Monotherapy with Tadalafil or Tamsulosin Similarly

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Monotherapy with Tadalafil or Tamsulosin Similarly Improved Lower
Urinary Tract Symptoms Suggestive of Benign Prostatic Hyperplasia in
an International, Randomised, Parallel, Placebo-Controlled Clinical Trial.
Artigo comentado pelo Dr. Daniel Soares Freire
Doutor em Endocrinologia e Metabologia pela Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo
A hiperplasia prostática benigna (HPB) é uma proliferação nãoneoplásica das células epiteliais e musculares lisas da zona de transição da
próstata, levando ao aumento do órgão com seus sintomas típicos. A próstata
aumentada contribui para os sintomas urinários baixos de duas formas: obstrução
direta da via de saída da bexiga pelo tecido hiperplásico (componente estático) e
aumento do tônus da musculatura lisa da próstata, acarrentando obstruções fásicas
(componente dinâmico) (1).
O tratamento farmacológico da HPB inclui, tradicionalmente, duas
classes de medicamentos, usadas em monoterapia ou em associação: os alfabloqueadores e os inibidores da 5-alfa-redutase. Apesar de eficazes, estas
medicações se associam a potenciais efeitos adversos relacionados à função
sexual: os alfa-bloqueadores podem causar ejaculação retrógrada, enquanto os
inibidores da 5-alfa-redutase podem causar (ou agravar) disfunção erétil, redução de
libido e ginecomastia (2).
Os inibidores da fosfodiesterase 5 (PDE5), tratamento de primeira linha
na disfunção erétil (DE) (3), também têm papel no tratamento da HPB, e agem por
meio do relaxamento do tônus da musculatura lisa prostática, bem como do detrusor
e da uretra, facilitando assim o esvaziamento da bexiga. O óxido nítrico (NO) e as
fosfodiesterases também estão envolvidos em reflexos medulares relacionados ao
controle da micção, o que pode contribuir para o mecanismo de ação desta classe.
O unico inibidor da PDE5 aprovado para o tratamento da HPB é a tadalafila de uso
diário (5 mg) (2).
Oelke e cols. (4) conduziram um estudo clínico duplo-cego, randomizado
e controlado com objetivo de comparar a tadalafila com o placebo no tratamento da
HPB. Como objetivo secundário, a tansulosina foi incluída como comparador ativo,
por se tratar de uma droga frequentemente usada como monoterapia de primeira
linha na indicação. As doses de medicamentos utilizadas foram de 5 mg para a
tadalafila e 0,4 mg para a tansulosina.
Foram randomizados para um dos três braços de tratamento 511
homens com idade ≥45 anos e com diagnóstico de HPB há mais de 6 meses,
apresentando IPSS (International Prostate Symptom Score) ≥13 pontos e fluxo
urinário máximo (Qmax) entre 4 e 15 mL/s. O tempo de tratamento foi de 12 semanas
e as variáveis de eficácia estudadas foram o IPSS, o BII (BPH Impact Index, um
escore de qualidade de vida relacionado à HPB), o domínio de função erétil do IIEF
(International Index of Erectile Function), a avaliação do paciente e do investigador
sobre a eficácia do tratamento e as medidas urodinâmicas fluxo urinário máximo
(Qmax) e volume eliminado (Vvoid).
Como mostra a tabela 1, tanto a tadalafila quanto a tansulosina foram
superiores ao placebo em promover melhora dos sintomas de HPB e as medidas
urodinâmicas. Em contrapartida, apenas os pacientes tratados com tadalafila
apresentaram melhora da qualidade de vida em comparação com o placebo. Além
disso, na avaliação do paciente e do investigador sobre a eficácia do tratamento,
apenas a tadalafila foi estatisticamente superior ao placebo (P =0,001 para a
avaliação do paciente e P =0,004 para a avaliação do investigador).
Tabela 1. Impacto do tratamento com tadalafila, tansulosina ou placeno nos pacientes com hiperplasia
prostática benigna.
Variável
ΔIPSS
ΔIPSS QoL Index
ΔQmax (mL/s)
ΔVvoid (mL)
Grupos
Tadalafila
-6,3 ±0,5
-1,3 ±0,1
2,4 ±5,5
1,6 ±3,2
Tansulosina
-5,7 ±0,5
-1,1 ±0,1
2,2±4,1
1,3 ±3,0
Placebo
-4,2 ±0,5
-1,0 ±0,1
1,3 ±4,8
0,7 ±2,7
P vs. placebo
Tadalafila
Tansulosina
0,001
0,023
0,022
NS
0,009
0,014
0,002
0,023
Nos pacientes que reportavam vida sexual ativa (aproximadamente 60%
do total), observou-se aumento significativo no domínio de função erétil do IIEF em
relação ao basal nos pacientes tratados com tadalafila (4,0 ±1,0 ponto; P <0,001),
mas não naqueles que usaram a tansulosina (-0,4 ±1,0 ponto; P <0,699).
