A Tecnologia disponível e Evolução do Saneamento Básico no Brasil

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A Tecnologia disponível e Evolução do
Saneamento Básico no Brasil
Sr. Valdir Folgosi – Presidente SINDESAM
Maio/2014
Índice
• ABIMAQ / SINDESAM
• Tecnologias para Tratamento de Água/Esgoto
• Reuso
• Lodo e Controle de perdas
• Formas de Contratações que ajudam a Tecnologia
• Conteúdo Local
•Conclusão
ABIMAQ/SINDESAM
• ABIMAQ
Fundada em 1937 , com mais de 4.500 empresas representadas
em 26 Câmaras Setoriais.
• SINDESAM
Sindicato Nacional de Equipamentos para Saneamento Básico e
Ambiental, atua há mais de 30 anos no setor e representa mais de
110 empresas associadas e mais de 10.000 empregos diretos.
• GUIA SINDESAM
Equipamentos e sistemas destinados ao tratamento de água e
efluentes;
Reuso de efluentes;
Controle de poluição atmosférica;
Tratamento, disposição de lodo e resíduos sólidos;
Desobstrução de tubulações;
Distribuição, adução e coleta;
Medição e controle.
A tecnologia se aplica em toda
cadeia produtiva
Água
Esgotos
Captação
Coleta
Compostagem
Tratamento
Tratamento
Incineração
Bombeamento
Processo físico-químico
Recuperação de água
Disposição de lodos
Elevatórias
Primário/Secundário
Controle de odores
Disposição de lodos
Terciário/Reuso
Resíduos Sólidos
Secagem Térmica
Secagem Solar
Incineração
Efeitos positivos da tecnologia de
inovação e que podem ajudar o setor de
saneamento
 Nossas associadas tem um compromisso com o meio ambiente, e são
lançados produtos e sistemas inovadores na busca de diminuir o
impacto ambiental.
 Melhorar os processos de tratamento buscando a diminuição dos custos
operacionais.
 Alta eficiência e busca constante da qualidade da água independente da
água bruta.
Desafios Futuros
Indústria é desafiada todos os dias a fazer mais com menos.
Tecnologias existem para atender estes desafios.
Por exemplo: Melhorar a produtividade dos processos,
aumentar a confiabilidade, eficiência e reduzir custos totais.
Tendências da Tecnologia para o
Tratamento de Água/Efluentes
Estação de tratamento de água e/ou efluentes são processos produtivos e
quando da sua implantação, devem ser avaliados.
Fatores econômicos como parte da sensibilização para avaliação:
 Custos de energia
Tecnologia
 Custos de produtos químicos
 Geração de lodos
 Perdas
Qualidade
Competitividad
e
 Espaço (maior x menor)
 Impacto ambiental (geração de odores)
 Desempenho/Eficiência
 Centralização x Descentralização
Preservação
do Meio
Ambiente
Segurança
Tendências da Tecnologia para o
Tratamento de Água
Evolução do tratamento de água:

Filtração
 Cloração
 Clarificadores
 Flotação
 Ultra violeta
 Ozônio
 Membranas e Filtração (MF/UF/OR)
 Oxidação avançada (Peróxido)
 Resinas de troca iônica
Tratamento de Água Potável e
Industrial com Tecnologia de Membranas
Ultrafiltração e Osmose Reversa
 Qualquer fonte: água de rio, de poço, municipal, mar...
 Sistema automatizado
 Compacto e elevada performance
Referências de plantas de
Osmose Reversa
Melbourne – Australia,
450,000 m3/day
Barcelona – Spain,
200,000 m3/day
Wadi Ma’In – Jordan,
135,000 m3/day
Al Dur – Bahrain,
218,000 m3/day
Perth – Australia,
143,000 m3/day
Tecnologias em Tratamento de
Esgotos
Evolução do tratamento de esgotos:
 Filtros biológicos
 Lagoas anaeróbicas e aeróbicas
 Lodos ativados e suas variações (sequenciais / bateladas / MBBR)
 Tratamento anaeróbio (UASB) seguida de lodos ativados
 Lodo ativado com remoção de nitrogenio e fósforo
 Tratamento por membranas (MBR)
Tendência: ETE´s construídas em edifícios de vários andares, praticamente
sem emissões de ruídos, gases, odores, com menor produção de resíduos
sólidos.
Tecnologias em Tratamento de
Esgotos
Tendências de Tecnologias para o
Tratamento de Esgotos



Substitui a clarificação convencional e a filtração.
