Item E. A angina em crescendo (maior frequência, maior duração ou ocorre com
menor esforço que em eventos anginosos prévios) é um estado de agravamento do
quadro, podendo gerar o aparecimento de uma SCA.
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra A.
9. (Prefeitura de Paranavaí-PR/AOCP/2011) Sobre a síndrome coronariana aguda
(SCA) informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a
alternativa com a sequência correta.
( ) São sintomas atípicos da SCA: Mal estar, indigestão, dor epigástrica e sudorese,
principalmente em idosos e em portadores de diabetes mellitus (DM).
( ) A dor é localizada na região do hipocôndrio direito.
( ) A dor geralmente não se altera por posição, movimento ou palpação.
( ) O início da dor geralmente se dá em repouso.
a) V – V – V – V.
b) F – F – V – V.
c) V – F – V – V.
d) V – F – F – F.
e) F – V – F – V.
COMENTÁRIOS:
Na anamnese do diagnóstico de Síndrome Coronariana Aguda (SCA), verificamse os seguintes achados clínicos:
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Manifestações Clínicas da Síndrome Coronariana Aguda (SCA)
Qualidade
Desconforto difuso, constritiva ou em peso.
Localização
Retroesternal.
Irradiação
Ombro, braço E, braço D, pescoço ou
mandíbula.
Dor típica
Não alterada por
Posição, movimento, palpação.
Início
Geralmente em repouso.
Sinais
e
sintomas Sudorese, náuseas, vômitos ou dispneia.
associados
Sintomas
Mal estar, indigestão, dor epigástrica e sudorese, principalmente em idosos e
atípicos
em portadores de diabete melito (DM).
Fatores
de Tabagismo, HAS, dislipidemia, DM e história familiar de DAC precoce
risco
(homem < 55 e mulher < 65 anos).
O item nº 2 é o único incorreto, pois a dor é localizada na região do retroesternal,
e não no hipocôndrio direito. Nessa tela, o gabarito da questão é a letra C.
10. (Prefeitura de Machadinho D’Oeste-RO/FUNCAB/2012) Marque a alternativa de
acordo com a correta classificação do tipo de Angina de peito.
a) Angina estável: dor torácica intensa e incapacitante.
b) Angina intratável: dor previsível e consistente que ocorre sob esforço e é aliviada
pelo repouso.
c) Angina variante: evidência objetiva de isquemia, mas o paciente não relata sintomas.
d) Angina refratária: dor em repouso com elevação reversível do segmento ST.
e) Angina instável: também chamada de angina pré-infarto, o limiar para dor é menor e
a dor pode ocorrer em repouso.
COMENTÁRIOS:
Vamos analisar cada item para melhor entendimento:
Item A. Incorreto. Angina estável: dor previsível e consistente que acontece aos
esforços e é aliviada pelo repouso.
Itens B e D. Incorretos. Angina intratável (refratária): dor torácica grave e
intratável.
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Item C. Incorreto. Angina variante (também chamada de Prinzmetal): evidência
objetiva de isquemia (elevação reversível do seguimento ST), bem como dor em
repouso.
Item E. Correto. Angina instável: também chamada de angina pré-infarto ou
angina em crescendo, o limiar para dor é menor e a dor pode ocorrer em repouso.
O gabarito da questão, portanto, é a letra E.
11. (Assembleia Legislativa do Amazonas-MA/FGV/2013) A angina de peito é uma
síndrome clínica comumente caracterizada por episódios ou paroxismos de dor ou
pressão na região anterior do tórax. Os sintomas variam de acordo com o tipo de angina,
podendo ir desde um desconforto até a dor agonizante. A dor em repouso,
possivelmente causada pelo vasoespasmo da artéria coronária, é característica da
a) angina estável.
b) angina instável.
c) angina refratária.
d) angina Prinzmetal.
e) isquemia silenciosa.
COMENTÁRIOS:
A angina variante (também chamada de Prinzmetal) desencadeia dor em
repouso, possivelmente causada pelo vasoespasmo da artéria coronária, com elevação
reversível do seguimento ST. Dessa forma, o gabarito é a letra D.
12. (Residência Multiprofissional em Saúde/UPE/2014) Quanto às doenças do
sistema cardiovascular, é CORRETO afirmar que
a) a doença de Chagas representa a terceira maior doença parasitária do mundo, a
infecção chagásica é uma das principais causas de cardiomiopatia dilatada.
b) a insuficiência cardíaca ocorre quando existem várias anomalias no músculo
cardíaco; é responsável pela falha da contratilidade cardíaca, sendo o sexo mais atingido
o feminino.
c) na angina estável, a dor é eventualmente mais intensa e com maior sensação de medo
e agonia, porém não cede em 30 minutos de repouso.
d) a base do IAM é a dor precordial atípica, iniciando no tórax, sob forma de
queimação, semelhante à angina.
e) na taquicardia ventricular, o tratamento consiste no uso de betabloqueador ou digital.
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COMENTÁRIOS:
Questão bastante abrangente. Vamos comentar alguns tópicos antes de irmos para
a análise dos itens.
Doença de Chagas
A doença de Chagas é uma parasitose causada por um protozoário flagelado, o
Trypanosoma cruzi (CHAGAS, 1909), de natureza endêmica e evolução essencialmente
crônica. É transmitida por insetos hemípteros reduvídeos hematófagos.
As formas habituais de transmissão da doença de Chagas humana reconhecidas
são aquelas ligadas diretamente ao vetor, insetos triatomíneos em cujas fezes
encontram-se as formas infectantes do parasito. Segue-se em importância a transfusão
de sangue e a via congênita. Devem ser ressaltados os riscos ocasionais de transmissão:
via oral, pela ingestão de alimentos contaminados; acidentes de laboratório; manejo de
animais infectados; transplante de órgãos e por intermédio do leite materno (BRASIL,
2008).
A doença é caracterizada por três estádios: agudo, crônico indeterminado e
crônico determinado. A fase aguda inicia-se após sete a dez dias do contato, geralmente
pouco sintomática, sendo reconhecida em cerca de apenas um a dois por cento dos
casos. É mais grave em crianças menores de dez anos, nas quais, na ausência de
tratamento, a letalidade pode chegar a 10%.
O estádio crônico indeterminado tem início após quatro a dez semanas e
caracteriza-se pela ausência de manifestações clínicas, eletrocardiográficas ou
radiológicas. Alguns pacientes permanecem nesta forma indefinidamente enquanto
outros, após intervalo de 10 a 20 anos, evoluem para alguma das formas crônicas
determinadas da doença, com aparecimento de evidência de comprometimento cardíaco,
digestivo ou neurológico.
Insuficiência Cardíaca
A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica que caracteriza-se por uma
redução do débito cardíaco e aumento da pressão venosa, acompanhadas de alterações
moleculares que, por sua vez, conduzem a uma deterioração progressiva do coração e
morte prematura dos cardiomiócitos.
A função de bomba do coração pode ser comprometida por dois mecanismos:
redução da ejeção do sangue sob pressão para a aorta e tronco pulmonar, por depressão
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da contratilidade miocárdica (diminuição do inotropismo), e esvaziamento inadequado
do reservatório venoso que transporta sangue para o coração, por comprometimento do
enchimento e relaxamento ventriculares. A IC pode, assim, ser classificada,
respectivamente, em sistólica e diastólica.
Infarto agudo do Miocárdio
O termo IAM deve ser utilizado quando há evidência de necrose miocárdica em
um contexto clínico de isquemia com elevação de marcadores de necrose miocárdica
(preferencialmente troponina) acima do percentil 99 do limite máximo de referência e,
pelo menos, um dos seguintes parâmetros: 1) sintomas sugestivos de isquemia
miocárdica; 2) desenvolvimento de novas ondas Q no ECG; 3) novas ou
presumivelmente novas alterações significativas no segmento ST, na onda T; 4)
evidência, em exame de imagem, de perda de miocárdio viável ou de nova alteração
segmentar de contratilidade ventricular; 5) identificação de trombo intracoronariano por
angiografia ou necropsia.
Agora vamos analisar os itens.
A) Item correto. A doença de Chagas representa a terceira maior doença parasitária do
mundo, a infecção chagásica é uma das principais causas de cardiomiopatia dilatada.
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B) Item incorreto. A insuficiência cardíaca ocorre quando existem várias anomalias no
músculo cardíaco; é responsável pela falha da contratilidade cardíaca, não possuindo
diferenças de incidência por sexo.
C) Item Incorreto. Na angina instável e não estável, a dor é eventualmente mais intensa
e com maior sensação de medo e agonia, porém não cede em 30 minutos de repouso.
D) Item incorreto. A base do IAM é a dor precordial que pode ser Típica e Atípica, a
Dor iniciando no tórax, sob forma de queimação, semelhante à angina é considerada
uma dor Típica e Não Atípica.
E) Item incorreto. Na taquicardia ventricular, o tratamento consiste no uso de
antiarrítmicos e não betabloqueador.
O gabarito da questão é a letra A.
13. (Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Saúde Mental/UPE/2014)
Analise e responda:
I. Um infarto do miocárdio ocorre quando células do músculo cardíaco ficam privadas
de oxigênio devido a um inadequado suprimento de sangue pelas artérias coronárias.
II. Essas células ficam danificadas ou morrem, dependendo de quanto tempo dura a
interrupção da circulação sanguínea e do quanto do músculo cardíaco foi afetado pela
mesma.
III. Essas células mortas ou danificadas afetam o coração em sua capacidade de
contrair-se, limitando, assim, a sua habilidade de bombear o sangue para o corpo.
a) As três asserções são proposições verdadeiras.
b) A primeira asserção (I) é uma proposição verdadeira, a (II), uma proposição falsa, e a
(III), uma proposição verdadeira.
c) As asserções (I) e (II) são proposições verdadeiras, e a (III), uma proposição falsa.
d) A primeira asserção (I) é uma proposição verdadeira, e as asserções (II) e (III),
proposições falsas.
e) As três asserções são proposições falsas.
COMENTÁRIOS:
O termo IAM deve ser utilizado quando há evidência de necrose miocárdica em
um contexto clínico de isquemia com elevação de marcadores de necrose miocárdica
(preferencialmente troponina) acima do percentil 99 do limite máximo de referência e,
pelo menos, um dos seguintes parâmetros:
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1) sintomas sugestivos de isquemia miocárdica;
2) desenvolvimento de novas ondas Q no ECG;
3) novas ou presumivelmente novas alterações significativas no segmento ST, na
onda T;
4) evidência, em exame de imagem, de perda de miocárdio viável ou de nova
alteração segmentar de contratilidade ventricular;
5) identificação de trombo intracoronariano por angiografia ou necropsia.
Vamos aos itens:
I. Item correto. Um infarto do miocárdio ocorre quando células do músculo cardíaco
ficam privadas de oxigênio devido a um inadequado suprimento de sangue pelas artérias
coronárias. O item descreve a fisiologia da necrose miocárdica e torna-o correto.
II. Item correto. Essas células ficam danificadas ou morrem, dependendo de quanto
tempo dura a interrupção da circulação sanguínea e do quanto do músculo cardíaco foi
afetado pela mesma. Item bem tranquilo e além disso complementa o item anterior.
III. Item correto. Essas células mortas ou danificadas afetam o coração em sua
capacidade de contrair-se, limitando, assim, a sua habilidade de bombear o sangue para
o corpo. Bem tranqila esta descrição. Se há áreas necróticas no músculo cardíaco, esta
região acometida terá limitação de contração. Portanto, item correto.
O gabarito da questão é a letra A.
14. (Residência Multiprofissional em Saúde/UPE/2014) Asma brônquica é uma
síndrome caracterizada por crises recorrentes de broncoespasmo em pacientes com
hiper-reatividade brônquica. No que se refere à asma brônquica, analise as afirmativas
abaixo:
I. As crises de asma brônquica são deflagradas por vários tipos de estímulos (alérgicos,
fumaça e poluentes, ar frio e seco, entre outros) e variam desde muito leves até graves e
potencialmente fatais.
II. A asma é caracterizada por crises, apenas, de dispneia e melhora com
vasodilatadores, sendo, na maioria dos casos, a crise identificada pelo próprio paciente.
III. O tratamento da asma pressupõe duas ações paralelas: a primeira, o controle das
crises, e a segunda, o tratamento de manutenção ou de profilaxia das crises.
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Está CORRETO, apenas, o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) II e III.
e) I e III.
