UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE, UNICENTRO-PR SOBREVIVÊNCIA E PRODUTIVIDADE DE MINICEPAS DE Eucalyptus benthamii CULTIVADAS EM HIDROPONIA NA PRESENÇA DE BAP DISSERTAÇÃO DE MESTRADO GISELE DE FÁTIMA PRATES IRATI-PR 2014 GISELE DE FÁTIMA PRATES SOBREVIVÊNCIA E PRODUTIVIDADE DE MINICEPAS DE Eucalyptus benthamii CULTIVADAS EM NA PRESENÇA DE BAP Dissertação apresentada à Universidade Estadual do Centro-Oeste, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências Florestais, área de concentração em Manejo Sustentável Dos Recursos Florestais, para a obtenção do título de Mestre. Prof. Dr. Flávio Augusto de Oliveira Garcia Orientador Prof. Dra. Fabiana S. Bandeira Peres Coorientadora Prof. Dra. Kátia Cylene Lombardi Coorientadora IRATI-PR 2014 Aos meus filhos Miguel e Alice Dedico “É somente nas misteriosas equações do amor que alguma lógica real pode ser encontrada”. (John Nach) AGRADECIMENTOS À Deus e a Nossa Senhora por sempre demonstrarem presente na minha vida. À Coordenação de Pós-Graduação pela paciência e compreensão no decorrer da pesquisa. Ao professor Dr. Flávio Augusto De Oliveira Garcia, pela paciência, “pelos puxões de orelha”, dedicação e orientação ao trabalho, além da amizade e compreensão nos momentos difíceis que passei no decorrer deste trabalho. À professora Dra. Fabiana S. Bandeira Peres, pela amizade e orientações na dissertação. À professora Dra. Kátia Cylene Lombardi, por abrir as portas de seu laboratório e disponibilizar os reagentes necessários para as soluções nutritivas, além da sua colaboração na pesquisa. À técnica de laboratório de solos Odiméia Teixeira. Aos colegas do Laboratório de Proteção Florestal, em especial a mestranda Dyanndra Neves e a estagiária Daniela Sason, por toda ajuda na montagem e monitoramento dos experimentos. As minhas amigas Simone Hanzen, Ana Lídia Moura e Eloise Prates, que mesmo distante sempre estiveram ao meu lado. À secretária do programa de Mestrado Flávia Bühler dos Santos, pela amizade e apoio. Ao CNPq pela bolsa de estudo concedida para realização desta pesquisa. À todos os professores da UNICENTRO que fizeram parte da minha formação. Aos meus pais, João e Vera Prates, aos meus irmãos Joelcio, Gislaine, Ana Claudia e Alesson e os meus sobrinhos Kimberlly, Maria Rita, Guilherme, João Francisco e Emily, por todo amor, carinho e incentivo. Em especial ao meu marido Cleverson e aos meus filhos Miguel e Alice por todo amor, carinho, apoio, compreensão e principalmente paciência nesta jornada.Amo muito vocês! SUMÁRIO RESUMO .................................................................................................................... ix ABSTRACT ................................................................................................................. x 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1 2. RERERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 3 2.1. Eucalyptus spp.................................................................................................... 3 2.2. Eucalyptus benthamii.......................................................................................... 4 2.3. Propagação Vegetativa por miniestaquia em Eucalyptus spp. .............................. 5 2.4. Hormônios Vegetais ........................................................................................... 7 2.5. Sistema Hidropônico .......................................................................................... 9 3. OBJETIVOS ........................................................................................................... 12 3.1. Objetivo geral ................................................................................................... 12 3.2. Objetivos específicos ........................................................................................ 12 4. MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 13 4.1. Local de condução dos experimentos ................................................................ 13 4.2. Material vegetal e formação do minijardim clonal ............................................. 13 4.3. Coleta de brotações e preparo das miniestacas .................................................. 14 4.4. Nutrição das minicepas e aplicação do 6-benzilaminopurina ............................. 14 4.5. Avaliações e processos estatísticos.................................................................... 15 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 16 5.1. Sobrevivência e produção de brotações de minicepas de E. benthamii do primeiro ensaio ...................................................................................................................... 16 5.1. Sobrevivência e produtividade das minicepas de E. benthamii do segundo ensaio ................................................................................................................................ 18 6. CONCLUSÕES ...................................................................................................... 23 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 24 viii RESUMO Gisele de Fátima Prates. Sobrevivência e produtividade de minicepas de Eucalyptus benthamii cultivadas em hidroponia na presença de BAP. O presente trabalho teve como objetivos avaliar o efeito do regulador de crescimento BAP na sobrevivência, bem como na produtividade de brotações em minicepas de E. benthamii conduzidas em sistema hidropônico. Para tal, foram montados dois experimentos em épocas distintas. Para a formação do minijardim clonal em sistema hidropônico foram utilizadas mudas clonais de E. benthamii com aproximadamente 100 dias de idade. As mudas foram cultivadas em jardineiras contendo a solução nutritiva. Os experimentos foram conduzidos em delineamento em blocos ao acaso com 4 blocos e 5 tratamentos com 10 plantas por repetição no primeiro ensaio e 6 plantas no segundo. Os tratamentos foram constituídos de 4 doses de BAP e uma testemunha. No primeiro ensaio, aos 105 dias, a maior média de sobrevivência das minicepas (80%), e maior produção de brotações (25 brotos) foram registradas para testemunha. No segundo ensaio as minicepas apresentaram uma baixa taxa de sobrevivência. A média da sobrevivência nas 6 avaliações realizadas foram de 63, 45, 65, 64 e 58 respectivamente, para os tratamentos 1, 2, 3, 4, e 5. Foram realizadas 3 coletas sendo o melhor desempenho registrado pela testemunha com produtividade média de 20,25; 14,75 e 8 minestacas respectivamente, para 1, 2 e 3 coleta. Palavras – chave: Eucalyptus benthamii, BAP, sistema hidropônico. ix ABSTRACT Gisele de Fátima Prates. Survival and Productivity of Eucalyptus benthamii Ministumps in Hydroponisc System with BAP presence. This work aimed to evaluate BAP effect in survival and productivity of E. benthamii ministumps samplings handled in hydorponics system. For clonal mini-garden formation handled in hydroponic system, it was used grafted clones of E. benthamii with 100 days. The plants were cultivated in planters with nutrient solution. The experiment was conducted in a randomized bloks design with five treatments, four repetitions and ten plants in each experimental unit at the first trial, and six plants at the second one. The treatments were consisted of four dosages of BAP and the control. In the first trial, with 105 days, the highest mean values of ministumps survival (80%), and increased production of shoots (25) were recorded to control. In the second trial, the ministumps presented low survival rate. The average survival on the six evaluations were: 63, 45, 65, 64 and 58, respectively, for the treatments 1, 2, 3, 4 and 5. Three samples were collected, and the best performance were recorded by the control treatment, with an average yield of 20.25; 14.75 and 8 ministumps, respectively, for first, second and third sample. Keywords: Eucalyptus benthamii, BAP, hydroponics system. x 1. INTRODUÇÃO O cultivo de Eucalyptus spp. é uma atividade de suma importância para o setor de base florestal brasileiro. Contudo as espécies de Eucalyptus adaptadas às condições climáticas mais frias, situações comuns à região Sul do Brasil formam um grupo muito restrito (BRONDANI et al., 2010). Entre as espécies aptas à