modelo para elaboração e formatação de artigos científicos

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Edição 1, volume 1, artigo nº 1, Janeiro/Março 2015
ANÁLISE DOS EXERCÍCIOS DE CAWTHORNE E COOKSEY NO
EQUILÍBRIO DO IDOSO
Bruna Mello Chamma1
Professora do curso de Fisioterapia da Universidade Braz Cubas (UBC) Mogi das
Cruzes, SP - Brasil.
Verônica Letícia de Oliveira Alves2
Acadêmica do Curso de Fisioterapia de Fisioterapia da Universidade Braz Cubas –
(UBC) Mogi das Cruzes, SP – Brasil.
Resumo
A porcentagem de idosos na população mundial vem aumentando de forma abrupta
e, consequentemente, a elevação da incidência de doenças relacionadas a esse
período da vida. Um dos fatores que limitam hoje a vida do idoso é a perda do
equilíbrio. A reabilitação vestibular tem um papel fundamental no tratamento desses
idosos. Dentre os métodos de reabilitação, sobressaem-se os exercícios de
Cawthorne e Cooksey que promovem a sintomatologia e criam resposta adaptativa,
por um fenômeno de neuroplasticidade. Objetivo: Analisar a eficácia dos exercícios
de Cawthorne e Cooksey em idosos sedentários. Metodologia: Participaram do
estudo, 10 sedentários, com idades entre 60 e 75 anos. Destes 5 participaram do
grupo experimental onde foi aplicado os exercícios de Cawthorne e Cooksey e 5 do
grupo controle. Todos participantes foram avaliados no início e no final da pesquisa
com a Berg Balance Scale (BBS) e com o teste Timed Up and Go. Conclusão: O
estudo mostrou que idosos sedentários, porém saudáveis possuem um déficit de
1
2
Nome da IES, Departamento, Cidade-Estado, e-mail
Nome da IES, Departamento, Cidade-Estado, e-mail
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equilíbrio importante. No entanto os exercícios de reabilitação vestibular como os de
Cawthorne e Cooksey conseguem melhorar o equilíbrio desses idosos.
Palavras-chave: estimulação vestibular; equilíbrio; envelhecimento.
Abstract
The percentage of elderly in the world population has increased abruptly and hence
the increased incidence of diseases related to that period of life. One of the factors
that currently limit the life of the elderly is the loss of balance. Vestibular rehabilitation
plays a key role in the treatment of the elderly. Among the methods of rehabilitation,
stand up the Cawthorne and Cooksey exercises that promote the symptoms and
create adaptive response for a neuroplasticity phenomenon. General Objective: To
analyze the effectiveness of Cawthorne and Cooksey exercises in sedentary elderly.
Methodology: The study included 10 sedentary, aged between 60 and 75 years. 5
of these participated in the experimental group which was applied exercises of
Cawthorne and Cooksey and 5 in the control group. All participants were assessed at
the beginning and end of the study with the Berg Balance Scale (BBS) and the Timed
Up and Go test. Conclusion: The study showed that sedentary but otherwise
healthy seniors play an important balance deficit. However the exercises of vestibular
rehabilitation as the Cawthorne and Cooksey can improve the balance of these
seniors.
Keywords: vestibular stimulation; balance; aging.
Introdução
A melhoria das condições de saúde e a crescente expectativa de vida no
mundo, bem como no Brasil, acarretou no crescimento da população de terceira
idade1. A cada 10 indivíduos no mundo, um tem mais de 60 anos 2. Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2025, o Brasil será o sexto país do
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mundo em número de idosos3. Esse aumento significante da porcentagem de idosos
na população mundial mudou de maneira contundente as estratégias de abordagem
de suas doenças4.
Com o passar dos anos, o organismo humano passa por um processo natural
de envelhecimento, gerando modificações funcionais e estruturais no organismo,
diminuindo a vitalidade e favorecendo o aparecimento de doenças, sendo mais
prevalentes as alterações sensoriais, as doenças ósseas, cardiovasculares e o
diabetes1. Esta população de idosos tende a apresentar múltiplas comorbidades que
potencializam grandes síndromes geriátricas como queda, demência, imobilismo,
que comprometem a independência e a autonomia destes pacientes, gerando
incapacidades, fragilidade, institucionalização e morte5.
