SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DE GOIÁS SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DA AÇÃO FISCAL COORDENAÇÃO DE INFORMAÇÕES RURAIS A UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO E DO SENSORIAMENTO REMOTO NA SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DE GOIÁS ANDRÉ LUIZ MONTEIRO DA SILVA ENGENHEIRO CARTÓGRAFO AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL 2004 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3 2. OBJETIVOS ................................................................................................... 6 ........................................................................................ 8 3. METODOLOGIA Criação da Central ........................................................................................ Criação de Regionais ............................................................................. Seleção de contribuintes .................................. .......................................... Levantamentos ........................................................................................ Identificação das propriedades e culturas .......................................... Freqüência e melhor época para aquisição das imagens ........... ....... Aplicação .................................................................................................... Registro de imagens e limites ...................................................... Manipulação das imagens ......................................................... ........ Classificação e interpretação das imagens ........................................... Estimativa da Produção Agrícola ...................................................... Ações Fiscais .............................................................................. Criação do SIG (Sistema de Informações Geográficas) ................................. Infra-estrutura existente .............................................................................. Central ......................................................................................... Regionais ......................................................................................... 9 9 13 15 15 16 17 17 17 20 21 22 23 28 28 28 6. CUSTOS DO PROJETO .......................................................................................... 29 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 30 QUADRO 1 – ATRIBUIÇÕES DA CENTRAL E DAS REGIONAIS........... ................... 10 QUADRO 2 – CONTRIBUINTES MONITORADOS POR REGIONAL ....................... 14 QUADRO 3 – DATAS DE AQUISIÇÃO DE CENAS POR REGIONAL ....................... 16 FIGURA 1 – ARQUITETURA DA REDE ...................................................... 11 FIGURA 2 – ABRANGÊNCIA GEOGRÁFICA DAS REGIONAIS ............................... 12 FIGURA 3 – PROPRIEDADES PLOTADAS EM IMAGEM DE DEZEMBRO 2002 ..... 18 FIGURA 4 – PROPRIEDADES PLOTADAS EM IMAGEM DE ABRIL 2003 ................. 19 FIGURA 5 - LIGAÇÃO ENTRE O BANCO DE DADOS DESCRITIVO E O ESPACIAL .............................................................................. 25 FIGURA 5 – PROPRIEDADE NO MUNICÍPIO DE CABECEIRAS IMAGEM................ 26 FIGURA 6 - PROPRIEDADE NO MUNÍCIPIO DE CABECEIRAS TABELA ................ 27 INTRODUÇÃO A Constituição Federal de 1988 e o Código Tributário Nacional, de 1966, que disciplinam o ordenamento tributário brasileiro, definem que “tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. A definição legal marca o estágio atual, no quadro brasileiro, da história da retirada de recursos das pessoas por parte dos governos. O saque e a escravização, métodos primitivos de obtenção de recursos e ferramentas de nossos antepassados, foram substituídos pela tributação, a partir da organização social e da formação do Estado. A princípio sem critério sistêmico, sua instituição atendeu interesses temporais ou permanentes, públicos ou particulares, como, por exemplo, a instituição de imposto para fazer face às despesas com membros da família real, na época do Brasil Colônia. Como parte da história, logo após o descobrimento o pau-brasil foi considerado monopólio real, sendo, assim, o nosso primeiro produto a ser tributado: para a sua extração havia a necessidade de pagamento do chamado quinto do pau-brasil, que correspondia a quinta parte do produto da venda da madeira, configurando o primeiro dos predecessores do atual ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), tributo a cargo dos Estados e motivador principal do presente projeto. A cobertura vegetal do território brasileiro constitui fonte de arrecadação desde então, sempre que objeto de mercancia. A sistematização científica dos elementos de importância e influência na tributação, iniciada na Revolução Francesa, privilegiou, desde então, o enfoque técnico e a análise do cenário econômico e social no estabelecimento das normas jurídicas impositivas e do apoio instrumental à sua consecução. O espetacular avanço tecnológico do século XX alcançou os governos e suas máquinas arrecadadoras: ao Fisco, agente público de atividade