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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE, UNICENTRO-PR
SOBREVIVÊNCIA E PRODUTIVIDADE DE
MINICEPAS DE Eucalyptus benthamii CULTIVADAS
EM HIDROPONIA NA PRESENÇA DE BAP
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
GISELE DE FÁTIMA PRATES
IRATI-PR
2014
GISELE DE FÁTIMA PRATES
SOBREVIVÊNCIA E PRODUTIVIDADE DE MINICEPAS DE Eucalyptus benthamii
CULTIVADAS EM NA PRESENÇA DE BAP
Dissertação apresentada à Universidade
Estadual do Centro-Oeste, como parte das
exigências do Programa de Pós-Graduação
Stricto Sensu em Ciências Florestais, área de
concentração em Manejo Sustentável Dos
Recursos Florestais, para a obtenção do título
de Mestre.
Prof. Dr. Flávio Augusto de Oliveira Garcia
Orientador
Prof. Dra. Fabiana S. Bandeira Peres
Coorientadora
Prof. Dra. Kátia Cylene Lombardi
Coorientadora
IRATI-PR
2014
Aos meus filhos Miguel e Alice
Dedico
“É somente nas misteriosas equações do amor
que alguma lógica real pode ser encontrada”.
(John Nach)
AGRADECIMENTOS
À Deus e a Nossa Senhora por sempre demonstrarem presente na minha vida.
À Coordenação de Pós-Graduação pela paciência e compreensão no decorrer da
pesquisa.
Ao professor Dr. Flávio Augusto De Oliveira Garcia, pela paciência, “pelos puxões de
orelha”, dedicação e orientação ao trabalho, além da amizade e compreensão nos momentos
difíceis que passei no decorrer deste trabalho.
À professora Dra. Fabiana S. Bandeira Peres, pela amizade e orientações na
dissertação.
À professora Dra. Kátia Cylene Lombardi, por abrir as portas de seu laboratório e
disponibilizar os reagentes necessários para as soluções nutritivas, além da sua colaboração na
pesquisa.
À técnica de laboratório de solos Odiméia Teixeira.
Aos colegas do Laboratório de Proteção Florestal, em especial a mestranda Dyanndra
Neves e a estagiária Daniela Sason, por toda ajuda na montagem e monitoramento dos
experimentos.
As minhas amigas Simone Hanzen, Ana Lídia Moura e Eloise Prates, que mesmo
distante sempre estiveram ao meu lado.
À secretária do programa de Mestrado Flávia Bühler dos Santos, pela amizade e apoio.
Ao CNPq pela bolsa de estudo concedida para realização desta pesquisa.
À todos os professores da UNICENTRO que fizeram parte da minha formação.
Aos meus pais, João e Vera Prates, aos meus irmãos Joelcio, Gislaine, Ana Claudia e
Alesson e os meus sobrinhos Kimberlly, Maria Rita, Guilherme, João Francisco e Emily, por
todo amor, carinho e incentivo.
Em especial ao meu marido Cleverson e aos meus filhos Miguel e Alice por todo
amor, carinho, apoio, compreensão e principalmente paciência nesta jornada.Amo muito
vocês!
SUMÁRIO
RESUMO .................................................................................................................... ix
ABSTRACT ................................................................................................................. x
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1
2. RERERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 3
2.1. Eucalyptus spp.................................................................................................... 3
2.2. Eucalyptus benthamii.......................................................................................... 4
2.3. Propagação Vegetativa por miniestaquia em Eucalyptus spp. .............................. 5
2.4. Hormônios Vegetais ........................................................................................... 7
2.5. Sistema Hidropônico .......................................................................................... 9
3. OBJETIVOS ........................................................................................................... 12
3.1. Objetivo geral ................................................................................................... 12
3.2. Objetivos específicos ........................................................................................ 12
4. MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 13
4.1. Local de condução dos experimentos ................................................................ 13
4.2. Material vegetal e formação do minijardim clonal ............................................. 13
4.3. Coleta de brotações e preparo das miniestacas .................................................. 14
4.4. Nutrição das minicepas e aplicação do 6-benzilaminopurina ............................. 14
4.5. Avaliações e processos estatísticos.................................................................... 15
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 16
5.1. Sobrevivência e produção de brotações de minicepas de E. benthamii do primeiro
ensaio ...................................................................................................................... 16
5.1. Sobrevivência e produtividade das minicepas de E. benthamii do segundo ensaio
................................................................................................................................ 18
6. CONCLUSÕES ...................................................................................................... 23
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 24
viii
RESUMO
Gisele de Fátima Prates. Sobrevivência e produtividade de minicepas de Eucalyptus
benthamii cultivadas em hidroponia na presença de BAP.
O presente trabalho teve como objetivos avaliar o efeito do regulador de crescimento BAP na
sobrevivência, bem como na produtividade de brotações em minicepas de E. benthamii
conduzidas em sistema hidropônico. Para tal, foram montados dois experimentos em épocas
distintas. Para a formação do minijardim clonal em sistema hidropônico foram utilizadas
mudas clonais de E. benthamii com aproximadamente 100 dias de idade. As mudas foram
cultivadas em jardineiras contendo a solução nutritiva. Os experimentos foram conduzidos em
delineamento em blocos ao acaso com 4 blocos e 5 tratamentos com 10 plantas por repetição
no primeiro ensaio e 6 plantas no segundo. Os tratamentos foram constituídos de 4 doses de
BAP e uma testemunha. No primeiro ensaio, aos 105 dias, a maior média de sobrevivência
das minicepas (80%), e maior produção de brotações (25 brotos) foram registradas para
testemunha. No segundo ensaio as minicepas apresentaram uma baixa taxa de sobrevivência.
A média da sobrevivência nas 6 avaliações realizadas foram de 63, 45, 65, 64 e 58
respectivamente, para os tratamentos 1, 2, 3, 4, e 5. Foram realizadas 3 coletas sendo o melhor
desempenho registrado pela testemunha com produtividade média de 20,25; 14,75 e 8
minestacas respectivamente, para 1, 2 e 3 coleta.
Palavras – chave: Eucalyptus benthamii, BAP, sistema hidropônico.
ix
ABSTRACT
Gisele de Fátima Prates. Survival and Productivity of Eucalyptus benthamii Ministumps in
Hydroponisc System with BAP presence.
This work aimed to evaluate BAP effect in survival and productivity of E. benthamii
ministumps samplings handled in hydorponics system. For clonal mini-garden formation
handled in hydroponic system, it was used grafted clones of E. benthamii with 100 days. The
plants were cultivated in planters with nutrient solution. The experiment was conducted in a
randomized bloks design with five treatments, four repetitions and ten plants in each
experimental unit at the first trial, and six plants at the second one. The treatments were
consisted of four dosages of BAP and the control. In the first trial, with 105 days, the highest
mean values of ministumps survival (80%), and increased production of shoots (25) were
recorded to control. In the second trial, the ministumps presented low survival rate. The
average survival on the six evaluations were: 63, 45, 65, 64 and 58, respectively, for the
treatments 1, 2, 3, 4 and 5. Three samples were collected, and the best performance were
recorded by the control treatment, with an average yield of 20.25; 14.75 and 8 ministumps,
respectively, for first, second and third sample.