Um dos principais fatores que limitam hoje a vida do idoso é a perda do
equilíbrio1. O equilíbrio é a capacidade de manter a posição do corpo sobre sua base
de apoio, seja essa base estacionária ou móvel6. O sistema de equilíbrio do idoso é
afetado com a perda de neurônios e das células sensoriais vestibulares, limitações
das articulações, restrição da acuidade visual e comprometimento da cognição4.
A manutenção do equilíbrio requer uma complexa integração das informações
sensoriais advindas dos sistemas visual, somatossensorial e vestibular, relativas à
posição do corpo e a habilidade para gerar respostas motoras apropriadas para
controlar o movimento corporal7. O sistema visual tem um papel importante, pois
fornece informações sobre onde o corpo está, no espaço, a que velocidade está se
movendo
e
quais
obstáculos
provavelmente
encontrará6.
O
sistema
somatossensorial é composto por vários receptores que percebem a posição e a
velocidade de todos os segmentos corporais, seu contato com objetos externos,
inclusive o chão, e a orientação da gravidade8.
O sistema vestibular está localizado no ouvido interno 6. Ele é constituído por
três componentes: um sistema sensorial periférico, um processador central e um
mecanismo de resposta motora. O aparelho periférico consiste num conjunto de
sensores do movimento, as quais enviam informações ao sistema nervoso central,
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especialmente ao complexo nuclear vestibular e ao cerebelo, sobre a velocidade
angular da cabeça, a aceleração linear e a orientação cefálica em relação ao eixo
gravitacional. O sistema nervoso central processa esses sinais e os combina com
outras informações sensoriais, para estimular a orientação cefálica. A resposta do
sistema vestibular central é transmitida aos músculos extraoculares e à medula
espinhal para preparar dois reflexos importantes, o reflexo vestíbulo-ocular (RVO) e
o reflexo vestíbulo-espinhal (RVE). O RVO gera os movimentos oculares, os quais
permitem uma visão nítida enquanto a cabeça está em movimento. O RVE gera um
movimento corpóreo de compensação com o objetivo de manter a estabilidade
cefálica e postural e, dessa forma, evitar quedas9.
Os otólitos no sáculo e utrículo, um tipo de receptores do sistema vestibular,
registram forças associadas à aceleração. Eles reagem ao movimento cefálico linear
e à inclinação estática, em relação ao eixo gravitacional. Se a cabeça está inclinada,
esses receptores indicam a direção e extensão da inclinação10. Outro tipo de sensor
do ouvido interno são os canais semicirculares, compostos de três canais de meiocírculo alinhados com os três planos do corpo: frontal, sagital e horizontal. Eles
fornecem informações sensoriais sobre a velocidade, permitindo que o RVO produza
um movimento ocular cuja velocidade seja igual à do movimento cefálico. O
resultado desejado é que o olho permaneça imóvel no espaço durante o movimento
cefálico, possibilitando uma visão clara11.
Os neurônios dessas duas estruturas vestibulares têm influencias diretas
poderosas sobre os neurônios motores localizados na medula espinhal que ativam
os músculos e dessa forma contribuem substancialmente para o equilíbrio12. Com o
envelhecimento, os neurônios vestibulares diminuem tanto em número como em
tamanho da fibra nervosa, começando aproximadamente aos 40 anos. Pessoas com
mais de 70 anos podem ter uma perda de 40% das células sensoriais dentro do
sistema vestibular5.
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Nas últimas décadas, a Reabilitação Vestibular (RV) veio preencher uma
lacuna existente no tratamento de pacientes que apresentam alterações no
equilíbrio4. A melhora do quadro clínico pela RV é determinada por adaptações e
compensações neurais, substituições sensoriais, recuperação funcional dos reflexos
vestíbulocular e vestíbulo espinhal, condicionamento global, alteração do estilo de
vida e pelo efeito psicológico positivo que o fisioterapeuta exerce no paciente,
melhorando a qualidade de vida13.
