Jornal - R1

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Jornal
da Graduação
Ano III - Número 5 - Maio - Junho/2013
Encontro EAD
Estudantes de Administração e
Turismo participam da IV edição
do evento
Lago Açu: um oásis dos
estudantes no meio da rotina
acadêmica
No dia 4 de maio, estudantes
participaram do evento de
EAD no Campus Seropédica
Conheça a história da Editora
Universitária e
saiba como publicar
Por Dentro
da Rural
Um lago para uma
Universidade e uma
Universidade para um lago
Com função ornamental, Lago Açu se mantém equilibrado, impressiona
pela beleza e serve de oásis aos estudantes
Por Victor Sena
Aluno do 4º período de Jornalismo
C
onstruído na mesma época em que o campus da
Rural, na década de 50, o Lago Açu, também conhecido como Lago do IA, fez parte, junto com seu
irmão menor, o Lago do IB, do projeto paisagístico da
Universidade. Com oito hectares, o lago é margeado por
três institutos, pelas casas do reitor e do vice-reitor e é
parada obrigatória para os calouros impressionados com
a beleza da Rural. Os benefícios do lago para a UFRRJ são
muitos: da beleza à possibilidade de pesquisa na área de
piscicultura e biologia animal. Hoje, a relação da Universidade com o lago passa pelo Laboratório de Ecologia de
Peixes (LEP).
A inserção de peixes acontece porque as espécies como
pacu e tambaqui não se reproduzem ali. A finalidade da
inserção não é biológica, é para a pesca anual, que ocorre
nos feriados de páscoa. Os peixes introduzidos são comprados ainda filhotes porque a reprodução e produção não
ocorrem na Universidade através do curso da Zootecnia.
– O ambiente precisa ter todos os componentes para estar
equilibrado. Tem que ter toda a cadeia alimentar. Quando colocamos os peixes, colocamos primeiro os pequenos, depois os médios que se alimentam deles e depois os
maiores. Tem que colocar primeiro a base – disse Gerson.
02
Foto: Victor Sena
– A principal finalidade do lago é ornamental – revela
Francisco Gerson (DBA – UFRRJ), que também usa os pei-
xes do lugar em aulas práticas de icteologia e é responsável pelo Laboratório de Ecologia de Peixes.
Para o ambiente do Lago Açu estar equilibrado é preciso uma cadeia alimentar completa, incluindo os predadores.
Expediente:
Pró-reitora de Graduação: Lígia Machado / Pró-reitor Adjunto de Graduação: Leonardo de Gil Torres / Diretora do Departamento de Assuntos Acadêmicos e Registro Geral (DAARG): Marta Maria Figueiredo / Diretora da Divisão de Registros Acadêmicos: Marlene Sebastião da Cruz / Diretora da Divisão de Matrícula: Anazir Correa / Jornalista: Sabrina Dias / Estagiários:
Lucas Lacerda, Mariana Ribeiro, Phelype Gonçalves e Victor Sena / Diagramação: Sabrina Dias e Victor sena / Artes Gráficas:
Vitor Apolinário / Foto da Capa: Lucas Lacerda /
Rodovia BR 465, Km 7, antiga Rodovia Rio São Paulo, Sala 92 do Pavilhão Central da UFRRJ.
Seropédica/RJ - 23897-000. Telefones para contato: 21 2682-1112 / 21 2681-4699 Telefax: 21 2682-2810.
E-mail: [email protected] / Twitter: @prograd_UFRRJ / Facebook: facebook.com/PROGRAD.UFRRJ Blog: www.
blogdagraduacao.blogspot.com
Foto: Victor Sena
O LEP fica perto da casa do reitor, próximo à água, e tem
uma perspectiva visual menos conhecida do lago. As pessoas movimentam as tardes do outro lado, perto do IB,
onde o sol se põe de frente. São moradores de Seropédica
correndo, casais namorando e esperando o entardecer, alguém lendo ou descansando do estresse acadêmico.