Keywords: Eucalyptus benthamii, BAP, hydroponics system.
x
1. INTRODUÇÃO
O cultivo de Eucalyptus spp. é uma atividade de suma importância para o setor de
base florestal brasileiro. Contudo as espécies de Eucalyptus adaptadas às condições climáticas
mais frias, situações comuns à região Sul do Brasil formam um grupo muito restrito
(BRONDANI et al., 2010).
Entre as espécies aptas à situação mencionada, Eucalyptus benthamii Maiden et
Cambage tem-se destacado pelo rápido crescimento e, principalmente, por sua resistência às
geadas. No entanto, esta espécie tem apresentado algumas restrições em relação à produção e
custos de sementes implicando em dificuldades na produção de mudas da espécie
(PALUDZYSZYN FILHO; SANTOS; FERREIRA, 2006).
Devido às limitações de material genético via seminal, técnicas de propagação clonal
utilizadas para a produção de mudas de outras espécies do gênero Eucalyptus, tais como
estaquia (miniestaquia), enxertia e micropropagação têm sido propostas como alternativa para
a produção de mudas de E. benthamii.
Dentre estas técnicas, inicialmente a estaquia e posteriormente a miniestaquia
tornaram-se as mais difundidas e utilizadas em viveiros florestais na produção de mudas de
Eucalyptus spp., sendo a segunda a mais difundida a partir dos anos 1990 até
atualmente(WENDLING et al., 2003a).
No entanto, a produção massal de E. benthamii por meio da miniestaquia não é viável
comercialmente até o momento, devido aos baixos índices de produtividade das minicepas e
de enraizamento das miniestacas (BRONDANI et al., 2012a). Uma possibilidade para
contornar essas limitações, pode ser o uso de reguladores de crescimento como indutores de
brotações e de enraizamento adventício de miniestacas de E. benthamii.
As citocininas são hormônios vegetais derivados da adenina, caracterizadas por induzir
a divisão celular em plantas, sobretudo, na presença de uma auxina (DAVES, 1995). As
auxinas desempenham um importante papel no efeito da rizogênese em estacas, bem como
auxiliam no estimulo à divisão celular, pois a alta relação dos níveis auxina/citocinina
favorece o enraizamento e a elevada relação dos níveis citocinina/auxina favorece a formação
de brotações (HARTMANN et al., 1997).
O 6-benzilaminopurina (BAP) é um composto com atividade citocinínica, exercendo
influência na formação inicial de brotações, muito utilizado na cultura de tecidos. Contudo,
pouco sabe-se do efeito do BAP na indução de brotações de Eucalyptus spp. pelo método da
miniestaquia.
1
Portanto, é necessário que se avalie o uso dessa citocinina e os níveis ótimos para
indução de brotações de E. benthamii, bem como o melhor método de aplicação da mesma,
uma vez que a espécie apresenta dificuldade na produtividade das minicepas.
Uma alternativa é a aplicação do BAP nas raízes das plantas cultivadas em minijardim
clonal em sistema hidropônico. Neste sistema as raízes das plantas são imersas em solução
nutritiva contendo todos os elementos necessários para o seu crescimento e desenvolvimento,
possibilitando o controle de nutrientes bem como adição efetiva de pequenas quantidades de
compostos específicos, como reguladores de crescimento e herbicidas na superfície da raiz
(EPSTEIN & BLOOM, 2006).
A técnica de cultivo de plantas em solução nutritiva desde sua introdução tem sido
muito utilizada na horticultura para produção de diversos cultivares de alface (FERNANDES
et al., 2002), tomate (GENÚNCIO et al., 2006), batata (MOLDERS et al., 2012), hortelã
(SOUZA et al., 2007), crisântemo (BARBOSA et al., 2008), meloeiro (PURQUERIO et al.,
2003) goiabeira (FRANCO & PRADO, 2006) entre outras, atingindo produtividade igual ou
superior aos demais métodos de cultivo.
A produtividade das minicepas de Eucalyptus spp. em sistema semi-hidropônico vem
sendo pesquisada por vários autores (TITON et al., 2003; SOUZA JUNIOR& WENDLING,
2003; CUNHA et al., 2005;CUNHA et al., 2008; BRONDANI et al., 2012b). No entanto, não
são relatados na literatura estudos que utilizem o sistema hidropônico para produção de
miniestacas de E. benthamii mediados por reguladores de crescimento.
Dessa forma, o presente trabalho justifica-se pela ausência de informações a respeito
do uso do BAP em soluções nutritivas, sobretudo dos níveis ótimos para indução de brotações
de minicepas de E. benthamii, podendo ser uma alternativa para produção de miniestacas da
espécie.
2
2. RERERENCIAL TEÓRICO
2.1. Eucalyptus spp.
A família Myrtaceae possui aproximadamente 100 gêneros e 3.500 espécies,
distribuídas principalmente nas regiões tropicais e subtropicais do mundo, com centros de
diversidade na América tropical, Austrália e em algumas regiões temperadas (Barroso, 1984).
O gênero Eucalyptus é um dos mais importantes desta família com mais de 600 espécies
descritas; as quais ocorrem na Austrália, Indonésia e Papua Nova Guiné (FAO, 2000).
No Brasil Eucalyptus spp. foram introduzidos em 1825 para uso ornamental e na
formação de quebra-ventos. Todavia, devido ao seu rápido crescimento, passou a ser utilizado
na produção de diversos produtos para variáveis fins (WINK, 2009). Sendo hoje importante
em diversos setores, como o de celulose, energia, siderurgia, indústria moveleira, agricultura,
entre outros (SILVEIRA et al., 2008).
As diversas espécies de Eucalyptus cultivadas no Brasil, em geral apresentam grande
adaptabilidade às condições edafoclimáticas das regiões cultivadas, proporcionando rápido
crescimento dos povoamentos e madeira de qualidade (SILVEIRA et al., 2008). Ao longo dos
anos estas características têm levado ao aumento da área cultivada com Eucalyptus spp. no
país, inclusive em detrimento de outras culturas de relevância florestal como Pinus spp.
Em 2012 as áreas de plantios de Eucalyptus spp. tiveram um aumento de 4,5% em
relação a 2011. Já as áreas com plantios de Pinus spp.apresentaram um decréscimo de 5,1 %
em relação ao mesmo período. No Paraná os plantios de Eucalyptus spp.em 2012 totalizaram
mais de 197 mil hectares, representando um aumento de 4,9% comparado a 2011 (ABRAF,
2013).
Todavia, fatores climáticos tem impedido a expansão da eucaliptocultura para algumas
áreas paranaenses, principalmente aquelas com histórico de geadas. Nesta situação as espécies
tropicais de Eucalyptus assim como seus híbridos, apresentam suscetibilidade a este fator
climático e em muitas ocasiões ocorre a morte de todo o povoamento.
