Baixar 14° Ed.

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Crer
ANO 3 # 14 GOIÂNIA | AGOSTO - OUTUBRO 2012
www.crer.org.br
e m r e v i s ta
Exemplos de superação
que marcaram a
primeira década
do CRER
Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo
CRER EM REVISTA 1
2 CRER EM REVISTA
CarTa ao LeITor
Edição histórica
Sérgio Daher
Superintendente
Executivo do CRER
Caro leitor, esta é sem dúvida alguma
uma edição histórica da Crer em Revista, ao comemorar os dez primeiros anos da nossa Instituição, trilhados com muito trabalho, profissionalismo, responsabilidade, transparência e, por
que não dizer, muita esperança. Há doze anos
iniciamos este projeto, que hoje pelos números
e resultados apresentados ratifica a sua importância para toda a sociedade goiana. Difícil imaginar como era a vida de milhares de pessoas
com deficiências antes do CRER. Bom perceber
quantos acolheram nossa Instituição, estimulando-nos a crescer sempre mais e continuando
a nos apoiar em projetos que visem melhorar e
implementar os nossos serviços.
As seções que seguem percorrem por
histórias impressionantes, tal como a do CRER,
inaugurado em 25 de setembro de 2002. Pela relevância da data, nossa capa e entrevista abrem
AGIR
Estrutura Administrativa
Associados Fundadores
Alcides Luís de Siqueira
Dom Antônio Ribeiro de Oliveira
Elias Bufaiçal (in memorian)
Lúcio Fiúza Gouthier
Maria Paula Curado
Milca Severino Pereira
Nabyh Salum
Paulo Afonso Ferreira
Associados Beneméritos
Cyro Miranda Gifford Júnior
Gláucia Maria Teodoro Reis
Helca de Sousa Nascimento
José Alves Filho
Marley Antônio da Rocha
Marcos Pereira Ávila
Paulo César da Veiga Jardim
Ruy Rocha de Macêdo
Valéria Jaime Peixoto Perillo
Valtercy de Melo
Embaixadores do CRER
Luiz Felipe Scolari
Valéria Jaime Peixoto Perillo
Diretoria
Dom Antônio Ribeiro de Oliveira
Diretor-Presidente
José Alves Filho
Vice-Diretor
espaço para três pacientes – Edivania de Matos
Gonçalves, Antônio Irapuan Bezerra e Rosemary Freitas Valle, compartilhando um pouco
a trajetória de lutas de cada um. Além dessas,
outras histórias de vida seguem nas próximas
páginas, como a do balconista e palestrante
Aguimar Silva, o Neguinho, apresentada em
Superação.
A Crer em Revista, que a partir desta edição passa a ter 32 páginas, traz também assuntos de grande relevância para toda a sociedade
como o artigo Sexualidade e Reabilitação e a matéria sobre autismo na nova seção É bom saber.
Outra novidade é a seção Painel dedicada aos
colaboradores e voluntários da Instituição.
Que as próximas páginas possam traduzir a alegria por termos chegado à marca dos
dez anos!
EXPEDIENTE
Ruy Rocha de Macêdo
Diretor-Tesoureiro
Conselheiros
Alberto Borges de Souza
César Helou
Edward Madureira Brasil
José Evaristo dos Santos
Joaquim Caetano de Almeida Netto
Nabyh Salum
Sizenando da S. Campos Júnior
Conselho Fiscal - Titulares
Cyro Miranda Gifford Júnior
Marley Antônio da Rocha
Paulo César Brandão Veiga Jardim
Suplentes
Marcos Pereira Ávila
Valtercy de Melo
Superintendentes
Sérgio Daher
Superintendente Executivo
João Alírio Teixeira da Silva Júnior
Sup. Técnico de Reabilitação
Claudemiro Euzébio Dourado
Sup. Administrativo e Financeiro
Divaina Alves Batista
Sup. Multiprofissional de Reabilitação
Fause Musse
Sup. de Relações Externas
Diretor Técnico
João Alírio Teixeira da Silva Júnior
CRM/GO 6593
CRER EM REVISTA
Supervisão geral, edição e textos
Anna Luiza Rucas
Gerente de Marketing - SRE
Jornalistas SRE - (edição e textos)
Mayra Paiva - JPGO - 01802
Thaís Franco
Hugo Miranda - (designer gráfico)
(diagramação e arte de anúncios)
Colaboradores SRE
Márcia Nunes (adm - voluntariado)
Olívia Gomes (secretária júnior)
Rodrigo Rocha (contato comercial)
Colaborador CENE
Eduardo Castro (fotografias)
Impressão: Stylo Gráfica
CRER EM REVISTA é uma publicação dirigida do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo.
Tiragem: 5 mil exemplares. Contatos - fones: (62) 3232-3138/ 3106/ 3050 - [email protected] Site: www.crer.org.br
Endereço CRER: Av. Vereador José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima, CEP 74653-230 - Goiânia - Goiás
CRER EM REVISTA 3
ÍNDICe
Canal Aberto
[email protected]
Entrevista
Exemplos de superação
que marcaram a primeira década de serviços
do CRER
6
18
Espaço do
paciente
“Minha alegria contagia”
Meio ambiente
22
Gentil Pio de Oliveira
Desembargador do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região
Goiânia, via e-mail.
Do lixo ao lixo
Por Dentro
do CRER
24
Valeu a Pena CRER!
TERCEIRO SETOR
PARÁGRAFO ÚNICO
RESUMO
ARTIGO
5
9
17
EMPRESAS MANTENEDORAS
26
SUPERAÇÃO
28
9
29
15
É BOM SABER
4 CRER EM REVISTA
20
Agradeço a remessa da CRER em Revista
(Ed.13), publicação de excelente qualidade técnico-editorial, trazendo, nesta
edição, matérias de interesse geral da
população goianiense, além das principais atividades empreendidas pelo
Centro de Reabilitação e Readaptação Dr.
Henrique Santillo em prol da recuperação
e da saúde dos pacientes acometidos de
deficiência física e/ou auditiva.
Registro que a leitura da Revista emocionou-me muito ao perceber o cuidado
e o carinho que o CRER dedica aos seus
pacientes, valorizando e respeitando,
antes de tudo, o ser humano, e buscando
sempre formas para melhorar a vida
dos portadores de necessidades especiais,
modelo que certamente deveria servir
de referencial para outros
Estados da Federação.
AGENDA
PERFIL DO COLABORADOR
30
PAINEL
Agradeço pela oportunidade que toda
a Estrutura Administrativa da AGIR e
os pacientes, que é a razão maior desta
Entidade, me agraciaram convidando
para participar do Conselho da AGIR no
período 2008 - 05/2012. Foi um privilégio
fazer parte da história do CRER que é um
aprendizado por toda nossa vida e dignifica qualquer ser humano, que entende o
que é servir o próximo.
Na oportunidade, parabenizo Sérgio
Daher, Superintendente Executivo, pela
excelente condução, com transparência e
responsabilidade. Seu empreendedorismo, sua luta diária, a coragem, a paixão,
a dedicação e amor pela causa, tem feito
uma diferença enorme no mundo e na
vida da nossa sociedade goianiense.
Pedro Bittar
Pres. do Movimento Goiás Competitivo – MGC,
ex-Conselheiro AGIR, via carta.
TerCeIro SeTor
Movimento Terra Livre
Educação é o caminho para a construção de
uma sociedade mais consciente e igualitária
Por: Roberta Soares, Assessoria de
Comunicação Movimento Terra Livre
o
Terra Livre foi idealizado por um grupo de amigos, que
insatisfeitos com as desigualdades
sociais, começam em 1997, no Rio de
Janeiro, a realizar informalmente atividades solidárias, mas é em Goiás,
em 1999, onde consolidam definitivamente as atividades da Instituição. Em
2002 é oficializado o Movimento Terra
Livre, uma organização privada, sem
fins lucrativos, de assistência social
que surge com a missão de proporcionar maior igualdade de oportunidades e de direitos a crianças e adolescentes em situação de exclusão social,
buscando contribuir para a interrupção dos ciclos de pobreza e violência.
Após 15 anos de atuação e
mais de 30.000 crianças e adolescentes beneficiados pelas ações em várias partes do estado de Goiás, hoje
o Terra Livre foca suas atividades
no Centro Educacional Terra Livre
– CETL, em Aparecida de Goiânia.
Para a escolha dessa sede foi
considerado o nível de aplicação do
Estatuto da Criança e do Adolescente, estatísticas de violação de direitos fundamentais daquele público,
além de uma série de indicadores que
demonstravam a clara necessidade
de intervenção, comprovados através de pesquisa da própria entidade.
O Centro Educacional Terra Livre nasceu com a proposta de ir além
de oferecer vagas de creche e pré-escola, mas também de intervir na condição cultural de toda família. Oferece
educação infantil em período integral,
educação complementar no contraturno da escola (oficinas voltadas à leitura, escrita, artes, teatro, jogos, além
da capoeira e a musicalização) e edu-
cação comunitária, destinada aos fa- que atua com responsabilidade social.
Se a opção é trabalhar como vomiliares dos jovens, que ocorre por
meio de palestras e oficinas educativas luntário no projeto, o interessado deve
mensais. Hoje o CETL atende direta- participar do programa “Círculo do
mente 92 crianças e adolescentes entre Bem”, um grupo de voluntários que
3 e 17 anos, beneficiando 56 famílias. auxilia na arrecadação de recursos fíMas nada disso seria possível sicos, materiais e humanos, auxiliar na
sem parcerias. Além de conselheiros logística, como “voluntário oficineiro”
voluntários comprometidos, e com ou compartilhando a sua habilidade.
Informações - www.terralivre.
formações diversas, e uma equipe de
profissionais contratados dedicados org.br / (62) 3095-2097
e bem capacitados, o
Terra Livre acredita na
união de esforços. Dessa forma, conta com o
apoio de pessoas físicas e de empresas que
acreditam que a sociedade civil pode sim se
organizar e auxiliar no
desenvolvimento
de
cidadãos, mais conscientes de seus direitos
e deveres, em especial
em relação ao cumprimento do Estatuto da
Criança e do Adolescente, fortalecendo assim o
Sistema de Garantias da
Infância e Adolescência.
Todos
podem
participar dessa corrente do bem auxiliando
no custeio de uma ou
mais crianças no CETL,
sendo pessoa física participando do Programa
de
Apadrinhamento,
sendo pessoa jurídica
podendo se tornar uma
Empresa Chancelada do
Alegria - Laila Lauane Alves da Silva, 6 anos, do Residencial Itaipu,
Terra Livre, e assim deAparecida de Goiânia, é atendida pelo projeto desde 2010.
monstrar para o público
Seu sonho é ser enfermeira.