COMENTÁRIOS:
Vamos revisar alguns aspectos da asma brônquica e em seguida analisar os itens.
Asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiper-responsividade
das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível
espontaneamente ou com tratamento, manifestando-se clinicamente por episódios
recorrentes de sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela
manhã, ao despertar. Resulta de uma interação entre carga genética, exposição
ambiental a alérgenos e irritantes, e outros fatores específicos que levam ao
desenvolvimento e manutenção dos sintomas.
Vários fatores, ambientais, ocupacionais e individuais (genéticos) estão
associados ao desenvolvimento de asma brônquica.
Os principais fatores externos associados ao desenvolvimento de asma são os
alérgenos inaláveis (substâncias do corpo e fezes de ácaros domésticos, antígenos
fúngicos, de insetos, como baratas e de animais domésticos, além de polens) e os vírus
respiratórios, particularmente as infecções pelo vírus sincicial respiratório (VSR) nos
primeiros anos de vida. Poluentes ambientais como a fumaça de cigarro, gazes e
poluentes particulados em suspensão no ar, como as partículas provenientes da
combustão do óleo diesel, também parecem atuar como fatores promotores ou
facilitadores da sensibilização aos alérgenos e da hiper-responsividade brônquica em
indivíduos predispostos.
O diagnóstico da asma baseia-se em três pilares: os dados clínicos obtidos pela
anamnese, a identificação da sensibilidade alérgica e, em crianças maiores e adultos,
parâmetros de função pulmonar.
De acordo com as IV Diretrizes para o Manejo da Asma, os objetivos principais
do tratamento da asma são controlar os sintomas, prevenir a limitação crônica ao fluxo
aéreo, secundária ao remodelamento brônquico, permitir atividades normais (trabalho,
escola e lazer), manter a função pulmonar normal ou a melhor possível, evitar crises,
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idas à emergência e hospitalizações, reduzir a necessidade do uso de broncodilatador
para alívio, minimizar efeitos adversos da medicação e prevenir a morte.
O tratamento de manutenção baseia-se em medidas de controle ambiental, para
diminuir a exposição aos alérgenos e irritantes inaláveis, farmacoterapia, para redução
da inflamação e hiper-responsividade brônquica e, em casos selecionados, imunoterapia,
para reduzir a sensibilidade alérgica. Além disso, o tratamento de doenças e condições
associadas, como rinossinusite, obesidade, ansiedade e depressão ajudam o controle da
doença.
Vamos analisar os itens agora:
I. Item correto. As crises de asma brônquica são deflagradas por vários tipos de
estímulos (alérgicos, fumaça e poluentes, ar frio e seco, entre outros) e variam desde
muito leves até graves e potencialmente fatais.
II. Item incorreto. A asma é caracterizada por crises de dispneia, episódios recorrentes
de sibilância, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã, ao despertar.
E não apenas de dispneia e melhora com BRONCODILATADOR e não
vasodilatadores, sendo, na maioria dos casos, a crise identificada pelo próprio paciente.
III. Item correto. O tratamento da asma pressupõe duas ações paralelas: a primeira, o
controle das crises, e a segunda, o tratamento de manutenção ou de profilaxia das crises.
O gabarito da questão é a letra E.
15. (HUOC/UPE/2013) Sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), é
CORRETO afirmar que
a) é a DPOC a pneumopatia crônica mais comum, de caráter progressivo, decorrente da
evolução de uma bronquite crônica ou enfisema pulmonar.
b) acomete cerca de 10% da população e 50% dos adultos tabagistas; a relação com o
tabagismo é forte e quantitativa.
c) se deve suspeitar de todo paciente, sobretudo dos tabagistas com 40 anos de idade
que apresente tosse e dispneia progressiva.
d) a radiografia de tórax é muito sensível para detectar uma DPOC e nos casos de
hiperinsuflação com cúpulas rebaixadas.
e) a gasometria arterial é indicada em todos os pacientes de DPOC e nos casos de
insuficiência respiratória significativa.
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COMENTÁRIOS:
Vamos abordar a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e em seguida analisar os
itens:
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade respiratória
que se caracteriza pela presença de obstrução ou limitação Crônica do fluxo aéreo,
apresentando progressão lenta e habitualmente irreversível. A obstrução crônica é
decorrente de resposta inflamatória pulmonar a partículas ou gases nocivos.
O tabagismo é a principal causa de DPOC. Entretanto, nem todos os tabagistas
desenvolvem DPOC: somente 15% dos fumantes apresentam fenótipo da moléstia, o
que sugere que, somados à suscetibilidade individual, fatores adicionais estão
envolvidos no estabelecimento da doença. O ato de fumar não é o único vilão como
causa da DPOC e, provavelmente, não é a mais importante em muitos lugares do
mundo.
Poluição ambiental, exposição a químicos, fumaça inalada, tabagismo passivo,
infecções virais e bacterianas e outras moléstias associadas (pulmonares ou não) são
consideradas importantes fatores de risco para o desenvolvimento de DPOC.
No diagnóstico de DPOC a tosse é o sintoma mais encontrado, pode ser diária ou
intermitente e pode preceder a dispneia ou aparecer simultaneamente a ela. A tosse
produtiva ocorre em aproximadamente 50% dos fumantes.
Na avaliação radiológica, deve-se solicitar rotineiramente, uma radiografia
simples de tórax nas posições póstero-antero e perfil, não para definição da doença, mas
para afastar outras doenças pulmonares, principalmente a neoplasia pulmonar. A
radiografia de tórax pode ainda identificar bolhas, com possível indicação cirúrgica.
Vamos comentar os itens:
A) Item correto. É a DPOC a pneumopatia crônica mais comum, de caráter
progressivo, decorrente da evolução de uma bronquite crônica ou enfisema pulmonar.
B) Item incorreto.
Como vimos na revisão acima, a relação entre a DPOC e o
tabagismo existe, porem não é o único fator de risco. Vimos que 15% dos tabagistas
possuem o fenótipo de pré-disposição e que os fatores ambientais juntamente com
tabagismo e a suscetibilidade individual interferem no desenvolvimento da doença.
C) Item incorreto. Deve se suspeitar de todas as pessoas que possuem tosse e dispneia
progressiva. Mesmo sabendo que os tabagistas tem propensão à DPOC, não se pode
fazer relação com idade.
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D) Item incorreto. A radiografia de tórax não é diagnóstica para DPOC, é realizada com
certa frequência, mas para descartar outras patologias.
E) Item incorreto. A gasometria arterial é indicada em todos os pacientes que
apresentam descompensação respiratória aguda e não em todos os casos de DPOC.
O gabarito da questão é a letra A.
16. (Residência Multiprofissional em Saúde/UPE/2014) Sobre o Pneumotórax,
assinale a alternativa CORRETA.
a) O pneumotórax acontece quando a pleura parietal é rompida, e o espaço é exposto à
pressão atmosférica negativa.
b) Quando a pleura é rompida, o ar penetra no espaço pleural, e o pulmão é inflado.
c) O pneumotórax simples ocorre quando o ar escapa de uma laceração no próprio
pulmão e penetra no espaço pleural, através de uma ferida na parede torácica.
d) O pneumotórax hipertensivo, a respiração e a circulação são comprometidas por
causa da pressão intratorácica aumentada, o que diminui o retorno venoso ao coração.
e) Em um pneumotórax hipertensivo, a traqueia é deslocada para longe do lado afetado.
A expansão do tórax pode estar diminuída, os sons respiratórios estão diminuídos ou
ausentes, e o lado afetado, hipersonante.
COMENTÁRIOS:
Pneumotórax significa a presença ou acúmulo de ar na cavidade pleural, como
consequência da solução de continuidade da integridade das pleuras. O espaço pleural,
primariamente virtual, que se situa entre o pulmão e a parede torácica, mais
precisamente entre os folhetos pleurais, visceral e parietal, se torna real devido à
interposição gasosa. Esporadicamente pode haver a formação de gases no interior da
cavidade pleural proveniente de fermentação pútrida, ocorrendo no curso de um
empiema que, normalmente, é de pequena proporção.
O pneumotórax é classificado em espontâneo (primário ou secundário) e não
espontâneo (traumático). O pneumotórax espontâneo primário ocorre em pacientes sem
doença pulmonar subjacente ou evidente, enquanto que o secundário surge como
complicação de doença pulmonar previamente conhecida. Tanto no primeiro caso como
no segundo caso, não deve existir nenhum fator ou agente causal que esteja diretamente
relacionado ao aparecimento do pneumotórax.
O pneumotórax traumático surge como consequência de um trauma de tórax
aberto ou fechado, bem como consequência de procedimentos intervencionistas com
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finalidade terapêutica ou diagnóstica, sendo estes casos, frequentemente, rotulados
como pneumotórax iatrogênico.
O pneumotórax hipertensivo desenvolve-se quando o ar proveniente dos pulmões
ou do meio ambiente (pneumotórax traumático) passa para a cavidade pleural, com a
possibilidade de que este possa ser comprimido devido a um mecanismo valvular.
Numa fase inicial, o colapso parcial do pulmão pode não ter sintomas.
No entanto, quando o pulmão colapsado está muito comprimido ocorre quadro de
insuficiência da ventilação pulmonar, o que pode representar uma grave ameaça para a
vida, particularmente numa criança recém-nascida ou no adulto com uma doença
pulmonar grave subjacente.
No quadro do pneumotórax hipertensivo, o ar preso e comprimido na cavidade
pleural pode colapsar fortemente o pulmão. Quando unilateral, o pneumotórax
hipertensivo determina o desvio do mediastino para o lado oposto.
Este aumento da pressão intrapleural dificulta a ventilação pulmonar, diminui o
retorno venoso para o coração, e consequentemente a circulação venosa do sangue
dentro da cavidade torácica. Nestes casos de o pneumotórax hipertensivo, o tratamento
deve imediato mediante o uso uma agulha ou um tubo de modo a descomprimir o lado
afetado, restabelecendo a ventilação.
Vamos analisar os itens.
A) Item incorreto. O pneumotórax acontece quando a pleura parietal é rompida, e o
espaço é exposto à pressão atmosférica positiva e não negativa.
B) Item incorreto. Quando a pleura é rompida, o ar penetra no espaço pleural, e o
pulmão fica colapsado e não inflado.
C) Item incorreto. O pneumotórax simples ocorre quando o ar escapa de uma laceração
entre as pleuras e não no próprio pulmão e penetra no espaço pleural, através de uma
ferida na parede torácica.
D) Item incorreto. O pneumotórax hipertensivo, a respiração e a circulação são
comprometidas por causa da pressão intratorácica aumentada, o que aumenta e não
diminui o retorno venoso ao coração.
E) Item incorreto. Em um pneumotórax hipertensivo, a traqueia é deslocada para longe
do lado afetado. A expansão do tórax pode estar diminuída, os sons respiratórios estão
diminuídos ou ausentes inclusive os do afetado.
O examinador solicitou o item verdadeiro, porem não há itens verdadeiros nesta
questão. Em suma, a questão foi anulada.
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17. (Prefeitura de Machadinho D’Oeste-RO/FUNCAB/2012) Entre os cuidados
contidos na Prescrição de Enfermagem para o paciente com Insuficiência Renal
Crônica, deve-se:
a) alterar o horário dos medicamentos de modo que eles sejam administrados
imediatamente antes das refeições.
b) incentivar lanches hipocalóricos e hipossódicos entre as refeições.
c) oferecer alimentos hiperprotéicos e ricos em potássio.
d) avaliar o estado hídrico: peso diário; balanço hídrico; turgor cutâneo e presença de
edema.
e) oferecer hidratação oral sem restrição.
COMENTÁRIOS:
Segundo Brunner e Sudddarth (2011), a insuficiência Renal Crônica (IRC) é uma
deteriorização progressiva e irreversível da função renal em que a capacidade do corpo
para manter o equilíbrio metabólico e hidroeletrolítico falha, resultando em uremia
(retenção de ureia e outros produtos de degradação nitrogenados no sangue).
Até que tenham perdido cerca de 50% de sua função renal, os pacientes
permanecem quase sem sintomas. A partir daí, podem aparecer sintomas e sinais que
nem sempre incomodam muito. Assim, anemia leve, pressão alta, edema (inchaço) dos
olhos e pés, mudança nos hábitos de urinar (levantar diversas vezes à noite para urinar)
e do aspecto da urina (urina muito clara, sangue na urina, etc.). Deste ponto até que os
rins estejam funcionando somente 10 a 12% da função renal normal, pode-se tratar os
pacientes com medicamentos e dieta. Quando a função renal se reduz abaixo desses
valores, torna-se necessário o uso de outros métodos de tratamento da insuficiência
renal: diálise ou transplante renal6.