Melhoristas florestais buscam há anos uma solução para este problema, tendo
inclusive selecionado algumas espécies passíveis de serem cultivadas no estado do Paraná
como: E dunnii, E. benthamii, E. saligna, E. grandis, E. viminalis, E. camaldulensis, E.
cloeziana, E. badjensis (PALUDZYSZYN FILHO et al., 2006). Contudo, dentre estas, E.
benthamii é a espécie que tem apresentado resultados promissores para o cultivo em regiões
3
de geada devido a sua alta resistência, sendo que E. viminalis e E. dunnii possuem níveis
menores de resistência em comparação ao E. benthamii.
2.2. Eucalyptus benthamii
A espécie Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage é nativa da Austrália, encontrada
em áreas restritas a oeste de Sydney na planície ao longo do rio Nepean. Inicialmente a
espécie era localizada em áreas de solos férteis com precipitação anual de 1100 mm e
ocorrência de geadas leves. Todavia teve sua população original reduzida pelo avanço da
agropecuária e pela inundação da planície devido a construção da barragem de Warragamba
(HIGA & PEREIRA, 2003).
O efeito da destruição do hábitat desta espécie é que hoje existem menos de 10.000
indivíduos no centro de origem, o que implica em possibilidade de endogamia (BUTCHER et
al, 2005).
Nessas áreas remanescentes, o florescimento ocorre nos meses de abril a maio, mas os
botões florais são encontrados durante todo o ano, exceto em fevereiro. Os frutos maduros são
coletados de abril a junho e outubro a dezembro. Tanto a intensidade e a época de
florescimento quanto à frutificação variam consideravelmente entre indivíduos (HIGA, 1999).
No Brasil E. benthamii foi introduzido pela Embrapa Florestas em 1988 (NISGOSKI,
et al., 1998). Esta população é oriunda de famílias misturadas de dez matrizes das
procedências Wentworth Falls (NSW) Austrália, e tem mostrado alta resistência à geada,
rápido crescimento, boa forma de fuste e alta homogeneidade do talhão, tornando-a uma
espécie promissora para cultivos em regiões onde ocorrem geadas frequentes e severas, como
em partes do sul do Brasil (GRAÇA et al., 1999).
Segundo Higa & Pereira (2003), a espécie oferece potencial para ser utilizada como
lenha, carvão e na indústria de celulose, não recomendando o uso para a serraria devido à
rachaduras no processo de secagem.
Em 2005, para ampliar a base genética da população de E. benthamii no Brasil, a
Embrapa Florestas importou 36 lotes de sementes coletados de progênies de polinização
aberta e ainda dois lotes adicionais formados a partir da mistura de sementes colhidas em
árvores pertencentes a duas populações naturais remanescentes (PALUDZYSZYN FILHO et
al., 2006). Os autores ainda relatam que mesmo com estes esforços, esta área de produção de
sementes denominada de Área Alterada de Coleta de Sementes com Matrizes Marcadas
(ACS-AM), produz sementes de baixo vigor, com baixas taxas de germinação principal
4
consequência da endogamia já relatada, levando ao aumento do custo destas sementes e do
custo final da produção de mudas. Uma alternativa para controlar estas limitações é o uso do
método de propagação vegetativa para a produção de mudas da espécie.
2.3. Propagação Vegetativa por miniestaquia em Eucalyptus spp.
As primeiras tentativas de clonagem de Eucalyptus spp. datam de 1950, quando
pesquisadores australianos, franceses e norte africanos clonaram várias espécies de
Eucalyptus através do enraizamento de estacas obtidas de mudas de origem seminais. No
Brasil a clonagem foi introduzida em 1970, quando os plantios apresentavam alta
heterogeneidade e incidência da doença cancro-do-eucalipto. Esses dois fatores foram
determinantes para desenvolvimento deste método em escala comercial (ALFENAS et al.,
2009).
Inicialmente a clonagem era feita pelo uso da estaquia convencional, sendo as estacas
obtidas de árvores injuriadas e posteriormente de cepas cultivadas em um jardim, denominado
de jardim clonal (ALFENAS et al.,2009). No entanto, devido algumas limitações no que se
refere à propagação de material adulto, baixo percentual de enraizamento de espécies
recalcitrantes, disseminação de doenças no jardim clonal entre outros, a miniestaquia foi
implementada e a partir de então passou a ser a técnica predominante de propagação de
Eucalyptus spp. e grandes viveiros florestais no Brasil (XAVIER & SILVA, 2010).
A miniestaquia trouxe inúmeras vantagens em relação à propagação vegetativa e
também à técnica convencional de estaquia, anteriormente utilizada (TITON et al., 2003a).
Assim, proporcionou ganhos consideráveis em produtividade das minicepas, uniformidade de
brotações, bem como no aumento do percentual de enraizamento das miniestacas, redução da
incidência de pragas e doenças, maior facilidade para a regulação nutricional (TITON et al.,
2003b; CUNHA et al., 2008).
A miniestaquia é o processo pelo qual as plantas, de origem seminais ou da
macroestaquia, são formadas a partir da quebra da dominância pela poda da estaca,
estimulando a emissão brotações das gemas axilares, as quais são enraizadas formando novas
mudas (XAVIER et al.,2009).
Na miniestaquia, as plantas matrizes são denominadas minicepas, que são cepas de
tamanho muito reduzido em comparação às da estaquia convencional e são mantidas no
viveiro, em uma área denominada de minijardim clonal (WENDLING & DUTRA, 2010).
Uma vez formadas, as minicepas constituirão as fontes de miniestacas, as quais são coletadas
5
em intervalos variáveis em função de diversos fatores incluindo-se o clone/espécie, a
incidência de novas brotações, a época do ano e as condições nutricionais (XAVIER &
SANTOS, 2002).
As miniestacas possuem tamanhos que variam de quatro a oito cm de comprimento,
contendo de um a três pares de folhas, variável em função do clone ou espécie. Geralmente as
folhas são reduzidas à metade de seu tamanho original, visando evitar o excesso de
transpiração e facilitar a chegada da água de irrigação ao substrato (ALFENAS et al., 2009).
O processo de enraizamento e formação das mudas oriundas de miniestacas segue os
mesmos princípios da técnica de estaquia. Inicialmente, as mudas são colocadas em tubetes, e
acondicionadas em casa de vegetação por um período que varia de 15 a 30 dias.
Posteriormente, transfere-se as mudas para aclimatação à sombra por cerca de 8 dias. A
última etapa na produção das mudas é a rustificação feita em área de céu aberto sem o
controle ambiental, exceto pelo uso de irrigação das mudas (XAVIER et al., 2009).
A formação de raízes em miniestacas é um processo associado à desdiferenciação e ao
redirecionamento do desenvolvimento de células vegetais totipotentes para a formação de
meristemas que darão origem às raízes adventícias (ALFENAS et al., 2009).
Os fatores que afetam a rizogênese são: juvenilidade dos propágulos, as características
genéticas, os ambientais, a nutrição mineral, e os reguladores de crescimento. A importância
de se conhecer os efeitos dos fatores que afetam a formação de raízes e suas implicações está
relacionada ao sucesso ou fracasso da produção de mudas clonais via miniestaquia (XAVIER
et al., 2009).
Os minijardins clonais com minicepas rejuvenescidas proporcionam a obtenção de
brotos de maior vigor e qualidade produzidos para propagação vegetativa por miniestaquia,
devido ao seu maior potencial de enraizamento visto seu maior grau de juvenilidade
(WENDLING et al., 2003a).