situação mencionada, Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage tem-se destacado pelo rápido crescimento e, principalmente, por sua resistência às geadas. No entanto, esta espécie tem apresentado algumas restrições em relação à produção e custos de sementes implicando em dificuldades na produção de mudas da espécie (PALUDZYSZYN FILHO; SANTOS; FERREIRA, 2006). Devido às limitações de material genético via seminal, técnicas de propagação clonal utilizadas para a produção de mudas de outras espécies do gênero Eucalyptus, tais como estaquia (miniestaquia), enxertia e micropropagação têm sido propostas como alternativa para a produção de mudas de E. benthamii. Dentre estas técnicas, inicialmente a estaquia e posteriormente a miniestaquia tornaram-se as mais difundidas e utilizadas em viveiros florestais na produção de mudas de Eucalyptus spp., sendo a segunda a mais difundida a partir dos anos 1990 até atualmente(WENDLING et al., 2003a). No entanto, a produção massal de E. benthamii por meio da miniestaquia não é viável comercialmente até o momento, devido aos baixos índices de produtividade das minicepas e de enraizamento das miniestacas (BRONDANI et al., 2012a). Uma possibilidade para contornar essas limitações, pode ser o uso de reguladores de crescimento como indutores de brotações e de enraizamento adventício de miniestacas de E. benthamii. As citocininas são hormônios vegetais derivados da adenina, caracterizadas por induzir a divisão celular em plantas, sobretudo, na presença de uma auxina (DAVES, 1995). As auxinas desempenham um importante papel no efeito da rizogênese em estacas, bem como auxiliam no estimulo à divisão celular, pois a alta relação dos níveis auxina/citocinina favorece o enraizamento e a elevada relação dos níveis citocinina/auxina favorece a formação de brotações (HARTMANN et al., 1997). O 6-benzilaminopurina (BAP) é um composto com atividade citocinínica, exercendo influência na formação inicial de brotações, muito utilizado na cultura de tecidos. Contudo, pouco sabe-se do efeito do BAP na indução de brotações de Eucalyptus spp. pelo método da miniestaquia. 1 Portanto, é necessário que se avalie o uso dessa citocinina e os níveis ótimos para indução de brotações de E. benthamii, bem como o melhor método de aplicação da mesma, uma vez que a espécie apresenta dificuldade na produtividade das minicepas. Uma alternativa é a aplicação do BAP nas raízes das plantas cultivadas em minijardim clonal em sistema hidropônico. Neste sistema as raízes das plantas são imersas em solução nutritiva contendo todos os elementos necessários para o seu crescimento e desenvolvimento, possibilitando o controle de nutrientes bem como adição efetiva de pequenas quantidades de compostos específicos, como reguladores de crescimento e herbicidas na superfície da raiz (EPSTEIN & BLOOM, 2006). A técnica de cultivo de plantas em solução nutritiva desde sua introdução tem sido muito utilizada na horticultura para produção de diversos cultivares de alface (FERNANDES et al., 2002), tomate (GENÚNCIO et al., 2006), batata (MOLDERS et al., 2012), hortelã (SOUZA et al., 2007), crisântemo (BARBOSA et al., 2008), meloeiro (PURQUERIO et al., 2003) goiabeira (FRANCO & PRADO, 2006) entre outras, atingindo produtividade igual ou superior aos demais métodos de cultivo. A produtividade das minicepas de Eucalyptus spp. em sistema semi-hidropônico vem sendo pesquisada por vários autores (TITON et al., 2003; SOUZA JUNIOR& WENDLING, 2003; CUNHA et al., 2005;CUNHA et al., 2008; BRONDANI et al., 2012b). No entanto, não são relatados na literatura estudos que utilizem o sistema hidropônico para produção de miniestacas de E. benthamii mediados por reguladores de crescimento. Dessa forma, o presente trabalho justifica-se pela ausência de informações a respeito do uso do BAP em soluções nutritivas, sobretudo dos níveis ótimos para indução de brotações de minicepas de E. benthamii, podendo ser uma alternativa para produção de miniestacas da espécie. 2 2. RERERENCIAL TEÓRICO 2.1. Eucalyptus spp. A família Myrtaceae possui aproximadamente 100 gêneros e 3.500 espécies, distribuídas principalmente nas regiões tropicais e subtropicais do mundo, com centros de diversidade na América tropical, Austrália e em algumas regiões temperadas (Barroso, 1984). O gênero Eucalyptus é um dos mais importantes desta família com mais de 600 espécies descritas; as quais ocorrem na Austrália, Indonésia e Papua Nova Guiné (FAO, 2000). No Brasil Eucalyptus spp. foram introduzidos em 1825 para uso ornamental e na formação de quebra-ventos. Todavia, devido ao seu rápido crescimento, passou a ser utilizado na produção de diversos produtos para variáveis fins (WINK, 2009). Sendo hoje importante em diversos setores, como o de celulose, energia, siderurgia, indústria moveleira, agricultura, entre outros (SILVEIRA et al., 2008). As diversas espécies de Eucalyptus cultivadas no Brasil, em geral apresentam grande adaptabilidade às condições edafoclimáticas das regiões cultivadas, proporcionando rápido crescimento dos povoamentos e madeira de qualidade (SILVEIRA et al., 2008). Ao longo dos anos estas características têm levado ao aumento da área cultivada com Eucalyptus spp. no país, inclusive em detrimento de outras culturas de relevância florestal como Pinus spp. Em 2012 as áreas de plantios de Eucalyptus spp. tiveram um aumento de 4,5% em relação a 2011. Já as áreas com plantios de Pinus spp.apresentaram um decréscimo de 5,1 % em relação ao mesmo período. No Paraná os plantios de Eucalyptus spp.em 2012 totalizaram mais de 197 mil hectares, representando um aumento de 4,9% comparado a 2011 (ABRAF, 2013). Todavia, fatores climáticos tem impedido a expansão da eucaliptocultura para algumas áreas paranaenses, principalmente aquelas com histórico de geadas. Nesta situação as espécies tropicais de Eucalyptus assim como seus híbridos, apresentam suscetibilidade a este fator climático e em muitas ocasiões ocorre a morte de todo o povoamento. Melhoristas florestais buscam há anos uma solução para este problema, tendo inclusive selecionado algumas espécies passíveis de serem cultivadas no estado do Paraná como: E dunnii, E. benthamii, E. saligna, E. grandis, E. viminalis, E. camaldulensis, E. cloeziana, E. badjensis (PALUDZYSZYN FILHO et al., 2006). Contudo, dentre estas, E. benthamii é a espécie que tem apresentado resultados promissores para o cultivo em regiões 3 de geada devido a sua alta resistência, sendo que E. viminalis e E. dunnii possuem níveis menores de resistência em comparação ao E. benthamii. 2.2. Eucalyptus benthamii A espécie Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage é nativa da Austrália, encontrada em áreas restritas a oeste de Sydney na planície ao longo do rio Nepean. Inicialmente a espécie era localizada em áreas de solos férteis com precipitação anual de 1100 mm e ocorrência de geadas leves. Todavia teve sua população original reduzida pelo avanço da agropecuária e pela inundação da planície devido a construção da barragem de Warragamba (HIGA & PEREIRA, 2003). O efeito da destruição do hábitat desta espécie é que hoje existem menos de 10.000 indivíduos no centro de origem, o que implica em possibilidade de endogamia (BUTCHER et al, 2005). Nessas áreas remanescentes, o florescimento ocorre nos meses de abril a maio, mas os botões florais são encontrados durante todo o ano, exceto em fevereiro. Os frutos maduros são coletados de abril a junho e outubro a dezembro. Tanto a intensidade e a época de florescimento quanto à frutificação variam consideravelmente entre indivíduos (HIGA, 1999). No Brasil E. benthamii foi introduzido pela Embrapa Florestas em 1988 (NISGOSKI, et al., 1998). Esta população é oriunda de famílias misturadas de dez matrizes das procedências Wentworth Falls (NSW) Austrália, e tem mostrado alta resistência à geada, rápido crescimento, boa forma de fuste e alta homogeneidade do talhão, tornando-a uma espécie promissora para cultivos em regiões onde ocorrem geadas frequentes e severas, como em partes do sul do Brasil (GRAÇA et al., 1999). Segundo Higa & Pereira (2003), a espécie oferece potencial para ser utilizada como lenha, carvão e na indústria de celulose, não recomendando o uso para a serraria devido à rachaduras no processo de secagem. Em 2005, para ampliar a base genética da população de E. benthamii no Brasil, a Embrapa Florestas importou 36 lotes de sementes coletados de progênies de polinização aberta e ainda dois lotes adicionais formados a partir da mistura de sementes colhidas em árvores pertencentes a duas populações naturais remanescentes (PALUDZYSZYN FILHO et al., 2006). Os autores ainda relatam que mesmo com estes esforços, esta área de produção de sementes denominada de Área Alterada de Coleta de Sementes com Matrizes Marcadas (ACS-AM), produz sementes de baixo vigor, com baixas taxas de germinação principal 4 consequência da endogamia já relatada, levando ao aumento do custo destas sementes e do custo final da produção de mudas. Uma alternativa para controlar estas limitações é o uso do método de propagação vegetativa para a produção de mudas da espécie. 