– Eu gosto daqui porque é muito mais tranquilo do que
perto do P1. O pôr do sol é lindo – revela Camilla Campos,
estudante do 4ª período de Biologia, que foi ao lago pela
primeira vez com seus veteranos, no seu 1º período, e pratica slackline desde o ano passado.
Eduardo Santos, 18, é de Itaguaí e também pratica slackline .
– Eu pratico tem uns dois anos, não tão frequentemente
quanto eu gostaria. Comecei com um amigo que estava
querendo alguém para andar com ele, e nós começamos.
Eu acho legal entrar em equilíbrio com seu corpo e sua
mente.
Graziele Matos, moradora da Ilha Grande, em Angra dos
Reis, se formou em Biologia no ano de 2010. Hoje, volta a
Seropédica a cada 15 dias para ver os pais e trazer o cachorro Tom, um Pit Bull com Fila, para passear no lago do IA.
– Ele precisa gastar energia para não ficar gordinho. De vez
em quando, ele se joga na água no lago. Bicho é para se
divertir, ficar tranquilo – disse Graziele, que frequentava as
festas que acontecem por ali quando estudava na Rural. –
Sempre dou uma corrida, venho de bicicleta. Na noite de
lua cheia, isso aqui é fantástico.
Graziele Matos se formou em Ciências Biológicas em 2010
Evento
PIBID UFRRJ realiza seu primeiro encontro
Foto: Mariana Ribeiro
Professor Aristeo Leite Filho, palestrando sobre “O que é ser professor nos dias de hoje?”
res: diálogos sobre a formação prática docente” nos dias
6 e 7 de junho. O evento reuniu mais de 20 licenciaturas
e contou com a presença de professores da Universidade
Rural e de outras instituições.
Dos docentes da casa, a mesa de abertura
recebeu Ana Maria Dantas Soares, reitora da
UFRRJ; Lígia Machado, pró-reitora de graduação; Lana Cláudia Fonseca, coordenadora institucional do edital 2009 e Pró-reitora Adjunta de Extensão; Rosa Mendes, coordenadora
institucional do edital 2011; Liliane Sanchez,
coordenadora da área de gestão de processos
educacionais do PIBID/UFRRJ; e, por fim, Sara
Fazollo, coordenadora institucional (pro tempore).
Leia matéria completa em: http://blogdagraduacao.blogspot.com.br/2013/06/pibid-ufrrj-realiza-seu-primeiro.html
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O
auditório do Pavilhão de Aulas Teóricas (PAT) da
UFRRJ recebeu o Primeiro Encontro do PIBID (edital 2009/2012) — Programa Institucional de Bolsas
de Iniciação à Docência — com o tema “Integrando sabe-
Por Phelype Gonçalves
Aluno do 4º período de Jornalismo
Temas que vão de aprendizado e perspectiva profissional ao perfil do
estudante do ensino a distância marcam o evento
Por Lucas Lacerda e Mariana Ribeiro
Alunos do 5º e 3º período de Jornalismo
O
trecho proferido pelo professor e Doutor em Filosofia Affonso da Costa, “Identidade é o que construímos a partir de nossas diferenças. Mas a identidade não deve apagar ou obstruir as diferenças. Deve
abraçá-las”, deu o tom ao IV Encontro dos Estudantes de
Turismo e Administração. A identidade criada no ensino a
distância, as perspectivas para a academia e o mercado de
trabalho foram os principais temas do dia.
Os trabalhos iniciaram-se pela manhã, com o credenciamento dos mais de 500 participantes, seguido por um
café e pela mesa de abertura. A professora e Reitora Ana
Maria Dantas Soares abriu o evento, acompanhada da Pró
-reitora de Graduação, Lígia Machado; do Pró-reitor de
Pesquisa e Pós-graduação, Roberto Lelis; da Pró-reitora
de Assuntos Financeiros, Nidia Majerowicz; da Pró-reitora
de Extensão, Katherina Coumendouros; do Vice-diretor
do ICHS Marco Antonio de Souza e do Vice-diretor do IM,
Carlos Roberto de Carvalho, além da coordenadora do Ensino a Distância da Universidade, Suemy Yukisaki.
