Quanto que a Eliminação do Déficit Hídrico Poderia Aumentar a Produtividade da Cana no Brasil? Prof. Dr. Paulo C. Sentelhas Depto. de Engenharia de Biossistemas ESALQ - Universidade de São Paulo Ribeirão Preto, SP – Julho de 2012 Tópicos da Apresentação Base fisiológica da produtividade agrícola Tipos e Níveis de Produtividade: fatores determinantes, limitantes e redutores Outros fatores que afetam a produtividade da cana-deaçúcar Incremento de produtividade da cana-de-açúcar Deficiência hídrica x Produtividade da Cana-de-Açúcar O papel da irrigação no incremento de produtividade da Cana-de-Açúcar Quanto a eliminação do déficit hídrico poderá aumentar a produtividade da cana-de-açúcar ? Considerações Finais Base Fisiológica da Produtividade Agrícola Efeitos do Ambiente na Produção Agrícola Energia Rad. Solar Turno de Trabalho Fotoperíodo Matéria Prima CO2 e Água Indústria – Plantas Temperatura Matéria Prima Nutrientes e Água Processo – Fotossíntese Produto Base Fisiológica da Produtividade Agrícola Clorofila Fotossíntese [CH2O]n + 6O2 6CO2 + 6H2O + RS Fotossíntese bruta (Fb) RS H2O /O2 CO2 Atm Crescimento (C ou FL) Fitomassa (F) Resp.Manutenção (RM) Resp.Cresc.(RC) Eficiência de Conversão de Carboidratos Solo H2O e Nutrientes Estômato - regula a transpiração (saída de água) e a fixação de CO2, que são controlados pela RS, T, UR, Vel.Vento e Disp. Água Solo ECC = F/C Cana ECC = 0,78 Soja ECC = 0,53 Taxa de Crescimento da Cultura TCC = ECC (Fb - RM) Base Fisiológica da Produtividade Agrícola TCC = ECC (Fb - RM) Espécie Fb RS, T, N, CO2, Disp. água no solo Cana (C4) T, idade e tamanho da planta Fb RM FL Soja (C3) RS e/Vento Transpiração Água no solo T Deficiência Hídrica Fechamento dos estômatos Redução na fixação de CO2 Redução da Fb e FL Tipos e Níveis de Produtividade Tipo de Produtividade Fatores Determinantes, Limitantes e Redutores Fatores determinates RS, Espécie, Tar, N Produtividade Potencial Fatores limitantes Prod. Atingível Fatores redutores Prod. Real Nível de Produtividade CAD, Disp. Água (P-ET) e Fertilidade do solo Doenças, pragas e plantas invasoras (T, UR, P e DPM) Tipos e Níveis de Produtividade Fatores Determinantes, Limitantes e Redutores Fatores determinates Tipo de Produtividade Prod. Atingível c/ Irrigação = Prod. Potencial Prod. Real c/ Irrigação (MO) Fatores relacionados ao Manejo da Cultura e ao Manejo da Irrigação Prod. Real c/ Irrigação (MD) Prod. Atingível Sequeiro Prod. Real Sequeiro (MO) Prod. Real Seq. (MD) RS, Espécie, Tar, N + Irrigação Fatores limitantes CAD, Disp. Água (P-ET) e Fertilidade do solo Fatores Redutores relacionados exclusivamente ao Manejo da Cultura Nível de Produtividade MO = Manejo Ótimo MD = Manejo Deficiente Outros fatores que afetam a produtividade da cana-de-açúcar Cedido por N.P.Cardozo/Raízen Fenômenos como a geada e o florescimento, assim como a variedade, o tipo de cana (planta ou soca), o ciclo de maturação (precoce, média e tardia), a densidade populacional, a idade do canavial e o número de meses do corte afetam a PP Outros fatores que afetam a produtividade da cana-de-açúcar Enquanto que a ocorrência de pragas e doenças afetam a PR Outros fatores que afetam a produtividade da cana-de-açúcar O ambiente de produção, ou seja, fatores relacionados à CAD