Os primeiros sintomas da IRC podem demorar anos para serem notados, o mesmo
ocorre com a síndrome urêmica, típica da IRC terminal, o que demonstra grande
capacidade adaptativa dos rins, permitindo que seres humanos mantenham-se vivos com
apenas 10% da função renal7.
Diversas são as doenças que levam à insuficiência renal crônica. As três mais
comuns são a hipertensão arterial, o diabetes e a glomerulonefrite8.
6
SBN, disponível em: http://www.sbn.org.br/leigos/index.php?insuficienciaRenal.
Caracterização e etiologia da insuficiência renal crônica em unidade de nefrologia. Disponível em:
http://goo.gl/LNbfTK.
8
SBN, disponível em: http://www.sbn.org.br/leigos/index.php?insuficienciaRenal.
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A IRC pode ser tratada inicialmente por meio de terapêuticas conservadoras,
como: tratamento dietético, medicamentoso e controle da pressão arterial. A indicação
do programa dialítico será feita quando o tratamento conservador não é capaz de manter
a qualidade de vida do paciente e quando há o surgimento de sinais e sintomas
importantes da uremia9.
Nas fases iniciais da IR, quando as manifestações clínicas e laboratoriais são
mínimas ou ausentes, o diagnóstico pode ser sugerido pela associação de manifestações
inespecíficas (fadiga, anorexia, emagrecimento, prurido, náusea ou hemólise,
hipertensão, poliúria, nictúria, hematúria ou edema). Os principais sintomas são:
nictúria, poliúria, oligúria, edema, hipertensão arterial, fraqueza, fadiga, anorexia,
náuseas, vômito, insônia, cãibras, prurido, palidez cutânea, xerose, miopatia proximal,
dismenorreia, amenorreia, atrofia testicular, impotência, déficit cognitivo, déficit de
atenção, confusão, sonolência, obnubilação e coma10.
A opção pelo método dialítico deve ser uma decisão conjunta do paciente e
família com a equipe de nefrologia, respeitando os critérios de exclusão em função das
características e necessidades individuais do paciente11.
De acordo com Brunner e Suddarth (2011), o paciente com insuficiência renal
crônica requer cuidados de enfermagem experientes, a fim de evitar as complicações da
função reduzida e os estresses e ansiedade de lidar com uma doença com risco de vida.
Os exemplos dos diagnósticos de enfermagem potenciais para esses pacientes
incluem os seguintes:

Excesso de volume hídrico relacionado ao débito urinário diminuído,
excessos na dieta e retenção de água e sódio;

Nutrição alterada: menor que as necessidades corporais, relacionada à
anorexia, náuseas e vômitos, restrições da dieta e mucosa oral alterada;

Déficit de conhecimento sobre o distúrbio e o regime de tratamento;

Intolerância à atividade relacionada à fadiga, anemia, retenção de produtos
de degradação e procedimento de diálise;

Distúrbio da autoestima relacionado à dependência, a alterações na
imagem corporal e disfunção sexual.
9
Caracterização e etiologia da insuficiência renal crônica em unidade de nefrologia. Disponível em:
http://goo.gl/LNbfTK.
10
Caracterização e etiologia da insuficiência renal crônica em unidade de nefrologia. Disponível em:
http://goo.gl/LNbfTK.
11
Cuidados de Enfermagem ao cliente em Diálise Peritoneal. Disponível em: http://goo.gl/F5M5qy.
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O cuidado de enfermagem procura avaliar o estado hídrico e identificar as fontes
potenciais de desequilíbrio, implementar um programa de dieta para garantir a ingestão
nutricional adequada dentro dos limites do regime de tratamento e promover os
sentimentos positivos, encorajando o aumento do auto cuidado e a maior independência.
Isto posto, vamos resolver os itens da questão. São cuidados de enfermagem para
o paciente com Insuficiência Renal Crônica:
Item A. Incorreto. Alterar o horário dos medicamentos de modo que eles não
sejam administrados imediatamente antes das refeições para prevenir a anorexia e
sensação de plenitude
Item B. Incorreto. Incentivar lanches hipercalóricos (ricos em calorias),
hipossódicos e probres em proteinas e potássio entre as refeições. Todavia, as refeições
devem conter quantidade moderadas de proteinas, com preferência para alimentos com
proteinas de alto valor biológico: ovos, produtos lacteos e carnes.
Item C. Incorreto. Oferecer alimentos hiporprotéicos e pobres em potássio.
Item D. Correto. Avaliar o estado hídrico: peso diário; balanço hídrico; turgor
cutâneo e presença de edema.
Item E. Incorreto. Oferecer hidratação oral com restrição.
Nesses termos, o gabarito da questão é a letra D.
18. (UNIOESTE-2013) Sr. Josias tem problema renal a mais ou menos 3 anos,
procurou o serviço de saúde onde identificou-se hipertensão. As causas da hipertensão
associadas com a insuficiência renal crônica incluem
a) hipoaldosteronismo.
b) sódio aumentado e retenção de água.
c) produção de renina diminuída.
d) produção de hormônio antidiurético diminuída.
e) hipotireoidismo.
COMENTÁRIOS:
Na Insuficiência Renal Crônica (IRC), há uma diminuição considerável da
função renal, desencadeando a retenção de sais minerais (principalmente sódio e
potássio) e água no organismo, aumentando o volume sanguíneo e sobrecarga cardíaca.
Isso pode desencadear ou agravar a hipertensão arterial sistêmica. Por isso, o gabarito
da questão é a letra B.
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19. (Residência Multiprofissional em Saúde/UPE/2014) A Insuficiência Renal Aguda
(IRA) é uma síndrome de causa variável, que resulta em súbito declínio da função renal.
Sobre IRA, leia as afirmativas abaixo e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas.
( ) As causas pré-renais surgem de obstrução ou interrupção do fluxo urinário em
qualquer ponto, ao longo do trato urinário.
( ) Inicia-se quando o rim é lesado, dura várias horas ou dia. A fase diurética começa
quando o volume urinário de 24 horas excede 500 mL e termina quando os níveis de
ureia sanguínea e creatinina sérica deixam de aumentar.
( ) São manifestações clínicas das causas pré-renais: diminuição do turgor, ressecamento
da mucosa, perda de peso hipotensão, oligúria ou anúria, veias do pescoço colabadas e
taquicardia.
( ) Risco de Lesão devido ao sangramento gastrointestinal e Risco de Infecção devido a
alterações no sistema imunológico e nas defesas do hospedeiro são Diagnósticos de
Enfermagem na IRA.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.
a) F, F, V, F
b) F, V, F, V
c) F, V, V, V
d) V, V, F, V
e) V, V, F, F
COMENTÁRIOS:
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Vamos entender a Classificação da lesão renal aguda segundo sua etiologia.
Fases da Insuficiência Renal Crônica
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Fases da Insuficiência Renal Aguda
O curso clínico da IRA tem sido tradicionalmente dividido em quatro fases
distintas: fase inicial, fase de oligúria, fase de poliúria e fase de recuperação funcional.
A fase inicial começa a partir do período de exposição a drogas nefróticas ou a um
surto isquêmico. Sua duração PE variável e depende do tempo de exposição ao agente
causador. Nas situações de isquemia ela pode ser muito curta, enquanto no caso de
drogas nefróticas a fase inicial pode durar alguns dias. O volume urinário pode estar
normal ou diminuído, porem o rim começa a perder a adequada capacidade de excreção
de compostos nitrogenados.
A fase oligúrica é também variável em grau e duração. Uma vez que a produção
de constituintes osmoticamente ativos é ao redor de 600 mOsm ao dia e a capacidade
máxima de concentração urinária é de 1.200 mOsm/litro, um volume urinário inferior a
500 ml/dia é insuficiente para excretar as quantidades necessárias de soluto. Portanto,
definimos oligúria como um volume urinário menor que 500 ml/dia.
A terceira fase, diurética, pode ser marcada por uma rápida elevação do volume
urinário. A fase diurética começa quando o volume urinário de 24 horas excede 500 mL
e termina quando os níveis de ureia sanguínea e creatinina sérica deixam de aumentar.
A magnitude da diurese independe do estado de hidratação do paciente e habitualmente
representa uma incapacidade de os túbulos regenerados reabsorverem sal e água.
A última fase, a de recuperação funcional, ocorre após vários dias de diurese
normal, com redução gradual de ureia e creatinina plasmática.
Vamos comentar os itens:
(F) As causas pós- renais e não pré-renais surgem de obstrução ou interrupção do fluxo
urinário em qualquer ponto, ao longo do trato urinário.
(V) Inicia-se quando o rim é lesado, dura várias horas ou dia. A fase diurética começa
quando o volume urinário de 24 horas excede 500 mL e termina quando os níveis de
ureia sanguínea e creatinina sérica deixam de aumentar.
(V) São manifestações clínicas das causas pré-renais: diminuição do turgor,
ressecamento da mucosa, perda de peso, hipotensão, oligúria ou anúria, veias do
pescoço colabadas e taquicardia.
(V) Risco de Lesão devido ao sangramento gastrointestinal e Risco de Infecção devido a
alterações no sistema imunológico e nas defesas do hospedeiro são Diagnósticos de
Enfermagem na IRA.
O gabarito da questão é a letra C.
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20. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Referente à diálise peritoneal assinale a
alternativa incorreta.
a) A diálise peritoneal é indicada em pacientes que realizaram cirurgia abdominal
recente ou extensa, apresentam aderências abdominais ou estejam em estado gravídico.
b) Na maioria das vezes, a diálise peritoneal é indicada para pacientes graves que
necessitam de diálise, mas são incapazes de tolerar as alterações hemodinâmicas
associadas à hemodiálise.
c) A diálise peritoneal também pode ser realizada em uma unidade de terapia intensiva
em pacientes que já faziam uso de diálise peritoneal crônica e pacientes hospitalizados
com doença aguda.
d) A diálise peritoneal é um tratamento mais lento e menos eficaz que a hemodiálise.
COMENTÁRIOS:
A
Diálise
Peritoneal
envolve
o
transporte de solutos e de água através de uma
membrana que separa dois compartimentos
contendo líquidos. Esses dois compartimentos
são (a) o sangue nos capilares peritoneais, e
(b) a solução de diálise na cavidade
peritoneal. Durante o curso da DP ocorrem
simultaneamente três processos de transporte:
difusão, ultrafiltração e absorção12.
Os principais tipos de diálise peritoneal
cobrados em concurso são os seguintes: Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua
(CAPD ou DPAC), Diálise Peritoneal Cíclica Continua (CCPD) e Diálise Peritoneal
Intermitente (DPI)13.

Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua
A Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua, também conhecida como CAPD
ou DPAC, é a forma mais comum de diálise peritoneal e especialmente indicada para
pacientes idosos, crianças ou aqueles para os quais a hemodiálise não é conveniente ou
12
13
Cuidados de Enfermagem ao cliente em Diálise Peritoneal. Disponível em: http://goo.gl/F5M5qy.
UNIFESP. Disponível em: http://www.unifesp.br/assoc/atx/dossie.htm#6.
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possível. Este tipo de diálise, não precisa de máquina. Geralmente, é realizada em casa,
em um local limpo e bem iluminado.
O próprio paciente pode fazer a infusão e a retirada (drenagem) da solução de
diálise no abdômen ou pode ser auxiliado por uma outra pessoa especialmente treinada
para fazer estas trocas de bolsas de solução. O sangue durante a CAPD esta sendo
depurado o tempo todo.
A solução de diálise vai de uma bolsa de plástico através do cateter até a cavidade
abdominal e ali permanece por várias horas. A solução é então drenada e uma nova
solução volta a encher o abdômen, recomeçando o processo de depuração.
No caso da CAPD, a solução de diálise fica no abdômen durante 4 horas. O
processo de drenar o dialisado e substituí-lo por uma solução nova leva de 30 a 40
minutos. A maioria das pessoas troca a solução quatro vezes por dia.

Diálise Peritoneal Cíclica Continua
A Diálise Peritoneal Cíclica Contínua ou CCPD é parecida com a CAPD, porém
nesta deve-se conectar o cateter a uma máquina que enche o abdômen e drena a solução
de diálise automaticamente.
