xi semana acadêmica do curso de graduação em enfermagem x

Propaganda
XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À
SAÚDE DA CRIANÇA
ANAIS
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e
das Missões
Reitor
Luiz Mario Silveira Spinelli
Pró-Reitora de Ensino
Rosane Vontobel Rodrigues
Pró-Reitor de Pesquisa, Extensão
e Pós-Graduação
Giovani Palma Bastos
Pró-Reitor de Administração
Clóvis Quadros Hempel
Câmpus de Frederico Westphalen
Diretor Geral
César Luís Pinheiro
Diretora Acadêmica
Silvia Regina Canan
Diretor Administrativo
Nestor Henrique De Cesaro
Câmpus de Erechim
Diretor Geral
Paulo José Sponchiado
Diretora Acadêmica
Elisabete Maria Zanin
Diretor Administrativo
Paulo Roberto Giollo
Câmpus de Santo Ângelo
Diretor Geral
Maurílio Miguel Tiecker
Diretora Acadêmica
Neusa Maria John Scheid
Diretor Administrativo
Gilberto Pacheco
Câmpus de Santiago
Diretor Geral
Francisco de Assis Górski
Diretora Acadêmica
Michele Noal Beltrão
Diretor Administrativo
Jorge Padilha Santos
Câmpus de São Luiz Gonzaga
Diretora Geral
Sonia Regina Bressan Vieira
Câmpus de Cerro Largo
Diretor Geral
Edson Bolzan
XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO
DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS
CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À
SAÚDE DA CRIANÇA
05 a 07 AGOSTO 2013
FREDERICO WESTPHALEN - RS
ORGANIZAÇÃO DO EVENTO
Universidade Regional integrada do Alto
Uruguai e das Missões – Câmpus de
Frederico Westphalen
Departamento de Ciências da Saúde
Curso de Graduação em Enfermagem
COMISSÃO ORGANIZADORA
Adriana Rotoli
Carla Argenta
Jaqueline Marafon Pinheiro
Laura Helena Gerber Franciscatto
COMISSÃO CIENTÍFICA
Carla Argenta
Jaqueline Marafon Pinheiro
UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES
CÂMPUS DE FREDERICO WESTPHALEN
DEPARTAMENTO CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA
CRIANÇA
ANAIS
Organizadoras
Carla Argenta
Jaqueline Marafon Pinheiro
FREDERICO WESTPHALEN - RS
2013
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0
Não Adaptada. Para ver uma cópia desta licença, visite http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/.
Organização: Carla Argenta e Jaqueline Marafon Pinheiro
Revisão metodológica: Tani Gobbi dos Reis
Diagramação: Tani Gobbi dos Reis
Editoração: Denise Almeida Silva
Capa/Arte: Taiane Boligon
Revisão Linguística: Wilson Cadoná
O conteúdo de cada resumo bem como sua redação formal são de responsabilidade exclusiva dos (as)
autores (as).
Catalogação na Fonte elaborada pela
Biblioteca Central URI/FW
S47a
Semana acadêmica do curso de Graduação em Enfermagem (11.: 2013 : Frederico
Westphalen, RS)
Anais [recurso eletrônico] [da] XI Semana acadêmica do curso de Graduação em
Enfermagem : a enfermagem no cuidado à saúde da criança, X Mostra de trabalhos
científicos, Departamento Ciências da Saúde, Curso de Graduação em Enfermagem /
Organizadoras: Carla Argenta, Jaqueline Marafon Pinheiro. – Frederico Westphalen, RS
: URI – Frederico Westph, 2013. 71 p.
ISBN 978-85-7796-110-8
Disponível em:
< http://www.fw.uri.br/site/editora/publicacoes.php?cod_cat=3>
1.
Título.
Enfermagem. 2. Saúde. I. Argenta, Carla. II. Pinheiro, Jaqueline Marafon. III.
CDU616-083(063)
URI - Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões
Prédio 8, Sala 108
Campus de Frederico Westphalen
Rua Assis Brasil, 709 - CEP 98400-000
Tel.: 55 3744 9223 - Fax: 55 3744-9265
E-mail: [email protected], [email protected]
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO..................................................................................................................... 8
Carla Argenta
RESUMOS EXPANDIDOS ...................................................................................................... 9
A FEMINILIZAÇÃO DA VELHICE E A DIFERENÇA ENTRE OS SEXOS NA
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS MAIS IDOSOS ..................... 10
Ana Carolina Fabris Laber, Francieli Cristina Sponchiado, Suzana Leitão Russo, Ikaro Daniel
Barreto, Carla Argenta.
TABAGISMO: A IMPORTÂNCIA DA SENSIBILIZAÇÃO NA ESCOLA ................... 14
Daniane da Silva Krabbe, Marcia Casaril dos Santos Cargnin.
A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO EXTRACURRICULAR NA FORMAÇÃO
ACADÊMICA EM ENFERMAGEM ................................................................................... 18
Diana Gnoatto, Simone Perlin, Jaqueline Marafon Pinheiro, Carla Argenta.
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE: INSTRUMENTO DE GESTÃO DO SISTEMA
ÚNICO DE SAÚDE ................................................................................................................ 22
Greici Kelli Tolotti, Caroline Rossetto, Sinara Rapachi Rossato, Cláudia Eduarda Andriolli,
Marinês Aires, Caroline Ottobelli
ESTÁGIO EXTRACURRICULAR EM UMA CLÍNICA DE HEMODIÁLISE: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA .............................................................................................. 26
Karine Simone dos Santos, Ana Carolina Fabris Laber, Jaqueline Marafon Pinheiro, Carla
Argenta.
PREVENÇÃO À HIPERTENSÃO ARTERIAL COM TRABALHADORES NUMA
EMPRESA FRIGORÍFICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ........................................... 29
Djulia Rosa da Silva, Lucas Alexandre, Marcia Casaril dos Santos Cargnin, Marines Aires.
ELABORAÇÃO DE PROTOCOLO ORGANIZACIONAL PARA CENTRAL DE
MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIENCIA ........................ 33
Odilara Centenaro, Ana Carolina Fabris Laber, Carla Argenta.
ELABORAÇÃO DE PROTOCOLOS DE ASSISTÊNCIA ............................................... 36
Odilara Centenaro, Tatiane Salete Soder, Karine Simoni dos Santos, Tatiane Franco, Juliane
Soares, Carla Argenta.
DEPRESSÃO
GERIÁTRICA:
UM
DESAFIO
PARA
ENFERMAGEM
NA
SOCIEDADE MODERNA .................................................................................................... 40
Sinara Rapachi Rossato, Karine Beatriz Ziegler, Carla Argenta.
CREDIBILIDADE
E
EFEITOS
DA
MÚSICA
COMO
MODALIDADE
TERAPÊUTICA EM SAÚDE: RESENHA CRÍTICA ....................................................... 44
Tatiane Salete Soder, Odilara Centenaro, Karine Simone dos Santos, Tatiane Franco, Juliane
Soares, Caroline Ottobelli.
SINDROME
DE
BURNOUT
EM
PROFISSIONAIS
DA
SAÚDE
E
SUA
CORRELAÇÃO COM A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA.................................... 48
Tatiane Salete Soder, Odilara Centenaro, Karine Simone dos Santos, Tatiane Franco, Juliane
Soares, Caroline Ottobelli.
RESUMOS SIMPLES ............................................................................................................. 54
A ORGANIZAÇÃO DO VER-SUS ENQUANTO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE
PROTAGONISTAS SOCIAIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA ....................................... 55
Ana Carolina Fabris Laber, Caroline Rossetto, Greici Kelli Tolotti, Edinara Ragagnin, Carla
Argenta.
ENFERMAGEM: A ARTE DO CUIDAR ........................................................................... 57
Ana Luisa Ramayer Palinski, Larissa Berghetti, Adriana Rotoli.
ESTÁGIO DE VIVÊNCIA NO SUS (VER-SUS) COMO FERRAMENTA DE
FORMAÇÃO ACADÊMICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ................................. 58
Caroline Rossetto, Greici Kelli Tolotti, Edinara Ragagnin, Ana Carolina Fabris Laber, Carla
Argenta.
IMPORTÂNCIA DAS AULAS DE FUNDAMENTOS DO CUIDADO HUMANO:
RELATO DE EXPERIÊNCIA .............................................................................................. 60
Elisandra Cristina Martins, Laura Gerber Franciscatto.
FLORENCE
NIGHTINGALE:
A
ENFERMAGEM
RECONHECIDA
COMO
PROFISSÃO ........................................................................................................................... 62
Jéssica Vendruscolo, Samer Stumm da Silva, Adriana Rotoli.
PRIMEIRO CONTATO COM O SERVIÇO DA SAÚDE: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA ...................................................................................................................... 63
Larissa Berghetti, Ana Luisa Ramayer Palinski, Adriana Rotoli.
EXPECTATIVAS DOS ALUNOS DE ENFERMAGEM FRENTE ÀS PRIMEIRAS
EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS NO LABORATÓRIO ........................................................ 64
Mainara Fabiane Da Silva, Adriel Machado, Carina Ercio, Laura Gerber Fransciscatto.
RELATO DE EXPERIÊNCIA DA DISCIPLINA SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA
DA ENFERMAGEM .............................................................................................................. 65
Mainara Fabiane Da Silva, Adriel Machado, Carina Ercio, Carla Argenta.
ENFERMAGEM NUM CONTEXTO HISTORICO COM ABRANGENCIA DE
ALGUMAS DAS SUAS TEORIAS ...................................................................................... 67
Samer Stumm da Silva, Jéssica Vendruscolo, Adriana Rotoli.
CONTRIBUIÇÃO ACADÊMICA NA COLETA DE DADOS EM PROJETO DE
PESQUISA .............................................................................................................................. 69
Sinara Rapachi Rossato, Caroline Ottobelli.
CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM UM
MUNICÍPIO DA REGIÃO DO MÉDIO ALTO URUGUAI ............................................. 70
Tatiane Salete Soder, Odilara Centenaro, Cássia Jordana Krug Wendt, Marinês Aires.
APRESENTAÇÃO
A mortalidade infantil é considerada um grande problema a nível mundial e, por isso,
o Curso de Graduação em Enfermagem da URI - Câmpus de Frederico Westphalen,
preocupado com esta questão promoveu, por meio da XI Semana Acadêmica, discussões
acerca do cuidado à saúde da criança, e neste sentido buscou ampliar os conhecimentos sobre
o tema, bem como, subsidiar a operacionalização de ações voltadas à promoção, prevenção e
reabilitação da saúde, no que tange à diminuição da mortalidade infantil.
Assim, os objetivou-se proporcionar aos acadêmicos do Curso de Graduação em
Enfermagem maior aprofundamento do conhecimento teórico acerca da Saúde da Criança,
bem como, novos conhecimentos práticos sobre a temática, a integração das diferentes turmas
de alunos e para finalizar proporcionar o incentivo a exercitarem a escrita e busca por
conhecimento científico para a elaboração e apresentação oral dos resumos simples e
expandidos compondo a X Mostra de Trabalhos Científicos.
Os alunos escreveram, juntamente com os professores do curso de Enfermagem e
Colegiado, sobre temas variados o que totalizaram 22 resumos, sendo 11 simples e 11
expandidos.
Com isso, foi oportunizada aos acadêmicos a apresentação oral dos resumos, o que
possibilitou o desenvolvimento da oratória, a valorização das vivências, a experiência e o
incentivo para preparar os acadêmicos para apresentação de trabalho científico como também
desenvolver a habilidade da comunicação em público.
Carla Argenta
Professora do Curso de Graduação em Enfermagem URI-FW
RESUMOS EXPANDIDOS
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
A FEMINILIZAÇÃO DA VELHICE E A DIFERENÇA ENTRE OS SEXOS NA
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS MAIS IDOSOS1
Ana Carolina Fabris Laber2
Francieli Cristina Sponchiado 3
Suzana Leitão Russo4
Ikaro Daniel Barreto5
Carla Argenta6
O envelhecimento da população brasileira é uma constatação comprovada através do Censo
Demográfico Brasileiro de 2010, onde se afirma que a população idosa (com sessenta anos ou
mais de idade) corresponde a 29,8% da população total do país e, ainda, que o extrato
populacional mais idoso (com oitenta anos ou mais de idade) corresponde a 1,6% da
população total, sendo que projeções populacionais indicam que esta seja a parcela
populacional com maior tendência de crescimento nos próximos anos. Mais do que isso, o
Censo 2010 comprova que o número de mulheres idosas é bastante superior ao número de
homens idosos, dando margem a um fenômeno conhecido como feminilização da velhice.
(IBGE, 2010; IBGE 2011). Salgado (2002) reforça essa ideia ao relatar que é a diferença de
gênero na expectativa de vida populacional que aumenta a proporcionalidade feminina dentro
desta faixa etária, nos sentido que os homens tendem a viver menos devido a uma série de
fatores. Ainda segundo o autor supracitado a idade avançada traz também perdas e mudanças
em situações dolorosas que se sucedem rapidamente, devido principalmente à saúde
debilitada e incapacidade, sendo que existe ainda uma estimativa de que a mulher enfrente
maiores problemas de saúde e doenças crônicas do que os homens. Sabe-se então que as
mulheres estão vivendo mais do que os homens em nível nacional, mas como elas estão
vivendo? Por estes motivos e com base na pesquisa intitulada “Avaliação da Qualidade de
Vida de Idosos Mais Idosos”, objetivou-se analisar o índice de idosas mais idosas de um
município da região norte do estado do Rio Grande do Sul e avaliar a diferença entre os sexos
no índice de qualidade de vida dos idosos mais idosos do referido município. A pesquisa
1
Resumo expandido
Acadêmica em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. Autora. Email: [email protected]
3
Enfermeira especialista em Saúde da Família.
4
Pós-Doutora em Métodos Quantitativos Aplicados à Gestão pela Universidade de Algarve em Faro/Portuga.
Docente do Depto de Estatística e Atuaria da Universidade Federal de Sergipe.
5
Graduado do Depto de Estatística e Atuaria da Universidade Federal de Sergipe.
6
Mestre em Enfermagem. Professora do Curso de Enfermagem do Curso de Graduação em Enfermagem da
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões. E-mail: [email protected]
2
ISBN 978-85-7796-110-8
10
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
supracitada foi realizada enquanto trabalho de conclusão de curso, sendo um estudo
transversal e analítico, com abordagem quantitativa. A realização do mesmo deu-se no
município de Vicente Dutra que fica situado no noroeste do estado do Rio Grande do Sul.
