Estudo sobre a assimetria dermatoglífica e a razão dos dígitos II e IV

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51º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005
Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4
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Palavras-chave: dermatóglifos, Hiperplasia Adrenal Congênita, andrógenos
Lima, FB1,3; Gobbo, L1; Bastos, CE1; Lima, R.S de1,3; Freire, LM1,3; Moreira, LMA1; Toralles, MBP2
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Laboratório de Genética Humana , Citogenética e Genética de Populações – IBIO/UFBA; 2Ambulatório de Anomalias do
Desenvolvimento Sexual; Hospital Professor Edgar Santos – HUPES; 3Universidade Católica do Salvador.
Estudo sobre a assimetria
dermatoglífica e a razão
dos dígitos II e IV em portadores
de hiperplasia congênita da supra renal
Os genes da família Hox de mamíferos, são essenciais ao crescimento, padronização dos dígitos e
diferenciação do tubérculo genital. Este controle comum pode refletir na possibilidade de que o padrão
de formação digital esteja relacionado ao desenvolvimento da genitália e ao funcionamento hormonal.
Dados da literatura apontam evidências de dimorfismo sexual para o padrão de dermatóglifos e razão
dos dígitos II e IV, relacionadas com os níveis de testosterona pré-natal e estrógeno, concentração de
LH e prolactina, em homens e mulheres. Estudos apontam ainda que, erros na diferenciação genital
e genatália externa, conduzem a vários tipos do pseudo-hermafroditismo, entre eles a Hiperplasia
Adrenal Congênita, uma condição autossômica recessiva, caracterizada pela produção insuficiente
de cortisol e hormônios mineralocorticoides. Em função disso, a glândula hipófise, produz grandes
quantidades do hormônio ACTH o que tem como conseqüência aumento da síntese de hormônios
masculinizantes. A fim de verificar a eficiência da análise dermatoglífica como marcadora de distúrbios
de diferenciação sexual, foi realizado estudo caso-controle com amostra de 30 pacientes portadores da
Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC) atendidos no Ambulatório de Anomalias do Desenvolvimento
Sexual, do Hospital Professor Edgar Santos e Laboratório de Genética Humana e Citogenética do
Instituto de Biologia – UFBA e 200 indivíduos controles, de ambos os sexos. Foram preenchidas
fichas de anamnese e coletados dermatóglifos para análise da simetria de padrões digitais (radial e
ulnar) e proporção dos dedos II e IV. Os dermatóglifos foram coletados com instrumental constando
de placa de zinco, rolo de borracha e mistura de tinta guache e glicerina (2:1). A análise do padrão
de linhas radiais apresentou diferença significativa (P=0.0337) entre mulheres portadoras de HAC e
não portadoras, sendo o maior número verificado entre não portadoras. Quando avaliados os homens
portadores de HAC e não portadores, a análise não apresentou diferenças, sendo o mesmo verificado
quando comparados homens e mulheres portadores de HAC. A razão dígito II/IV também foi alterada
entre mulheres com HAC, apresentando valores abaixo do esperado. Os resultados obtidos podem
ser interpretados como decorrentes de uma alteração na produção de hormônios masculinizantes em
mulheres HAC, que se aproximam de uma condição masculina de produção hormonal.
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