Este método é geralmente realizado durante a noite, enquanto o paciente dorme,
permitindo maior liberdade ao paciente durante o dia.
É um método ainda pouco utilizado no Brasil, pois a máquina deve ser comprada
ou alugada pelo paciente para ser usada em casa, o que aumenta muito o custo do
tratamento.

Diálise Peritoneal Intermitente
Vejam que os métodos de Diálise Peritoneal Cíclica Contínua (CCPD) e Diálise
Peritoneal Ambulatorial Contínua (CAPD ou DPAC) podem ser realizados facilmente
em casa. Existe outro método mais intensivo que deve ser realizado em ambiente
hospitalar: Diálise Peritoneal Intermitente (DPI).
O tratamento da DPI é dado durante cerca de 24 horas, em ambiente hospitalar,
com trocas a cada 1-2 horas, duas vezes por semana (40 a 60 litros). No período entre as
diálises, fica o abdômen seco. Indicada para paciente com alta permeabilidade de
membrana e função renal residual significativa
A infecção do peritônio ou peritonite é a principal complicação da diálise
peritoneal. Muitas vezes o início da infeção acontece no orifício pelo qual o cateter sai
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do corpo. Esta infecção se não for tratada rápida e corretamente pode espalhar-se e
infectar o peritônio determinando a peritonite.
A peritonite também poderá se desenvolver se houver dificuldades em conectar ou
desconectar o cateter das bolsas.
Um dos primeiros sinais de peritonite é a mudança da cor e aspecto do liquido
drenado que deve ser claro e fluido, com a peritonite torna-se turvo e espesso. A
peritonite poderá também se manifestar por febre, dor no abdômen, mal-estar, enjoos,
vômitos e diminuição do apetite.
Dito isto, vamos analisar as assertivas da questão:
Item A. Incorreto. A diálise peritoneal não é indicada em pacientes que realizaram
cirurgia abdominal recente ou extensa, apresentam aderências abdominais ou estejam
em estado gravídico. Nesses casos, não há condições para inserção do cateter da diálise
no abdômen, abaixo do umbigo.
Item B. Correto. Na maioria das vezes, a diálise peritoneal é indicada para
pacientes graves que necessitam de diálise, mas são incapazes de tolerar as alterações
hemodinâmicas associadas à hemodiálise.
Item C. Correto. A diálise peritoneal também pode ser realizada em uma unidade
de terapia intensiva em pacientes que já faziam uso de diálise peritoneal crônica e
pacientes hospitalizados com doença aguda.
Item D. Correto. A diálise peritoneal é um tratamento mais lento e menos eficaz
que a hemodiálise.
Nessa tela, o gabarito da questão é a letra A.
21. (UFSM/2013) O rim tem como principal função a regulação da composição
hidroeletrolítica dos líquidos corporais e a remoção dos produtos finais do metabolismo
do sangue. É correto afirmar que a assistência de enfermagem a pacientes em diálise
peritoneal intermitente compreende
a) controlar a pressão arterial e o pulso a cada 60 minutos na primeira troca.
b) introduzir mais 5 cm o cateter no abdômen, se este não estiver permeável.
c) realizar a monitorização renal por meio do balanço hídrico e da pesagem diária.
d) adicionar os antibióticos somente no dialisador, no caso de peritonite.
e) aumentar a velocidade do influxo da diálise, no caso de dificuldade respiratória do
paciente.
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COMENTÁRIOS:
Segundo Trajano, JS e Marques IR (2005), as Bases da Assistência de
Enfermagem na Diálise Peritoneal (DP) são:

Cuidados com os cateteres peritoneais
O local de saída e as incisões relacionadas devem ser cuidados à semelhança do
que se faz com outras feridas cirúrgicas recentes. Logo nos primeiros dias após a
inserção, o local de saída deve ser coberto com gaze e o curativo trocado sempre que for
observadas manchas de exsudato ou sangue. Curativos oclusivos, impermeáveis ao ar,
bem como pomadas, nunca devem ser usados. Os curativos devem imobilizar o cateter
contra a pele.
O paciente deve ser instruído a evitar movimentos do cateter no local de saída
tanto quanto possível, porque os movimentos nesta região retardam a cicatrização e
podem levar a infecção.

Cuidado quanto ao preparo do ambiente
Cuidados durante a diálise
Anotar rigorosamente na ficha de controle de balanço de DP, em cada banho, o
início e término da infusão, tempo de permanência na cavidade peritoneal, o volume
infundido e drenado, cor e aspecto do líquido drenado (a coloração característica é
amarelo-palha); controlar rigorosamente, durante cada banho, os sinais vitais, diurese,
posicionamento correto do cateter de diálise; observar e comunicar sinais de dor,
hemorragia, hipotensão arterial, edema, dificuldade de drenagem e infusão e dificuldade
respiratória; assegurar um ambiente tranquilo, informal e descontraído; prestar cuidados
de higiene e conforto ao paciente; estimular a aceitação alimentar.
Cuidados pós-diálise
Observar e anotar as condições do paciente; trocar curativo, remover ou fixar o
cateter (heparinização para prevenir obstrução) ou colocar prótese; verificar o peso do
paciente; controlar os sinais vitais; controlar rigorosamente a diurese; realizar o
fechamento da ficha de controle de DP.
É correto afirmar que a assistência de enfermagem a pacientes em diálise
peritoneal intermitente compreende:
Item A. Incorreto. Controlar a pressão arterial e o pulso a cada 15 minutos na
primeira troca e a cada 60 minutos depois disso. A queda na pressão arterial pode
indicar perda hídrica excessiva decorrente de concentrações de glicose das soluções
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dialisantes. As alterações nos sinais vitais podem indicar choque iminente ou hidratação
excessiva.
Item B. Incorreto. Não introduzir o cateter no abdômen, se este não estiver
permeável. Quando o líquido não está drenando de forma adequada, movimentar o
paciente de um lado para o outro, a fim de facilitar a retirada da drenagem peritoneal. A
cabeceira do leito também pode ser elevada.
Item C. Correto. Realizar a monitorização renal por meio do balanço hídrico e da
pesagem diária, ou seja, manter um registro exato do equilíbrio hídrico do paciente
durante o tratamento do paciente.

Saber o estado ou ganho de líquido do paciente no final de cada troca;
verificar os curativos para extravasamento e pesar na balança,
significativo;

O equilíbrio hídrico deve ser igual ou mostrar discreto ganho ou perda de
líquido, dependendo do estado hídrico do paciente.
Item D. Incorreto. Adicionar os antibióticos no dialisador, no caso de peritonite,
conforme prescrição médica. Além disso, o médico também prescreve antibióticos
sistêmicos por via endovenosa ou oral, conforme necessidade do caso.
Item E. Incorreto. Diminuir a velocidade do influxo da diálise, no caso de
dificuldade respiratória do paciente.
Meus amigos, não era preciso saber todos os detalhes descritos para acertarem a
questão, pois a letra C descreveu uma ação clássica e incontestável, realizada pela
equipe de enfermagem, durante assistência a pacientes em diálise peritoneal
intermitente.
22. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Apesar de cada terapia dialítica apresentar
características únicas, todas requerem intervenções semelhantes. Assinale qual
alternativa não se refere à intervenção protocolar em terapia dialítica.
a) Monitorização cuidadosa da pressão arterial e avaliação do estado de coagulação.
b) Débito urinário e débito cardíaco.
c) Pressão de preenchimento capilar arterial e venoso.
d) Gerenciamento preciso dos fluidos e monitoramento do peso.
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COMENTÁRIOS:
Conforme comentários das questões anteriores, constatamos que a alternativa
errada só pode ser a letra C. As demais assertivas estão corretas, pois descrevem
intervenções do controle hídrico e monitorização cardiovascular.
23. (UFSM/2013) Quanto aos distúrbios e procedimentos biliares, pode-se afirmar que
a) coledocotomia é a presença de cálculos na vesícula biliar.
b) colelitiase é a remoção da vesícula biliar.
c) coledocolitotomia é a abertura e drenagem da vesícula biliar.
d) colecistite é a inflamação da vesícula biliar.
e) coledocoduodenostomia é a anastomose do colédoco ao jejuno.
COMENTÁRIOS:
Para melhor entendimento dessa questão, vamos visualizar abaixo a anatomia do
sistema biliar.
Figura 1 - Sistema Biliar.
A vesícula biliar é um órgão presente no organismo humano em forma de pera.
Armazena até 50 ml de bile, que é utilizada no sistema digestivo, não sendo responsável
por sua produção.
A vesícula biliar armazena bile, que é lançada quando o alimento contendo
gordura entra no trato digestivo, estimulando a secreção de colecistoquinina (CCK). A
bile emulsifica gorduras e neutraliza ácidos na comida parcialmente digerida.
Depois de ser armazenada na vesícula biliar, a bile se torna mais concentrada do
que quando saiu do fígado, aumentando sua potência e intensificando seu efeito nas
gorduras. A maior parte da digestão ocorre no duodeno.
Isto posto, vamos analisar as assertivas:
Item A. Incorreto. Coledocotomia é a abertura do ducto comum.
Item B. Incorreto. Colelitiase é a presença de cálculos na vesícula biliar. A
colecistectomia é a remoção da vesícula biliar.
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Item C. Incorreto. Coledocolitotomia é a incisão do ducto biliar para retirada de
cálculos.
Item D. Correto. Colecistite é a inflamação da vesícula biliar.
Item E. Incorreto. Coledocoduodenostomia é a anastomose do ducto comum ao
duodeno.
Percebem que não é preciso saber o significado de todos os termos para acertarem
a questão, pois a letra D apresenta um conceito bem simples.
24. (Residência Multiprofissional em Saúde/UPE/2014) R.M, 55 anos, alcoolista
apresentou sinais e sintomas de úlcera péptica. Informa que esses sintomas começaram
a ficar mais presentes há 25 dias, quando foi adicionado medicação anti-inflamatória
para tratar uma lesão de ombro. Nesse caso, o enfermeiro deve orientar
a) quanto ao controle da medicação, informando que deve ser administrada pela manhã,
em jejum de 12 em 12 horas.
b) que os AINES (anti-inflamatórios não esteroides) podem ser responsáveis por
aproximadamente 40% das lesões ulcerosas gástricas e, portanto, devem ser, nesse caso
específico, evitados.
c) a investigação do Helicobacter Pylori, uma bactéria gram positiva adquirida na
infância e adaptada à vida no estômago humano.
d) quanto à importância de se adquirirem hábitos saudáveis alimentares, consumindo
refeições balanceadas a cada 06 horas, a fim de evitar distensão abdominal.
e) para que os inibidores de bomba de prótons não sejam utilizados para o tratamento da
úlcera péptica.
COMENTÁRIOS:
Como esta questão aborda várias temáticas distintas, vamos direto aos itens:
A) Item incorreto. Como os AINES possuem ação prejudicial à mucosa gástrica, devese evitar a administração desta medicação em jejum.
B) Item correto. Que os AINES (anti-inflamatórios não esteroides) podem ser
responsáveis por aproximadamente 40% das lesões ulcerosas gástricas e, portanto,
devem ser, nesse caso específico, evitados.
C) Item incorreto. A investigação do Helicobacter Pylori, uma bactéria gram negativa e
não Gram positiva adquirida na infância e adaptada à vida no estômago humano.
D) Item incorreto. O problema deste cliente é a presença do alcoolismo e o uso de
AINES, não há relato de distensão abdominal relatado. Portanto, item incorreto.
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E) Item incorreto. Os inibidores de bomba de prótons devem ser utilizados para o
tratamento da úlcera péptica.
O gabarito da questão é a letra B.
25. (HEMOPE/UPE/2013) Varizes esofágicas são canais vasculares, que ligam a
circulação venosa portal com a venosa sistêmica, sendo uma das principais
consequências das hepatopatias crônicas. Sobre esse agravo, leia as afirmativas abaixo:
I. Boa parte dos pacientes com varizes esofágicas apresentarão hemorragia dentro do
primeiro ano de diagnóstico.
II. Os indicadores de ruptura de varizes esofágicas são vários, mas os mais importantes
são varizes calibrosas, presença de marcas vermelhas na superfície varicosa e grau
avançado de hepatopatia.
III. Os episódios de sangramento relacionados às varizes esofágicas são facilmente
controlados e não podem ser relacionados nem à alta mortalidade nem à severidade
da doença hepática subjacente.