Constatou-se através de busca ativa, um total populacional de 110 idosos mais idosos, sendo
que 97 se enquadraram nos critérios de inclusão e exclusão. Para a coleta de dados, que foi
realizada a campo através de visitas domiciliares, foi utilizado um instrumento com dados
socioeconômicos, demográficos e de morbidades crônicas, e um instrumento proposto pela
Organização Mundial de Saúde para avaliação de qualidade de vida, o WHOQOL-BREF.
Este instrumento foi validado no Brasil por Fleck (2000), sendo que a validação deste
instrumento para utilização do mesmo em estudos que envolvem idosos foi realizada por
Chachamovic (2005). O WHOQOL-BREF é composto por vinte e seis questões que estão
divididas em quatro domínios (“A. Físico”, “B. Psicológico, “C. Relações Sociais” e “D.
Meio Ambiente”), medindo o nível de satisfação do usuário com cada um destes itens sendo
que quanto mais próximos de cem os resultados das médias das respostas de cada um dos
domínios, maior o nível de satisfação. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões
Câmpus de Frederico Westphalen com o CAAE: 07578512.3.0000.5352. A partir desta
pesquisa, foi constatado que 57.73% (n: 56) são do sexo feminino e 42.27% (n: 41) são do
sexo masculino. Nos domínios da WHOQOL-BREF, o domínio “A. Físico” as mulheres
tiveram uma média de 64.67 e os homens uma média de 67.60, demonstrando que os homens
possuem melhor índice de satisfação neste domínio. No domínio “B. Psicológico” as
mulheres tiveram uma média de 81.03 e os homens uma média de 83.54, demonstrando que
os homens possuem melhor índice de satisfação neste domínio também. No domínio “C.
Relações Sociais” as mulheres tiveram uma média de 83.78 e os homens uma média de 90.85,
demonstrando que os homens possuem melhor índice de satisfação em mais este domínio. Já
no domínio “D. Meio Ambiente” as mulheres tiveram uma média de 87.17 e os homens uma
média de 85.67, demonstrando que, neste domínio, as mulheres é que possuem maior índice
de satisfação. O predomínio da população feminina vai ao encontro dos resultados da maioria
das pesquisas realizadas com o extrato populacional mais idoso (CHEPP, 2006; LEITE et al.,
2010; COSTA, 2011), e também ao encontro do predomínio feminino na população idosa
total do município (homens idosos: 7.3% da população total; mulheres idosas: 7.9% da
população total), embora o índice populacional total de homens seja superior ao de mulheres
no município (homens: 51.1%; mulheres: 49.9%). (IBGE, 2010). Constata-se, portanto, neste
ISBN 978-85-7796-110-8
11
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
município uma concordância com o fenômeno da feminilização da velhice, o que tende a ser
causado principalmente pelo maior número de óbitos de homens adultos e jovens –
principalmente, hoje, por causas externas – e consequente diferença de gênero na expectativa
de vida. (ALVAREZ et al., 2012). Quanto aos domínios da WHOQOL-BREF, os homens
tiveram média das respostas superior na maioria dos domínios (Físico, Psicológico e Relações
Sociais) ao passo que as mulheres obtiveram média das respostas superior em apenas um
(Meio Ambiente), resultado semelhante ao estudo de CHEPP (2006). Esse resultado
demonstra que estabelecer estratégias de ação que corroborem com a melhoria da qualidade
de vida das mulheres do município, com grupos de apoio e convivência direcionados às
necessidades desta população são uma necessidade crescente e urgente. Se existe um maior
coeficiente populacional de mulheres, e este extrato populacional demonstra vulnerabilidade,
trabalhar nestes aspectos pode ser considerada uma linha de atuação bastante importante
dentro da Estratégia de Saúde da Família a fim de que este extrato populacional viva ainda
mais, mas que exista ainda maior índice de qualidade acrescido aos anos a mais de vida.
Palavras-chave: Idoso. Saúde das Mulheres. Qualidade de Vida.
Referências
ALVAREZ, AM; SCHIER, J; SANTOS, SMA; COSTA; MFBNA et al. Atuação do
enfermeiro na saúde do idoso. In: ABEN. Associação Brasileira de Enfermagem. Programa
de Atualização em Enfermagem: saúde do adulto (PROENF). Porto Alegre (RS): Artmed,
2012.
CHEPP, CC. Estudo transversal da qualidade de vida através da escala WHOQOLBREF da população octogenária e nonagenária de Siderópolis. 2006. 50 f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Curso de Medicina) - Universidade do Extremo Sul Catarinense,
Criciúma, 2006.
COSTA, RO. Perfil dos idosos com mais de 80 anos cadastrados pela Equipe de Saúde da
Família 18 de Patos de Minas/ MG. 2011. 30 f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família) - Universidade Federal de Minas
Gerais, Uberaba, 2011.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Indicadores sócio demográficos e de
saúde no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2009.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de indicadores sociais: uma
análise das condições de vida da população brasileira 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2011.
ISBN 978-85-7796-110-8
12
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
______. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Dados do Censo 2010. Disponível em:
<http://www.censo2010.ibge.gov.br/ >. Acesso em: 02 jun. 2012.
LEITE, MT. Caracterização e condições de saúde de idosos mais idosos residentes em um
município do norte do Rio Grande do Sul. RBCEH, Passo Fundo, v. 7, supl. 1, p. 71-79,
2010.
SALGADO, Carmen Delia Sánchez. Mulher idosa: a feminização da velhice. Estudos
interdisciplinares sobre o envelhecimento, Porto Alegre, v. 4, p. 7-19, 2002.
ISBN 978-85-7796-110-8
13
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
TABAGISMO: A IMPORTÂNCIA DA SENSIBILIZAÇÃO NA ESCOLA1
Daniane da Silva Krabbe2
Marcia Casaril dos Santos Cargnin3
O ato de fumar, muitas vezes, constitui uma falsa afirmação da personalidade e pode se
constituir num status. Aparentemente parece não ser nocivo, mas à medida que os anos
passam, o tabaco deixa males indeléveis, é importante saber o que é o tabaco e suas
consequências. O cigarro é um produto industrializado que contém as folhas secas de uma
planta conhecida como tabaco, onde são misturadas outras substâncias, entre as quais o
alcatrão, monócito de carbono, acetona, naftalina, incluindo a nicotina. Estima-se que os
fumantes se exponham continuamente a cerca de 4.720 substâncias tóxicas, fazendo com que
o tabagismo seja fator causal de aproximadamente 50 doenças diferentes. (BRASIL, 2007). A
nicotina é uma substância responsável pelos efeitos prazerosos do cigarro e pela dependência.
A nicotina é considerada uma droga que vicia tanto quanto outras drogas, passa para a
circulação sanguínea, atingindo o cérebro mais rápido que outras substâncias, pois atravessa
facilmente a barreira hematoencefálica (MUNDIM, 2006 apud. FERREIRA; LARANJEIRA,
1998). Para quem fuma os sintomas psicológicos como disfunção cognitiva, redução da
memória e habilidades, envelhecimento cerebral e físico, náuseas, tonturas e aceleração dos
batimentos cardíacos são bastante importantes e responsáveis pelo fato de ser difícil largar o
vicio. O Ministério da Saúde nos mostra que em uma hora, cerca de 23 pessoas morrem por
alguma doença provocada pelo cigarro, e que grande parte das pessoas que morrem
prematuramente é devido ao tabagismo. O fumo pode causar os mais diversos tipos de câncer,
sendo os principais, câncer de pulmão, garganta e boca, e doenças coronarianas como a
angina e Infarto Agudo do Miocárdio, bem como complicações cerebrovasculares podendo
causar um Acidente Vascular Cerebral e levar á morte, além de causar danos aos dentes, olhos
e outros órgãos. Muitas vezes o uso do tabaco pode estar associado a vários tipos de
transtornos mentais, depressivos, obsessivo - compulsivo, do pânico, ansiedade, ao
alcoolismo e também está ligado a fatores sociais, como o fato de ver alguém fumando ou a
vontade de se inserir em um grupo, pressão e influencias de outras pessoas. Fatores
ambientais, como a propaganda publicitária feita sobre o uso de cigarro e o fácil acesso a este
1
Resumo Expandido
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected]
3
Mestre em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem - URI - Câmpus de Frederico
Westphalen. E-mail: [email protected]
2
ISBN 978-85-7796-110-8
14
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
produto, contribuem para o consumo de tabaco, assim como fatores pessoais, que envolvem a
falta de informação sobre os malefícios que o cigarro causa, ou crença de que o cigarro
emagrece, para aliviar o stress ou acalmar os nervos (PRECIOSO, 2006). Devido a toxidade
do tabaco, a cada ano o total de mortes no mundo, decorrentes do consumo dos produtos
derivados do tabaco, é cerca de 6 milhões (WHO, 2011) e se tais tendências de expansão
continuarem a crescer, presume-se que ocorrerão 8 milhões de mortes no mundo em
consequência do tabagismo para o ano de 2030 (WHO, 2011). No Brasil, cerca de 200 mil
mortes/ano são decorrentes do tabagismo, sendo a segunda maior causa de mortes prevenível
e a terceira entre fumantes passivos (INCA, 2008). Segundo Eckerdt et al., (2010) o uso do
tabaco e suas consequências são vistos como importantes problemas de saúde pública tanto
para países desenvolvidos como para os em desenvolvimento. Diante disto pode-se considerar
o tabagismo uma das mais graves epidemias da atualidade. A pessoa que fuma ativamente
além de prejudicar a si mesmo causa danos à saúde das pessoas que convivem com ela, os
fumantes passivos que sem perceber acabam inalando a fumaça, causando prejuízos para a
saúde dos mesmos, quem fuma um cigarro inala a fumaça que passa através do filtro que se
encontra no próprio cigarro e os fumantes passivos inalam a fumaça diretamente para os
pulmões. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 1,2 bilhão de pessoas adultas
seja fumante (INCA, [s.d.]). A média nacional publicada pelo Ministério da Saúde (MS) em
2011 para a população adulta (maiores de 18 anos), a prevalência de tabagismo foi de 14,8%
(BRASIL, 2012). Já a região Sul concentra o maior percentual, com 19% de usuários, sendo a
capital gaúcha o local com maior frequência de adultos fumantes, 22,6% (BRASIL, 2012;
IBGE, 2009). Para reverter essa situação, o MS assumiu, por meio do Instituto Nacional de
Câncer, em 1989, o papel de organizar o Programa Nacional de Controle do Tabagismo
(PNCT). O qual tem como objetivo reduzir a prevalência de fumantes em nosso país, e a
consequente morbimortalidade por doenças tabaco relacionadas. Para atingir tal objetivo, uma
das estratégias é desenvolver ações educativas, que podem ser desenvolvidas de forma
pontuais e contínuas, por intermédio das escolas, das unidades de saúde e dos ambientes de
trabalho. Muitos fumantes afirmam ter iniciado o vicio quando criança ou na adolescência.
Malcon et al., (2003) nos diz que, vários estudos no mundo e no Brasil, mostram a idade cada
vez mais precoce do início do vício de fumar e o aumento da prevalência de tabagismo em
adolescentes. Os motivos que levam uma criança ou adolescente a fumar variam de pessoa
para pessoas, e pode envolver um conjunto complexo e interligado de fatores, fazendo-se
acreditar que não existe uma causa única que explique tal atitude. O presente trabalho
ISBN 978-85-7796-110-8
15
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
pretende destacar a experiência vivenciada pelos acadêmicos do V semestre do Curso de
Graduação em Enfermagem da URI, Câmpus de Frederico Westphalen na prática de educação
em saúde na escola. Com o intuito de trabalhar na perspectiva da PNCT com população
escolar e disseminar a informação dos malefícios do tabaco para os membros da família, foi
realizada atividade prática com alunos do 6º ano de uma escola municipal do município de
Frederico Westphalen, abordando panorama geral das mortes ocasionadas pelo consumo
derivados do tabaco, doenças, a curiosidade de experimentar na adolescência. Também
informar as crianças e adolescentes que a rede básica de saúde disponibiliza tratamento
gratuito para a cessação, oferecendo acompanhamento periódico e a partir de consulta medica
a distribuição de adesivo transdérmico de nicotina, goma de mascar de nicotina e cloridrato de
bupropiona, pois muitos fumantes não possuem informações sobre o auxílio que se dá aos que
desejam cessar o vício, mas a maioria declara que gostaria parar de fumar, e devido à falha
nas tentativas acabam se desmotivando e poucos conseguem. Neste sentido, os acadêmicos de
enfermagem foram acompanhados pela professora Marcia Casaril dos Santos Cargnin e
realizaram a atividade de forma dinâmica e descontraída, na forma de perguntas e respostas
com divisão da turma em dois grupos, com o intuito de instiga-los a falar sobre seus
conhecimentos sobre o assunto oportunizando o esclarecimento de dúvidas. Para finalizar foi
utilizado um vídeo “The Harmful Effects of Smoking” (Os efeitos nocivos do tabagismo)
abordando de forma sucinta através de imagens e frases as consequências que o tabaco causa
no organismo. Esta atividade teve o objetivo de sensibilizar as crianças, dos riscos que o
tabaco pode trazer para a saúde, e motivá-los a fazer a mesma sensibilização com seus pais,
ou conhecidos que tenham o habito de fumar. O vicio do tabaco é algo muito presente e que
está se fazendo cada vez maior, vem aí à importância de ações voltadas para a prevenção cada
vez mais precoce. A atuação dos profissionais de saúde é de fundamental importância junto a
estas ações, havendo cada vez mais o esclarecimento deste assunto para assim se tentar
amenizar as consequências para as futuras gerações.
Palavras-chave: Tabagismo. Toxidade. Criança. Vício. Prevenção. Consequências.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Biblioteca virtual em saúde. Dica em saúde: tabagismo.
Brasília: Ministério da Saúde, 2007. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/136tabagismo.html>
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigitel Brasil 2011:
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
ISBN 978-85-7796-110-8
16
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
Telefônico. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da
Saúde, 2012.
