OS FUNDAMENTOS DA NATUREZA II
CLIMA
sucessão habitual dos tipos de tempo, isto é, comportamento médio do tempo numa região em
determinado período
Tempo  combinação passageira dos elementos do clima (temperatura, pressão atmosférica;
umidade e vento)
FATORES DO CLIMA
Radiação solar  introduz calor e luz desencadeando os fenômenos climáticos
 varia de quantidade e distribui-se desigualmente pela
superfície terrestre devido a: forma esférica, movimento de
translação, inclinação do eixo terrestre, distribuição desigual
de massas sólidas e líquidas, energia refletida (albedo).
Latitude  quanto maior a latitude menor a temperatura e vice-versa, devido
a:
 diferentes inclinações dos raios solares;

diferentes espessuras da camada de ar atmosférico.
Altitude  quanto maior a altitude menor a temperatura e vice-versa devido ao
aquecimento indireto da atmosfera.
Continentalidade / maritimidade  quanto mais distante das grandes massas
de água maior a amplitude térmica e
mais seco e vice-versa (maritimidade).
Correntes oceânicas  frias  “ressecam” o ar;
 quentes  “umidificam” o ar.
Massa de ar  porção da atmosfera com características relativamente
homogêneas de Patm. TºC e umidade, que se desloca
modificando as condições atmosféricas por onde passam e se
modificando.
 áreas ciclonais  áreas de ar ascendente, centros de baixas
pressões que recebem massas de ar;
 áreas anticiclonais  áreas de ar descendente que exerce
pressão sobre a superfície e se dispersa, centros de altas
pressões que emitem massas de ar;
 sistemas frontais  áreas de contato entre massas de ar de
diferentes qualidades ou características.
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CLIMA E VEGETAÇÃO:
CLIMAS ZONAIS
VEGETAÇÕES ZONAIS
POLAR:
- latitudes superiores a 70o
- temperaturas inferiores a 0oC
- 100 a 200 mm/a
FRIO:
- latitudes superiores a 60o
- temperaturas sempre inferiores a 10oC
- menos de 1000 mm/a
- desertos frios: - de 250 mm/a
TEMPERADO:
- 4 estações bem definidas
- verões quentes chegando a 20oC
- invernos rigorosos atingindo –5oC
- outono e primavera com média oscilando entre 5o e 15oC
- grande amplitude térmica anual (+ de 20oC)
- chuvas bem distribuídas de aprox. 1 000 mm/a
- oceânico: mais chuvoso e menos frio
- continental: mais seco e mais frio
SUBTROPICAL:
- temperaturas entre 15o a 20oC
- amplitude térmica superior à 10oC
- chuvas bem distribuídas
- mediterrâneo: seca de verão e inverno chuvoso
TUNDRA:
- vegetação herbácea
- musgos e líquens
- chegam a florescer no verão, quando ocorre o degelo
FLORESTA BOREAL:
- aciculifoliada (coníferas)
- homogênea
- perenefólia
FLORESTA TEMPERADA:
- arbórea
- caducifólia
- relativamente homogênea
- baixa densidade vegetal
PRADARIAS:
- campos
- herbácea
- homogênea
FLORESTA SUBTROPICAL:
- arbórea
- com espécies caducifólias, semi-caducifólias, perenefólias
e aciculifólias.
VEGETAÇÃO MEDITERRÂNEA:
- predominantemente arbustiva
- garrigue ou maquis
SAVANA: (cerrado no Brasil)
- arbustiva e herbácea
- tropófilas
- caducfiólia e semi-caducifólia
FLORESTA TROPICAL:
- perene
- heterogênea
- densa
- arbórea
- higrófila
- latifoliada
FLORESTA EQUATORIAL:
- arbórea
- perenefólia
- latifoliada
- heterogênea
- higrófila
TROPICAL:
- típico ou continental
- média térmica superior a 20oC
- amplitude térmica de aprox. 5oC
- chuvas intensas + de 1.500 mm/a concentradas no verão
- úmido: no litoral
- de altitude: áreas serranas
- de monções: 4000 mm de chuvas no verão (SE asiático)
EQUATORIAL:
- média térmica superior à 25oC
- + de 2.500 mm/a
CLIMAS AZONAIS
VEGETAÇÕES AZONAIS
DESÉRTICO:
- árido com pluviosidade inferior à 250 mm/a – torrencial
- elevada amplitude térmica
DESÉRTICA:
- escassa
- xerófilas ou cactáceas
- herbáceas com ciclo de vida curto associado às chuvas
relâmpagos
SEMI-ÁRIDO:
ESTEPES:
- pluviosidade inferior a 500 mm/a, mal distribuída ao longo
- xerófila
do ano.
- herbácea e esparsa
DE MONTANHA:
DE MONTANHA:
- baixas temperaturas
- sucessão (por andares)
- neves eternas nas áreas mais altas
- herbáceas, seguidas de florestas de folhas caducas,
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aciculifoliadas e campos alpinos
TIPOS DE CHUVAS
convecção  ocorrem em áreas de instabilidade, quentes e úmidas  ciclo da
água.
relevo ou orográfica  ocorrem quando o relevo “intercepta” uma massa de
ar,
ocasionando
sua
subida,
resfriamento
e
condensação e posterior precipitação.
frontal  ocorrem quando duas massas de ar de diferentes características se
encontram;
mudando o ponto de saturação e ocorrendo a
precipitação.
CLASSIFICAÇÕES CLIMÁTICAS
Köppen (genérica ou empírica)  escola separatista, que estuda
separadamente os elementos do
clima para depois recompor o todo.
 utiliza-se de dados estatísticos
relacionando-os com vegetação.
Strahler genética  escola dinâmica, que baseia-se na dinâmica da
atmosfera e na atuação das massas de ar e no
regime de precipitações.
CLIMAS DO BRASIL
MASSAS DE AR QUE ATUAM NO BRASIL
Denominação
Centro de origem
Características
mEc - Equatorial continental
Noroeste da Amazônia
Quente e úmida
mEa - Equatorial atlântica
Anticiclone dos Açores
Quente e úmida
mTa - Tropical atlântica
Anticiclone Santa Helena
Quente e úmida
mTc - Tropical continental
(centro de baixa pressão)
Chaco ou Pantanal
Mato-grossense
Quente e seca
mPa - Polar atlântica
Patagônia (Sul da Argentina)
No início fria e úmida depois tornase seca
VERÃO NO HEMISFÉRIO SUL
mTc  centro de baixa-pressão. Atrai as outras massas de ar.
mEc  estende-se por quase todo o território, exceto NE e Sul.
domínio dos ventos alísios da mEa.
 instabilidade permanente (C.I.T.), altas temperaturas e chuvas de verão ou de convecção.
mTa  atuação mais acentuada no litoral, provocando chuvas orográficas, principalmente no SE. Forma frentes
frias com a mPa na região SE provocando chuvas de período mais prolongado.
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mPa  atua na região Sul e SE é amenizada pelas temperaturas elevadas do hemisfério sul.
INVERNO NO HEMISFÉRIO SUL
mTc  desaparece, pois os centros de baixa formam-se no hemisfério norte
mEa  praticamente estacionária, atua no baixo Amazonas.
mEc  atuação mais fraca, desloca-se para a Amazônia Ocidental.
mPa  intensa atividade  divide-se em 3 ramos :
1o ramo
- atua no litoral
- chuvas frontais, em zona de instabilidade (FPA) formada quando se encontra
com a mTa.
2o ramo
- atua na região Sul e parte do SE (SP e MG)
- responsável pelas geadas  pode provocar queda de neve.
- ventos frios como o minuano e o pampeiro no RS.
3 ramo
o
- atua na região central até o alto Tapajós (AM)
- provoca o fenômeno da friagem
A: Massa Polar Atlântica
B: Massa Tropical Continental
C: Massa Tropical Atlântica
D: Massa Equatorial Atlântica
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E: Massa Equatorial Continental
Biomas  rede de interações entre solo, vida animal, vegetação e clima, que estruturam e organizam em
escala global as semelhanças e diferenças de paisagens ou definem ecossistemas e os habitats.
 domínios vegetais são os melhores “definidores” espaciais dos biomas.
Classificação
das
Vegetações