vinculada e obrigatória, a quem cabe a tarefa de fazer cumprir a lei tributária, impôs-se a necessidade do domínio da tecnologia para acompanhar a atividade econômica, sob pena de ficar para trás e não acompanhar os agentes econômicos na faina produtiva ... e na insuprimível e universal tendência de sonegar impostos. Assim, dentro do modo capitalista de produção, particularmente na agricultura, as forças produtivas vem investindo pesadamente em tecnologia para melhorar a produtividade - não raro esgotando até o limite os recursos naturais - como também otimizando seus controles internos, equipando-se cada vez mais e algumas vezes utilizando este aparato para burlar o Fisco e, em conseqüência, toda a sociedade. Goiás assistiu, nos últimos 20 (vinte) anos, a um crescimento sem precedentes na utilização de técnicas de manejo da terra e, em conseqüência, ao aumento da produtividade na agricultura. Como exemplo, o uso do pivô central no estado, que em 1983 irrigava pouco menos de 600 hectares na bacia do Paranaíba, aumentou para cerca de 130.000 hectares em 2002 e cobre, com exceção do Sudoeste e da região Norte, praticamente toda a sua superfície (Fonte: CELG/SEFAZ – 1996/2003). Na estrutura interna da SEFAZ-GO, a Superintendência de Gestão da Ação Fiscal - SGAF é o órgão responsável por “supervisionar e controlar operacionalmente as atividades tributário-fiscais desenvolvidas no Estado de Goiás ... programar, coordenar, acompanhar, controlar e avaliar as atividades de fiscalização tributária ... promover e determinar providências visando combater a evasão de receitas e a fraude fiscal” (Regimento Interno da SEFAZ). Preocupada em sistematizar o acompanhamento dessa produção, a SGAF, em 1999, criou um grupo de especialistas em agronomia para monitorar as grandes áreas de plantio, principalmente o irrigado. Iniciados os trabalhos em 2000, o grupo constatou ser impossível, utilizando métodos tradicionais, fiscalizar todo o contigente de produtores agrícolas cadastrado no Estado, além de desnecessário. Então, antes de mais nada, que tipo de produtor, de fato, interessa ao Fisco controlar ? Goiás possui, em julho de 2003, cerca de 115.000 (cento e quinze mil) produtores rurais cadastrados na Fazenda Pública, aí considerados todos os tipos e níveis de produção e renda. Destes, apenas 2.000 (dois mil) representam 90% (noventa porcento) da produção e da arrecadação do ICMS. Diante da escolha entre fiscalizar o conjunto total, cobrindo desde o produtor de subsistência até o grande produtor, ou fiscalizar apenas este que, por suas características, além de constituir os 90% do volume arrecadado, é o que possui recursos (e eventuais interesses) para a utilização de mecanismos de evasão tributária, optou o Fisco goiano por fazer jus ao princípio de que “imposto é, antes de tudo, instrumento de justiça social”. E, em conseqüência, conseguir um método mais eficiente para previsão da safra – e do montante, em dinheiro, a ser arrecadado pelo segmento aos cofres públicos. O aumento vertiginoso da área plantada e da produtividade levou à constatação de que o uso de tecnologias avançadas de monitoramento seria imprescindível para um controle eficiente, que não se dessincronizasse com o real desempenho do segmento. A escolha da tecnologia do Geoprocessamento, com a utilização do Sensoriamento Remoto, que possibilita a observação simultânea de grandes áreas, surgiu como alternativa inovadora e solução para a manutenção da sincronia entre produção e arrecadação. Segundo Câmara e Medeiros (1998), o termo Geoprocessamento denota uma disciplina do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento de informações geográficas. A influência crescente dessa tecnologia em várias áreas (Agricultura, Cartografia, Análise de Recursos Naturais etc), principalmente em regiões de grandes dimensões e com carência de informações adequadas para tomadas de decisão, apresenta um enorme potencial no caso da SEFAZ-GO, fundamentalmente por permitir monitorar um grande número de produtores com um custo relativamente baixo. Ainda segundo os autores, os instrumentos computacionais do Geoprocessamento, chamados de Sistemas de Informações Geográficas (SIGs), permitem a realização de análises complexas ao integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de dados georreferenciados. A utilização de dados orbitais de Sensoriamento Remoto para o levantamento e quantificação da ocupação agrícola de município, microregião ou estado, dentre outros, tem-se tornado freqüente no Brasil nos últimos anos. Neste sentido, vários trabalhos podem ser citados como os de Assad et al. (1988), Rodrigues et al. (1988), Almeida et al. (1990) e Sano et al. (1990). Este tipo de produto fornece informações atualizadas a um custo relativamente baixo (Assad e Sano, 1998). O Sensoriamento Remoto é a tecnologia que permite a aquisição de informações sobre um objeto, a partir de medidas feitas por um sensor que não se encontra em contato físico direto com ele. Visto como um sistema de aquisição de informações, pode ser dividido em dois subsistemas: a) coleta de dados e b) análise de