Presente na mesa de abertura, Marco Souza orientou os
alunos e futuros profissionais, destacando a importância
da profissão, do foco e visão necessários para o mercado de trabalho. O professor conversou com o Jornal da
Graduação sobre a sinergia necessária para as carreiras
de turismo e administração:
– A Rural oferece além de Administração e Turismo, que
são áreas próximas, Hotelaria e Economia Doméstica. Se
a Universidade assume essas competências, precisa assumir as responsabilidades, principalmente no que diz
respeito à estrutura sinérgica dessas atividades: o aluno de administração será um profissional que poderá
lidar com turismo. E o fato ou produto turístico necessita de hotelaria para ser desenvolvido e explorado. O
campo de Hotelaria, por sua vez, precisa de serviços de
alimentação, providos por um profissional de Economia
Doméstica. Enfim, são áreas sinérgicas, e lidam com uma
sociedade que cada vez mais come fora, viaja. É uma
tendência importante, principalmente que deve estar
nas prioridades dos alunos desses cursos – destacou o
professor, que sugeriu maior abordagem do assunto nas
próximas oportunidades.
Da esquerda para a direita: Marco Souza (ICHS), Suemy Yukisaki (EAD),
Nidia Majerowicz (Proaf), Ligia Machado (Prograd), Ana Dantas (Reitora),
Katherina Coumendouros (Proext), Roberto Lelis (Proppg) e Carlos Carvalho (IM)
Foto: Lucas Lacerda
Capa
04
UFRRJ recebe IV Encontro
dos Estudantes de Turismo
e Administração
Identidade e essência
Após a mesa de abertura, o professor Affonso da Costa,
discorreu sobre a importância desta edição do evento, elogiando a Universidade Rural por ser uma das poucas instituições de ensino que realiza essa “festa da qual poucos
participam”:
– Poucas instituições fazem essa busca em prol da construção desse espaço, dessa construção mútua de pessoa e
Universidade. Cada um de nós deve se mostrar como aquilo que é, devemos nesse encontro esperar que possamos
assumir os acertos alcançados, e também aceitar e encaminhar os problemas, – alegou o professor Affonso.
A professora Nidia Majerowicz, Pró-reitora de Graduação
de 2005 a 2013 e atualmente na chefia da Pró-reitoria de
Assuntos Financeiros, saudou os alunos e discursou sobre
a vontade de formar pessoas, de valorizar a essência do
Homo sapiens frente ao conhecimento. Numa fala permeada pelos anseios de uma Universidade abrangente, a ideia
é que a Rural abrace localidades além de seu limite físico:
– É preciso integrar o ensino a distância não a partir dos
campus sede, mas dos pólos, do desenvolvimento regional. O plano é desenvolver com professores e alunos projetos de extensão e iniciação científica no ensino a distância.
Isso é uma coisa riquíssima, porque ao invés de atuar isoladamente em Seropédica, Nova Iguaçu e Três Rios, a Rural
estará presente em todo o estado do Rio de Janeiro – disse
a professora Nidia, que se definiu, antes de suas funções
administrativas, como uma educadora, sempre a pensar
na formação de seres humanos.
– A mensagem que queremos deixar é: juntos, vamos
construir nossa formação, vamos trabalhar em prol de
uma universidade plural, que valorize essa humanidade e
almeje pessoas desenvolvidas e felizes.
