Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro Escola Nacional de Botânica Tropical Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Botânica Distribuição geográfica de Centrolobium Martius ex. Benth.: aspectos geográficos e ambientais Pós-graduanda: Nina Lys de Abreu Nunes Orientador: Haroldo Cavalcante de Lima Co-orientadora: Marinez Siqueira Nível mestrado Rio de Janeiro, maio de 2012 1 SUMÁRIO RESUMO............................................................................................................... 3 INTRODUÇÃO ....................................................................................................4 OBJETIVOS ......................................................................................................... 7 Objetivo Geral .........................................................................................7 Objetivos Específicos...............................................................................7 JUSTIFICATIVA...................................................................................................8 METODOLOGIA .................................................................................................8 CRONOGRAMA ................................................................................................11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................11 ANEXO.................................................................................................................16 2 RESUMO A distribuição geográfica é uma complexa expressão da ecologia e história evolutiva das espécies. Ferramentas, como a modelagem ecológica, tem auxiliado a expressar algumas destas relações, associando as localidades dos registros de ocorrência com dados ambientais resultando numa aproximação do nicho da espécie. O objetivo deste estudo é analisar a distribuição geográfica e avaliar os fatores abióticos que possam estar envolvidos na determinação da distribuição das espécies do grupo em estudo. O gênero neotropical e monofilético Centrolobium Mart. ex Benth. (Leguminosae/ Papilonoideae), este é composto por sete espécies que se distribuem na América tropical - Brasil, Bolivia, Equador, Peru, Colombia, Venezuela, Panama e nas Guianas. Apresenta espécies amplamente distribuídas e espécies endêmicas geograficamente mais restritas. Crescem principalmente em áreas de matas secas seasonally dry tropical forest (SDTF), como também nas florestas mais úmidas. Para atender ao objetivo será feito o “Data cleanning” - Certificando os registros de ocorrência das espécies e quando necessário e possível validando no local de coleta; levantamento dos dados ambientais - clima, topologia, solo, quando disponível. Para determinar o nicho ecológico das espécies os pontos de ocorrência das espécies serão cruzados com os valores das variáveis preditoras selecionadas. A tabela resultante deste cruzamento fornecerá os dados para compôr o nicho ambiental ocupado por cada espécie. Com estes valores é possível calcular os valores médios (centroide do nicho) assim como os valores máximos e mínimos (limites da distribuição) de cada espécie. Para gerar modelos preditivos de distribuição será aplicado o algoritmo Máxima Entropia Maxent. Os resultados da modelagem são projetados de volta ao espaço geográfico gerando mapas de adequabilidade ambiental. Esses mapas podem ser utilizados para sugerir novas áreas de coleta (lacunas) para que a amostragem seja mais representativa da distribuição geográfica da espécie e do nicho ocupado. Os modelos serão validos pela AUC e no campo. 3 1. INTRODUÇÃO Nicho ecológico e a distribuição geográfica das espécies A área de distribuição geográfica é uma complexa expressão da ecologia e história evolutiva das espécies, em que operam diversos fatores como as condições bióticas e abióticas, o acesso às regiões e a capacidade da adaptação a novas condições (Soberón & Peterson, 2005). O nicho ecológico de uma espécie é definido como o espaço multidimensional cujos eixos compreendem as condições bióticas e abióticas que limitam a sobrevivência e a reprodução de seus indivíduos (Hutchinson 1957). De acordo com este mesmo autor, o nicho fundamental abrange as condições abióticas sob as quais a espécie é capaz de persistir, enquanto o nicho realizado abrange as condições abióticas sob as quais ela de fato