2.3. Propagação Vegetativa por miniestaquia em Eucalyptus spp. As primeiras tentativas de clonagem de Eucalyptus spp. datam de 1950, quando pesquisadores australianos, franceses e norte africanos clonaram várias espécies de Eucalyptus através do enraizamento de estacas obtidas de mudas de origem seminais. No Brasil a clonagem foi introduzida em 1970, quando os plantios apresentavam alta heterogeneidade e incidência da doença cancro-do-eucalipto. Esses dois fatores foram determinantes para desenvolvimento deste método em escala comercial (ALFENAS et al., 2009). Inicialmente a clonagem era feita pelo uso da estaquia convencional, sendo as estacas obtidas de árvores injuriadas e posteriormente de cepas cultivadas em um jardim, denominado de jardim clonal (ALFENAS et al.,2009). No entanto, devido algumas limitações no que se refere à propagação de material adulto, baixo percentual de enraizamento de espécies recalcitrantes, disseminação de doenças no jardim clonal entre outros, a miniestaquia foi implementada e a partir de então passou a ser a técnica predominante de propagação de Eucalyptus spp. e grandes viveiros florestais no Brasil (XAVIER & SILVA, 2010). A miniestaquia trouxe inúmeras vantagens em relação à propagação vegetativa e também à técnica convencional de estaquia, anteriormente utilizada (TITON et al., 2003a). Assim, proporcionou ganhos consideráveis em produtividade das minicepas, uniformidade de brotações, bem como no aumento do percentual de enraizamento das miniestacas, redução da incidência de pragas e doenças, maior facilidade para a regulação nutricional (TITON et al., 2003b; CUNHA et al., 2008). A miniestaquia é o processo pelo qual as plantas, de origem seminais ou da macroestaquia, são formadas a partir da quebra da dominância pela poda da estaca, estimulando a emissão brotações das gemas axilares, as quais são enraizadas formando novas mudas (XAVIER et al.,2009). Na miniestaquia, as plantas matrizes são denominadas minicepas, que são cepas de tamanho muito reduzido em comparação às da estaquia convencional e são mantidas no viveiro, em uma área denominada de minijardim clonal (WENDLING & DUTRA, 2010). Uma vez formadas, as minicepas constituirão as fontes de miniestacas, as quais são coletadas 5 em intervalos variáveis em função de diversos fatores incluindo-se o clone/espécie, a incidência de novas brotações, a época do ano e as condições nutricionais (XAVIER & SANTOS, 2002). As miniestacas possuem tamanhos que variam de quatro a oito cm de comprimento, contendo de um a três pares de folhas, variável em função do clone ou espécie. Geralmente as folhas são reduzidas à metade de seu tamanho original, visando evitar o excesso de transpiração e facilitar a chegada da água de irrigação ao substrato (ALFENAS et al., 2009). O processo de enraizamento e formação das mudas oriundas de miniestacas segue os mesmos princípios da técnica de estaquia. Inicialmente, as mudas são colocadas em tubetes, e acondicionadas em casa de vegetação por um período que varia de 15 a 30 dias. Posteriormente, transfere-se as mudas para aclimatação à sombra por cerca de 8 dias. A última etapa na produção das mudas é a rustificação feita em área de céu aberto sem o controle ambiental, exceto pelo uso de irrigação das mudas (XAVIER et al., 2009). A formação de raízes em miniestacas é um processo associado à desdiferenciação e ao redirecionamento do desenvolvimento de células vegetais totipotentes para a formação de meristemas que darão origem às raízes adventícias (ALFENAS et al., 2009). Os fatores que afetam a rizogênese são: juvenilidade dos propágulos, as características genéticas, os ambientais, a nutrição mineral, e os reguladores de crescimento. A importância de se conhecer os efeitos dos fatores que afetam a formação de raízes e suas implicações está relacionada ao sucesso ou fracasso da produção de mudas clonais via miniestaquia (XAVIER et al., 2009). Os minijardins clonais com minicepas rejuvenescidas proporcionam a obtenção de brotos de maior vigor e qualidade produzidos para propagação vegetativa por miniestaquia, devido ao seu maior potencial de enraizamento visto seu maior grau de juvenilidade (WENDLING et al., 2003a). Embora a propagação pela miniestaquia seja amplamente utilizada na eucaliptocultura, o seu uso com E. benthamii, possui algumas limitações que dificultam a produção em escala comercial, principalmente pela produtividade de brotos pelas minicepas e a capacidade de enraizamento do material genético (BRONDANI et al., 2012b; BRONDANI et al., 2012a). Em E. benthamii, a produção de miniestacas por minicepa é variável conforme o sistema de minijardim clonal adotado, sendo o sistema semi-hidropônico em leito de areia considerado o mais produtivo (CUNHA et al., 2005). Neste sentido, a aplicação de hormônios vegetais pode ser uma alternativa para aumentar tanto a produtividade quanto o enraizamentos das estacas, uma vez que diferentes 6 classes de hormônios apresentam várias funções nas plantas quando aplicados juntos ou separados. 2.4. Hormônios Vegetais Hormônios vegetais são compostos orgânicos naturais ou sintéticos que, em baixa concentração, regulam processos morfológicos e fisiológicos da planta. Atuam como um grupo de mensageiros químicos primários que mediam a intercomunicação entre as células dos vegetais superiores e, desta forma, coordenam o seu crescimento e desenvolvimento. Nas células, os hormônios interagem com proteínas específicas chamadas de receptores. O complexo hormônio-receptor é a forma ativa do hormônio (DAVES, 1995). Existem cinco principais classes de hormônios de interesse na propagação de plantas as auxinas, citocininas, giberelinas, etileno e ácido abscísico (XAVIER et al., 2009). Dentre estas classes de hormônios, algumas promovem o desenvolvimento da planta e outras inibem o desenvolvimento vegetal, podendo atuar sozinhas ou em conjunto (BENINCASA & LEITE, 2004). Especificamente os hormônios desempenham diversas funções tais como o estímulo ao crescimento e brotações da planta, regulam a dominância apical, a formação dos tecidos vegetais, a floração, a formação e amadurecimento dos frutos, promovem a adaptação da planta às condições de falta de água e estimulam a germinação e a quebra de dormência entre outros (TAIZ & ZEIGER, 2004). A auxina ácidoindolil-acético (AIA), foi o primeiro hormônio descoberto em 1930 (DAVES, 1995). Mais tarde outras auxinas foram descobertas, mas o AIA é o mais abundante e de maior importância fisiológica. As auxinas regulam a dominância apical e o desenvolvimento das gemas florais e frutos, retardam o início da abscisão foliar, induzem a diferenciação vascular e promovem o crescimento de caules e a formação de raízes laterais e adventícias na presença de uma citocinina (TAIZ & ZEIGER, 2004). Em relação às giberelinas, estas estão envolvidas na quebra da dormência e na promoção da germinação em algumas espécies bem como no crescimento em altura, no desenvolvimento reprodutivo, afetam na transição do estado juvenil para o maduro, na indução da floração, na determinação do sexo e no estabelecimento do fruto (TAIZ & ZEIGER, 2004). O etileno e o ácido abcísico constituem um grupo de hormônios vegetais inibidores ao crescimento. Estes dois hormônios controlam o desenvolvimento da planta na fase de senescência desempenhando papel importante nos processos