Por dentro da Rural
Findas as falas da mesa, os participantes foram ao Restaurante Universitário, o famoso Bandejão, para o almoço. A
movimentação gerou curiosidade entre os habituais fregueses do fim de semana, acostumados ao bandejão vazio de
sábado. Após as refeições, a caminho do Gustavão, foram
vistos desfrutando dos belos cenários da Rural, aproveitando a oportunidade do encontro para firmar a identidade
como ruralinos ou ter o primeiro contato com o campus,
paisagem e arquitetura, símbolos indeléveis da UFRRJ.
GT Comunicação e Participação no âmbito da UFRRJ
Comunicação é um aspecto importante que deve estar
presente em toda instituição de ensino, e foi assunto de
um dos grupos de trabalho do encontro de estudantes.
O grupo que escolheu esse tema teve a oportunidade de
manifestar suas barreiras quanto a distância entre tutor e
aluno, e também sua relação entre seus colegas de pólos
distintos, que já se tornou cômoda.
A solução apresentada foi a maior participação dos estudantes de ambas as modalidades para a integração. Porém
, é preciso saber como chegar até o ponto principal: a comunicação. A aluna Maria Cristina, de Saquarema, mostrou como é essencial a construção de uma identidade dos
pólos, pois eles não se sentem em um clima de universidade, o que era importante até para seu bem estar dentro da
O encontro começou pela manhã, com o credenciamento dos mais de 500 participantes, seguido pelo café e pela mesa de abertura.
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Foto: Lucas Lacerda
No evento, foi levantada a preocupação com os universitários de Ensino a Distância, que têm a maior parte de seu
contato com a instituição através da internet. A palestra
contou com uma breve apresentação das páginas da Universidade Rural, incluindo a da Prograd e seus veículos.
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Foto: Lucas Lacerda
Universidade Rural.
Visitas técnicas e palestras, também foram vistas como
uma saída para integralizar alunos da universidade, seja
ele de qualquer modalidade, além de serem de suma importância para enriquecer a formação do aluno. Os estudantes de ensino a distancia sentem falta desses eventos
que não são feitos com frequência. Eles querem ter o sentimento de pertencimento a Rural.
– Mas é preciso comprometimento e envolvimento do
aluno para o bom andamento da instituição. A tecnologia
ajuda muito nessa questão, porém é inútil se não fluir a
comunicação. Já tem ciclos fechados e alunos formados, e
é notável que o sistema funciona e como tudo, ele precisa
de mudanças – afirmou o tutor professor Alcindo Grassi.
GT Aprendizagem
O segundo grupo de discussões contou com a participação
da coordenadora Maria Lúcia Martins, da tutoria de Turismo, e tratou dos Processos de aprendizagem no ensino a
distância, sob a orientação do professor e Vice-diretor do
IM Carlos Roberto. Estudantes como Jose Antonio apresentaram a problemática do sistema de tutoria à distância, além de sugerir novos modelos de comunicação, bem
como um mapeamento e classificação dos tutores e prazos para postagem de notas. De uma maneira geral, as reivindicações circularam no campo da metodologia e relacionamento entre alunos e tutores, ponto central no EAD.
GT Formação Profissional
O Grupo de Trabalho seguinte teve como eixo temático a
formação profissional dos alunos de Administração e Turismo, e foi pautado pela questão dos mestres em Turismo
Ricardo dias da Costa e Isabela Fogaça: “Como ser um profissional no século XXI formado pela Universidade Rural?”.
O auditório lotado parecia ávido por uma resposta, mas
foi questionado novamente pelos regentes do debate em
relação ao perfil do aluno de ensino a distância, e ao papel
desse aluno quando inserido no mercado de trabalho. A
esses questionamentos, Fernando Cruz, estudante do 2º
período de Administração, respondeu com uma crítica aos
obstáculos que o aluno sofre no mercado:
– A nossa identidade é construída no ensino a distância.
Isso nos dá uma bagagem diferente. O mercado de trabalho ainda tem preconceito, algo que não se fundamenta
porque cursar essa modalidade requer disciplina e responsabilidade. Eu frequento o pólo cerca de duas vezes por
mês, para conversar com o tutor presencial. Então preciso
organizar meus estudos para poder sanar dúvidas – disse.