Os exercícios de reabilitação vestibular são utilizados desde 1940 por
Cawthorne e Cooksey com bons resultados e atualmente são investigados por
diversos autores. A RV pode implementar subsídios para que novos rearranjos das
informações sensoriais periféricas aconteçam, permitindo-se que novos padrões de
estimulação vestibular necessários em novas experiências, passem a ser realizados
de forma automática. Este treino do equilíbrio seria capaz de promover melhoras nas
reações de equilíbrio14.
O objetivo desses exercícios é promover a estabilização visual e aumentar a
interação vestíbulo-visual durante a movimentação da cabeça, proporcionar melhor
estabilidade estática e dinâmica nas situações de conflito sensorial e reduzir a
sensibilidade individual durante a movimentação cefálica11.
O objetivo desse estudo foi analisar a eficácia dos exercícios de Cawthorne e
Cooksey em idosos sedentários.
Metodologia
O estudo experimental foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade
Braz Cubas, sob o protocolo nº 049/14.
Participaram do estudo 10 idosos sedentários com idades entre 60 e 75 anos.
Foram divididos em dois grupos: 5 participaram do grupo experimental onde foram
aplicados os exercícios e 5 do grupo controle. Os grupos, experimental e controle,
foram formados por ordem de chegada, sendo que os 5 primeiros selecionados
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formaram o grupo experimental e os 5 últimos o grupo controle. Todos os
participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido onde
concordaram em participar da pesquisa. O estudo foi realizado de janeiro a março
de 2015.
Critérios de exclusão: Portador de doenças ou sequelas neurológicas e
doenças cardíacas.
Critérios de inclusão: idosos sedentários que não apresentem nenhuma das
doenças e ou sequelas citadas nos critérios de exclusão.
Todos participantes foram avaliados no início e no final da pesquisa com a
Berg Balance Scale (BBS) que é um instrumento de avaliação funcional do equilíbrio
e com o teste Timed Up and Go que avalia a propensão à queda.
A Berg Balance Scale (BBS) é um instrumento de avaliação funcional do
equilíbrio. O teste consiste de 14 tarefas, cada uma categorizada em uma escala
ordinal de cinco pontos, que varia de zero (incapaz de realizar a tarefa) a cinco
(realiza a tarefa independente), baseada na qualidade do desempenho, necessidade
de assistência e no tempo de completar a tarefa. As pontuações das 14 tarefas são
somadas em uma pontuação total que varia entre 0 a 56 pontos, sendo a maior
pontuação relacionada a um melhor desempenho. É fácil de ser administrado e
seguro para pacientes idosos submetidos à avaliação. Atende a várias propostas
como descrição quantitativa da habilidade do equilíbrio, acompanhamento da
evolução clínica dos pacientes e avaliação da efetividade das intervenções
terapêuticas5.
O teste Timed Up and Go é utilizado para examinar a mobilidade funcional em
idosos debilitados. O teste requer que o individuo se levante, caminhe 3 metros, vire,
caminhe de volta e sente. Se o paciente levar até 20 segundos para completar a
tarefa, será considerado independente em suas atividades básicas do cotidiano, se a
tarefa for realizada num tempo maior que 20 segundos possuirá risco aumentado de
quedas e de dependência funcional2.
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Procedimentos
Os exercícios de Cawthorne e Cooksey foram aplicados apenas aos idosos
pertencentes ao grupo experimental. Estes caracterizam-se por um programa de
reabilitação vestibular e envolvem movimentos de cabeça, pescoço e olhos;
exercícios de controle postural em várias posições (sentado, em apoio bipodal e
unipodal, andando); uso de superfície de suporte macia para diminuição do input
proprioceptivo; exercícios com olhos fechados para abolição da visão 14.