dados (Novo, 1999). São exatamente essas características que nos interessam: a utilização de imagens de satélites na coleta das informações agrícolas e a análise dessas informações com o apoio de um SIG permitem à SEFAZ-GO maior amplitude de ação com menor gasto de recursos humanos e materiais. OBJETIVOS São objetivos do projeto: - Definir, através Geoprocessamento, das um ferramentas SIG (Sistema disponíveis de do Informações Geográficas) para obtenção de informações gerais e específicas sobre produtores rurais inscritos no cadastro de contribuintes do Estado de Goiás, de interesse para a fiscalização e arrecadação de tributos, tais como: inscrição da propriedade, nome do proprietário, área da propriedade, área plantada, tipo de cultura plantada e volume da produção; - Identificar os limites das propriedades mais representativas do Estado na formação do tributo sobre a produção agrícola, com suas respectivas inscrições estaduais, por meio de coordenadas geográficas e através da plotagem destes pontos nas imagens de satélite; - Discriminar as culturas implantadas no terreno nas diversas épocas de plantio e colheita, de acordo com o calendário agrícola de cada região, para numa etapa seguinte poder exigir o tributo devido através do cruzamento de informações da DIR (Declaração de Informações Rurais, documento interno da SEFAZ-GO, por meio do qual os produtores rurais do Estado prestam informações acerca de suas atividades à Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás) com as imagens adquiridas; - Desenvolver o monitoramento agrícola do Estado de Goiás, diferenciando o potencial de desenvolvimento econômico das diversas regiões e suas respectivas aptidões agrícolas, através da distinção dos diferentes níveis e emprego de tecnologias como: maquinário novo e adequado às operações, conservação de solos por terraceamento e irrigação; - Interagir com planejamento, órgãos nacionais estatística, e agricultura locais, ou de pesquisa, controladores e financiadores da safra da região, no sentido de troca de informações (EMBRAPA, UFG, IBGE, SEAGRI, BANCO DO BRASIL etc); - Subsidiar projetos de investimentos do dinheiro público, tanto para regiões com maior capacidade de geração de divisas quanto para regiões em processo de desenvolvimento e totalmente carentes de infra-estrutura para escoamento da produção, colaborando, assim, para o aumento da arrecadação dos tributos estaduais e para o desenvolvimento econômico das regiões menos favorecidas e com grande potencial agrícola ainda inexplorado. METODOLOGIA A operacionalização do monitoramento agrícola para fins de controle tributário em Goiás se dá pelo acompanhamento da ocupação agrícola em nível de propriedade, contribuinte do ICMS, pela quantificação e classificação das áreas plantadas e tipo da cultura nessas propriedades, além da perspectiva da estimativa de produtividade das culturas. Citados por Assad e Sano (1998), os trabalhos de Moreira (1990), que estimou as áreas plantadas para milho e soja no Distrito Federal, utilizando imagens LANDSAT/TM, Rudorff (1985), que desenvolveu um ensaio metodológico para estimar a produtividade da cana-de-açúcar a partir de imagens LANDSAT no Município de Lençóis Paulista (SP), e Assad (1987), que, combinando modelos agroclimáticos e imagens de satélites meteorológicos METEOSAT e NOAA, estimou a produtividade do milho em toda a região Centro-Norte do Senegal, permitem afirmar que a atualização tecnológica e a compatibilização dos métodos então desenvolvidos atendam os objetivos propostos pela SEFAZ-GO. Nesse sentido, a extensão territorial estabelecida como objeto de controle (determinadas regiões de Goiás, com o acompanhamento de apenas alguns produtores) em conjunto com a associação das interpretações das imagens de satélite a um sistema de informações geográficas (SIG), permitem o acompanhamento visual e quantitativo da evolução das áreas controladas. Um dos efeitos secundários do monitoramento é a possibilidade de descobrir outras áreas cultivadas, não controladas inicialmente, que possam atrair o interesse da ação fiscal. A viabilização do projeto apoia-se em uma estrutura com arquitetura mista: a descentralização das tarefas de campo, como levantamentos de limites das propriedades, identificação in situ de culturas, cálculo de áreas, de produtividade e a própria ação fiscalizadora são realizadas por Regionais localizadas no interior do Estado, em áreas de grande concentração da produção agrícola. Já a aquisição e registro de imagens, criação e manutenção dos banco de dados e de imagens, plotagem das propriedades, previsão de safras e outras tarefas de caráter gerencial e com abrangência territorial estadual, são realizadas por uma Central, localizada em Goiânia. O Quadro 1 mostra as atribuições da Central e das Regionais e a Figura 1 mostra a arquitetura da rede. I) Central A aquisição e registro de imagens, digitalização dos limites das propriedades, criação e manutenção dos banco de dados e de imagens, previsão de safras e outras tarefas de caráter gerencial e com abrangência territorial estadual, são realizadas por uma