Combina as características da separação física de uma membrana com o
tratamento biológico.
Produz um efluente de alta qualidade consistentemente.
Tratamento de Efluentes por MBR
(Membrane Bio Reactor)
MBR submerso
• Maior Remoção de Sólidos Suspensos (< 5 ppm SST)
• Maior Eficiência de Remoção de DQO
• Maior carga volumetrica comparado ao tratamento convencional
• VANTAGENS: -> Área necessária = cerca de 2,5 vezes menor do que
o tratamento convencional.
-> Possibilidade de reuso do efluente tratado.
Reutilização de efluentes e seu reuso
e o ciclo hidrobiológico
Reuso Industrial
Reuso na Agricultura
Efluentes
Precipitação
Descarga de
água de
superfície
Utilização na
área Municipal
Utilização
Industrial
Irrigação
Tratamento
de Água
Água
subterrânea
Tratamento de
Efluentes
Recarregar
águas
subterrâneas
* Cidades Sustentáveis: Usar a água de hoje sem afetar a água de amanhã
Desafios para os Grandes Centros
Urbanos
O uso das águas deve ser múltiplas, pois as exigências da sociedade
mudaram, como: abastecimento, controle de enchentes, geração de
energia, valorização urbanistas .
O conceito de que a água “vale ouro”, ou seja, deixa de ser custo e passa
a valorizar o sistema.
 Perdas devem ser recuperadas, reuso deve ser valorizado
 Despoluir é garantir a qualidade das águas e não apenas retirar
poluente, mas só é possível com a participação dos municípios e da
sociedade.
Reuso de Efluentes
 REUSO = tratar os efluentes domésticos e industriais para um nível
de qualidade superior, visando um uso nobre ao invés de descartá-la
no meio ambiente (mar, rio, etc).
 Significa transformá-los em um recurso alternativo, valioso para
diversos tipos de usos.
Situação Atual em nosso Estado (SP)
 Já estamos na fase de disputa pela água entre os Estados.
 São Paulo já enfrenta a escassez dos recursos hídricos.
 Indústrias estão cada vez mais cuidadosas em instalações nas regiões
com baixo recursos hídricos.
 Custos:
1/3 – ETD
2/3 – Rede/Captação
Escassez alavancando o Reuso
Convencional
Reuso de Efluentes
Efluentes
Industriais
Municipais
Tratamento
Equipamentos
Prod. Químicos
efluente
Descarga
Rio
Reuso
(Futuro)
Contaminantes
Efluentes
Industriais e
municipais
Separação
avançada do
efluente
Tratamento
Equipamentos
Químico
água
Reuso para
recarga Aquífero
Agricultura
Potabilização indireta
Uso industrial
Torre de Resfriamento
Valores: Energia/Sais/Minerais/Nutrientes
Reuso de Efluentes
Segmento
Municipal
Industrial
Óleo & Gás
(Resfriamento)
• Desafio
tecnológico
• Baixo
• Médio
• Alto
• Cliente
• Público
• Utilidades
• Refinarias
Menor dificuldade
Maior dificuldade
Tecnologia existe para superar desafios
Exemplos brasileiros de
tecnologias de Reúso
NOVO
EXISTENTE
(Sabesp)
INVESTIMENTO
SPE
INVESTIMENTO
QUATTOR
Estação de
Produção de Água
Industrial
EPAI - 650 l/s
Esgoto
Urbano
Tratamento
de Esgoto
Efluente
secundário
Cap.= 6000 l/s
EXISTENTE
(Recap +
Pólo)
Armazenagem
- Estação Elevatória
- Filtração
- Trat. Biológico
- Membranas
- Osmose Reversa
(parcial)
- Desinfecção
- Reservação (27 h)
Água de reuso
650 l/s
Ribeirão
dos
Meninos
Adutora
17 km
Capacidade 900 l/s
ETE-ABC (Heliópolis)
Estação
Elevatória
Alta Carga
650 l/s
Chaminé de
Equilíbrio
Conexão com rede de
distribuição existente
(aproveitamento parcial)
SÃO PAULO
SÃO CAETANO
SANTO ANDRÉ
PÓLO PETROQUÍMICO
Fonte : Foz/Sabesp
CENPES
Reuso de Efluentes
Drenagens Oleosas
(10 m3/h)
Esgoto Sanitário
(35 m3/h)
Purgas de Torres
(27 m3/h)
Tratamento
Primário (*)