CRER EM REVISTA 5
Fotos: Eduardo Castro
eNTreVISTa
T
rês pessoas com histórias diferentes e o mesmo propósito: a superação. pacientes como edivaina Gonçalves, Antônio Irapuan e Meirinha do Valle refletem em suas respectivas trajetórias a força de
vontade, determinação e superação de desafios que marcaram a primeira década de serviços do CRER.
São 10 anos de lutas e conquistas diárias, em que o CRER caminhou e cresceu junto com cada paciente.
Edivania de Matos Gonçalves, 24 anos, graduada em Administração. É casada há quatro anos
com Fábio Antunes Gonçalves e mãe
de duas filhas: Yasmmin Sophia , 3
anos, e Anna Luiza, 3 meses. É portadora de atrofia muscular espinhal
e, em decorrência disso, tornou-se
cadeirante aos 13 anos. Há 10 anos,
Edivania chegou ao CRER. De lá
pra cá, não parou de somar vitórias.
6 CRER EM REVISTA
Antônio
Irapuan
Bezer-
Rosemary Freitas Valle , co-
ra, 62 anos, funcionário público.
nhecida como Meirinha, 63 anos,
Sofreu um Acidente Vascu-
servidora pública . Perdeu o mo-
lar Cerebral (AVC) em de janei-
vimento das pernas após um pro-
ro de 2010. Após dias difíceis na
cedimento cirúrgico no intestino.
UTI, foi encaminhado ao CRER.
Desde então, luta para dar continuidade à sua própria caminhada.
Mas isso não impediu que ela continuasse lutando pelos seus sonhos.
1 - Como se tornou paciente do CRER? Qual sua relação com o Hospital?
Irapuan Bezerra: Depois de enfrentar dias terríveis na
UTI, cheguei ao CRER, ainda em uma situação completamente complicada. Após o AVC, perdi o movimento de toda a parte esquerda do meu corpo e também o equilíbrio da coluna e tronco. Passados 57 dias
de internação e tratamento no CRER, recebi alta e já
saí andando de muleta, coisa que eu faço até hoje, já
com uma certa desenvoltura. Agora, acabo de receber alta da fisioterapia e vou iniciar no programa Agir
+ Saúde, para dar continuidade ao meu tratamento.
Isso aqui é uma bênção de Deus. A criação deste
Hospital, a forma como ele é administrado, e a forma respeitosa que nós, pacientes, somos tratados me
emocionam muito. Tenho uma relação de carinho
e amor, até pelo nome. Além de todo o tratamento e
carinho que recebo aqui, ainda me sinto confortado
em estar em uma unidade que leva o nome de uma
pessoa que admiro muito e pude servi-lo quando foi
governador de Goiás, o doutor Henrique Santillo.
Edivania Gonçalves: Sou portadora de atrofia muscular espinhal progressiva tipo III. Cheguei ao CRER
assim que o Hospital abriu as portas, no segundo dia
de funcionamento. Já estou há dez anos no CRER, fazendo tratamento contínuo de reabilitação e consultas
periódicas. A atrofia é uma doença genética e progressiva. Então, de acordo que ela vai evoluindo, meus
músculos vão atrofiando. Por isso, não posso parar.
Minha relação com o CRER é quase um casamento (risos). Acompanhei a minha evolução e a evolução do
CRER. Vi a ampliação, criei vínculos, amigos, conheci
outras pessoas com patologias e superações diferentes.
Meirinha do Valle: Há cinco anos, fiz uma cirurgia de
obstrução intestinal, na qual entrei andando e, no outro dia, notei que não sentia mais as pernas. A medula
está sem comprometimento, tenho toda sensibilidade,
mas falta força motora. 20 dias após a cirurgia, internei
no CRER por dois meses, onde até hoje faço fisioterapias. A relação com a Instituição é de extrema confiança, agradecimento e fé, pois o tratamento recebido é
ímpar e mesmo tendo passado por outras instituições
em Brasília e São Paulo, afirmo com veemência que o
carinho e o profissionalismo do CRER são inigualáveis.
2 - Quais os grandes obstáculos e as grandes conquistas da sua vida?
Edivania: De 10 anos para cá eu tive muitas conquistas.
Terminei o ensino fundamental, concluí o ensino médio, entrei para uma faculdade e acabo de me formar
em Administração. Casei, tive duas filhas. Gosto de
falar para outras pessoas sobre minha vitória de vida.
A minha doença não é uma barreira. Temos de correr
atrás dos nossos sonhos, crer que também somos capazes de fazer tudo aquilo que outras pessoas fazem, não
se limitar e não ficar chorando no canto. O que eu tinha
de conquistar, eu já conquistei. Não existem barreiras.
Tem gente que acha difícil ser mãe. Existem muitos mitos em relação a isso. Você pode ser mãe cadeirante?
CRER EM REVISTA 7
Pode. Eu sou! Você tem de ter consciência do seu quadro de saúde. É
uma coisa normal e é muito gostoso.
Irapuan: Minhas grandes conquistas foram reaprender a me locomover de cadeira de rodas sem ajuda
de terceiro e reconquistar as pequenas independências do dia a dia.
3 - Pela sua vivência, quais são os
principais desafios da pessoa com
deficiência?
Meirinha: Nosso maior desafio é
se olhar e encarar a própria deficiência, é vencer as barreiras do
nosso preconceito seguindo e enfrentando os olhares das diferenças. É tirarmos segurança das inseguranças e seguirmos diante da
nova realidade. Enfrentando-a, estaremos dominando nossos medos.
Irapuan: Considero esta uma pergunta muito boa. Imagina você
atravessar uma rua aqui em Goiânia, por exemplo, num horário
de pico? Esse é um grande desafio! Só quem passa a ter alguma deficiência consegue avaliar
e explicar as nossas dificuldades.
Ainda falta muita acessibilidade.
Edivania: O que mais impede as
pessoas com deficiência é o meio
que a gente vive. Tanto a cidade,
quanto as pessoas. Ninguém pensa na pessoa que tem limitação
física. Precisamos de mais acessibilidade, conforto e segurança.
4 – Em sua opinião, como seria
uma sociedade integralmente inclusiva?
Edivania: A sociedade precisa entender que a pessoa com deficiência não é inválida, sem direito de e
ir e vir. É preciso que a sociedade
mude essa visão. É preciso adaptar os espaços públicos para que
se tornem acessíveis aos cadeirantes e outros tipos de deficiência.
Meirinha: Uma sociedade inclusiva inicia-se pela educação de
8 CRER EM REVISTA
nossas crianças e jovens, ensinando-os o respeito e a convivência
com as desigualdades. A solidariedade e participação com as causas
nos aproximarão, tornando-nos
mais humanos e justos. Uma sociedade inclusiva é onde todos
são iguais, apesar das diferenças.
5 – Quais suas projeções e sonhos
futuros?
Irapuan: Dependo ainda de uma
recuperação no meu braço esquerdo, mas já estou me preparando
para viver com essa sequela. Isso
ainda atrapalha um pouco o dia a
dia. Mas, de um modo geral, sou
muito grato a Deus e ao CRER.
Meirinha: Passado o susto inicial,
vi que não poderia deixar meus
sonhos e minha luta morrerem.
Foi-me permitido o dom da vida e
por ela continuo a caminhar, acreditando na minha capacidade e
persistência, olhando e encarando
o futuro com extrema alegria e coragem. Luto com todas as forças
para retornar, mas não cai nenhuma folha sem que o Pai permita.
Edivania: Agora que concluí o ensino superior, preciso estabelecer
novas metas. Tudo que eu planejei, já consegui. Meu futuro é conseguir um bom emprego, cuidar
e educar as minhas filhas. Quero
viver bem. Espero que minhas filhas vão em busca dos sonhos, assim como eu fui atrás dos meus.
6 – Qual a mensagem deixada ao
CRER pelos seus 10 anos?
Irapuan: Se o CRER pudesse se
multiplicar, seria ótimo. Acho que
se Goiás tivesse a oportunidade de
ter dois ou três centros de reabilitação como o CRER seria muito bom,
embora ele já receba pacientes do
País todo, se consolidando como referência nacional.
Edivania: Continue crescendo e tratando os pacientes com respeito, de
forma igualitária, sem diferenças. E
que os profissionais continuem oferecendo amor. Vi muitas pessoas
chegarem aqui bastante debilitadas
e, aos poucos, reconquistarem tudo
que tinham antes. Mas saem diferentes, como grandes vitoriosos.
Meirinha: O CRER, instituição criada pelo governador Marconi Perillo, traz orgulho a todos goianos,
pelo atendimento, profissionalização e carinho de todos. Nos orgulhamos e amamos esse patrimônio
que não é só nosso, mas dos brasileiros e até estrangeiros . Que Goiás
tenha mais unidades do CRER, centros de excelência!
X Sipat e V CCIH
Parágrafo Único
Não há palavras
que possam exprimir a gratidão
pelo apoio recebido nesses dez
anos. Entretanto,
a transformação
de vida das pessoas que percorrem
os espaços do
CRER é a manifestação explícita
do quão importante foi contar
com parceiros
dedicados ao
longo desse
tempo.
“
“
resumo
O CRER promoveu de 14 a 18 de maio
a X Semana Interna de Prevenção de
Acidentes de Trabalho (SIPAT) e a
V Semana da Comissão de Controle da Infecção Hospitalar (CCIH),
que aconteceram simultaneamente.
Na abertura das atividades, Sérgio
Daher, Superintendente Executivo,
destacou o compromisso da instituição com a qualidade de vida e segurança do colaborador no ambiente de trabalho, reforçando a importância do envolvimento de cada um.
Várias palestras foram apresentadas e atividades desenvolvidas em vários setores do CRER. O psicólogo Hercílio Barbosa da Silva Júnior
(foto), colaborador da Instituição, tratou sobre “Qualidade de vida – gerenciamento profissional” em uma palestra envolvente e bem reflexiva. “Qualidade de vida começa em nós, é a postura de cada um em relação à própria vida”, frisou o palestrante, que também destacou a
importância de uma comunicação eficiente na solução de conflitos e
fortalecimento das relações tanto no meio laboral quanto fora dele.
Teve destaque também a forma correta de higienização das mãos
para o controle de infecções. As demonstrações foram apresentadas
de forma lúdica e descontraída com a caracterização de toda equipe.