IV. As varizes esofágicas são causadas pela pressão portal aumentada por causa da
maior resistência ao fluxo portal intra-hepático, provocando uma desorganização da
arquitetura do parênquima hepático.
Estão CORRETAS apenas
a) I, III e IV.
b) I, II e III.
c) I e III.
d) III e IV.
e) I, II e IV.
COMENTÁRIOS:
Vamos revisar o tema proposto na questão:
As varizes esofágicas são vasos colaterais portossistêmicos — quer dizer, canais
vasculares que unem a circulação venosa porta e sistêmica. Formam-se como
consequência da hipertensão portal (uma complicação progressiva da cirrose),
preferencialmente na submucosa do esôfago inferior. A ruptura e sangramento das
varizes esofágicas são complicações maiores da hipertensão portal e são acompanhados
por uma alta taxa de mortalidade.
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A cirrose, o estágio final da hepatopatia crônica, é a causa mais comum de
hipertensão portal. A pressão venosa portal (P) é o produto da resistência vascular (R) e
o fluxo sanguíneo (Q) no leito da veia porta (lei de Ohm; Fig. 1). Na cirrose há um
aumento tanto da resistência vascular intra-hepática como do fluxo portal.
A hipertensão portal leva à formação de colaterais portossistêmicas. No entanto,
devido à sua maior resistência e maior fluxo aferente venoso portal, estas colaterais não
conseguem diminuir a hipertensão. A melhor maneira de avaliar a hipertensão portal
(indiretamente) é utilizando a medição da pressão venosa hepática central (PVHC). Para
que se formem varizes é necessária uma diferença depressão entre a circulação portal e
sistêmica (gradiente de pressão venosa hepática, GPVH) de 10–12 mmHg (mas não
suficiente). A GPVH normal é 3–5 mmHg. As medidas únicas servem para determinar o
prognóstico da cirrose compensada e descompensada, enquanto que as medidas
repetidas são úteis para fazer o seguimento da resposta à terapia farmacológica e
progressão da doença hepática.
Fatores de risco
Uma pontuação do INR (Quociente Internacional Normalizado) > 1.5, um
diâmetro da veia porta > 13 mm, e a trombocitopenia têm demonstrado ser preditivos
sobre a probabilidade de presença de varizes nos pacientes cirróticos. Se não se cumpre
nenhuma, uma, duas, ou três destas condições, estima-se, então, que < 10%, 20–50%,
40–60%, e > 90% dos pacientes, respectivamente, têm varizes. A presença de uma ou
mais destas condições representa uma indicação de endoscopia para pesquisa de varizes
e profilaxia primária de sangramento nos pacientes cirróticos.
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Agora vamos aos itens:
I. Item correto. Complicado quando as bancas trazem itens como esse. É uma
informação muito específica. Porém se lembrarmos da facilidade que as varizes
esofágicas possuem em sangrar, o julgamento do item se torna mais tranquilo.
II. Item correto. Os indicadores de ruptura de varizes esofágicas são vários, mas os
mais importantes são varizes calibrosas, presença de marcas vermelhas na superfície
varicosa e grau avançado de hepatopatia.
III. Item incorreto. Os episódios de sangramento relacionados às varizes esofágicas
NÃO são facilmente controlados e podem ser relacionados nem à alta mortalidade nem
à severidade da doença hepática subjacente.
IV. Item correto. As varizes esofágicas são causadas pela pressão portal aumentada por
causa da maior resistência ao fluxo portal intra-hepático, provocando uma
desorganização da arquitetura do parênquima hepático.
O gabarito da questão é a letra E.
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26. (Residência Multiprofissional em Saúde/UPE/2014) Sobre as doenças do sistema
neurológico, analise as afirmativas abaixo:
I. A doença de Alzheimer é uma afecção degenerativa primária do cérebro, que acarreta
declínio funcional do SNC e perda gradual da autonomia nos indivíduos.
II. A doença de Parkinson é uma doença degenerativa crônica e progressiva, que
acomete, em geral, pessoas idosas.
III. A esclerose múltipla é uma doença do SNC, crônica, lentamente progressiva,
caracterizada por placas disseminadas de desmielinização da substância branca do nervo
óptico.
Está CORRETO o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) III, apenas.
COMENTÁRIOS:
Vamos revisar estes conceitos utilizados nos itens da questão:
A Doença de Alzheimer é uma enfermidade incurável que se agrava ao longo do
tempo, mas pode e deve ser tratada. Quase todas as suas vítimas são pessoas idosas.
Talvez, por isso, a doença tenha ficado erroneamente conhecida como ―esclerose‖ ou
―caduquice‖. A doença se apresenta como demência, ou perda de funções cognitivas
(memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais.
Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle
sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.
A Doença de Parkinson é caracterizada por uma doença progressiva do
movimento devido à disfunção dos neurônios secretores de dopamina nos gânglios da
base, que controlam e ajustam a transmissão dos comandos conscientes vindos
do córtex cerebral para os músculos do corpo humano. Não somente os neurônios
dopaminérgicos
estão
envolvidos,
mas
outras
estruturas
produtoras
de serotonina, noradrenalina e acetilcolina estão envolvidos na gênese da doença. Sua
prevalência maior é em indivíduos idosos.
A Esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica, provavelmente
autoimune.
É
uma doença
desmielinizante de
etiologia
ainda
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desconhecida,
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caracterizada por uma reação inflamatória na qual são danificadas as bainhas de
mielina que envolvem os axônios dos neurônios cerebrais e medulares, levando à
sua desmielinização e ao aparecimento de um vasto quadro de sinais e sintomas.
Por motivos genéticos ou ambientais, na esclerose múltipla, o sistema
imunológico começa a agredir a bainha de mielina (capa que envolve todos os axônios)
que recobre os neurônios e isso compromete a função do sistema nervoso. A
característica mais importante da esclerose múltipla é a imprevisibilidade dos surtos.
Em geral, a doença acomete pessoas jovens, entre 20 e 30 anos, e provoca dificuldades
motoras e sensitivas.
Não se conhecem ainda as causas da doença. Sabe-se, porém, que a evolução
difere de uma pessoa para outra e que é mais comum nas mulheres e nos indivíduos de
pele branca que vivem em zonas temperadas.
O diagnóstico é basicamente clínico, complementado por exames de imagem,
por exemplo, a ressonância magnética.
Dessa forma, o gabarito da questão é a letra A.
27. (IBC/AOCP/2012) O período perioperatório compreende as fases
a) transoperatória imediata, pré-operatória mediata, pós-operatória imediata, mediata e
tardia.
b) pré-operatória mediata e imediata, transoperatória, recuperação anestésica e pósoperatória.
c) intraoperatória mediata, pré-operatória, período refratário e pós-operatória.
d) pré-operatória imediata, transoperatória, reabilitação anestésica.
e) cirúrgica propriamente dita, pós-operatória mediata e tardia.
COMENTÁRIOS:
A enfermagem perioperatória é o termo utilizado para descrever os cuidados de
enfermagem administrados na experiência cirúrgica total do paciente: pré-operatória,
intra-operatória, recuperação anestésica e pós-operatória.
Fase pré-operatória – a partir do momento em que se toma a decisão para a
intervenção cirúrgica até a transferência do paciente para a sala de cirurgia;

Pré-operatório mediato: o cliente é submetido a exames que auxiliam na
confirmação do diagnóstico e que auxiliarão o planejamento cirúrgico, o
tratamento clínico para diminuir os sintomas e as precauções necessárias
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para evitar complicações pós-operatórias, ou seja, abrange o período desde
a indicação para a cirurgia até o dia anterior à mesma;

Pré-operatório imediato: corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia e
tem por objetivo preparar o cliente para o ato cirúrgico mediante os
seguintes procedimentos: jejum, limpeza intestinal, esvaziamento vesical,
preparo da pele e aplicação de medicação pré-anestésica.
Fase intra-operatória (transoperatória) – desde o momento em que o paciente é
recebido na sala de cirurgia até quando é admitido na sala de recuperação pósanestésica.
Fase de recuperação anestésica - desde o momento em que o paciente é
admitido na sala de recuperação pós-anestésica até do momento da saída na sala de
recuperação pós-anestésica.
Fase pós-operatória – a partir do momento da admissão na sala de recuperação
pós-anestésica até a avaliação domiciliar/clínica de acompanhamento.
De forma genérica, o período perioperatório pode ser dividido em: pré-operatório,
transoperatório (intraoperatório), e pós-operatório. De forma detalhada, pode ser
dividido nas seguintes fases: pré-operatória mediata e imediata, transoperatória,
recuperação anestésica e pós-operatória.
Nesses termos, o gabarito é a letra B.
28. (UFMT/2013) Relativo ao potencial de contaminação, as cirurgias se classificam
em limpas, potencialmente contaminadas, contaminadas e infectadas. A coluna da
esquerda apresenta a classificação das cirurgias e a da direita, os tipos de cirurgia.
Numere a coluna da direita em conformidade com a da esquerda.
Assinale a sequência correta.
1 – Limpas
( ) Colectomia e amigdalectomia
2 – Potencialmente contaminadas
( ) Neurocirugia e mastoplastia
3 – Contaminadas
( ) Cirurgia de reto e ânus com pus
4 – Infectadas
(
)
Colecistectomia
e
histerectomia
abdominal
a) 2, 1, 4, 3
b) 4, 2, 3, 1
c) 3, 1, 4, 2
d) 3, 2, 1, 4
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COMENTÁRIOS:
Vejamos as principais características dos tipos de cirurgia apresentados na
questão:
2. Cirurgias Potencialmente Contaminadas - são aquelas realizadas em tecidos
colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difícil
descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório e com falhas
técnicas discretas no transoperatório. Ocorre penetração nos tratos digestivo,
respiratório ou urinário sem contaminação significativa. Ex.: Colectomia (retirada
parcial ou total do intestino grosso) e amigdalectomia (retirada das amídalas).
1. Cirurgias Limpas - são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de
descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou falhas
técnicas grosseiras, cirurgias eletivas com cicatrização de primeira intenção e sem
drenagem aberta. Cirurgias em que não ocorrem penetrações nos tratos digestivo,
respiratório ou urinário. Ex.: Neurocirurgia e mastoplastia (cirurgia das mamas).
4. Cirurgias Infectadas - são todas as intervenções cirúrgicas realizadas em
qualquer tecido ou órgão, em presença de processo infeccioso (supuração local) e/ou
tecido necrótico. Ex.: Cirurgia de reto e ânus com pus
3. Cirurgias Contaminadas - são aquelas realizadas em tecidos recentemente
traumatizados
e
abertos,
colonizados
por
flora
bacteriana
abundante,
cuja
descontaminação seja difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que tenham
ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de supuração local. Na presença de
inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção, ou grande
contaminação a partir do tubo digestivo. Obstrução biliar ou urinária também se
incluem nesta categoria. Ex.: Colecistectomia e histerectomia abdominal.
Dessa forma, o gabarito da questão é a letra A.
29. (UFPR-2013) No planejamento da assistência de enfermagem ao paciente cirúrgico,
é importante para o enfermeiro conhecer a informação do tipo de procedimento ao qual
foi submetido. Os procedimentos cirúrgicos costumam ser categorizados conforme a
urgência, o risco e a finalidade. Considere os seguintes procedimentos cirúrgicos:
1. Cirurgia para diagnóstico.
2. Cirurgia eletiva.
3. Cirurgia ablativa.
4. Cirurgia paliativa.
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5. Cirurgia de emergência.
6. Cirurgia reparadora.
7. Cirurgia para transplante.
8. Cirurgia construtora.
9. Cirurgia de urgência.
Quais desses procedimentos cirúrgicos são classificados por finalidade?
a) 1, 5, 6, 7, 8 e 9 apenas.
b) 2, 3, 5, 7 e 9 apenas.
c) 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 apenas.
d) 1, 2, 4 e 9 apenas.
e) 1, 3, 4 e 8 apenas.
COMENTÁRIOS:
Esse tipo de questão é resolvido mais facilmente por eliminação dos itens
incontestavelmente incorretos, visto que a classificação das cirurgias pode variar
dependendo da fonte.
Nós sabemos que as cirurgias de emergência e urgência são incontestavelmente
classificadas conforme o grau de urgência envolvido, e não quanto a finalidade. Apenas
com essa informação, eliminamos os itens A, B, C e D. Existem outras formas de
eliminação das assertivas erradas, demonstrei uma possibilidade.
