Publicação Interna da Rede VITA - Ano VII / VIII - 4° Trimestre de 2007 / 1º Trimestre de 2008 Verão Pura Saúde Saiba que cuidados tomar com a pele, os olhos e a alimentação para curtir ao máximo a temporada Radiologia renovada em Curitiba Gestação tranqüila depois dos 30 24 www.redevita.com.br l a i c e p o s ã E r e o V ã ç e i d Ed 2 www.redevita.com.br ÍNDICE ÍNDICE Imagem da Capa Banco de Imagens sxc.hu Opinião 4 • Editorial: Lembranças Negócios em Saúde 5 • Agua Dulce, Agua Sala Ciência 6 7 8 9 10 • Entenda o que são cálculos renais e as técnicas de tratamento • Neurocirurgia com endoscópio permite recuperação mais rápida • Uso excessivo das mãos pode trazer probelmas • Aumento da idade média da população valoriza a Geriatria • Ser gestante após os 30 anos não é motivo de preocupação Artigo Médico 11 • Júlio Aragão conta a história do Parto Ping Pong 12 14 • Chao Lung Wen fala sobre as possibilidades da Telemedicina Gente • Dia do Médico em Curitiba e Volta Redonda • Camarote de Natal do Grupo Vita Capa 16 21 22 23 24 25 26 • Aproveite o Verão mas não descuide da sua saúde Em Rede • Diagnóstico por imagem nos hospitais VITA Curitiba e VITA Batel têm novos equipamentos • Planejamento estruturado da Manutenção previne defeitos em Volta Redonda • Novo Laboratório de Artroscopia em Curitiba oferece cursos para especialistas • Perfil da Mariangela de Godoy, de Curitiba • Crianças do Bairro Alto têm novo Parquinho Túnel do Tempo • História da Febre Amarela, e porque nem todo mundo deve tomar vacina Cida Bandeira • A Colunista Social que Sabe de Tudo e Conta Todas 3 www.redevita.com.br Lembranças Francisco Balestrin O Sucesso sem sucessivos sucessores bem sucedidos não é sucesso, é fracasso! Sinceramente, não sei de quem é esta inspirada frase, pois ela vem me instigando há anos e, julgo, a maior parte dos gestores que se preocupam com a longevidade de seus negócios. Tenho um caderno onde anoto frases, ou aforismos, para ser mais elegante, que me fazem refletir “em pílulas” sobre nossa missão como responsáveis empresariais, amigos, esposos, pais e cidadãos. Sempre gosto de citar o autor, pois me fascina a capacidade de se condensar em poucas palavras um conjunto enorme de aprendizado e experiências. Assim, caso alguém conheça o verdadeiro autor da frase, peço que identifique sua origem para que possa prestar as devidas homenagens. Mas por que entusiasmar-se tanto por esta frase? Porque reflete algo que sempre fizemos no Grupo VITA, buscando formar pessoas que possam suceder pessoas em nossos hospitais e que conhecendo nossa filosofia e nossa maneira de ser de servir com ética, qualidade e transparência nossos clientes, não deixem “a batuta cair”. Só assim estaremos garantindo longevidade e confiança em nossas instituições. O caminho é longo e, muitas vezes, cheio de armadilhas e dificuldades. Neste trajeto, muitos colegas, importantes na vida da empresa, saem ou, como gosto de dizer, momentaneamente deixam de viajar nesta aventura de prestarmos juntos serviços de saúde, pelos mais variados motivos. A todos temos nosso agradecimento e respeito e, mais que isto, temos as portas abertas para um breve retorno. Por isto estamos comprometidos com um grande projeto de melhoria contínua de qualidade onde, visando sempre a qualidade assistencial e a segurança de nossos pacientes, buscamos uma uniformidade de padrões e rotinas e o conhecimento de nossa Missão, Visão e Valores por todos os envolvidos neste mundo de compromissos com nossos stakeholders (apoiadores). Nossos hospitais encontram-se entre os melhores do país. Afirmação com certa dose de basófia? Seria, se esta chancela não nos tivesse sido conferida por entidades externas de aferição de qualidade, tais como a Organização Nacional de Acreditação que nos qualificou com o grau máximo de qualidade entre os hospitais Brasileiros (ONA 3). Tal graduação não atinge a casa de duas dezenas entre os mais de 6.000 (!) existentes em nosso país. Não satisfeitos, partimos agora para o reconhecimento internacional e, esperamos em breve, também o reconhecimento da Agência Canadense de Acreditação de Saúde Internacional, a CCHSA. Sobre este assunto deveremos ter notícias, espero boas, em breve. Neste esmerado número da revista VITAL apresentamos, como de costume, uma infinidade de matérias de interesse técnico que, espero, seja do agrado de todos. Gostaria de mencionar a seção Ping-pong com a entrevista do Dr. Chao Lung Wen, especialista em telemedicina, que nos esclarece muito sobre o futuro da informática na área médica e sua influência no cotidiano de todos nós. Aproveito para saudar o retorno de nossa colega, Maria Lucia Martins, que assume o estratégico posto de Diretora de Operações do grupo VITA, cargo de enorme responsabilidade e importância para nossos hospitais. A ela boa sorte e o apoio de todos! Expediente VITA www.redevita.com.br Presidente: Edson Santos Hospital VITA Batel (41) 3883-8482; [email protected] Vice-Presidente Executivo: Francisco Balestrin Hospital VITA Curitiba (41) 3315-1900; [email protected] Hospital VITA Volta Redonda (24) 2102-0001; [email protected] Maternidade VITA Volta Redonda (24) 3344-3333; [email protected] Grupo VITA (11) 3817-5544; [email protected] 4 www.redevita.com.br Diretor Técnico: José Mauro Resende Diretor de Controladoria e Finanças: Ernesto Fonseca Diretora de Operações: Maria Lucia Ramalho Martins Superintendente Hospital VITA Batel: Claudio Lubascher Superintendente Hospital VITA Curitiba: Carla Soffiatti Superintendente Hospital VITA Volta Redonda e Maternidade VITA Volta Redonda: Deumy Rabelo VITAL é uma publicação interna da Rede VITA. Editor: Francisco Balestrin Conselho Editorial: Maria Lucia Ramalho Martins, Ligia Piola, Lorena Nogaroli e Márcia Almeida. Produção: Headline Publicações e Assessoria (11.3951-4478). Jornalista responsável: João Carlos de Brito Mtb 21.952. Direção de arte: Alex Franco. Revisão: Ligia Piola. Apoio Curitiba: André Berlesi. Tiragem: 10.000 exemplares. Impressão Gráfica Josemar (11.3865-6308) Email: [email protected]. Correspondência: Av. Pedroso de Moraes 1788 São Paulo SP Cep 05420-002 Agua dulce, Agua sala “Agua que caes del cielo / Sobre las olas del mar Yo te quiero beber dulce / Y tu te pones sala” Para quem não conhece, e pode ser a maioria, essa estrofe é parte da letra de uma famosa música caribenha, que poderia ser traduzida como “água que cai do céu, sobre as ondas do mar, eu te quero beber doce, mas você está salgada”. Excluindo-se o lirismo da letra, se alguém quiser beber água doce no mar terá que ficar de boca aberta para cima e torcer para que chova bastante (desculpem-me a falta de senso poético...). Estava ouvindo essa música, vendo (ao mesmo tempo) a sessão de Economia do Estadão e, ao lado, tinha um Caderno especial do Carnaval. Confesso que consegui ver certa analogia entre as três coisas, apesar de ser sete horas da manhã e, como dizem os grandes articulistas, a pior hora para se ter alguma iniciativa de criação. Mas vamos lá. Minha primeira co-relação foi da água doce aos novos investimentos. Todos querem. Na verdade, todos precisam. Vimos no último ano uma enxurrada (para manter o sentido líquido das coisas) de novos investimentos e novos investidores, nas muitas aberturas de capital que ocorreram, sendo a grande maioria deles de origem estrangeira. Muitos conseguiram ficar de boca aberta para cima e beberam água doce; mas o grande volume foi para o Mar, representado, aqui, pelo que denominamos chamar de Mercado Aberto de Capitais. Agora vem o Carnaval. Não o nosso, que “só” dura quatro dias e tem data marcada para começar e terminar, mas o “made in USA”, que eles convencionaram chamar de “crise do subprime” ou, simplificando para nosso linguajar, “vamos emprestar dinheiro a juros muito altos para quem não pode pagar – ganhar meu bônus e deixar a coisa explodir quando eu não estiver mais sentado nesta cadeira”. Com isso, o que foi visto como exemplares resultados financeiros para grandes Instituições nos anos anteriores, tornou-se uma crise que realmente ninguém sabe o tamanho. Tipo samba-enredo chato, que não acaba nunca e o puxador insiste no refrão “O-o-o-o, A-a-a-a”. Pelos menos dessa crise mundial ninguém pode culpar os vilões de sempre, ou seja, os Países Emergentes. Só que a pipoca que estoura lá, acaba esvaziando o saquinho aqui. Grandes investidores, com necessidade imediata de cobrir suas perdas lá para não ver a crise aumentar para seu lado, são obrigados a desinvestir aqui, ou seja, tem que tirar água do Mar. E tiram, mesmo que esteja salgada, com perdas significantes sobre os valores que foram investidos há pouco tempo, em alguns casos, há poucos meses. E qual o primeiro dinheiro que vai embora? O que foi investido ao longo do tempo na Petrobrás, na Vale (antigamente do Rio Doce) e Banco do Brasil? Ou aquele que foi “apostado” nos mais recentes IPOs? É só ver as cotações na BOVESPA. Temos casos de empresas que perderam quase 30% de seu valor em menos de um trimestre, a contar de quando abriram seu capital. E isso aconteceu porque os investidores descobriram, de uma hora para outra, que essa Empresa vale menos do que quando compraram suas ações em novembro? Definitivamente NÃO! A razão é que na maioria dos IPOs que ocorreram em 2007, a maioria de subscritores foi de investidores estrangeiros, criando uma grande concentração em cima desses novos papéis, ao contrário do que ocorre com as “blue chips” acima citadas. E aí veio o apuro e a coisa funciona mais ou menos como “saque de supermercado”. O que foi colocado na prateleira por último é o que sai primeiro. E não adianta procurar por água doce, porque toda água que está no mar já está salgada e, com certeza, até acabar o Carnaval do Sub-Prime não vai chover. Não adianta ficar de boca aberta virada para cima. 5 www.redevita.com.br Entenda os Cálculos que a Urologia Resolve A especialidade tem evoluído para procedimentos cada vez menos invasivos e de recuperação mais rápida, para tratar os freqüentes e dolorosos cálculos renais A grande maioria dos pacientes que buscam um urologista se queixa do mesmo problema: os famosos cálculos renais, ou pedras nos rins, uma afecção comum, que causa muita dor e tende a incomodar mais durante o verão (veja reportagem nesta edição). Felizmente, as técnicas modernas de tratamento têm conseguido dar conta do problema de forma cada vez menos invasiva. Os urologistas Luiz Cezar Atan, do Hospital VITA Volta Redonda, e Fernando Koleski, dos hospitais VITA Curitiba e VITA Batel, explicam nesta reportagem quais são os mais modernos métodos de combate aos cálculos renais e outras doenças tratadas pela Urologia. Cristais Nada Preciosos Mas como é que essas pedras vão parar nos rins? Na verdade, elas se formam ali, com a Prevenção Masculina Os urologistas sabem que os homens têm maior resistência a procurar orientação médica para fazer prevenção de doenças e tentam evitar o famoso exame de toque, para