A frequência de eventos adversos foi semelhante entre os braços do
estudo. Com a tadalafila, os eventos mais importantes foram cefaleia (n =5),
nasofaringite (n =5), lombalgia (n =4), tontura (n =4) e dispepsia (n =4). Com a
tansulosina, os principais eventos reportados foram cefaleia (n =7) e tontura (n =6).
Neste estudo, tanto a tadalafila (5 mg/dia) quanto a tansulosina (0,4
mg/dia) demonstraram melhoras semelhantes em comparação com o placebo nos
sintomas da HPB. Este efeito já foi observado com 1 semana de tratamento e
persistiu por 12 semanas. Apesar do estudo não ter poder suficiente para comparar
os dois tratamentos ativos, já foi possível observar diferenças em qualidade de vida
e na percepção de eficácia pelo paciente e investigador, com resultados
favorecendo a tadalafila. Os efeitos positivos sobre a função erétil foram
observados, como era previsto, somente nos pacientes tratados com o inibidor da
PDE5, e foram consistentes com resultados de outros estudos, colocando a
tadalafila como uma interessante opção para o tratamento da HPB isolada ou nos
pacientes portadores de HPB associada a DE.
Referências
1.
2.
3.
4.
American Urological Association. (2010) American Urological Association
Guideline: Management of Benign Prostatic Hyperplasia (BPH).
Oelke, M., Bachmann, A., Descazeaud, A., Emberton, M., Gravas, S., Michel,
M. C., N'Dow, J., Nordling, J., de la Rosette, J. J., and European Association
of, U. (2013) EAU guidelines on the treatment and follow-up of nonneurogenic male lower urinary tract symptoms including benign prostatic
obstruction. European urology 64, 118-140
Eardley, I., Donatucci, C., Corbin, J., El-Meliegy, A., Hatzimouratidis, K.,
McVary, K., Munarriz, R., and Lee, S. W. (2010) Pharmacotherapy for erectile
dysfunction. The journal of sexual medicine 7, 524-540
Oelke, M., Giuliano, F., Mirone, V., Xu, L., Cox, D., and Viktrup, L. (2012)
Monotherapy with tadalafil or tamsulosin similarly improved lower urinary tract
symptoms suggestive of benign prostatic hyperplasia in an international,
randomised, parallel, placebo-controlled clinical trial. European urology 61,
917-925
CDS03OUT11
Tadalafila
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
Indicações: Tadalafila 5 mg: é indicado para o tratamento da disfunção erétil e para
o tratamento dos sinais e sintomas da hiperplasia prostática benigna (HPB) em
homens adultos incluindo aqueles com disfunção erétil. Tadalafila 20 mg: é indicado
para o tratamento da disfunção erétil. Contraindicações: a administração de
tadalafila 5 mg e 20 mg a pacientes que estão usando qualquer forma de nitrato
orgânico são contraindicadas. Tadalafila 5 mg e 20 mg não devem ser usados em
pacientes com conhecida hipersensibilidade à tadalafila ou a qualquer componente
do comprimido. Tadalafila 5 mg e 20 mg não são indicados para homens que não
apresentam disfunção erétil. Tadalafila 5 mg não é indicado para homens que não
apresentem sinais e sintomas de HPB. Advertências e precauções: Tadalafila 5 mg
e 20 mg: a segurança e a eficácia das combinações de tadalafila e outros inibidores
da PDE5 para disfunção erétil não foram estudadas. Priapismo foi relatado com os
inibidores da PDE5, incluindo a tadalafila. Pacientes que apresentem ereções com
duração de 4 horas ou mais devem ser instruídos para procurarem assistência
médica imediata. Tadalafila deve ser usada com cautela em pacientes que têm
condições que possam predispô-los ao priapismo (tais como anemia falciforme,
mieloma múltiplo ou leucemia), ou em pacientes com deformação anatômica do
pênis (tais como angulação, fibrose cavernosa ou doença de Peyronie). Os médicos
devem recomendar aos pacientes que interrompam o uso de inibidores de PDE5,
incluindo tadalafila, bem como a procurarem uma orientação especializada em
casos de diminuição ou perda repentina de audição. Tadalafila deve ser usada com
cautela quando prescrita para pacientes que tomam alfa-bloqueadores, como a
doxazosina, pois a administração simultânea pode levar a uma hipotensão
sintomática em alguns pacientes. Antes de prescrever tadalafila, os médicos devem
considerar cuidadosamente se seus pacientes com doença cardiovascular
preexistente podem ser afetados desfavoravelmente por tais efeitos vasodilatadores.