MBR (***)
(45 m3/h)
---------------------
Reuso
(67 m3 /h)
Pré-Tratamento
(**)
+
OR (****)
22 m3/h)
(*) Reitrada de óleo e SS
(**) Retirada de SS e carga Orgânica residual
(***) Retirada de Carga Orgânica
(****) Retirada de SD
Referências de REÚSO de
Efluentes Domésticos
 Durban – África do Sul
– Fornecimento de água de Reuso para:
• Indústria de Papel e Celulose (37.000 m³/dia)
• Alimentação de Caldeiras de Refinaria (3.500 m³/dia)
Efluente
Secundário
ETE
Decantador
Decarbonatador
Filtro
Multimedia
Ozonização
Filtro
Carvão
Ativado
Granulado
Cloração
Reuso
Fonte : Veolia
Estação Experimental de Tratamento
de Denver, Colorado - Reuso Potável
Direto
Efluente Secundário sem Desinfecção
Ca (OH)2
CO2
Coagulação
Floculação
Decantação
Recarbonetação
Lagoa de
Retenção
Filtração
Rápida
Reciclagem da Água de Lavagem dos Filtros
Cloração
Ozonização
Extração de
Amônia
Osmose
Reversa
_
Cloração
Ozonização
Extração de
Amônia
Absorção
em Carvão
Ativado
Desinfecção
por Ultra
Violeta
Ultra
Filtração
Desinfecção
por
Dióxido de
Cloro
A história da água de Singapura
Conclusão sobre Reuso
 Introdução de Novos Processos e Operações Unitárias nas
Estações de Tratamento de Esgoto (Tratamento Avançado ou
Terciário)
 Introdução de Novos Processos e Operações Unitárias nas
Estações de Tratamento de Água
 Retenção na Bacia de Origem o Esgoto Tratado nesse nível, para reuso
potável em ETA´S com processos avançados.
Conclusão
Fatores essenciais para o sucesso do “REUSO”:
 Necessidade a longo prazo
 Planejamento
 Vontade Política
 Controle/Fiscalização
 Tratamentos Confiáveis
 Aceitação da sociedade
 Estudo econômico
 Incentico Fiscal
Tratamento de Lodos e Resíduos
Urbanos
ALTERNATIVAS DE
TRATAMENTO
Compostagem
Digestão
anaeróbia
Disposição em
aterros
sanitários
“Landfarming”
Incineração
Co-geração
Porque tratar o Lodo
Valorização de Lodos e Resíduos
Urbanos
Referências de Tratamento de
Biossólidos
Lakeview – Canada
Thermylis fluid bed incinerator,
4x 4166 kg S/h
Cubia en Grado (Asturia) – Spain
Heliantis solar dryer,
165 T MS/year
Jiangzu – China
3 lines Innodry biosolid dryer
300 T MS/day per unit
La Teste – France,
Innodry biosolid dryer,
Evaporation capacity:
1,600 kg/h
Warsaw – Poland
Innodry biosolid dryer
Evaporation capacity:
2 x 1,750 kg/h
Controle de Perdas
Controle de Perdas
Incrementar a disponibilidade de água





Redução de perdas reais
Instalação de Hidrometros
Válvula Redutora de Pressão
Valorizar o trabalho de CCO (Centro de Operação)
Reduções de Perdas
Receitas:





Melhorar o sistema de macro medição
Diminuir custos de produção (químicos e energia)
Melhora de instalação existente
Combater os fraudes
Contratos por Competência/ Performance
Dificuldades do Setor Público em
usar Tecnologias Proprietárias
Programas e
necessidade
Estudo de viabilidade
PROCEDIMENTO DA LEI 8666
PRAZO DE 6 A 8 ANOS
Projeto Básico
Projeto Executivo
Somente após aprovação
do projeto básico
Recursos Orçamentais
Edital de licitação de
obra
- Concorrência Menor Preço
- Preços Unitários de referência
Execução da obra
Operação / Manutenção
* Dificulta a contratação de tecnologias
Mudanças de Atitudes
 Permitir ao administrador “comprar soluções, onde a tecnologia
tem predominância em busca da eficiência e eficácia a partir de um
projeto conceitual qualificado.
O governo e as autarquias estaduais/municipais, devem encontrar
meios de incentivos que possibilitem estimular e utilizar novas
tecnologias, e não olhar só o menor preço.