INCA. Instituto Nacional de Câncer. Tabagismo: dados e números. Instituto Nacional de
Câncer. Ministério da Saúde. 22 out. 2008. Disponível em:
<http://www.inca.gov.br/releases/press_release_view.asp?ID=1856>. Acesso em: 15 jul. 2013
INCA. Instituto Nacional de Câncer. Tabagismo: dados e números no mundo. Rio de Janeiro:
Instituto Nacional do Câncer. [s.d.]. Disponível em:
<http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=dadosnum&link=brasil.htm>. Acesso
em: 15 jul. 2013.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa nacional por amostra de
domicílios tabagismo. IBGE, Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão. Rio de
Janeiro, 2009.
MALCON, M. C. BENEZES, A. M. B CHATKIN. M. Prevalência e fatores de risco para
tabagismo em adolescentes. Rev Saúde Pública, 2003; 37(1): 1-7.
MUNDIM, M. M. BUENO, G. N. Análise comportamental em um caso de dependência à
nicotina. Revista Brasileira de Terapia Comportamental Cognitiva, v. 8, n. 2, São Paulo,
dez. 2006.
PRECIOSO, J. Boas práticas em prevenção do tabagismo no meio escolar. Revista
Portuguesa de Clinica Geral,, 2006; 22: 201-22.
RIOS, S. ROSAS, M. MACHADO, P. P. P. A Exposição ao Fumo Passivo e os Hábitos
Tabágicos Numa Escola Secundária. International Journal of Clinical and Health
Psychology 2005,v. 5, n. 1,p. 143-160.
RONDINA. R. C. GORAYEB, R. BOTELHO, C. Características psicológicas associadas ao
comportamento de fumar tabaco. Jornal Brasileiro de Pneumologia. 2007; 33(5):592-601.
WHO. World Health Organization. WHO report on the global tobacco epidemic, 2011:
warning about the dangers of tobacco 2011. Geneva: 2011.
ISBN 978-85-7796-110-8
17
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO EXTRACURRICULAR NA FORMAÇÃO
ACADÊMICA EM ENFERMAGEM1
Diana Gnoatto2
Simone Perlin3
Jaqueline Marafon Pinheiro4
Carla Argenta5
Introdução: O estágio extracurricular (EE) compreende um conjunto de atividades
desenvolvidas pelo acadêmico com o objetivo de complementar o processo ensinoaprendizagem, aplicando os conhecimentos teóricos, aperfeiçoamento técnico-cientifico e de
relacionamento humano, por meio de situações reais do exercício da profissão, representando
o momento onde o acadêmico pode colocar em prática o que antes só manteve contato na
teoria, adquirindo habilidade na execução de técnicas e confiança na sua execução. Objetivo:
Realizar uma reflexão teórica acerca da importância da realização de estágios
extracurriculares para o acadêmico de enfermagem. Desenvolvimento: O EE permite também,
que o acadêmico tenha contato direto com o paciente, com a sua patologia, seus anseios e com
seus familiares e oferece o confronto direto do acadêmico com o exercício da Enfermagem, a
partir da visão assistencial multidimensional, desenvolvendo experiência profissional e
destreza manual. A visão da prática do exercício de enfermagem permite ao acadêmico
estruturar o seu futuro profissional, construindo a sua postura ética e seu conhecimento, sendo
possível, dessa forma, criar uma identidade profissional, fundamentada na experiência prática,
partindo dos conhecimentos científicos e também das experiências pessoais, proporcionando
ao estudante segurança e postura crítica diante de enfretamento cotidiano da profissão.
(VENTURINI et al., 2012). A experiência prática auxilia o acadêmico de enfermagem a
agregar conhecimentos nesse período de formação. O EE proporciona a combinação entre
teoria e prática, permitindo, assim, o contato com o paciente, com a doença e com a morte,
1
Resumo expandido.
Graduanda do IV Semestre do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Regional Integrada do
Alto Uruguai e das Missões – URI – Câmpus de Frederico Westphalen Uruguai e das Missões – URI – Câmpus
de Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
3
Graduanda do IV Semestre do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Regional Integrada do
Alto Uruguai e das Missões – URI – Câmpus de Frederico Westphalen Uruguai e das Missões – URI – Câmpus
de Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
4
Especialista em Saúde Mental Coletiva. Supervisora do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade
Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI – Câmpus de Frederico Westphalen Uruguai e das
Missões – URI – Câmpus de Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
5
Mestre em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI – Câmpus de Frederico Westphalen Uruguai e das Missões –
URI – Câmpus de Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
2
ISBN 978-85-7796-110-8
18
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
bem como, lidar com familiares e com sentimentos negativos como: vergonha, medo e com
sentimentos positivos como a autoconfiança. Sendo a enfermagem uma profissão que precisa
saber a teoria e a prática, as formas de entendimento do cuidado podem ser melhor
compreendidas e exploradas pelos futuros profissionais ao realizarem estágio extracurricular,
o qual proporciona benefícios no que diz respeito à habilidade no desempenho profissional.
(ALMEIDA et al, 2012). A formação do profissional Enfermeiro tem como objetivos
apropriar os conhecimentos demandados de competência e habilidades, como relacionados à
atenção, à saúde, à tomada de decisões, à liderança, à comunicação, ao gerenciamento, à
educação permanente e à administração. O estágio permite que o acadêmico vivencie a
atuação da equipe de enfermagem, adaptando-se a rotina e às atividades desenvolvidas por
cada profissional, conhecendo os procedimentos de rotina de uma instituição hospitalar ou
Unidade Básica de Saúde, bem como, o papel do profissional enfermeiro. Desta forma, é
proporcionado ao acadêmico a preparação para a sua futura vida profissional, tanto em
conhecimento técnico, quanto prático, como por exemplo, questões de convivência e de
possíveis conflitos e dificuldade que podem vir a ocorrer. A função educativa do enfermeiro
está presente no seu dia-a-dia, quer seja acompanhando alunos em campo de estágio, (...), ou
ainda nas atividades educativas inerentes ao seu trabalho. Sendo assim, a prática pedagógica
deve ser compromisso pessoal e profissional. (PAIVA et al, 2011). É inquestionável a
importância do equilíbrio entre a teoria, ministrada na sala de aula, e a prática, vivenciada
durante os estágios e, mais tarde, na carreira do enfermeiro. Este profissional, enquanto
preceptor de outros acadêmicos quando de seus estágios escolares (curriculares ou
extracurriculares), tem fundamental importância na gestão de competências de estudantes
desse curso superior já que, durante esse período de tempo, ele ensina e vivencia com os
alunos uma assistência de enfermagem - a pessoas doentes e seus familiares - que deve ser
realizada com qualidade e de forma humanizada. (ALMEIDA et al, 2012). O inicio do estágio
de enfermagem, seja ele curricular ou extracurricular representa um momento difícil e
angustiante para o acadêmico, tendo o supervisor a responsabilidade de passar confiança e
auxiliar o discente a vivenciar a pratica de enfermagem humanizada e de qualidade. O contato
com a rotina, com a equipe da instituição permite que o acadêmico entre em contato com a
realidade do exercício da enfermagem, o profissional enfermeiro tem em frente um paciente
que tem sentimentos, que sente dor e que depende de suas decisões e de suas atitudes para sua
recuperação, sem passar por estágios esse momento pode se tornar angustiante ao profissional
depois de formado. Sendo o enfermeiro um profissional que detém um saber teórico e
ISBN 978-85-7796-110-8
19
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
prático, o seu processo de formação acadêmica deve passar, obrigatoriamente, pelo ensino
teórico e das habilidades práticas necessárias à sua formação, o que ocorrerá nos campos de
estágios. Além de ter a meta de treino prático, o estágio é um processo pedagógico de
formação profissional que tenta interligar, como uma ponte, a formação teórica e cientifica
realizada intramuros, à realidade do meio, possibilitando ao estudante estabelecer correlações
entre o referencial teórico e as situações do cotidiano. (SALOME et al, 2008). Os estágios e
vivência extracurriculares trazem para os acadêmicos de enfermagem novos conhecimentos e
a ligação entre o saber teórico visto em sala com o domínio da pratica em situações que se
deparam no dia a dia em hospitais, postos de saúde ou em qualquer outro lugar onde o
acadêmico pode estar estagiando ou vivenciando. Esses estágios e vivência é o primeiro
contato do aluno com a prática, com profissional enfermeiro, sem a supervisão do professor, e
toda uma equipe (técnicos, médicos, nutricionista fisioterapeutas, psicólogos, etc) o que é
muito importante, pois a enfermagem é uma atividade que essencialmente se faz em equipe.
Não podendo deixar passar que atualmente vivemos em um mundo globalizado, onde o
acesso à informação é visivelmente universal. A tecnologia esta cada vez mais avançada e
como consequência de todo esses processos o profissional enfermeiro terá que se adaptar a
essas mudanças. Aqui ressaltamos mais uma importância dos estágios extras, pois para o
enfermeiro ser bom e qualificado cada vez se tornara mais importante a capacidade como ser
humano, sua criatividade, versatilidade, seu conhecimento teórico/pratico, sua sabedoria no
saber cientifico e também e muito importante o saber lidar com as variadas culturas e crenças
dos pacientes, a flexibilidade com que o profissional fará tudo isso, a capacidade de se
relacionar, de se comunicar, de resolver os problemas, o que não se aprende apenas na
formação oferecida pelas Universidades. Os estágios extracurriculares preparam o acadêmico
para sua formação, e ai a importância de o aluno fazer vários estagio em diferentes áreas, pois
serve também para ajudar a enxergar a área que mais se adapta, e depois de formado, não sabe
onde vai trabalhar, mas estará mais preparado no sentido de já ter vivenciado vários casos.
Palavras chaves: Estágios. Enfermagem. Extracurriculares.
Referências
ALMEIDA, S. A, ARAUJO, B.S; CUNHA, D.D; FERREIRA, D. V. C.; GÉA HORTA, T. As
contribuições do estágio extracurricular na formação acadêmica de alunos de enfermagem em um
ambulatório de uma instituição privada de ensino em Belo Horizonte - MG: relato de experiência.
NBC-Periódico Científico do Núcleo de Biociências - ISSN 2238-1945, v. 2, n. 03, 2012.
ISBN 978-85-7796-110-8
20
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
CARVALHO, M.D. de B. et al. Expectativas dos alunos de enfermagem frente ao primeiro
estágio em hospital. Rev.Esc.Enf.USP, v. 33, n. 2. p. 200-6, jun. 1999.
Oliveira R.A, Ciampone M.H.T. A universidade como espaço promotor de qualidade de
vida:vivências e expressões dos alunos de enfermagem. Florianópolis, 2006 Abr-Jun, 15(2):25461.
PAIVA KCM, Martins VLV. Contribuições do estágio extracurricular para as competências
profissionais: percepções de enfermeiros de um hospital público. Revista Eletrônica da
Enfermagem. 2011 abr/jun.
SALOMÉL, G.M, ESPÓSITO, V.H.C, Vivências de acadêmicos de enfermagem durante o
cuidado prestado às pessoas com feridas, Universidade Federal de São Paulo. São Paulo,
SP, 2008.
VENTURINI, L.; Beuter, M; Santos, N.O; Timm, M.S; Rodrigues, B.O.C.; Scaramussa, S.C;
Cardoso, A.L; Silveira, T. F. A importância da inserção de acadêmicos de enfermagem em
uma unidade básica de saúde. XVI Simpósio de Ensino, PESQUISA e Extensão Tema:
Aprender e Empreender na Educação e na Ciência, 2011.
ISBN 978-85-7796-110-8
21
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE: INSTRUMENTO DE GESTÃO DO
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE1
Greici Kelli Tolotti2
Caroline Rossetto3
Sinara Rapachi Rossato4
Cláudia Eduarda Andriolli5
Marinês Aires6
Caroline Ottobelli7
A partir da criação do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Constituição Federal Brasileira
(CFB) em 1988 e pela promulgação das Leis Orgânicas da Saúde (LOS) 8.080/90 e 8.142/90
em 1990, destacamos a Lei 8.080/90 em seu Título II – Capítulo II (Dos Princípios e
Diretrizes), Art.7º parágrafo IX, que dispõe da descentralização da gestão políticoadministrativa gerando a necessidade de pactuação entre as três esferas do governo
(municipal, estadual e federal), seguindo o modelo de hierarquização e regionalização da rede
de serviços de saúde. E, também no Título V – Capítulo III (Do Planejamento e do
Orçamento) desta mesma lei (Art.36º) dispõe que o processo de planejamento e orçamento do
SUS será ascendente, do nível local até o federal, ouvidos seus órgãos deliberativos,
compatibilizando-se as necessidades da política de saúde com a disponibilidade de recursos
em planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal e da União. Os
parágrafos I e II (Art.36º) referem-se aos Planos de Saúde como base das atividades
programadas para a gestão segundo a sua proposta orçamentária e vetam repasses de recursos
em situações não previstas no plano, exceto em casos de emergência ou calamidade pública,
na área da saúde. Em consonância com as LOS foi criado então a partir da elaboração do
Plano Nacional de Saúde 2004-2007 em 04 de dezembro de 2004 o Sistema de Planejamento
do SUS, que possui três instrumentos para a consolidação da gestão do SUS, sendo eles, o
1
Resumo expandido.