Embora a propagação pela miniestaquia seja amplamente utilizada na eucaliptocultura,
o seu uso com E. benthamii, possui algumas limitações que dificultam a produção em escala
comercial, principalmente pela produtividade de brotos pelas minicepas e a capacidade de
enraizamento do material genético (BRONDANI et al., 2012b; BRONDANI et al., 2012a).
Em E. benthamii, a produção de miniestacas por minicepa é variável conforme o
sistema de minijardim clonal adotado, sendo o sistema semi-hidropônico em leito de areia
considerado o mais produtivo (CUNHA et al., 2005).
Neste sentido, a aplicação de hormônios vegetais pode ser uma alternativa para
aumentar tanto a produtividade quanto o enraizamentos das estacas, uma vez que diferentes
6
classes de hormônios apresentam várias funções nas plantas quando aplicados juntos ou
separados.
2.4. Hormônios Vegetais
Hormônios vegetais são compostos orgânicos naturais ou sintéticos que, em baixa
concentração, regulam processos morfológicos e fisiológicos da planta. Atuam como um
grupo de mensageiros químicos primários que mediam a intercomunicação entre as células
dos vegetais superiores e, desta forma, coordenam o seu crescimento e desenvolvimento. Nas
células, os hormônios interagem com proteínas específicas chamadas de receptores. O
complexo hormônio-receptor é a forma ativa do hormônio (DAVES, 1995).
Existem cinco principais classes de hormônios de interesse na propagação de plantas
as auxinas, citocininas, giberelinas, etileno e ácido abscísico (XAVIER et al., 2009). Dentre
estas classes de hormônios, algumas promovem o desenvolvimento da planta e outras inibem
o desenvolvimento vegetal, podendo atuar sozinhas ou em conjunto (BENINCASA & LEITE,
2004).
Especificamente os hormônios desempenham diversas funções tais como o estímulo
ao crescimento e brotações da planta, regulam a dominância apical, a formação dos tecidos
vegetais, a floração, a formação e amadurecimento dos frutos, promovem a adaptação da
planta às condições de falta de água e estimulam a germinação e a quebra de dormência entre
outros (TAIZ & ZEIGER, 2004).
A auxina ácidoindolil-acético (AIA), foi o primeiro hormônio descoberto em 1930
(DAVES, 1995). Mais tarde outras auxinas foram descobertas, mas o AIA é o mais abundante
e de maior importância fisiológica. As auxinas regulam a dominância apical e o
desenvolvimento das gemas florais e frutos, retardam o início da abscisão foliar, induzem a
diferenciação vascular e promovem o crescimento de caules e a formação de raízes laterais e
adventícias na presença de uma citocinina (TAIZ & ZEIGER, 2004).
Em relação às giberelinas, estas estão envolvidas na quebra da dormência e na
promoção da germinação em algumas espécies bem como no crescimento em altura, no
desenvolvimento reprodutivo, afetam na transição do estado juvenil para o maduro, na
indução da floração, na determinação do sexo e no estabelecimento do fruto (TAIZ &
ZEIGER, 2004).
O etileno e o ácido abcísico constituem um grupo de hormônios vegetais inibidores ao
crescimento. Estes dois hormônios controlam o desenvolvimento da planta na fase de
senescência desempenhando papel importante nos processos de abscisão foliar, murcha de
7
flores e amadurecimento de frutos, bem como nas taxas de crescimento quando em ambientes
desfavoráveis, inibindo a síntese de proteínas e o transporte de íons (BENINCASA & LEITE,
2004).
As citocininas são hormônios vegetais similares a uma base purina, a adenina, que é
um importante componente dos ácidos nucléicos. Elas podem ser encontradas fazendo parte
de certos RNAt (transportadores) de plantas, animais e microrganismos. Nas plantas, as
citocininas são produzidas nas raízes e transportadas via xilema para todas as partes do
vegetal (DAVES, 1995).
A descoberta das citocininas ocorreu durante as pesquisas dos processos que
estimulam as células vegetais a se dividirem (sofrerem citocinose). Desde então, as
citocininas tem apresentado outros efeitos nos processos fisiológicos de crescimento e
desenvolvimento dos vegetais como a divisão celular, a perda de dominância apical, a
formação de atividade dos meristemas apicais, a germinação de sementes e a quebra de
dormência de gemas, a senescência foliar e a mobilização de nutrientes (TAIZ & ZEIGER,
2004).
Os autores comentam ainda, que há evidências que as citocininas atuam como
mediadoras dos aspectos do desenvolvimento regulado pela luz, incluindo a diferenciação dos
cloroplastos, a expansão de folhas e cotilédones e o desenvolvimento do metabolismo
autotrófico. Por outro lado, as plantas com superprodução de citocinina são atrofiadas, com
entrenós muito curtos e o enraizamento de estacas caulinares é reduzido, bem como a taxa de
crescimento da raiz.
A avaliação do efeito de um fitorregulador no desenvolvimento vegetal é feito pela
aplicação exógena deste. Todavia, os resultados podem ser bem variáveis em relação ao tipo
e/ou intensidade, dependendo do tipo de planta e/ou do estágio de desenvolvimento da planta
em que o fitorregulador foi aplicado. Isto porque os hormônios, muitas vezes, não atuam
sozinhos, ainda que a resposta tenha sido em função da aplicação de um hormônio exógeno,
este por sua vez, interage com aquele endógeno conferindo assim a resposta observada.
Devido a isso, a sensibilidade à aplicação de um ou mais fitorregulador varia bastante de uma
planta para outra (BENINCASA & LEITE, 2004).
As citocininas utilizadas na propagação vegetativa e de ocorrência natural são a
zeatina (ZEA) e a isopenteniladenina (2iP). Quanto às citocininas produzidas sinteticamente,
existem a 6-benzilaminopurina (BAP), a cinetina (KIN) e o thidiazuron (TDZ) (XAVIER et
al., 2009). Entre as citocininas comercialmente disponíveis o BAP geralmente apresenta
melhores resultados (SOUZA et al., 2008).
8
De acordo com Hu & Wang (1983) citado por Souza et al. (2008) o BAP tem grande
influência no início da formação de brotos e na alta taxa de multiplicação em sistemas de
micropropagação, é uma das citocininas de menor custo e tem sido muito eficiente na
multiplicação de diversas espécies.
As concentrações de regulador de crescimento aplicadas variam em função de diversos
fatores, entre eles podemos citar: a espécie; o clone; do estado de maturação dos propágulos
entre outros. Na literatura, as concentrações de citocininas para multiplicação de Eucalyptus
spp. geralmente variam de 0,1 a 5,0 mg.L-1 (GRATTAPAGLIA e MACHADO, 1998).
Contudo, devido a diferenças no comportamento das espécies de eucalipto, essas
concentrações de reguladores de crescimento são variáveis (BRONDANI et al., 2009).
Segundo Brondani et al. (2009), na propagação in vitro de E. benthamii a maior taxa
de multiplicação de gemas axilares ocorre na faixa de 0,25 e 0,30 mg.L-1.