Entre os períodos de avaliação os participantes do grupo experimental foram
submetidos aos exercícios de Cawthorne e Cooksey 3 vezes por semana, sendo
cada sessão composta por 40 minutos, durante 7 semanas. As sessões tiveram
início com 5 minutos de exercícios de alongamento, logo após 30 minutos de
Exercícios de Cawthorne e Cooksey, finalizando com mais 5 min. de exercícios de
alongamento. A pressão arterial (PA) foi aferida no início e no fim de cada sessão
com o objetivo de verificar as condições do indivíduo para a realização das
atividades.
Resultados
Comparando os resultados das avaliações dos 5 idosos que participaram do
grupo experimental, 4 subiram suas pontuações e 1 manteve a mesma pontuação
na BBS (Tabela 1). O participante 1 foi o que mais mostrou variação entre as
avaliações alcançando 7 pontos a mais na segunda avaliação. O paciente 2
manteve a mesma pontuação porém na primeira avaliação este já havia alcançado a
pontuação máxima da BBS, por isso não houve mudanças.
Tabela 1 - Pontuações da Avaliação Inicial (AI) e da Avaliação Final (AF) da Berg Balance Scale
(BBS) – Grupo experimental
Participantes 1
41
AI
48
AF
2
56
56
3
46
49
4
52
54
5
46
52
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Fonte: Pesquisa
No teste Timed Up and Go (Tabela 2) todos os participantes do grupo
experimental diminuíram o tempo de realização do teste. O paciente 1 foi novamente
quem mostrou mais melhoras diminuído 7 segundos para a realização do teste. O
paciente 2 que havia mantido a mesma pontuação na BBS, melhorou seu tempo no
Timed Up and Go, isso mostra que este também alcançou melhoras no equilíbrio.
Tabela 2 - Resultados do teste Timed Up and Go em segundos da Avaliação Inicial (AI) e da
Avaliação Final (AF ) – Grupo experimental
Participantes 1
30
AI
23
AF
2
16
15
3
25
20
4
23
21
5
27
21
Fonte: Pesquisa
Já os resultados das avaliações dos participantes do grupo controle: 3
diminuíram e 2 mantiveram as mesmas pontuações na BBS (Tabela 3). O paciente 6
foi o que mais diminuiu a pontuação passando de 47 para 44, embora tenha sido
pequena a variação, esta mostra que idosos sem nenhuma estimulação pode perder
o equilíbrio em pouco tempo. No entanto os pacientes 7 e 8 não tiveram alteração
entre as avaliações.
Tabela 3 - Pontuações da Avaliação Inicial (AI) e da Avaliação Final (AF) da Berg Balance Scale
(BBS) – Grupo controle
Participantes 6
47
AI
44
AF
7
49
49
8
49
49
9
52
50
10
47
46
Fonte: Pesquisa
E no teste Timed Up and Go (Tabela 4) 4 aumentaram e 1 manteve o mesmo
tempo para a realização do teste. O paciente 9 foi o que mais aumentou o tempo
para a realização do teste passando de 21 segundos da primeira avaliação para 25
segundos na segunda avaliação. O paciente 7 que na BBS não teve nenhuma
alteração, no teste Timed Up and Go aumentou 1 segundo para a realização do
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teste. Mesmo sendo pouca a diferença entre as avaliações do grupo controle 80%
dos pacientes tiveram mesmo branda uma piora no equilíbrio.
Tabela 4 - Resultados do teste Timed Up and Go em segundos da Avaliação Inicial (AI) e da
Avaliação Final (AF ) – Grupo controle
Participantes 6
23
AI
26
AF
7
24
25
8
21
21
9
21
25
10
28
30
Fonte: Pesquisa
Portanto houve uma melhora no equilíbrio dos idosos participantes do grupo
experimental enquanto que no grupo controle uns perderam e outros mantiveram o
mesmo equilíbrio.
O Grafico1 mostra a variação percentual das duas avaliações com a BBS no
grupo experimental. Na avaliação inicial a média foi de 48,2% na pontuação da BBS
e na avaliação final a média passou para 51,8% na pontuação. Ou seja, a pontuação
subiu 7,5% de uma avaliação à outra.