de abscisão foliar, murcha de 7 flores e amadurecimento de frutos, bem como nas taxas de crescimento quando em ambientes desfavoráveis, inibindo a síntese de proteínas e o transporte de íons (BENINCASA & LEITE, 2004). As citocininas são hormônios vegetais similares a uma base purina, a adenina, que é um importante componente dos ácidos nucléicos. Elas podem ser encontradas fazendo parte de certos RNAt (transportadores) de plantas, animais e microrganismos. Nas plantas, as citocininas são produzidas nas raízes e transportadas via xilema para todas as partes do vegetal (DAVES, 1995). A descoberta das citocininas ocorreu durante as pesquisas dos processos que estimulam as células vegetais a se dividirem (sofrerem citocinose). Desde então, as citocininas tem apresentado outros efeitos nos processos fisiológicos de crescimento e desenvolvimento dos vegetais como a divisão celular, a perda de dominância apical, a formação de atividade dos meristemas apicais, a germinação de sementes e a quebra de dormência de gemas, a senescência foliar e a mobilização de nutrientes (TAIZ & ZEIGER, 2004). Os autores comentam ainda, que há evidências que as citocininas atuam como mediadoras dos aspectos do desenvolvimento regulado pela luz, incluindo a diferenciação dos cloroplastos, a expansão de folhas e cotilédones e o desenvolvimento do metabolismo autotrófico. Por outro lado, as plantas com superprodução de citocinina são atrofiadas, com entrenós muito curtos e o enraizamento de estacas caulinares é reduzido, bem como a taxa de crescimento da raiz. A avaliação do efeito de um fitorregulador no desenvolvimento vegetal é feito pela aplicação exógena deste. Todavia, os resultados podem ser bem variáveis em relação ao tipo e/ou intensidade, dependendo do tipo de planta e/ou do estágio de desenvolvimento da planta em que o fitorregulador foi aplicado. Isto porque os hormônios, muitas vezes, não atuam sozinhos, ainda que a resposta tenha sido em função da aplicação de um hormônio exógeno, este por sua vez, interage com aquele endógeno conferindo assim a resposta observada. Devido a isso, a sensibilidade à aplicação de um ou mais fitorregulador varia bastante de uma planta para outra (BENINCASA & LEITE, 2004). As citocininas utilizadas na propagação vegetativa e de ocorrência natural são a zeatina (ZEA) e a isopenteniladenina (2iP). Quanto às citocininas produzidas sinteticamente, existem a 6-benzilaminopurina (BAP), a cinetina (KIN) e o thidiazuron (TDZ) (XAVIER et al., 2009). Entre as citocininas comercialmente disponíveis o BAP geralmente apresenta melhores resultados (SOUZA et al., 2008). 8 De acordo com Hu & Wang (1983) citado por Souza et al. (2008) o BAP tem grande influência no início da formação de brotos e na alta taxa de multiplicação em sistemas de micropropagação, é uma das citocininas de menor custo e tem sido muito eficiente na multiplicação de diversas espécies. As concentrações de regulador de crescimento aplicadas variam em função de diversos fatores, entre eles podemos citar: a espécie; o clone; do estado de maturação dos propágulos entre outros. Na literatura, as concentrações de citocininas para multiplicação de Eucalyptus spp. geralmente variam de 0,1 a 5,0 mg.L-1 (GRATTAPAGLIA e MACHADO, 1998). Contudo, devido a diferenças no comportamento das espécies de eucalipto, essas concentrações de reguladores de crescimento são variáveis (BRONDANI et al., 2009). Segundo Brondani et al. (2009), na propagação in vitro de E. benthamii a maior taxa de multiplicação de gemas axilares ocorre na faixa de 0,25 e 0,30 mg.L-1. Apesar do BAP ser muito utilizado na micropropagação de E. benthamii pouco sabese dos efeitos dessa citocinina na propagação vegetativa pelo método de miniestaquia, ainda mais quando utiliza-se o sistema de cultivo hidropônico. 2.5. Sistema Hidropônico A palavra hidroponia vem do grego hidro e ponos que significa trabalho em água. Este termo é utilizado, basicamente, para descrever cultivos sem solo realizado em água ou em substratos inertes como areia lavada e quartzo moído ou com pequena atividade química incluindo-se a vermiculita e argila expandida (MARTINEZ & CLEMENTE, 2011). Dentre os métodos de cultivo sem solo, o cultivo em água, por definição, é o autêntico cultivo hidropônico, requerendo alguns cuidados para o adequado desenvolvimento das plantas entre eles o fornecimento de oxigênio às raízes e um suporte às plantas (MARTINEZ & SILVA FILHO, 2006). O sistema hidropônico foi desenvolvido por Knop e Sachs em 1860, e desde a sua introdução até o momento, não houve mudanças apenas adaptações para a sua melhoria. Neste sistema as plantas são sustentadas de maneira que suas raízes fiquem imersas em uma solução nutritiva, contendo os nutrientes desejados. Se todos os elementos essenciais, oxigênio e pH são mantidos em proporções adequados, as plantas crescem e se desenvolvem adequadamente (ESPETEIN & BLOOM, 2006). 9 Os sistemas hidropônicos mais utilizados são Nutrient Film Technique (NFT) ou técnica do fluxo laminar de nutrientes, Deep Film Technique (DFT) ou cultivo na água ou floating e a técnicas de cultivo com substrato (SCARASSATI, 2003). O sistema NFT é fechado, sendo composto basicamente por um tanque de solução nutritiva, de um sistema de bombeamento dos canais de cultivo e de um sistema de retorno ao tanque. A solução nutritiva é bombeada aos canais e escoa por gravidade formando uma fina lâmina de solução que irriga as raízes (MARTINEZ & SILVA FILHO, 2006). No sistema DFT não existem canais, mas sim uma mesa ou caixa rasa nivelada onde permanece uma lâmina de solução nutritiva de 5 a 20 cm. Como nesse sistema as raízes das plantas permanecem submersas na solução nutritiva por todo o período de cultivo, a oxigenação das mesmas dever ser bem planejada (FURLANI et al., 1999). Neste caso, recomenda-se o uso de uma fonte de ar comprimida como compressor de ar, bomba de oxigênio. A solução nutritiva é o principal componente do sistema hidropônico, pois além de sustentar o sistema radicular, constitui a fonte de nutrientes para as plantas. O uso inadequado da mesma pode acarretar em sérios prejuízos às plantas (MARTINEZ & SILVA FILHO, 2006). Não existe uma solução nutritiva padrão para todas as espécies vegetais e condições de cultivo. Desta forma, a solução nutritiva deverá conter os nutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas nas proporções adequadas, e ser suficientemente diluída para que não cause danos às raízes (HIGASHI et al., 2002). A composição ideal de uma solução nutritiva não depende somente das concentrações dos nutrientes, mas também, de outros fatores ligados ao cultivo incluindo-se o tipo de sistema hidropônico, os fatores ambientais, a época do ano, estádio fenológico, a espécie vegetal (FURLANI, 1998), qualidade da água, potencial osmótico, a oxigenação, temperatura e pH da solução nutritiva, intensidade de luz, temperatura e umidade relativa do ar (ADAMS, 1994; COELHO, 2002). De acordo com Teixeira (1996) citado por Higashi et al. (2002), uma adequada solução nutritiva deve conter os nutrientes essenciais ao desenvolvimento do vegetal, ser equilibrada, de acordo com a cultura, ter potencial osmótico entre 0,5 e 0,8 atm, podendo admitir até 1atm, ter pH entre 5,8 e 6,2 e ter a condutividade elétrica entre 1,5 a 4 mS/cm. A água utilizada na solução nutritiva deve ser livre de impurezas, ou seja, ser destilada ou desionizada. A água destilada é utilizada em soluções feitas somente com macronutrientes, pois a mesma pode apresentar contaminantes aos micronutrientes. Em soluções nutritivas 10 envolvendo micronutrientes recomenda-se o uso de água deionizada (MARTINEZ & CLEMENTE, 2011). O cultivo em solução nutritiva possibilita grande flexibilidade. As concentrações de nutrientes e oxigênio podem ser monitorados em tempo real. Pequenas quantidades de compostos específicos, como herbicidas e hormônios vegetais, podem ser distribuídos efetivamente na superfície da raiz (EPSTEIN & BLOOM, 2006). Entre as principais vantagens do cultivo hidropônico em relação ao convencional destacam-se a padronização da cultura e do ambiente radicular; a redução no uso de água; a eficiência do uso de fertilizantes; o melhor controle do crescimento vegetativo; maior