e à fertlidade do solo afetam a PA Outros fatores que afetam a produtividade da cana-de-açúcar Compactação do Solo devido ao uso intenso de máquinário pode levar à redução da CAD e, portanto, da PA Outros fatores que afetam a produtividade da cana-de-açúcar O déficit hídrico do local e a lâmina de irrigação a ser aplicada irão afetar a disponibilidade hídrica do solo Bom Jesus de Goiás, GO - (1977 a 2006) 100 DEF(-1) EXC 75 50 mm EXC = 292,4 mm Produtividade x Irrigação 25 Pmin Produtividade afetada pelo déficit hídrico Lâmina ótima Lâmina de irrigação (mm) -25 Dez_2 Nov_3 Nov_1 Set_3 Out_2 Set_1 Jul_3 Ago_2 Jul_1 Jun_2 Mai_3 Mai_1 Abr_2 Mar_3 Mar_1 Jan_3 DEF = 510,7 mm -50 Fev_2 Produtividade afetada pelo excesso de água: lixiviação, erosão, alteração microclima. Pmax Jan_1 Produtividade (Kg/ha) 0 Outros fatores que afetam a produtividade da cana-de-açúcar A lâmina efetiva e o intervalo entre irrigações dependem do sistema e do manejo de irrigação a serem adotados, o que irá afetar a disponibilidade de água no solo e, portanto, a produtividade dos canaviais Incremento de produtividade da cana-de-açúcar Portanto, a produtividade da cultura da cana-de-açúcar é resultado de uma complexa interação entre todos os fatores que afetam o sistema agrícola, desde os fatores determinantes, impostos pelo clima, até os fatores redutores, associados ao manejo da cultura (tratos e irrigação). Sendo assim, o incremento de produtividade dos canaviais em função da aplicação de água não dependerá somente do correto manejo da irrigação, mas também do manejo da cultura adaptado às condições de canaviais irrigados, que são diferentes dos canaviais de sequeiro. Variedades mais responsivas à irrigação Espaçamento mais adequado Sistema mais adequado para cada tipo de solo, relevo e disponibilidade de água Irrigação com déficit Nutrição da cultura Balanço entre Prod. e ATR Deficiência hídrica x Produtividade da Cana-de-Açúcar Para se avaliar o efeito do déficit hídrico na produtividade da cana-deaçúcar vários aspectos tem que ser considerados, de modo que não haja interferência de fatores relacionados ao manejo da cultura na relação entre a DEFICIÊNCIA HÍDRICA e a PRODUTIVIDADE de COLMOS. Para tanto, a melhor maneira de se avaliar o efeito do déficit hídrico na produtividade da cana é por meio de modelos de simulação, os quais, desde que devidamente ajustados para as condições de manejo da cultura, poderão indicar o incremento de produtividade a ser obtido de acordo com as lâminas de irrigação a serem aplicadas. Modelo de Simulação da Cultura Calibração para as condições locais Simulações para Séries Históricas Determinação da Relação DEF x PROD Deficiência hídrica x Produtividade da Cana-de-Açúcar Estimativa da Produtividade Potencial Modelo da Zona Agroecológica Estima a Produtividade Potencial Bruta Padrão Método da Zona Agroecológica (FAO 33, 1994) PPBp [kg MS ha-1 dia-1] Conceito É a Massa Seca (MS) produzida por uma cultura padrão, cobrindo totalmente o terreno (IAF = 5), tendo a radiação solar, o fotoperíodo e a temperatura como fatores limitantes. Deficiência hídrica x Produtividade da Cana-de-Açúcar Estimativa da Produtividade Potencial Bruta Padrão PPBp [kg MS ha-1 dia-1] PPBp = PPBc + PPBn PPBc = Prod. no Período de Céu Claro