diagnóstico do câncer de próstata. A regra é clara: todo homem a partir dos 45 anos deve fazer exame de próstata anualmente; caso tenha histórico de câncer de próstata na família, deve adiantar esse exame para os 40 anos de idade. Além disso, não deve ignorar nenhuma alteração na região genital: aumento do tamanho e consistência dos testículos; dor, lesões, verrugas, secreção no pênis ou nos testículos; sangramento na urina são sintomas que recomendam uma visita ao urologista 6 www.redevita.com.br cristalização do cálcio e de outras substâncias presentes na própria urina. Esse processo depende de diversos fatores: hereditariedade, tipo de alimentação e volume de consumo de água são os mais importantes. Quanto menos água uma pessoa consome, mais concentrada é a sua urina e maior a chance de que os cristais de cálcio se cristalizem e formem os cálculos. De modo geral, os urologistas recomendam que um adulto consuma três litros de água por dia. É comum encontrar várias “pedras” no mesmo paciente. Os cálculos têm tamanho variável, desde um grão de areia até uma bola de ping-pong. Os pequenos podem ser expelidos naturalmente junto com a urina, ainda que possam causar dor e sangramento, enquanto os grandes causam dores intensas e podem obstruir as vias urinárias. Às Armas Segundo Luiz Cezar Atan, urologista do Hospital VITA Volta Redonda, existem três principais formas de combater os cálculos renais: o nefroscópio, que é um aparelho que acessa diretamente os rins através de uma pequena incisão, e retira os cálculos inteiros ou os quebra; o ureteroscópio, que acessa as vias renais através do ureter, o canal por onde passa a urina; e a litotripsia extracorpórea por onda de choque, que quebra o cálculo sem a necessidade de incisões ou sondas, mas não pode ser aplicada em qualquer situação. As três técnicas são utilizadas por ele no tratamento de seus pacientes. Atan desenvolveu sua tese de doutorado sobre a ocorrência de cálculos renais entre os funcionários da Companhia Siderúrgica Na- cional, em Volta Redonda, muitos dos quais trabalham sob temperaturas extremamente altas, junto aos fornos de produção de aço. “A incidência de cálculo nos funcionários que trabalham nas áreas quentes da siderúrgica, onde as temperaturas ficam em torno de 45 graus, é cerca de nove vezes maior que entre o pessoal que trabalha nos escritórios”, diz Atan; “isso porque esses operários suam muito e ficam com a urina muito concentrada”. Nem tudo são cálculos Fernando Koleski é um cirurgião urológico que atua nos hospitais VITA Curitiba e VITA Batel. Ele reconhece que o maior número dos casos é realmente dos famosos cálculos renais; mas ele também trata de diversas outras afecções: câncer nos rins, próstata, testí- culos e bexiga; inVoltando aos fafecções urinárias; mosos cálculos, incontinência uriKoleski lembra que nária e doenças quem precisa fado aparelho genizer reposição de tal masculino, encálcio, para evitar tre outras. “Os proa osteoporose, decedimentos urolóve controlar a diegicos estão em ta, com orientação constante mudande seu médico, e ça, e a tendência é consumir bastante que eles se tornem água. “Água mescada vez mais conmo, de preferênfortáveis”, explica cia não substituir Koleski. Segundo Atan estudou a relação entre calor e por refrescos, suele, procedimentos cálculos renais cos ou isotôniminimamente incos”, acrescenta. vasivos ou não invasivos descritos nesta re“Água mineral também serve”, explica portagem representam cerca de 90% dos atenKoleski, citando uma dúvida comum entre dimentos no VITA Curitiba e no VITA Batel. os pacientes. Neuroendoscópio chega cada vez mais longe A neurocirurgia minimamente invasiva tem sido utilizada para tratar vários tipos de tumor O neurocirurgião Luiz Otávio Maddalozzo, que atua nos hospitais VITA Curitiba e VITA Batel, tem expandido o uso de procedimentos minimamente invasivos para tratamento de tumores e outras doenças no crânio. Com isso, seus pacientes passam por operações muito menos traumáticas e recuperam-se em uma fração do tempo de uma neurocirurgia convencional. Maddalozzo apresentou trabalhos sobre cirurgia endoscópica de tumores da hipófise, no Congresso Mundial de Neuroendoscopia, em maio de 2007, em Paris, e também no Congresso Latino-Americano de Neuroedoscopia, em novembro último, em Porto Alegre. Foi na cidade de Mainz, na Alemanha, mundialmente conhecida como centro de desenvolvimento de neuroendoscopia e neurocirurgia minimamente invasiva, que Maddalozzo aperfeiçoou seus conhecimentos. “Assim que eu me formei, tive a oportunidade de estudar em Mainz, onde permaneci durante dez anos, estudando e trabalhando”, explica. Ele retornou à sua cidade natal, Curitiba, há dois anos. O principal instrumento de Maddalozzo é o neuroendoscópio, um fino tubo com câmera de vídeo, iluminação e instrumentos cirúrgicos, que avança por dentro do organismo do paciente até o ponto que se quer tratar ou examinar. É um aparelho controlado à distância pelo neurocirurgião, e requer uma grande habilidade para Madalozzo destaca operar os instrumentos cirúrgicos vendo apenas a imagem do vídeo. Com ele é possível realizar procedimentos neurológicos através de pequenas aberturas no crânio, ou, dependendo do caso, utilizando-se de acessos que já existem na cabeça, por exemplo, através do nariz. “É possível retirar tumores grandes através de pequenas aberturas, por exemplo, de 1,5 por 2 centímetros”, diz Maddalozzo. O acesso através do nariz tem sido utilizado rotineiramente para tratamento de tumores a evolução da neurocirurgia de hipófise, uma glândula que fica atrás dos olhos, no centro do crânio. Segundo Maddalozzo, com o uso do neuroendoscópio consegue-se evitar uma cirurgia convencional bastante traumática e sujeita a mais riscos. A técnica tem servido, também, para o tratamento de craniofaringiomas, cordomas do clivus e outros tumores. A equipe de Maddalozzo continua aperfeioçando a neurocirurgia minimamente invasiva para expandir cada vez mais seu alcance. 7 www.redevita.com.br Mantenha suas Mãos a Salvo Especialistas em cirurgia de mão alertam quanto aos problemas decorrentes do uso excessivo, da falta de atividade física e de acidentes em casa e no trabalho Nos últimos anos, temos usado nossas mãos cada vez mais intensamente, principalmente no teclado e mouse do computador, e isso tem acarretado muitas queixas e aumentado a demanda por cirurgias nas mãos, realizadas por ortopedistas ou cirurgiões plásticos especializados nesse tipo de operação. As médicas entrevistadas alertam: muitos dos problemas nas mãos podem ser evitados ou atenuados com atividade física regular e prevenindo acidentes, no trabalho, em casa e com fogos de artifício. Regina Haasis, ortopedista e especialista em cirurgia de mão do Hospital VITA Volta Redonda, explica que diversas afecções das mãos podem exigir tratamento cirúrgico: dedo em gatilho, enfermidade de dupuytren, tendinites, espessamento do túnel do carpo, entre outras. Ela costuma fazer duas operações por semana, às sextas-feiras no Hospital VITA Curitiba. Segundo Regina, as patologias das mãos aumentaram muito nos últimos anos, principalmente em função do trabalho no micro: “Os computadores não eram tão comuns e os datilógrafos de máquinas de escrever mecânicas tinham menos problemas”, diz Regina; “mas, de modo geral, quem mantém uma atividade física regular costuma ter menos problemas”. Ela afirma que é possível tomar medidas preventivas para tentar evitar as moléstias que o uso excessivo das mãos possa causar. Uma das mais importantes é fazer alongamento das mãos e braços a cada duas horas e, também, intervalos de descanso a cada hora de trabalho ao computador. Acidentes Segundo Giana Giostri, ortopedista do Hospital VITA Batel, os acidentes na mão correspondem 8 www.redevita.com.br a 30% de todos os acidentes atendidos nos pronto-socorros do Brasil. Ela ressalta, entretanto, que, do total de acidentes com as mãos apenas 12% são acidentes de trabalho: 60% acontecem nos domicílios, e as maiores vítimas são as crianças. Por isso ela alerta que todo cuidado é pouco para evitar que elas sofram queimaduras, cortes e esmagamentos. Veja box nesta página com as recomendações de Giana para evitar acidentes. Giana é presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - Regional Paraná e professora de Ortopedia da Faculdade de Medicina da PUC-Pr, e conhece bem as queixas que os pacientes têm em relação às mãos. “A maioria dos casos decorrem da falta de prepa- Segundo Regina Hass, atividade física ro físico do paciente regular pode prevenir problemas nas mãos para as atividades diárias”, explica Giana, “e, com isso, com o envelhecimento, a tendência é que os ele acaba sobrecarregando os músmúsculos percam tecido e enfraqueçam. Por culos e os tendões”. Segundo ela, as isso é fundamental manter a atividade física, pessoas precisam ter em mente que que evita a perda de tônus e massa muscular. Causas mais freqüentes de acidente doméstico: • Esmagamentos por portas e janelas. • Ferimentos lineares, lacerações, amputações por facas e latas. • Queimaduras por agentes inflamáveis, fogos de artifício e bombas caseiras. Como Podemos Prevenir: • Não deixar os dedos e a mão escorando portas ou janelas • Cuidados no manuseio de latas, objetos cortantes e também eletrodomésticos como liquidificadores e batedeiras. • Não permitir que crianças brinquem nas proximidades de portas e janelas, bem como fogão, fogareiro ou ferro de passar. • Cuidado com brinquedos que podem tornar-se pontiagudos e cortantes. ·• Manter facas, tesouras e outros objetos pontiagudos e cortantes fora do alcance das crianças, bem como agentes inflamáveis e produtos de limpeza. • Mobilização pela proibição da comercialização de fogos de artifício para pessoas não especializadas, especialmente menores de idade. • Não manusear bombas caseiras. • Cobrar das autoridades maior rigor na fiscalização da lei que proíbe a comercialização de álcool líquido, somente o gel, menos inflamável. A lei já existe. Terceira Idade de Primeira Os brasileiros estão vivendo cada vez mais. Mas para ter uma terceira idade ativa e feliz é preciso preparar-se desde cedo Em um século, a expectativa de vida da população brasileira saltou de 50 para 72 anos. Com isso, a Geriatria, especialidade médica que cuida da saúde dos idosos, está cada vez mais importante. “Hoje, é comum ver pessoas com 50 anos surfando, correndo, namorando”, diz Edélsio Alves Júlio, médico gerontólogo do Hospital VITA Curitiba. Mas ele observa que essa qualidade de vida depende de cuidar da saúde, fazer prevenção e praticar esporte. “As pessoas estão vivendo mais e tendo uma velhice mais saudável”, diz Ana Vitória Cardoso, geriatra do Hospital VITA Volta Redonda. “Hoje temos mais acesso a exames, medicamentos mais modernos e, além disso, vem acontecendo uma mudança de comportamento para melhor nos hábitos de alimentação e de atividade física”, explica. Segundo Ana, hoje as pessoas