Central, localizada em Goiânia. II) Regionais A produção agrícola no Estado de Goiás tem as fronteiras bem definidas, com sua localização geográfica concentrada em 10 (dez) regiões de plantio, de sequeiro ou irrigado, caracterizadas pela alta densidade de determinadas culturas: soja, milho, sorgo, arroz e algodão, no caso de sequeiro, e feijão, tomate, batata, cevada, trigo e algodão, no caso das irrigadas. O interesse precípuo da SEFAZ para o monitoramento agrícola se aplica às culturas de grãos, em primeiro lugar, e secundariamente, àquelas que apresentam alto índice de sonegação fiscal. Exclui-se, nesse primeiro momento, o monitoramento de pastagens. Assim, as 10 (dez) regionais para o monitoramento agrícola por Sensoriamento Remoto são Catalão, Formosa, Goiás, Goianésia, Goiânia, Itumbiara, Luziânia e Morrinhos, todas com grande concentração de culturas irrigadas, e Jataí e Rio Verde, com grandes áreas de culturas de sequeiro. Uma vantagem operacional considerável é a possibilidade da Regional poder atender solicitações específicas da Central e, inversamente, solicitar informações à Central. A Figura 2 apresenta a abrangência geográfica das regionais. QUADRO 1 – ATRIBUIÇÕES DA CENTRAL E DAS REGIONAIS TAREFA EXECUTOR CENTRAL REGIONAL AQUISIÇÃO E REGISTRO DE IMAGENS DIGITALIZAÇÃO DOS LIMITES DAS PROPRIEDADES CRIAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS BANCOS DE DADOS ALIMENTAÇÃO DAS REGIONAIS COM DADOS ATUALIZADOS X PREVISÃO DE SAFRA X AÇÕES GERENCIAIS X LEVANTAMENTO DOS LIMITES DAS PROPRIEDADES X X IDENTIFICAÇÃO DAS CULTURAS X X CALCULO DE ÁREAS X X AÇÃO FISCAL X X X X FIGURA 1 – ARQUITETURA DA REDE R E G IO N A L A CENTRAL B D IM A G E N S R E G IO N A L B R E G IO N A L n FIGURA 2 – ABRANGÊNCIA GEOGRÁFICA DAS REGIONAIS Base digitalizada do IBGE – Escala 1:250.000 T O C Evelan Soares Tataíra O S. Miguel do Araguaia 800 A N T I km N S Airan Pinheiro São Matheus Novo Planalto Pouso Alto Porangatu Água Quente R Posse G B Uruaçu Itacaiu Planaltina O Rio do Sal Formosa São Gabriel BR-20 Mauro Nunes Goiás Aragarças km Farias 320 km P.F. Br070 Aragarças S DF 68 km P.F. Br040 Eng. Lages Baliza 41 km I T Registro do Araguaia 0 49 Souza Lima Luziânia Naldo Neves Ponte Branca Firminópolis A Anápolis Iporá 480 km A Inhumas Ponte Nova Goiânia Cristalina R M CRISTALINA Ap. de Goiânia Botelho Sta. Rita do Araguaia Pires do Rio 341 km E Ivapé São Marcos Rio Verde Morrinhos G Jataí Cabeceira Alta Catalão T O Itumbiara João Pinheiro J.K. Campo Bom GR Cachoeira Dourada Chapadão do Céu OS Gouveinha Aporé S São Simão Cassilândia São Simão São João DO Lagoa Santa Quirino Machado S U L Guilhermão M Cana Brava Afonso Pena Furnas 195 km I Benedito Valadares 31 3 Elo km Vaca Brava M A A H O Cocalinho I S km S O. P. Abreu N A S III) Seleção de contribuintes Dentre os 115.000 (cento e quinze mil) produtores agropecuários cadastrados na Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás, cerca de 2.000 (dois mil) respondem por 90% (noventa porcento) da produção e arrecadação no segmento (Fonte: Sistema SARE/DEAR ano 2001 – SEFAZ-GO). O primeiro critério de seleção para estes contribuintes é o de ter a média de arrecadação mensal dos últimos 12 (doze) meses incluída entre 90% (noventa por cento) da média da arrecadação total do segmento no Estado, excluídos os produtores não agrícolas (pecuaristas e outros). O segundo critério é o da escolha de alguns contribuintes poder ser feita pelo Delegado Regional Fiscal onde se localiza a sede da Regional do Geoprocessamento, atendendo interesses específicos do Estado. Um exemplo para a aplicação desse tipo de critério seria incluir, entre os contribuintes monitorados, aquele(s) que apresente(m) um histórico de problemas de evasão fiscal. Estuda-se um terceiro critério, não considerado neste projeto, que seria incluir todos aqueles que possuírem mais de 1.000 (hum) mil hectares de área agricultável, em uso ou não. Isto serviria para a determinação de áreas ociosas, do ponto de vista produtivo, no Estado. O Quadro 2 mostra a distribuição, por Regionais, do quantitativo de contribuintes que estão sendo monitorados, segundo o primeiro critério e dentro de um cronograma anual de inclusão no sistema. QUADRO 2 – QUANTITATIVO DE CONTRIBUINTES MONITORADOS REGIONAL CONTRIBUINTES 2001 CATALÃO FORMOSA GOIÁS GOIANÉSIA GOIÂNIA ITUMBIARA LUZIÂNIA MORRINHOS JATAÍ RIO VERDE TOTAL 40 0 0 0 20 0 30 40 20 0 150 2002 80 20 20 20 50 10 40 90 60 30 420 2003 120 40 40 30 100 40 60 200 120 100 880 2004 200 60 80 80 130 80 100 250 200 200 1380 2005 250 100 150 150 150 150 150 300 200 200 1800 IV) Levantamentos Duas foram as definições necessárias para os levantamentos: a primeira, escolher o método para identificação das propriedades e respectivas culturas; e, a segunda, definir, em função do calendário agrícola, a freqüência da coleta das imagens de satélite e a época de cada uma, em cada Regional. 