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
5
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
6
Doutoranda em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem - URI - Câmpus de
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
7
Especialista em Saúde do trabalhador. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem - URI - Câmpus de
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
2
ISBN 978-85-7796-110-8
22
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
Plano de Saúde com suas respectivas Programações Anuais de Saúde e os Relatórios Anuais
de Gestão. (BRASIL, 2009). Segundo Teixeira et.al. (2010, p. 51) “em cada nível pode-se
elaborar o Plano de Saúde, documento que resulta de um processo que contempla a realização
da análise da situação de saúde da população e do sistema de saúde, seguido dos objetivos
correspondentes a cada problema identificado e priorizado e dos módulos operacionais a estes
vinculados para serem desenvolvidos pelos órgãos responsáveis em cada uma das instituições
gestoras – Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde e Secretaria Municipal de
Saúde.” A nível municipal, no primeiro dos quatro anos de gestão é necessário que haja a
elaboração de um projeto de Plano Municipal de Saúde para ser implementado nos quatro
anos posteriores. (BRASIL, 2009). Este trabalho tem como objetivo relatar as experiências de
alunos e professores do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI na elaboração do Plano Municipal de Saúde
do Município de Frederico Westphalen/RS. A elaboração permitirá ao Município, uma gestão
com base nos princípios e diretrizes do SUS e, em consonância com a política nacional,
estadual e regional de saúde. Uma equipe formada por profissionais das áreas da saúde,
Assistência Social, Conselho Municipal de Saúde, Educação e Meio Ambiente do Município,
juntamente com as Professoras Caroline Ottobelli e Marines Aires e alunos do V e VII
Semestre do Curso de Enfermagem vêm trabalhando desde o mês de maio de 2013 na
elaboração do Plano Municipal de Saúde do Município de Frederico Westphalen. A equipe foi
dividida por áreas, e vem trabalhando no diagnóstico epidemiológico do Município de
Frederico Westphalen, nas identificações dos problemas de saúde da população e na
elaboração das metas que serão trabalhadas na gestão municipal. Na primeira reunião, na
prefeitura Municipal, foi elencado os nomes dos funcionários participantes pela Senhora
Secretaria de Saúde Marli Vendrusculo. Nesse momento todos assumiram o compromisso de
trabalhar na organização e elaboração do PM. Na segunda reunião, com a equipe composta, os
alunos do Curso de Enfermagem ministraram uma aula sobre os aspectos legais e
metodológicos sobre o PM, nesse momento foi realizado a divisão das funções de cada
equipe. Na terceira reunião foi realizada uma capacitação para as Agentes Comunitárias de
Saúde do Município de Frederico Westphalen. O tema da capacitação foi a respeito da
elaboração do Plano Municipal de Saúde, e da importância das agentes na sensibilização da
comunidade para participar da elaboração do mesmo. As atividades são coordenadas pelas
professoras Caroline Otobelli e Marines Aires e acadêmicas Caroline Rossetto, Claudia
Eduarda Andrade Andriolli, Greici Kelli Tolotti e Sinara Rapachi Rossato. As professoras
ISBN 978-85-7796-110-8
23
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
enfatizam que, além de ser considerado um momento de aprendizado para os alunos, destacase o compromisso social da Universidade junto ao Município ao participar dessa elaboração.
Para a elaboração do Plano Municipal de Saúde será realizada uma audiência pública no
município para colher as demandas e necessidades da população que estarão contempladas no
plano. A partir das necessidades da população será elaborado o Plano Municipal de Saúde
para os próximos quatros anos (2014-2017). O Plano Municipal de Saúde será encaminhado
ao Conselho Municipal de Saúde para aprovação e posteriormente ao chefe do Poder
Executivo para homologação e implementação das ações contempladas no plano. No decorrer
da vigência do Plano Municipal de Saúde será realizado o acompanhamento, avaliação,
revisão e adequações necessárias com o objetivo de atingir as metas propostas para o período
de 2014 a 2017. A elaboração do Plano configura-se em um cenário de integração
ensino/serviço, proporcionando um diálogo mais próximo entre os serviços de saúde do
município e o meio acadêmico, podendo assim, após identificação dos atores relevantes para a
análise situacional de saúde do município, sendo estes pessoas que trabalham diretamente
com o sistema, com a população e conhecem as questões que influenciam como
determinantes das situações encontradas, poder articular esses dois contextos aparentemente
desconectados. De modo que, a universidade tem o papel de trabalhar, não somente para a
formação de futuros profissionais, mas sim com graduandos sendo agentes transformadores
de uma realidade local. Para Albuquerque et.al. (2008, p. 357) “Entende-se por integração
ensino-serviço o trabalho coletivo, pactuado e integrado de estudantes e professores dos
cursos de formação na área da saúde com trabalhadores que compõem as equipes dos serviços
de saúde, incluindo-se os gestores, visando à qualidade de atenção à saúde individual e
coletiva, à qualidade da formação profissional e ao desenvolvimento/satisfação dos
trabalhadores dos serviços.” A elaboração de um projeto com a participação de diversos
alunos e também de diversos profissionais do serviço, nos reporta para um cenário de
interdisciplinaridade, sendo que, no meio acadêmico são poucos os trabalhos desenvolvidos
sob a ótica da pluralidade de ideias, os quais geralmente são centrados nas ideias individuais.
Porém, nos últimos anos as universidades já vem mudando seu modelo de ensino, aderindo
cada vez mais a projetos que articulam diversos setores, principalmente pelo desenvolvimento
de projetos extensão. (ALBUQUERQUE, 2008). É de grande relevância para o aluno desde
sua graduação ter a oportunidade de trabalhar com instrumentos de gestão em saúde, tendo
acesso a sistemas de informações epidemiológicas e assim poder compreender as realidades
locais, auxiliando na formulação de estratégias que visem à melhoria das condições e do
ISBN 978-85-7796-110-8
24
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
cuidado de determinada população em estudo. Segundo Ceccim et.al. (2004, p. 43) “A
formação não pode tomar como referência apenas a busca eficiente de evidências ao
diagnóstico, cuidado, tratamento, prognóstico, etiologia e profilaxia das doenças e agravos.
Deve buscar desenvolver condições de atendimento às necessidades de saúde das pessoas e
das populações, da gestão setorial e do controle social em saúde, redimensionando o
desenvolvimento da autonomia das pessoas até a condição de influência na formulação de
políticas do cuidado.” De modo que, a formação para a área da saúde deve ser baseada no
quadrilátero: ensino, gestão, atenção e controle social (CECCIM, 2004), sendo que, arraigado
a um processo histórico o modelo ainda seja focado no ensino-atenção, torna-se evidente a
importância de haver uma formulação de políticas de formação em saúde cada vez mais
voltadas para a realidade da população, pois para que o futuro profissional possa aprender a
trabalhar em um país onde se tem um sistema público de saúde, há de se ter o quanto antes,
uma formação para esse sistema, assim, também estimulando esses profissionais a serem os
nossos futuros gestores em saúde, os quais hoje, em sua grande maioria não possuem o
conhecimento do sistema e de como ele funciona, dificultando a problematização das
situações cotidianas em saúde e do próprio processo de trabalho.
Palavras-chave: Plano municipal de saúde. Integração ensino-serviço. Gestão em saúde.
Referências
ALBUQUERQUE, V. S. et.al. A integração ensino-serviço no contexto dos processos de
mudança na formação superior dos profissionais da saúde. Revista Brasileira de Educação
Médica. 2008, p. 356-362.
BRASIL. Sistema de planejamento do SUS: uma construção coletiva: instrumentos básicos.
Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Subsecretaria de Planejamento e Orçamento.
Brasília. 2. ed. I. Título. II. Série, 2009.
BRASIL. SAÚDELEGIS: Legislação: Lei 8.080 de 19/09/1990. Ministério da Saúde.
Brasília. 2013.
CECCIM, R. B. et.al. O quadrilátero da formação para a área da saúde: ensino, gestão,
atenção e controle social. Revista Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, 2004, p. 41- 65.
TEIXEIRA, C. F. et.al. Proposta metodológica para o planejamento no Sistema Único de
Saúde. In: TEIXEIRA, C. F. Planejamento em saúde: conceitos, métodos e experiências.
Salvador: EDUFBA, 2010, p. 51.
ISBN 978-85-7796-110-8
25
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
ESTÁGIO EXTRACURRICULAR EM UMA CLÍNICA DE HEMODIÁLISE: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA1
Karine Simone dos Santos2
Ana Carolina Fabris Laber3
Jaqueline Marafon Pinheiro4
Carla Argenta5
Introdução: A falência dos rins de forma progressiva e irreversível é denominada de
Insuficiência Renal Crônica (IRC). Para Robbins e Kotran (2005 p. 1004), “A IRC é o
resultado final de todas as doenças parenquimatosas renais.”. A evolução da função renal
normal para a IRC progride através de quatro estágios. O primeiro estágio, chamado de
reserva renal diminuída, é quando a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) é de cerca de 50%
da normal. Os níveis de ureia e creatinina estão normais e o paciente se encontra
assintomático. No segundo estágio, temos a Insuficiência Renal, onde a TFG é de cerca de
20% a 50% do normal, e começam a surgir sintomas, como a Azotemia, que geralmente está
associada à hipertensão e anemia, podendo ocorrer nictúria e poliúria pela capacidade de
concentração diminuída. No terceiro estágio temos a falência renal, onde a TFG é inferior a
20% a 25% do normal. Os rins já não conseguem mais regular a composição e o volume dos
solutos presentes no corpo, desenvolvendo edema, acidose metabólica e hipocalcemia,
podendo ocorrer uremia leve. No quarto estágio, temos a doença Renal Terminal, estando a
TFG menor que 5% do normal, sendo o estágio final da uremia. (ROBBINS; COTRAN,
2005). As principais causas da IRC são rins policísticos, a pielonefrite, e doenças congênitas.
As três patologias mais comuns que levam ao desenvolvimento da IRC são a hipertensão
arterial, o diabetes e a glomerulonefrite. O controle correto da pressão arterial é um dos
pontos principais na prevenção da insuficiência renal e da necessidade de se fazer diálise. O
diabetes é uma das mais importantes causas de falência dos rins, com um número crescente de
casos. As primeiras manifestações são a perda de proteínas na urina (proteinúria), o
aparecimento de pressão arterial alta e, mais tarde, o aumento da ureia e da creatinina do
1
Resumo Expandido.
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Câmpus de
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected]
3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Câmpus de
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected]
4
Especialista em Saúde Mental Coletiva. Supervisora do Curso de Enfermagem da Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Câmpus de Frederico Westphalen. E-mail: [email protected]
5
Mestre em Enfermagem pela EEUFRGS. Docente do Curso de Enfermagem da Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Câmpus de Frederico Westphalen. E-mail: [email protected]
2
ISBN 978-85-7796-110-8
26
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
sangue. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2013). Embora o aparecimento da
insuficiência renal crônica seja às vezes súbito, na maioria dos pacientes ela começa com um
ou mais de um grupo de sintomas, como fadiga discreta e letargia, cefaleia, fraqueza geral,
sintomas digestivos (anorexia, náusea, vômitos, diarreia) e tendências hemorrágicas. (HGV,
2012). Através da consulta com o médico nefrologista é possível começar o tratamento com
remédios e dietas que podem controlar os sintomas e estabilizar a doença. Em casos em que
os remédios não são suficientes e a doença progride, pode ser necessário iniciar a
hemodiálise. Esta decisão é tomada em conjunto com o paciente e o seu médico nefrologista.
A hemodiálise é um processo de filtração do sangue, onde as substancias nele acumuladas são
removidas por uma máquina. Durante a hemodiálise, aproximadamente 300 ml de sangue do
paciente circulam por um circuito extracorpóreo (linhas e dialisador). (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2013). Para tal, o sangue, que é puxado por uma bomba e
fica circulado pela máquina, passa por um filtro, onde ocorre o processo de difusão e ultra
filtração. Isso acontece através de uma veia, preparada por uma pequena cirurgia, a Fístula
Artério-Venosa (FAV) ou através de um cateter, que pode ser instalado no pescoço, virilha ou
tórax. Depois de filtrado, o mesmo é devolvido pela FAV ou Catéter. O ideal é que a FAV
seja construída 03 meses antes do início do tratamento, para que tenha funcionalidade
adequada, sendo então, o cateter, uma opção para aqueles pacientes que têm que iniciar o
tratamento imediatamente. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2013).
Objetivo: O objetivo deste resumo é descrever a experiência de um estágio extracurricular, o
qual teve como intuito, adquirir conhecimentos acerca do tema hemodiálise e insuficiência
renal crônica, além de experiência sobre a manipulação das máquinas utilizadas no
procedimento dialítico e as principais intercorrências durante a sessão de hemodiálise.
Método: O estágio foi desenvolvido em uma Clínica Renal de Frederico Westphalen, durante
os meses de novembro de 2012 a maio de 2013. Resultados: Através do estágio, foi possível
adquirir conhecimentos primeiramente acerca da insuficiência renal crônica, sobre o
funcionamento das máquinas utilizadas no tratamento dialítico, materiais utilizados e
procedimentos realizados. Foi possível observar como é realizada a sessão de hemodiálise,
desde o preparo das máquinas e filtros dialisadores, o acolhimento do paciente, pesagem,
verificação da pressão arterial e punção de fistulas artério-venosas, que são realizados pelos
profissionais técnicos de enfermagem. Cabe destacar que a punção das fistulas artério-venosas
(FAV) somente são realizadas após a chegada da enfermeira, que é a responsável pelas
punções em pacientes que possuem fistula nova e também por monitorar o trabalho
ISBN 978-85-7796-110-8
27
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
desenvolvido pelos profissionais técnicos de enfermagem. Após a punção e a chegada do
médico responsável, os pacientes são então conectados à máquina, primeiramente os pacientes
que possuem FAV, e após, os pacientes que possuem cateteres venosos de acesso central.
Logo, são verificados os restantes dos sinais vitais. Durante a sessão, a PA e o pulso são
verificadas a cada hora, e a temperatura é verificada a cada duas horas. A duração da sessão
varia de acordo com a quantidade de peso a ser perdida e a mesma é determinada pelo médico
nefrologista. Após o término da sessão, são verificadas PA com o paciente sentado e em pé, e
realizada nova pesagem, onde observa-se se o paciente perdeu o peso que deveria. Após, são
retiradas as agulhas da FAV e o paciente é então liberado. Considerações finais: O estágio
me permitiu perceber a importância do enfermeiro neste ambiente e também a importância da
observação ao desenvolver o trabalho, pois durante a sessão, podem acontecer muitas
intercorrências, como a hipertensão, a hipotensão, e embolia e a parada cardiorrespiratória, os
quais muitas vezes somente são percebidos pela observação, pois acontecem rapidamente e
necessitam de pronto atendimento, por isso a importância de monitorar os sinais vitais. O
estágio me proporcionou aprendizado profissional, pois me permitiu adquirir conhecimentos
acerca desta temática, além de engrandecimento pessoal, pois o convívio com estes pacientes
proporcionou-me momentos de aprendizagem e lições de vida e fé, pois os mesmos, apesar de
passarem por momentos difíceis, não perdem a fé e nem a vontade de viver.
Palavras-chave: Enfermagem. Nefrologia
Referências
ROBBINS, Stanley S., COTRAN, Ramzi S., et.al. Patologia: Bases Patológicas das Doenças.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2005, 3ª reimpressão da tradução.