PPBn = Prod. no Período de Céu Nublado Deficiência hídrica x Produtividade da Cana-de-Açúcar PPBp = PPBc + PPBn PPBc =Prod. Potencial no Período de Céu Claro PPBc = (107,2 + 0,36 Qo) n/N cTc PPBn = Prod. Potencial no Período de Céu Nublado PPBn = (31,7 + 0,219 Qo) (1 – n/N) cTn RADIAÇÃO SOLAR x LATITUDE FOTOPERÍODO x LATITUDE 50,0 16,0 -2 -1 Qo (MJm d ) 20S 40S Fotoperíodo (horas) 10S 30S Equador 45,0 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 Lat 10 S Lat 30 S Equador 14,0 Lat 20 S Lat 40S 12,0 10,0 15,0 8,0 10,0 J AN FEV M AR ABR M AI J UN J UL Meses AGO SET OUT NOV DEZ J AN M AR M AI J UL Meses S ET NOV Deficiência hídrica x Produtividade da Cana-de-Açúcar Correções para o efeito da temperatura cTc e cTn Depende: Tipo de metabolismo fotossintético (C3, C4) Clima da região de origem da espécie Grupo 1 – Plantas C3 de inverno (alfafa, feijão, trigo, ervilha, batata) Grupo 2 – Plantas C3 de verão (algodão, amendoim, arroz, girassol, soja) Grupo 3 – Plantas C4 (milho, sorgo, cana-de-açúcar, capins, etc.) Se T 16,5oC Se T < 16,5oC cTn = -1,064 + 0,173 T – 0,0029 T2 cTc = -4,16 + 0,4325 T – 0,00725 T2 cTn = -4,16 + 0,4325 T – 0,00725 T2 cTc = -9,32 + 0,865 T – 0,0145 T2 Deficiência hídrica x Produtividade da Cana-de-Açúcar Efeito da Irradiânica solar, da Temperatura e do Fotoperíodo na Produtividade Bruta Padrão (Fb) de plantas C3 de verão, C3 de invern e C4. Deficiência hídrica x Produtividade da Cana-de-Açúcar Estimativa da Produtividade Potencial da Cultura PPf [kg MS ha-1] PPf = (PPBp ) * CIAF * CRESP * CCOL * CUM CIAF = correção para o índice de área foliar máximo da cultura CRESP = correção para as perdas por respiração (man. e cresc.) CCOL = correção para a parte da planta efetivamente colhida NDC = número de dias do ciclo da cultura CUM = correção para considerar a umidade da parte colhida OBS: C são índices adimensionais Deficiência hídrica x Produtividade da Cana-de-Açúcar Penalização da Produtividade Potencial pelo Déficit Hídrico Modelo FAO – Boletim 33 (1979) A deficiência hídrica induz a adaptações morfológicas, como o enrolamento das folhas, e fisiológicas, como o fechamentos dos estômatos, reduzindo a fotossíntese, afetando adversamente o crescimento e o rendimento das culturas Deficiência hídrica x Produtividade da Cana-de-Açúcar Modelo FAO - Doorenbos & Kassam (1979) Ky = (1 – PR/PPc) / (1 – ETr/ETc) (1 – PR/PPc) = Ky (1 – ETr/ETc) PR/PPc = 1 – Ky (1 – ETr/ETc) PR = PPc [1 – Ky (1 – ETr/ETc)] Fator de Resposta ao Déficit Hídrico Ky = (1 – PR/PPc) / (1 – ETr/ETc) Deficiência hídrica x Produtividade da Cana-de-Açúcar Calibração do Modelo para as Condições de Manejo de cada local para a Cultura da Cana-de-açúcar Deficiência hídrica x Produtividade da Cana-de-Açúcar Calibração do Modelo para as Condições de Manejo Gerais do Estado de SP para a Cana-de-açúcar Prod. Atingível x Prod. Real Produtividade Atingível Penalizada (t ha-1) 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 y = 1,0276x R² = 0,57 40,0 20,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 Produtividade Real (t 120,0 140,0 ha-1) Fonte:Monteiro (2012) Deficiência hídrica x Produtividade da Cana-de-Açúcar Estado de São Paulo Relação da Produtividade atingível com o déficit hídrico Produtividade Atingível (t ha-1) 140,0 