1º) Identificação das propriedades e culturas O primeiro problema que se apresentou foi: levantar os limites das propriedades ou apenas dos talhões nelas existentes ? A discussão, na verdade, representava uma divisão de princípios para o trabalho do Fisco – controlar o contribuinte ou a safra ? Pesou a favor da decisão de levantar os limites e não apenas os talhões o fato de que, controlando o contribuinte, foi possível controlar a safra (e o inverso não é necessariamente verdadeiro) e ainda identificar, na propriedade, áreas ociosas com potencial produtivo, o que poderia gerar novos produtos para outros órgãos do Estado. Outro fator de grande importância na decisão foi o de que os levantamentos por limites são feitos, em geral, apenas uma vez – já que raramente as propriedades mudam de produtor -, enquanto os levantamentos por talhões poderiam se repetir com mais freqüência, em função da dinâmica da produção agrícola. O segundo problema foi o de como fazer o levantamento dos limites. Considerando que o produto final desejado é o de ter os limites das propriedades “plotados” sobre imagens de satélites, numa escala média de 1/50.000, onde um eventual erro de locação pode ser facilmente detectado e corrigido pelo cruzamento do levantamento de campo com a leitura e interpretação da imagem, a precisão necessária requerida pode trabalhar com margens de erro de até 20 metros – ou mesmo maiores. Optou-se então pelos levantamentos por navegadores manuais, do tipo GPS, em função de sua praticidade e baixo custo. Uma equipe da Delegacia Regional percorre os limites da propriedade selecionada com o GPS ligado, registrando suas coordenadas e posteriormente as repassa para a Central, em Goiânia, que registra a nova propriedade no sistema. Outra maneira de se identificar a propriedade é o próprio contribuinte assinalar, em imagem de satélite impressa ou na tela do computador da Regional, os limites de sua propriedade, após o que a equipe da Delegacia Regional repassa os limites identificados para a Central, que também a registra no sistema. 2º) Freqüência e melhor época para aquisição das imagens de satélite Foi estabelecida uma tabela de datas para a coleta das imagens de satélite, também baseada no zoneamento agrícola do Estado de Goiás (Banco de Dados Georreferenciado de Recursos Naturais do Cerrado, Assad et al, 2000), levando em consideração os tipos de plantio e culturas predominantes na Regional. A tabela está no Quadro 3. Atualmente, com o custo relativamente baixo dos satélites LANDSAT, a possibilidade de se conseguir cenas com boa qualidade e baixa cobertura de nuvens aumentou consideravelmente. Assim, a SEFAZ-GO optou pela aquisição de imagens digitais destes satélites, georreferenciadas, com as bandas 1, 2, 3, 4, 5, 7 e PAN, não descartando, porém, a hipótese de trabalhar com outros produtos, como as imagens dos satélites SPOT e CBERS, caso, em determinada situação, não existam imagens do LANDSAT disponíveis. QUADRO 3 – DATAS PARA AQUISIÇÃO DE IMAGENS REGIONAL CATALÃO FORMOSA GOIANÉSIA GOIÂNIA GOIÁS ITUMBIARA JATAÍ LUZIÂNIA MORRINHOS RIO VERDE AQUISIÇÃO 1ª CENA AQUISIÇÃO 2ª CENA AQUISIÇÃO 3ª CENA 01-15 JANEIRO 01-15 JANEIRO - 01-15 AGOSTO 01-15 AGOSTO 01-15 JANEIRO 01-15 JANEIRO 01-15 JANEIRO 01-15 JANEIRO 15-30 DEZEMBRO 01-15 JANEIRO 01-15 JANEIRO 15-30 DEZEMBRO 01-15 ABRIL 01-15 ABRIL 15-30 ABRIL 01-15 ABRIL 01-15 AGOSTO 20 AGO – 10 SET 01-15 AGOSTO 01-15 AGOSTO 20 AGO – 10 SET 01-15 AGOSTO 01-15 AGOSTO V) Aplicação 1º) Registro de imagens e limites Levantados os limites das propriedades e adquiridas as imagens, o trabalho da Central é o de registrar, em programa de computador específico, tais limites e imagens. A opção da SEFAZ-GO foi por utilizar o programa SPRING, desenvolvido pelo INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, por dois motivos básicos: 1º, é de uso livre, isto é, gratuito, e, 2º, é tecnologia brasileira. A principal vantagem deste último é que o pessoal do desenvolvimento e suporte diretamente envolvido na fabricação do produto está no Brasil e, portanto, acessível, rapidamente e a qualquer momento, para sanar dúvidas e/ou sugerir formas de atuação. A operação de registro dos limites se dá apenas uma vez, na implantação dos limites no SPRING. O registro das imagens é sempre feito quando da aquisição de novas cenas para as áreas monitoradas. 2º) Manipulação das imagens A partir do momento em que limites e imagens estejam registrados e sobrepostos, é executada a etapa principal do trabalho, que é a identificação de culturas e a medição das áreas. Novo (1989) e Rosa (1992) indicam as aplicações de uso das bandas do LANDSAT. Assim, a utilização das melhores bandas para cada projeto deverá atender seus propósitos específicos. Como exemplo de produto final dessa etapa, a Figura 3 mostra propriedades com os limites plotados sobre uma imagem B5R7GPAN. FIGURA 3 – PROPRIEDADES NO MUNICÍPIO DE CHAPADÃO DO CÉU (REGIONAL DE JATAÍ) PLOTADAS EM IMAGEM DE DEZEMBRO/2002 – 1ª SAFRA FIGURA 4 – PROPRIEDADES NO MUNICÍPIO DE CHAPADÃO DO CÉU (REGIONAL DE JATAÍ) PLOTADAS EM IMAGEM DE ABRIL/2003 – 2ª SAFRA 3º) Classificação e interpretação das imagens A interpretação das imagens, a partir da utilização das técnicas de segmentação e de classificação - disponíveis no programa SPRING – conta com o apoio da presença permanente do