já entendem melhor os cuidados de prevenção, necessários para que se tenha uma velhice com saúde: “Recebo pacientes com 40 anos, que já querem se preparar para chegar bem à terceira idade”, diz Ana. Uma das mudanças mais importantes que ocorreu nos últimos anos foi a conquista da atividade física e social para o idoso. “Antigamente, pensava-se que o idoso deveria ficar em repouso para prevenir problemas”, diz Ana, “e hoje se sabe que a ati- vidade física e social é recomendável, e deve ser condizente com a saúde daquela pessoa. Por exemplo, quem tem artrose faz exercícios diferentes de quem tem osteoporose”. Pacientes preparam-se para a velhice, diz Ana Cardoso Júlio, do Hospital VITA Curitiba, explica que o cuidado com o idoso requer uma equipe multidisciplinar, que reúna médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais de saúde, que podem orientar e tratar pessoas nessa fase da vida. “A velhice não é uma doença, faz parte do desenvolvimento da vida e pode ser vi- vida de forma harmônica e com qualidade”, diz Júlio. Ele ressalta a importância da participação da família em uma velhice saudável: “A família faz parte dessa equipe”, diz Júlio, “e se a família não participa, a tendência é que o idoso entre em depressão”. Do contrário, quando a família consegue buscar orientação e fazer parte desse processo de envelhecimento, a velhice se torna muito mais saudável e feliz. “Para que possamos ter um envelhecimento saudável, temos que começar o quanto antes um hábito de vida saudável”, orienta Júlio. Ele recomenda que cada um observe a história de seus antepassados e procure prevenir as doenças que eles tenham desenvolvido. Pois haverá maiores chances de desenvolvê-las também. 9 www.redevita.com.br Gravidez Tardia, Gravidez Feliz A gravidez tardia, depois dos 35 anos, tem tudo para ser saudável e tranqüila, contanto que a gestante faça um acompanhamento criterioso Com uma vida profissional e acadêmica ativa, muitas mulheres adiam a gravidez para bem mais tarde. Para saber se isso traz algum tipo de risco extra para a mãe ou a criança, entrevistamos a médica Lara Danielle Nowak, ginecologista e obstetra da Maternidade VITA Volta Redonda, e professora de Ginecologia e Obstetrícia da Unifoa (Universidade da Fundação Oswaldo Aranha). “Algumas mulheres estão deixando para engravidar cada vez mais tarde, depois dos trinta, trinta e cinco anos”, diz Lara. Essa tendência, ressalta, está muito ligada à carreira acadêmica e profissional. Para Lara, não há problema nenhum em fazer isso: “A gravidez de uma mulher de mais de 30 anos, mesmo a primeira, pode ser absolutamente normal”, diz Lara, “e a idade também não determina a via de parto”. Ou seja, decidir entre um parto normal ou uma cesariana não tem relação com a idade da gestante. Segundo Lara, suas pacientes não têm medo da gravidez tardia. “Muitas programam essa gravidez para uma determinada data ou para depois do casamento, e não tenho visto nenhum temor por parte delas quanto à idade de engravidar”, diz. De fato, problemas decorrentes da gravidez, como pressão alta e diabetes, têm maior chance de ocorrer quanto maior a idade da gestante, As pacientes não têm medo, diz Lara 10 www.redevita.com.br ressalta Lara. “Mas é exatamente para prever esses problemas que existe o exame pré-natal”, observa. Ou seja, se vierem a ocorrer problemas durante essa gravidez tardia, o que não é a regra, eles podem ser identificados nos exames da gestante, tratados e contornados. De qualquer forma, isto pode acontecer com gestantes de qualquer idade. Daí a importância de não deixar de fazer os exames pré-natais seja qual for a idade da paciente. “A mulher deve procurar seu médico gineco-obstetra assim que a menstruação deixe de ocorrer”, orienta. Em geral, é feito um exame por mês até o sétimo mês de gravidez; no oitavo mês, dois; e no último, quatro exames. “É muito importante não faltar, para que vigiemos qualquer alteração na saúde da gestante, principalmente nos três últimos meses de gravidez.”, diz Lara. Parto, Porta para a Vida Por Júlio Aragão * Tanto do ponto de vista médico quanto social, o parto é para todos os membros de nossa sociedade um ponto de partida. Evento biológico com ampla carga de significância sócio-antropológica, sendo apontado por inúmeros pesquisadores desta área como o mais importante rito de passagem do universo feminino, reveste-se de maior importância quando percebemos a magnitude de sua abrangência. De fato, a imensa maioria das mulheres deseja ter, no mínimo, um filho, tornando o evento gravidez (e por conseqüência o parto) um marco abrangente e na maioria das vezes, recorrente no mesmo indivíduo. A tradição católica, em que o pecado original era relacionado ao sexo, designava o parto como momento de expiação do pecado, cumprindo a sentença Divina – “com dor darás à luz filhos” (Gen 3:16). Neste contexto, qualquer ação no sentido de sedar ou abreviar o sofrimento da parturiente era visto como desafio aos desígnios divinos e desencorajado ou mesmo repreendido. O desenvolvimento lento e gradual, a partir do século XIX, de técnicas para acompanhar ao parto, diagnosticando e corrigindo seus eventuais desvios, possibilitou ao médico desempenhar um papel fundamental na melhoria das condições das gestações e nascimentos, com amplo impacto nos resultados (leia-se mortalidade) maternos e neonatais. Embora se retirasse da paciente a culpa primordial, estabelecia-se entre esta e o médico uma relação de “vítima e salvador”, em que o segundo detinha o poder de redimir a primeira de todas as mazelas do parto, lançando mão até mesmo de drogas indutoras de amnésia, para apagar da memória materna a lembrança dos labores do parto. A partir da segunda metade do século XX, um novo movimento se inicia, por iniciativa de diferentes grupos e motivações, de forma a resgatar o papel feminino no parto, propiciando às gestantes uma participação ativa no processo. O termo humanização do parto foi usado e abusado, contendo uma série de significados que ainda hoje são controversos. Além disso, o termo carrega consigo uma forte carga de juízos de valor, subentendendo como “desumana” toda forma de parto diversa da sua visão. Outras correntes preferem utilizar o termo parto personalizado, que indicaria o parto em que a mulher decide não apenas a via de parto, mas também a forma, posição e demais detalhes concernentes ao nascimento, como presença de acompanhante, iluminação, música, etc. O parto passaria a não seguir um roteiro previamente determinado por esta ou aquela vertente, mas atenderia às necessidades daquela gestante em específico. Cabe ressaltar que o parto personalizado inclui, também, a possibilidade de parto cesáreo, que não deve ser afastada em pacientes em que haja indicação médica ou dele desejosas. A imposição a uma paciente de qualquer via de parto (cesáreo ou normal), por parte do médico assistente, pode levar à insatisfação, angústia e frustração de ambos, mormente da paciente. Em relação aos procedimentos mais freqüentemente realizados durante a assistência ao parto podemos ressaltar os seguintes: Toque vaginal: É realizado de forma regular e sistematizada, para que o médico possa acompanhar o evoluir do parto. Durante o exame, o médico avalia a dilatação do colo uterino, a evolução do feto no canal do parto e suas condições vitais. Cabe ressaltar que a permeabilidade do canal do parto ao feto (passagem) é avaliada de forma seriada, sendo, ás vezes, necessárias mudanças no planejamento inicial e adoção da cesariana como melhor opção. Aceleração do parto: Em pacientes onde as contrações não são efetivas o suficiente, podese lançar mão do uso de substâncias que aumentam a contratilidade uterina, tornando o parto mais eficaz e acelerando o nascimento. Anestesia peridural contínua: Obtida por meio de um cateter colocado no espaço peridural da coluna, este tipo de anestesia propicia uma diminuição significativa das dores do trabalho de parto, permitindo que novas doses sejam administradas de acordo com o evoluir do parto. Posição do parto: Tradicionalmente realizado com a paciente deitada, outras opções podem ser adotadas desde que previamente acertadas com o médico assistente. Parto de cócoras ou vertical, parto de lado ou em posição semi-sentada são algumas das opções mais comuns. Fórceps: Embora seja hoje de uso excepcional, o uso do fórceps (ou fórcipe) tem ainda indicações precisas em casos específicos. Todavia, seu uso é restrito aos profissionais conhecedores da matéria e hábeis em sua utilização. Episiotomia: É uma incisão de 7 a 10 cm, em média, realizada no canal do parto, para que haja uma maior ampliação do mesmo, permitindo a passagem do feto. Não é obrigatória em todos os partos, mas pode ser necessária em alguns. Após o parto, a incisão é fechada por pontos absorvíveis, ou seja, pontos que caem sozinhos ao serem absorvidos pela pele. Placenta: A placenta é liberada logo após o parto, sendo acompanhada das membranas amnióticas e do cordão umbilical. Algumas pequenas cólicas e sangramento acompanham a sua liberação, que é assistida pelo médico. Cesariana: É o parto operatório ou cirurgia em que o ventre materno é aberto para retirada do feto. Entre suas principais indicações podemos citar a apresentação pélvica (quando o feto está sentado), o sofrimento fetal (baixa oxigenação) e a desproporção céfalo-pélvica (quando não há passagem). Feita de modo eletivo (marcada), tem como vantagens: evitar o trabalho de parto e ser agendada de acordo com as necessidades de pacientes ou médicos. A cirurgia foi simplificada recentemente e o avanço da anestesia também contribui em muito para sua maior segurança. Uma de suas maiores desvantagens é a dor pós-operatória, que pode limitar os movimentos nas primeiras horas de pós-parto. A incisão mede entre 10 e 15 cm e a sutura da pele pode ser feita de várias formas e com diferentes tipos de fio. Após o parto, mãe e recém nascido deverão, sempre que possível, permanecer juntos no chamado alojamento conjunto. Este ambiente facilita o contato entre mãe e filho e favorece a formação de vínculo, ambos precocemente, além de ser também propício ao aleitamento materno. * O médico Júlio Aragão, ginecologista e obstetra, é diretor clínico da Maternidade VITA Volta Redonda e possui mestrado e doutorado em Obstetrícia. 