Quanto ao porte ou estrutura




Quanto ao teor de umidade




Quanto ao tipo de folha




Quanto ao comportamento sazonal



arbórea
arbustiva
herbácea
higrófilas: - condições extremamente úmidas.
tropófilas: alternância do teor de umidade durante o
ano.
xerófilas: baixo teor de umidade.
aciculifolias  folhas em forma de agulha.
latifolias  folhas largas.
esclerófilas  folhas duras; desenvolvem-se nos
climas quentes e secos.
perenefólias  folhas durante todo o ano
caducifólias ou decíduas  perdem as folhas no
período seco.
semidecídua  perdem grande parte, mas não a
totalidade das folhas no período seco.
halófilas  adaptadas a alto teor de
sal.
FORMAÇÕES
FLORESTAIS
FORMAÇÕES
ARBUSTIVAS
FORMAÇÕES
HERBÁCEAS
Floresta latifoliada Equatorial
 latifoliada,
heterogênea,
perenefólia pluvial, higrófila
Floresta Amazônica ou Hiléia
Amazônica.
Cerrado
 arbustiva,
caducifólia
(duas estações bem
demarcadas uma seca
(inverno)
e
outra
chuvosa (verão).
 xeromorfismo
oligoatrófico (adaptação
a acidez do solo e
poucos nutrientes).
Caatinga
 arbustiva, caducifólia.
 xeromorfismo
hidromórfico (adaptação
à pouca água).
 cactáceas
e
bromeliáceas.
Manguezais
 baias e estuários (água
doce e salgada).
 halófilas e higrófilas.
 pouco
oxigênio
raízes
aéreas
e
pneumotóforos (raízes
respiratórias).
Campos
 predomínio de gramíneas
- campos subtropicais
- campos limpos de
pradarias (RS)
- campos serranos
-campos
inundáveis
(Marajó)
Floresta latifoliada Tropical e
Tropical de encostas úmidas
 latifoliada,heterogênea,
perenefólia e pluvial.
Floresta Aciculifoliada ou Mata
de
Araucária
ou
Floresta
Subtropical
 abundância de coníferas
(Araucária
Angustifólia),
associada
a
espécies
latifoliadas, perenefólia.
Dunas ou restingas
 regiões litorâneas.
 praias.
 halófilas, adaptadas à
movimentação do “solo”.
Mata dos Cocais
 transição entre floresta
Equatorial , caatinga e
cerrado.
 predomínio de palmeiras
(Babaçu e Carnaúba).
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FORMAÇÕES
COMPLEXAS
Pantanal mato-grossense
BIBLIOGRAFIA:
Adas, M – Panorama Geográfico do Brasil, Editora Moderna, 1999.
Magnoli, D. e Araújo R. – A nova Geografia – Estudos de Geografia da América, Editora Moderna, 1996.
Ross, J. L. S – Geografia do Brasil, Edusp / FDE, 1995.
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