Gráfico 1 - Média da pontuação do grupo experimental na BBS
Fonte: Pesquisa
O gráfico 2 mostra a diferença porcentual entre as avaliações com teste Timed Up and
Go, na avaliação inicial a média foi de 24,2 segundos para a realização do teste e na avaliação
final a média para a realização do teste passou para 20 segundos. A melhora média foi de 17,4% segundos.
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Gráfico 2 - Média do tempo do grupo experimental no teste Timed Up and Go
Fonte: Pesquisa
O gráfico 3 mostra que depois de meses entre a avaliação inicial onde a média
foi 48,8 de pontuação na BBS e a avaliação final com média de 47,6 na pontuação,
houve um decréscimo de -2,5% na pontuação média do grupo controle.
Gráfico 3 - Média da pontuação do grupo controle na BBS
Fonte: Pesquisa
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O gráfico 4 mostra que na avaliação inicial a média do tempo para a realização do
teste Timed Up and Go foi de 23,4 segundos e na avaliação final a média para a
realização do teste passou a ser 25,4 segundos, aumentando 8,5% do tempo.
Gráfico 4 - Média do tempo do grupo controle no teste Timed Up and Go
Fonte: Pesquisa
Discussão
No presente estudo foi avaliada a eficácia dos exercícios de Cawthorne e
Cooksey, comparando o equilíbrio de 5 idosos que realizaram 20 sessões de
reabilitação vestibular com o equilíbrio de 5 idosos que não tiveram nenhuma
intervenção vestibular. As avaliações foram feitas através da BBS e do teste Timed
Up and Go, ambos são utilizados para avaliar o equilíbrio em idosos.
Os resultados mostraram uma variação entre as pontuações dos dois grupos,
e essa variação foi positiva para o grupo experimental, confirmando as expectativas
de autores como Ribeiro e Pereira (2005) que sugerem a melhora no equilíbrio com
a aplicação de exercícios de estimulação vestibular em idosos saudáveis, uma vez
que estes indivíduos realmente apresentaram melhoras significativas.
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A BBS e o Timed Up and Go mostraram-se sensíveis para detectarem
alterações no equilíbrio em idosos saudáveis, estes são bastante utilizados pois são
de fácil aplicação e possuem baixo custo, por isso autores como Pavam (2007),
indicam ambos para avaliação do equilíbrio e do risco de quedas em idosos
Com o avançar da idade os idosos vão perdendo o equilíbrio. Gazzola e
Perracini (2006) afirmam que idosos saudáveis avaliados pela BBS apresentam um
déficit de equilíbrio importante, tal teoria é comprovada no presente estudo onde os
resul mostram que 90% dos idosos avaliados com a mesma, apresentaram déficit de
equilíbrio.
Zanardini e Zeigelboim (2007) relatam que os exercícios vestibulares são de
extrema importância, pois possuem caráter tanto preventivo como curativo. Nosso
estudo comprovou esse relato, pois dos participantes que participaram do grupo
experimental 80% melhoraram sua pontuação na BBS o que mostra o caráter
curativo dos exercícios de reabilitação vestibular e 20% mantiveram a mesma
pontuação mostrando aqui o caráter preventivo destes exercícios.
A técnica de reabilitação vestibular proposta por Cooksey e Cawthorne na
Inglaterra em 1940, tem como objetivo tratar os distúrbios vestibulares, baseados em
mecanismos de habituação, substituição e adaptação, implementando novos
arranjos nas informações sensoriais periféricas, permitindo novos padrões de
estimulação vestibular necessários para realização das atividades de forma
automática e precisa. O treinamento dessas funções torna mais eficiente as reações
de equilíbrio.
No Brasil, nos últimos anos, a reabilitação vestibular tem sido muito utilizada
e seus protocolos têm sido diversificados e personalizados às necessidades dos
pacientes portadores de vestibulopatias.
Muitos estudos vêm sendo realizados nesta área, buscando a melhor
aplicação das técnicas e dos resultados por eles obtidos, nas disfunções
proporcionadas pelos déficits vestibulares. Os bons resultados desses estudos vêm
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fazendo com que a reabilitação vestibular seja considerada o melhor tratamento nos
distúrbios de equilíbrio da terceira idade.