produção, qualidade e precocidade; maior ergonomia no trabalho; maiores possibilidades de mecanização e automatização da cultura (FURLANI, 1998). As desvantagens são os custos iniciais elevados; maior risco de disseminação de doenças entre as plantas e riscos de perdas por falta de energia (COELHO, 2002). Outro aspecto negativo deste cultivo, é que os pelos radiculares podem ter crescimento retardado, serem reduzidos ou ausentes. Vários fatores podem ser responsáveis, entre eles o fato das raízes em solução nutritiva estarem sujeitas à disponibilidade relativamente uniforme de nutrientes, não são expostas a uma interface gás-líquido e se deparam com pouco impedimento mecânico. Contudo, a escassez de pelos radiculares não é muito criticada por pesquisadores (EPSTEIN & BLOOM, 2006). Existem relatos do uso da hidroponia na propagação de Eucalyptus spp. (WENDLING & XAVIER, 2005) (CUNHA et al., 2005); (CUNHA et al., 2008); (BRONDANI et al., 2009); (CUNHA et al., 2009); (GOULART & XAVIER, 2010); (BORGES et al., 2011); (BRONDANI et al., 2012b). No entanto, o sistema usado por eles é diferente, pois utiliza a areia como substrato. Embora saiba-se da tentativa de cultivo hidropônico em viveiros florestais na década de 1990, não há relatos sobre os mesmos bem como o seus efeitos às minicepas e os motivos os quais levaram ao seu abandono. Em relação ao uso do sistema hidropônico para a avaliação do efeito de fitorreguladores, Mantovani (2007) avaliou a indução de brotações e enraizamento de estacas de Bixa orellana em sistema hidropônico testando o BAP aplicado em lanolina na extremidade apical das estacas e AIB aplicado na solução nutritiva. Como resultado o autor observou a produção de 4,2 brotos por minicepas quando utilizou-se 10 mg.L-1 de BAP. 11 3. OBJETIVOS 3.1. Objetivo geral Analisar o efeito do regulador de crescimento BAP na sobrevivência e na produtividade de minicepas E. benthamii cultivados em sistema hidropônico. 3.2. Objetivos específicos Analisar o efeito do regulador de crescimento BAP na sobrevivência de minicepas de E. benthamii produzidas em minijardim clonal em sistema de hidroponia. Analisar o efeito do regulador de crescimento BAP na produtividade de brotações em minicepas de E. benthamii conduzidas em sistema hidropônico. 12 4. MATERIAL E MÉTODOS 4.1. Local de condução dos experimentos O presente estudo foi realizado no Viveiro de Pesquisas do Departamento de Engenharia Florestal, da Universidade Estadual Centro-Oeste (UNICENTRO) localizada no município de Irati, Paraná. O clima do município, conforme classificação de Köppen-Geiger é do tipo subtropical úmido mesotérmico, caracterizado por verões frescos, geadas severas e frequentes e sem estação seca, com média máxima de 24,2º C e mínima de 11º C, média mensal de precipitação pluviométrica de 193 mm e média mensal de umidade relativa do ar de 79,58% (IRATI, 2012). 4.2. Material vegetal e formação do minijardim clonal O ensaio foi montado em duas épocas distintas do ano, afim de avaliar a reprodutibilidade do efeito do fitorregulador BAP sobre a produção de brotações pelas minicepas.O primeiro ensaio foi montado em março e com avaliação final em junho de 2013. O segundo ensaio foi montado em junho com avaliação final em outubro de 2013. Para a formação do minijardim clonal foram utilizadas mudas clonais de E. benthamii adquiridas na empresa Golden Tree Reflorestadora Ltda. As mudas com aproximadamente 100 dias de idade foram retiradas dos tubetes e lavadas em água corrente para a retirada de todo o substrato das raízes, e posteriormente transferidas para jardineiras de 15 cm altura x 19 cm largura x 50 cm de comprimento, contendo a solução nutritiva. As jardineiras foram acondicionadas em bancadas no viveiro florestal sem controle de temperatura sob cobertura de polietileno. Para a formação das minicepas em sistema hidropônico, as mudas foram submetidas a podas no caule a uma altura de 8 a 10 cm da base, deixando-se pelo menos um par de folhas, a fim de minimizar o estresse hídrico. As podas foram feitas sete dias após a instalação do experimento. O sistema hidropônico utilizado foi o Deep Film Technique (DFT), e foi composto por 20 jardineiras, sendo colocadas 10 plantas por parcelas no primeiro ensaio e 6 plantas no segundo. Para sustentar as plantas, foram utilizadas tampas confeccionadas de placas de isopor. Cada tampa teve um orifício para o encaixe de espumas, com a finalidade de suporte e 13 proteção às minicepas. A oxigenação das soluções nutritivas foi feita por meio de duas bombas de compressão. 4.3. Coleta de brotações e preparo das miniestacas As coletas foram efetuadas em diferentes intervalos de tempo e de maneira seletiva, ou seja,brotações menores que 5 cm e com menos de três pares de folhas foram mantidas na minicepa para as coletas subsequentes. Devido à variabilidade na produção de brotações do minijardim clonal a primeira coleta foi realizada aos 75 dias, a segunda aos 90 dias e a terceira aos 105 dias. As miniestacas foram coletadas no período matinal, a fim de se reduzir a evapotranspiração das miniestacas. Para tal, utilizaram-se tesouras de poda, previamente esterilizadas em álcool (70% v v-1). O período compreendido entre a coleta das miniestacas e o estaqueamento em substrato foi sempre inferior a 30minutos, afim de evitara evapotranspiração excessiva das miniestacas e minimizar o estresse hídrico dos propágulos. Durante todo o processo, as brotações foram armazenadas em uma caixa de isopor contendo água, conforme metodologia adaptada de XAVIER et al. (2009). Utilizou-se miniestacas apicais com comprimento de 4 cm (± 1 cm), contendo de um a dois pares de folhas, sendo a área foliar reduzida a 50% de seu tamanho total. 4.4. Nutrição das minicepas e aplicação do 6-benzilaminopurina Para a solução nutritiva foi adotada uma formulação proposta por Johanson et al. (1957), modificada: nitrato de potássio (0,607 g.L-1), nitrato de cálcio (0,945 g.L-1), fosfato de amônio (0,230 g.L-1), sulfato de magnésio (0,247 g.L-1), ácido bórico (1,546 mg.L-1), sulfato de manganês (0,338 mg.L-1), cloreto de zinco (0,272 mg.L-1), sulfato de cobre (0,125 mg.L-1), molibdato de sódio (0,121 mg.L-1) e FeEDTA (6,922 mg.L-1). Nesta solução nutritiva continham 224 g.L-1 de nitrogênio, 235 g.L-1 de potássio; 160 g.L-1 de cálcio; 62 g.L-1 de fósforo; 32 g.L-1 de enxofre; 24 g.L-1 de magnésio; 1,77 mg.L-1 de cloro; 0,27 mg.L-1 de boro; 0,11 mg.L-1 de manganês; 0,132 mg.L-1 de zinco. 0,032 mg.L-1 de cobre; 0,050 mg.L-1 de molibdênio e 1,12 mg.L-1 de ferro. O pH da solução foi ajustado à faixa de 5,5 a 5,8 utilizando-se soluções de ácido clorídrico (HCl) 1M.L-1 e hidróxido de sódio (NaOH) 1M.L-1, conforme a necessidade e 14 monitorado diariamente. A condutividade elétrica também foi aferida mantendo-se entre 1,8 e 2,2 mS.cm-1. Os tratamentos foram constituídos de cinco concentrações de BAP: Tratamento 1 testemunha 0,0 mg.L-1, Tratamento 2 - 2,5 mg.L-1; Tratamento 3 - 5,0 mg.L-1; Tratamento 4 7,5 mg.L-1; e Tratamento 5 - 10,0 mg.L-1. O regulador de crescimento foi adicionado mensalmente a cada troca da solução nutritiva, por meio de pipeta. Foram realizadas 4 aplicações do BAP, a primeira no momento da montagem, a segunda 30 dias, a terceira aos 60 dias e a quarta aos 90 dias após a instalação do experimento. 4.5. Avaliações e processos estatísticos No primeiro ensaio avaliou-se a sobrevivência das minicepas e o número de brotações por minicepa aos 105 dias após a instalação dos experimentos (DAI). Os experimentos foram conduzidos em delineamento em blocos ao acaso com 4 blocos e 5 tratamentos com 10 plantas por repetição. No segundo ensaio foram avaliados a sobrevivência e a produtividade de miniestacasdas minicepas. Para avaliação da sobrevivência foi montado um delineamento experimental em blocos ao acaso com 4 blocos 6 plantas por repetição em arranjo fatorial 5x6. Os tratamentos foram montados utilizando-se 5 concentrações de BAP e 6 avaliações da sobrevivência (aos 30, 45, 60, 75, 90 e 105 dias). Para avaliação da produtividade foi montado delineamento um experimental em blocos ao acaso com 4 blocos 6 plantas por repetição em arranjo fatorial 5x3. Os tratamentos foram montados utilizando-se 5 concentrações de BAP e 3 coletas de miniestacas. Os dados foram submetidos à análise de regressão (p<0,01 e p<0,05), e, quando pertinentes as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (p < 0,05). Para tanto, utilizou-se o software gratuito ASSISTAT® versão 7.7. 