11 www.redevita.com.br Telemedicina Quer Futuro com Mais Prevenção e Menos Tratamentos Diagnóstico à distância, telehomecare, educação para saúde são algumas das muitas idéias de Chao Lung Wen, professor associado e chefe da disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Desde 1987 ele trabalha com informática e medicina e, hoje, está numa posição de destaque no desenvolvimento da telemedicina no Brasil, ocupando, entre outros, os postos de: Presidente do Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde, Responsável Executivo pelo Projeto de Telemedicina do Programa Institutos do Milênio, do CNPq / Ministério da Ciência e Tecnologia, Coordenador do Projeto Homem Virtual e Coordenador do Projeto Jovem Doutor. Chao acredita que a Telemedicina possa mudar completamente o setor de saúde, beneficiando todos os seus agentes e, principalmente, o cidadão comum. VITAL - O que é a Telemedicina e como ela pode mudar o sistema de saúde? Chao Lung Wen - O conceito mais conhecido de Telemedicina, que é o empregado nos EUA e Europa, é utilizar a informática e a telecomunicação para exercer a medicina à distância. Mas não é esse conceito que usamos em nossas atividades de pesquisa e ensino. Para nós, a Telemedicina é uma convergência entre a tecnologia e a humanização para criar uma cadeia produtiva de saúde, para promover a saúde em três momentos: na prevenção de doenças e promoção da qualidade de vida; no aumento da eficiência diagnóstica; e, finalmente, no resgate social de pessoas com seqüelas. A todo esse processo chamamos de cadeia produtiva de saúde. Eu trabalho com a telemedicina porque estou convencido que com ela podemos mudar a nossa abordagem da saúde para uma outra, mais sadia. Vou explicar porquê. Hoje, os hospitais, a indústria farmacêutica, os planos de saúde, todo o nosso sistema de saúde está voltado para a cobertura de riscos e tratamento de doenças. O acordo é assim: você fica doente, eu cubro o seu tratamento. Nós ainda não temos uma estratégia de promoção de qualidade de vida e desenvolvimento da saúde da população, e podemos realizar isso usando a telemedicina. VITAL - Como? Chao - Por exemplo, uma pessoa que está com uma deficiência porque teve um derrame cerebral e tem seqüelas. Com os recursos da telemedicina, eu posso dar a essa pessoa acesso à educação, eu posso integrá-la a uma vida social, posso lhe prestar serviços e à sua família, tudo sem que ele tenha que vir a mim. 12 www.redevita.com.br Tudo isso sem necessidade de deslocamento, ou reduzindo os deslocamentos para o essencialmente imprescindível. Vamos supor a situação de um paciente que passou por amputação e precisa fazer exercícios de reabilitação. Talvez uma parte desse tratamento tenha de ser feito em um hospital; mas o restante, um fisioterapeuta pode acompanhar sua evolução em casa, usando uma webcam, ligada a um micro ou uma TV digital. Da mesma forma, cada vez mais a população brasileira envelhece, em função do aumento da expectativa de vida, e é necessário haver um sistema eficiente para oferecer qualidade de vida às pessoas da terceira idade. VITAL - Quem paga os custos de toda essa tecnologia? Chao - Essa questão é central. Sempre perguntam como vai ser a sustentabilidade da Telemedicina. E a resposta é: quem paga é o desperdício. Hoje, o sistema privado e os planos de saúde têm de 45 a 50 milhões de vidas e, para cobrilas, devem gastar em torno de 30 bilhões de reais ao ano, pelo menos, incluindo exames de apoio ao diagnóstico, internações em hospitais, consultas, etc. Vários desses custos são perdidos, porque você tem duplicação ou triplicação de exames, informações não consolidadas, pessoas que abandonam o tratamento porque foram mal instruídas, que têm recaídas, repetem os exames e os tratamentos e assim por diante. Considerando tudo isso, pelo menos 10% dos gastos são desperdiçados. Então é de se supor que 3 bilhões de reais ao ano são perdidos. Se um investimento de 1,5 bilhão de reais em tecnologia permite reduzir outro 1,5 bilhão de desperdício, você ganhou 1,5 bilhão. Ou seja, com 50% desse desperdício, você paga as despesas tecnológicas; os outros 50% são economia. Quero mostrar que a telemedicina é uma estratégia que aplica a eficiência, usando recursos de comunicação e compartilhamento de conhecimento para desenvolver a cadeia produtiva de saúde. E dentro dessa cadeia, todo o processo de sustentabilidade vem a partir da solução ou de resolver os problemas de desperdícios, de perdas inúteis. A tecnologia nos trouxe a oportunidade de fazer uma reengenharia de processos na medicina, desviando de algo que é somente tratar efeitos resultantes de uma má condição de estilo de vida, para um novo conceito: o de promover qualidade de vida. VITAL - Mas hoje é justamente do tratamento de doenças que vivem hospitais, laboratórios de diagnóstico e a indústria farmacêutica. Como fazer essa mudança? Chao - A telemedicina tem que criar um novo ecossistema funcional. Para esse ecossistema é preciso ter uma estratégia de dez anos de evolução. Primeiro, o que um hospital poderia fazer de reengenharia, para atender menos e manter sua sustentabilidade? Um dos conceitos é o AIA (Ambiente Interativo de Aprendizagem), que poderia ser usado para criar dentro dos hospitais uma nova unidade chamada Espaço Digital de Saúde. Nele, os acompanhantes, os familiares de um paciente internado recebem um conjunto de informações sobre o que é qualidade de vida para o seu familiar que está internado, em relação à doença dele. Seria um curso formativo para uma mudança comportamental e poderia ser pago pelo plano de saúde. Uma educação desse tipo diminui o risco de uma recidiva, promove maior qualidade e cria uma fidelização do paciente ao plano. Então, essa é uma da formas como o hospital poderia ser remunerado através do Espaço Digital de Saúde. Outra coisa é criar seu teleambulatório médico e de enfermagem. Digamos que uma mulher vai dar à luz seu primeiro filho. E a primeira sensação é de insegurança: “como é que eu vou tratar do meu nenê em casa?” Agora imagine que você tem três grandes maternidades, de alto nível, à sua disposição. Uma delas, além dos serviços normais, oferece a essa mulher um cartão de suporte para os próximos 30 dias, para acessar os nossos serviços de telesuporte pós-alta. Para qualquer dúvida que ela tiver em relação a essa criança, nossa equipe de telenfermagem estará disponível 24 horas por dia para lhe orientar. Isso, sem custo adicional para ela. Qual dos três hospitais você acha que essa mulher vai escolher para fazer o seu parto? E qual ela vai indicar para a amiga? Então, com isso, você cria um produto diferencial, que o plano de saúde pode remunerar para o hospital. Aos poucos você vai construindo dentro dos hospitais uma nova engenharia de negócios, vai criando um portfólio a mais e, naturalmente, vai continuar fazendo aquilo que ele já faz, que é tratamento de doença. Uma coisa que eu enxergo, e que talvez o pessoal não entenda ainda, é que desenvolver qualidade de vida não é prevenção: eu encaro como redução de risco. Imagine que você tem pessoas que passam por um programa sobre qualidade de vida, prática esportiva, qualidade nutricional e outras coisas, com acompanhamento por um período de dois ou três anos. Eu posso certificar que elas aprenderam e mudaram a conduta. Com isso, o plano de saúde também poderia diminuir de preço. VITAL - E onde entra a indústria farmacêutica nessa rede? Chao - Digamos que um médico pudesse prescrever o uso programado de um medicamento. O paciente recebe o medicamento e o fornecedor sabe, de acordo com a prescrição e com a quantidade de medicamentos, quanto tempo eles vão durar. No momento adequado ele entra em contato com o paciente dizendo, “senhor fulano, segundo a sua prescrição, calculamos que o senhor precisa de mais uma caixa do seu medicamento, que vai acabar em dois dias”, algo assim. Com telehomecare, isso é viável. E você ainda elimina o problema de compra de medicamen- isso. Jovem Doutor é qualquer pessoa que detém um conhecimento e está disposta a ensinar. Também é uma mudança de atitude, que é a criação de uma rede de pessoas que querem contribuir ensinando outras pessoas. Isso gera um processo de motivação e mudança de comportamento. Para começar, nós escolhemos o ensino médio, onde existem cerca de 25 milhões de estudantes hoje, entre o ensino público e o privado, e é o segmento em que você prepara o novo cidadão, podendo desenvolver muitos temas: prevenção sobre o álcool, drogas, doenças sexualmente transmissíveis, planejamento familiar. Uma série de assuntos relevantes, para um novo cidadão, com uma nova atitude. E esse estudante também leva isso para a sua própria casa. VITAL - Vale a pena investir em telemedicina? to falsificado e a interrupção do tratamento. Então, para a indústria é um excelente negócio também. VITAL - Qual a utilidade do Homem Virtual? Chao - O projeto Homem Virtual (http:// www.projetohomemvirtual.com.br/) utiliza a computação gráfica para explicar assuntos relevantes, de forma visual. Um médico passa quinze anos estudando um assunto e, depois, com aquela informação adquirida, tudo é fácil, simples. Mas para quem não estudou as mesmas coisas é tudo muito difícil. Então a demonstração via computação gráfica facilita esse processo. O Homem Virtual é um dos únicos projetos no País que utiliza a computação gráfica como método para desenvolver uma comunicação eficiente, entre quem detém o conhecimento e quem precisa receber esse conhecimento. E quando eu consigo fazer você entender sua doença, nós nos tornamos parceiros, para o levarmos a uma situação de saúde. Você coopera comigo e eu trabalho com você. Então o médico deixa de ser aquela pessoa que diz “faça isso”. Agora o paciente entende o que está acontecendo e nós trabalhamos em conjunto para melhorar a saúde dele. Também é utilizado na área de ensino de medicina e de especialista para especialista. O Ministério da Saúde, Drauzio Varella na Rede Globo, a TV Record e a TV Escola do MEC já utilizaram imagens do Homem Virtual. VITAL - O que é projeto Jovem Doutor? Chao - Muita gente imagina que o projeto Jovem Doutor (http://www.saudetotal.com/ JovemDoutor/) é jovem médico, mas não é Chao - Cada vez mais os hospitais precisam desenvolver um diferencial de produto. Sem diferencial, daqui a pouco, o mercado estará saturado. Seria urgente que os hospitais começassem criar seus núcleos de telemedicina e telessaúde. O início poderia ser a educação corporativa, com aumento da eficiência da qualidade profissional, para melhorar a qualidade do atendimento, com redução de custos. Depois da educação corporativa, você começa gerar novos serviços diferenciais, para atrair mais médicos e pacientes. O que se poderia fazer hoje é uma rede de hospitais privados. Digamos que o seu hospital tem um pronto-socorro, mas está sem um radiologista naquela madrugada para ler um raio-x, que está numa rede em que outro hospital tem. Você envia, ele olha e orienta a conduta. É o compartilhamento e o aumento de eficiência, sem ter que ter aquele profissional obrigatoriamente de plantão. Você pode ter uma boa equipe, que atenda essa demanda e que dê apoio a um pool de hospitais. As possibilidades são imensas. Do ponto de vista público e governamental, a telemedicina ganhou um impulso de 2005 para cá. Do ponto de vista privado, nós vamos tentar fazer acontecer este ano, fomentar as iniciativas de formação de consórcios. Uma boa telemedicina no setor privado deveria envolver: empresas de tecnologia, operadoras de telefonia (fixa e móvel), telecomunicação, operadoras de planos de saúde, rede de hospitais, canais de televisão e a indústria farmacêutica. Esse consórcio geraria no País um dos grandes modelos de telemedicina privada, mostrando como se pode usar tudo isso para aumentar a eficiência funcional. 