Serviço De Nefrologia Do Hgv. Manual De Diálise. 2012. Disponível em:
<http://www.hgv.pi.gov.br/manuais.php> Acesso em: 19 jun. 2013
SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. Tratamentos. Disponível em:
<http://www.sbn.org.br>. Acesso em: 20 jun. 2013
ISBN 978-85-7796-110-8
28
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
PREVENÇÃO À HIPERTENSÃO ARTERIAL COM TRABALHADORES NUMA
EMPRESA FRIGORÍFICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA1
Djulia Rosa da Silva2
Lucas Alexandre3
Marcia Casaril dos Santos Cargnin4
Marines Aires5
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) iniciam e evoluem lentamente. Apresentam
múltiplas causas que variam no tempo, como a hereditariedade, estilos de vida, exposição a
fatores ambientais e a fatores fisiológicos (MENDES, 2011). De acordo com o Ministério da
Saúde (MS), as DCNT são doenças multifatoriais relacionadas a fatores de risco não
modificáveis como idade, sexo, raça e os modificáveis como o estilo de vida - tabagismo,
consumo excessivo de bebidas alcoólicas, ingestão excessiva de sal, obesidade, dislipidemias
e sedentarismo (BRASIL, 2013). As DCNT vêm aumentando no Brasil, em 2007 foram
responsáveis por 72% total de óbitos (SCHMIDT et. al., 2011) e 63% de todas as mortes
ocorridas no mundo em 2008 (BRASIL, 2011). Este índice vem aumentando, juntamente com
o aumento da perspectiva de vida, já que a idade é um dos fatores desencadeantes destas.
Dentre as DCNT, uma que merece atenção especial é a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) considerada elevada quando a
pressão sanguínea tiver valor igual ou superior a 140/90 mmHg, esta condição é causa de 7,5
milhões de mortes, cerca de 12,8% do total de mortes anuais no mundo. No Brasil estima-se
que a HAS atinge torno de, no mínimo, 25% da população brasileira adulta, chegando a mais
de 50% após os 60 anos e está presente em 5% das crianças e adolescentes. É responsável por
40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal
(SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2013). As graves consequências da
pressão alta podem ser evitadas, desde que os hipertensos conheçam sua condição e
mantenham-se em tratamento com adequado controle da pressão, bem como os não
1
Resumo expandido.
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI –
Câmpus de Frederico Westphalen. E-mail: [email protected]
3
Graduando em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected]
4
Mestre em Enfermagem – Professora do Curso de Graduação Enfermagem da Universidade Regional Integrada
do Alto Uruguai e das Missões – URI – Câmpus de Frederico Westphalen – RS. E-mail:
[email protected]
5
Doutoranda em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem - URI - Câmpus de
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected]
2
ISBN 978-85-7796-110-8
29
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
hipertensos tomarem cuidados para não desencadear a patologia, ou seja, reduzindo os fatores
de risco desencadeantes da mesma. No Rio Grande do Sul de acordo com dados do
SISHIPERDIA do MS, no ano de 2012 eram de 21.743 hipertensos, sendo mais prevalente
(13.572) no sexo feminino. (BRASIL, 2013). Com o intuito de sensibilizar a população
brasileira sobre prevenção e controle da HAS, foi instituído pela Lei nº 10.439, de 30 de abril
de 2002, o dia 29 de abril o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hipertensão Arterial,
que, neste ano de 2013, teve como tema de campanha 1 - QUEM TEM BOM CORAÇÃO
COMBATE A HIPERTENSÃO – EU SOU 12 POR 8; 2 - MENOS PRESSÃO (BRASIL,
2013). Indo ao encontro do objetivo da disciplina de Enfermagem em Saúde Coletiva II A que
é desenvolver competências e construir, interativamente, atitudes e conhecimentos necessários
para o trabalho do Enfermeiro, em consonância com as diretrizes dos programas/políticas de
saúde sintonizadas com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), dentre as
políticas estudadas, a Política Nacional de Promoção da Saúde, possui objetivo de promover a
qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus
determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente,
educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais. (BRASIL, p. 17, 2010). Nos
vários espaços de atuação da Enfermagem, a Promoção em Saúde vem sendo cada vez mais
discutida, ao proporcionar o desenvolvimento de ações e reflexões de modo a qualificar o
cuidado. A saúde do trabalhador é o enfoque da atividade, sendo que precisa ser levado em
consideração que estes, muitas vezes, se encontram em contato com riscos desencadeantes da
HAS – sedentarismo, má alimentação, estrese, entre outros -, portanto, é necessário um olhar
direcionado à promoção da saúde destes, uma vez que estas ações permitem melhorar
aspectos, principalmente no que tange a qualidade de sua vida e de trabalho. Responsabilizarse com as práticas de promoção da saúde constitui-se um desafio para os profissionais da
saúde, uma vez que esta permite estender significativamente a abrangência das ações de saúde
do trabalhador. Neste sentido, devido ao elevado numero de trabalhadores hipertensos e em
decorrência ao Dia Nacional de Combate e Prevenção à Hipertensão Arterial foi
desenvolvidas atividades com trabalhadores de uma empresa frigorífica no norte do estado do
Rio Grande do Sul, assim o objetivo deste trabalho é relatar atividade realizada. A atividade
foi desenvolvida na empresa Seara do município de Frederico Westphalen localizada na
região norte do Estado do Rio Grande do Sul, distante a 415 km da capital Porto Alegre. A
Seara é uma indústria de produtos alimentícios derivados de carne suína, que foi fundada em
2001, sendo que hoje faz parte do Grupo Marfrig fazendo parte da rede Seara Alimentos
ISBN 978-85-7796-110-8
30
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
pertencente à Marfrig. A empresa conta com aproximadamente 1.300 funcionários e com uma
equipe multidisciplinar, dentre eles uma enfermeira. A ação foi desenvolvida no dia 26 de
abril de 2013, durante todo o dia na empresa pelos acadêmicos do V semestre de graduação
em enfermagem da URI - Câmpus de Frederico Westphalen. As atividades foram
desenvolvidas por meio de dinâmicas, nas quais foram colocados palavras em baixo das
cadeiras em que os trabalhadores iriam sentar-se, estas eram complicações da HAS ou seu
conceito, o objetivo desta atividade era identificar o conhecimento dos trabalhadores sobre a
patologia. Foi utilizado vídeo educativo ‘HIPERTENSÃO’ de Jânio Nascimento, com o
objetivo de abordar a temática HAS, de uma forma sucinta, lúdica e explicativa. Para melhor
visualização e conhecimento do funcionamento da circulação sanguínea, foi utilizado um
boneco anatômico da universidade e finalizando a atividade foi realizado a aferição da pressão
arterial e entrega de carteirinhas para o controle disponibilizada pela empresa. Na
oportunidade, foi visualizado que alguns trabalhadores estavam com a pressão arterial acima
dos limites da normalidade, os mesmos eram orientados sobre hábitos alimentares e
encaminhados para acompanhamento no ambulatório da empresa, a todos os hipertensos que
faziam uso de medicações, foi salientado a importância de manter uma alimentação saudável,
adotando um estilo de vida saudável bem como seguir tratamento medicamentoso conforme
prescrição médica. Ao final percebeu-se que os trabalhadores têm a necessidade de
informações novas, já que para o MS, são ainda considerados determinantes sociais para
DCNT as desigualdades sociais, as diferenças no acesso aos bens e aos serviços, a baixa
escolaridade, renda e as desigualdades no acesso à informação. Tanto os trabalhadores como
toda a população precisam estar informados sobre as patologias que os possam atingir ou já os
atingem, assim irão conseguir se prevenir de futuras complicações, patologias e até mesmo
prevenindo acidentes de trabalho. Para promover saúde e prevenir de agravos é preciso
conhecimento, este deve ser repassado por profissionais qualificados e comprometidos com a
saúde dos trabalhadores, para isto, é preciso acompanhamento contínuo a este grupo de
população. Neste sentido, faz-se necessária a presença de uma equipe multiprofissional, em
especial o enfermeiro(a) do trabalho, pois esta é uma maneira de assistência aos trabalhadores
visando à promoção da saúde.
Palavras-chave: Hipertensão. Saúde do trabalhador. Promoção da saúde.
Referências
ISBN 978-85-7796-110-8
31
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
BRASIL. Plano de ações e estratégias para o enfrentamento das doenças crônicas não
transmissíveis no Brasil (2011-2022), Brasília/DF, p. 160, 2011.
BRASIL. Sistema de gestão clínica de hipertensão arterial e diabetes mellitus na atenção
básica, 2013. Disponível em: http://hiperdia.datasus.gov.br/. Acesso em: 15 jul. 2013
BRASIL. Vigilância de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, 2013. Disponível em
<http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=31877&janela
=1> Acesso em: 29 jun. 2013.
MENDES, E. V. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o
imperativo da consolidação da Estratégia da Saúde da Família, Brasília/DF, p. 512, 2012.
SBH- SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO. Revista hipertensão: resumos, v.
1, n. 1, 2012. Disponível em: <http://www.sbh.org.br/mobile/pdf/resumos2.pdf> Acesso em:
29 jun. 2013.
SCHMIDT, M. I. et. al. Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: carga e desafios
atuais,
2011,
Séries
Saúde
do
Brasil
4.
Disponível
em:
http://download.thelancet.com/flatcontentassets/pdfs/brazil/brazilpor4.pdf. Acesso em: 30 jun.
2013.
ISBN 978-85-7796-110-8
32
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
ELABORAÇÃO DE PROTOCOLO ORGANIZACIONAL PARA CENTRAL DE
MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIENCIA1
Odilara Centenaro2
Ana Carolina Fabris Laber3
Carla Argenta4
Introdução: O CME tem como responsabilidade a recepção, expurgo, preparo esterilização,
guarda e distribuição dos materiais para as unidades dos estabelecimentos assistenciais a
saúde (POSSARI, 2011). Com a implementação da CME houve a racionalização do trabalho,
otimização e uso de equipamentos e esterilização, padronização de procedimentos de
esterilização, treinamento especifico do pessoal, maior produtividade, maior segurança do
cliente e equipe de enfermagem, pois permite o desenvolvimento de técnicas eficientes e
seguras. Objetivo: Este resumo tem como finalidade relatar a experiência vivenciada com a
elaboração de protocolos organizacionais dos materiais utilizados em cirurgias no centro de
material e esterilização (CME), do Hospital Divina Providência (HDP), localizado na região
noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Resultados: O centro de materiais esterilizados é
considerado, por muitos, o local vital dentro da estrutura hospitalar uma vez que um material
bem limpo, organizado e esterilizado garante segurança à vida do usuário do serviço e
segurança da equipe. A equipe de enfermagem que trabalha nesta unidade presta uma
assistência indireta ao paciente, tão importante quanto à assistência direta, que é realizada pela
equipe de enfermagem que atende ao paciente. O quadro de pessoal de uma CME deve ser
composto por enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e auxiliares
administrativos (LEITE, 2013). Nesta perspectiva, a implementação e efetivação dos
protocolos são de fundamental importância, pois os protocolos são instrumentos normativos
que orientam os profissionais na realização de suas funções, e têm como base o conhecimento
cientifico e as praticas do cotidiano do trabalho em saúde, sempre respeitando e levando em
consideração a realidade do serviço e suas particularidades. As informações contidas nos
protocolos são resultado de pesquisas no campo prático e cientifico além de conterem
estratégias que facilitam a passagem dos resultados para a pratica clinica. A elaboração dos
1
Resumo expandido
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected]
3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected]
4
Mestre em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem Universidade Regional Integrada
do Alto Uruguai e das Missões, Câmpus Frederico Westphalen – RS. E-mail: [email protected]
2
ISBN 978-85-7796-110-8
33
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
Protocolos na unidade de CME é de extrema importância, pois os mesmos padronizam as
técnicas de limpeza, preparo, acondicionamento e esterilização assegurando que os mesmos
sejam feitos com qualidade, oferece condições de êxito nos procedimentos, visto que este
depende do serviço prestado pelo CME, diminui os riscos de contaminação ou má
esterilização dos artigos devido à má adequação dos procedimentos, além de minimizar riscos
de acidente de trabalho ao profissional que nele trabalha, dinamiza os serviços o que gera
economia de produtos, materiais, tempo e profissionais e facilita o treinamento de novos
profissionais além de servir de ferramenta para qualquer duvida que possa surgir durante o
processo de trabalho. Assim, acredita-se que com a elaboração de protocolos para os serviços
prestados no CME é de vital importância, pois garantem segurança ao paciente e à equipe e
qualidade no serviço prestado. Os objetivos do projeto são: implementar protocolos
organizacionais padronizados das atividades de Montagem e Preparo dos materiais de uso
hospitalar e cirúrgico; facilitar o trabalho de profissionais iniciantes, bem como esclarecer
dúvidas rotineiras; minimizar riscos no transoperatório e nos procedimentos que utilizem
material; propiciar aos profissionais da saúde suporte legal diante de intercorrências advindas
desse processo de trabalho; oferecer ao paciente atendimento mais seguro e qualificado. A
coleta de dados foi iniciada no mês de fevereiro, aonde primeiramente houve um
acompanhamento das cirurgias e após o seu término era feito o registro dos materiais
cirúrgicos através de uma câmera digital e escritos os nomes dos instrumentais em uma
caderneta, aonde as técnicas de enfermagem nos auxiliavam descrevendo os nomes dos
instrumentais, em que caixa ficavam e para que cirurgias serviriam. Por ser um hospital de
pequeno porte a coleta dos dados foi terminada no mês de julho e foram acompanhadas as
cirurgias novamente e descritos todos os materiais. O projeto esta sendo de uma relevância
muito significativa, pois proporcionou um aprendizado diferenciado, um conhecimento mais
aprofundado sobre o funcionamento, a organização da Central de Material e Esterilização,
bem como a visualização do papel do profissional enfermeiro dentro do CME, onde seu papel
é de fundamental importância na questão organizacional da unidade, além de prover a unidade
de recursos humanos e materiais, levando em conta a quantidade e a qualidade do material
para atender a demanda do hospital, realizar reuniões periódicas com a equipe para transmitir
informes gerais e específicos da unidade, planejar e executar programas de treinamento e
educação continuada, manter-se atualizado em relação a novos materiais e equipamentos no
mercado, efetuar regularmente testes bacteriológicos nos aparelhos de esterilização, e divulgar
os testes (PIMENTEL, 2013). Conclusão: Podemos destacar a importância que o projeto na
ISBN 978-85-7796-110-8
34
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
CME teve como o aprendizado adquirido através das coletas de dados, pois é de fundamental
importância que o profissional enfermeiro saiba quais são os instrumentos que estão sendo
utilizados nos pacientes, como este instrumental se encontra, ele está em bom estado, ou
precisa ser trocado por um melhor, e também para que os técnicos de enfermagem tenham um
material que vai lhes assegurar quais são os instrumentais para uma dada cirurgia sem que
eles errem ou os coloquem em outros lugares. Vale ressaltar que o Centro cirúrgico é o órgão
vital do hospital, então devemos ter o máximo de precaução, pois o que estará em risco é a
vida de nossos pacientes e devemos zelar por ela.
