A história do teatro

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GUIÃO: CONHECER A HISTÓRIA DO TEATRO (7º ANO)
COM PARTICIPAÇÃO DE: ANDREIA NUNES E SARA FÉLIX
(pequena encenação, para explicar a história do Teatro)
Sara: Boa tarde meninos…. Deixem que me apresente. EU SOU O TEATRO! E vou contar-vos a minha história!
(A Rufina na sala, sentada junto aos alunos): Oh diaboo!!
(pancadas de Molière)
Sara: Que idade é que vocês me dão?
Andreia: Pela sua cara deve ser tão velho como eu.
Sara: Não tanto mas quase! (ar sério) eu sou tao velho como a Humanidade…
(Rufina levanta-se e vai ter com a Sara, estendendo-lhe a mão para se cumprimentarem)
Andreia: Ohh!! Rufina Humanidade! Muito prazer! (dá um aperto de mão tão energético que “sacode” o Teatro)
(A Sara pega na mala e desloca-se para a tabuleta da PRÉ HISTORIA e Rufina senta-se na cadeira, observando o
percurso do Teatro)
Andreia: É velho mas anda bem! Ahn!
Sara: (com ar de quem explica algo importante, como um professor) Desde muito cedo que a humanidade
tentou exprimir o que sentia através de sons e de gestos. Assim nasceu a dança, o canto e… O Teatro, EU, nasci.
(ar dramático)
Andreia: Ah! Então e o parto foi difícil??
(fazendo ar esgazeado para Andreia, recompondo-se e continuando a história, a olhar para os meninos)
Sara: os homens vestiam-se com peles de animais e representavam as aventuras das suas caçadas junto à
fogueira projectando as imagens nas paredes das grutas como um teatro de sombras.
Andreia: Sabes quem é que ainda faz isso? Sabes, sabes, sabes? Aquela malta dos olhos em bico… (vira-se para o
auditório) Ai! Ajudem-me! Vocês sabem… aqueles que compraram a EDP…… (ate eles dizerem: chineses)
Sara: É verdade que os chineses ainda têm uma forte tradição no teatro de sombras, mas avancemos uns
quantos séculos …. Na ERA CLÁSSICA (tabuleta), os gregos (Tabuleta GRÉCIA) eram um povo politeísta, que
adoravam vários deuses, entre eles, Dionísio (mostrar poster). Ahh (ar deleitado).
Andreia: Esse bêbado?? Andava metido no “tintol” e só fazia poucas vergonhas?
Sara: Fique sabendo que era o Deus do vinho e da fertilidade. E os gregos representavam a sua lenda, bem como
outros conflitos entre deuses e humanos. Inicialmente só existia o género trágico (ar dramático).
Andreia: (com uma gargalhada; ar de indiferença) Uma grande tragédia saíste-me tu, Homem! Só falas em
tragédias, mortos e feridos, pah!
Sara: (contendo-se para não ter um ataque de fúria) Mais tarde surgiu a Comédia, ou seja, os palhaços como
você! (aumenta o volume da voz, ‘crescendo’ para Rufina Humanidade)
Andreia: O que é que tu disseste? Levas com a bengala!
(Sara recua como se tivesse medo e termina por ali o assunto)
Sara: Pronto, pronto! O teatro grego foi decaindo (baixa a tabela da Grécia e avança para ITÁLIA) mas volta a
ganhar folego no império romano, onde o género mais apreciado era a Comédia.
Andreia: Pimbas!
(Sara avança para a tabuleta da IDADE MÉDIA)
Sara: Na Idade Média….
Andreia: No meu tempo era idade das trevas! (ar de espanto) Gente fina a mudar os nomes a tudo.
Sara: Idade das trevas, idade media, era Medieval …. É tudo a mesma coisa.
Andreia: Nesse tempo queimava-se as bruxas e os hereges! Mas você escapou não sei como!
Sara: É verdade! Foram tempos difíceis. As únicas representações teatrais autorizadas eram as religiosas e os
bobos da corte.
Andreia: Não foi altura de sorte! Senão, já não ‘tavas cá!
Sara: Mas a seguir à Idade Média, veio o Renascimento (o rosto ilumina-se). A idade de ouro do teatro
europeu….
(Avança para o RENASCIMENTO)
Andreia: Ouro! Eh lá!
Sara O carácter religioso manteve-se mas os autores ganharam maior liberdade criativa e o teatro tornou-se
mais popular e profissionalizado (e avança para o tabuleta PORTUGAL)
Andreia: P.O.R.T.U.G.A.L. (CONTINUAAA)
Sara: Destaca-se Gil Vicente, o pai do teatro português. Nasceu por volta de 1465, tornou-se um dos principais
animadores da corte de D. Manuel I, escreveu e representou mais de 40 autos durante a sua vida. O primeiro foi
“O Monólogo do Vaqueiro”.
Andreia: Olha lembro-me de um mesmo bom para ti: “O Auto da Barca do Inferno”, que era onde tu devias de
estar.
Sara: E o velho da horta! (à parte para o publico, apontando para Rufina) Mas devia ser a velha da Humanidade.
Andreia: Oh!!! (Vira costas zangada)
Sara: todas as suas obras espelham a sociedade portuguesa do início do século XVI, fazendo no teatro a crítica a
essa mesma sociedade.
Andreia: “Codrilheirões!”
Sara: 100 anos mais tarde, em INGLATERRA (tabuleta), nasceu William Shakespeare, autor do famoso Romeu e
Julieta.
Andreia: Aquele em que morrem os dois no final? Ai, gostei tanto desse. (tira o lenço do bolso e enxuga
lágrimas) Chorei tanto no final! Eram tao bons mocinhos e ‘tavam tão apaixonados!
(Sara avança para a ERA CONTEMPORÂNEA).
Sara: No seculo XIX, tudo no teatro sofre transformações e em Portugal há um nome que se destaca: Almeida
Garret.
Andreia: Aquele da pastelaria? Ali de cima….
(Sara faz ar desaprovador e avança para a ALEMANHA)
Sara: No seculo XX, destaca-se Bertold Brecht que viveu durante a 2ª Guerra Mundial e defendia que as pessoas
deveriam ir ao Teatro, não para se envolverem na ilusão teatral, mas para pensar e questionar-se sobre o que se
estava a passar em palco. (pausa) E aqui acabamos a nossa viagem. (Pousa a mala e vira-se para o público:) Uma
coisa é certa: «Nenhuma arte tem de falar para todos, a não ser o Teatro. Grandes e pequenos, instruídos e
analfabetos, sábios e ignorantes, no teatro todos são UM e, por conseguinte, só o que interessa o Único pode
ser agradável a todos.» Almada Negreiros
Andreia: Bonito! Gostei! Sim senhora! (bate palmas) Agora vamos mas é embora (dão o braço) que a professora
precisa de continuar a aula.
(E despedem-se)
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