Os procedimentos cirúrgicos listados na questão classificados por finalidade são
os seguintes: cirurgia para diagnóstico, cirurgia ablativa, cirurgia paliativa e cirurgia
construtora. Nessa tela, o gabarito da questão é a letra E.
30. (Prefeitura de Machadinho d'Oeste-RO/FUNCAB/2013) Assinale a alternativa
que contém a correta classificação da categoria cirúrgica.
a) Eletiva – o paciente precisa fazer a cirurgia.
b) Opcional – o paciente deverá fazer a cirurgia.
c) Urgência – o paciente requer atenção podendo fazer a cirurgia dentro de algumas
semanas.
d) Necessária – a decisão fica por conta do paciente.
e) Emergência – o paciente requer atenção imediata; o distúrbio pode ter risco para a
vida.
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COMENTÁRIOS:
Vejamos a classificação correta dos tipos de cirurgia descritos na questão:
Item A. Eletiva – o paciente pode ser operado. A não realização da cirurgia não é
catastrófica. Por outro lado, na cirurgia requerida, o paciente precisa fazer a cirurgia.
Item B. Opcional – a decisão em fazer a cirurgia é do paciente, por uma
preferência pessoal, a exemplo das cirurgias plásticas.
Item C. Urgência – o paciente requer atenção rápida, dentro de 24 a 30 horas.
Item D. Necessária – a cirurgia deve ser realizada, ou seja, a decisão não fica por
conta do paciente.
Item E. Emergência – o paciente requer atenção imediata; o distúrbio pode ter
risco para a vida.
O gabarito, portanto, é a letra E.
31. (Prefeitura de Colatina-ES/FUNCAB/2012) Faz parte das atividades de
enfermagem durante a fase pós-operatória:
a) instruir o paciente com outros membros da equipe de enfermagem.
b) estabelecer o acesso venoso.
c) colocar o dispositivo de aterramento no paciente.
d) descrever as limitações físicas.
e) verificar se as contagens de compressas, agulhas e instrumentos estão corretas.
COMENTÁRIOS:
Em geral, são ações de enfermagem no período intraoperatório: (c) colocar o
dispositivo de aterramento no paciente; e (e) verificar, na sala de cirurgia, se as
contagens de compressas, agulhas e instrumentos estão corretas.
É uma ação que pode ser realizada no período pré-operatório ou intraoperatório, a
depender da situação do paciente: (b) estabelecer o acesso venoso.
Em geral, são ações de enfermagem nos períodos pré-operatório, intraoperatório e
pós-operatório: (a) instruir o paciente com outros membros da equipe de enfermagem;
e (d) descrever as limitações físicas.
A alternativa ―mais correta― é a letra D (gabarito da questão). Todavia, também é
ação de enfermagem no período pós-operatório instruir o paciente com outros
membros da equipe de enfermagem. Por isso, essa questão deveria ter sido anulada.
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32. (UFPE/2013) No procedimento anestésico, a posição do paciente é de fundamental
importância. Quanto às modalidades de posição do paciente na mesa operatória, é
correto afirmar que:
a) a posição de Trendelenburg reversa é utilizada para elevação dos membros inferiores.
É uma variação da posição ventral.
b) a posição de litotomia, postura não natural, tem grande potencial para causar traumas
ao paciente. A flexão extrema das coxas compromete a função respiratória, pelo
incremento na pressão intra-abdominal, com consequente diminuição do volume
pulmonar.
c) a posição de Jackknife, Kraske, Canivete ou Depage é uma derivação da posição de
decúbito dorsal.
d) a posição prona, ou decúbito dorsal, é a mais frequente, pois reflete a posição natural
do corpo em repouso.
e) a posição supina corresponde à posição em que o paciente se encontra com o ventre
voltado para a mesa cirúrgica, favorecendo o acesso às costas, necessário em cirurgias
da coluna.
COMENTÁRIOS14:
A posição decúbito dorsal (supina) é aquela
em que o paciente se encontra deitado de costas, com
as pernas estendidas e os braços estendidos e
apoiados em talas. O dorso do paciente e a coluna
vertebral estão repousando na superfície do colchão
da mesa cirúrgica.
A posição trendelenburg é uma variação da
posição de decúbito dorsal em que a parte superior do
dorso é abaixada e os pés são elevados. Após o término
do procedimento cirúrgico, o paciente deve ser
movimentado lenta e vagarosamente, retomando a
posição de decúbito dorsal para prevenir hipotensão
arterial e evitar sobrecarga cardiovascular.
14
As imagens das posições cirúrgica colocadas nesta aula foram extraídas do Livro Enfermagem em centro cirúrgico
e recuperação (Coleção ABEN).
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A
posição
trendelenburg
reversa
(proclive), como o próprio nome sugere, é reversa
à posição trendelenburg, ou seja, é descrita como
aquela que a cabeceira é elevada e os pés são
abaixados. Geralmente é escolhida para oferecer
melhor acesso à cabeça e ao pescoço.
A posição de litotomia ou ginecológica é a
variação mais extrema do decúbito dorsal. O paciente
permanece em decúbito dorsal, com as pernas
flexionadas, afastadas e apoiadas em perneiras
acolchoadas, e os braços estendidos e apoiados em
talas. Essa postura não natural tem grande potencial
para traumas ao paciente.
Na posição fowler, o paciente permanece semisentado na mesa de operação. Essa posição é utilizada
para conforto do paciente quando há dispneia. Na
maioria das vezes, essa posição é utilizada para
neurocirurgias. O paciente deve ser cuidadosamente
posicionado sobre a mesa. O dorso da mesa é elevado e
o suporte para os pés deve ser colocado ou mantido.
O tórax, na posição lateral (sims), permite
abordagem operatória nas regiões mais superiores da cavidade torácica.
Na posição decúbito ventral (prona), o
paciente fica deitado de abdômen para baixo, com os
braços estendidos para frente e apoiados em talas. O
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sistema respiratório fica mais vulnerável nessa posição as modificações da posição
permitem a abordagem de coluna cervical, região occipital, dorso, lombar,
sacrococcígea, retal e extremidades inferiores.
A posição de Jackknife, Kraske, Canivete ou
Depage é uma modificação do decúbito ventral e é usada
para procedimentos proctológicos e de coluna lombar. Os
membros inferiores, o tórax e os membros superiores são
abaixados, de forma que o corpo fique fletido sobre a
mesa, mantendo-se a região a ser operada em plano mais
elevado.
Figura 2 - Posição de Jackknife, Kraske, Canivete
ou Depage.
Isto posto, vamos detalhar os itens da questão:
Item A. Incorreto. A posição de trendelenburg reversa é utilizada para elevação
da cabeça e pescoço e rebaixamento dos membros inferiores. É uma variação da
posição trendelenburg.
Item B. Correto. A posição de litotomia, postura não natural, tem grande potencial
para causar traumas ao paciente. A flexão extrema das coxas compromete a função
respiratória, pelo incremento na pressão intra-abdominal, com consequente diminuição
do volume pulmonar.
Item C. Incorreto. A posição de Jackknife, Kraske, Canivete ou Depage é uma
derivação da posição de decúbito ventral.
Item D. Incorreto. A posição decúbito dorsal é a mais frequente, pois reflete a
posição natural do corpo em repouso. Todavia, a posição prona é a ventral.
Item E. Incorreto. A posição supina é a decúbito dorsal. Por outro lado, a posição
ventral corresponde à posição em que o paciente se encontra com o ventre voltado para
a mesa cirúrgica, favorecendo o acesso às costas, necessário em cirurgias da coluna.
Deste modo, o gabarito é a letra B.
33. (IBC/AOCP/2012) Sobre as características da Úlcera Arterial de Membro Inferior,
assinale a alternativa correta.
a) Complicações da estase venosa, quase sempre estão localizadas no terço inferior da
perna um pouco acima do maléolo interno, as vezes no externo e no dorso do pé ou
mais raramente no terço médio da perna.
b) A quantidade de exsudação é variável, dependendo da extensão do edema no membro
inferior e a dor manifestada é moderada.
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c) Na área adjacente à úlcera pode-se notar uma hiperpigmentação (ou com os nomes
de: dermatite ocre, púrpura de Gougerot e Favre).
d) Presença de veias tortuosas e dilatadas e cicatrizes visíveis de úlceras anteriores. O
repouso do membro é de vital importância para o seu tratamento e cuidado.
e) Geralmente pequenas e arredondadas, de difícil cicatrização e extremamente
dolorosas sendo exceção os casos onde há associação com o diabetes.
COMENTÁRIOS:
As úlceras de origem venosa são uma das complicações da estase venosa e quase
sempre estão localizadas no terço inferior da perna um pouco acima do maléolo interno,
as vezes no externo e no dorso do pé ou mais raramente no terço médio da perna.
Convém citar que este tipo de úlcera tem um desenvolvimento rápido no início e que
resulta de uma lesão que pode ser necrótica dando lugar a um tecido amarelado e
fibroso dentro do qual podem ser observadas áreas de tecido de granulação de coloração
avermelhada, sendo o seu aspecto visual impressionante; suas bordas são elevadas, mas
raramente separadas; o fundo é plano e cianótico, mas quando a úlcera for de longa
duração elas costumam ter a aparência de um anel elevado sem sinais de epidermização,
a quantidade de exsudação é variável e depende da extensão do edema, o odor é
nauseante sendo a infecção local uma ocorrência frequente, a dor manifestada é
moderada, geralmente são únicas e circunscritas por um halo de celulite indurata. Na
área adjacente podemos notar uma hiperpigmentação (ou com os nomes de: dermatite
ocre, púrpura de Gougerot e Favre); presença de veias tortuosas e dilatadas e cicatrizes
visíveis de úlceras anteriores. Sabemos ainda que o tratamento farmacológico e o
repouso do membro são de vital importância para o tratamento e o cuidado das mesmas.
As úlceras por interrupção do fluxo arterial parcial e ou total ocorrem com
frequência nos dedos e nos pés, pois neste local as artérias são únicas e distais, portanto
com menores chances do desenvolvimento de plena e satisfatória formação de vasos
com a finalidade colateral para atender a demanda celular local. Nas pernas as lesões
aparecem geralmente relacionadas a traumatismos e quase sempre tendo associado o
diabetes, talvez haja essa predisposição por ser a perna uma região muito exposta a
lesões.
As úlceras arteriais exibem características tais como: profundidade variável,
circundada por pele de coloração avermelhada ou cianótica, pouco exsudativa, quando
presente geralmente a secreção é seropurulenta, o edema local é pequeno, com
coloração de fundo pálida ou negra devido a necrose, pouco profunda (rasa), fétida,
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rebeldes a tratamento, estacionárias ou progressivas, de dimensões pequenas e
arredondadas, de difícil cicatrização e extremamente dolorosas sendo exceção os
casos onde há associação com o diabetes, em que o paciente tem uma percepção
dolorosa prejudicada devido a neuropatia instalada. A área adjacente à pele geralmente
é pálida quando não há indícios de inflamação onde se torna avermelhada e seca
favorecendo assim a formação de fissuras que muitas vezes dão origem as lesões
teciduais da pele.
As assertivas A, B, C e D descrevem características das úlceras venosas. De forma
diferente, a letra E (gabarito) cita características das úlceras arteriais.
34. (Prefeitura da Estância Hidromineral de Poá-SP/VUNESP/2013) Na assistência
de enfermagem pós-operatória a pacientes submetidas à histerectomia vaginal, a
enfermeira
deve
estar
atenta
ao
aparecimento
de
complicações
potenciais
exemplificadas por
a) hematoma e linfedema dos pés.
b) hemorragia e dores fantasma.
c) Síndrome de Raynaud e linfedema de membros inferiores.
d) trombose venosa profunda e incontinência urinária.
e) neurite periférica e tromboflebite.
COMENTÁRIOS:
De acordo com estudos, as complicações da histerectomia vaginal, mais
frequentes, são lesão vesical, hematoma de cúpula, infecção e tromboembolismo
(trombose venosa profunda e incontinência urinária). A incontinência urinária de
esforço é a complicação tardia com significativa diferença na incidência quando se
comparam as diferentes técnicas15. Nesses termos, o gabarito é a letra D.
15
Histerectomia Vaginal: Uma Revisão Sobre Complicações e Métodos Profiláticos.