13 www.redevita.com.br Dia do Médico em Curitiba Camarote de Natal VITA 2007 O Castelo do Batel foi mais uma vez o cenário do jantar oferecido pelos hospitais VITA Curitiba e VITA Batel, ao corpo clínico em comemoração ao Dia do Médico. O evento reuniu 600 pessoas e foi animado pela banda Soulution Orchestra. Os convidados dos hospitais VITA Curitiba e VITA Batel assistiram o espetáculo de Natal do Palácio Avenida de camarote e ainda participaram da campanha Natal Feliz VITA 2007. Nos 14 dias de apresentações foram arrecadados mais de 1.500 presentes, destinados a crianças de várias instituições. Augusto e Carla Soffiati (superintendente do hospital VITA Curitiba e esposo, Regina Fischer Pessuti e Orlando Pessuti (vice governador do Paraná e esposa), Ana e dr. Jackson Baduy (diretor clínico do hospital VITA Curitiba e esposa). A alegria da criança ao receber o presente da campanha, das mãos do Papai Noel Carla Soffiatti, com o marido, Augusto, e as filhas Débora (esq.) e Bárbara (dir.) Rodrigo Fontan com a noiva, Karina Deucher O jornalista Reinaldo Bessa entrevista Willian Yousef e a esposa Paula Luiz Ernani Madalozzo com a esposa, Adriana 14 www.redevita.com.br Mauricio Sallum com a esposa, Fabiana Fotos: Rafael Danielewicz Fotos: Rafael Danielewicz Eurípides Ferreira com a esposa, Maria Marta Jackson Baduy, recebeu a equipe de anestesiologistas do VITA Curitiba no Camarote Dia do Médico em Volta Redonda A comemoração do Dia do Médico do Hospital VITA Volta Redonda e da Maternidade VITA Volta Redonda aconteceu no Clube Laranjal, com muita animação e distribuição de prêmios Visão geral da festa do Dia do Médico no Clube Laranjal A magia do Palácio Avenida Carla Soffiatti e Claudio Lubascher, com Papai Noel As atletas da Confederação Brasileira de Ginástica participaram da campanha social e prestigiaram o Camarote VITA Marcelo Pina, Luis Sérgio Santana, Deumy Rabelo, Rônel Mascarenhas e Júlio Aragão Cida Diogo, Maria Lúcia, Themis, Silvana, Lula, Eduardo Coelho, Luciane e Cristina Baylão Claudio Lubascher, com os médicos Paulo Boscardim, Marcelo Loureiro e Luiz Otávio Maddalozzo, e o diretor do corpo clínico, Luiz Fernando Kubrusly Guilherme Martins,Sônia Saade, Lena e Marcelo Mazoni Jorge Brandão, Luiz Carlos, Jean, Amaury e André Robson, Marina, Ivan S’Thiago, Tatiana Matos, Kátia e esposo, Alice Rodrigues e Flávio Fernando 15 www.redevita.com.br Verão Faz Bem No Brasil, o Verão é a estação mais esperada e festejada: férias, Sol, pouca roupa, muito calor, a boa vida. Mas, como em tudo que é bom, os excessos podem trazer inconvenientes: queimaduras de Sol, desidratações e conjuntivites são comuns no Verão e podem acabar com sua alegria. Para você aproveitar ao máximo o seu Verão, sem qualquer incômodo, siga as recomendações dos especialistas da Rede VITA. Como se alimentar, como proteger a pele, como evitar lesões e desfrutar do melhor que a estação tem a oferecer. 16 www.redevita.com.br pescoço”. Segundo ele, é fácil demonstrar o fotoenvelhecimento: basta comparar as áreas de pele que normalmente ficam protegidas do Sol, com as que tiveram exposição excessiva. “Acredita-se que os dermatologistas são contra o Sol, mas não é assim. Gosto muito de uma frase da Sociedade Brasileira de Dermatologia: ‘Sol na medida é saúde na certa”, acrescenta. Pele É provável que você já esteja bem informado sobre a importância de proteger sua pele do Sol, para evitar envelhecimento precoce e câncer de pele. Isso não significa, entretanto, que você deva viver à sombra: tomar Sol é saudável, só que requer determinados cuidados, diferentes para cada indivíduo. Quanto mais clara a pele, mais cuidados você deve ter. Os danos causados à pele são cumulativos, ou seja, um pequeno dano causado neste verão irá se acumular ao dano no próximo verão e no próximo e no próximo. “As pessoas não conseguem calcular o dano futuro”, diz o dermatologista Lincoln Fabrício; “felizmente, nem todas desenvolvem câncer de pele, mas o envelhecimento precoce é nítido, na face, no dorso das mãos, no Cuidados com a Pele • Filtro Solar com proteção para UVB e UVA • Escolher fator de proteção de acordo com o tipo de pele (peles claras pedem filtro igual ou maior que 30) • Escolher protetor de uso agradável (se você não gosta da sensação de seu protetor, provavelmente não irá usá-lo) • Tomar Sol antes das 11h e após 16h (observe o tamanho da sua sombra. Se a sua sombra estiver menor que a sua altura, o horário não é recomendado) • Reaplicar o protetor a cada 2 horas (com mais freqüência se estiver na água) • Não ficar mais tempo ao Sol porque está usando filtro solar • Proteger-se com chapéu • Evitar manter muitas horas a sunga ou biquíni Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, passar protetor solar não significa que você esteja autorizado a permanecer horas ao Sol do meio-dia. “Protetor solar não é uma autorização para ficar ‘torrando’”, alerta a dermatologista Maria Dolores Marques da Costa, do Hospital VITA Volta Redonda. Ela explica que o filtro pode evitar uma queimadura, mas que, além dele, é preciso também proteger-se com chapéu e roupas leves, e evitar o Sol entre 11 e 16 horas. “Sol em excesso cria predisposição ao câncer de pele”, afirma Doenças de Pele Comuns no verão Além das populares fotodermatoses, ou seja, as queimaduras de Sol, muitas outras doenças agridem a pele nesta época, como micoses e herpes. A exposição ao Sol tem o efeito de baixar a resistência imunológica, o que favorece o surgimento de infecções bacterianas e virais (p.ex., herpes). Em compensação, a psoríase praticamente desaparece no verão, pois o Sol funciona como antiinflamatório. é uma mancha marrom escura, que demora cerca de 30 dias para desaparecer. A recomendação de Maria Dolores é lidar com vegetais em ambientes fechados, protegidos do Sol, e em seguida lavar bem, com bastante água corrente, as mãos e outras partes do corpo que possam ter tocado nos vegetais. Também são comuns, no verão, as micoses (tínea, pé de atleta), infecções bacterianas (furúnculos, foliculite), disidroses (bolinhas nas mãos e nos pés) e a reação à luz. Esta última costuma aparecer como um engrossamento da pele do tórax e das costas, que os pacientes freqüentemente confundem com alergia a algum alimento. Segundo Maria Dolores, os fungos causadores das micoses já estão normalmente na nossa pele; mas em situações favoráveis, se multiplicam e causam problemas. “A sunga e o biquíni molhados, o suor sobre a pele, criam condições de crescimento para fungos causadores de afecções como tinea corporis (uma micose comum na virilha e outras partes do corpo) e ptiríase versicolor, o ‘pano branco’”, explica. Alguns pacientes já conhecem os sintomas e sabem como se medicar; em caso de dúvida, deve-se consultar um dermatologista. “É comum as pessoas aparecerem assustadas no consultório, achando que estão com uma doença muito grave, com estranhos desenhos no corpo”, conta Maria Dolores. “Normalmente, é uma fitofotodermatite, ou seja, o paciente entrou em contato com alguma substância vegetal e se expôs ao Sol”. O mais comum é que ele tenha usado limão para fazer caipirinha ou temperar um peixe, e entrou em contato com o sumo sem perceber. Mesmo que essa pessoa esteja à sombra, os efeitos aparecem. Outros vegetais que podem provocar o mesmo efeito são: aipo, salsa, figo, laranja, lima. O resultado 17 www.redevita.com.br Olhos Óculos de Sol devem ser escolhidos com cautela. Os raios solares podem ser perigosos para a saúde dos olhos. O principal risco é a radiação ultravioleta (UV), parte da radiação solar que não é visível aos olhos. De acordo com o oftalmologista do Hospital VITA Curitiba, Roberto Bermudez, a exposição sem proteção a quantidades excessivas de radiação UV, por curto período de tempo, pode causar um problema chamado ceratite. “É como se fosse uma queimadura da córnea, que causa dor, vermelhidão, lacrimejar, fotofobia e sensação de areia nos olhos”, explica. Felizmente, essa condição é geralmente temporária e raramente causa danos permanentes aos olhos. A exposição prolongada, por sua vez, pode ser mais perigosa. “Mesmo com pequenas quantidades de radiação UV, a exposição prolongada aumenta a chance de desenvolvermos catarata (opacificação do cristalino), pterígio, câncer de pele nas pálpebras e lesões na retina (degenerações)”, alerta Bermudez. Os efeitos da radiação UV são cumulativos. Quanto mais os olhos se expõem aos raios UV, maiores serão os riscos com o passar dos anos. É aconselhável, portanto, o uso de óculos escuros de boa qualidade e que ofereçam proteção adequada aos olhos - não apenas durante o verão, mas, sim, durante todo o ano. Porém, Bermudez enfatiza que “o risco aumenta na praia, no mar e nas montanhas - principalmente entre 10 e 14 horas”. Para proteção adequada, Bermudez recomenda a escolha de óculos que bloqueiem de 99 a 100% das radiações UV-A e UV-B. “Além disso, os óculos não podem distorcer imagens ou mudar as cores”, ressalta. O médico aconselha, ainda, que se opte por lentes cinza, verdes ou marrons, e que filtrem de 75 a 90% da luz visível. Na hora de comprar, sugere procurar óticas tradicionais que ofereçam garantia e nota fiscal. Óculos de má qualidade, em vez de trazer benefícios podem prejudicar ainda mais a saúde dos olhos. “Óculos escuros sem proteção UV provocam dilatação da pupila e, conseqüentemente, absorção ocular ainda maior dos raios solares”, alerta Bermudez. Para quem utiliza óculos de grau, o médico recomenda que os óculos escuros sejam feitos com lentes especiais, com o grau e a proteção adequados e personalizados. O oftalmologista ressalta, ainda, que bonés, viseiras e chapéus oferecem proteção adicional quando se passa muitas horas sob a luz solar. “Devese lembrar, também, de proteger as crianças e os adolescentes, que geralmente passam mais tempo no Sol que os adultos”, finaliza. Outros Problemas Além da exposição à luz, o verão traz outros riscos para os olhos. A oftalmologista Mônica Frisas, do Hospital VITA Volta Redonda, enumera outras recomendações para proteger a visão contra conjuntivite e os incômodos dos banhos na piscina e na praia. A conjuntivite, infecção da mucosa que fica ao redor dos olhos e no interior das pálpebras, é mais comum no verão, devido ao calor e à aglomeração das pessoas. Na maioria das vezes, a contaminação acontece através das mãos da própria pessoa, explica Mônica, e não pelo ar, como normalmente se supõe. Por isso, é importante lavar sempre as mãos, evitar esfregar os olhos 18 www.redevita.com.br ou usar objetos pessoais de outras pessoas, como toalhas de rosto. “No caso das mulheres, é importante evitar utilizar cosméticos de outras pessoas, como maquiagem, rímel e lápis”. Os