Jurkiewicz e Marques (2007) realizaram um estudo com 8 idosos de idades
entre 63 e 82 anos. Foram aplicados os exercícios de Cawthorne e Cooksey durante
oito semanas, duas vezes ao dia, na Unidade Asilar, com duração de dois meses.
Houve melhora significativa na avaliação dos aspectos físico e funcional após
aplicação dos exercícios de reabilitação vestibular.
Peres e Silveira (2010) realizaram um estudo em uma instituição de idosos da
região metropolitana de Porto Alegre (RS), participaram desse estudo 21 idosos,
estes realizaram os exercícios de Cawthorne e Cooksey 60 minutos por dia, duas
vezes por semana durante noventa dias. Neste estudo contatou-se a efetiva melhora
dos sintomas de alteração de equilíbrio em idosos após a reabilitação vestibular.
Ribeiro e Pereira (2005) em seu estudo onde 30 idosas saudáveis foram
submetidas aos exercícios de estimulação vestibular de Cawthorne e Cooksey, três
vezes por semana, durante sessenta minutos por nove semanas, comprovaram que
há melhora no equilíbrio e na possibilidade de sofrer quedas com a aplicação de
exercícios de estimulação vestibular em idosos. Nosso trabalho teve os mesmos
resultados, comprovando então a eficácia da reabilitação vestibular, pois dos 5
idosos participantes do grupo experimental, todos mostraram uma melhora no
equilíbrio após a intervenção.
De acordo com Bittar o tempo médio recomendado para a avaliação da
evolução de um paciente submetido à reabilitação vestibular é de 9 semanas, porém
embora no presente estudo tenha sido apenas 7 semanas de intervenção, obteve-se
uma melhora significativa e a mesma ocorreu pelo interesse dos participantes aos
exercícios que além de realizarem a terapia três vezes por semana, foi relatado
pelos parentes que estes praticavam em casa os exercícios e uns mais de uma vez
ao dia.
No grupo controle houve uma caída na pontuação de uns indivíduos, isso
mostra que mesmo por um pequeno período o idoso pode perder equilíbrio o que
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comprova a importância de exercícios de reabilitação vestibular assim como os
exercícios de Cawthorne e Cooksey para indivíduos idosos.
Nos dias atuais há uma grande preocupação com idosos já que a perspectiva
de vida vem aumentando ano após ano, porém em relação á reabilitação vestibular
há poucos estudos. Este trabalho comprova a grande importância de se investir
nesta área, pois a melhora do equilíbrio em idosos proporciona-lhes uma maior
independência, diminui os gastos com idosos hospitalizados por consequência de
quedas e dá a eles uma melhor qualidade de vida. E como aproximadamente saos
40 anos os neurônios vestibulares diminuem em número e em tamanho da fibra
nervosa, há uma extrema importância de começar a reabilitação vestibular o mais
cedo possível, prevenindo assim um déficit de equilíbrio muito maior na terceira
idade.
Conclusão
O estudo mostrou que idosos sedentários, porém saudáveis, possuem um
déficit de equilíbrio importante, o qual pode levar esses indivíduos a terem suas
atividades diárias limitadas, e também correrem risco de quedas. Porém os
exercícios de reabilitação vestibular como os de Cawthorne e Cooksey conseguem
melhorar o equilíbrio desses idosos. O estudo também nos mostra que por um curto
período esses idosos podem perder o equilíbrio. Tais resultados apontam para a
enorme importância de idosos praticarem exercícios de reabilitação vestibular ou
qualquer atividade que promova o desiquilíbrio estimulando assim os sistemas
responsáveis pelo equilíbrio. Como o presente estudo contou com poucos
participantes, são necessários mais estudos com um maior número de idosos.