Hospitalar
O Superintendente Administrativo do CRER, Claudemiro Euzébio Dourado,
a gerente de Suprimentos, Silmonia Saturnino Fernandes, e os colaboradores Bettina Marta Magni e Darlan Dias Santana, participaram nos dias 22 a
25 de maio da Feira Hospitalar em São Paulo. As empresas Otto Bock do Brasil, Macom Instrumental Cirúrgico,
Meta Hospitalar Ltda, MV
Informática Nordeste Ltda
Sérgio Daher,
Superintendente Executivo,
sobre os dez anos do CRER.
e LN Turismo Evento Ltda
foram os apoiadores na participação do CRER na Feira
Hospitalar, em 23 de maio.
CRER EM REVISTA 9
resumo
Visita agita o CRER
No dia 23 de maio, o CRER recebeu a visita do ex-BBB12, João Maurício, que percorreu o hospital conhecendo as instalações e os serviços prestados. Na equoterapia, o ex-participante do reality show interagiu com a equipe de profissionais,
comprometendo-se a doar um animal para as atividades, já que no dia anterior a égua Bainha havia falecido, deixando
uma lacuna no atendimento aos pacientes.
Carismático e atencioso, João Maurício posou com colaboradores e pacientes do CRER.
CRER nas redes
O Conselho administrativo e Diretoria
da AGIR se reuniram no dia 29 de maio
para discutir, dentre os vários assuntos
da pauta, a aprovação do projeto “CRER
nas Redes Sociais”, que foi aprovado e
Dicas de organização e limpeza
Foi realizado no dia 31 de maio um workshop com Zezé de Souza sobre dicas de organização, limpeza, aproveitamento sustentável e reciclagem de
bens e utensílios. O workshop aconteceu no auditório Valéria Perillo, das 14
às 18 horas. Ao final, foi feita demonstração e venda de produtos de limpeza
para casa, confeccionadas pela própria Zezé, de forma sustentável e ecológica.
de imediato ficou disponível nas redes.
Interaç@o
Exemplo de solidariedade
Com a presença nas redes sociais, o
O CRER recebeu no dia 4 de junho doações de 2 mil unidades de fraldas
CRER pretende estreitar o diálogo e
geriátricas e mais de 50 quilos de leite em pó, por meio de uma gincana
aumentar a transparência com a socie-
solidária, promovida pela Esco-
dade em geral. Para nos acompanhar,
basta curtir nossa página no Facebook
(facebook.com/crerhospital) e seguir
nosso perfil no Twitter (@CRER_GO).
la Internacional de Goiânia. O
Hospital atende o grande incapacitado, pessoas com deficiências físicas e auditivas, dentre as
quais muitas necessitam de leite
em pó e fraldas geriátricas.
10 CRER EM REVISTA
resumo
Semana da Qualidade
Videotransmissão de cirurgias ortopédicas
No dia 13 de junho, o CRER recebeu o médico Francês Pierre Chambat, que veio ao
Hospital a convite da equipe técnica para realizar duas cirurgias ortopédicas por
A 3ª Semana da Qualidade do CRER foi
via artroscópica com o também cirur-
realizada de 25 a 28 de junho. O objeti-
gião ortopedista Dr. Halley Paranhos.
vo das ações e palestras propostas aos
As
cirurgias
foram
transmitidas
do centro cirúrgico do CRER simultaneamente
para
o
auditório
da Instituição, onde 35 médicos or-
colaboradores é reforçar os conceitos
e práticas que devem ser assumidas
no dia a dia para o seu bom funciona-
topedistas de Santa Catarina, Rio
mento e melhor prestação de serviço à
Grande do Sul e outros Estados
sociedade. Dentre a programação, des-
acompanhavam os procedimentos.
taque para palestra “Dedicação é Qualidade”, ministrada por Aguimar Silva,
Reabilitar
“Neguinho” (foto). Atendente na lan-
O CRER sediou nos dias 14 e 15 de
chonete Biscoitos Pereira, há 22 anos,
junho o 20º Encontro Científico Iti-
falou sobre “qualidade e motivação”,
nerante
Ottobock.
“Reabilitar”,
realizado
pela
que segundo ele fazem toda diferen-
Evento discutiu o seg-
ça. “A qualidade profissional nos co-
mento, as tecnologias e atualizações
loca ao patamar do sucesso. Você tem
do setor de medicina e reabilitação.
que ter orgulho do que faz!”, enfatizou
Parceria social
No dia 19 de junho, alunos da Escola
da Rede Su Beauty atendereram cerca
de 40 pessoas entre colaboradores, pacientes e acompanhantes com cortes de
cabelo. A Rede Su Beauty é parceira do
CRER e mensalmente promove esta ação.
Doença de Pompe
Neguinho, ao contar sua trajetória de
vida, marcada pela superação e pelas
conquistas que alcançou com o seu trabalho (leia mais nas páginas 26 e 27).
O Sistema de Gestão da Qualidade
(SGQ) certificado segundo a NBR ISO
9001:2008 é uma ferramenta indispensável para a boa gestão do Hospital.
Um evento para profissionais de saúde sobre a Doença de Pompe foi realizado
no CRER, no dia 22 de junho. A atividade fez parte da programação da campanha de conscientização sobre a doença, promovida pela Academia Brasileira de
Neurologia.
De origem genética, a Doença de Pompe acomete o tecido muscular, levando a
um quadro de miopatia debilitante e progressiva, que acarreta fraqueza muscular, deterioração da função respiratória, podendo levar à morte prematura.
1ª Semana da Enfermagem
No mês de maio, a gerência de Enfermagem do CRER, com o apoio de
toda a Instituição,
realizou no auditório Valéria Perillo um ciclo de palestras voltado aos profissionais da área.
CRER EM REVISTA 11
resumo
Padre Luiz Augusto
celebra missa
no CRER
O CRER recebeu, no dia 29 de junho, a visita do Padre Luiz Augusto para a celebração da missa do
mês. A um grande público, dentre
pacientes e familiares, colaboradores e voluntários, Padre Luiz
falou da necessidade de cada um
refletir sobre o que já fez durante o ano, fazendo uma avaliação
para melhor direcionar sua vida
na segunda metade de 2012. “No
final de cada ano fazemos projetos
e planos para o seguinte e muitas
vezes não cumprimos, esquecemos e quando percebemos estamos novamente fazendo mais planos para um novo ano”, enfatizou
o celebrante.
Ao final da missa, em um clima
de muita emoção, os pacientes do
CRER receberam uma bênção pela
saúde.
Implante coclear
O CRER realizou no dia 29 de
junho as duas primeiras cirurgias de implante coclear, procedimento de alta complexidade,
habilitado junto ao Ministério
da Saúde no dia 01 de junho de
2012.
Os primeiros pacientes a receberem o implante foram: Ivanna Márcia T. da Silva (48) e Anésio Anjos (62). Cada cirurgia durou cerca
de três horas e envolveu uma equipe médica de mais 10 pessoas, liderada
pelo médico otorrino Dr. Sérgio de Castro Martins.
“É uma cirurgia delicada e de difícil execução, mas é tranquila para o
paciente. As duas primeiras cirurgias que realizamos foram um sucesso”, avaliou o cirurgião. O procedimento, conforme explica o Dr. Sérgio,
consiste em “implantar um aparelho que transforma o som que chega ao
ouvido em eletricidade, que ativa o nervo do ouvido e leva ao cérebro”.
O CRER é o único hospital do Estado que realiza Implante Coclear pelo
Sistema Único de Saúde – SUS.
As duas cirurgias foram transmitidas em tempo real para profissionais
da área que acompanhavam do auditório do Hospital. Foram utilizados
equipamentos de última geração com tecnologias inovadoras como, por
exemplo, a monitorização intraoperatória, visando o conforto e segurança ao paciente.
CEBAS
Conforme Portaria nº 611, de 28 de junho de 2012, e segundo a Lei nº
12.101, de 27 de novembro de 2009, o CRER passou a ser reconhecido pelo
Ministério da Saúde,
como Entidade Beneficente de Assistência
Social, recebendo o selo
CEBAS Saúde, que confere ao Hospital a condição de entidade filantrópica prestadora de
serviços à sociedade.
Programa de Assistência Ventilatória
A portaria nº 577, de 20 de junho de 2012, habilita o CRER no Programa
de Assistência Ventilatória não invasiva aos portadores de Doenças Neuromusculares.
12 CRER EM REVISTA
resumo
Cara nova
O CRER ganhou nova fachada, repaginada e com iluminação, no início de julho. A mudança é umas das
ações promovidas em função da comemoração dos 10 anos do CRER.
Segura, peão!
O CRER promoveu, na tarde do dia 27 de julho, uma atividade lúdica com
praticantes da Equoterapia utilizando touro mecânico. O exercício programado, sob coordenação da psicóloga Cledma Ludovico, desenvolve a estimulação sensorial e melhoria do equilíbrio, além de integração entre pacientes e
familiares.
Maurício Oliveira (foto), 10, tem paralisia cerebral e é paciente do CRER há oito
anos. “Adorei a brincadeira. Mas é muito difícil aguentar esse boi”, contou.
Além dele, dezenas de pacientes e familiares participaram da atividade.
Arraiá de 10 anos
do CRER
O arraiá em comemoração aos 10
anos do CRER reuniu 1,5 mil pessoas, dentre colaboradores, voluntários, pacientes e familiares. O evento aconteceu no dia 7 de julho, na
quadra de esportes da Instituição.
O arraiá foi animado pelas tradicionais quadrilhas apresentadas
pelos pacientes. Este ano, a novidade ficou por conta da quadrilha dos colaboradores (foto), que
se apresentou pela primeira vez.
24 casais de colaboradores participaram da quadrilha, que teve duração de 30 minutos e tirou o fôlego
do público presente. Os quadrilheiros surpreenderam a todos e
foram bastante aplaudidos no final.
Gilnorma e Emerson ganharam o
prêmio de casal mais animado. Já a
premiação do casal melhor caracterizado ficou com a dupla Marta e Alessando.
Ian Beni (ver pag. 29),
colaborador da Oficina Ortopédica e coreógrafo da quadrilha,
também recebeu prêmio da Instituição em
reconhecimento e homenagem pelo desempenho nos ensaios da
apresentação dos colaboradores.
Além das quadrilhas de pacientes e colaboradores, os grupos de
dança convidados “Tradição” e “
Capim e Canela” também animaram o Arraiá de 10 anos do CRER.
CRER EM REVISTA 13
14 CRER EM REVISTA
arTIGo
Sexualidade e reabilitação
batalhas vividas diariamente. A sexualidade tende a ser deixada de lado.