persiste, dada a presença do componente biótico. Outra consideração importante é que o nicho das espécies tende a se manter estável, conservado, pelo menos por certo período de tempo, na qual as linhagens tendem a manter as predileções ecológicas das suas ancestrais (Wiens et al 2004). Partindo-se deste pressuposto e com auxilio de algoritmos de modelagem, que criam associações entre os pontos de ocorrência das espécies e os dados ambientais referentes àquelas localidades (modelagem de distribuição preditiva), é possível identificar áreas de adequabilidade ambiental que podem ser traduzidas como possível presença para as espécies, ignorando fatores bióticos, podendo sua extensão ser considerada o nicho fundamental da espécie (Pearson & Dawson 2003). O grupo em estudo O gênero neotropical e monofilético Centrolobium Mart. ex Benth. pertence à subfamília Papilonoideae, clado Dalbergioide, subclado Pterocarpus (Klitgaard & Lavin 2005) e, cujas espécies divergiram a partir de um ancestral comum antes das mudanças climáticas do Pleistoceno (Pirie et al. 2009). O Neotrópico tem cerca de 90 000 espécies de plantas, mais diverso do que qualquer outra área continental (Thomas 1999). Registros fósseis sugerem que a maioria dessas espécies deve ter originado durante os últimos 65 Myr na era Cenozóica. Os primeiros registros fósseis de Leguminosae, a família que domina muitos ecossistemas 4 florestais do neotropico, aparecem em estratos de Maastricthiano fim do Período Cretáceo (Magallón et al., 1999). Duas hipóteses têm sido propostas para explicar a alta diversidade de angiospermas no neotrópicos. A primeira seria o efeito “museu”, ou seja, o clima relativamente manteve-se relativamente estável resultando em taxas de extinção baixas, permitindo que as espécies a acumular-se ao longo do tempo (por exemplo, Fischer 1960; Stebbins 1974). Esta hipótese foi posteriormente contestada pelas mudanças climáticas, provando que o clima não foi estável, especialmente sobre nos últimos 2 milhões de anos do Pleistoceno. O que levou a segunda hipótese de uma diversificação mais recente. Especiaçao alopátrica com o medelo de 'refúgio', ou seja, diferenciação em populações de espécies da floresta que se tornaram isoladas uma da outra por uma vegetação adaptada a condições mais secos durante as mudanças climáticas do terciário e do quartenário (Haffer 1969; Prance 1973). Está hipótese também vem sendo muito criticada. Alguns autores propõem que as duas hipóteses não são mutuamente exclusivas. Uma explicação para alta diversidade tropical pode estar na combinação da especiação mais antiga e na mais recente (Nee et al.1994, Pennington et al 2004 ). No gênero estão subordinadas sete espécies que se distribuem na América tropical em partes do Brasil, Bolivia, Equador, Peru, Colombia, Venezuela, Panama e nas Guianas (Fig. 1). Crescem principalmente em áreas de matas secas - seasonally dry tropical forest (SDTF; descrito por Prado e Gibbs 1993 ; Pennington et al. 2000, 2006), como também nas florestas mais úmidas. Apresenta „diferentes combinações‟ de distribuição geográfica, bem como espécies amplamente distribuídas e espécies geograficamente mais restritas (Pirie, 2009). Rudd (1954), Lima (1985) e Pirie et al. (2009) fizeram a revisão taxonômica, o ultimo trabalho também aborda o estudo biogeográfico do gênero Centrolobium, incluindo análises moleculares e datação molecular. Os diferentes métodos de datação molecular indicam que linhagens encontradas a oeste e leste dos Andes divergiram antes do Pleistoceno, no grande período do PréPleistoceno há no mínimo 3,5mya (milion years ago). Pennington et al. (2004, 2006) observou a preponderância na especiação préPleistoceno e alta estrutura filogenética geográficas de em clados de SDTF sulamericanos. 