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Lista de Questões
1. (Prefeitura de Galinhos-RN/ACAPLAM/2011) Região especial do coração, que
controla a frequência cardíaca. Localiza-se perto da junção entre o átrio direito e a veia
cava superior e é constituído por um aglomerado de células musculares especializadas:
a) Feixe de His
b) Nódulo sinoatrial
c) Sistema de Purkinge
d) Válvula tricúspide
e) Válvula mitral
2. (UFG/2013) A insuficiência cardíaca (IC) é a insuficiência das câmaras esquerda
e/ou direita do coração que resulta em um débito insatisfatório para atender às
necessidades tissulares provocando congestão vascular e cardíaca. Além de monitorar
balanço hídrico nas 24 horas, manter o paciente em posição de Fowler na fase aguda e
monitorar a pressão arterial, as ações de enfermagem para indivíduos acometidos por
IC, quanto ao gerenciamento de líquidos, incluem a seguinte:
a) auscultar sons respiratórios.
b) administrar oxigênio.
c) administrar analgésico.
d) observar padrão intestinal.
3. (Prefeitura de Pontes de Lacerda-MT/FAPERP/2011) Na insuficiência cardíaca
congestiva, a disfunção do músculo cardíaco causa:
a) hipertrofia ventricular.
b) infarto agudo do miocárdio.
c) doenças degenerativas do miocárdio.
d) enfisema pulmonar.
4. (Prefeitura de Gramado-RS/FUNDATEC/2013) Sobre a prevenção clínica de
doença cardiovascular, cerebrovascular e renal crônica, leia as seguintes afirmativas:
I. A doença cardiovascular representa hoje, no Brasil, a maior causa de mortes.
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II. Mais importante do que diagnosticar no indivíduo uma patologia isoladamente, seja
diabetes, hipertensão ou a presença de dislipidemia, é avaliá-lo em termos de seu risco
cardiovascular, cerebrovascular e renal global.
III. Os principais grupos de risco para o desenvolvimento da doença renal crônica são
diabete mellitus, hipertensão arterial e história familiar.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
5. (Exército Brasileiro/EsFCEx/2011) Trata-se de um dos cuidados de enfermagem
prioritário para paciente com o diagnóstico de enfermagem de débito cardíaco
diminuído:
a) controle de diurese.
b) realizar pulsoterapia.
c) realizar curva térmica.
d) orientar aumento da ingesta hídrica.
e) orientar sobre os cuidados com o uso de marcapasso.
6. (Prefeitura de Montes Claros-MG/ UNIMONTES/2010) Em relação aos distúrbios
venosos agudos, podemos afirmar:
I. A tromboflebite superficial, via de regra, é um distúrbio de difícil diagnóstico: muitas
vezes é iatrogênico, decorrente de introdução descuidada de cateteres venosos ou má
manutenção dos locais de manipulação endovenosa.
II. As veias e as válvulas, permanentemente lesadas pela trombose venosa profunda,
diminuem o risco de outra trombose venosa profunda, embolia pulmonar e úlceras
venosas de estase.
III. A trombose venosa profunda é um distúrbio comum, mais entre as mulheres do que
entre os homens, e mais em adultos do que em crianças.
Marque a alternativa CORRETA.
a) Somente I e III estão corretas.
b) Somente I e II estão corretas.
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c) Somente II e III estão corretas.
d) Somente III está correta.
7. (Prefeitura de Ibiporã-PR/AOCP/2011) Relacione as colunas e, em seguida,
assinale a alternativa com a sequência correta.
Tipo de Angina
Definição/sintomas
1. Angina Instável.
( ) Os sintomas acontecem com o paciente em repouso,
sintomas com maior frequência e duração.
2. Angina Estável.
( ) A dor acontece aos esforços e é aliviada pelo repouso.
( ) Dor torácica grave e intratável.
3. Angina Refratária.
( ) Dor em repouso com elevação reversível do
seguimento ST (também chamada de Prinzmetal).
4. Angina Variante.
a) 2 – 1 – 4 – 3.
b) 1 – 2 – 3 – 4.
c) 1 – 2 – 4 – 3.
d) 3 – 4 – 2 – 1.
e) 4 – 3 – 1 – 2.
8. (Instituto Inês/AOCP/2012) A dor torácica é a apresentação clínica mais comum da
isquemia miocárdica ocorrendo em aproximadamente 80% dos casos. Sobre as
características da dor torácica e sintomas associados, assinale a alternativa correta.
a) Uma das características básicas da angina estável típica é o desconforto difuso,
retroesternal, não afetado por posição, movimento ou palpação, podendo irradiar para
ombros, braço esquerdo, braço direito, pescoço ou mandíbula.
b) A dor dos pacientes com SCA (síndrome coronariana aguda) tem características
semelhantes à da angina estável, mas os episódios são menos intensos e prolongados e,
normalmente, ocorrem nos esforços.
c) Entre os pacientes que apresentam angina pectoris, há três apresentações principais
que sugerem o surgimento de uma SCA uma delas é a angina de repouso com
geralmente menos de 20 minutos de duração.
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d) A angina estável típica não é aliviada pelo repouso nem pelo uso de nitrato
sublingual.
e) Angina em crescendo (maior frequência, maior duração ou ocorre com menor esforço
que em eventos anginosos prévios) descarta o aparecimento de uma SCA.
9. (Prefeitura de Paranavaí-PR/AOCP/2011) Sobre a síndrome coronariana aguda
(SCA) informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a
alternativa com a sequência correta.
( ) São sintomas atípicos da SCA: Mal estar, indigestão, dor epigástrica e sudorese,
principalmente em idosos e em portadores de diabetes mellitus (DM).
( ) A dor é localizada na região do hipocôndrio direito.
( ) A dor geralmente não se altera por posição, movimento ou palpação.
( ) O início da dor geralmente se dá em repouso.
a) V – V – V – V.
b) F – F – V – V.
c) V – F – V – V.
d) V – F – F – F.
e) F – V – F – V.
10. (Prefeitura de Machadinho D’Oeste-RO/FUNCAB/2012) Marque a alternativa de
acordo com a correta classificação do tipo de Angina de peito.
a) Angina estável: dor torácica intensa e incapacitante.
b) Angina intratável: dor previsível e consistente que ocorre sob esforço e é aliviada
pelo repouso.
c) Angina variante: evidência objetiva de isquemia, mas o paciente não relata sintomas.
d) Angina refratária: dor em repouso com elevação reversível do segmento ST.
e) Angina instável: também chamada de angina pré-infarto, o limiar para dor é menor e
a dor pode ocorrer em repouso.
11. (Assembleia Legislativa do Amazonas-MA/FGV/2013) A angina de peito é uma
síndrome clínica comumente caracterizada por episódios ou paroxismos de dor ou
pressão na região anterior do tórax. Os sintomas variam de acordo com o tipo de angina,
podendo ir desde um desconforto até a dor agonizante. A dor em repouso,
possivelmente causada pelo vasoespasmo da artéria coronária, é característica da
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a) angina estável.
b) angina instável.
c) angina refratária.
d) angina Prinzmetal.
e) isquemia silenciosa.
12. (Residência Multiprofissional em Saúde/UPE/2014) Quanto às doenças do
sistema cardiovascular, é CORRETO afirmar que
a) a doença de Chagas representa a terceira maior doença parasitária do mundo, a
infecção chagásica é uma das principais causas de cardiomiopatia dilatada.
b) a insuficiência cardíaca ocorre quando existem várias anomalias no músculo
cardíaco; é responsável pela falha da contratilidade cardíaca, sendo o sexo mais atingido
o feminino.
c) na angina estável, a dor é eventualmente mais intensa e com maior sensação de medo
e agonia, porém não cede em 30 minutos de repouso.
d) a base do IAM é a dor precordial atípica, iniciando no tórax, sob forma de
queimação, semelhante à angina.
e) na taquicardia ventricular, o tratamento consiste no uso de betabloqueador ou digital.
13. (Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Saúde Mental/UPE/2014)
Analise e responda:
I. Um infarto do miocárdio ocorre quando células do músculo cardíaco ficam privadas
de oxigênio devido a um inadequado suprimento de sangue pelas artérias coronárias.
II. Essas células ficam danificadas ou morrem, dependendo de quanto tempo dura a
interrupção da circulação sanguínea e do quanto do músculo cardíaco foi afetado pela
mesma.
III. Essas células mortas ou danificadas afetam o coração em sua capacidade de
contrair-se, limitando, assim, a sua habilidade de bombear o sangue para o corpo.
a) As três asserções são proposições verdadeiras.
b) A primeira asserção (I) é uma proposição verdadeira, a (II), uma proposição falsa, e a
(III), uma proposição verdadeira.
c) As asserções (I) e (II) são proposições verdadeiras, e a (III), uma proposição falsa.
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d) A primeira asserção (I) é uma proposição verdadeira, e as asserções (II) e (III),
proposições falsas.
e) As três asserções são proposições falsas.
14. (Residência Multiprofissional em Saúde/UPE/2014) Asma brônquica é uma
síndrome caracterizada por crises recorrentes de broncoespasmo em pacientes com
hiper-reatividade brônquica. No que se refere à asma brônquica, analise as afirmativas
abaixo:
I. As crises de asma brônquica são deflagradas por vários tipos de estímulos (alérgicos,
fumaça e poluentes, ar frio e seco, entre outros) e variam desde muito leves até graves e
potencialmente fatais.
II. A asma é caracterizada por crises, apenas, de dispneia e melhora com
vasodilatadores, sendo, na maioria dos casos, a crise identificada pelo próprio paciente.
III. O tratamento da asma pressupõe duas ações paralelas: a primeira, o controle das
crises, e a segunda, o tratamento de manutenção ou de profilaxia das crises.
Está CORRETO, apenas, o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) II e III.
e) I e III.
15. (HUOC/UPE/2013) Sobre a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), é
CORRETO afirmar que
a) é a DPOC a pneumopatia crônica mais comum, de caráter progressivo, decorrente da
evolução de uma bronquite crônica ou enfisema pulmonar.
b) acomete cerca de 10% da população e 50% dos adultos tabagistas; a relação com o
tabagismo é forte e quantitativa.
c) se deve suspeitar de todo paciente, sobretudo dos tabagistas com 40 anos de idade
que apresente tosse e dispneia progressiva.
d) a radiografia de tórax é muito sensível para detectar uma DPOC e nos casos de
hiperinsuflação com cúpulas rebaixadas.
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e) a gasometria arterial é indicada em todos os pacientes de DPOC e nos casos de
insuficiência respiratória significativa.
16. (Residência Multiprofissional em Saúde/UPE/2014) Sobre o Pneumotórax,
assinale a alternativa CORRETA.
a) O pneumotórax acontece quando a pleura parietal é rompida, e o espaço é exposto à
pressão atmosférica negativa.
b) Quando a pleura é rompida, o ar penetra no espaço pleural, e o pulmão é inflado.
c) O pneumotórax simples ocorre quando o ar escapa de uma laceração no próprio
pulmão e penetra no espaço pleural, através de uma ferida na parede torácica.
d) O pneumotórax hipertensivo, a respiração e a circulação são comprometidas por
causa da pressão intratorácica aumentada, o que diminui o retorno venoso ao coração.
e) Em um pneumotórax hipertensivo, a traqueia é deslocada para longe do lado afetado.
A expansão do tórax pode estar diminuída, os sons respiratórios estão diminuídos ou
ausentes, e o lado afetado, hipersonante.
17. (Prefeitura de Machadinho D’Oeste-RO/FUNCAB/2012) Entre os cuidados
contidos na Prescrição de Enfermagem para o paciente com Insuficiência Renal
Crônica, deve-se:
a) alterar o horário dos medicamentos de modo que eles sejam administrados
imediatamente antes das refeições.
b) incentivar lanches hipocalóricos e hipossódicos entre as refeições.
c) oferecer alimentos hiperprotéicos e ricos em potássio.
d) avaliar o estado hídrico: peso diário; balanço hídrico; turgor cutâneo e presença de
edema.
e) oferecer hidratação oral sem restrição.
18. (UNIOESTE-2013) Sr. Josias tem problema renal a mais ou menos 3 anos,
procurou o serviço de saúde onde identificou-se hipertensão. As causas da hipertensão
associadas com a insuficiência renal crônica incluem
a) hipoaldosteronismo.
b) sódio aumentado e retenção de água.
c) produção de renina diminuída.
d) produção de hormônio antidiurético diminuída.