colírios também não devem ser usados sem orientação. “Cada colírio é uma medicação diferente e, dependendo do caso, pode até agravar um problema nos olhos”, explica Mônica. No caso de um incômodo leve, devido ao cloro da piscina ou à água salgada, ela sugere que é mais recomendável lavar os olhos com soro fisiológico, de preferência gelado – pois a temperatura ajuda a descongestionar. O incômodo do cloro e do sal costuma ser temporário, passa depois de alguns minutos, mas o ideal é evitar o contato direto dos olhos com a água da piscina e do mar utilizando óculos de mergulho. Quem utiliza lentes de contato não deve se descuidar da higiene e limpeza, que costumam ser esquecidas durante as férias, ou feitas sem a freqüência recomendada Ouvidos Ao contrário do que parece, os foliões que vão passar o Carnaval atrás de trios elétricos estão cinco vezes mais expostos a problemas auditivos Som de Alto Risco Para saber se o som é nocivo à audição, existem alguns indicativos importantes: • Se há necessidade de gritar em um determinado ambiente para se fazer ouvir; • Se zumbidos ocorrem após exposição a um som intenso; • Se a sensação de ouvidos cheios ou de diminuição de audição aparece após a exposição sonora. que os fãs de U2 e Rolling Stones, que curtiram os megashows de rock no Rio de Janeiro e São Paulo. O alerta é da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), que organiza desde 2004 a Campanha Nacional da Saúde Auditiva, um programa de conscientização sobre os riscos e os principais problemas que acometem a audição. digestão, que favoreçam o funcionamento do sistema digestivo, recomenda Jaqueline: “procure comer vegetais em geral, carnes magras e não abusar na quantidade”. Segundo dados da SBO, é durante o Carnaval que se verifica um aumento no número de casos de pessoas que apresentam problemas nos ouvidos, causados, principalmente, pelos ruídos derivados de caixas de som superpotentes dos clubes e trios elétricos. O ouvido humano suporta até 90 decibéis. A partir daí, já existe a possibilidade de uma pessoa apresentar lesão, muitas vezes irreversível, levando à perda auditiva. Nesta época, muita gente viaja e faz as refeições fora de casa, o que também é assunto para um conselho importante da nutricionista: “Avalie o estabelecimento em que você De acordo com a otorrinolaringologista do Hospital VITA Curitiba, Claudia Ciuffi, “apesar de se equivalerem pela intensidade sonora (ambos chegam a atingir níveis acima de 120 decibéis), a infra-estrutura de um grande show geralmente oferece mais segurança que um trio elétrico, porque no show as pessoas estão mais distantes da caixa de som”, explica. Segundo Claudia, a exposição a sons intensos é a segunda causa mais comum de deficiência auditiva. “Muito se pode fazer para prevenir a perda auditiva induzida por ruído, mas pouco pode ser feito para reverter os danos que ela causa”, adverte. “Algumas vezes, uma simples e única exposição a um som muito intenso pode ser suficiente para levar a um dano auditivo irreversível”, completa. Pesquisas mostram que o ruído fora de controle constitui um dos agentes mais nocivos à saúde humana, causando perda da audição, zumbidos, distúrbios do labirinto, ansiedade, nervosismo, hipertensão arterial, gastrites, úlceras e impotência sexual. O mais indicado, segundo a médica, é o uso de protetores auriculares. Existem inúmeros modelos atualmente: de silicone, espuma, borracha e até os mais sofisticados, feitos sob medida. “Com eles, a diversão é garantida e sem riscos à saúde auditiva”, afirma Claudia. Cuidado com os Alimentos Devido ao calor, a multiplicação de microorganismos aumenta. Por isso é importante procurar alimentos de fácil vai se alimentar, quanto à limpeza e quanto à qualidade da refrigeração dos alimentos oferecidos”, sugere Jaqueline. Segundo ela, alimentos que são armazenados e expostos fora da temperatura correta de refrigeração podem ficar rapidamente impróprios para consumo. Mas nem sempre se percebe isso pela aparência ou pelo paladar. “Quando as pessoas têm uma diarréia, no verão, culpam o calor; mas não é bem assim”, diz Jaqueline. “O que é muito comum é ela ter consumido um alimento que parecia bom, mas que já estava deteriorando. Quando o alimento chega ao intestino, a proliferação de bactérias provoca o desarranjo intestinal”, explica. O mesmo se aplica a frutos do mar, altamente perecíveis, que devem estar frescos e serem adquiridos em locais especializados, onde o alto consumo garanta a renovação. A diarréia provoca uma desidratação potencialmente perigosa, o que recomenda procurar logo orientação médica. Beba Água A principal recomendação da nutricionista Jaqueline Rocha Magalhães, do Hospital VITA Volta Redonda, para uma alimentação saudável durante o verão, é que as pessoas não descuidem dos líquidos: “Crianças e idosos, principalmente, devem beber mais líquidos durante o verão”, explica Jaqueline; “além de seu organismo ser mais sensível, eles têm a tendência de se esquecer de se hidratar: a criança porque está brincando, os idosos porque podem ter dificuldades”. Essa hidratação não precisa vir necessariamente na forma de água pura. Pode ser substituída por sucos, água de coco e até refrigerantes. Segundo o urologista Luiz Cezar Lopes Atan, do Hospital VITA Volta Redonda, levantamentos mostram que durante o verão cresce o número de pacientes com cólicas renais. “São pessoas que não têm o hábito de beber água e durante o verão, com o calor, aumentam a ingestão de líquidos; com isso as pedras se deslocam e provocam as cólicas”, explica Atan. Para evitar esse desconforto, é importante que a pessoa tome muita água durante o ano todo, o que diminuirá a chance de formação de cálculos renais. Ele recomenda o consumo de três litros de água por dia para um adulto. “O organismo precisa de muita água para funcionar bem”, diz Atan. Alimentos de Verão Alimentos que facilitam a digestão: • Frutas e legumes, carnes magras Consumo recomendado: • Quatro porções por dia de frutas • Duas porções por dia de legumes • Três litros de água por dia Avaliar local de alimentação quanto à limpeza e refrigeração dos produtos expostos 19 www.redevita.com.br Caminhadas Se você esperou o verão para começar a caminhar, é bom saber que embora andar seja um exercício natural e leve, também envolve alguns cuidados. O ortopedista César Baggio, do Hospital VITA Batel, montou uma lista de recomendações para quem pretende fazer caminhadas: 1. Antes de iniciar uma caminhada, é importante saber do seu estado físico (peso, condições cardiovasculares, estrutura óssea, muscular, etc.). Pessoas que não estão acostumadas a caminhar ou a praticar exercícios físicos regularmente devem começar a caminhar num ritmo mais lento e percorrer um trajeto mais curto. 2. Para a caminhada ser benéfica, o ideal é ser prudente e aumentar o ritmo aos poucos e não tentar chegar ao seu limite no primeiro dia de exercício. Caso contrário, a pessoa ficará dolorida no dia seguinte e, se insistir na caminhada, poderá sofrer lesões musculares e estragar o passeio. 3. A caminhada em família é saudável por ser motivadora. Porém, cada indivíduo tem seus limites físicos. Sendo assim, os menos acostumados não podem seguir o ritmo dos mais condicionados - e estes podem ficar frustrados por não percorrerem a distância que alcançariam, num ritmo mais acelerado. 20 www.redevita.com.br 4. Mesmo com prudência, alguma dor muscular pode aparecer. Essa dor já é um alerta de que a pessoa passou dos limites. Se tiver dores em determinado local, como num músculo específico de uma só perna, um derrame articulado, um joelho inchado, uma dor em um determinado tendão, é bom não forçar e procurar auxílio médico. 5. Na praia, o melhor local para caminhar é exatamente entre o mar e a areia mais fofa. Esta é a maneira mais natural de praticar a caminhada - descalço, sobre terrenos irregulares. Não se pode esquecer que o homem veio ao mundo descalço. Para quem já tem alguma deformidade leve nos pés, essa caminhada também é benéfica, desde que respeitando os limites de ritmo e distância. Caminhar sobre a areia fofa vai compensar uma eventual deformidade fixa que a pessoa tenha. Porque o pé vai se adaptar a irregularidade do terreno. 6. Se for andar na calçada, deve-se utilizar um tênis ou um calçado que amorteça o choque do pé com a rigidez do piso. Para caminhadas mais leves, como passeios no calçadão, não há problema algum em usar um chinelo. Qualquer calçado com amortecimento ajuda a diminuir o impacto do pé contra o solo. O chinelo vai proteger o pé de um eventual ferimento, de uma queimadura, suor do pé, micoses, etc. Em caminhadas, o modelo do tênis não influencia de forma alguma no desempenho da atividade ou na saúde dos pés. Se andar descalço na areia dura, a pessoa pode ter algum tipo mais sério de tendinite. 7. Para quem deseja obter melhor condicionamento físico, o que pode dar um resultado ainda melhor é caminhar lentamente no raso do mar, com a água na altura do tornozelo ou da panturrilha. Assim, o organismo exige maior esforço muscular para vencer a resistência da água. Ao mesmo tempo, o impacto do pé no solo é aliviado pela água. 8. Deve-se evitar as caminhadas nos horários que o Sol estiver muito forte - geralmente entre 10 e 16 horas. 9. Para evitar acidentes, não pratique a caminhada em ciclovias ou lugares com calçamento irregular e demais obstáculos que ofereçam risco de queda ou torção. 