Fomentar a inovação com políticos públicos incentivando as
empresas nacionais.
PPP (Estrutura Básica)
PPP
1
2
Setor Privado
Através de uma sociedade
de Propósito Específico
(SPE)
Estado/Público
Demanda
Garantia
dos
investidores
Desenvolve, constrói, mantém e
opera o ativo criado pelo tempo
do contrato
3
Mercado Financeiro
Provê Recursos
Locação de Ativos
Construção
Administração
Pública
Locação de ativos
SPE
(investidores)
Fiscalização
Pagamento Valor
Mensal de Locação
Constrói e
fornece
Agente Financeiro
Empresa de
Tecnologia/Construção
Nova fórmula de participação das empresas privadas - Espécie de “leasing” adaptada
a construção civil.
RDC – Regime Diferenciado de
Contratação
Criado com o objetivo de dar celeridade nas contratações das obras das Olimpíadas e da
Copa do Mundo foi estendido a todas as obras com recursos do PAC, inclusive as de
Saneamento.
Dentre as possibilidades de contratação o RDC permite A contratação integrada ou contratos
EPC,pratica usual da iniciativa privada e da Petrobras
MP 630/2013
• Maior Clareza para o uso da contratação integrada
I. Inovação tecnológica ou técnica;
II. Possibilidade da execução com diferentes metodologias; ou
III. Possibilidade de execução com tecnologias de domínio restito no mercado
Fonte: Ministério do Planejamento
Características do RDC
• Delega para a iniciativa privada a solução da engenharia
.Risco é transferida para a iniciativa privada que é renumerada para isto
Possui mecanismo de responsabilização da iniciativa privada atraves de seguros de
desempenho e engenharia
Incentiva o uso da tecnologia ,uma vez que permite a alternativa técnica e pode incluir a
operação e manutenção da mesma concorrência para comprovação de funcionamento
Não se tem aprovação de projeto durante a fase de execução
Dificuldade do Contratante pedir aditivo pois ele esta sendo remunerado pelo risco
Mudanças de Atitudes
Elaboração do edital com princípios de avaliação técnica e preço,
beneficiando o meio ambiente (menor impacto ambiental).
 O administrador deve poder comparar as características de qualidade,
rendimento, eficiência, durabilidade, consumo de energia, custo operacional,
enfim o ciclo de vida do sistema. Equalizar soluções diferentes analisando o
CAPEX e OPEX.
Brasília
Pleitos SINDESAM para obras
CONTEÚDO LOCAL
LEI – 12.349/2010
Margem de preferência para produtos e serviços manufaturados no Brasil.
Adotar o conceito de “Conteúdo Nacional” utilizado pelo BNDES dos princípios da
política industrial. “BRASIL MAIOR”
 Nas compras públicas, nas concessões públicas e nos financiamentos dos bancos públicos.
Exigir a contrapartida de conteúdo local mínimo, ao longo da cadeia produtiva por famílias
de bens de capital.
Outros Pontos (Gerais)
 Planejamento do setor com visão de longo prazo (PLANSAB)
 Projetos com qualidade
: Simplificação dos procedimentos de acesso ao desembolso CEF
O SETOR entenda a iniciativa privada como parceiro do ente público.
 Envolvimento da sociedade dos governantes (Estaduais, Municipais) e
do setor privado na luta pela universalização dos serviços.
 Redirecionamento da tributação
Conclusão
 O SINDESAM se propõe a discutir com a sociedade, a implementação da
modalidade compras por soluções aplicado ao Saneamento e coloca sua
experiência apoiada na atuação de suas associadas no fornecimento de
equipamentos e sistemas de tratamento para o Saneamento Básico e Ambiental
nos dois setores, Privado e Público.
 Enfatizamos que o princípio da atualização e eficiência deve ser uma busca
permanente na prestação do serviço público principalmente no ambiente de
competitividade atual.
 Lutamos também para maximizar a participação da indústria nacional de
tecnologia fabricantes de equipamentos (similar às melhores do MUNDO) na
implantação das obras de saneamento, ampliando a geração de emprego e
valorizando a mão de obra.
SINDESAM
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Av. Jabaquara, 2925 – 5º andar
Tel.: (11) 5582-6373
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www.abimaq.org.br/sindesam
Presidente
: Valdir Folgosi
Vice-Presidente
: Sylvio Andraus Junior
Diretor Executivo
: Primo Pereira
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