Palavras-chave: Centro de Material. Esterilização. Protocolos. Instrumental Cirúrgico.
Referências
LEITE, B F. Central de Material e Esterilizado Projeto de Reestruturação e Ampliação
do Hospital Regional de Francisco Sá. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/artigo_CME_flavia_leite.pdf>. Acesso em: 20 jul.
2013.
PIMENTEL. Z. O. C. P. O Enfermeiro e a Central de Materiais. Disponível em:
<.ftp://ftp.unilins.edu.br/priscila/O%20ENFERMEIRO%20E%20A%20CENTRAL%20DE%
20MATERIAIS%20PDF.pdf> . Acesso em: 22. jul. 2013.
POSSARI, J.F. Centro Cirúrgico: Planejamento, Organização e Gestão. São Paulo: Iátria,
2011.
ISBN 978-85-7796-110-8
35
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
ELABORAÇÃO DE PROTOCOLOS DE ASSISTÊNCIA1
Odilara Centenaro2
Tatiane Salete Soder3
Karine Simoni dos Santos4
Tatiane Franco5
Juliane Soares6
Carla Argenta7
Introdução: Os Protocolos de Procedimento Padrão (POPs) apresentam uso amplo, pois
transmitem por escrito, orientações aos elementos da equipe de enfermagem para o
desenvolvimento das atividades, como instrumentos de informação, reproduzem a estrutura
formal do serviço de enfermagem, fazendo com que garantam à equipe uma forma segura e de
qualidade ao cuidado com o paciente, e que também o profissional tenha um respaldo e
segurança na assistência ao usuário, respeitando os preceitos éticos e legais. foram
desenvolvidos para descrever cada passo crítico e sequencial, de modo a garantir o resultado
esperado de um mesmo cuidado realizado por pessoas diferentes. Objetivo: o objetivo deste
resumo é destacar a importância dos pops para a organização e sistematização do trabalho de
enfermagem, tanto em uma unidade básica como o ambiente hospitalar. Metodologia: Este
resumo foi construído a partir de um trabalho realizado para a disciplina de Gerenciamento do
Cuidado e do Serviço de Saúde componente curricular do VII semestre da graduação de
enfermagem da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Câmpus de
Frederico Westphalen (URI-FW). Resultados. Os protocolos apresentam uso amplo, pois
transmitem, por escrito, orientações aos elementos da equipe de enfermagem para o
desenvolvimento das atividades, como instrumentos de informação, reproduzem a estrutura
formal do serviço de enfermagem, fazendo com que garantam à equipe uma forma segura e de
qualidade ao cuidado com o paciente e também servem como um instrumento para a
1
Resumo Expandido.
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected]
3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen E-mail: [email protected]
4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected]
5
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: Tati. [email protected]
6
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen E-mail: [email protected]
7
Mestre em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Missões Câmpus Frederico Westphalen – RS. E-mail: [email protected]
2
ISBN 978-85-7796-110-8
36
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
Sistematização do Processo de Enfermagem (SAE). Além disso, o enfermeiro, como líder de
equipe e responsável pela implementação dos cuidados, deve saber informar o paciente de
forma precisa e completa sobre todos os procedimentos que serão desempenhados com ele e
para ele (TREVISAN, 2002). O comportamento e desempenho individuais podem gerar
impactos diretos na qualidade dos serviços, portanto, cada indivíduo da equipe deverá
visualizar claramente características e a influência do seu desempenho para o alcance da
qualidade. Os POPs foram desenvolvidos para descrever cada passo crítico e sequencial da
assistência, de modo a garantir o resultado esperado de um mesmo cuidado realizado por
pessoas diferentes. Eles ficam organizados em forma de manuais com a finalidade de
esclarecer dúvidas e orientar a execução das ações e devem estar de acordo com as diretrizes e
normas da instituição, ser atualizados sempre que necessário, de acordo com princípios
científicos que deverão ser seguidos por todos (médicos, enfermeiros e auxiliares) de forma
padronizada. O protocolo torna-se necessário quando os membros da equipe de enfermagem
começam a perder a visão do conjunto, a desconhecer as atividades e finalidades do serviço
de enfermagem e de outros setores, a ter duvidas sobre procedimentos específicos, sobre a
autoridade dos elementos e sobre a responsabilidade que cada um exercer: Os enfermeiros
bem capacitados propiciam racionalização de rotinas, padronização e mais segurança na
realização dos procedimentos, participação efetiva no planejamento e liberação de mais tempo
para interagir com o paciente, daí a necessidade de acompanhar as novas tendências e
participar da construção de alternativas que respondam aos desafios de melhorar a oferta de
qualidade dos serviços prestados (GUERREIRO et al., 2008). Além disso, o enfermeiro
deverá exercer o papel de produtor, implementador e controlador das ações assistenciais de
enfermagem, contemplando a visão holística do paciente e adotando referencial próprio.
(GUERREIRO et al., 2008). Essa ausência de padronização das ações significaria uma
fragilidade da mesma, podendo levar a uma variação no modo de fazer as ações. Os
protocolos têm como objetivos: normatizar e institucionalizar as atividades assistenciais
exercidas aos usuários; uniformizar e padronizar as ações referentes às atividades dos
profissionais; instrumentalizar e respaldar a equipe na sua pratica cotidiana através do
estabelecimento de critérios e normas; possibilitar o efetivo exercício profissional na
implementação das ações de saúde ao individuo e a coletividade. Os protocolos apresentam
etapas para serem elaboradas e podemos destacar as seguintes: diagnostico da situação,
determinação dos assuntos, estruturação dos instrumentos, implantação e avaliação.
(KURGANT,1991). No que diz respeito ao diagnóstico da situação seria a forma de
ISBN 978-85-7796-110-8
37
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
levantamento e análise das informações de enfermagem acerca de um problema que está
acontecendo e através de questionários ou entrevistas a equipe irá achar o problema e poderá
analisar as informações para o alcance do diagnostico da situação. Através da analise das
informações coletadas o grupo decidirá se para tal procedimento é melhor que seja elaborada
uma rotina, ou uma norma. Em seguida, faz-se a estruturação e confecção dos instrumentos,
ou seja, como este protocolo será organizado, qual o tipo de folha que será usado, estas folhas
serão arquivadas, ou não. Após decidir isto caberá ainda eleger quem ira escrever o protocolo
se será a enfermeira ou o grupo de enfermagem, decidido quem ira escrever devesse submeter
o protocolo a uma revisão para que sejam corrigidos possíveis erros e com isso será impressa
uma cópia provisória. Quando citada a implementação como um instrumento de construção de
protocolos vale ressaltar, que se o protocolo for elaborado por toda a equipe de enfermagem
ele se tornara mais fácil para ser implementado e consequentemente mais fácil de serem
executadas as suas ações. E por fim a avaliação do POP, ou seja, depois de elaborado ele deve
ser atualizado com frequência para que assim não se percam as informações e ele deixe de
existir. Os protocolos possuem uma descrição detalhada sequencialmente de como uma
atividade deve ser realizada. É sinônimo de técnica, como exemplo, podemos citar um
procedimento de sondagem nasogástrica que é realizado por um enfermeiro, sempre da
mesma maneira, o tipo de material utilizado pode ser modificado, mas o como fazer a
sondagem geralmente não. O protocolo poderá conter as seguintes informações: nome da
organização de saúde, nome da unidade de enfermagem, título do procedimento, finalidade,
princípios a serem observados, material necessário, preparo do paciente, preparo do ambiente,
anotações no prontuário (KURGANT, 1991). Conclusão: Como vimos os POPs são de
fundamental importância, pois por meio deles pode-se observar como elaborar um POP de
enfermagem para nos auxiliar no dia a dia com normas e rotinas da unidade. Através dele
prevenimos que aconteça algum erro, pelo profissional não saber o tipo de material que
necessita para um dado procedimento.
Palavras chave: Protocolos Assistenciais. Sistematização do Trabalho. Organização.
Referências
GUERRERO, Giselle Patrícia; BECCARIA,Lúcia Marinilza; TREVIZAN,Maria Auxiliadora
Procedimento Operacional Padrão: utilização na Assistência de Enfermagem em Serviços
Hospitalares. Revista Latino-americana Enfermagem, 2008, nov-dez.
ISBN 978-85-7796-110-8
38
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
KURCGANT; Paulina. Administração em Enfermagem. São Paulo: EPU, 1991.
SILVA VEF. Manuais de enfermagem. In: KURCGANT, P. Administração em
enfermagem. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 1991. p. 59-72.
TREVIZAN MA, Mendes IAC, Lourenço MR, Shinyashiki GT. Aspectos éticos na ação
gerencial do enfermeiro. Revista Latino-americana Enfermagem, 2002; 10 (1): 85-9. .
ISBN 978-85-7796-110-8
39
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
DEPRESSÃO GERIÁTRICA: UM DESAFIO PARA ENFERMAGEM NA
SOCIEDADE MODERNA1
Sinara Rapachi Rossato2
Karine Beatriz Ziegler 3
Carla Argenta4
A evolução da humanidade tem provocado muitas mudanças no perfil humano da sociedade.
Uma mostra disso é a inversão da pirâmide etária que até muitos anos atrás trazia um número
maior de crianças e jovens e hoje traz um numero cada vez mais crescentes de adultos e
idosos. O envelhecimento populacional traz muitas mudanças no estilo de vida das pessoas e
da sociedade como o aumento do número de lares formados somente por idosos, muitas vezes
sem um contato próximo com familiares, a prevalência de doenças crônicas que levam ao uso
cada vez maior de medicações para seu tratamento, e a constante presença do sentimento de
inutilidade trazido pela aposentadoria o que aumenta a sua fragilidade aumentando as chances
do aparecimento de doenças como a depressão. Esse trabalho objetiva refletir acerca da
Depressão Geriátrica (DG) e a atuação do profissional Enfermeiro auxiliando-o á prestar um
cuidado mais humanizado junto ao idoso que apresenta essa patologia. Segundo Duarte
(2007) a DG, que é um importante problema de saúde pública em virtude de sua alta
prevalência, frequente associação com comorbidades, impacto negativo na qualidade de vida
e risco de suicídio. Destaca-se que aproximadamente 15% a 20% dos idosos não
institucionalizados apresentam sintomas depressivos. As alterações funcionais próprias da
velhice, associadas à maior prevalência de doenças crônicas podem levar à perda da
independência funcional desse idoso, levando-o muitas vezes a desenvolver sentimentos como
tristeza, desesperança, pesar e fracasso. “A depressão é o problema de saúde mental mais
comum na terceira idade, tendo impacto negativo em todos os aspectos da vida, sendo assim
de
grande
relevância
na
saúde
pública.”
(TOURIGNY-RIVARD;
BUCHANAN;
CAPPELIEZ, 2006). Todo processo de envelhecimento acarreta alterações no organismo do
idoso, dentre elas destaca-se o declínio da função do sistema nervoso central, que por sua vez
é o principal fator de integração das atividades orgânicas e regulador da homeostase no
1
Resumo expandido.
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. Email: [email protected]
3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. Email: [email protected]
4
Doutoranda em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem - URI - Câmpus de Frederico
Westphalen. E-mail: [email protected]
2
ISBN 978-85-7796-110-8
40
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
organismo humano. Existem vários estudos sobre a ligação entre o envelhecimento celular e o
desenvolvimento da DG. Segundo Netto (2007, p. 115) ”os centros reguladores localizam-se
no cérebro que, no homem aos 70 anos tem uma redução de 5% de seu peso e após 90 anos a
redução é de 20%, esta atrofia é observada tanto na camada cortical como na substancia
branca”. O estudo de Brody demonstrou que o estoque de neurônios de um individuo é de
cerca de 10 bilhões, sendo que após, dos 25 aos 30 anos há uma perda diária de 50 a100 mil.
Essas alterações também acabam sendo na sensibilidade dos neurotransmissores. Estudos vêm
demonstrando que a neuroplasticidade, que é um mecanismo fundamental de adaptação
neuronal pelo qual aprendemos, memorizamos e nos adaptamos através das experiências
vividas, é prejudicada nos transtornos de humor tanto a nível estrutural, funcional e
morfológico o que dificulta a adaptação e as respostas dos neurotransmissores (FREITAS,
2011 p. 314). Além das alterações fisiológicas necessita-se dar ênfase às alterações psíquicas
e de sentimentos que envolvem esta fase. Geralmente o processo de envelhecimento está
ligado à fase de perdas da vida humana, perda do companheiro, a viuvez, morte de familiares
e amigos de seu convívio, limitações físicas e de movimento, a aposentadoria que traz
juntamente um sentimento de inutilidade e invalidez, estado econômico entre outros fatores
que somados aos biológicos aumentam a possibilidade de ocorrência de depressão no idoso. A
depressão constitui-se em uma condição psiquiátrica que abrange sintomas psicológicos,
comportamentais e físicos, podendo haver variações de pessoa para pessoa. Segundo a
Associação Americana de Psiquiatria, segundo o DSM-IV 1995 ,alguns sinais caracterizam a
depressão como: humor depressivo na maior parte do dia, quase todos os dias, referido
subjetivamente pelo paciente ou familiar; perda do interesse ou do prazer, na maior parte do
dia, quase todos os dias; agitação ou retardo psicomotor; fadiga e diminuição de energia;
diminuição da concentração e da memória, sentimentos de culpa e desesperança excessivos ou
inadequados; pensamento recorrente de morte ou suicídio. Sendo de relevante importância
diagnosticar a DG que, geralmente caracteriza-se por queixas de tristeza, desânimo e falta de
expectativa pela vida. O diagnóstico pode se dar com base em escalas que contribuam para
melhorar a detecção dessa patologia. Desta forma organizaram-se instrumentos para guiar o
profissional e ajudá-lo a melhor avaliar a DG. Algumas escalas de avaliação de sintomas
depressivos foram desenvolvidas e muitas delas têm sido utilizadas para o rastreamento de
tais sintomas na população idosa. É fundamental, portanto, que os profissionais de saúde
tenham familiaridade com as características da depressão no idoso e estejam preparados para
investigar a presença de sintomas depressivos entre aqueles em contato com eles. A aplicação
ISBN 978-85-7796-110-8
41
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
da Escala de Depressão Geriátrica visa Identificar a prevalência de depressão em idosos
hospitalizados e ainda caracterizar o perfil socioeconômico, demográfico e de morbidades
crônicas dos mesmos, para que assim, enquanto profissionais enfermeiros possamos atuar de
forma sensível e competente, acompanhando esse processo do envelhecimento e elaborando,
através dele, planos para o cuidado de enfermagem com base na realidade socioeconômica e
de saúde mental do idoso, buscando assim a melhor forma de tratamento para que o mesmo
possa se adaptar a sua vida e rotina normal na sociedade após a alta-hospitalar. o uso
sistemático de escalas de depressão pode facilitar a detecção desses casos na prática clínica.