y = -0,112x + 102,97 R² = 0,49 120,0 Melhores Condições de Manejo da Cultura 100,0 Condições Média de Manejo da Cultura 80,0 Piores Condições de Manejo da Cultura 60,0 40,0 0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 Déficit hídrico normal (mm ano -1) Adaptado de Monteiro (2012) O papel da irrigação no incremento de produtividade da Cana-de-Açúcar Fonte:Monteiro (2012) O papel da irrigação no incremento de produtividade da Cana-de-Açúcar Lâmina CP P (% DEF) 100 80 Bom Jesus de Goiás Incremento de Produtividade em Função da Lâmina de irrigação Aplicada Lâmina CP P M T 50 TCH % da DEF 60 100 57,1 40,2 18,4 38,6 80 45,1 31,8 14,5 30,7 60 33,4 23,6 10,8 22,9 50 27,6 19,5 8,9 19,0 40 22,0 15,5 7,1 15,2 20 10,8 7,7 3,5 7,6 40 20 M T TCH Máx 808,2 610,2 345,6 523,8 Méd 645,6 466,0 249,5 400,2 Mín 460,7 319,9 114,0 264,0 Máx 646,6 488,2 276,5 419,0 Méd 516,4 372,8 199,6 320,2 Mín 368,6 255,9 91,2 211,2 Máx 484,9 366,1 207,3 314,3 Méd 387,3 279,6 149,7 240,1 Mín 276,4 191,9 68,4 158,4 Máx 404,1 305,1 172,8 261,9 Méd 322,8 233,0 124,7 200,1 Mín 230,4 159,9 57,0 132,0 Máx 323,3 244,1 138,2 209,5 Méd 258,2 186,4 99,8 160,1 Mín 184,3 128,0 45,6 105,6 Máx 161,6 122,0 69,1 104,8 Méd 129,1 93,2 49,9 80,0 Mín 92,1 64,0 22,8 52,8 O papel da irrigação no incremento de produtividade da Cana-de-Açúcar Usina Japungú, PB Quanto a eliminação do déficit hídrico poderá aumentar a produtividade da cana-de-açúcar? Para respondermos precisamente a esta pergunta, temos que considerar os seguintes aspectos fundamentais do cultivo da cana-de-açúcar: a) Clima da região – afeta a PP e a PA, em função da RS, T, N e DEF, portanto, o incremento de produtividade com a irrigação vai depender desses fatores; b) Tipo de solo e suas características físicas e químicas – o ambiente de produção afeta diretamente a produtividade em razão da fertilidade natural do solo e da capacidade de água disponível; c) Variedades utilizadas e densidade populacional – em canaviais irrigados deve-se priorizar o uso de variedades mais responsivas (> eficiência do uso da água), o que irá permitir o aumento da densidade populacional; d) Manejo adotado na cultura da cana-de-açúcar – canaviais mais nutridos e em melhores condições fitossanitárias tendem a responder melhor à irrigação do que canaviais sob estresses bióticos e abióticos; e) Sistema de irrigação empregado e manejo da irrigação – esses dois aspectos em conjunto definem a lâmina de irrigação a ser aplicada (quanto do DEF será eliminado) e o intervalo de irrigação. Além disso, deve-se conhecer claramente as fases mais sensíveis ao DEF; f) Disponibilidade de água nos reservatórios e mananciais – a lâmina a ser irrigada dependerá de quanta água há disponível nos mananciais e do volume outorgado para o empreendimento. Quanto a eliminação do déficit hídrico poderá aumentar a produtividade da cana-de-açúcar? Apesar de todos os aspectos que devem ser considerados, pode-se, em função das análises realizadas em diversas regiões do país, estabelecer um valor médio de incremento de produtividade por lâmina aplicada correspondente ao déficit hídrico acumulado ao longo de todo o ciclo. Mesmo assim, o incremento de produtividade ainda irá depender de alguns aspectos básicos, como o clima do local, a CAD do solo, o