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Anexos
Anexo I: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TÍTULO DA PESQUISA: Análise dos exercícios de Cawthorne e Cooksey no
equilíbrio do idoso
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Eu,____________________________________________________________,
idade:______, RG:__________________________, Endereço
Completo:___________________________________________________________
____________, Telefone: ( ) _______________________,
Email:_______________________, abaixo assinado, dou meu consentimento livre e
esclarecido para participar como voluntário do projeto de pesquisa supracitado, sob
responsabilidade do pesquisador Verônica Letícia de Oliveira Alves e do
Pesquisador/Orientador Bruna Mello Chamma, membros do Curso de Fisioterapia.
Assinando este Termo de Consentimento, estou ciente de que:
1. O objetivo da pesquisa é verificara eficácia dos exercícios de Cawthorne e
Cooksey em idosos entre 60 e 75 anos de idade;
2. Durante o estudo serão realizados os seguintes procedimentos:
Todos participantes serão avaliados no início e no final da pesquisa com a Berg
Balance Scale (BBS) que é um instrumento e avaliação funcional do equilíbrio e com
o teste Timed Up and Go que avalia a propensão à quedas.
Entre os períodos de avaliação os participantes do grupo experimental serão
submetidos aos exercícios de Cawthorne e Cooksey 3 vezes por semana, sendo
cada sessão composta por 40 minutos, durante 6 semanas. As sessões terão início
com 5 minutos de exercícios de aquecimento e de alongamento, logo após 30
minutos de Exercícios de Cawthorne e Cooksey, finalizando com mais 5 min. de
exercícios de alongamento e de relaxamento. A pressão arterial (PA) será aferida no
início e no fim de cada sessão com o objetivo de verificar as condições do indivíduo
para a realização das atividades;
3. Durante alguns exercícios o paciente pode sentir tonturas e ou caírem, caso isso
ocorra o serviço de Pronto Socorro será acionado;
4. Minha participação neste estudo poderá acarretar benefício terapêutico;
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5. Obtive todas as informações necessárias para poder decidir conscientemente
sobre a minha participação na referida pesquisa;
6. Estou livre para interromper a qualquer momento a minha participação na
pesquisa;
7. A interrupção da minha participação não causará prejuízo ao meu eventual
atendimento, cuidado e tratamento pela equipe responsável;
8. Meus dados pessoais serão mantidos em sigilo. Os resultados gerais, obtidos
através da pesquisa, serão utilizados apenas para alcançar o objetivo do trabalho
exposto acima, incluída sua publicação na literatura científica especializada;
9. Caso surja alguma intercorrência, deverei procurar o serviço de Pronto Socorro e
solicitar que o mesmo contate o (a) responsável pela pesquisa;
10. Poderei contatar o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Braz Cubas
para apresentar recursos ou reclamações em relação à pesquisa através do telefone
(11) 4791- 8182, com o Prof. Claudio Osíris de Oliveira;
11) Poderei entrar em contato com o responsável pelo estudo, Prof. (a) Bruna Mello
Chamma, sempre que julgar necessário pelo telefone: (11) 4791-8008;
12) Este Termo de Consentimento é feito em duas vias sendo que uma
permanecerá em meu poder e a outra com o pesquisador responsável.
Guararema, _______ de ____________________ de 2015.
------------------------------------------------------------------------------------------Nome completo e assinatura do Voluntário ou do Responsável Legal
-------------------------------------------------------------------------------------------Nome completo e assinatura do Pesquisador Responsável pelo Estudo
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Anexo II – Escala de Equilíbrio de Berg
Fonte: Scientific Electronic Library Online. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-86922008000200001&script=sci_arttext Acesso em:
30, maio 2014.
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Anexo III: Timed Up and Go Test
Fonte: DEPARTAMENTO de Fisioterapia da Universidade de South. Alabama, 2000. Disponível
em:
< http://www.rehab.research.va.gov/jour/00/37/1/wall.htm>. Acesso em: 30, maio 2014.
Anexo IV: Exercícios de Cawthorne e Cooksey
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Anexo IV: Exercícios de Alongamento
Fonte:
FISIOLOGIA
do
Exercício,
Porto
Alegre
RS,
2013.
Disponível
em:
<http://fisioterapiafisioex.blogspot.com.br/2013/05/alongamento-e-flexibilidade.html>. Acesso
em: 30 Agosto 2014.
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