pessoal das Regionais no campo, o que traz segurança ao projeto proposto e pretende evitar ou sanar eventuais dificuldades na sua consecução. A cada safra, levantamentos de amostras das culturas plantadas na Regional são efetuados, identificando-se talhões, por amostragem, que são repassados para a Central. Atualmente são levantadas cerca de 3 (três) amostras por cultura, para cada Regional. Classificação, em sensoriamento remoto, significa a associação de pontos de uma imagem a uma classe ou grupo, por exemplo, água, cultura, área urbana, reflorestamento, cerrado etc. ou, ainda, o processo de reconhecimento de classes ou grupos cujos membros exibem características comuns (Rosa e Brito, 1996). A classificação de imagens consiste no estabelecimento de um processo de decisão no qual um grupo de pixels é definido como pertencente a uma determinada classe. Neste sentido, os sistemas computacionais auxiliam o usuário na interpretação das imagens orbitais (Venturieri e Santos, 1998). Assim, a partir das amostras levantadas, o sistema identifica as culturas associadas em toda a Regional. Áreas não estudadas em princípio, que surjam nas imagens e que sejam atraentes para a ação fiscal, tem o reconhecimento de campo e a troca de informações entre as Regionais e a Central para possibilitar nova seleção de áreas de treinamento. Divergências na interpretação de dados referentes às culturas, causadas por similaridades na resposta espectral, são sanadas com o apoio de campo das Regionais, que possuem pessoal treinado e com mobilidade para deslocamentos rápidos até as áreas objeto de dúvidas. Sano et al (1998) afirmam que três tipos de erros devem ser considerados nos resultados apresentados: 1) na avaliação absoluta da área plantada em decorrência da existência de nuvens na data da aquisição da imagem; 2) na determinação correta do limite municipal, causado pela ampliação da escala de 1:250.000 para 1:100.000; e 3) na interpretação de áreas cultivadas inferiores a 10 hectares, em função da escala de trabalho escolhida. As hipóteses 2 e 3 não constituirão problema para o Fisco, na medida em que, a) a alta precisão dos limites municipais não é necessária para os objetivos primários propostos – fiscalizar o contribuinte, cuja unidade básica são os limites da propriedade, e prever a safra regional, que não considera o município como unidade básica e, b) não existem produtores, entre os cerca de 2.000 (dois mil) monitorados, com áreas inferiores à 10 (dez) hectares. Quanto à hipótese 1), quando não há absolutamente maneira de se identificar a cultura em função ocorrência de cobertura de nuvens na imagem, optamos por deixar a área em questão ser levantada pelos métodos tradicionais (ida a campo e identificação visual da cultura). 4º ) Estimativa da Produção Agrícola Informações confiáveis sobre os tipos de culturas instaladas, áreas plantadas e a distribuição espacial dentro de uma determinada região podem ser obtidas através de métodos convencionais, utilizando-se questionários aplicados diretamente aos produtores ou através da utilização de Sensoriamento Remoto (Sano et al, 1998). Ainda, dentre as aplicações mais ambiciosas do Sensoriamento Remoto no campo da agricultura, está a previsão de safra. Pelo menos dois tipos de dados podem ser fornecidos por ele: 1- o tipo de cultura; 2- a área ocupada pela cultura (Novo, 1998). Através da associação das informações fornecidas pela imagens de satélites (identificação da cultura e área plantada) com a produtividade esperada fornecida pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE), cujos dados são obtidos via representantes de entidades relacionadas à produção agrícola, obtemos a produção esperada por unidade de cultivo e por contribuinte. O cálculo de estimativa de produção em questão leva em consideração tão somente os fatores época de plantio (recomendada por calendário agrícola fornecido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA e instituída por portarias do Ministério da Agricultura), área plantada e a produtividade média da região. Fatores outros como tipo de solo, tratos culturais, ocorrências de pragas e doenças, déficit hídrico, etc,...que poderão proporcionar produtividade diferente da esperada, são objeto de análise e consideração por parte da SEFAZ-GO, através de fiscais de cada regional. A definição da produção para efeito de tributação nos casos de unidades produtivas cuja produtividade possa divergir da esperada, é precedida de levantamento in loco durante o ciclo da cultura e de parecer técnico de órgãos oficiais ligados à agricultura. 