tipo de cana (planta ou soca), o ciclo de maturação da cana (precoce, média ou tardia) e a % de eliminação do déficit hídrico. Incremento TCH x Lâmina de Irrigação - Média Geral 160 Média = 12,47 TCH / 100 mm Incremento TCH 140 120 100 80 60 40 20 0 0 100 200 300 400 500 600 700 Lâmina de Irrigação (mm/ciclo) 800 900 Quanto a eliminação do déficit hídrico poderá aumentar a produtividade da cana-de-açúcar? Incremento x Lâmina x CAD - PB Incremento TCH x Lâmina de Irrigação - CAD = 60 mm Incremento TCH x Lâmina de Irrigação - CAD = 20 mm 160 Média = 11,60 TCH / 100 mm 140 140 120 120 Incremento TCH Incremento TCH 160 100 80 60 40 20 Média = 13,75 TCH / 100 mm 100 80 60 40 20 0 0 100 200 300 400 500 600 700 Lâmina de Irrigação (mm/ciclo) 800 900 0 0 100 200 300 400 500 600 Lâmina de Irrigação (mm/ciclo) 700 800 Quanto a eliminação do déficit hídrico poderá aumentar a produtividade da cana-de-açúcar? Produtividade x DEF x Tipo de Cana x Ciclo de Maturação - MG Quanto a eliminação do déficit hídrico poderá aumentar a produtividade da cana-de-açúcar? Relação da Produtividade atingível com o déficit hídrico Produtividade Atingível (t ha-1) 140,0 y = -0,112x + 102,97 R² = 0,49 120,0 Produtividade x DEF x Local 100,0 80,0 60,0 40,0 0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 Déficit hídrico normal (mm ano -1) 300,0 Considerações Finais A irrigação é sem dúvida um dos meios mais eficientes para se elevar a produtividade dos canaviais nas regiões produtoras do Brasil. Isso se aplica tanto aos canaviais da região Nordeste como na região Centro-Sul, onde tradicionalmente o cultivo se dá sob condições de sequeiro. Apesar disso, a definição exata dos benefícios da irrigação irá depender de uma série de fatores conjunturais, os quais são fundamentais para se fazer da irrigação da cana um processo bem sucedido. Entre esses fatores temos: a) Melhor conhecimento das variedades e suas respostas à irrigação em diferentes ambientes de produção; b) Melhor caracterização das condições edafo-climáticas da área em que a irrigação será empregada; c) Adequação do manejo dos canaviais para as condições de cultura irrigada (o manejo não pode ser exatamente o mesmo de uma cultura de sequeiro); d) Adoção do melhor sistema de irrigação para cada condição (clima, solo, disponibilidade de água, etc.) Considerações Finais Além desses conhecimentos, o incremento de produtividade da cana em decorrência do uso da irrigação irá depender dos seguintes aspectos: a) b) c) d) e) Clima da região – relacionado à intensidade do déficit hídrico; Características fisico-hídricas do solo – definição da CAD; Tipo de cana (planta ou soca); Ciclo de maturação/Época de corte (precoce, média ou tardia); Porcentagem do déficit hídrico a ser suprido com a irrigação (irrigação de salvamento, complementar ou plena). Diante do exposto e considerando-se os resultados apresentados para diferentes regiões, com diferentes condições climáticas, de solo e de manejo do canavial, pode dizer, em média, que: Para cada 100 mm de déficit hídrico reposto pela irrigação a produtividade da cana deve aumentar de 10 a 15 TCH. Obrigado E-mail: [email protected] Tel.: (19) 3429-4283 – ramal 225 Cel.: (19) 8112-2701 Skype: paulo_sentelhas http://www.leb.esalq.usp.br/sentelhas.html