5 Lavin (2006) e Pennington et al. (2006) argumentou que clados de florestas tropicais úmidas mostram menos estrutura geográfica de subtipos florestais secos, devido à maior continuidade de floresta tropical em comparação com SDTF. Os níveis de estrutura filogenética geográfica em Centrolobium foi mais baixa do que as observadas em outros clados da SDTF na America do Sul (Pennington et al 2004). Isso pode ser explicado por o gênero não ser especialista. Os autores – Pirie et al 2009 - expõem a dificuldade de localizar padrões biogeográficos devido ao fato do gênero ter a particularidade de possuir espécies que ocorram tanto em ambientes secos, florestas estacionais, quanto em ambientes mais úmidos, floresta amazônica e mata atlântica costeira. A ampla tolerância ecológica de Centrolobium pode ter permitido maiores oportunidades para a migração, levando à falta de estrutura geográfica observada no leste de seu alcance. Avaliaram, ainda o risco de extinção das espécies com base nas categorias e critério da IUCN, colocando todas as espécies brasileiras em alguma categoria de ameaça (Pirie et al 2009). As espécies de Centrolobium exibem dois padrões gerais de distribuição. O primeiro, exibido por C. microchaete (Mart. ex Benth.) Lima e C. paraense Tul., é de ampla distribuição, no caso de C. microchaete com populações disjuntas. O segundo, exibido por C. robustum Mart. ex Benth., C. tomentosum Guill. ex Benth, C. sclerophyllum Lima, C. ochroxylum Rose ex Rudd, e C. yavizanum Pittier, mais restrito geográficamente (Pirie, 2009). Algumas espécies apresentam quantidades relativamente grandes de variação morfológica através de sua distribuição, por exemplo, populações brasileiras e bolivianas de C. microchaete, e outras relativamente menores, como, C. paraense (Pirie, 2009). As espécies C. yavizanum e C. ochroxylum, ocorrem a oeste do Andes, separadas das demais espécies pela Cordilheira dos Andes, o que pode explicar a profunda divergência filogenética entre elas. Divergências entre as espécies que ocorrem a leste dos Andes, principalmente na Bolívia e sudeste do Brasil são mais recentes, diversificaram entre o Mioceno tardio e Plioceno, com as margens de erro até o Pleistoceno, no entanto, improvável de ser explicada por mudanças climáticas do Pleistoceno (Pirie, 2009). As espécies da Mata Atlântica ocorrem nas formações florestais das encostas da serra do mar. As observações de campo têm também demonstrado que as populações 6 desta região são mais significativas em relação à freqüência de indivíduos. Isto sugere que as formações florestais desta encosta representam um centro de dispersão do gênero (Lima, 1985). As espécies C. microchaete e C. tomentosum caracterizam um padrão de ampla distribuição representado por uma área nuclear continua e áreas periféricas disjuntas freqüentemente separadas por formações florestais. As evidencias de que a dispersão em espécies de Centrolobium não ocorrem a longa distancia (fruto relativamente grande disperso pelo vento), sugerem que houve uma ligação entre esta área nuclear e as áreas periféricas atualmente disjuntas. Estas observações concordam com a hipótese de alguns autores (ver Bigarella & Andrade-Lima, 1982) sobre a expansão das formações florestais do quartenário (Lima, 1985). Lima sugere que estas duas espécies apresentam rota de migração distintas, enquanto C. microchaete parece ter se expandido através da floresta pluvial ao longo das costa atlântica, C. tomentoso teria penetrado para o interior via florestas secas e matas ciliares. A distribuição de C. robustum mais restrita as florestas de encosta da Serra do Mar, junto ao litoral dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Isto parece caracterizar uma população recentemente isolada e que permanece relativamente estável (Lima 1985). 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral: Analisar a distribuição geográfica e avaliar os fatores abióticos que possam estar envolvidos na determinação da distribuição das espécies do grupo. 2. 2 Objetivo Específicos: 1) Certificar “data cleanning” os registros de ocorrência das espécies de Centrolobium; 2) Avaliar as preferências ambientais/climáticas das espécies de Centrolobium; O projeto busca responder as seguintes perguntas: 1) Qual o padrão de ocupação geográfico apresentado pelo gênero? 2) Que tipo de ambiente é ocupado pelas espécies a partir dos registros de ocorrência disponíveis? 7 3) Quais os padrões geográficos e ambientais de distribuição dessas espécies? Distribuição restrita x distribuição ampla. 4) Existem diferenças de ambiente (nicho ambiental/climático) entre as diferentes espécies de Centrolobium? 