O professor Ricardo Dias foi enfático em relação à iniciativa
do Ensino a Distância por parte da Rural:
– A Universidade tem 100 anos. Existem profissionais que
estão aqui há 30, 35 anos, e nunca trabalharam com EAD.
É preciso capacitar os profissionais e a Universidade. É importante também que o aluno se faça presente nesse processo. – declarou o professor, sintetizando o foco da dis-
A universidade ficou movimentada durante todo o dia
cussão que encheu um dos auditórios do Pavilhão Central.
GT Sustentabilidade na consciência coletiva
Uma das grandes bandeiras da atualidade, a sustentabilidade, é praticamente um agregador de valores. Empresas
que se preocupam e agem em prol dos recursos naturais
explorados em seus serviços e produtos são melhor recebidas pelo público e cobram mais caro por isso. Dentro dessa perspectiva, administradores e turismólogos estão em
um campo que pode ser tanto fértil quanto arenoso. As
experiências de vida divididas entre os alunos, coordenadas pelo professor e pesquisador Marcio Borges, variaram
desde materiais utilizados na rotina até como trabalhar de
maneira responsável com o produto turístico. E mais uma
vez, a valorização e o reconhecimento da identidade do
estudante, que é de ensino a distância e também ruralino,
teve destaque nos debates.
A turismóloga e tutora para as turmas de Sociologia e Hotelaria, Eliam Silva, reconhece a identidade do estudante
da modalidade a distância. Estar à frente da tutoria nessas
áreas há mais de três anos é a realização da profissional.
Para Eliam, cada aluno que passa por seu trabalho é um
agente multiplicador, que vai levar a consciência e a necessidade de ser sustentável para outras pessoas. E nesse trabalho reside o desejo de levar cada vez mais cedo a ideia
para o estudante da graduação.
– É algo simples como não jogar lixo no chão. Imagine se essa
consciência fosse levada para o aluno ainda no ensino fundamental? – disse a educadora.
Plenária e volta pra casa
Os quatro Grupos de Trabalho tiveram focos diferentes.
Mas não por coincidência, identidade foi a principal ideia a
perpassar as discussões. Sob o comando da atual pró-reitora de Graduação Ligia Machado, os organizadores dos
grupos levaram o sumo das discussões de volta ao auditório Gustavo Dutra.
Foto: Lucas Lacerda
Os principais tópicos e proposições das oficinas foram
apresentados ao público, que pôde subir ao palco e fazer
comentários e opiniões. A estudante de Administração Isabella Poeys, do pólo Itaperuna, levou à plenária a iniciativa
de uma empresa júnior gerida por estudantes de ensino à
distância, bem como reafirmou a disciplina e os desafios
para o aluno desta modalidade. Entre protestos inflama-
dos e chamadas para o aluno se fazer presente enquanto
universitário rural, o que resultou do IV Encontro foi trocar experiências entre alunos e professores dos sistemas
presencial e a distância, conhecer e rever a Universidade,
encaminhar sugestões à coordenação geral e seguir os caminhos de volta pra casa, para trabalhar na construção de
pessoas e instituição, além de ter boas experiências para
dividir na próxima edição.
O vice-diretor do IM, Carlos Roberto, no GT Aprendizagem, que discutiu sobre a problemática do sistema de tutoria
- É uma oportunidade para os alunos conhecerem a universidade, porque a matricula não é feita aqui e sim nos polos.
Então, quando eles tem essa oportunidade de virem e conhecer a sua universidade, a universidade pela qual ele vai ser
diplomado, fica esse deslumbramento por ela, essa vontade
de tirar fotos. Outro ponto positivo é a oportunidade que
os alunos tem de apontar os problemas, esse evento serve
para vermos o avanço que tivemos, embora ainda se encontre pontos que precisamos melhorar. Essa é uma oportunidade para que eles possam manifestar seu desagrado com
algum procedimento que esteja acontecendo no curso que
fazem e encontrarem uma solução para isso. Trazer esses
depoimentos que são de suma importância para a relação e
comunicação entre tutores, coordenadores e alunos.