5º) Ações Fiscais A identificação do(s) contribuinte(s), do tipo de cultura por ele plantado e da área de plantio, traz mecanismos abrangentes e ágeis de acompanhamento fiscal, permitindo às Regionais estabelecer o planejamento de operações de fiscalização preventiva e mesmo a execução de ações fiscais corretivas com maior rapidez e acuidade. A capitulação legal para as ações fiscais apoiadas no uso da tecnologia do Geoprocessamento é a mesma que das outras ações fiscais cotidianamente aplicadas no trabalho do Fisco: o Geoprocessamento é somente uma ferramenta de acompanhamento do comportamento fiscal e produtivo dos contribuintes, tal como os tradicionais sistemas informatizados em uso. As ações fiscais dele decorrentes, portanto, se enquadram nas duas diferentes modalidades de fiscalização do ICMS, trânsito e empresas, e são executadas dentro dos recursos legais hoje existentes. Cumpridos os procedimentos anteriores à ação fiscal propriamente dita (levantamento dos limites das propriedades, identificação das culturas, cálculo da área e cálculo da produtividade, conforme o Quadro 1 – Atribuições da Central e das Regionais - METODOLOGIA, pág. 10), dentre as situações mais comuns de irregularidade fiscal que são detectadas a partir do monitoramento agrícola feito com o apoio do Geoprocessamento, destacamos as de mercadoria em geral sem a respectiva nota fiscal e irregularidades na auditoria básica do ICMS, envolvendo avaliação de estoques, valor adicionado, específica de mercadorias e de cereais. Cumpre destacar que desde a implantação do sistema, em 2001, não houve autuação fiscal oriunda de divergências entre a área plantada/produção e a apresentação de documentos fiscais da safra colhida - o que se observa é um aumento significativo na emissão destes documentos e, em conseqüência, da arrecadação do tributo devido, pelo aumento da percepção de risco por parte do contribuinte, ao ser notificado de que sua produção está sendo acompanhada por imagens de satélite. Como exemplo dessa situação, cabe citar a Delegacia Regional de Luziânia, onde a arrecadação do segmento agrícola aumentou de cerca de R$ 150.000,00 mensais para cerca de R$ 450.000,00 mensais após a implantação do sistema (Fonte: Sistema SARE/SEFAZ – 2002), sem que tenha sido necessário lavrar nenhum auto de infração. VI) Criação do SIG (Sistema de Informações Geográficas) Um banco de dados tradicional é um conjunto de arquivos de dados estruturados para facilitar o gerenciamento de informações de determinadas entidades, como, por exemplo, o banco de dados dos funcionários de uma firma (Medeiros e Pires, 1998). No projeto da SEFAZ-GO, a possibilidade de efetuar consultas aos dados de um determinado contribuinte, conjunto de contribuintes, região, culturas, conjunto de culturas, e seus respectivos cruzamentos, leva à necessidade de se utilizar a referência espacial, através da análise das imagens de satélites associadas ao banco de dados. Aqui entram as diferenças entre um banco de dados geográfico e um convencional, que se estendem além dos tipos de dados armazenados, isto é, aos tipos de operação que podem ser realizadas. Por exemplo, pode-se consultar um banco de dados tradicional para saber o “endereço do funcionário x”; já um banco de dados geográficos pode aceitar consultas do tipo “qual a distância entre as casas dos funcionários x e y” porque comporta referenciais de localização (Medeiros e Pires, 1998). Então, o projeto trabalha com um SIG (Sistema de Informações Geográficas). O que é um SIG ? Há inúmeras definições para SIG, cada uma baseada no tipo de usuário e no domínio da aplicação (Maguire et al., 1991). A comunidade técnica que trabalha com banco de dados define SIG como um banco de dados não convencional que suporta o gerenciamento de dados espaciais. Na visão dos engenheiros de software, SIG é um conjunto de ferramentas e algoritmos usado para manipular dados geográficos (Medeiros e Pires, 1998). As operações de consulta e manipulação de dados geográficos constituem a essência de um SIG. O que distingue um SIG de outros tipos de sistemas de informação são aquelas funções que possibilitam a realização de análises espaciais (geográficas). Tais funções utilizam os atributos espaciais e não espaciais das entidades gráficas armazenadas na base de dados espaciais, buscando fazer simulações (modelos) sobre os fenômenos do mundo real, seus aspectos ou parâmetros. O aspecto mais fundamental dos dados tratados em um SIG é a natureza dual da informação: um dado geográfico possui uma localização geográfica (expressa como coordenadas em um mapa) e atributos descritivos (que podem ser representados num banco de dados convencional). Outro aspecto muito importante é que os dados geográficos não existem sozinhos no espaço: tão importante quanto localizá-los é descobrir e representar as relações entre os diversos dados (SPRING, Análise Geográfica, INPE 2000). Aqui entra, mais uma vez, o uso do SPRING na SEFAZ-GO. O SPRING foi concebido como um banco de dados geográfico e projetado para operar em conjunto com um sistema gerenciador de bancos de dados (SGBD). O banco de dados geográfico é o repositório de dados de um SIG, armazenando e recuperando dados geográficos em diferentes geometrias (imagens, vetores, grades) e as informações descritivas (atributos não-espaciais) armazenadas em tabelas. Assim, alguns exemplos dos processos de análise espacial típicos do SIG da SEFAZ-GO estão apresentados na tabela a seguir. EXEMPLOS DE ANÁLISES ESPACIAIS POSSÍVEIS Análise Condição Localização Tendência Roteamento Padrões Modelos Pergunta Geral Exemplo O que está...? Qual a cultura plantada nesta