Muitos necessitam de um tempo para compreender as modificações
do corpo, que antes dominavam. Tudo
parece estranho e fora de controle,
conviver com limitações, adaptações,
intromissão, invasão, esquema corporal modificado. Há a necessidade de
amparo social, familiar, multiprofissional, religioso, amigo. Todos somando forças na reconstrução de projetos
e sonhos. Entretanto, cabe à pessoa
um reencontro com seus desejos, que
seguirão ao encontro da realidade em
busca de maneiras adaptadas para não
perder a sua capacidade de expressão.
Os padrões comportamentais
das relações humanas afetivas, e principalmente as de cunho sexual, tendem a
seguir o mesmo caminho, seja bom ou
ruim, aprendido antes da deficiência.
Diante dessa, haverá crises, novos limites e possibilidades a serem delimitados e encarados, e por certo, uma maior
ocorrência de conflitos. Alguns desistem. Casais se divorciam. Filhos abandonam pais. Sociedade exclui mentes
criativas. Outros insistem, choram,
caem e se levantam reinventando novas
formas de expressar afetos e desafetos.
A lágrima, o olhar, a pele, o sorriso passam a comunicar como nunca fizeram
antes. Amantes se tocam de formas
diferentes, antes nunca imaginadas.
A acessibilidade da pessoa com
deficiência é um grande diferencial
para a promoção da saúde emocional.
Tendo a sua capacidade criadora e
produtiva restabelecida, pode retomar
também projetos vinculados às atividades sexuais e as de cunho reprodutivo.
O sonho de ter filhos precisará de suporte. Atividades de psicoeducação, assistência multiprofissional e programas
de fertilidade assistida fazem, em muito, a diferença para quem não poderá
realizar seus sonhos sem esse respaldo.
Cabe a equipe de reabilitação oferecer suporte para a promoção da saúde/satisfação na relação sexual de deficientes e seus (suas) parceiros (as), não
permitindo que esta chama se apague.
“
Quanto mais
emocionalmente
saudável é a pessoa
mais vínculos afetivos
ela constrói, desenvolve e expressa seus
afetos de maneira
harmônica e respeitosa, tanto para si
quanto para
aqueles com quem
se relaciona (...).
“
S
exualidade é um termo
amplamente abrangente que engloba inúmeros fatores e dificilmente se
encaixa em uma definição única e absoluta. Pode-se dizer que é traço mais
íntimo do ser humano e como tal, se
manifesta diferentemente em cada indivíduo, de acordo com a realidade e as
experiências vivenciadas pelo mesmo.
A sexualidade tem sido comumente utilizada como aspecto estritamente vinculado às atividades sexuais.
No entanto, a sua expressão não se prende apenas a essas relações. Esta força,
esta energia que promove movimento e
vida, é expressa na capacidade criadora de cada indivíduo, em todas as atividades socialmente produtivas, e deve
em grande parte ser direcionada para
o estabelecimento das relações interpessoais e afetivas de diversas ordens.
Nessas relações, a sexualidade não se
direciona apenas para fins reprodutivos, mas para a realização do prazer.
Quanto mais emocionalmente saudável é a pessoa mais vínculos
afetivos ela constrói, desenvolve e
expressa seus afetos de maneira harmônica e respeitosa, tanto para si
quanto para aqueles com quem se relaciona, ou mesmo para os objetivos
aos quais direciona sua energia vital.
No contexto da reabilitação, as
dores físicas e emocionais estão presentes com grande força. A princípio,
questões como sobrevivência, capacidade para o autocuidado e a retomada dos papéis familiares e sociais
assumem prioridade para as pessoas
envolvidas com o contexto promovido
pela doença. São muitas perdas, desafios e escolhas a serem enfrentadas nas
Janine Oliveira de Paula,
enfermeira, Suely Toshie Inoue,
terapeuta ocupacional, Grasiela
de Oliveira Mota e Sônia Helena Adorno de Paiva, psicólogas.
CRER EM REVISTA 15
16 CRER EM REVISTA
eMpreSaS MaNTeNeDoraS
Pioneirismo e dedicação
a
trajetória do Grupo
Unicom começou em 1981 quando o
empresário Luis César Sales fundou em
Brasília uma pequena loja de materiais
médico-hospitalares. Dedicação, qualidade e preços diferenciados ajudaram o
negócio a ganhar proporção. Dois anos
depois, a primeira drogaria do Grupo
foi inaugurada na mesma avenida, a
famosa Rua das Farmácias. A ideia era
atender os clientes na totalidade. O
pioneirismo de trabalhar com medicamentos e produtos exclusivos consolidaram a Unicom como uma das empresas mais respeitadas da capital federal.
O empresário sempre acreditou
no respeito aos clientes como um dos
principais alicerces das empresas de
sucesso. Constantemente, identificava
as necessidades e demandas na área
da Saúde para atender melhor a todos
que procuravam as lojas da Unicom.
Por isso, em 2000, apostou na nova
política de medicamentos brasileira e
inaugurou a Drogaria Genérica, mais
uma marca do Grupo. A loja se destacou pela variedade, condições de
pagamento e excelência de estoque.
Desde o começo, o Grupo Unicom oferece aos clientes conceitos diferenciados e uma extensa cartela de
medicamentos, desde os mais simples,
até os mais complexos, como antibióticos de última geração, antivirais e
oncológicos. Essa preocupação em
oferecer diversidade e qualidade foi
perpetuada e hoje, mais de 30 anos
depois, o Grupo é conhecido como
o verdadeiro “Shopping da Saúde”,
onde o cliente encontra tudo para seu
bem-estar. São mais de 10 mil produtos que abrangem áreas distintas.
Clientes do Shopping da Saúde encontram desde artigos para uso doméstico e hospitalar a alimentos diet e light.
São produtos de ortopedia, fisioterapia, odontologia, laboratório, prevenção, diagnóstico, primeiros socorros,
linhas farmacêuticas, equipamentos e
móveis hospitalares, instrumentos ci-
rúrgicos, descartáveis e injetáveis. As
drogarias da Unicom ainda dispõem de
artigos de higiene e prateleiras completas de perfumaria, maquiagem e o que
há de melhor no mercado da beleza.
Outra marca do Grupo são os
serviços disponibilizados em prol do
bem-estar e melhora da saúde de quem
precisa de atenção especial. Diabéticos
e hipertensos contam com atendimento diferenciado e gratuito, por meio
de um cadastro exclusivo das lojas
Unicom. Esse cadastro é feito pelos
farmacêuticos das unidades e permite
a construção de uma relação terapêutica efetiva, identificando junto aos que
estão em tratamento os principais problemas e o estado de saúde em geral.
Os farmacêuticos atuam de forma responsável, dentro de seu escopo
de trabalho, e dão orientações quanto
ao uso dos medicamentos, possíveis interações e, quando necessário, podem
encaminhar a outros profissionais da
saúde. O intuito é reafirmar o compromisso de funcionar como um shopping
da saúde e um centro de atenção à comunidade, contribuindo para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Valores atrelados à busca pela
inovação resultaram em uma instituição sólida e reconhecida na área da
Saúde, respeitada por parceiros e fornecedores, da qual o Grupo orgulha-se de
ter construído. A pequena loja que nasceu na Rua das Farmácias, em Brasília,
transformou-se em uma empresa com
mais de 400 colaboradores capacitados
e 15 unidades que atendem três cidades
brasileiras: Brasília, Goiânia e Palmas.
Grupo Unicom em Goiânia
Goiânia conta com três unidades
do Grupo Unicom. A proposta é a mesma: primazia na qualidade do atendimento e diversidade de produtos e
serviços, uma marca já registrada da
instituição. A preocupação com o bemestar dos clientes é explicitada nas ações
oferecidas pela empresa, em especial a
atenção aos diabéticos. Assim como em
outras cidades, as lojas da capital goiana possuem equipes capacitadas, que
estão a postos nas drogarias com intuito de auxiliar sobre aspectos relacionados à Diabetes. Dicas e informações
como a maneira de aplicação da insulina, dentre outros pontos essenciais,
são repassadas aos clientes da Unicom.
Responsabilidade Social Unicom
Bem-estar e saúde são dois
conceitos primordiais para o Grupo
Unicom. Para os idealizadores e colaboradores da empresa, o sucesso e o
crescimento da instituição estão diretamente atrelados à preocupação com a
qualidade de vida das pessoas. Por isso,
a Unicom realiza diversas iniciativas
em prol das comunidades em que atua.
Ações socioeducativas nas áreas
da saúde, educação, lazer e alimentação saudável fazem parte do escopo de
trabalho do Grupo e são promovidas
em eventos e feiras esportivas, órgãos
públicos, além de datas comemorativas. São as chamadas “Campanhas de
Conscientização”. A empresa leva até
esses locais um estande com profissionais especializados. A idéia é conscientizar a população sobre a importância
de ir ao médico constantemente e incentivar a prática de atividade física,
assim como de outras atividades que
contribuam para a qualidade de vida.
No estande é possível a aferição
de frequência cardíaca, pressão arterial,
colesterol, triglicérides e glicemia. Farmacêuticos e médicos tiram dúvidas e
montam um perfil, chamado de “Avaliação Vida Ativa”, para cada pessoa atendida. Quem participa das Campanhas
de Conscientização da Unicom recebe
um mapeamento do corpo, apontando
índice de gordura, massa magra, peso
recomendável, dentre outros índices.
Assessoria Unicom
CRER EM REVISTA 17
eSpaço Do paCIeNTe
“Minha alegria contagia”
C
om um jeito genuinamente
‘mineirim’, Paulo confirma, por telefone, a entrevista à reportagem da Crer em
Revista. “Quando você ver um homem
bonito e dos olhos claros, sou eu mesmo”, explica, seguido de uma boa gargalhada e antes de encerrar a ligação.
É com esse bom humor inabalável que Paulo Luiz Parreira de Freitas leva a vida e, facilmente, cativa a
todos. Com um sorriso permanente
na face e, de fato, reluzentes olhos
azuis (que segundo ele podem oscilar para verdes, “depende da preguiça”, brinca), Paulo nos conta como
superou as surpresas da vida e as expectativas que lhe foram impostas.
Vésperas da virada do ano de
1990, Paulo estava com a família em
Ituiutaba – MG, sua cidade natal. Durante um salto de uma cachoeira, Paulo
teve uma lesão medular e sequer conseguiu finalizar o salto. Antes mesmo
de cair na água, já notou que perdera
o movimento das pernas e braços. En18 CRER EM REVISTA
caminhado ao hospital de Uberlândia,
Paulo teve tetraplegia diagnosticada,
resultado de grave lesão na medula.