Qual seria a solução para preencher a lacuna que os
alunos sentem na distância entre Universidade e pólos?
Acho extremamente necessário que eles acessem os canais da universidade, porque se formos depender desta
logística de enviar materiais impressos para os polos ,
muitas notícias vão ficar defasadas. Hoje a administração
da universidade considera o aluno a distância como presencial, no sentido dele ter os mesmos direitos, ou seja,
muitas oportunidades disponíveis para os alunos presenciais que também estão disponíveis para os alunos à
distância. A melhor forma de se aproximarem e aproveitarem o que a universidade tem, mesmo estando em outros
pólos, é acessar os canais de divulgação de informações
da Universidade.
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Suemy Yukisaki, Coordenadora do EAD, lista os pontos positivos que os encontros anuais de administração
e turismo proporcionam na comunidade acadêmica.
Saiba Mais
Editora Universitária
Editora Universitária da Rural é o caminho para a publicação de
trabalhos de alunos e professores. Saiba como submeter seu trabalho e
conheça algumas publicações
Por Mariana Ribeiro
08
Foto: Mariana Ribeiro
Aluna do 3º período de Jornalismo
U
ma editora empenha papel de grande importância
dentro da instituição que está inserida, ela tem o
compromisso de promover e incentivar, tanto para
discentes quanto para docentes, a edição de livros, a prática da escrita e a produção cultural, principalmente de
origem universitária. A UFRRJ possui a Editora da Universidade Rural, que objetiva todos esses pontos e precisa da
integração com a comunidade acadêmica para enriquecer
seu trabalho. A Edur é vinculada à Pró-reitoria de Pesquisa
e Pós-graduação e dá apoio técnico às publicações de material de ensino, pesquisa e extensão da Rural.
Linha do tempo
Quando houve a regulamentação da Universidade que
antes era chamada de ESAMV, foi necessário publicar
os trabalhos submetidos pelos discentes e docentes, assim, em 1971 foi editada a primeira revista, que chamava
“Arquivos da UFRRJ”. Porém o número de arquivos para
publicação só aumentavam, e em 1994, houve a necessidade da reorganização em três áreas do periódico, que
ganhou novo nome passando a ser “Revista Universidade
Rural”. A divisão foi feita abrangendo áreas do conhecimento especificas: Ciências da Vida, Ciências Sociais e
Ciências exatas.
Mas somente em 2006, houve a separação dessas séries
em três revistas independentes, que eram impressas periodicamente. Com a modernidade, em 2012, a versão
online foi colocada no ar, extinguindo a versão impressa.
Em homenagem ao professor e cientista brasileiro, Ângelo
Moreira da Costa Lima, foi criado o portal eletrônico Costa Lima, com o intuito de publicar periódicos científicos
editados pela UFRRJ ou por outras organizações educacionais, científicas, artísticas e culturais.
Qualquer aluno da Universidade pode publicar suas produções textuais, basta submeter um arquivo com um
orientador e no próprio portal se cadastrar. As revistas são
formadas de artigos sobre pesquisas no campo das Ciências (áreas de estudo definidas pelo Conselho Nacional de
Pesquisas - CNPq), e revisões relevantes nestas áreas. Os
artigos devem ser inéditos, seja impresso, digital ou em
outros formatos. Depois de obedecer às normas para publicação, é preciso esperar a aprovação dos editores associados que são colaboradores na editora. Todas as normas
podem ser encontradas no site da Edur.