3. JUSTIFICATIVA Este estudo foi motivado pela busca de um melhor conhecimento sobre a distribuição geográfica e o ambiente ocupado por espécies do gênero Centrolobium uma vez que existe ainda muitas indefinições em relação ao gênero. A filogenia do gênero, as análises do cloroplasto e dos dados das seqüências nucleares produziram um forte apoio para o monofiletismo de Centrolobium, como também, acessos múltiplos da mesma espécie formarem grupos monofiléticos (C. paraense e C. ochroxylum). Ou seja, estas espécies parecem estar resolvidas taxonomicamente. Porém poucas conclusões sobre as relações filogenéticas puderem ser analisadas devido a baixa variação nos dados de sequência e de conflito filogenética entre as partições de dados (ITS, matK, trnL-F). Os níveis de resolução filogenética não foram substancialmente maiores nas análises combinadas relativas às análises individuais Pode se observar conflito filogenética persistente causada, pelo que afirmam os autores (Pirie et al.) por triagem linhagem incompleta ou hibridização. Sendo assim, esperamos que informações a respeito da distribuição geográfica através de estudos que integram dados de diferentes naturezas, como aqui proposto, sejam um auxílio para um melhor compreensão dos processos associados à diversificação de plantas com distribuição neotropical como um todo. 4. METODOLOGIA 3.1 “Data cleanning” - Certificar os registros de ocorrência das espécies Esta etapa consistirá no levantamento e revisão dos registros de ocorrência com o objetivo de: melhorar a qualidade dos registros em relação à identificação das espécies e precisão da coordenada geográfica através das informações presentes na etiqueta de coleta; Os registros de ocorrência das espécies serão obtidos através de levantamentos em coleções botânicas, com visita a herbários, busca em bancos de dados digitais 8 utilizando filtros taxonômicos e geográficos disponíveis na rede speciesLink (http://www.splink.org.br)., listados nos matérias examinados da bibliografia específica disponível e como também, registros em listas de inventários florísticos, poderão ser incorporados ao levantamento. Em seguida, validaremos os registros validados taxonomicamente serão compilados e georeferenciados através da informação das etiquetas dos espécimes com auxilio do Google Earth e do ArcGis. Como erros de identificação e registros duvidosos podem modificar o resultado dos modelos, os mesmos serão ou corrigidos com ida ao local de coleta, quando possível ou excluídos das analises. A informação disponível na literatura sobre pardões de distribuição geográfica no neotrpico (Prance 1979; Mori et al. 1981; Mori 1990; Pirani 1990; Prado & Gibbs 1993; Oliveira-Filho & Ratter 1995; Lima et al. 1997;Lima 2000) será utilizada como um ponto de partida para as análises dos modelos preditivos gerados. 3.2 Dados ambientais/ climáticos As variáveis ambientais a serem utilizadas referem-se a clima, topologia, solo, quando disponível.: Média anual de umidade do solo (CGIAR-CSI); Media anual de temperatura (World Clim); Amplitude térmica diurna (World Clim); Precipitação anual (World Clim); Inclinação do terreno (USGS); Média anual de evapotranspiração (CGIAR-CSI); Isotermalidade (World Clim). Serão aplicadas técnicas de seleção de variáveis preditoras na escolha das variáveis mais relevantes para a modelagem com o intuito de diminuir a multicolinearidade dos dados. Utilizaremos para isto análises de PCA (Componentes Principais) e índices de correlação . A resolução utilizada será de 5' (aproximadamente 10km), para que seja compatível com a precisão das coletas (pontos) utilizadas. 3.6 Modelagem de Nicho Ecológico Para gerar modelos preditivos de distribuição será aplicado o algoritmo Máxima Entropia Maxent (Phillips et al. 2006, Phillips & Dudík 2008) versão 3.3.3.e. Este algoritmo matemático integra as variáveis preditoras ambientais com os registros de ocorrência das espécies, e realiza uma interpolação de valores de adequabilidade ambiental. O algoritmo formula um modelo matemático baseado em um conjunto de características com limitações ecológicas, representadas pelos valores das variáveis preditoras nos pontos de ocorrência das espécies. Como resultado tem-se um gradiente 9 de adequabilidades para a espécie. Este algoritmo utiliza a entropia no contexto da teoria de probabilidade e estatística a qual mede a quantidade de informação contida em uma variável aleatória estimando a probabilidade de máxima entropia, ou a mais próxima da distribuição uniforme, sujeita a um conjunto de restrições a essa distribuição que são os valores ambientais presentes nos registros da espécie