Tadalafila 5 mg: pacientes com suspeita de HPB devem ser examinados para
descartar a presença de carcinoma prostático. Gravidez e uso pediátrico: tadalafila 5
mg e 20 mg não são indicados para o uso em recém-nascidos, crianças e mulheres.
Uso geriátrico: indivíduos idosos sadios (65 anos ou mais) tiveram uma diminuição
do clearance de tadalafila, quando comparados a indivíduos saudáveis, de idades
entre 19 e 45 anos. Pacientes com doença cardiovascular: tadalafila 5 mg e 20 mg
não devem ser usados em homens com doença cardíaca, quando a atividade sexual
é desaconselhável. Pacientes com insuficiência hepática: tadalafila 5 mg e 20 mg
devem ser usados com cautela quando prescritos para pacientes com insuficiência
hepática grave. Pacientes com insuficiência renal: Tadalafila 5 mg: não é
recomendado o uso em pacientes com insuficiência renal grave.
Tadalafila 20 mg: em indivíduos com insuficiência renal, incluindo aqueles em
hemodiálise, a exposição à tadalafila (AUC) foi maior que em indivíduos saudáveis.
Este medicamento contém LACTOSE. Portanto, deve ser usado com cautela em
pacientes que apresentem intolerância à lactose. A eficácia deste medicamento
depende da capacidade funcional do paciente. Interações medicamentosas: não é
esperado que a tadalafila cause inibição ou indução clinicamente significante do
clearance de drogas metabolizadas pelas isoformas da CYP450. Cetoconazol e
ritonavir: aumentaram a exposição (AUC) da dose única de tadalafila. Embora
interações específicas não tenham sido estudadas, outros inibidores de protease do
HIV, como o saquinavir e outros inibidores da CYP3A4, tais como eritromicina e
itraconazol, provavelmente também aumentariam a exposição da tadalafila.
Rifampicina: reduziu a exposição (AUC) da dose única de tadalafila. Pode-se
esperar que a administração concomitante de outros indutores CYP3A4 também
possa diminuir as concentrações plasmáticas de tadalafila. Agentes antihipertensivos: tadalafila tem propriedades vasodilatadoras sistêmicas e pode
aumentar os efeitos hipotensores dos agentes antihipertensivos.
Agentes bloqueadores alfa-adrenérgicos: quando tadalafila foi administrada em
indivíduos sadios tomando doxazosina, houve um aumento dos efeitos hipotensores
da doxazosina. Álcool: tadalafila não afetou as concentrações alcoólicas e o álcool
não afetou as concentrações plasmáticas de tadalafila.
Antiácidos (hidróxido de magnésio/hidróxido de alumínio): a administração
simultânea de um antiácido e tadalafila reduziu a velocidade aparente de absorção
da tadalafila sem alterar a sua exposição (AUC).
Posologia: Tadalafila 5 mg: a dose recomendada de tadalafila é de 5 mg,
administrada uma vez ao dia, aproximadamente no mesmo horário, podendo ser
tomada independente das refeições. Tadalafila 20 mg: a dose máxima recomendada
de tadalafila é 20 mg, tomada antes da relação sexual e independente das refeições.
A frequência máxima de dose recomendada é uma vez ao dia. Tadalafila 20 mg
provou ser eficaz a partir de 30 minutos após sua administração, por até 36 horas.
Pacientes podem iniciar a atividade sexual em tempos variáveis em relação à
administração, de maneira a determinar seu próprio intervalo ótimo de resposta.
Reações adversas: Tadalafila 5 mg: Disfunção erétil - Reação comum (≥ 1% e <
10%): dor lombar, dispepsia, rubor facial, mialgia e congestão nasal. HPB - Reação
comum (≥ 1% e < 10%): cefaleia, dispepsia, mialgia, dor nas extremidades e refluxo
gastroesofágico. Tadalafila 20 mg: Muito comum (≥ 10%): dor de cabeça. Comum (≥
1% e < 10%): dor lombar, tontura, dispepsia, rubor facial, mialgia e congestão nasal.
Pós-comercialização: foram relatados casos de diminuição ou perda repentina da
audição em associação temporal com o uso de inibidores PDE5, incluindo tadalafila.
Não é possível determinar se estes eventos estão relacionados diretamente ao uso
de tadalafila, a fatores de risco subjacentes do paciente para a perda de audição,
uma combinação destes fatores ou a outros fatores. Registro MS - 1.1260.0189.
Venda sob prescrição médica. Documentação científica e/ou informações adicionais
à classe médica sobre o produto mediante solicitação. Para mais informações,
consulte a bula completa do produto ou o Serviço de Atendimento ao Cliente Sandoz
SAC 0800 4009192, e-mail: [email protected].
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