Apesar do BAP ser muito utilizado na micropropagação de E. benthamii pouco sabese dos efeitos dessa citocinina na propagação vegetativa pelo método de miniestaquia, ainda
mais quando utiliza-se o sistema de cultivo hidropônico.
2.5. Sistema Hidropônico
A palavra hidroponia vem do grego hidro e ponos que significa trabalho em água. Este
termo é utilizado, basicamente, para descrever cultivos sem solo realizado em água ou em
substratos inertes como areia lavada e quartzo moído ou com pequena atividade química
incluindo-se a vermiculita e argila expandida (MARTINEZ & CLEMENTE, 2011). Dentre os
métodos de cultivo sem solo, o cultivo em água, por definição, é o autêntico cultivo
hidropônico, requerendo alguns cuidados para o adequado desenvolvimento das plantas entre
eles o fornecimento de oxigênio às raízes e um suporte às plantas (MARTINEZ & SILVA
FILHO, 2006).
O sistema hidropônico foi desenvolvido por Knop e Sachs em 1860, e desde a sua
introdução até o momento, não houve mudanças apenas adaptações para a sua melhoria. Neste
sistema as plantas são sustentadas de maneira que suas raízes fiquem imersas em uma solução
nutritiva, contendo os nutrientes desejados. Se todos os elementos essenciais, oxigênio e pH
são mantidos em proporções adequados, as plantas crescem e se desenvolvem adequadamente
(ESPETEIN & BLOOM, 2006).
9
Os sistemas hidropônicos mais utilizados são Nutrient Film Technique (NFT) ou
técnica do fluxo laminar de nutrientes, Deep Film Technique (DFT) ou cultivo na água ou
floating e a técnicas de cultivo com substrato (SCARASSATI, 2003).
O sistema NFT é fechado, sendo composto basicamente por um tanque de solução
nutritiva, de um sistema de bombeamento dos canais de cultivo e de um sistema de retorno ao
tanque. A solução nutritiva é bombeada aos canais e escoa por gravidade formando uma fina
lâmina de solução que irriga as raízes (MARTINEZ & SILVA FILHO, 2006).
No sistema DFT não existem canais, mas sim uma mesa ou caixa rasa nivelada onde
permanece uma lâmina de solução nutritiva de 5 a 20 cm. Como nesse sistema as raízes das
plantas permanecem submersas na solução nutritiva por todo o período de cultivo, a
oxigenação das mesmas dever ser bem planejada (FURLANI et al., 1999). Neste caso,
recomenda-se o uso de uma fonte de ar comprimida como compressor de ar, bomba de
oxigênio.
A solução nutritiva é o principal componente do sistema hidropônico, pois além de
sustentar o sistema radicular, constitui a fonte de nutrientes para as plantas. O uso inadequado
da mesma pode acarretar em sérios prejuízos às plantas (MARTINEZ & SILVA FILHO,
2006). Não existe uma solução nutritiva padrão para todas as espécies vegetais e condições de
cultivo. Desta forma, a solução nutritiva deverá conter os nutrientes necessários para o
desenvolvimento das plantas nas proporções adequadas, e ser suficientemente diluída para
que não cause danos às raízes (HIGASHI et al., 2002).
A composição ideal de uma solução nutritiva não depende somente das concentrações
dos nutrientes, mas também, de outros fatores ligados ao cultivo incluindo-se o tipo de
sistema hidropônico, os fatores ambientais, a época do ano, estádio fenológico, a espécie
vegetal (FURLANI, 1998), qualidade da água, potencial osmótico, a oxigenação, temperatura
e pH da solução nutritiva, intensidade de luz, temperatura e umidade relativa do ar (ADAMS,
1994; COELHO, 2002).
De acordo com Teixeira (1996) citado por Higashi et al. (2002), uma adequada
solução nutritiva deve conter os nutrientes essenciais ao desenvolvimento do vegetal, ser
equilibrada, de acordo com a cultura, ter potencial osmótico entre 0,5 e 0,8 atm, podendo
admitir até 1atm, ter pH entre 5,8 e 6,2 e ter a condutividade elétrica entre 1,5 a 4 mS/cm. A
água utilizada na solução nutritiva deve ser livre de impurezas, ou seja, ser destilada ou
desionizada. A água destilada é utilizada em soluções feitas somente com macronutrientes,
pois a mesma pode apresentar contaminantes aos micronutrientes. Em soluções nutritivas
10
envolvendo micronutrientes recomenda-se o uso de água deionizada (MARTINEZ &
CLEMENTE, 2011).
O cultivo em solução nutritiva possibilita grande flexibilidade. As concentrações de
nutrientes e oxigênio podem ser monitorados em tempo real. Pequenas quantidades de
compostos específicos, como herbicidas e hormônios vegetais, podem ser distribuídos
efetivamente na superfície da raiz (EPSTEIN & BLOOM, 2006).
Entre as principais vantagens do cultivo hidropônico em relação ao convencional
destacam-se a padronização da cultura e do ambiente radicular; a redução no uso de água; a
eficiência do uso de fertilizantes; o melhor controle do crescimento vegetativo; maior
produção, qualidade e precocidade; maior ergonomia no trabalho; maiores possibilidades de
mecanização e automatização da cultura (FURLANI, 1998). As desvantagens são os custos
iniciais elevados; maior risco de disseminação de doenças entre as plantas e riscos de perdas
por falta de energia (COELHO, 2002).
Outro aspecto negativo deste cultivo, é que os pelos radiculares podem ter crescimento
retardado, serem reduzidos ou ausentes. Vários fatores podem ser responsáveis, entre eles o
fato das raízes em solução nutritiva estarem sujeitas à disponibilidade relativamente uniforme
de nutrientes, não são expostas a uma interface gás-líquido e se deparam com pouco
impedimento mecânico. Contudo, a escassez de pelos radiculares não é muito criticada por
pesquisadores (EPSTEIN & BLOOM, 2006).
Existem relatos do uso da hidroponia na propagação de Eucalyptus spp. (WENDLING
& XAVIER, 2005) (CUNHA et al., 2005); (CUNHA et al., 2008); (BRONDANI et al., 2009);
(CUNHA et al., 2009); (GOULART & XAVIER, 2010); (BORGES et al., 2011);
(BRONDANI et al., 2012b). No entanto, o sistema usado por eles é diferente, pois utiliza a
areia como substrato.
Embora saiba-se da tentativa de cultivo hidropônico em viveiros florestais na década
de 1990, não há relatos sobre os mesmos bem como o seus efeitos às minicepas e os motivos
os quais levaram ao seu abandono.
Em relação ao uso do sistema hidropônico para a avaliação do efeito de
fitorreguladores, Mantovani (2007) avaliou a indução de brotações e enraizamento de estacas
de Bixa orellana em sistema hidropônico testando o BAP aplicado em lanolina na
extremidade apical das estacas e AIB aplicado na solução nutritiva. Como resultado o autor
observou a produção de 4,2 brotos por minicepas quando utilizou-se 10 mg.L-1 de BAP.
11
3. OBJETIVOS
3.1. Objetivo geral
Analisar o efeito do regulador de crescimento BAP na sobrevivência e na
produtividade de minicepas E. benthamii cultivados em sistema hidropônico.
