SIMILARIDADE FLORÍSTICA DE TREPADEIRAS NA MATA

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SIMILARIDADE FLORÍSTICA DE TREPADEIRAS NA MATA ATÂNTICA
NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Lais da Silva Cunha1, Davi Nepomuceno da Silva Machado2, Letícia Rocha Caires1 &
Ana Angélica Monteiro de Barros1
1
Universidade do Estado do Rio de Janeiro - Faculdade de Formação de Professores,
Grupo
Interdisciplinares
do
Ambiente,
São
Gonçalo,
RJ,
Brasil.
[email protected]
2
Escola Nacional de Botânica Tropical - Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico
do Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Trepadeiras são plantas vasculares que utilizam plantas ou outro meio físico para
ascender, porém são fixas ao solo pelo sistema radicular durante todo seu ciclo de
vida. Apresentam alta representatividade em várias formações vegetacionais,
correspondendo a cerca de 25% da diversidade taxonômica das florestas tropicais.
Apesar da reconhecida importância ecológica, o enfoque dos estudos neste hábito
ainda é pequeno, o que pode estar relacionado às dificuldades metodológicas de coleta
de material fértil, uma vez que as trepadeiras atingem grandes alturas no dossel. Para
análise das relações florísticas de trepadeiras foram utilizadas listas de espécies em
trabalhos publicados, consultas aos herbários GUA, HB, R, RB, RFFP, além do banco
de dados virtual Specieslink, referentes ás espécies do estado do Rio de Janeiro. Para
a comparação da similaridade foram elencadas 14 áreas onde foram feitos inventários
florísticos com registro de plantas trepadeiras. Foram desconsiderados os materiais
identificados apenas em nível de gênero ou que não constasse a determinação por
especialistas do grupo, ou ainda, as coletas onde não havia localidade definida. Os
nomes dos táxons foram confirmados de acordo com a Lista das Espécies da Flora do
Brasil. A similaridade florística entre as áreas foi calculada através do índice de
Sørensen com suas relações obtidas usando-se o método de medidas não ponderadas
(UPGMA). Para esta análise utilizou-se uma matriz de presença e ausência de
espécies por área no software PAST. Essa matriz reuniu um total de 508 espécies de
trepadeiras, distribuídas em 163 gêneros e 46 famílias, tendo as famílias mais
representativas em termos de riqueza de espécies: Bignoniaceae, Euphorbiaceae,
Dioscoreaceae, Fabaceae, Poaceae e Vitaceae. Os remanescentes florestais dos
municípios no entorno da Baía de Guanabara foram agrupados, sendo as áreas
inventariadas referentes aos inselbergues litorâneos. Entretanto, os resultados
mostraram que os municípios mais distanciados da capital fluminense, que abrangem
as Regiões Norte, Sul e Baixada fluminenses formaram conjuntos isolados em relação
á flora.
Keywords: Floresta Ombrófila Densa, inselberg, riqueza de espécies
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