propriedade? Quais as áreas com produtividade acima de x% ? Onde está...? O que mudou...? O que estava plantado nas últimas 3 safras ? Por onde ir.. ? Qual o melhor caminho para chegar na propriedade ? Qual é a produtividade média da cultura x na região y? Qual o padrão....? O que acontece se...? Qual o impacto de uma quebra de safra na região y ? O SPRING utiliza uma forma de ligação entre o SIG e o sistema gerenciador de banco de dados relacional no qual os componentes espacial e descritivo do objeto geográfico são armazenados separadamente (Figura 4). Os atributos convencionais são guardados no banco de dados (na forma de tabelas) e os dados espaciais são tratados pelo sistema dedicado, com a conexão feita por meio de identificadores de objetos. Para recuperar um objeto, os dois subsistemas são pesquisados e a resposta é a composição dos resultados das pesquisas. Nas Figura 5 e 6, temos um exemplo real de aplicação do SIG, associando a imagem de satélite de uma safra com uma propriedade registrada na tabela do banco de dados. FIGURA 4 - LIGAÇÃO ENTRE O BANCO DE DADOS DESCRITIVO E O ESPACIAL – PROPRIEDADE EXEMPLO Base digitalizada do IBGE – Escala 1:250.000 GEO ID INSC.EST. 1 ENDEREÇO PROPRIETÁRIO CULTURA ÁREA (ha) PROD.(ton) 11001001-1 GO-341 KM 59 José L. M. Silva Milho 120 840 FIGURA 5 – PROPRIEDADE NO MUNICÍPIO DE CABECEIRAS (REGIONAL DE FORMOSA) PLOTADA EM IMAGEM DE ABRIL/2003 – 2ª SAFRA FIGURA 6 – PROPRIEDADE NO MUNICÍPIO DE CABECEIRAS (REGIONAL DE FORMOSA) REGISTRO NA TABELA DO BANCO DE DADOS SOBRE IMAGEM DE ABRIL DE 2003 – 2ª SAFRA A modernização dos meios de produção e do respectivo controle sobre eles exige um permanente acompanhamento do “estado da arte” no desenvolvimento de programas e na manutenção dos existentes (“software”), com a necessária atualização dos meios físicos disponíveis (“hardware”). Os componentes espaciais e descritivos do banco de dados em uso, portanto, estão sempre sujeitos a alterações e adaptações que surjam como necessárias para o trabalho fiscal. A sua estrutura, simples, se propõe a facilitar estas ações eventuais, sempre que necessárias. VII) Infra-estrutura existente 1º) Central Equipamentos - 01 (um) computador com 866 Mhz de clock, 512 Mb de RAM, unidade de CD-ROM, unidade gravadora de CD-ROM, unidade de disquete, 80 Gb de disco rígido e monitor colorido de 21”; - 02 (dois) computadores com 866 Mhz de clock, 512 Mb de RAM, unidade de CD-ROM, unidade de disquete, 80 Gb de disco rígido e monitor colorido de 17”; - 01 (uma) impressora jato de tinta colorida, formato até A2; - 01 (um) scanner formato até A3; - 01 (uma) mesa digitalizadora formato A0; - 01 (um) aparelho manual de navegação (GPS); Mão de obra - 01 (um) Especialista em Geoprocessamento; - 02 (dois) Estagiários de Sensoriamento Remoto. 2º) Regionais Equipamentos - 10 (dez) computadores com 800 Mhz de clock, 256 Mb de RAM, unidade de CD-ROM, unidade de disquete, 20 Gb de disco rígido e monitor colorido de 17”; - 10 (dez) aparelhos manuais de navegação (GPS); - 10 (dez) viaturas (não dedicadas). Mão de obra - 10 (dez) Agentes de Fiscalização com treinamento em GPS e SPRING. CUSTO DO PROJETO O custo de implantação do projeto foi calculado com base nas despesas efetuada até Janeiro de 2002, entendendo-se esses custos como exclusivos desse processo de implantação. ATIVIDADES DE IMPLANTAÇÃO – CUSTO TOTAL 1. AQUISIÇÃO EQUIPAMENTOS 2. INSTALACÃO DA CENTRAL CUSTO R$ 45.000,00 3.000,00 3. INSTALAÇÃO DAS REGIONAIS 10.000,00 TOTAL 58.000,00 O custo operacional anual do projeto está calculado com base nas despesas efetuadas em valores atuais (outubro de 2003) e envolve todos os itens necessários à sua consecução, como mão de obra envolvida para cada tarefa, diárias, combustíveis, material de manutenção e escritório etc. ATIVIDADES OPERACIONAIS – CUSTO ANUAL CUSTO R$ 1. LEVANTAMENTO DE CAMPO (LIMITES E CULTURAS) 12.000,00 2. AQUISICÃO DE IMAGENS 45.000,00 3. REGISTRO DE LIMITES E IMAGENS 6.000,00 4. ATUALIZAÇÃO DO BANCO DE DADOS 6.000,00 5. ACOMPANHAMENTO DO PLANTIO 6.000,00 6. ACOMPANHAMENTO COLHEITA E ARMAZENAGEM 6.000,00 TOTAL 81.000,00 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMED, F.J.; NEGREIROS, P.J.L.C. História dos Tributos no Brasil. São Paulo: SINAFRESP. 2000 AMARAL, H.C. A evolução do Imposto sobre Consumo de competência estadual no Sistema Tributário Brasileiro. Goiânia: EBAP/FGV. 2000. Monografia Especialização ASSAD et al. (1988); RODRIGUES et al. (1988); ALMEIDA et al. (1990); SANO et al. (1990) in: ASSAD, E.D; SANO, EE. Monitoramento da Ocupação Agrícola. Sistema de Informações Geográficas. Aplicações na Agricultura. Brasília: EMBRAPA/CPAC. 1998. 434p. cap. 10, p. 180 ASSAD et al. Banco de Dados Georreferenciado de Recursos Naturais do Cerrado. Brasília: EMBRAPA/CPAC. 2000. ASSAD, E.D.; SANO, E.E. Sistema de Informações Geográficas. Aplicações na Agricultura. Brasília: EMBRAPA/CPAC. 1998. 434p. CÂMARA, G; MEDEIROS, J.S. Geoprocessamento para Projetos Ambientais. São José dos Campos: INPE, 1996. DUTRA, L.V.; SOUZA, R.C.M.; MITSUO, F.A; MOREIRA, J.C. 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