3.2. Objetivos específicos
 Analisar o efeito do regulador de crescimento BAP na sobrevivência de minicepas de
E. benthamii produzidas em minijardim clonal em sistema de hidroponia.
 Analisar o efeito do regulador de crescimento BAP na produtividade de brotações em
minicepas de E. benthamii conduzidas em sistema hidropônico.
12
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1. Local de condução dos experimentos
O presente estudo foi realizado no Viveiro de Pesquisas do Departamento de
Engenharia Florestal, da Universidade Estadual Centro-Oeste (UNICENTRO) localizada no
município de Irati, Paraná. O clima do município, conforme classificação de Köppen-Geiger
é do tipo subtropical úmido mesotérmico, caracterizado por verões frescos, geadas severas e
frequentes e sem estação seca, com média máxima de 24,2º C e mínima de 11º C, média
mensal de precipitação pluviométrica de 193 mm e média mensal de umidade relativa do ar de
79,58% (IRATI, 2012).
4.2. Material vegetal e formação do minijardim clonal
O ensaio foi montado em duas épocas distintas do ano, afim de avaliar a
reprodutibilidade do efeito do fitorregulador BAP sobre a produção de brotações pelas
minicepas.O primeiro ensaio foi montado em março e com avaliação final em junho de 2013.
O segundo ensaio foi montado em junho com avaliação final em outubro de 2013.
Para a formação do minijardim clonal foram utilizadas mudas clonais de E. benthamii
adquiridas na empresa Golden Tree Reflorestadora Ltda.
As mudas com aproximadamente 100 dias de idade foram retiradas dos tubetes e
lavadas em água corrente para a retirada de todo o substrato das raízes, e posteriormente
transferidas para jardineiras de 15 cm altura x 19 cm largura x 50 cm de comprimento,
contendo a solução nutritiva. As jardineiras foram acondicionadas em bancadas no viveiro
florestal sem controle de temperatura sob cobertura de polietileno.
Para a formação das minicepas em sistema hidropônico, as mudas foram submetidas a
podas no caule a uma altura de 8 a 10 cm da base, deixando-se pelo menos um par de folhas, a
fim de minimizar o estresse hídrico. As podas foram feitas sete dias após a instalação do
experimento.
O sistema hidropônico utilizado foi o Deep Film Technique (DFT), e foi composto por
20 jardineiras, sendo colocadas 10 plantas por parcelas no primeiro ensaio e 6 plantas no
segundo. Para sustentar as plantas, foram utilizadas tampas confeccionadas de placas de
isopor. Cada tampa teve um orifício para o encaixe de espumas, com a finalidade de suporte e
13
proteção às minicepas. A oxigenação das soluções nutritivas foi feita por meio de duas
bombas de compressão.
4.3. Coleta de brotações e preparo das miniestacas
As coletas foram efetuadas em diferentes intervalos de tempo e de maneira seletiva, ou
seja,brotações menores que 5 cm e com menos de três pares de folhas foram mantidas na
minicepa para as coletas subsequentes. Devido à variabilidade na produção de brotações do
minijardim clonal a primeira coleta foi realizada aos 75 dias, a segunda aos 90 dias e a
terceira aos 105 dias.
As miniestacas foram coletadas no período matinal, a fim de se reduzir a
evapotranspiração das miniestacas. Para tal, utilizaram-se tesouras de poda, previamente
esterilizadas em álcool (70% v v-1). O período compreendido entre a coleta das miniestacas e
o estaqueamento em substrato foi sempre inferior a 30minutos, afim de evitara
evapotranspiração excessiva das miniestacas e minimizar o estresse hídrico dos propágulos.
Durante todo o processo, as brotações foram armazenadas em uma caixa de isopor contendo
água, conforme metodologia adaptada de XAVIER et al. (2009). Utilizou-se miniestacas
apicais com comprimento de 4 cm (± 1 cm), contendo de um a dois pares de folhas, sendo a
área foliar reduzida a 50% de seu tamanho total.
4.4. Nutrição das minicepas e aplicação do 6-benzilaminopurina
Para a solução nutritiva foi adotada uma formulação proposta por Johanson et al.
(1957), modificada: nitrato de potássio (0,607 g.L-1), nitrato de cálcio (0,945 g.L-1), fosfato de
amônio (0,230 g.L-1), sulfato de magnésio (0,247 g.L-1), ácido bórico (1,546 mg.L-1), sulfato
de manganês (0,338 mg.L-1), cloreto de zinco (0,272 mg.L-1), sulfato de cobre (0,125 mg.L-1),
molibdato de sódio (0,121 mg.L-1) e FeEDTA (6,922 mg.L-1). Nesta solução nutritiva
continham 224 g.L-1 de nitrogênio, 235 g.L-1 de potássio; 160 g.L-1 de cálcio; 62 g.L-1 de
fósforo; 32 g.L-1 de enxofre; 24 g.L-1 de magnésio; 1,77 mg.L-1 de cloro; 0,27 mg.L-1 de boro;
0,11 mg.L-1 de manganês; 0,132 mg.L-1 de zinco. 0,032 mg.L-1 de cobre; 0,050 mg.L-1 de
molibdênio e 1,12 mg.L-1 de ferro.
O pH da solução foi ajustado à faixa de 5,5 a 5,8 utilizando-se soluções de ácido
clorídrico (HCl) 1M.L-1 e hidróxido de sódio (NaOH) 1M.L-1, conforme a necessidade e
14
monitorado diariamente. A condutividade elétrica também foi aferida mantendo-se entre 1,8 e
2,2 mS.cm-1.
Os tratamentos foram constituídos de cinco concentrações de BAP: Tratamento 1 testemunha 0,0 mg.L-1, Tratamento 2 - 2,5 mg.L-1; Tratamento 3 - 5,0 mg.L-1; Tratamento 4 7,5 mg.L-1; e Tratamento 5 - 10,0 mg.L-1. O regulador de crescimento foi adicionado
mensalmente a cada troca da solução nutritiva, por meio de pipeta. Foram realizadas 4
aplicações do BAP, a primeira no momento da montagem, a segunda 30 dias, a terceira aos 60
dias e a quarta aos 90 dias após a instalação do experimento.
4.5. Avaliações e processos estatísticos
No primeiro ensaio avaliou-se a sobrevivência das minicepas e o número de brotações
por minicepa aos 105 dias após a instalação dos experimentos (DAI). Os experimentos foram
conduzidos em delineamento em blocos ao acaso com 4 blocos e 5 tratamentos com 10
plantas por repetição. No segundo ensaio foram avaliados a sobrevivência e a produtividade
de miniestacasdas minicepas. Para avaliação da sobrevivência foi montado um delineamento
experimental em blocos ao acaso com 4 blocos 6 plantas por repetição em arranjo fatorial
5x6. Os tratamentos foram montados utilizando-se 5 concentrações de BAP e 6 avaliações da
sobrevivência (aos 30, 45, 60, 75, 90 e 105 dias). Para avaliação da produtividade foi montado
delineamento um experimental em blocos ao acaso com 4 blocos 6 plantas por repetição em
arranjo fatorial 5x3. Os tratamentos foram montados utilizando-se 5 concentrações de BAP e
3 coletas de miniestacas.