alvo (Phillips et al. 2006). Este algoritmo foi classificado como um dos mais efetivos métodos para modelar a distribuição de espécies utilizando apenas dados de presença (Elith et al 2006; Giovanelli et al. 2007). .Após todos esses procedimentos, a MNE será realizada utilizando os pontos de ocorrência selecionados, que serão primeiramente divididos em pontos de treinos (para calibração do algoritmo) e pontos de teste (utilizados para validação dos resultados. Serão utilizadas cinco partições nos dados sendo 70% dos pontos utilizados no treino e 30% para testes, pelo método bootstrap, que consiste na partição aleatória com reposição de dados. O algoritmo gera diferentes modelos para cada partição, como resultado é calculado o modelo final a partir da média de todos os modelos gerados (um para cada partição), ou seja, cada pixel da área de estudo é representado por um valor médio de todas as partições Serão utilizados dois limiares de corte “Minimum training presence logistic threshold” e “Maximum training sensitivity plus specificity logistic threshold”, sendo o primeiro uma metodologia mais inclusiva por utilizar um limite de corte mais baixo e o segundo uma metodologia mais rígida, procurando maximizar a presença da espécie na menor área possível através de um limiar corte mais alto. Estes dois resultados serão discutidos com especialistas sobre a distribuição da espécie para a escolha do limiar de corte mais adequado para o grupo. A validação dos modelos gerados será feita através do cálculo da AUC (Área Under Curve (Fawcett 2003) e através da realização de testes de proporção binomial (Anderson et al. 2003). Serão também feitas validações de campo. Para esta validação, serão escolhidas, ao acaso, áreas de adequabilidade ambiental alta, média, baixa e ausência predita para levantamento de informações sobre a presença e a ausência da espécie. Serão priorizadas áreas que contemplem o maior número possível de táxons com potencial de presença, através da soma dos modelos finais de cada espécie. No campo, além da validação, será contabilizado os indivíduos e discriminados, registrado as ameaças ao ecossistema e as espécies. O trabalho de campo e os modelos permitirão identificar as áreas prioritárias para conservação do gênero. 10 Os resultados da modelagem são projetados de volta ao espaço geográfico gerando mapas de adequabilidade ambiental. Esses mapas podem ser utilizados para sugerir novas áreas de coleta (lacunas) para que a amostragem seja mais representativa da distribuição geográfica da espécie e do nicho ocupado; levantar hipóteses sobre a potencialidade de ocupação atual da espécies e indicar possíveis barreiras naturais (geográficas e ambientais) que podem explicar o limite de distribuição de cada espécie. 3.5 Nicho ambiental ocupado pelas espécies Para determinar o nicho ocupado pelas espécies os pontos de ocorrência das espécies serão cruzados com os valores das variáveis preditoras selecionadas. A tabela resultante deste cruzamento fornecerá os dados para compôr o nicho ambiental ocupado por cada espécie.Com estes valores é possível calcular os valores médios (centroide do nicho) assim como os valores máximos e mínimos (limites da distribuição) de cada espécie. 5. Cronograma de Execução 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. Elaboração do projeto Disciplinas “Data cleanning” dos registros ocorrência Visita a herbários Avaliar as preferências ambientais/climáticas Modelos de distribuição potencial Analises do nicho e dos modelos Validação (registros e modelos) em campo Participação em Congressos Publicação dos Artigos Entrega para os Revisores Defesa da Dissertação 2012 1oSem 2oSem. X X X X X X X X 2013 1oSem. 2oSem. X X X X 2014 1oSem. X X X X X 11 6. Referências Bibliográficas Anderson, R., Lew, D. & A. Peterson. 2003. Evaluating predictive models of species‟ distributions: criteria for selecting optimal models. Ecol Modell 162:211–232 Bigarella, J.J. & D. Andrade Lima. 1982. Paleoenviroumental Changes in Brazil. In: G.T. Prance (ed.), Biological Diversification in the Tropics. Columbia Un. Press. Columbia, p.27-40. CGIAR-CSI, Consortium for Spatial Information, 1999 in http://www.cgiarcsi.org/ Elith, J., et al. 2006. Novel methods improve prediction of species' distributions from occurrence data. 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