“Os médicos me disseram que
eu jamais voltaria a movimentar meu
corpo do pescoço para baixo. Falaram que eu viveria em cima de uma
cama”, lembra Paulo, que à época tinha 33 anos. “Tudo na vida é construído com um alicerce. O meu foi Deus,
minha família e os profissionais que
participaram da minha recuperação”.
Ele recorda que, evidentemente
chateado com o diagnóstico, chamara
a esposa, com então 25 anos, e dissera para seguir a vida dela. “Enquanto
você respirar, estarei ao seu lado”, respondeu a companheira. Auricelma Isabel Parreira de Sousa, 46, nunca deixou
o marido e o acompanha sempre em
todos os lugares. “Essa mulher é uma
guerreira”, define Paulo, que tem sentada ao seu lado a inseparável esposa.
Pela impossibilidade de ser
transferido para Goiânia, onde Paulo
vivia com a família, o paciente permaneceu por dois anos em Minas Gerais,
onde iniciou a reabilitação com sessões
de fisioterapia no Hospital da Universidade Federal de Uberlândia. A persistência e força de vontade de Paulo
foram seus principais aliados na surpreendente recuperação que alcançara.
“Sou muito teimoso. Nada me
atrapalha”, diz Paulo, numa autodefinição. O paciente permanecera
cerca de dois anos e meio sem nenhum movimento do corpo. “Só ficava na cama. Não mexia nada”, conta.
“Até que certo dia consegui mexer
meu dedão do pé direito. Dias depois, a perna. E logo, movimentei
meus braços”, rememora o paciente.
Não levou muito tempo para
que a persistência de Paulo o colocasse de pé novamente. Três anos após o
acidente que lhe deixara tetraplégico,
ele conseguiu ficar em pé na cama,
com a ajuda da esposa. Esse foi o primeiro passo dos muitos outros que
ele deu. “Quando consegui ficar em
pé, me senti alto demais. Era como
se eu estivesse no paraíso”, recorda o
paciente, que não esconde a emoção
pela conquista. “Na hora, não conseguimos segurar o choro. Foi muito
emocionante”, completa Auricelma.
As alegrias na vida de Paulo e
Auricelma não pararam por aí. Pais
de Lorena Isabel, Osvaldo Rosa de
Freitas Neto, o casal aumentou ainda
mais a família com a chegada de Luiz
Paulo. O filho caçula nascera três anos
após o acidente e deixou as vidas de
Paulo e Auricelma ainda mais feliz e
completa. “Quando engravidei foi um
susto porque meu outro filho do meio
já tinha 10 anos. Pensei que tinha esquecido como cuidava de um bebê”,
diz a mãe. “Pra mim foi uma alegria
enorme. Ela chorava e eu ria, festejava,
beijava a barriga dela”, celebra Paulo.
casa ”
“O CRER é a minha segunda
Paulo Luiz iniciou tratamento no CRER em novembro de 2003
e, mesmo com a dificuldade motora,
caminhava sozinho. Antes de chegar ao Centro de Reabilitação, Paulo fez tratamento em casa e também
na Colônia Santa Marta, em Goiânia
Dra. Ana Cristina Ferreira Garcia, médica fisiatra que acompanha
Paulo no CRER, explica que com o
tratamento de reabilitação, o paciente evoluiu do quadro de tetraplegia
para tetraparesia, com a recuperação
parcial dos movimentos. “Mesmo
sem apresentar toda sensibilidade e
força, ele consegue se movimentar”.
Segundo a fisiatra, melhoras em lesões medulares podem ocorrer.
Paulo já frequentou o CRER diariamente. Teve uma agenda intensa com
sessões de hidroterapia, natação, fisioterapia, terapia ocupacional e equoterapia. Atualmente, mantém o tratamento
com sessões semanais das três últimas
terapias. “Venho tanto no CRER que eu
deveria ter um puxadinho aqui”, declara Paulo, que agora também vai receber
atendimento no programa Agir + Saúde.
O paciente, que está no Hospital
há quase 10 anos, acompanhou toda a
ampliação da Instituição e se diz emo-
cionado com a evolução. “O crescimento do CRER é deslumbrante. Isso aqui
representa a minha segunda casa”,
completa. “A dedicação de todos os
profissionais também é impressionante. Aqui, todo mundo é bem tratado,
bem recebido da chegada até a saída. É
gostoso demais. Só tenho a agradecer”.
A entrevista é interrompida várias vezes. Colaboradores, de todas as
áreas do CRER, e outros pacientes abordam Paulo o tempo todo para cumprimentá-lo e trocar um “dedim de proza”. “Sou muito popular. Aqui tenho
muitos amigos e aprendi muito com essas amizades”, justifica as interrupções.
Nas sessões de Equoterapia,
Paulo Luiz vai além: canta, faz poesias
e ainda promove festas. “Em termos
de motivação e força de vontade, ele
é fantástico”, explica a psicóloga Sônia Helena, que acompanha o paciente
na Equoterapia. Ela destaca também
que outro diferencial no tratamento
de Paulo é o amparo afetivo que recebe. “A esposa tem um papel fundamental. É participativa e aderente ao
tratamento. Um caso raro”, diz Sônia.
Há três anos, o paciente foi
submetido a uma cirurgia de artrodese na cervical, para descomprimir a
medula óssea, onde recebeu 10 parafusos para dar sustentação à coluna.
Atualmente, Paulo Luiz consegue caminhar em casa, mas ainda apresenta
dificuldade e conta com o auxílio de
muletas do tipo canadense. Em eventos e até mesmo no CRER, Paulo prefere a cadeira de rodas. “Esse hospital
ficou muito grande. Com a cadeira, me
desloco mais rapidamente”, explica.
Agora aposentado, o ex-caminhoneiro desenvolveu várias habilidades. A que chama atenção e faz sucesso
é a confecção de tapetes de retalhos,
atividade desenvolvida nas sessões
de terapia ocupacional e aproveitada
comercialmente. O objetivo é estimular aspectos cognitivos, percepção,
autoestima, socialização e capacidade
de criação, onde Paulo se superou. O
paciente faz belíssimos tapetes, que
são disputados pelos interessados.
Sem perder o amigo, e a piada, Paulo Luiz diz que vive feliz. “Não
tenho que reclamar de tristeza. Acho
que minha alegria contagia. Minha
luta inspira outras pessoas”. Estudioso Espírita, Paulo acredita que a
doutrina o ajudou muito a superar os
impasses da vida. “Temos de buscar
Deus em todos os lugares”, conclui.
Acompanhado da Sup. Multiprofissional do CRER, Divaina Alves, Paulo pratica equoterapia
CRER EM REVISTA 19
É BoM SaBer
Diagnóstico de autismo depende
muito da observação familiar
Como não há exames específicos para a detecção do transtorno, e suas causas são
desconhecidas, o relatório familiar é a maior base do diagnóstico autista.
T
ranstorno Invasivo
do Desenvolvimento (TID). Essa
é a classificação dada pela Associação Americana de Psiquiatria
para o autismo, patologia categorizada pelo desenvolvimento
anormal do indivíduo, e que se
manifesta geralmente até os três
primeiros anos de idade, quando
a criança começa a mostrar perturbação nas interações sociais,
comunicação e comportamento.
Estima-se que existam no
Brasil cerca de 100 mil pessoas com
autismo. Alguns autores apontam que a cada 10 mil nascidos,
21 bebês sejam autistas (sendo 4
a 5 vezes maior em meninos, em
relação às meninas), mas a indicação da incidência do TID tem
variado em função do aprimoramento dos meios de investigação
e de rigor em classificar alguém
como autista, já que seu comportamento pode ser meramente reflexo da influência de seu ambiente.
Sendo assim, diagnosticar
o autismo é tarefa delicada, e ge20 CRER EM REVISTA
ralmente muito embasada pelo
depoimento familiar da pessoa.
Atualmente, exames bioquímicos, cromossômicos e eletroencefálicos ajudam a esclarecer o
quadro, já que algumas crianças
autistas apresentam aumento dos
ventrículos cerebrais que podem
ser vistos na tomografia cerebral
computadorizada (em adultos, as
imagens de ressonância magnética
podem mostrar anormalidades cerebrais adicionais), mas tais resultados servem apenas de amparo.
De causa desconhecida, estudos indicam que o autismo pode ser
em parte, genético. Isso porque nos
casos de gêmeos idênticos, ambos
tendem a apresentar a desordem
comportamental. Os principais sintomas a serem observados é a dificuldade de reconhecer a estímulos
auditivos e visuais e a expressar
comunicação corpórea. A criança
autista também não interage em
jogos em grupo, evita o contato no
olhar e tem uma anormalidade específica em expressar e reconhecer
emoções. Entretanto, o nível de inteligência não é, necessariamente,
atingido, já que nos casos de autismo, a inteligência fica entre a subnormal e acima do normal, com
maior sucesso em tarefas que requerem memória simples. Além desses
sintomas, o autista tende a sofrer
de fobias, perturbações do sono e
da alimentação e crises de choro
ou de agressão (tanto ao próximo,
como de autolesão). É importante
salientar que nem todos os autistas
apresentam todos esses sintomas
associados, e que a patologia não
compromete a expectativa de vida.
Crianças autistas com inteligência subnormal, avaliadas em
testes padrão e com resultados de
QI abaixo dos 50 pontos, provavelmente irão precisar de cuidado institucional em tempo integral. Já as
crianças com QI considerado normal
se beneficiam de educação regular,
porém, inclusiva, e psicoterapia. A
Fonoterapia é indicada e indicada
precocemente bem como a terapia ocupacional e a fisioterapia.
Elis Mendes Louza Júnior, 33 anos, autista, durante prática de equoterapia no CRER
COMO SABER SE A CRIANÇA TEM AUTISMO?
•
Geralmente, a criança apresenta, pelo menos 50% dos sintomas abaixo relacionados, e que podem
variar de acordo com a intensidade e a idade;
•
Dificuldade em interagir com outras pessoas;
•
Repetição de gestos idênticos;
•
Resistência a mudar de rotina;
•
Risos ou choro inapropriados;
•
Tem algumas fobias, e por outro lado, não teme os perigos;
•
Pouco contato visual;
•
Pequena resposta aos métodos normais de ensino;
•
Aparente insensibilidade à dor;
•
Ecolalia (repetição de palavras ou frases);
•
Conduta reservada;
•
Dificuldade em aceitar carinho;
•
Hiper ou hipo atividade física;
•
Angústia sem razão aparente;
•
Age como se não ouvisse;
•
Apego inapropriado e objetos;
•
Habilidades motoras e atividades motoras desiguais, e dificuldade em expressar suas necessidades
(usa sinais para os objetos em vez de palavras).