Os dados foram submetidos à análise de regressão (p<0,01 e p<0,05), e, quando
pertinentes as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (p < 0,05). Para tanto, utilizou-se
o software gratuito ASSISTAT® versão 7.7.
15
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1. Sobrevivência e produção de brotações de minicepas de E. benthamii do primeiro
ensaio
Análise de regressão (p < 0,01) teve como melhor ajuste para o efeito da aplicação do
regulador de crescimento BAP sobre a sobrevivência e a produção de brotações das
minicepas, o modelo cúbico (Tabela 1).
As porcentagens de sobrevivência das minicepas aos 105 Dias Após a Instalação
(DAI) foi de 80, 40, 17,5 12,5 e 7,5% e a produtividade foi e 25; 1,4; 9,4; 1,4 e 0,7 brotações
por minicepa respectivamente para os tratamentos 1, 3, 5, 4 e 2 (Figuras 1A e 1B).
Os resultados obtidos para sobrevivência do tratamento controle foram semelhantes
aos relatados na literatura para o sistema tradicional de cultivo em leito de areia, sem o uso de
fitorreguladores para Eucalyptus spp. (TITON et al., 2003b; WENDLING et al., 2003b;
ROSA et al., 2009), inclusive para o híbrido de E. benthamii x E. dunnii (BRONDANI et al.,
2012b), e E. benthamii (CUNHA et al., 2005).
Tabela 1: Resumo da Análise de variância com decomposição dos tratamentos em
regressão polinomial da Sobrevivência das Minicepas (SM) e da Produção de Brotações
das Minicepas (PBM) de E. benthamii cultivadas em sistema hidropônico, aos 105 DAI
em função dos tratamentos de BAP.
Causa da Variação
Quadrados Médios
GL
SM
PBM
1
6200**
868,6**
1º grau
1
2828**
290,7**
2º grau
1
2235**
251**
3º grau
3
708,2*
41,7*
Bloco
12
777,6
43,79
Resíduo
25,6
25,2
CVexp. (%)
11263
1410,3
SQM
16604
1812,2
SQT
0,678
0,778
R²
Em que: Gl = graus de liberdade; SQM = soma de quadrados médios; SQM = soma de quadrados total; R²
= coeficiente de determinação; * = significativo a 5% de probabilidade; ** = significativo a 1% de
probabilidade; CVexp (%) = coeficiente de variação experimental.
Segundo Brondani et al. (2012b), na miniestaquia de espécies de Eucalyptus a
produção de brotações varia muito conforme as condições de trabalho. Titon et al. (2003b),
trabalhando com E. grandis em cultivo em leito de areia obtiveram média geral de 12,1
16
brotações por minicepaa os 20 DAI. No entanto, a média geral do presente estudo foi
inferior,7,58 brotações por minicepa aos 105 DAI, cultivadas em sistema hidropônico.
Figura 1A: Média da sobrevivência das minicepas de E. benthamii cultivadas em sistema
hidropônico após 4 aplicações do BAP aos 105 DAI. Figura 1B: Média da produtividade das
minicepas de E. benthamii conduzidas em hidroponia após 4 aplicações do BAP aos 105 DAI.
Com relação às concentrações do fitorregulador, é possível que a aplicação exógena
do BAP tenha influenciado no balanço hormonal das plantas tendo como efeito o aumento da
mortalidade das minicepas, ao se comparar com os valores médios da testemunha.
Segundo Werner et al. (2001), geralmente o nível de citocinina endógena é alto em
tecidos com capacidade mitótica, sendo necessários para manter o ciclo de divisão celular e
podendo estar envolvido na diferenciação celular.Dessa forma, a aplicação exógena de
reguladores de crescimento, em alguns casos,torna-se dispensável.
BAP é uma das citocininas mais utilizadas na indução de brotações e essencial para o
desenvolvimento inicial de ápices caulinares. No entanto, seu excesso é tóxico e caracterizase pela falta de alongamento das plantas, pelo encurtamento dos entrenós, pelo engrossamento
exagerado dos caules, pela hiperhidricidade generalizada, entre outros (GRATTAPAGLIA &
MACHADO, 1998).
De maneira geral, quanto maior a concentração, maior a mortalidade das minicepas e,
consequentemente, menor a produção de brotações registrada. Diante disso, observa-se que o
sistema de cultivo foi eficiente quando não foi utilizado o fitorregulador.
17
5.1. Sobrevivência e produtividade das minicepas de E. benthamii do segundo ensaio
Com base nos dados amostrados, pode-se observar que não houve interação (p<0,05)
entre os fatores testados. No entanto, houve diferença significativa (p< 0,01) da sobrevivência
ao longo dos dias avaliados e em relação às concentrações do BAP (Tabela 2).
Tabela 2: Resumo da Análise de variância para a Sobrevivência das Minicepas (SM), de
E. benthamii cultivadas em sistema hidropônico, em função dos DAI e das concentrações
de BAP.
Quadrados Médios
SM
4
1648 **
BAP
5
17730**
DAI
20
116,81 ns
BAP X DAI
3
533,92**
Bloco
87
147,00
Resíduo
20,60
CVexp (%)
Em que: GL = graus de liberdade;* = significativo a 5% de probabilidade; ** = significativo a 1% de
probabilidade;ns = não significativo; CVexp (%) = coeficiente de variação experimental.
Causas de variação
GL
De maneira geral, a sobrevivência das minicepas cultivadas em sistema hidropônico
foram inferiores aos das registradas em literatura. As médias da sobrevivência entre os
tratamentos foram de 94; 91; 58; 54; 36 e 19% respectivamente, aos 30, 45, 60, 75, 90 3 105
DAI (Figura 2).
Estudos realizados por Cunha et al. (2005), indicaram alta sobrevivência de minicepas
E. benthamii; para o sistema canaletão em leito de areia a sobrevivência foi de 88% e para o
cultivo em tubetes foi de 100%. Brondani et al. (2012b), ao trabalharem com híbrido E.
benthamii × E. dunnii relataram sobrevivência de 100% para o clone H20, de 91,8% para o
clone H12 e de 77,22% para o clone H19 durante 352 dias.
Embora não tenha sido realizada nenhuma análise, a mortalidade das minicepas pode
estar associada à salinidade da solução nutritiva, durante o experimento a condutividade
elétrica (EC) manteve-se entre 1,8 e 2,2 mS.cm-1.
A salinidade afeta a absorção de água, pois quando a água está carregada de sais, as
plantas trabalham mais para absorvê-la. Além disso, há diminuição nas taxas fotossintéticas
sob condições de estresse salino. Está diminuição ocorre devido ao fechamento estomático,
para evitar a perda excessiva de água, absorvida de maneira restringida pelas raízes devido à
redução no potencial osmótico na solução do solo ou na solução nutritiva. Em função do
18
fechamento dos estômatos, a aquisição e fixação de CO2 no processo fotossintético são
reduzidas. A restrição às entradas de CO2 e nutrientes conduz à menor produção de
fotoassimilados, comprometendo o crescimento e a produtividade das plantas (KLAR, 1984).
Magalhães Filho et al. (2008), relatam que o fechamento dos estômatos ocorre devido
à desidratação das células-guarda, ou por resposta hormonal.