O estudante do 7º período de Belas Artes Rogério Simonetti é ilustrador e programador visual da editora. Ele exerce
seu trabalho com a ajuda de mais quatro estagiários também de Belas Artes, que ajudam no processo de criação
das capas das edições. Para o universitário, a produção
artística feita por eles busca agregar qualidade visual aos
produtos editoriais da Edur, o que é importante para a
identidade de uma editora dentro de uma universidade.
Conheça os últimos lançamentos da Edur
Álgebra Linear Aplicada é um dos livros lançados em
2012 pelo professor da UFRRJ, Paulo Parga, que leciona
matérias relacionada às áreas de ciências exatas e utiliza
seu próprio livro para acompanhar suas aulas.
Árvores do Jardim Botânico da UFRRJ. Chave para
identificação das famílias, dicas para reconhecimento
das espécies em campo e caracterização e usos da
madeira, foi um dos livros lançado no aniversário de 33
anos do jardim Botânico da UFRRJ, e teve a organização
dos professores da área de Botânica, Denise Monte Braz,
Pollyanna Rodrigues de Oliveira Santos, Vinicius Costa
Cysneiros e Joaquim de Oliveira Mendonça Junior.
O livro traz todas as espécies que podem ser encontradas
no JB da Universidade e suas informações, o que ajuda
os professores da área a localizar e mostrar, na prática, as
plantas estudadas em sala.
Professor de Belas Artes Alexandre Guedes, Rogerio Simonetti e Gabriel Castilho como ilustradores. O livro de
grande sucesso, já está esgotado na UFRRJ, e agora só
pode ser encontrado na Livraria da Travessa.
Para adquirir os livros da Editora da Universidade Rural,
basta comparecer até a Edur, localizada na sala 102 do
pavilhão Central da UFRRJ- Campus Seropédica, ou através do novo site da Edur http://www.editora.ufrrj.br/
Para os interessados em submeter um artigo, mande um
email para [email protected], ou ligue para 2681-4711. E esclareça todas as suas dúvidas sobre a publicação.
Noé, foi escrito pela professora de Letras, Mirian S. Pires e teve a importante participação dos orientandos do
Em Trânsito
Cultura brasileira em Schmalkalden
Campus da Universidade de Ciências Aplicadas de Schmalkalden
no alojamento da Universidade, assim como
Stefani.
O
nome soa complicado à nossa língua, e a cidade
com pouco mais de 20.400 habitantes não parece
tão imponente. Mas na pequena cidade alemã no
estado da Turíngia, localiza-se a Universidade de Ciências
Aplicadas de Schmalkalden.
Dentre muitas universidades conveniadas do programa
Ciência Sem Fronteiras, a moderna estrutura e as metodologias da instituição foram um dos pontos marcantes
para os estudantes Dennys Lage e Stefani Constantino,
alunos de Engenharia Química da rural, que estiveram no
campus estudando desde agosto do ano passado, e voltaram em março.
As relações pessoais, é claro, são pautadas pela língua.
Comunicar-se em alemão não foi um obstáculo, mas pediu esforço:
– Mesmo que de um jeito peculiar, próprio da cultura alemã, as pessoas foram receptivas e muito educadas. Fui
com um alemão muito básico. Embora ainda não seja
fluente, melhorou bastante – avalia Dennys, que morou
Além das experiências em sala de aula e laboratórios, a vivência humana sempre marca
o olhar de quem entra em contato com outra cultura. Dennys conta que ganhou com o
aprendizado, e enxerga coisas que, outrora
banais, hoje são importantes sob uma nova
perspectiva de vida.
Carnaval, capoeira e festa junina
Schmalkalden abriga diversos estudantes brasileiros. Stefani e Dennys contam que houve um pedido da faculdade
para que os alunos falassem e fizessem apresentações sobre a cultura do país tropical para crianças locais:
– Resolvemos falar sobre a cultura do Brasil, pra mostrar
que temos muito mais do que “ai, se eu te pego”. Falamos sobre carnaval, futebol, algumas brincadeiras que
temos aqui, e até ensinamos um pouco de capoeira – declarou Stefani, que certamete não contava com a repercussão do evento, que atraiu os olhares dos habitantes:
– Teve uma repercussão muito grande, e repetimos a
apresentação no campus. Saímos no jornal e na rede de
televisão de Schmalkalden! – contam os alunos, satisfeitos com os resultados e de volta ao Brasil e à Universidade
Rural.