15 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1. Sobrevivência e produção de brotações de minicepas de E. benthamii do primeiro ensaio Análise de regressão (p < 0,01) teve como melhor ajuste para o efeito da aplicação do regulador de crescimento BAP sobre a sobrevivência e a produção de brotações das minicepas, o modelo cúbico (Tabela 1). As porcentagens de sobrevivência das minicepas aos 105 Dias Após a Instalação (DAI) foi de 80, 40, 17,5 12,5 e 7,5% e a produtividade foi e 25; 1,4; 9,4; 1,4 e 0,7 brotações por minicepa respectivamente para os tratamentos 1, 3, 5, 4 e 2 (Figuras 1A e 1B). Os resultados obtidos para sobrevivência do tratamento controle foram semelhantes aos relatados na literatura para o sistema tradicional de cultivo em leito de areia, sem o uso de fitorreguladores para Eucalyptus spp. (TITON et al., 2003b; WENDLING et al., 2003b; ROSA et al., 2009), inclusive para o híbrido de E. benthamii x E. dunnii (BRONDANI et al., 2012b), e E. benthamii (CUNHA et al., 2005). Tabela 1: Resumo da Análise de variância com decomposição dos tratamentos em regressão polinomial da Sobrevivência das Minicepas (SM) e da Produção de Brotações das Minicepas (PBM) de E. benthamii cultivadas em sistema hidropônico, aos 105 DAI em função dos tratamentos de BAP. Causa da Variação Quadrados Médios GL SM PBM 1 6200** 868,6** 1º grau 1 2828** 290,7** 2º grau 1 2235** 251** 3º grau 3 708,2* 41,7* Bloco 12 777,6 43,79 Resíduo 25,6 25,2 CVexp. (%) 11263 1410,3 SQM 16604 1812,2 SQT 0,678 0,778 R² Em que: Gl = graus de liberdade; SQM = soma de quadrados médios; SQM = soma de quadrados total; R² = coeficiente de determinação; * = significativo a 5% de probabilidade; ** = significativo a 1% de probabilidade; CVexp (%) = coeficiente de variação experimental. Segundo Brondani et al. (2012b), na miniestaquia de espécies de Eucalyptus a produção de brotações varia muito conforme as condições de trabalho. Titon et al. (2003b), trabalhando com E. grandis em cultivo em leito de areia obtiveram média geral de 12,1 16 brotações por minicepaa os 20 DAI. No entanto, a média geral do presente estudo foi inferior,7,58 brotações por minicepa aos 105 DAI, cultivadas em sistema hidropônico. Figura 1A: Média da sobrevivência das minicepas de E. benthamii cultivadas em sistema hidropônico após 4 aplicações do BAP aos 105 DAI. Figura 1B: Média da produtividade das minicepas de E. benthamii conduzidas em hidroponia após 4 aplicações do BAP aos 105 DAI. Com relação às concentrações do fitorregulador, é possível que a aplicação exógena do BAP tenha influenciado no balanço hormonal das plantas tendo como efeito o aumento da mortalidade das minicepas, ao se comparar com os valores médios da testemunha. Segundo Werner et al. (2001), geralmente o nível de citocinina endógena é alto em tecidos com capacidade mitótica, sendo necessários para manter o ciclo de divisão celular e podendo estar envolvido na diferenciação celular.Dessa forma, a aplicação exógena de reguladores de crescimento, em alguns casos,torna-se dispensável. BAP é uma das citocininas mais utilizadas na indução de brotações e essencial para o desenvolvimento inicial de ápices caulinares. No entanto, seu excesso é tóxico e caracterizase pela falta de alongamento das plantas, pelo encurtamento dos entrenós, pelo engrossamento exagerado dos caules, pela hiperhidricidade generalizada, entre outros (GRATTAPAGLIA & MACHADO, 1998). De maneira geral, quanto maior a concentração, maior a mortalidade das minicepas e, consequentemente, menor a produção de brotações registrada. Diante disso, observa-se que o sistema de cultivo foi eficiente quando não foi utilizado o fitorregulador. 17 5.1. Sobrevivência e produtividade das minicepas de E. benthamii do segundo ensaio Com base nos dados amostrados, pode-se observar que não houve interação (p<0,05) entre os fatores testados. No entanto, houve diferença significativa (p< 0,01) da sobrevivência ao longo dos dias avaliados e em relação às concentrações do BAP (Tabela 2). Tabela 2: Resumo da Análise de variância para a Sobrevivência das Minicepas (SM), de E. benthamii cultivadas em sistema hidropônico, em função dos DAI e das concentrações de BAP. Quadrados Médios SM 4 1648 ** BAP 5 17730** DAI 20 116,81 ns BAP X DAI 3 533,92** Bloco 87 147,00 Resíduo 20,60 CVexp (%) Em que: GL = graus de liberdade;* = significativo a 5% de probabilidade; ** = significativo a 1% de probabilidade;ns = não significativo; CVexp (%) = coeficiente de variação experimental. Causas de variação GL De maneira geral, a sobrevivência das minicepas cultivadas em sistema hidropônico foram inferiores aos das registradas em literatura. As médias da sobrevivência entre os tratamentos foram de 94; 91; 58; 54; 36 e 19% respectivamente, aos 30, 45, 60, 75, 90 3 105 DAI (Figura 2). Estudos realizados por Cunha et al. (2005), indicaram alta sobrevivência de minicepas E. benthamii; para o sistema canaletão em leito de areia a sobrevivência foi de 88% e para o cultivo em tubetes foi de 100%. Brondani et al. (2012b), ao trabalharem com híbrido E. benthamii × E. dunnii relataram sobrevivência de 100% para o clone H20, de 91,8% para o clone H12 e de 77,22% para o clone H19 durante 352 dias. Embora não tenha sido realizada nenhuma análise, a mortalidade das minicepas pode estar associada à salinidade da solução nutritiva, durante o experimento a condutividade elétrica (EC) manteve-se entre 1,8 e 2,2 mS.cm-1. A salinidade afeta a absorção de água, pois quando a água está carregada de sais, as plantas trabalham mais para absorvê-la. Além disso, há diminuição nas taxas fotossintéticas sob condições de estresse salino. Está diminuição ocorre devido ao fechamento estomático, para evitar a perda excessiva de água, absorvida de maneira restringida pelas raízes devido à redução no potencial osmótico na solução do solo ou na solução nutritiva. Em função do 18 fechamento dos estômatos, a aquisição e fixação de CO2 no processo fotossintético são reduzidas. A restrição às entradas de CO2 e nutrientes conduz à menor produção de fotoassimilados, comprometendo o crescimento e a produtividade das plantas (KLAR, 1984). Magalhães Filho et al. (2008), relatam que o fechamento dos estômatos ocorre devido à desidratação das células-guarda, ou por resposta hormonal. As citocininas são hormônios vegetais sintetizadas nas raízes das plantas e se movem via xilema para parte aérea, juntamente com a água e os sais minerais. O estresse salino interfere no funcionamento das raízes afetando a sua absorção prejudicando o desenvolvimento do vegetal (TAIZ & ZEIGER, 2004). Segundo Silva (2008), a taxa de sobrevivência de minicepas de Eucalyptus spp. é significativamente comprometida, quando submetida ao potencial salino de 8,5 mS.cm-1, por 21 dias ininterruptos. Figura 2: Médias da sobrevivência das minicepas de E. benthamii cultivadas em sistema hidropônico aos 30, 45, 60, 75, 90 e 105 DAI e após 4 aplicações do BAP. O modelo polinomial cúbico foi o que apresentou melhor ajuste para a sobrevivência das minicepas em função das diferentes concentrações de BAP (Tabela 3). Com base na interpretação da equação ajustada pode-se inferir que a concentração 2,5 mg.L-1 proporcionou uma menor sobrevivência das minicepas. A faixa entre 5 e 10 mg.L -1 resultaram em maiores sobrevivência das minicepas, porém foram muito semelhantes ao da testemunha (Figura 3). 