As citocininas são hormônios vegetais sintetizadas nas raízes das plantas e se movem
via xilema para parte aérea, juntamente com a água e os sais minerais. O estresse salino
interfere no funcionamento das raízes afetando a sua absorção prejudicando o
desenvolvimento do vegetal (TAIZ & ZEIGER, 2004).
Segundo Silva (2008), a taxa de sobrevivência de minicepas de Eucalyptus spp. é
significativamente comprometida, quando submetida ao potencial salino de 8,5 mS.cm-1, por
21 dias ininterruptos.
Figura 2: Médias da sobrevivência das minicepas de E. benthamii cultivadas em sistema
hidropônico aos 30, 45, 60, 75, 90 e 105 DAI e após 4 aplicações do BAP.
O modelo polinomial cúbico foi o que apresentou melhor ajuste para a sobrevivência
das minicepas em função das diferentes concentrações de BAP (Tabela 3). Com base na
interpretação da equação ajustada pode-se inferir que a concentração 2,5 mg.L-1 proporcionou
uma menor sobrevivência das minicepas. A faixa entre 5 e 10 mg.L -1 resultaram em maiores
sobrevivência das minicepas, porém foram muito semelhantes ao da testemunha (Figura 3).
19
Tabela 3: Resumo da Análise de variância com decomposição dos tratamentos em
regressão polinomial da Sobrevivência das Minicepas (SM) de E. benthamii cultivadas em
sistema hidropônico em função dos tratamentos de BAP.
Quadrados Médios
SM
1
91,266 ns
1º grau
1
8,0476 ns
2º grau
1
32928,5**
3º grau
87
147,002
Resíduo
20,60
CVexp. (%)
6496,31
SQM
6595,63
SQT
98,49
R²
Em que: Gl = graus de liberdade; SQM = soma de quadrados médios; SQM = soma de quadrados total; R² =
coeficiente de determinação; * = significativo a 5% de probabilidade; ** = significativo a 1% de
probabilidade; ns = não significativo; CVexp (%) = coeficiente de variação experimental.
Causa da Variação
GL
Figura 3: Sobrevivência média das minicepas de E. benthamii cultivadas em sistema
hidropônico em função das diferentes concentrações de BAP.
As médias gerais da sobrevivência para as diferentes concentrações do BAP
encontradas no presente estudo estão abaixo daquelas apresentadas para Eucalyptus spp.
(TITON et al., 2003b; WENDLING et al., 2003b; CUNHA et al., 2005; ROSA et al., 2009;
BRONDANI et al., 2012b). Entretanto, estes autores não utilizaram reguladores de
crescimento como indutores de brotações em seus respectivos experimentos.
Segundo Alfenas et al. (2009), concentrações elevadas de BAP podem proporcionar o
acúmulo desse fitorregulador nos tecidos e prejudicar desenvolvimento posterior das plantas.
20
Houve interação (p< 0,01) entre os fatores testados quanto à produção de miniestacas
(Tabela 4).
Tabela 4: Resumo da Análise de variância para a Produtividade das Minicepas (PM), de E.
benthamii cultivadas em sistema hidropônico em função do número de coletas e das diferentes
concentrações de BAP.
Causas de variação
GL
BAP
NC
BAP X NC
Bloco
Resíduo
CVexp (%)
4
2
8
3
42
-
Quadrados Médios
PM
100,26
906,05**
11,11**
4,84**
1,11
11,41
Em que: GL = graus de liberdade; NC = número de coletas * = significativo a 5% de probabilidade; ** = significativo a
1% de probabilidade; CVexp (%) = coeficiente de variação experimental.
O melhor desempenho quanto à produtividade das minicepas ocorreu para testemunha
com produção de 20 miniestacas por minicepa na primeira coleta, 14 miniestacas por
minicepa na segunda e 8 miniestacas por minicepa na terceira, não houve diferença estatística
entre os demais tratamentos (Tabela 5).
Tabela 5: Variação da produtividade de miniestacas de E. benthamii em sistema
hidropônico em função do número e coletas e das diferentes concentrações de BAP.
Concentração
-1
Número de coletas
BAP (mg.L )
1
2
3
0
20Aa
14Ba
8Ca
2,5
16Ab
5Bb
0Cc
5
16Ab
5Bb
4Bb
7,5
16Ab
5Bb
4Bb
10
16Ab
5Bb
4Bb
Linha letra maiúscula, coluna letra minúscula. Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si ao nível de 5%
de probabilidade pelo teste de Tukey.
Os resultados obtidos foram superiores aos encontrado por Cunha et al. (2005), que ao
trabalharem com E. benthamii constataram produtividade de 8,1 miniestacas por minicepas.
Titon et al. (2003b) observaram valor médio de 9,7 miniestacas por minicepa para quatro
clones de Eucalyptus spp.,dentro de oito coletas efetuadas.
21
No entanto, Brondani et al. (2012b) encontraram valores médios de 20.942,27
miniestacas m-2.ano-1 e 20.748,14 miniestacas m-2 .ano-1, respectivamente para os clones H19
e H20 no intervalo de 27 coletas para o hibrido de E. benthamii x E. dunnii.
Observa-se uma distribuição desigual das coletas de brotações na miniestaquia. Souza
Junior e Wendling (2003) observaram variação de 1,7 a 2,6 miniestacas por minicepa nas
primeiras coletas de propágulos efetuadas para Eucalyptus dunnii. Rosa et al. (2009), também
verificaram distribuição desigual das coletas de brotações na miniestaquia de Eucalyptus spp.
Este fato pode ser atribuído a alta taxa de mortalidade das minicepas que resultaram
em baixa produtividade de brotações, acarretando em uma distribuição desigual de
miniestacas entre as coletas.
Em termos gerais, a baixa sobrevivência das minicepas evidencia que a metodologia
adotada no experimento, quanto às condições de cultivo no minijardim clonal em sistema
hidropônico sob diferentes concentrações de BAP, não foi eficiente para sobrevivência das
minicepas e produtividade de miniestacas de E. benthamii, sendo necessária a substituição da
matriz em um curto espaço de tempo.
22
6. CONCLUSÕES
Diante do exposto pode-se concluir:
 A aplicação exógena de BAP em solução nutritiva proporcionou mortalidade nas
minicepas de E. benthamii, afetando assim a sua produtividade.
 As minicepas de E. benthamii cultivados em minijardim clonal em sistema
hidropônico não foram eficientes para produtividade de miniestacas.
23
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PLANTADAS. Anuário Estatístico da ABRAF 2013 ano base 2012. Brasília: ABRAF,
2013. 148 p
ADAMS, P. Nutrition of Green house vegetables in NFT and hydroponic systems. Acta
Horticulturae, Wageningen, n.361, p.245-257, 1994.
ALFENAS, A. C.; ZAUZA, E. A. V.; MAFIA, R. G.; ASSIS, T. F de. Clonagem e doenças
do eucalipto. Viçosa: Editora UFV, 2009. 442 p.
AWAD, M.; CASTRO, P. R. C.: Introdução à fisiologia vegetal. São Paulo: Nobel, 1989.
177p.
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