Texto: Patrícia Bulbovas
Matéria retirada da edição nº 29 da Revista Mundo da Inclusão | Editora Minuano.
CRER EM REVISTA 21
MeIo aMBIeNTe
Do lixo ao luxo
Reciclagem de ideias transforma contêineres em lojas espalhadas em todo o País e
colabora com a preservação do meio ambiente
C
ontainer, segundo o
dicionário da Língua Portuguesa, é
um recipiente de metal ou madeira,
geralmente de grandes dimensões,
destinado ao acondicionamento
e transporte de carga em navios,
trens, entre outros. Já no conceito da sustentabilidade, container
pode ser uma boutique de moda,
uma agência de propaganda ou até
mesmo uma temakeria. Foi assim,
reciclando ideias, que a Container
Ecology Store começou o negócio e
expandiu a marca para todo o País.
A ideia surgiu em 2008, quando o empresário gaúcho André Krai
viu a oportunidade de transformar
contêineres velhos em boutiques
de moda. Além do visual moderno
que proporcionam, ainda atendem
a uma demanda cada vez maior de
obras sustentáveis, ecologicamente
corretas. As primeiras lojas foram
em Xangri-Lá, no litoral do Rio
Grande do Sul e em Florianópolis,
na Praia dos Ingleses. O projeto,
como era de se esperar, despertou
a curiosidade de quem conhecia.
Com uma proposta que une
sustentabilidade e praticidade em
diversos tipos de negócios, a Container Ecology Store, que considera
ser a única franquia totalmente sus22 CRER EM REVISTA
tentável do mundo, tem chamado
atenção e ganhado mercado com
mais de 40 lojas espalhadas no
Brasil. O trabalho vem atraindo
cada dia mais empresas para desenvolver seus produtos e projetos.
Para a edificação das lojas
são utilizados materiais reciclados
como contêineres com mais de 20
anos de uso. A franquia pode ter
um ou mais contêineres, cada um
com 30 metros quadrados. Eles são
pintados de laranja, para chamar
a atenção. Tirando a cor, a frente
é de um contêiner original, com
sua autêntica e pesada porta. Na
lateral, o aço foi cortado em um
retângulo para colocar a vitrine.
A arara é um corrimão velho
de ônibus, parte do piso também é
de ônibus. O tambor de óleo cortado pode virar puff e os decks são
feitos com casca de arroz. Todo
esse reaproveitamento de material
derrubou os custos pela metade
comparando com uma loja tradicional e com um pouquinho de
decoração aqui e ali transformou
sucata em uma boutique de luxo.
Para não esquentar, as cha-
pas de aço das paredes são revestidas de isopor e madeira. O espaço
ganha provadores, espelhos, prateleiras, TV e iluminação. E em uma
semana a loja-contêiner está pronta.
Além de luxuosa, as lojas não
perdem nada em conforto e modernidade. A composição forma
um ambiente arrojado, inovador e
sustentável, que se destaca de forma positiva na cidade. Segundo a
empresa, a utilização de materiais
reciclados para a construção das lojas evita que 500 árvores sejam cortadas, uma grande contribuição a
favor da preservação da natureza.
Em Goiânia, a moda sustentável dos contêineres tamLoja em Goiânia também aposta no modelo sustentável
bém já chegou e faz sucesso.
A loja, que segue o padrão de
três contêineres e a cor laranja, é uma aposta do casal de empreendedores Pollyana Moraes e João Augusto, que viram no projeto uma maneira moderna, sustentável e chique de oferecer roupas femininas e masculinas, de variadas marcas, ao exigente e de muito bom gosto público de Goiás.
Quem visitou Gramado, RS, durante o mês de julho conferiu uma vila feita com contêineres
usados. Em parceria com o Grupo RBS, a Container Ecology Store montou a Estação Gramado com mais de 20 contêineres. Grandes marcas patrocinaram o projeto sendo elas Banco
Itaú, Ponto Frio, Natura, Hyundai, Melitta, Magnum e apoio da Prefeitura de Gramado.
Entre as várias atrações como
pub, pista de patinação, arena
kids e cafeterias, se destaca a
primeira câmera fotográfica
em container. O aparelho tem
cerca de 6 metros de comprimento e possui um sistema
simples e divertido: basta subir na máquina, apertar o botão, e a foto sai na mesma hora
em uma tela gigante.
Fonte: Site Container Ecology Store
http://www.lojacontainer.com.br/
Câmera fotográfica em container chama atenção dos turistas em Gramado/RS
CRER EM REVISTA 23
por DeNTro Do Crer
Valeu a pena Crer!
Centro de Reabilitação chega aos 10 anos como referência
em gestão e atendimento de excelência
o
CRER está completando 10 anos de
atendimento prestado à sociedade, notadamente à
pessoa com deficiência física e auditiva. Foi no dia 25
de setembro de 2002 que o CRER abriu suas portas
para fazer a diferença na vida de milhares de pessoas. Nesta década de serviços prestados, superamos a
marca de 6,6 milhões de procedimentos realizados.
A missão do CRER sempre foi oferecer excelência no tratamento aos pacientes que buscavam
no Hospital uma oportunidade de superação. Para
isso, priorizou o atendimento humanizado e a modernidade técnica para alcançar o patamar de referência em instituição de reabilitação e readaptação.
Administrado pela Associação Goiana de Integralização e Reabilitação – AGIR, o CRER teve
todos os seus recursos reinvestidos na manutenção, inovação e ampliação dos serviços prestados.
Nossa caminhada foi marcada pelo dinamismo
e crescimento acelerado da Instituição, tanto em
área física, quanto em atendimento de excelência.
Conseguimos, ao longo desses 10 anos, ampliar nossa área construída de 8.823 metros² para
27.089,97 metros². Construímos novos ginásios, consultórios, piscinas, laboratórios, entre outros espaços que passaram a fazer parte da nossa estrutura
física. Também inauguramos 20 leitos de Unidade
de Terapia Intensiva e um novo e moderno centro cirúrgico para procedimentos de alta complexidade.
Além da área física, ampliamos também nossos
serviços prestados, que são distribuídos em quatro grupos principais: Reabilitação, Internação, Centro Diagnóstico e Oficina Ortopédica. Tudo isso soma, diariamente,
mais de 4, 1 mil procedimentos realizados no Hospital.
Com a expansão, o número de pacientes atendidos e, logo, de profissionais que atuam no CRER,
também cresceu. Com isso, estrutura moderna e completa somada a profissionais capacitados, o CRER se
configura apto a receber e atender necessidade de
24 CRER EM REVISTA
saúde de qualquer perfil de paciente. Ao contrário
do que acontecia há 10 anos, quando o CRER apenas recebia o paciente em fase de reabilitação, agora
o Hospital já pode recebê-lo desde o início do tratamento, oferecendo recursos antes não possibilitados.
O CRER avançou também no ensino e pesquisa. Além de realizar eventos científicos anuais, desde
o primeiro ano de atividades, o CRER também oferece
residências médicas em medicina física e reabilitação,
desde fevereiro de 2007, e em radiologia e diagnóstico por imagem, iniciada em março de 2012. Ambos os
programas de residências médicas são certificados pelo
MEC. Além disso, o CRER também promove cursos de
aperfeiçoamento profissional e especialização médica.
Passo a passo, conquista por conquista. É assim
que o CRER chega aos 10 anos e segue sua jornada,
inspirado por grandes números, grandes histórias,
grandes parceiros, resultados e muita superação que
nos remetem à certeza de que valeu a pena crer.
Qualidade
Desde sua concepção, o CRER objetivou traduzir no planejamento das ações sua filosofia de trabalho. Abriu as portas em setembro de 2002 com grande parte das rotinas
formatadas, o que possibilitou, quatro anos
mais tarde, a obtenção da certificação segundo a Norma ISO 9001:2000. Em 2009, obtemos
a recertificação, já na versão ISO 9001:2008.
O CRER cumpre rigorosas metas de produtividade e alcança indicadores de desempenho. A exemplo do índice de satisfação do paciente, que alcança 98% da satisfação global.
CRER EM REVISTA 25
Superação
Neguinho, durante o programa do Jô Soares,
demonstra a sua grande habilidade de migrar o leite de um copo para outro sem derramar.
A preparação e o atendimento sempre personalizado cativam clientes fiéis, admiradores do seu trabalho
Exemplo inspirador
Com criatividade e muito trabalho, balconista de lanchonete transforma a sua história
de vida e é agente de motivação para profissionais de várias áreas
N
ascido em uma família humilde de Damolândia,
município do interior de Goiás, Neguinho veio para Goiânia quando
tinha apenas quatro anos de idade
para morar em uma casa de tábua,
no lote da tia. Seu pai foi trabalhar
como servente de pedreiro e a mãe
lavar roupa “pra fora”. “Com oito
anos de idade já tinha aquela sede,
aquela vontade de ajudar. A primeira vez que mexi com panela em
casa, quase apanhei. O que tinha eu
fiz - arroz, feijão e torresmo. Quando a minha mãe chegou eu falei – a
comida já está pronta para a senhora
ganhar tempo”, lembra da época em
que já sentia o desejo de traçar uma
trajetória diferente para a sua vida.
“Aos doze anos eu queria muito
mais do que ajudar a minha mãe, eu
queria fazer a minha história e sair
da dificuldade. Nunca vi a dificuldade maior do que eu”, completa.
Balconista há 22 anos de
uma lanchonete da capital, a Bis-
26 CRER EM REVISTA
coitos Pereira, hoje é conhecido
por seus malabarismos no preparo do “café do Neguinho”, sua
incrível habilidade em fazer contas sem calculadora, conhecer os
clientes pelo nome e por dominar
como poucos a arte da comunicação. “Eu descobri que se eu fizesse a diferença, a retribuição viria”.
Pela maneira como lida com
o público, seu profissionalismo e a
alegria com que realiza seu trabalho
diário, em 2004, Neguinho recebeu
o convite do gerente de um grande
banco para ministrar uma palestra
aos funcionários da sua empresa.
Em nota, um jornal da cidade publicou - Fenômeno do povo: balconista
de lanchonete é convidado para falar
de atendimento para bancário. A partir de então, ampliou-se o leque de
suas grandes habilidades. Falando
de forma simples e descomplicada
para profissionais dos mais variados setores de Goiás, bem como de
outros estados, o grande comunica-
dor apresenta sua história de vida
e as conquistas que já obteve por
meio de seu trabalho, em um depoimento contagiante. “Eu amo o que
eu faço. Trabalho é estrutura, é fundamento e a realização do sonho
de todo ser humano. O ser humano
nasce e cresce achando que trabalho é problema, trabalho é solução”,
declara Neguinho, com o conhecimento de quem alcançou grandes
vitórias pelo esforço do labor diário.