Esta mesma evolução exige que as Áreas Técnicas Saúde do Idoso se adaptem à necessidade
de mudanças na linha de cuidados e da atenção dessa população, através da humanização do
atendimento, o incentivo de inovações, através da disseminação de conhecimentos específicos
para gestores e profissionais de saúde que atuam na rede, buscando parcerias e divulgando a
ideia do Envelhecimento Ativo (BRASIL, 2010). Para tanto o enfermeiro se torna primordial
para atender o idoso, pois compete ao enfermeiro as atividades de educação, cuidados ou
assistência direta, assessoria, planejamento e coordenação de serviço além de orientações e
avaliações, o profissional enfermeiro atua na prevenção, recuperação e reabilitação, tendo por
objetivo dar maior autonomia e independência ao paciente idoso em seu ambiente (NETTO,
2007). Sendo assim, o trabalho do Enfermeiro acaba sendo de primordial importância para a
promoção, recuperação da saúde, prevenção de doenças e agravos do idoso, pois este trabalho
acaba despertando no idoso um envelhecimento saudável e feliz, o despertando para uma
etapa da vida plenamente satisfatória.
Palavras-Chave: Depressão Geriátrica. Enfermagem. Idoso.
Referências
DUARTE, Meirelayne B.; REGO, Marco Antônio V. Comorbidade entre depressão e doenças
clínicas em um ambulatório de geriatria. Caderno de Saúde Pública, 2007.
TOURIGNY-RIVARD MF, Buchanan D, Cappeliez P, et al. The assessment and treatment
of depression. Toronto: Canadian Coalition for Seniors Mental Health; 2006.
ALMEIDA OP, ALMEIDA SA. Confiabilidade da versão brasileira da escala de depressão
em geriatria (GDS) versão reduzida. Arquivo Neuropsiquiatria, 1999.
ALMEIDA OP, ALMEIDA SA. Short versions of thegeriatric depression scale: a study of
their validity for the diagnosis of a major depressive episode according to ICD-10 and DSMIV. Int Journal Geriatric Psychiatry 1999.
ISBN 978-85-7796-110-8
42
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas e Estratégicas. Atenção à saúde da pessoa idosa e envelhecimento / Ministério
da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e
Estratégicas, Área Técnica Saúde do Idoso. – Brasília , 2010.
PAPALÉO NETO, Matheus. Tratado de Gerontologia/Matheus Papaleo Netto. 2 ed., São
Paulo: Editora Atheneu, 2007.
À beira do leito: geriatria e gerontologia na pratica hospitalar/organizadores João Toniolo
Neto,Vitor Last Pintarelli, Talita Hatsum Yamatto.-Barueri,SP: Manole, 2007.
PAPALEO NETTO, Matheus. Gerontologia: a velhice e o envelhecimento em visão
globalizada. São Paulo, SP: Atheneu, 2005.
FREITAS, Elisabete Viana de; PY, Lígia. Tratado de geriatria e gerontologia. 3. ed. Rio de
Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2011.
LUECKENOTTE, Annette Giesler. Avaliação em Gerontologia. 3. ed. Rio de Janeiro:
Reichmann & Affonso, 2002.
JORGE, Miguel R. (Coord.). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos
mentais:DSM - IV - TR. 4 ed. Porto Alegre: Grupo A, 1995.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Política Nacional de Atenção Básica / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012.
ISBN 978-85-7796-110-8
43
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
CREDIBILIDADE E EFEITOS DA MÚSICA COMO MODALIDADE
TERAPÊUTICA EM SAÚDE: RESENHA CRÍTICA1
Tatiane Salete Soder2
Odilara Centenaro3
Karine Simone dos Santos4
Tatiane Franco5
Juliane Soares6
Caroline Ottobelli7
INTRODUÇÃO: A música representa um legado cultural e histórico muito grande para a
nossa sociedade, e, além disso, pode ser uma modalidade terapêutica usada na área da saúde.
A partir disso, considera-se que a música pode trazer muitos benefícios às pessoas, melhora
do seu estado espiritual, físico e social, e consequentemente, a qualidade de vida. OBJETIVO:
Conhecer e discutir sobre a grande importância da musicoterapia como uma modalidade
terapêutica em saúde. METODOLOGIA: Este estudo trata-se de uma resenha crítica de um
artigo denominado “Credibilidade e efeitos da música como modalidade terapêutica em
saúde” de 2006, realizado na disciplina de Pesquisa em Enfermagem do VII semestre de
graduação em Enfermagem da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das
Missões (URI), sob orientação da professora Caroline Ottobelli, que ministra a disciplina.
DESENVOLVIMENTO: Esta resenha crítica está fundamentada na seguinte referencia:
FONSECA, K. C., et al. Credibilidade e efeitos da música como modalidade terapêutica em
saúde. Rev. Eletr. Enf., 2006. O referido artigo faz referência ao estudo da utilização da
música como um processo influente e eficaz no processo de cura de algumas enfermidades. A
pesquisa anualizada objetivou observar a percepção dos profissionais musicoterapeutas sobre
a credibilidade e aceitação da musicoterapia por seus clientes, tratando-se, portanto, de
pesquisa qualitativa, desenvolvida entre agosto de 2003 e junho de 2004, em Goiânia-GO.
1
Resumo expandido.
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen E-mail: [email protected].
3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
5
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: Tati. [email protected].
6
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen E-mail: [email protected].
7
Mestranda em Educação. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem Universidade Regional Integrada
do Alto Uruguai e das Missões Câmpus Frederico Westphalen – RS. E-mail: [email protected].
2
ISBN 978-85-7796-110-8
44
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
Fonseca, et al., (2003) buscou desenvolver um trabalho científico que ressaltasse o poder da
musicoterapia na humanização dos cuidados em saúde, uma forma inovadora, simples e
criativa que desenvolve uma sensação de paz, alegria, tranquilidade, descontração e bem estar
aos pacientes. Podemos dizer que a obra emerge num contexto inovador de atualizações
cientificas sobre musicoterapia, onde se observa a justificada relevância do estudo para a
época que foi elaborado, e até mesmo na atualidade, como uma obra disseminadora de
conhecimento, e necessária para uma evolução na área dos cuidados em saúde. Dessa forma
Barkes et al, (2003) define a musicoterapia como sendo “a utilização da música e/ou
instrumentos musicais (som, ritmo, melodia e harmonia) pelo musicoterapeuta e pelo cliente
ou grupo em um processo estruturado para facilitar e promover a comunicação, o
relacionamento, a aprendizagem, a mobilização, a expressão e a organização (física,
emocional, mental, social e cognitiva) para desenvolver potenciais ou recuperar funções do
indivíduo de forma que ele possa alcançar uma melhor integração intra e interpessoal e
consequentemente uma melhor qualidade de vida”. Diante dessa premissa, a musicoterapia é
uma ciência com potencial destaque no âmbito de buscar novas terapias para auxiliar o
tratamento de enfermidades e outros agravos à saúde. Também foi debatida a questão da
necessidade de integrar tal ciência às outras áreas da saúde, de forma que possa abranger um
espaço cada vez maior na sociedade, e não apenas em escolas especiais, clínicas e hospitais
psiquiátricos, e centros de reabilitação, como ocorre no Brasil. Giannotti e Pizzoli, (2004)
citam a existência de pesquisas sobre a atuação da música no tratamento de doenças
neurológicas como Alzheimer, Parkinson, dentre outras. Passarini, (2005), em seu estudo
sobre a musicoterapia, atuando na qualidade de vida do idoso institucionalizado, verificou que
tal ciência contribuiu para a melhora da qualidade de vida dos idosos da instituição,
principalmente no que diz respeito ao bem estar subjetivo, a alguns aspectos relacionados às
competências comportamentais. Além disso, alguns estudos indicam que “ouvir música afeta
a liberação de substâncias químicas cerebrais poderosas que podem regular o humor, reduzir a
agressividade e a depressão e melhorar o sono” (GIANNOTTI; PIZZOLI, 2004,). A partir da
leitura dessa obra, foi possível observar que a musicoterapia possui como principal objetivo a
terapia, porém, além disso, desenvolve a cognição, através da sensibilidade e de um incrível
potencial criativo. Além do mais, torna-se uma nova possibilidade de expressão, de vínculo e,
sobretudo de confiança entre o cliente, o profissional e a instituição de saúde. Podemos dizer
que como um método terapêutico mais humanizador, a musicoterapia possibilita uma
assistência diferenciada ao paciente, que passam a ser entendidos como sujeito ativos dentro
ISBN 978-85-7796-110-8
45
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
do processo saúde-doença. Isso faz dessa ciência uma terapia muito bem aceita, mas que
precisa da divulgação de suas teorias e mecanismos de ação que as fundamentem. Sabe-se que
desde a antiguidade a música era utilizada para fins terapêuticos. Padilha, (2008) enfatiza que
os povos da Suméria e Babilônia utilizavam instrumentos de sopro nos ritos de cura e nas
celebrações nos templos. Na Antiguidade, Pitágoras, sábio grego que acreditava no princípio
numérico como base da existência do universo, escutava o som das estrelas e por meio dessa
sonoridade curava seus discípulos. Platão e Aristóteles, por sua vez, indicavam melodias
construídas em determinados intervalos e escalas com o objetivo de colaborar com a formação
dos jovens. A música foi e é ciência. Backes et al., (2003) corroboram com esse perspectiva
ao afirmar que “a música é uma preciosa alternativa terapêutica, capaz de modificar atitudes e
comportamentos, estados de ânimo e, sobretudo, as relações interpessoais.” Outro fato
importante a ser considerado, é o fato de que a música é um elemento da expressão individual
e coletiva presente na vida cotidiana e reflete o meio cultural em que as pessoas vivem
(CUNHA, 2009). A partir dos dados citados anteriormente somos levados a refletir
criticamente e debater o papel da musicoterapia como um elemento terapêutico que produz e
expressa significados, como um método que viabiliza a mudança de comportamentos e
atitudes através de uma humanização eficiente e inovadora. Cabe também destacar a
necessidade de mais estudos envolvendo a musicoterapia, e seus potenciais benefícios.
Devemos, como prestadores de serviços da área da saúde, mais precisamente da enfermagem,
estar prestar atendimento humanizado ao nosso cliente, tratando-o não como ser biológico
fragmentado, mas como ser biopsicossocial, emocional, espiritual que ele é, fornecendo-lhe
atenção integral preparados e munidos de todas a formas de tratamento disponíveis.
CONCLUSÃO: Como vimos o poder da música pode auxiliar muito nossa prática
profissional do cuidado, representando uma medida terapêutica eficaz para muitos dos
problemas da nossa sociedade.
Palavras-chave: Musicoterapia. Enfermagem. Terapia musical.
Referências
BACKES, D.S. et al. Música: terapia complementar no processo de humanização de uma
CTI. Revista Nursing, v. 66, n. 6, p. 37-42, 2003.
ISBN 978-85-7796-110-8
46
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
GIANNOTTI, L.A.; PIZZOLI, L.M. Musicoterapia na dor: diferenças entre os estilos jazz e
new age. Revista Nursing, v. 71, n. 7, p. 35-41, 2004. NUNES, J. A. Um discurso sobre as
ciências 16 anos depois. São Paulo: Cortez, 2004.
PASSARINI, L. B. F. A musicoterapia atuando na qualidade de vida do idoso
institucionalizado - caminhando pela psicogerontologia Trabalho apresentado como conclusão
do curso de extensão Psicogerontologia: Fundamentos e Perspectivas ministrado no
COGEAE-PUC, 2005.
CUNHA, R. Musicoterapia Na Abordagem Do Portador De Doença De Alzheimer. FAPGOV, 2005.
ISBN 978-85-7796-110-8
47
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
SINDROME DE BURNOUT EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE E SUA
CORRELAÇÃO COM A HUMANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA1
Tatiane Salete Soder2
Odilara Centenaro3
Karine Simone dos Santos4
Tatiane Franco5
Juliane Soares6
Caroline Ottobelli7
INTRODUÇÃO: Muitos são os problemas vivenciados pelos profissionais de saúde, e estes
podem levar ao desenvolvimento de acidentes de trabalhos, de doenças profissionais ou até
certos agravos. É nesta perspectiva que a Síndrome de Burnout (SB), uma doença
característica dos profissionais da saúde, assume uma das justificativas relacionadas à falta de
humanização no atendimento em saúde, uma vez que a mesma está relacionada à exaustão
emocional, desumanização, despersonalização ou cinismo, decepção, diminuição da
realização pessoal. Esta patologia representa um desafio ao papel de gerenciamento do
enfermeiro, em virtude dos tantos paradigmas que podem comprometer o trabalho da equipe
profissional. OBJETIVO: Em vista do exposto, este trabalho teve como objetivo dissertar
sobre a SB e sua correlação com a humanização da assistência prestada. METODOLOGIA:
Este estudo trata-se de uma revisão bibliográfica realizada na disciplina de Pesquisa em
Enfermagem do VII semestre de graduação em Enfermagem da Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), realizado no primeiro semestre de 2013, sob
orientação
da
professora
Caroline
Ottobelli,
que
ministra
a
disciplina.
DESENVOLVIMENTO: O trabalho é o principal mediador da realização social do individuo
e, não há nada que possa substitui-lo desta função. (DEJOURS, 1992). Diante deste aspecto,
Santos e Miranda (2007), mencionam que as pessoas são instigadas sempre a melhorar, a
aumentar a produção e incrementar o consumo econômico, porém, esse processo de trabalho
1
Resumo expandido.