10. Atletas de verão correm risco na prática de qualquer exercício, seja uma caminhada, corrida, vôlei, futebol, frescobol. Os riscos são ainda maiores para quem já praticou um esporte, domina a técnica, tem controle motor para executar corretamente o exercício, mas não o pratica há algum tempo - principalmente aqueles que estão fora do peso, com idade avançada e sem condições cardiovasculares para suportar o esforço. Esse é um perfil freqüente de pacientes no pronto-socorro com desidratação, lesões musculares (principalmente nos membros inferiores), queda com ferimentos e fraturas Parcerias Ampliam Serviços de Diagnóstico da Rede VITA Rede Labs e CETAC tornaram-se responsáveis pelos serviços de tomografia, ressonância e outros, em Curitiba Em dezembro, o Grupo VITA anunciou duas parcerias para ampliação dos serviços de diagnóstico por imagem: com a Rede Labs, do Rio de Janeiro, e com o Centro de Diagnóstico por Imagem (CETAC), de Curitiba. A Rede Labs passa a ser responsável pelo serviço de medicina diagnóstica do Hospital VITA Curitiba, enquanto que o CETAC funcionará dentro das instalações do Hospital VITA Batel. Graças a essas duas parcerias, a Rede VITA passa a contar com mais equipamentos de alta tecnologia e multiplica sua capacidade de diagnóstico por imagem na cidade de Curitiba. “Estamos buscando sinergias com empresas de altíssimo gabarito técnico, empresarial e ético”, diz Francisco Balestrin, vice-presidente do Grupo VITA. “O diagnóstico por imagem é uma atividade cada vez mais sofisticada. É muito satisfatório para a Rede VITA contar com parcerias como estas, que nos permitem manter o mais elevado nível de atendimento dentro dos hospitais da rede”, acrescenta. (Leia mais sobre a terceirização dos serviços de diagnóstico no box). Carla Soffiatti, superintendente do Hospital VITA Curitiba, entre os médicos radiologistas Jorge Massayuki Yokochi (à esquerda), Sergio Akamine e o diretor da rede Labs no Paraná, José Guilherme Laporte Luiz Fernando Kubrusly, diretor de corpo clínico do VITA Batel, Guilberto Minguetti , diretor do CETAC, e Claudio Lubascher, superintendente do VITA Batel, durante a inauguração das instalações Rede Labs A Rede Labs, que assumiu a responsabilidade sobre os serviços de diagnóstico por imagem no Hospital VITA Curitiba, tem mais de 40 unidades no estado do Rio de Janeiro, atendendo cerca de quatro mil pacientes por dia. É a primeira vez que a empresa desenvolve atividades fora do estado do Rio de Janeiro Segundo Jorge Massayuki Yokochi, médico radiologista do Hospital VITA Curitiba, os aparelhos de ressonância magnética e tomografia, instalados na unidade, proporcionarão um aumento de 50% no volume de exames realizados atualmente - podendo chegar, até, a 120 exames por dia, somando os dois equipamentos. A duração dos exames também diminui, o que eleva o conforto para os pacientes. “Eles são o que há de mais moderno no mercado. Com isso, ganham o médico e o paciente, pela maior rapidez no atendimento, no exame em si e na entrega do laudo”, ressalta Carla Soffiatti, superintendente do Hospital. O diretorpresidente da Rede Labs, Jorge Moll, entre o presidente do Grupo VITA, Edson Santos (à direita), e o vice-presidente do Grupo VITA, Francisco Balestrin (à esquerda). 21 www.redevita.com.br CETAC Terceirização é Tendência em Diagnósticos Outro convênio fechado A importância dos exames de imagem é pelo grupo de hospitais indiscutível. Só na última década, o número de é com o CETAC (Centro mortes por câncer de mama caiu 30%. Outro de Diagnóstico por Imaexemplo: os infartos fatais diminuíram 10% entre gem), empresa parahomens e mulheres de meia idade, principalmente naense fundada em pelo aprimoramento dos check-ups. Além de salvar 1977, que instalou quavidas, os exames preventivos ajudam a diminuir o tro novos equipamentos gasto com o tratamento das doenças. General Eletric no Hospital VITA Batel para: exaA gerente médica do VITA Batel, Marta Fragoso, a gerente de Por esse motivo, o volume de investimento mes de Raio X, tomoenfermagem do Hospital, Neidamar Fugaça, e a diretora de direcionado à medicina diagnóstica tem crescido grafia, ultrassonografia e operações do Grupo VITA, Maria Lucia Ramalho Martins muito no Brasil - a exemplo do que já acontece na mamografia. “Foi com Europa, Estados Unidos e em alguns países da Ásia. de melhorar o fluxo e muita satisfação que readianta o superintendente do VITA Batel, ClauUma das maneiras de promover essa expansão é agilizar o atendimencebemos esse convite da dio Lubascher. por meio de grupos de investidores e de convênios, to. “O objetivo é dar Rede VITA. Dividir nosso como os realizados recentemente pelo Grupo VITA. ainda mais consistênconhecimento com um Ele destaca que essas alianças estratégicas procia a nossa medicina diagnóstica. No início do grupo forte como este, objetivando salvar vidas, porcionam ao corpo clínico a melhor infra-esano, instalaremos ainda um aparelho de ressoé um grande prazer”, destaca o diretor do CETAC, trutura disponível no mercado, atualmente. “O nância magnética. Além disso, inauguraremos Guilberto Minguetti. aparelho de ressonância instalado, por exemum novo serviço de hemodinâmica, em parceplo, é único na região Sul. Dessa forma, o paciria com o grupo médico chefiado pelos doutoPara implantar o novo serviço foram realizadas ente também ganha em termos de precisão e res Augusto Franco de Oliveira e Luís Lessa”, diversas mudanças na área física, com o intuito resolubilidade”, ressalta Lubascher. Manutenção Sem Tensão A Hospitech previne e soluciona problemas dos equipamentos da Rede VITA, para garantir a tranqüilidade dos pacientes Se você já acha um transtorno quando sua televisão para de funcionar, imagine quando um equipamento vital à vida do paciente dá pane. Para prever e corrigir esses problemas técnicos, a Rede VITA conta com uma importante parceria: a Hospitech, responsável pelos serviços de manutenção dos equipamentos biomédicos nos quatro hospitais da Rede VITA. Ela também administra a manutenção predial no Hospital VITA Volta Redonda e Maternidade VITA Volta Redonda. São cinco técnicos de manutenção de equipamentos biomédicos (dois em Volta Redonda e três em Curitiba), atuando na chamada “engenharia clínica”. Segundo Espíndola, essa equipe tem resolvido, em média, 90% dos eventuais problemas em equipamentos como ventiladores de UTI, monitores multiparamétricos, aparelhos de anestesia, equipamentos de videocirurgia, diagnóstico por imagem e outros. Nos demais casos, a Hospitech gerencia os chamados de assistência técnica das empresas forne22 www.redevita.com.br cedoras. Segundo Luís Paulo Espíndola Leal, gerente de manutenção do HVVR e MVVR, a equipe própria de manutenção permitiu elevar a agilidade e substituir alguns contratos, o que também trouxe a redução de custos. “Quando falamos em manutenção, é preciso entender que não se trata apenas de consertar as coisas que quebraram”, explica Espíndola. “Na verdade, temos um grande sistema de manutenção preventiva e corretiva, que abrange cada aparelho, nos permitindo fazer revisões periódicas e programar manutenções preventivas para manter os equipamentos em funcionamento”. Segundo Espíndola, graças à manutenção preventiva, a freqüência de quebras diminuiu drasticamente. A Hospitech também está integrada aos processos de qualidade dos hospitais. Graças ao sistema estrutu- rado de administrar a manutenção, hoje existe uma comunicação constante entre as áreas atendidas e a Hospitech, que fornece informações quanto às datas de manutenção, os indicadores do desempenho dos equipamentos e outros. Essas informações contribuem para o processo de compra e substituição de aparelhos, do qual a Hospitech também participa. “Nós ajudamos os hospitais na previsão de onde os aparelhos devam ser substituídos”, explica Espíndola. “Manutenção é bem mais que consertar”, diz Espíndola VITA Inaugura Laboratório de Artroscopia Ortopedistas ganham nova oportunidade de aprender as técnicas que permitem tratar problemas de ombro e joelho com cirurgia minimamente invasiva O Hospital VITA Curitiba inaugurou, em outubro, o Laboratório de Artroscopia, que permitirá que médicos ortopedistas aprendam e treinem técnicas de microcirurgia de ombro e joelho. O laboratório está sob a coordenação do ortopedista Mário Namba, do Hospital VITA Curitiba, médico da Seleção Brasileira de Ginástica e coordenador do curso de Traumatologia Esportiva da Universidade Federal do Paraná. Segundo Namba, é o primeiro laboratório do gênero no Paraná, e um dos primeiros do País. “A artroscopia é uma técnica delicada, que exige muito treinamento, porque o cirurgião não está vendo com os próprios olhos, mas através de uma microcâmera”, explica. do Namba, há 20 anos uma minissectomia de joelho, ou seja, uma cirurgia de menisco, exigia normalmente uma hospitalização de três dias, e o paciente precisava andar de muleta por 15 dias. Hoje, com artroscopia, A artroscopia Ortopedistas do VITA Curitiba nas instala- essa mesma cirurgia permite alta é um procedi- ções do novo Laboratório de Artroscopia. em seis horas, não pede o uso mento minimamente invasivo para o tratamende muleta e a recuperação completa acontece to de problemas ortopédicos no ombro e joelho. em três dias. Com a artroscopia, o diagnóstico de problemas no joelho e nos ombros é mais exato, porque o Entretanto, as oportunidades de treinamento em endoscópio consegue chegar mais perto do proartroscopia eram bastante escassas, até a inaublema, do que em uma cirurgia de campo aberto. guração do novo laboratório. O primeiro curso Além disso, o efeito estético da artroscopia é do Laboratório de Artroscopia do Hospital VITA melhor e a recuperação, mais rápida: “É praticaCuritiba aconteceu em dezembro, e novos curmente uma cirurgia ambulatorial, ou seja, muisos devem ocorrer mensalmente (informações tos pacientes nem precisam ficar internados”, sobre os cursos no site www.ctea.med.br). “A diz Namba. construção desse laboratório era um sonho nosso, que só se tornou realidade com a particiQuase todas as lesões articulares de joelho e pação do Grupo VITA, que cedeu espaço, apoio ombro podem ser feitas por artroscopia. Segunlogístico e toda a estrutura”, diz Namba. 23 www.redevita.com.br Uma Responsabilidade e Tanto Detalhista e cuidadosa, Mariângela não deixa faltar medicamentos e outros materiais nos hospitais VITA Curitiba e Batel A farmacêutica Mariangela Mendes de Godoy exerce o cargo de chefe de administração de materiais dos hospitais VITA Curitiba e VITA Batel. É uma responsabilidade considerável: são medicamentos e outros produtos para os dois hospitais, para as várias especialidades de atendimento, disponíveis 24 horas por dia, armazenados em condições adequadas, dentro dos prazos de validade, entre outros detalhes. “Temos que cuidar de cada pormenor e estar sempre atentos”, diz Mariangela. Sua responsabilidade inclui até mesmo produtos de limpeza e o enxoval (lençóis, fronhas, toalhas, etc.) dos hospitais, entre muitas outras coisas: “Ás vezes, temos que procurar até os dentes de galinha”, brinca. Ou seja, eventualmente é preciso acionar sua equipe para encontrar um quadro de avisos de tal tamanho, quatro parafusos assim e assim, uma peça daquele aparelho que não fabricam mais. Mariângela nasceu numa cidade pequena ao Norte do Paraná e aos 17 anos veio estudar em Curitiba, sozinha, com o sonho de trabalhar, de alguma forma, na área de Saúde. Fez um ano de cursinho, entrou no curso de Farmácia e Bioquímica da Universidade Federal do Paraná e se formou em 1981. Começou trabalhar nas instalações do antigo hospital em 1985, no setor de farmácia e suprimentos, mesmo antes dele ser inaugurado como Hospital VITA Curitiba, em 1996. Ela explica que sua atividade não é simplesmente um controle de estoque: “O conhecimento de farmácia é essencial, para análise dos medicamentos que são comprados, prescritos e administrados, para a qualificação dos fornecedores e dos produtos e para o armazenamento”, diz. Sua equipe, além de receber, armazenar e dispensar os medicamentos, também analisa a prescrição, dose e posologia para cada paciente, e os orienta depois da alta. Mariângela tem entusiasmo pelo que faz: “Eu adoro a minha profissão, não vejo o tempo passar de tanto que eu gosto”. Ela mora em Curitiba Perfil Mariangela Mendes de Godoy Prato: Doces Signo: Leão Hobby: Viajar e ler Qualidade: Persistência Defeito: Ser exigente e no seu (pouco) tempo livre gosta de ficar