Em um rápido levantamento, calcula já ter feito mais de duzentas palestras pelo Brasil inteiro,
sendo que só neste ano já esteve
em Mato Grosso do Sul, Tocantins,
Espírito Santo, Bahia, Paraná, Rio
de Janeiro, cidades do interior de
Goiás e 4 cidades de São Paulo,
apresentado-se para públicos de
médias e grandes empresas, nacionais e multinacionais. “Quando eu
faço uma palestra a minha maior
preocupação é o dever que eu tenho com Deus de distribuir, para as
Foto: Arquivo pessoal
pessoas que quiserem ouvir, aquilo
que serviu de exemplo para mim”.
Ponto de partida – Neguinho começou a trabalhar aos doze
anos de idade em uma oficina de
bicicleta. “Desde aquela época, eu
já usava a criatividade a meu favor”, gaba-se, informando que foi
ele o inventor da luz de freio de
bicicleta. O que pode parecer não
ter muita utilidade, segundo ele
resultou em muito serviço. “Menino gosta de ver a luzinha piscando e isso me rendeu dinheiro”.
“Eu sempre fui um sonhador,
e o meu primeiro objetivo era juntar dinheiro para montar uma casa
para minha mãe, dar móveis a ela”,
declara Aguinaldo, que bem humorado garante que só é conhecido
assim nas contas a pagar. Neguinho conta que depois de nove meses juntando suas economias para
comprar uma geladeira, que daria
como presente de Natal à sua mãe,
Maria Aparecida da Silva, teve seu
sonho quase frustrado quando todo
o dinheiro economizado e guardado em casa desapareceu. “Quase
desisti do sonho, mas um mês antes do Natal, aconteceu de trocar de
empresa e com o dinheiro do acerto, ao invés de comprar uma mobilete ou outra coisa qualquer que os
meus amigos estavam comprando,
eu fui lá e comprei a geladeira”,
conta orgulhoso da sua primeira
conquista, a que abriria caminho
para tantas outras que, como mesmo declara, garantiram a ele e à
sua família uma vida confortável.
Participação no quadro “O Curioso” do Fantástico, 2010,
apresentado pelo ator Lázaro Ramos (de costas)
Falar com Neguinho dá a
qualquer pessoa uma grande injeção de ânimo. “- Tudo bem Neguinho? - Tudo ótimo! Já tentei ficar
ruim, mas não consegui!” . Assim
muitas vezes é o início de uma conversa com ele. Viver não lhe causa
cansaço ou esmorecimento, é difícil imaginar que ele se abata com
as dificuldades, ao que parece o
seu olhar está sempre direcionado para o lado positivo das coisas,
situações, pessoas e de si mesmo.
Neguinho é o tipo de pessoa que
o calor das adversidades moldoulhe um coração alegre e uma força
de vontade ativa e transformadora, manifestada em seu trabalho.
Tesouro – Casado há 19
anos com Luzinete
Magalhães
da Conceição Silva, Neguinho em
suas conversas e
palestras declara
sempre o amor
pela esposa, e o
quanto ela e seus
filhos lhe servem
como sustentação
e o incentivam a
seguir
adiante.
Ao exibir fotos da
prole,
Nathália
Jéssica, Wanderson, Nayara Jéssica, a Jessiquinha,
Festa em família - “Jessiquinha” (ao centro) comemora aniversário rodeada pela
e Aguimar Júfamília. Neguinho, Aguimar Júnior, Luzinete e Nathália
nior, a figura do grande vendedor
se afasta e abre espaço para o pai,
cheio de orgulho e alegrias, que
diz passar aos filhos valores para
que tenham sucesso em suas vidas.
CRER - Jessiquinha, que tem
paralisia cerebral, fez tratamento
durante oito anos no CRER. “Minha filha melhorou muito, eu nem
imagino como ela estaria hoje, dez
anos depois, se não tivesse passado
pelo CRER”. Ao lembrar a gravidez de risco, as idas da esposa com
a filha ao Hospital Sarah, em Brasília, em condução da OVG, o tratamento realizado no CRER, com
a esposa tendo que carregar sua
filha utilizando o transporte coletivo, Neguinho garante que todo o
empenho valeu a pena por hoje ver
sua filha inteligente e feliz, frequentando a escola tradicional, mexendo com habilidade no computador,
ver sua esposa com a autonomia de
quem possui carro próprio e tem a
liberdade de ir aonde deseja, e os
filhos estudando e se preparando
para um futuro promissor – a mais
velha, Nathália, cursa psicologia.
“O dia que o CRER precisar
de mim, estou à disposição!”, finaliza Neguinho de forma taxativa, afirmando que a palestra realizada por
ele durante a 3ª Semana da Qualidade (ver pág. 11), em junho passado, é muito pouco diante de tudo o
que ele e sua família receberam do
CRER. “Minha gratidão é eterna!”
CRER EM REVISTA 27
agenda
Setembro >>>
Curso do CRER de Patologias da Mão
Data: 14 e 15 de setembro de 2012
Local: Auditório do CRER - Goiânia – GO
Informações: www.crer.org.br / (62) 3232-3115
Transmissão por Videoconferência do
66º Encontro da AACPDM Academia Americana de Paralisia Cerebral.
Data: 14 e 15 de setembro de 2012
Local: Auditório do CRER - Goiânia – GO
Informações: www.crer.org.br / (62) 3232-3115
Outubro >>>
X Jornada Científica do CRER
Parcerias
Mai / Jul
Academia Ouro Fitness
Ad’oro Restaurante
Além da Lenda Restaurante e Adega
Asmego
Baiano Folhagens
Baiano Folhagens e Verduras
Buriti Shopping
Caldo 24 Horas
Carretas Mutirão
Cateretê Restaurante Bar
Catral
Celson & Cia Bar e Costelaria
Cevel
Churrascaria e Pizzaria Candeeiro
Churrascaria Gramado
Churrascaria Lancaster Grill
Churrascaria Montana Grill
Ciplac Luminosos
Clínica Premium
Crispim+Veiga
Dali Bar e Taberna
Equilíbrio e Saúde Centro Clínico
Escola Internacional de Goiânia
Flamboyant Shopping Center
Fraldas Kisses
Fran’s Café
Gessolar - Irmãos Chiarello Ltda
Goiás dá Sorte - Associação
Universidade Ativa
Grupo JBS – Friboi
Leites Piracanjuba
Leroy Merlin
Lig Tec Serv. Técnicos em
Telecom
Livraria Saraiva
Macom Instrumental Cirúrgico
Mandarin Spa Urbano
Meta Hospitalar
Mix Med Distribuidora de Medicamentos
MV Sistemas.
Novartis Biociências S/A
O Boticário
Otto Bock do Brasil
Outback Steakhouse
Pitigliano Pizzaria
Renauto Nissan
República da Saúde Empório e
Restaurante
Restaurante Bendita Tapioca
Restaurante Piquiras
Super Frango
Tend Tudo
Typ Academia
Unicom
Viação Paraúna
Linguagem e Motricidade
Data: 04 e 05 de outubro de 2012
Local: Auditório do CRER – Goiânia – GO
Informações: www.crer.org.br / (62) 3232-3115
Convênios atendidos no CRER
II Congresso Internacional de Saúde Mental e
Reabilitação Psicossocial
Data: 03 de outubro de 2012
Local: Centro de Eventos Plaza São Rafael - Porto
Alegre – RS
Informações: saudemental2012@officemarketing.
com.br
Novembro >>>
44º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia
Data: 15 a 17 de novembro de 2012
Local: Centro de Convenções da Bahia –
Salvador – BA
Informações: [email protected]
28 CRER EM REVISTA
Affego
Amil
Casbeg
Cassi
Celgmed
Correios
CREA
Fassincra
Fusex
Geap
IMAS
Ipasgo
Plan-Assiste
Saúde Caixa
SENAPREV
SUS
Unimed
perFIL Do CoLaBoraDor
Quem dança,
a timidez espanta
“
D
ance de acordo com
cada música, ritmo e interpretação,
pois os passos, o brilho e o show da
vida quem dá é você”. Mais que uma
frase, essa é uma teoria de vida de
Ian Beni. Dançarino e coreógrafo, Ian,
35, conquistou com a dança a satisfação emocional, pessoal e profissional.
Sempre presente nos palcos, Ian
conta que era “hiper tímido” e que
isso atrapalhava muito a vida dele,
em todos os aspectos. “Eu parecia um
bichinho do mato”. Com a dança,
aprendeu a se expressar, trabalhar em
grupo e desenvolveu espírito de liderança. “Foi o primeiro avanço para
mudar o ser Claudiney para Ian”, diz.
Claudiney Batista da Purificação
é nome de registro de Ian, que foi alterado após participar de um batismo
em um grupo espiritual da comunidade evangélica que frequentava, há 7
anos. Segundo ele, a escolha do nome
é feita pela liderança do grupo. “Ian
significa a ‘divindade de Deus no ser’.
Beni quer dizer ‘filho’”, explica. Ian então assumiu o nome, pelo qual hoje é
reconhecido, principalmente no âmbito artístico. “Claudiney é uma pessoa.
Ian é essa pessoa renovada”, esclarece.
Pai de Talita Lorrayne, de 7 anos,
Ian Beni trabalha há dois anos na Oficina Ortopédica do CRER como auxiliar
de órteses e próteses. Atende, principalmente, pacientes da internação e UTI.
“Fico muito satisfeito quando ajudo e
contribuo com o paciente”, diz. Fora da
Oficina, ele também dá show nos palcos
do CRER com apresentações artísticas.
“Acredito que seja um dom”,
afirma Ian sobre seu talento com a dança. Ele conta que sempre teve um estilo de dançar que chamava a atenção
das pessoas. Há cerca de nove anos,
conheceu a dança de salão. “Comecei
a dançar no grupo quando faltavam
cavalheiros para acompanhar as damas. Aprendi forró, bolero, samba e
rock anos 60”, lembra. Após oito meses, o professor da turma saiu e Ian
foi convidado a dar aula e assumir o
grupo. “Foi o meu primeiro desafio”.
Ian teve evolução rápida na dança. Não demorou muito e já foi convidado a montar coreografias e ensaiar
grupos. O coreógrafo apostou no forró
brega, ritmo também em ascensão. As
primeiras apresentações foram um sucesso. “Foi assim que comecei a erguer
carreira como dançarino”, destaca.