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e) hipotireoidismo.
19. (Residência Multiprofissional em Saúde/UPE/2014) A Insuficiência Renal Aguda
(IRA) é uma síndrome de causa variável, que resulta em súbito declínio da função renal.
Sobre IRA, leia as afirmativas abaixo e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas.
( ) As causas pré-renais surgem de obstrução ou interrupção do fluxo urinário em
qualquer ponto, ao longo do trato urinário.
( ) Inicia-se quando o rim é lesado, dura várias horas ou dia. A fase diurética começa
quando o volume urinário de 24 horas excede 500 mL e termina quando os níveis de
ureia sanguínea e creatinina sérica deixam de aumentar.
( ) São manifestações clínicas das causas pré-renais: diminuição do turgor, ressecamento
da mucosa, perda de peso hipotensão, oligúria ou anúria, veias do pescoço colabadas e
taquicardia.
( ) Risco de Lesão devido ao sangramento gastrointestinal e Risco de Infecção devido a
alterações no sistema imunológico e nas defesas do hospedeiro são Diagnósticos de
Enfermagem na IRA.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.
a) F, F, V, F
b) F, V, F, V
c) F, V, V, V
d) V, V, F, V
e) V, V, F, F
20. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Referente à diálise peritoneal assinale a
alternativa incorreta.
a) A diálise peritoneal é indicada em pacientes que realizaram cirurgia abdominal
recente ou extensa, apresentam aderências abdominais ou estejam em estado gravídico.
b) Na maioria das vezes, a diálise peritoneal é indicada para pacientes graves que
necessitam de diálise, mas são incapazes de tolerar as alterações hemodinâmicas
associadas à hemodiálise.
c) A diálise peritoneal também pode ser realizada em uma unidade de terapia intensiva
em pacientes que já faziam uso de diálise peritoneal crônica e pacientes hospitalizados
com doença aguda.
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d) A diálise peritoneal é um tratamento mais lento e menos eficaz que a hemodiálise.
21. (UFSM/2013) O rim tem como principal função a regulação da composição
hidroeletrolítica dos líquidos corporais e a remoção dos produtos finais do metabolismo
do sangue. É correto afirmar que a assistência de enfermagem a pacientes em diálise
peritoneal intermitente compreende
a) controlar a pressão arterial e o pulso a cada 60 minutos na primeira troca.
b) introduzir mais 5 cm o cateter no abdômen, se este não estiver permeável.
c) realizar a monitorização renal por meio do balanço hídrico e da pesagem diária.
d) adicionar os antibióticos somente no dialisador, no caso de peritonite.
e) aumentar a velocidade do influxo da diálise, no caso de dificuldade respiratória do
paciente.
22. (HCFMB–UNESP/CAIPIMES/2013) Apesar de cada terapia dialítica apresentar
características únicas, todas requerem intervenções semelhantes. Assinale qual
alternativa não se refere à intervenção protocolar em terapia dialítica.
a) Monitorização cuidadosa da pressão arterial e avaliação do estado de coagulação.
b) Débito urinário e débito cardíaco.
c) Pressão de preenchimento capilar arterial e venoso.
d) Gerenciamento preciso dos fluidos e monitoramento do peso.
23. (UFSM/2013) Quanto aos distúrbios e procedimentos biliares, pode-se afirmar que
a) coledocotomia é a presença de cálculos na vesícula biliar.
b) colelitiase é a remoção da vesícula biliar.
c) coledocolitotomia é a abertura e drenagem da vesícula biliar.
d) colecistite é a inflamação da vesícula biliar.
e) coledocoduodenostomia é a anastomose do colédoco ao jejuno.
24. (Residência Multiprofissional em Saúde/UPE/2014) R.M, 55 anos, alcoolista
apresentou sinais e sintomas de úlcera péptica. Informa que esses sintomas começaram
a ficar mais presentes há 25 dias, quando foi adicionado medicação anti-inflamatória
para tratar uma lesão de ombro. Nesse caso, o enfermeiro deve orientar
a) quanto ao controle da medicação, informando que deve ser administrada pela manhã,
em jejum de 12 em 12 horas.
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b) que os AINES (anti-inflamatórios não esteroides) podem ser responsáveis por
aproximadamente 40% das lesões ulcerosas gástricas e, portanto, devem ser, nesse caso
específico, evitados.
c) a investigação do Helicobacter Pylori, uma bactéria gram positiva adquirida na
infância e adaptada à vida no estômago humano.
d) quanto à importância de se adquirirem hábitos saudáveis alimentares, consumindo
refeições balanceadas a cada 06 horas, a fim de evitar distensão abdominal.
e) para que os inibidores de bomba de prótons não sejam utilizados para o tratamento da
úlcera péptica.
25. (HEMOPE/UPE/2013) Varizes esofágicas são canais vasculares, que ligam a
circulação venosa portal com a venosa sistêmica, sendo uma das principais
consequências das hepatopatias crônicas. Sobre esse agravo, leia as afirmativas abaixo:
I. Boa parte dos pacientes com varizes esofágicas apresentarão hemorragia dentro do
primeiro ano de diagnóstico.
II. Os indicadores de ruptura de varizes esofágicas são vários, mas os mais importantes
são varizes calibrosas, presença de marcas vermelhas na superfície varicosa e grau
avançado de hepatopatia.
III. Os episódios de sangramento relacionados às varizes esofágicas são facilmente
controlados e não podem ser relacionados nem à alta mortalidade nem à severidade
da doença hepática subjacente.
IV. As varizes esofágicas são causadas pela pressão portal aumentada por causa da
maior resistência ao fluxo portal intra-hepático, provocando uma desorganização da
arquitetura do parênquima hepático.
Estão CORRETAS apenas
a) I, III e IV.
b) I, II e III.
c) I e III.
d) III e IV.
e) I, II e IV.
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26. (Residência Multiprofissional em Saúde/UPE/2014) Sobre as doenças do sistema
neurológico, analise as afirmativas abaixo:
I. A doença de Alzheimer é uma afecção degenerativa primária do cérebro, que acarreta
declínio funcional do SNC e perda gradual da autonomia nos indivíduos.
II. A doença de Parkinson é uma doença degenerativa crônica e progressiva, que
acomete, em geral, pessoas idosas.
III. A esclerose múltipla é uma doença do SNC, crônica, lentamente progressiva,
caracterizada por placas disseminadas de desmielinização da substância branca do nervo
óptico.
Está CORRETO o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) III, apenas.
27. (IBC/AOCP/2012) O período perioperatório compreende as fases
a) transoperatória imediata, pré-operatória mediata, pós-operatória imediata, mediata e
tardia.
b) pré-operatória mediata e imediata, transoperatória, recuperação anestésica e pósoperatória.
c) intraoperatória mediata, pré-operatória, período refratário e pós-operatória.
d) pré-operatória imediata, transoperatória, reabilitação anestésica.
e) cirúrgica propriamente dita, pós-operatória mediata e tardia.
28. (UFMT/2013) Relativo ao potencial de contaminação, as cirurgias se classificam
em limpas, potencialmente contaminadas, contaminadas e infectadas. A coluna da
esquerda apresenta a classificação das cirurgias e a da direita, os tipos de cirurgia.
Numere a coluna da direita em conformidade com a da esquerda.
Assinale a sequência correta.
1 – Limpas
( ) Colectomia e amigdalectomia
2 – Potencialmente contaminadas
( ) Neurocirugia e mastoplastia
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3 – Contaminadas
( ) Cirurgia de reto e ânus com pus
4 – Infectadas
(
)
Colecistectomia
e
histerectomia
abdominal
a) 2, 1, 4, 3
b) 4, 2, 3, 1
c) 3, 1, 4, 2
d) 3, 2, 1, 4
29. (UFPR-2013) No planejamento da assistência de enfermagem ao paciente cirúrgico,
é importante para o enfermeiro conhecer a informação do tipo de procedimento ao qual
foi submetido. Os procedimentos cirúrgicos costumam ser categorizados conforme a
urgência, o risco e a finalidade. Considere os seguintes procedimentos cirúrgicos:
1. Cirurgia para diagnóstico.
2. Cirurgia eletiva.
3. Cirurgia ablativa.
4. Cirurgia paliativa.
5. Cirurgia de emergência.
6. Cirurgia reparadora.
7. Cirurgia para transplante.
8. Cirurgia construtora.
9. Cirurgia de urgência.
Quais desses procedimentos cirúrgicos são classificados por finalidade?
a) 1, 5, 6, 7, 8 e 9 apenas.
b) 2, 3, 5, 7 e 9 apenas.
c) 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 apenas.
d) 1, 2, 4 e 9 apenas.
e) 1, 3, 4 e 8 apenas.
30. (Prefeitura de Machadinho d'Oeste-RO/FUNCAB/2013) Assinale a alternativa
que contém a correta classificação da categoria cirúrgica.
a) Eletiva – o paciente precisa fazer a cirurgia.
b) Opcional – o paciente deverá fazer a cirurgia.
c) Urgência – o paciente requer atenção podendo fazer a cirurgia dentro de algumas
semanas.
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d) Necessária – a decisão fica por conta do paciente.
e) Emergência – o paciente requer atenção imediata; o distúrbio pode ter risco para a
vida.
31. (Prefeitura de Colatina-ES/FUNCAB/2012) Faz parte das atividades de
enfermagem durante a fase pós-operatória:
a) instruir o paciente com outros membros da equipe de enfermagem.
b) estabelecer o acesso venoso.
c) colocar o dispositivo de aterramento no paciente.
d) descrever as limitações físicas.
e) verificar se as contagens de compressas, agulhas e instrumentos estão corretas.
32. (UFPE/2013) No procedimento anestésico, a posição do paciente é de fundamental
importância. Quanto às modalidades de posição do paciente na mesa operatória, é
correto afirmar que:
a) a posição de Trendelenburg reversa é utilizada para elevação dos membros inferiores.
É uma variação da posição ventral.
b) a posição de litotomia, postura não natural, tem grande potencial para causar traumas
ao paciente. A flexão extrema das coxas compromete a função respiratória, pelo
incremento na pressão intra-abdominal, com consequente diminuição do volume
pulmonar.
c) a posição de Jackknife, Kraske, Canivete ou Depage é uma derivação da posição de
decúbito dorsal.
d) a posição prona, ou decúbito dorsal, é a mais frequente, pois reflete a posição natural
do corpo em repouso.
e) a posição supina corresponde à posição em que o paciente se encontra com o ventre
voltado para a mesa cirúrgica, favorecendo o acesso às costas, necessário em cirurgias
da coluna.
33. (IBC/AOCP/2012) Sobre as características da Úlcera Arterial de Membro Inferior,
assinale a alternativa correta.
a) Complicações da estase venosa, quase sempre estão localizadas no terço inferior da
perna um pouco acima do maléolo interno, as vezes no externo e no dorso do pé ou
mais raramente no terço médio da perna.
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b) A quantidade de exsudação é variável, dependendo da extensão do edema no membro
inferior e a dor manifestada é moderada.
c) Na área adjacente à úlcera pode-se notar uma hiperpigmentação (ou com os nomes
de: dermatite ocre, púrpura de Gougerot e Favre).
d) Presença de veias tortuosas e dilatadas e cicatrizes visíveis de úlceras anteriores. O
repouso do membro é de vital importância para o seu tratamento e cuidado.
e) Geralmente pequenas e arredondadas, de difícil cicatrização e extremamente
dolorosas, sendo exceção os casos onde há associação com o diabetes.
34. (Prefeitura da Estância Hidromineral de Poá-SP/VUNESP/2013) Na assistência
de enfermagem pós-operatória a pacientes submetidas à histerectomia vaginal, a
enfermeira
deve
estar
atenta
ao
aparecimento
de
complicações
potenciais
exemplificadas por
a) hematoma e linfedema dos pés.
b) hemorragia e dores fantasma.
c) Síndrome de Raynaud e linfedema de membros inferiores.
d) trombose venosa profunda e incontinência urinária.
e) neurite periférica e tromboflebite.
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Gabarito
1. B
32. B
2. A
33. E
3. A
34. D
4. E
5. A
6. D
7. B
8. A
9. C
10. E
11. D
12. A
13. A
14. E
15. A
16. X
17. D
18. B
19. C
20. A
21. C
22. C
23. D
24. B
25. E
26. A
27. B
28. A
29. E
30. E
31. D
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