Jábali Aude revela curiosidades da restauração do Theatro Pedro II

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Jábali Aude revela curiosidades da restauração do
Theatro Pedro II
Durante os anos de 1991 e 1995, a Jábali Aude Construtora ajudou
a escrever a história do Theatro Pedro II.
07/10/2013 22:35:36
O valor de um carro popular de 1992 – US$ 7.000 na época – foi a quantia paga pelo famoso lustre
desenhado pela artista plástica Tomie Ohtake que embeleza o teto do Theatro Pedro II, lembra o
engenheiro civil Hélcio Elias Filho, da Jábali Aude, que fez parte do projeto de restauração e
modernização de um dos principais patrimônios de Ribeirão Preto.
Devido ao incêndio, o teto foi totalmente perdido. “Não tinha qualquer referência a ser seguida. Por
isso, resolvemos dar um choque de modernidade com o projeto da Tomie”, explica Hélcio, que na
época atuava como diretor de Planejamento e Custos da construtora Jábali Aude. Para conseguir o
efeito esperado pela artista plástica, foram necessários diversos ensaios, que contaram com a
participação de várias especialidades da construção civil, sendo muitos deles vindos de outros
estados como Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Antes do início do projeto de restauração, os profissionais da Jábali Aude visitaram outros teatros
brasileiros que já tinham sofrido alguma intervenção – o Teatro Municipal de São Paulo, Teatro
Municipal do Rio de Janeiro e Theatro São Pedro, de Porto Alegre. Os restauradores tiveram muito
trabalho até chegarem nas cores originais das paredes, portas e batentes do teatro. “Os profissionais
recortavam as paredes e batentes e retiraram camada por camada das tintas, até chegar às cores
originais utilizadas na pintura do teatro”, conta o engenheiro.
Na década de 1990, o Brasil não fabricava elevador de orquestra e não havia elevadores comuns
com pistão que empurravam o equipamento para cima. Devido às limitações do prédio, não foi
possível utilizar elevador com cabos – esse modelo ocuparia mais espaço do que o disponível e
seria necessário estender a fachada do teatro. “Diante dessas limitações, contratamos uma empresa
para trazer os elevadores da Inglaterra. Além disso, também acrescentamos o elevador de cenário,
que tem saída na lateral do Hotel Palace, na Rua Duque de Caxias”.
Os equipamentos de som, iluminação e acústica eram o que tinha de mais moderno na época. “A
cabine de força do teatro não era tão grande quanto precisava ser. Localizada no subsolo, tivemos
que ampliá-la para debaixo da esplanada do Pedro II. Foi necessária muita pesquisa para cada
serviço contratado”.
Além disso, há 20 anos no Brasil, as texturas para revestimento de paredes não eram tão
desenvolvidas, daí a necessidade de buscar pessoas com especialidades raras. Para a restauração
da fachada do edifício, profissionais de grandes centros foram trazidos. Durante os quatro anos de
trabalho, os profissionais tiveram que se adaptar e aprender outras funções. “Tivemos de formar um
exército de restauradores e desenvolver habilidades entre pintores, marceneiros e profissionais de
outras áreas”, diz Hélcio.
Com mais de um milhão de metros quadrados construídos em Ribeirão Preto e em diversas cidades
do interior paulista, o engenheiro Iskandar Aude, da Jábali Aude, elege a obra de reconstrução do
Theatro Pedro II como a mais significativa nos 38 anos de vida da construtora. “Inovamos em
métodos construtivos e temos imenso orgulho e satisfação em assinar um trabalho como este. A
longevidade do Theatro Pedro II, sua imponência após os anos de reforma são nosso maior prêmio”,
afirma.
Com a restauração, o Theatro Pedro II entrou novamente para o circuito nacional de óperas e
recebeu renomados artistas do Brasil e do exterior. Após a reforma, o Pedro II passou a ser o 2°
maior teatro do estado de São Paulo e o 3º maior teatro de ópera do Brasil, com 1.547 lugares. Em
maio deste ano, a Jábali Aude comemorou os 17 anos da entrega das chaves à prefeitura e à
população ribeirão-pretana e nesta terça (8), comemora os 83 anos de história do teatro.
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