Em 2008, Ian fez o teste para fazer parte da turma de dança de salão
da Escola de Artes Veiga Valle, em Goiânia. Ian arriscou e tentou logo a turma
de nível 3. Com abundante talento, foi
admitido no grupo e no mesmo ano
também foi convidado para integrar
o corpo de baile do Veiga Valle, onde
também teve oportunidades de montar coreografias de forró e lambada.
“Nunca fiz cursos para aprender a montar coreografia. Sempre fui
muito musical. Ouço a música e marco
tempo, ritmo e fico imaginando os passos. Também me inspiro em filmes de
dança”, conta. Ian já montou mais de
10 coreografias. Para ele, a mais marcante foi em 2009, quando apresentou
o então ‘hit’ do momento “Você Não
Vale Nada (mas eu gosto de você)”.
A coreografia foi eleita a melhor do
espetáculo anual promovido pela escola Veiga Valle. Ian também já foi o
campeão do primeiro concurso que
participou de forró brega, que foi promovido por uma ONG de Goiânia.
“A dança hoje é a paz que reina na minha vida, não sinto estresse.
Compartilho minha vivência, meus
objetivos e minhas vitórias. A dança
me ajudou a progredir espiritualmente
na vida”, vibra o coreógrafo. Ian deixou o Veiga Valle em maio deste ano
e agora se dedica às aulas particulares
em Nerópolis e como bolsista em uma
academia de dança. “A dança transformou minha vida, por isso sempre
digo aos meus alunos: errem à vontade
e divirtam-se, porque dançar é muito gostoso”, aconselha o coreógrafo.
Ian dá show durante
apresentação no Veiga Valle
Dança dos colaboradores
Em junho deste ano Ian assumiu um novo desafio: montar uma
apresentação de quadrilha e ensaiar os
colaboradores do CRER em menos de
um mês. Segundo Ian, ele nunca havia
montado coreografia de quadrilha, mas
era um grande desejo. Foram 21 casais e
30 minutos de belíssima apresentação.
“Muitos do grupo nunca tinham
dançado. Disse a eles para não se preocuparem com os passos, mas com o
prazer pela dança. Juntos, conseguimos
vencer mais esse desafio”, narra o coreógrafo. (leia mais na página 13). Agora,
Ian já prepara para iniciar ensaio da coreografia da apresentação de fim de ano
junto com os colaboradores do CRER.
CRER EM REVISTA 29
paINeL
A partir desta edição, a Crer em Revista dedica uma seção especial para prestigiar aqueles que contribuem com o CRER na
prestação de serviços de qualidade a toda a sociedade. Neste espaço registramos o nome dos colaboradores e voluntários
que aniversariam no trimestre anterior à publicação da revista. Esta é uma homenagem singela prestada àqueles que, diariamente, se dedicam no desempenho de suas atividades e colaboram para o sucesso de toda a Instituição.
ANIVERSARIANTES
Mês de Maio
Alzira dos Santos
Ana Carolina Teles
Ana Francisca da Silva
Anderson Lopes
Ângela Maria Souza
Antônio Ferreira
Áureo de Oliveira
Bráulio Barbosa
Carla Borges
Carmem de Oliveira
Celma Santos
Cleiton Pinheiro
Cleiton dos Santos
Cristiano Paraguassu
Débora Braga
Denilson de Souza
Divaina Batista
Domingos Souza
Elaine Silva
Elaine Mendes
Eunice da Silva
Fabio da Rocha
Fabio Junior Andrade
Fabíola Maria Vicente
Fernando Aparecido Patriota
Fernando Falcão
Flávio Junior
Genecy da Silva
Gislane da Silva
Graça Divina Souza
Guilherme de Souza
Gustavo de Oliveira
Hélio de Almeida
Hélio de Queiroz
Humberto de Macedo
Ivanildes da silva
João Batista Borges
João de Oliveira
Joice Almeida
Jonair do Prado
Jordana da Rocha
Josy Dávila Arebalo
Josy Dayane dos Santos
Juliana Cristina de Menezes
Juliana Borges
Karla Lemos
Keila de Oliveira
Keruak de Almeida
Lílian Chagas
Lucas da Cruz
Luciene Castro
Maeverton Almeida
Marco Antônio Dias
Maria Célia Silva
Maria Cristina Bartras
Maria das Graças Martins
Maria do Amparo dos Santos
Maria Emília Daher
Maurício Carneiro
Neusa Alves
Onésimo Lima
Pabline Perim
Patrícia Ferreira
Patrícia Fátima de Souza
Paulo Sérgio Dutra
Quena das Graças Correia
Rafael Carlos de Oliveira
Rafael Silva
Raimundo de Souza
Regis de Sousa
Renata Cardoso
Renata Miashiro
Rênia Jucélia Severino
Rodrigo Medeiros
Rogério Moreira
30 CRER EM REVISTA
Rondney de Carvalho
Rosângela Nunes
Rosangela Lázara de Oliveira
Roseli Sousa
Sérgio Henrique de Oliveira
Sílvia Letice de Jesus
Sônia Helena de Paiva
Thiago Ribeiro Pires
Vilma Aparecida Vidal
Vinicius Vieira
Wagner César da Silva
Mês de Junho
Adão de Carvalho
Alarrúbia de Souza
Alberico Jayme Silva
Alessandra Martins
Alex Barbosa
Aline Graciele Melo
Álvaro da Silva Júnior
Ana Paula Pimentel
Ana Paula Lopes
Andreia Barros
Angelle Jácomo
Antonio Walker Marinho
Belgna Ramos
Caiqui Barros
Camila Nunes
Carina Araújo
Célio C osta
Cesar Augusto dos Santos
Cintya Maria Gondim
Clarice Maria da silva
Claudemiro Euzébio Dourado
Cleber Alexandre da Silva
Diany Dúcia Batista
Dielle Ribeiro
Divina Lúcia dos Santos
Dolores Brites
Eduardo José de Castro
Emanoel Crimério dos Santos
érica Grabalos
Erika Gabriella de Andrade
Eva Maria da Silva
Fabíolla Sousa
Fernanda Ariano
Fernanda Afonso
Francisco dos Santos
Gean Carlos da Silva
Gessyca Melo
Giovanna Maria Duarte
Grasiela Maria Mota
Hayline Bonifácio de Moura
Hélio Van Der Linden Júnior
Hugo Eduardo Alves
Isabella Regina de Paiva
Jacqueline Soares
Janiete Coelho
Jeandro Pires
Jessica Jina Silva
Joao César dos Santos
Joao luiz da Costa
Jorcerley da Silva
Jossilvan Vieira
Juliana Ribeiro
Karla Medeiros
Khodr Charafeddine
Kleisson Santos
Larissa Gornattes
Leandro Bubiniak
Leidiane dos Santos
Leonardo Araújo
Lilia Caldeira
Lívia Lena Souza
Lorena Carneiro
Lourival Andrade Júnior
Luana Letícia Rocha
Lucicleide Marcelino
Lucilene Maeda
Lyramar Leite
Marcella Silva
Marcella Belle
Márcio santos
Maria Aparecida Soares
Maria de Fátima Custodio
Maria de Fátima Mendonça
Maria Divina Santos
Mariana Robles
Mario da Silva
Marlon Brando Almeida
Marly Alves dos Santos
Natiele Alves
Neurilânia Santos
Patrícia Ferreira
Renata Ferreira
Renata Segger
Ricardo Moura
Rogério Castro
Sandra Jayme
Sergio Vasconcelos
Sueli Gandora
Tariana Martins
Thaís Borges
Vaneide Martins
Vanessa Maria de Queiroz
Viviane Emídia Soares
Wanessa Violatti
Welca Barcelar
Willian Silvestre
Zilma de Almeda
Mês de Julho
Adriana Oliveira
Aguilar Moreira Neto
Alexandre Neves
Aline Clara Silva
Ana Carolina Rodrigues
Ana Carolina Monteiro
Ana Cristina de Bastos
Ana Paula Paranhos
Ana Paula Trentin
Anderson da Mata
Andrea Busnardo
Andrea Rocha
Andreia Marinho
Andressa Nogueira
Anselmo de Oliveira
Aparecida Maria de Araújo
Brenda Bachhaubel
Bruno de Paula
Cássio de Mesquita
Célia Batista
Cíntia Rosa Silva
Claudete Pereira
Danyelle Costa
Deuzimar do Amaral
Douglas Afonso Ribeiro
Douglas Quintino
Douglas Magalhaes
Edilia José Araújo
Edineia dos Anjos
Elane de Oliveira
Eleni Álvares
Elisangela Oliveira
Erica amanda Bezerra
Fernanda Gonzaga
Fernanda Lemos
Filomena da Silva
Gabriela Carvalho
Graciely Cristine da Silva
Hamilton Martins
Ivana dos Santos
Jadilson Charles da Mata
Jairo Rubin
José Eudes Costa
Joselma de Jesus
Joseni dos Santos
Josinere da Costa
Kely Tiemi Matsunaga
Keyla Magda de Araújo
Leomar Mario Santos
Letícia Rodrigues
Lígia Santos
Lívia Gabriela Saliba
Luana Silva
Luana Tavares
Lúcia Venâncio
Luciana Dias
Luciano Silva
Lucileni Camilo
Magda Emanuelly de Souza
Magda Maria Alves
Marcia de Freitas
Marcia da Silva
Marco Cristiano da Cunha
Marco Túlio Manzi
Marcus Vinícius da Silva
Maria Conceição Balbino
Marineide Silva
Marla Rosa de Araújo
Meire Magalhães
Mirian Cândido
Monalisa Cristiana Pereira
Mônica Izabella Moreira
Noemi Daniela Tavares
Radmilla de Magalhães
Raimundo da Silva
Ranielly Cristinne Carvalho
Regina dos Reis
Ricardo Lúcio Campos
Rita Maria Rocha
Roberto Miler Silva
Ronaldo Roberto da Silva
Rosilda Graciene Ferreira
Soraya de Moraes
Sueleny Moreira
Suely Oliveira
Vivian Dourado
Wagner Ferreira
Wanessa Correia
Wesley de Araújo
Weverton Leite
Zildete da Silva
Zilene Santana
Voluntários
aniversariantes
Mês de Maio
Amália Rodrigues
Imaculada de Oliveira
Jadson Caetano
Zelma Correa
Mês de Junho
Bárbara Caroline
Beatriz Emídio
Maria do Socorro
Solimar Nascimento
Valdirene dos Santos
Mês de Julho
Rubens Cabaça
CRER EM REVISTA 31
32 CRER EM REVISTA
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