19 Tabela 3: Resumo da Análise de variância com decomposição dos tratamentos em regressão polinomial da Sobrevivência das Minicepas (SM) de E. benthamii cultivadas em sistema hidropônico em função dos tratamentos de BAP. Quadrados Médios SM 1 91,266 ns 1º grau 1 8,0476 ns 2º grau 1 32928,5** 3º grau 87 147,002 Resíduo 20,60 CVexp. (%) 6496,31 SQM 6595,63 SQT 98,49 R² Em que: Gl = graus de liberdade; SQM = soma de quadrados médios; SQM = soma de quadrados total; R² = coeficiente de determinação; * = significativo a 5% de probabilidade; ** = significativo a 1% de probabilidade; ns = não significativo; CVexp (%) = coeficiente de variação experimental. Causa da Variação GL Figura 3: Sobrevivência média das minicepas de E. benthamii cultivadas em sistema hidropônico em função das diferentes concentrações de BAP. As médias gerais da sobrevivência para as diferentes concentrações do BAP encontradas no presente estudo estão abaixo daquelas apresentadas para Eucalyptus spp. (TITON et al., 2003b; WENDLING et al., 2003b; CUNHA et al., 2005; ROSA et al., 2009; BRONDANI et al., 2012b). Entretanto, estes autores não utilizaram reguladores de crescimento como indutores de brotações em seus respectivos experimentos. Segundo Alfenas et al. (2009), concentrações elevadas de BAP podem proporcionar o acúmulo desse fitorregulador nos tecidos e prejudicar desenvolvimento posterior das plantas. 20 Houve interação (p< 0,01) entre os fatores testados quanto à produção de miniestacas (Tabela 4). Tabela 4: Resumo da Análise de variância para a Produtividade das Minicepas (PM), de E. benthamii cultivadas em sistema hidropônico em função do número de coletas e das diferentes concentrações de BAP. Causas de variação GL BAP NC BAP X NC Bloco Resíduo CVexp (%) 4 2 8 3 42 - Quadrados Médios PM 100,26 906,05** 11,11** 4,84** 1,11 11,41 Em que: GL = graus de liberdade; NC = número de coletas * = significativo a 5% de probabilidade; ** = significativo a 1% de probabilidade; CVexp (%) = coeficiente de variação experimental. O melhor desempenho quanto à produtividade das minicepas ocorreu para testemunha com produção de 20 miniestacas por minicepa na primeira coleta, 14 miniestacas por minicepa na segunda e 8 miniestacas por minicepa na terceira, não houve diferença estatística entre os demais tratamentos (Tabela 5). Tabela 5: Variação da produtividade de miniestacas de E. benthamii em sistema hidropônico em função do número e coletas e das diferentes concentrações de BAP. Concentração -1 Número de coletas BAP (mg.L ) 1 2 3 0 20Aa 14Ba 8Ca 2,5 16Ab 5Bb 0Cc 5 16Ab 5Bb 4Bb 7,5 16Ab 5Bb 4Bb 10 16Ab 5Bb 4Bb Linha letra maiúscula, coluna letra minúscula. Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade pelo teste de Tukey. Os resultados obtidos foram superiores aos encontrado por Cunha et al. (2005), que ao trabalharem com E. benthamii constataram produtividade de 8,1 miniestacas por minicepas. Titon et al. (2003b) observaram valor médio de 9,7 miniestacas por minicepa para quatro clones de Eucalyptus spp.,dentro de oito coletas efetuadas. 21 No entanto, Brondani et al. (2012b) encontraram valores médios de 20.942,27 miniestacas m-2.ano-1 e 20.748,14 miniestacas m-2 .ano-1, respectivamente para os clones H19 e H20 no intervalo de 27 coletas para o hibrido de E. benthamii x E. dunnii. Observa-se uma distribuição desigual das coletas de brotações na miniestaquia. Souza Junior e Wendling (2003) observaram variação de 1,7 a 2,6 miniestacas por minicepa nas primeiras coletas de propágulos efetuadas para Eucalyptus dunnii. Rosa et al. (2009), também verificaram distribuição desigual das coletas de brotações na miniestaquia de Eucalyptus spp. Este fato pode ser atribuído a alta taxa de mortalidade das minicepas que resultaram em baixa produtividade de brotações, acarretando em uma distribuição desigual de miniestacas entre as coletas. Em termos gerais, a baixa sobrevivência das minicepas evidencia que a metodologia adotada no experimento, quanto às condições de cultivo no minijardim clonal em sistema hidropônico sob diferentes concentrações de BAP, não foi eficiente para sobrevivência das minicepas e produtividade de miniestacas de E. benthamii, sendo necessária a substituição da matriz em um curto espaço de tempo. 22 6. CONCLUSÕES Diante do exposto pode-se concluir: A aplicação exógena de BAP em solução nutritiva proporcionou mortalidade nas minicepas de E. benthamii, afetando assim a sua produtividade. As minicepas de E. benthamii cultivados em minijardim clonal em sistema hidropônico não foram eficientes para produtividade de miniestacas. 23 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRAF – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS PRODUTORES DE FLORESTAS PLANTADAS. Anuário Estatístico da ABRAF 2013 ano base 2012. Brasília: ABRAF, 2013. 148 p ADAMS, P. Nutrition of Green house vegetables in NFT and hydroponic systems. Acta Horticulturae, Wageningen, n.361, p.245-257, 1994. ALFENAS, A. C.; ZAUZA, E. A. V.; MAFIA, R. G.; ASSIS, T. F de. Clonagem e doenças do eucalipto. Viçosa: Editora UFV, 2009. 442 p. AWAD, M.; CASTRO, P. R. C.: Introdução à fisiologia vegetal. São Paulo: Nobel, 1989. 177p. BARBOSA, M. S,;BARBOSA, J. G.; FINGER, F. L.; PONTES, T.;RAIMUNDO, M. R.; FERREIRA, T. C. Produtividade e longevidade de crisântemos, cultivados em hidroponia, em resposta a doses de cálcio. Ciência Agrotécnica, Lavras, v. 34, n. 5, p. 1205-1210, 2010. BARROSO, G.M. Sistemática de angiospermas do Brasil. Viçosa: UFV, v.2. 1984. 377p. BENINCASA, M. M. P.: Fisiologia Vegetal. São Paulo. FUNEP, 2ª ed. 2004. 169 p. BRONDANI, G. E. DUTRA, L. F.; GROSSI, F.; WENDLING, I.; HORNIG.J. Estabelecimento, multiplicação e alongamento in vitro de Eucalyptus benthamii Maiden & Cambage X Eucalyptus dunnii Maiden, Revista Árvore, Viçosa, v. 33, n. 1, p. 11-19, 2009. BRONDANI, G. E.; GROSSI, F.; WENDLING, I.; DUTRA, L. F.; ARAUJO, M. A. Aplicação de IBA para o enraizamento de miniestacas de Eucalyptus benthamii Maiden & Cambage x Eucalyptus dunnii Maiden. Acta Scientiarum Agronomy. Maringá, v. 32, n. 4, p. 667-674, 2010. BRONDANI, G. E.; DUTRA, L. F.; WENDLING, I.; GROSSI, F.; HANSEL, F. A.; ARAUJO, M. A. Micropropagation of an Eucalyptus hybrid (Eucalyptus benthamii x Eucalyptus dunnii). Acta Scientiarum Agronomy. Maringá, v. 33, n. 4,p. 655-663, 2011. BRONDANI, G. E.; HOFFMANN, J. M. E.; GONÇALVES, A. N.; ALMEIDA, M. de. Determinação do teor de carboidratos em minicepas de Eucalyptus benthamii. Journal of Biotechnology and Biodiversity.v. 3, n. 1: p. 51-60, 2012a. BRONDANI, G. E.;WENDLING, I.; GROSSI, F.; DUTRA, L. F.; ARAUJO, M. A. DE. Miniestaquia de Eucalyptus benthamii x Eucalyptus dunnii: (I) Sobrevivência de minicepas e produção de miniestacas em função das coletas e estações do ano. Ciência Florestal, v. 22, n. 1, p. 11-21, 2012b. BORGES, S. R.; XAVIER, A.; OLIVEIRA, L. S. DE. MELO, L. A. DE.; ROSADO, A. M. Enraizamento de miniestacas de clones híbridos de Eucalyptus globulus. Revista Árvore, Viçosa, v.35, n.3, p.425-434, 2011. 24 BUTCHER, P.; SKINNER, A.; GARDINER, C. Increased inbreeding and inter-species gene flow in remnant populations of the rare Eucalyptus benthamii. Genetics, v. 6, n. 2, p. 213226, 2005. COELHO, R. L. Acúmulo de nitrato e produtividade de cultivares de almeirão em cultivo hidropônico - NFT. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual Paulista, 76 p. Jaboticabal. 2002. CUNHA, A. C. M. M. da; WENDLING, I. SOUZA, L. Produtividade e sobrevivência de minicepas de Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage em sistema de hidroponia e em tubete. Ciência Florestal. v.15, n.003, p. 307-310, 2005. CUNHA, A. C. M. M. da; PAIVA, H. N.; BARROS, N. F. de.; LEITE, H. G.; LEITE, F. P. Relação do estado nutricional de minicepas com o número de miniestacas de eucalipto. Scientia Forestalis. v. 36, n. 79, p. 203-213, 2008. CUNHA, A. C. M. M. da; PAIVA, H. N. de; LEITE, H. G.; BARROS, N. F. de; LEITE, F. P. Relações entre variáveis climáticas com produção e enraizamento de miniestacas de eucalipto. Revista Árvore.v.33, n.2, p.195-203, 2009. DAVES, P. J. The plant hormones: Their nature occurrence, and functions, In: DAVES, P. J. Plant hormones: Physiology, biochemistry and molecular biology. Dordrecht, Kluwer Academic Publication, p. 1-12, 1995. DINIZ, J. D. N. Ácido giberélico (GA3) e 6-benzilaminopurina (BAP) no crescimento in vitro de macela (Egletes viscosa (L.) Less.). Ciência Agrotécnica, Lavras. V.27, n.4, p. 934-938, 2003. EPSTEIN, E.; BLOOM, A. J. Nutrição mineral de plantas: princípios e perspectivas. Londrina: Editora Planta, 2006. 403p. ERIG, A. C.; ROSSI, A. de; FORTES, G. R. DE L. 6-benzilaminopurina e ácido indolbutírico na multiplicação in vitro da amoreira-preta (Rubusidaeus L.), cv. Tupy. Ciência Rural, Santa Maria, v.32, n.5, p. 765-770, 2002. FERNANDES, A. A.; MARTINEZ, H. E. P.; PEREIRA, P. R. G.; FONSECA, M. C. M. Produtividade, acúmulo de nitrato e estado nutricional de cultivares de alface, em hidroponia, em função de fontes de nutrientes. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 20, n. 2, p. 195-200, junho 2.002. FURLANI, P. R. Instruções para o cultivo de hortaliças de folha pela técnica de hidroponia – NFT. Campinas: Instituto Agronômico de Campinas, 30 p. 1998. FURLANI, P. R.; BOLONHEZI, D.; SILVEIRA, L. C. & FAQUIN, V.Cultivo hidropônico de Plantas. Campinas, Instituto Agronômico, 1999. 52 p. (Boletim técnico, 180). FREITAS, A. F. de. Produtividade de minicepas e enraizamento de miniestacas de híbridos de Eucalyptus globulus Labill. em resposta a N, B E Zn. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Viçosa. 97 p. Viçosa, 2013. 25 FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS - FAO. Global Forest Resources Assessment 2000 – Main report. FAO Forestry Paper. ISSN 02586150, 2000. 479 p. Em: www.fao.org/forestry/fo/fra/main/index.jsp. GENÚNCIO, G. C; MAJEROWICZ, N; ZONTA E; SANTOS, A. M; GRACIA, D; AHMED, C. R. M; SILVA, M. G. 2006. Crescimento e produtividade do tomateiro em cultivo hidropônico NFT em fungos da concentração iônica da solução nutritiva. Horticultura Brasileira. Brasília, v. 24, n. p. 175-179. GRATTAPAGLIA, D.; MACHADO, M. A. Micropropagação. In: TORRES, A.C. et al. Cultura de tecidos e transformação genética de plantas. Brasília: Embrapa-SPI/EmbrapaCNPH, 1998. p.183-260. GRAÇA, M. E. C.; SHIMIZU, J. Y.; TAVARES, F. R. Capacidade de rebrota e de enraizamento de Eucalyptus benthamii. Boletim de Pesquisa Florestal, Colombo-PR, n. 39, p. 135-138, 1999. GRAÇA, M. E. C.; KALIL FILHO, A. N.; MEDEIROS, A. C. DE S.; TAVARES, F. R. Efeitos das citocininas benzilaminopurina e thidiazuron, na multiplicação “in vitro” de brotações de Eucalyptus dunnii Maid. Boletim de Pesquisas Florestal, Colombo-PR, n. 43, p.107-112, 2001. GOULART, P. B.; XAVIER, A. Influência do modo de acondicionamento de miniestacas no enraizamento de clones de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla. Revista Árvore, Viçosa, v.34, n.3, p.407-415, 2010. HARTMANN, H.T.; KESTER, D.E.; DAVIES JR., F.T. Plant propagation; principles and practices.6 ed. New Jersey: Prentice Hall. 770 p.1997. HIGA, R. C. V. Aspectos ecológicos e silviculturais do Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage. Boletim de Pesquisa Florestal, Colombo/PR, n. 38, p. 121-123, 1999. HIGA, R. C. V.; PEREIRA, J. C. D. Usos potenciais do Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage. Colombo-PR: Embrapa Florestas, 2003. Comunicado Técnico nº 100. 4 p. HIGASHI, E. N; SILVEIRA, R. L. V de A.;GONÇALVES, A. N. Propagação vegetativa de Eucalyptus: princípios básicos e sua evolução no Brasil. IPEF: 2000. Circular Técnica Nº 192. 14 p. ESALQ/USP. IRATI. Prefeitura Municipal de Irati. Localização Geográfica. 2012. Disponível em http://www.irati.pr.gov.br/internas.php?url=mun_geografia. Acessado em 04/09/2012. JOHANSON, C. M.; STOUT, T. C.; BROYER, A.; CARLTON, B. Comparative chlorine requirements of different plant species. Plant and Soil, 8:337-353, 1957. KLAR, A. E. Evapotranspiração. In: KLAR, A. E. A água no sistema solo-plantaatmosfera. 2ed. São Paulo: Nobel, 1984, 408 p. 26 MAGALHÃES FILHO, J. R.; AMARAL, L. R.; MACHADO, D. F. S. P.; MEDINA, C. L.; MACHADO, E. C. Deficiência hídrica, trocas gasosas e crescimento de raízes em laranjeira ‘valência’ sobre dois tipos de porta-enxerto. Bragantia, v.67, p.75-82, 2008. MARTINEZ, H. E. P.; SILVA FILHO, J. B. da. Introdução ao cultivo hidropônico de plantas. Viçosa. Editora UFV. 115 p. 2006. MARTINEZ, H. E. P.; CLEMENTE, J. M. Uso do cultivo hidropônico de plantas em pesquisas. Série didática. Viçosa. Editora UFV. 80 p. 2011. NISGOSKI, S.; MUÑIZ, G. I. B. de; KLOCK, U. Caracterização anatômica da madeira de Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 8, n. 1, p. 6776, 1998. OLIVEIRA-CAUDURO, DE Y; ADAMUCHIO, L. G.; DEGENHARDT-GOLDBACH, J.;BESPALHOK FILHO, J. C. DIBAX, R.; QUOIRIN, M. Organogênese indireta a partir de explantes foliares e multiplicação in vitro de brotações de Eucalyptus benthamii X Eucalyptus dunnii. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 24, n. 2, p. 347-355, 2014. PALUDZYSZYN FILHO, E. ; SANTO, P. E. T.; FERREIRA, C. A. Eucaliptos indicados para plantio no estado do Paraná. Colombo-PR: Embrapa Florestas, 2006. 45p. (Embrapa Florestas, Documentos, 129). PEREIRA, M. A. Tiametoxam em plantas de cana-de-açúcar, feijoeiro, soja, laranjeira e cafeeiro: parâmetros de desenvolvimento e aspectos bioquímicos. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. 125 p. Piracicaba. 2010. PURQUERIO, L. F. V.; CECÍLIO FILHO, A. B.; BARBOSA, J. C. Efeito da concentração de nitrogênio na solução nutritiva e do número de frutos por planta sobre a produção do meloeiro. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 21, n. 2, p. 185-190, 2003. ROSA, L. S. DA; WENDLING, I.; GROSSI, F.; REISSMANN, C. B.Efeito da dose de nitrogênio e de formulações de substratos na miniestaquia de Eucalyptus dunnii Maiden. Revista Árvore, Viçosa, v.33, n.6, p.1025-1035, 2009. SCARASSATI, A. Avaliações ambiental e nutricional da produção de microcepas e microestacas de Eucalyptus grandis x E. urophylla em sistema hidropônico em casa-devegetação. Tese de Doutorado.Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. 153 p. Botucatu. 2003. SILVA, M. P. Produção de miniestacas e desenvolvimento de mudas de eucalipto em diferentes concentrações salinas. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. 87 p. Diamantina. 2008. SILVEIRA, P.KOEHLER, H. S.; SANQUETTA, C.R.; ARCE, J. E. O estado da arte na estimativa de biomassa e carbono em formações florestais. Floresta, Curitiba, v. 38, n. 1, p. 185-206. 2008. 27 SOUZA M. A. A.; ARAÚJO O. J. L.; FERREIRA M. A.; STARK E. M. L. M.; FERNANDES M. S; SOUZA S. R. Produção de biomassa e óleo essencial de hortelã em hidroponia em função de nitrogênio e fósforo. Horticultura Brasileira, Brasília, v. 25, n. 1, p. 041-048.2007. SOUZA, J.A. DE; SCHUCH, M. W.;DONINII, L. P.; RIBEIRO, M. DE F. Tipos e concentrações de citocinina na multiplicação in vitro de pitangueira. Ciência Rural, Santa Maria, v.38, n.7, p.2046-2048, 2008. SOUZA JUNIOR, L.; WENDLING, I. Propagação vegetativa de Eucalyptus dunnii via miniestaquia de material juvenil. Boletim de Pesquisa Florestal, n. 46, p. 21-30, 2003. TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. São Paulo: Limed, 2004, 719 p. TITON, M.; XAVIER, A.; OTONI,W.; CREIS G. G. dos. Efeito do AIB no enraizamento de miniestacas e microestacas de clones de Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden. Revista Árvore, v.27, n.1, p.1-7, 2003a. TITON, M.; XAVIER, A.; REIS, G. G.; OTONI, W. C. Eficiência das minicepas e microcepas na produção de propágulos de clones de Eucalyptus grandis. RevistaÁrvore, Viçosa, v.27, n.5, p.619-625, 2003b. WENDLING, I. ; XAVIER, A. Miniestaquia seriada no rejuvenescimento de clones de Eucalyptus. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 38. n. 4. p. 475-480, 2003a. WENDLING, I.; XAVIER, A.; PAIVA, H. N. Influência da miniestaquia seriada no vigor de minicepas de clones de Eucalyptus grandis. Revista Árvore, Viçosa, v.27, n.5, p.611-618, 2003b. WENDLING, I. ; DUTRA, L. F. Produção de mudas de eucalipto por estaquia e miniestaquia. In: WENDLING, I. ; DUTRA, L. F. Produção de mudas de eucalipto. Embrapa Florestas, Colombo, cap. 2 p. 50-80, 2010. WERNER, T.; MOTYKA, V.; STRNAD, M.; SCHMÜLLING, T. Regulation of plant growth by cytokinin. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United State of America, v.98, p. 10487-10492, 2001. WINK,C.Estoque de carbono em plantações de Eucalyptus ssp. implantados em campo ativo. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Santa Maria. 132 p. 2009. XAVIER, A; SANTOS, G. A. Clonagem em espécies florestais nativas. ROCHA, M. G.B. (Ed). Melhoramento de espécies arbóreas nativas. Belo Horizonte: IEF, 173 p. 2002. XAVIER, A.; WENDLING, I.; DA SILVA, R. L. Silvicultura clonal: princípios e técnicas. Viçosa. Editora UFV. 2009. 272 p. XAVIER, A.; SILVA, R. L. Evolução da silvicultura clonal de Eucalyptus no Brasil. Agronomia Costarricense, v. 34, p. 93-98, 2010. 28