com a família. É casada há 27 anos com Valdir, administrador de empresas e tem duas filhas, Jéssica e Janaína, de 19 e 16 anos, respectivamente. Seu amor e atenção também são divididos com a Meg, uma pequena e carinhosa cachorrinha da raça dashhound (bassê). Crianças do Bairro Alto ganham novo parquinho Projeto foi viabilizado pelo Hospital VITA Curitiba; em março deverá ser inaugurado o Bosque Irmã Clementina Em Curitiba, as crianças do Bairro Alto ganharam um presentão de fim de ano: o Parque Sonho de Criança, na Rua Paulo Friebe, próxima ao Hospital VITA Curitiba. O parque tem um playground com 300m² de área, com figuras que lembram o material escolar utilizado pelas crianças: lápis, cadernos e outros. O nome foi escolhido pelas próprias crianças, numa eleição que envolveu mais de 350 estudantes de escolas do bairro. O projeto foi idealizado pelo vereador Jair Cézar e viabilizado pelo Hospital VITA Curitiba, que está instalado no Bairro Alto. Já a conservação do parque será feita gratuitamente pela empresa Brasanitas. Na inauguração, que contou com mais de 200 crianças, o vereador Jair Cézar agradeceu a sensibilização das empresas envolvidas em investir num projeto comunitário como este. Segun- do o vereador, a prefeitura está investindo no terreno anexo ao parque para a construção de mais uma área de lazer: o Bosque Irmã Clementina, que deverá ser entregue à comunidade no aniversário de Curitiba, em março de 2008. O novo bosque terá 700m de ciclovia e trilhas para as caminhadas, em volta e no interior do espaço arborizado. A cada 50m de trilha haverá um recuo onde será assentado um banco para descanso e um painel com trechos de obras de escritores e poetas curitibanos, que serão convidados para a inauguração. “A concepção do bosque é uma homenagem a Irmã Clementina, que dedicou sua vida à educação”, explica o vereador, que está coordenando os trabalhos. Placa comemorativa do Parque Sonho de Criança Mais de 200 crianças compareceram à inauguração 19 www.redevita.com.br Medo Amarelo A febre amarela tem provocado uma corrida aos postos de vacinação; conheça a história da doença e veja quem deve realmente ser vacinado Nos últimos meses, novos casos de febre amarela vêm assustando a população brasileira das grandes cidades, fora das regiões onde a doença é endêmica. A letalidade da doença é altíssima, em média metade dos casos resulta em morte, mas para os moradores das grandes cidades, a reação de buscar vacinação é desproporcional ao risco real de contrair a doença. Saiba porque nesta matéria. A doença A febre amarela foi assim batizada devido a um de seus principais sintomas, a icterícia, que deixa os olhos e a pele amarelados. No século XIX também era chamada de vômito negro, um dos sintomas nas fases finais da doença. A doença, provocada pelo flavivírus, dura no máximo 10 dias. Seus sintomas são dor de cabeça e no corpo, icterícia, hemorragias e outros. Não se registram casos urbanos de febre amarela no Brasil desde 1942, ou seja, nenhum dos doentes foi contaminado nas cidades. Os hospedeiros do vírus são macacos, que desenvolvem a febre amarela de forma semelhante ao ser humano. seguinte, Salvador teve 25.000 doentes e 900 óbitos. Mas a maior epidemia de febre amarela no País seria em 1850, no Rio de Janeiro. Oficialmente, houve 90.000 casos e 4.160 mortes; mas segundo dados extra-oficiais, podem ter morrido até 15.000 pessoas. A doença continuou causando milhares de vítimas no País nas décadas seguintes, com 58.063 óbitos registrados entre 1850 e 1902, no Rio de Janeiro. As embarcações evitavam atracar na cidade. Transmissor identificado Até então não havia consenso sobre como se dava a transmissão da doença. Falava-se em contato físico com doentes, ratos, mosquitos e miasmas de águas infectadas. Koch e Pasteur haviam demonstrado a origem microbiana das doenças e, conseqüentemente, buscava-se o causador da febre amarela. Em 1885, o médico Filogonio Lopes Utinguassu defendeu a tese da transmissão por mosquito, na Academia Imperial de Medicina, mas não conseguiu apoio. Com a invenção da vacina contra a febre amarela pelo médico sul-africano Max Theiler, e posterior produção no Brasil a partir de 1937, tornou-se possível controlar a doença nas cidades brasileiras, já que o homem deixou de ser um hospedeiro para o vírus. O último caso de febre amarela urbana foi registrado em 1942, na cidade de Sena Madureira, Acre. Febre amarela hoje A Europa desconhecia a febre amarela durante a Antigüidade, e os primeiros casos relatados coincidem com a descoberta da América, no século XVI. Supõe-se que a doença tenha chegado ao Brasil por navios negreiros vindos do Caribe. O mosquito transmissor, Haedes Aegypti, veio da África. Em Cuba, o médico Carlos Juan Finlay realizou, no início do século XX, experiências que demonstraram que a transmissão se dava pelos mosquitos. Sua tese foi reiterada pelo médico sanitarista americano Walter Reed. Com essas informações, Emílio Ribas, diretor do Serviço Sanitário do Estado de São Paulo, decidiu fazer uma campanha de combate ao mosquito em Sorocaba, cidade que havia sido vítima de uma epidemia de febre amarela em 1900, com 2.000 casos. Olinda, Recife e outras cidades de Pernambuco tiveram surtos da doença em 1685; no ano Oswaldo Cruz foi nomeado, em 1903, diretor geral de Saúde Pública pelo presidente Epidemias no passado Rodrigues Alves, com a missão de sanear o Rio de Janeiro de três males: febre amarela, peste bubônica e varíola. Na época, o Rio era considerado o “túmulo do estrangeiro”. Ele criou brigadas de mata-mosquitos, que percorriam a cidade lavando caixas d’água, desinfetando ralos e bueiros, para eliminar os depósitos de larvas do inseto. Também tornou obrigatória a comunicação de novos casos às autoridades sanitárias. A última grande epidemia no Rio de Janeiro ocorreu em 1928 e 1929. Quem deve tomar a vacina Quem NÃO deve tomar a vacina A vacinação é indicada a toda pessoa que vive ou viaja para áreas nacionais de risco para a doença. São elas: zona rural da Região Norte, Centro Oeste, estado do Maranhão, PARTE dos Estados do Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde há casos da doença em humanos ou circulação do vírus entre animais (macacos). Para diversos destinos de viagens internacionais é necessário o registro da vacina contra Febre Amarela. Ela deve ser aplicada 10 dias antes da viagem para as áreas de risco de transmissão da doença. Pode ser aplicada em crianças a partir dos 9 meses e é válida por 10 anos. (fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária) Segundo Marta Fragoso, médica infectologista e gerente médica do Hospital VITA Batel, as pessoas que têm baixa imunidade não devem tomar a vacina, por correrem o risco de sofrer reações adversas, ou até mesmo desenvolver a doença. Isso inclui portadores de doenças autoimunes, como lupus, AIDS e outras; e, também, quem está passando por tratamentos que baixam sua resistência imunológica, como radioterapia, quimioterapia, portadores de câncer, leucemia, usuários de corticóide e outros. Crianças com menos de noves meses, pessoas com alergia à gema de ovo e gestantes também não devem tomar a vacina. Marta recomenda consultar um médico antes de tomar a vacina. A febre amarela não foi erradicada e continua endêmica na maior parte do País. A vacinação é obrigatória para quem vive e para quem viaja para as regiões de risco. Um famoso caso recente foi o do médico Drauzio Varella, que contraiu a doença em 2004 durante viagens para a Amazônia - sua vacina estava vencida há mais de vinte anos. Ele relata o caso no livro “O Médico Doente”, editado pela Companhia das Letras. Nos últimos doze anos, o total de casos relatados no País é de cerca de 350. O que explica a doença não chegar às cidades é que o número de doentes concentrados em uma região urbana é muito pequeno. Seria necessária uma concentração de mosquitos muito elevada para que ocorresse a disseminação na cidade. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), de cada 100 residências, 40 precisam ter a presença do mosquito para que haja transmissão. Além disso, a evolução da doença é rápida, e, finalmente, a cobertura vacinal nas áreas endêmicas é elevada. Fontes: jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo; rádio CBN; site historyofmedicine.blogspot.com; site Projeto Memória (http://www.projetomemoria.art.br/); Joffre M. de Rezende, professor Emérito da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás, membro das Sociedades Brasileira e Internacional de História da Medicina (http://usuarios.cultura.com.br/jmrezende/) 25 www.redevita.com.br Ô Coisinha Tão Bonitinha... ... do pai! Quem não conhece os sucessos de Jorge Aragão? Pois o sambista esteve em dezembro no Hospital VITA Volta Redonda, onde foi atendido na UTI Coronariana. Passado o susto, agradeceu o bom atendimento e deu até uma palhinha para os funcionários. Na foto, com a Márcia Almeida, do marketing do hospital. Feijão da Fundação O diretor de corpo clínico do VITA Curitiba, Jackson Baduy (à direita) recebeu mais de mil convidados para a sexta edição do Feijão da Fundação - entre eles, o diretor da Amil Paraná, Cássio Zandoná (à esquerda). O evento, promovido pela Fundação Francisco Bertoncello no Café Curaçao de Guaratuba (PR), tem como objetivo arrecadar recursos para manter os projetos do Lar André Valério Correa. Tem Bebê na Qualidade Vanuza Vitoreli, coordenadora do escritório da qualidade do Hospital VITA Volta Redonda, acaba de tornar-se mamãe. Lucas, essa fofura, é o primeiro filho da Vanuza. SAMdra, a Canadense Sandra Kearns, avaliadora canadense de acreditação da CCHSA, ficou conhecida no Hospital VITA Curitiba como “Sam”. É que o seu lugar favorito no hospital, para descansar ou trabalhar, era o Serviço de Atenção ao Médico - SAM. Aqui Me Tens de Regresso Ela voltou! De 1995 a 1999, Maria Lucia Ramalho Martins foi diretora de operações da IHC Hospitalium S.A., empresa de gestão hospitalar, na época controladora do Hospital VITA Curitiba. Maria Lucia acaba de retornar ao mesmo posto, agora no Grupo VITA, onde é responsável por administrar recursos humanos, marketing, logística e qualidade. Bem-vinda de volta, Maria Lucia! Bom de Briga Congresso em Búzios O 5º Congresso de Cardiologia do Interior Fluminense, realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pela Sociedade Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro, teve presença do Grupo VITA. O evento aconteceu em Búzios, de 18 a 21 de outubro de 2007. Na foto, alguns dos participantes. 26 www.redevita.com.br Depois de ser atendido pelo ortopedista Emerson Grecca no VITA Batel, o lutador de Vale Tudo Fabrício Werdum embarcou para a Inglaterra com uma difícil missão: vencer Gabriel Napão mais uma vez. E não deu outra: o atleta da Chute Boxe venceu por nocaute técnico o duelo. A luta aconteceu no Metro Radio Arena, em Newcastle, no dia 19 de janeiro. 23 www.redevita.com.br 28 www.redevita.com.br