Por Lucas Lacerda
Aluno do 5º período de Jornalismo
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Foto: http://www.fh-schmalkalden.de
Como a Universidade não possui um curso
específico, os intercambistas inscreveram-se
em matérias de outras áreas. Os equipamentos, e toda a aparelhagem da Universidade
são de ponta, segundo os alunos. A convivência foi amistosa e rica culturalmente, já que
Dennys, por exemplo, dividiu um apartamento no Alojamento com um estudante do Paquistão e um do Azerbaijão.
O
dia 3 de junho começou
e terminou
com os auditórios
dos campi Seropédica e IM repletos.
As mesas contaram
com membros da administração superior,
e também com estudantes representando o Diretório Central dos Estudantes.
Além da tradicional
mesa composta por
reitora e pró-reitores, em Seropédica
houve palestras com
o professor doutor
Affonso Vieira da
Costa (IM) e Marcos
Perruso, do Departamento de Ciências
Sociais, à tarde e à noite respectivamente.
A aula vespertina no Gustavo Dutra contou com uma
apresentação do grupo de dança Freedom, composto por
alunos e Educação Física e jovens do município de Seropédica. O projeto Pintando a Rural, realizado pela Pró-Reitoria de Extensão junto à Sala de Cultura e à PROGRAD,
levou um mural para o P1, onde os calouros e demais alunos puderam deixar assinaturas e desenhos feitos em giz
de cera.
O turno da noite recebeu uma apresentação de forró, realizada pelos estudantes Bruno, de Agronomia, e William,
doutorando em Biologia Animal, também em Seropédica.
Em Nova Iguaçu, a aula foi chefiada pela reitora Ana Dantas e contou com a participação de membros da Administração Superior e Diretoria do Instituto Multidisciplinar.
“Um nó é mais forte do que muitos”. Referentes à escolha do curso de graduação e da consequente carreira profissional e pessoal, as emblemáticas palavras do professor Affonso da Costa pautaram as atividades do dia 4 no
Instituto Três Rios. A aula magna, realizada sob a batuta
da reitora Ana Dantas, recebeu os calouros do campus e
apresentou à Instituição, seus setores e responsáveis.
Após a fala inicial do professor e doutor em Filosofia Affonso, do Instituto Multidisciplinar, foi dada a palavra a
Por Lucas Lacerda
Aluno do 5º período de Jornalismo
Foto: Lucas Lacerda
Giro Pela
Rural
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Aulas Inaugurais do primeiro
período letivo de 2013
estudante Pâmela Martins do Diretório Central dos Estudantes. Em seguida, falaram Cesar Da Ros e Juliana Arruda, Pró-Reitor e Pró-Reitora Adjunta de Assuntos Estudantis, o Coordenador dos programas de Reestruturação
e Expansão, o professor Valdomiro Lima; a professora
Ligia Machado Pró-Reitoria de Graduação; o diretor do
Instituto Três Rios, professor José Angelo Moreira, e para
encerrar a Reitora Ana Dantas, que lembrou, através de
suas décadas de convívio com a Universidade, que a rural
deixa sua marca nas pessoas que entram pelos seus portões, salas de aula e diversos espaços.
– O sentimento de ser ruralino, essa ruralinidade, eu assumi esse sentimento, essa identidade. Aqui vivi, trabalhei,
criei meus filhos, e hoje sou caloura ao chegar à reitoria,
e ao ser a primeira mulher a ocupar o cargo!” – afirmou
a professora, que também atestou o crescimento, o desenvolvimento e as novas possibilidades para o futuro da
UFRRJ.
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