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen E-mail: [email protected].
3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
5
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: Tati. [email protected].
6
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen E-mail: [email protected].
7
Mestranda em Educação. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Missões Câmpus Frederico Westphalen – RS. E-mail: [email protected].
2
ISBN 978-85-7796-110-8
48
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
pode ser fonte de sofrimento e desiquilíbrio quando este não corresponde às demandas do
contexto social. Tironi (2005) corrobora esta assertiva ao relatar que essa interação entre
indivíduo e trabalho, e sua vivência na construção da sua trajetória laboral, podem se
configurar como fonte de gratificação, ou ainda como fonte de estresse. Esse estresse pode a
longo prazo ocasionar certas patologias, ou ainda agrava-las. Segundo Carlotto (2006) nos
últimos anos os estudiosos do assunto têm demonstrado que o estresse e seus efeitos
acarretam danos tanto ao organismo e à mente humana quanto à qualidade e à longevidade da
vida. Desta forma, o trabalho pode ser fonte de varias doenças e agravos, (BOLZAN, 2012), e
em virtude disto o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) sancionou o Decreto n° 3.048,
de 6 de maio de 1999, que aprova o Regulamento da Previdência Social e dimensiona as
doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho (BRASIL, 2001) dentre elas a Síndrome de
Burnout (SB). Esta patologia pode ser definida como “um dos fenômenos típicos decorrentes
do desequilíbrio no vínculo indivídual – trabalho/ organização” (TAMAYO, 2002). A SB, ou
também conhecida como esgotamento profissional, caracteriza-se de uma síndrome
psicológica, decorrente da tensão emocional crônica no trabalho, constituída pelas dimensões:
Exaustão Emocional, Desumanização, Despersonalização ou Cinismo, e Decepção,
denominada também Diminuição da Realização Pessoal ou Ineficácia (MASLACH;
SCHAUFELI; LEITER, 2001; TAMAYO, 2008). Esta patologia merece bastante atenção,
visto que, ela “produz sérias repercussões, tanto no âmbito laboral como pessoal. Afinal, a
saúde laboral dos profissionais de saúde pode repercutir tanto na qualidade da atenção
prestada como no seu grau de formação” (FRANCO et al, 2011), além disso, representa uma
importante taxa de absenteísmo e de abandono da profissão. (GIL-MONTE, 2003). As áreas
do trabalho que têm mais prevalência de desenvolvimento da SB são categorias ocupacionais
cujo trabalho implicam em intenso contato com as pessoas em atividades vinculadas à
proteção e ao cuidado, e aquelas que são mediadas pela afetividade, tais como os profissionais
da saúde, da educação e de segurança (os policiais). (TRONI, 2005). Vários autores da
literatura científica apontam a enfermagem como a área profissional mais susceptível ao
Burnout (RISSARDO; GASPARINO, 2013; SCHIMIDT et al., 2013; FRANCO et al., 2013;
TAMAYO, 2009; ALVAREZ VERDUGO; PIETRO BOCANEGRA, 2013), e é considerada
também a quarta profissão mais estressante no setor público, segundo a Health Education
Authority, devido ao constante contato com doenças, o que expõe a equipe a fatores de risco
de natureza física, química, biológica e psíquica (RISSARDO; GASPARINO, 2013 ). Um
fator condicionante pata tal, é um estudo realizado pela Associação Internacional do Controle
ISBN 978-85-7796-110-8
49
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
do Estresse no Brasil (ISMA/BR - International Stress Managemet Association of Brazil),
define que 30% dos profissionais brasileiros sofrem de Bournout Segundo o levantamento, a
doença causa um prejuízo de aproximadamente 4,5% no PIB (Produto Interno Bruto) nacional
ao ano. (ISMA, 2006). As características principais são a exaustão, o ceticismo e a
ineficiência, com 94% dos doentes se sentindo incapacitados para trabalhar, e 89% praticando
presenteísmo, ou seja, estão presentes no trabalho, mas não conseguem realizar as tarefas
propostas. Entre os sintomas, 93% dos afetados alegam sentir exaustão, 86%, irritabilidade,
82%, falta de atenção e 74% têm dificuldade de relacionamento no ambiente profissional.
Além disso,outros 47% sofrem de depressão. No geral, diz o Instituto, 70% dos brasileiros
sofrem de estresse, o que faz o país ocupar a segunda colocação entre oito países pesquisados,
ficando atrás somente do Japão. (ISMA-BR 2006). Denota-se ainda, que há uma característica
bastante peculiar e interessante desta síndrome, que se define pela dificuldade do profissional
em lidar com as emoções de seus pacientes levando-o a tratá-los de forma impessoal e
desumanizada. (MASLACH, 1976). “Neste caso, o profissional de saúde pode utilizar-se de
estratégias negativas para enfrentar a situação, distanciando-se de seus pacientes e passando a
encará-los como algo totalmente destituído de qualidades humanas.” (SOUSA e SILVA
2002). Essas atitudes estão diretamente ligadas a uma questão, que se constitui hoje como um
dos assuntos mais discutidos no âmbito nacional da saúde, que é a humanização do
atendimento. Esse debate provem de uma realidade insatisfatória perante a saúde brasileira, e
a forma como são tratados os pacientes. O termo Humanização em saúde remete a
recuperação dos valores humanos esquecidos, e desponta em um momento em que a
sociedade passa por uma revisão de valores e atitudes (RIOS, 2009). Diante deste panorama
colidimos com uma questão de existência: Humanizar o quê? Por acaso não somos humanos?
A humanização da assistência constitui hoje um dos assuntos mais discutidos no âmbito
nacional da saúde. Esse debate provém de uma realidade insatisfatória perante a saúde
brasileira, e a forma como são tratados os pacientes. Um estudo publicado em 2012 realizado
com jornalistas onde foi avaliada a percepção de representantes da imprensa escrita a respeito
da humanização do atendimento em saúde, onde foram identificadas algumas lacunas frente a
este assunto, tais como varias histórias de "desumanização"; atendido de forma inadequada;
atitudes básicas como chamá-lo pelo nome, em vez de, por exemplo, referir-se a
acompanhantes de pacientes como "mãezinha", "paizinho" ou "vovó"; falta de atenção e a
necessidade de atendimento integral ou holístico. (ORTONA; FORTES, 2012). A
humanização num sentido amplo, além de promover a melhoria da prestação de cuidados, dirISBN 978-85-7796-110-8
50
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
se-ia que se trata de incentivar, por todos os meios possíveis, a união e colaboração
interdisciplinar de todos os envolvidos, não descriminando os diferentes níveis hierárquicos,
assim como a organização para a participação ativa e militante dos utilizadores nos processos
de prevenção, cura e reabilitação (NUNES; BRANDÃO, 2007). Humanizar não e apenas
suavizar a convivência em saúde, mas sim uma grande oportunidade de intervenção para a
organização, na luta contra a falta desta (Simões, 2008). Em muitos locais a falta de condições
técnicas, seja de competências, seja de materiais, torna desumanizante o atendimento e a
prestação de cuidados (NAGAHAMA; SANTIAGO, 2008). Nesta perspectiva, o Ministério
da saúde (2001), lançou o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar
(PNHAH) que busca resgatar o respeito à vida humana: "a Humanização abrange
circunstâncias sociais, éticas, educacionais e psíquicas presentes em todo o relacionamento
humano" (BRASIL, 2001 B). Humanizar a assistência em saúde implica dar lugar tanto à
palavra do utilizador como aos profissionais de saúde, de forma que possam fazer parte de
uma rede de dialogo, que planeie e promova as ações, campanhas, programas e politicas
assistenciais a partir da dignidade ética da palavra, do respeito, do reconhecimento mutuo e da
solidariedade (BEHRUZI et al., 2010). “A humanização do atendimento é uma necessidade
gritante nos serviços de saúde. A falta de comprometimento, respeito e atenção por falta do
profissional são umas das principais causas de insatisfação do usuário.” (MOIMAZ, et al,
2010). Diante deste fato, torna-se notável a importância do conhecimento da patologia
descrita, pois pode resultar em intervenções no campo da saúde hospitalar na região em
estudo, principalmente com o enfoque no que se quer imprimir: Será que uma parcela dessa
realidade de falta de qualidade e humanização no serviço de saúde, mesmo que pequena, não
é mascarada pela SB? CONCLUSÃO: Diante do exposto, considera-se fundamental que o
profissional enfermeiro conheça esta patologia em virtude da sua atuação gerencial na
enfermagem, pois esta pode representar uma doença causada pelo próprio trabalho laboral da
profissão que pode se tornar incapacitante. Ademais, vale ressaltar que a humanização
compreende a essência do cuidado de enfermagem, isto se resume tanto no âmbito da
qualidade do trabalho, quanto na assistência prestada.
Palavras-chaves: Síndrome de Burnout. Humanização do atendimento em Saúde. Doenças
Ocupacionais.
Referências
ISBN 978-85-7796-110-8
51
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
ALVAREZ VERDUGO, Lina Patricia; PRIETO BOCANEGRA, Brigitte Migdolia.
Prevalncia de desgaste profesional en personal de enfermería de un hospital de tercer nivel de
Boyacá, Colombia. Enfermería globlal, Murcia, v. 12, n. 29, 2013.
BEHRUZI R, HATEM M, FRAZER W, GOULET L, LI M, MISAGO C: Facilitations and
barriers in the humanization of childbirth pratice in Japan. BMC Pregnancy and Childbirth
10; 2010: 25.
BRASIL. Ministério da Saúde do Brasil. Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil.
Doenças relacionadas ao trabalho: Manual de Procedimentos para os Serviços de Saúde.
Série A. Normas e Manuais Técnicos; n. 114. 580 p. Brasília/DF – Brasil. 2001.
BRASIL B. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde Programa Nacional de
Humanização da Assistência Hospitalar /Ministério da Saúde, Secretaria de Assistência à
Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde. 60p. Série C. Projetos, Programas e Relatórios, n. 20.
Brasília, 2001.
BRAVERMAN, H. Trabalho e Capital Monopolista: a degradação do trabalho no Século
XX. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1987.
DEJOURS, C. A Loucura do Trabalho: estudo da psicopatologia do trabalho. São Paulo:
Cortez-Obori, 1992.
FRANCO, Gianfábio Pimentel et al . Burnout em residentes de enfermagem. Revista da
Escola de Enfermagem. USP, São Paulo, v. 45, n. 1, mar. 2011 .
Gil-Monte PR. El síndrome de quemarse por el trabajo (síndrome de Burnout) en
profesionales de enfermería. Revista Eletrônica Interação Psicossocial. Valencia
v. 1, n. 1:19-33, 2003.
MASLACH, C. LEITER, M. P. Trabalho: fonte de prazer ou desgaste. Campinas: Papirus,
1999.
MASLACH, C., SCHAUFELI, W. B., & LEITER, M. P. Job burnout. Annual Review of
Psychology, 52, 397-422. 2001.
MOIMAZ, S. A. S., SALIBA, N. A., ZINA, L. G., SALIBA, O., & GARBIN, C. A. S.
(2010). Práticas de ensino-aprendizagem com base em cenários reais. Interface Comunicação, Saúde, Educação, 14(32), 69-79.
NAGAHAMA; SANTIAGO S. Práticas de atenção ao parto e os desafios para a humanização
do cuidado em dois hospitais vinculados ao Sistema Único de Saúde em município da Região
Sul do Brasil. Caderno de Saúde Pública, v. 24 n. 8; 2008: 1859-1868.
RIOS, Izabel Cristina. Caminhos da humanização na saúde : prática e reflexão. São Paulo:
Áurea Editora, 2009.
RISSARDO, Marina Pereira; GASPARINO, Renata Cristina. Exaustão emocional em
enfermeiros de um hospital público. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, mar. 2013.
ISBN 978-85-7796-110-8
52
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
SANTOS, A. S; MIRANDA, S. M. R. C. de. A enfermagem na gestão em atenção
primária à saúde. Barueri: Manole, 2007.
SANTOS, N. & FIALHO, F. A. P. Manual de análise ergonômica do trabalho. Curitiba:
Gênesis Editora, 1995.
SANTOS, M. S. dos; TREVIZAN, M. A. Sofrimento psíquico no trabalho do enfermeiro.
Nursing. São Paulo, n. 52, p. 23-28, set. 2002.
SCHMIDT, Denise Rodrigues Costa et al . Qualidade de vida no trabalho e burnout em
trabalhadores de enfermagem de Unidade de Terapia Intensiva. Revista brasileira de
enfermagem, Brasília, v. 66, n. 1, feb. 2013.
SILVA, Jorge Luiz Lima da, DIAS, André Campos, TEIXEIRA, Liliane Reis. Discussão
sobre as causas da Síndrome de Burnout e suas implicações à saúde do profissional de
enfermagem. AQUICHAN. v. 12 n. 2 , p. 144-159. CHÍA, COLOMBIA - AGOSTO 2012.
SOUZA, W. C.; SILVA, A. M. M. A influência de fatores de personalidade e de organização
do trabalho no burnout em profissionais de saúde. Revista Estudos de Psicologia, Campinas,
v. 19, n. 1, p. 37-48, 2002.
TAMAYO, M. R. Burnout: Aspectos gerais e relação com o estresse no trabalho. In A.
Tamayo (Ed.), Estresse e cultura organizacional. São Paulo, SP: Casa do Psicólogo. p. 75105. 2008.
TAMAYO, Maurício Robayo. Burnout: relações com a afetividade negativa, o coping no
trabalho e a percepção de suporte organizacional. 2002. 165 p. (Tese Instituto de Psicologia) Universidade de Brasília, Brasília, 2002.
TIRONI, Márcia Oliveira Staffa. A síndrome de burnout em médicos pediatras: um estudo
em duas organizações hospitalares. 2005. 147f. Dissertação (Mestrado em Filosofia e
Ciências Humanas) – Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2005.
ISBN 978-85-7796-110-8
53
RESUMOS SIMPLES
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
A ORGANIZAÇÃO DO VER-SUS ENQUANTO PROCESSO DE FORMAÇÃO
DE PROTAGONISTAS SOCIAIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA1
Ana Carolina Fabris Laber2
Caroline Rossetto3
Greici Kelli Tolotti4
Edinara Ragagnin5
Carla Argenta6
O Estágio de Vivências e Realidades no Sistema Único de Saúde (VER-SUS) é um estágio de
vivências, realizado e organizado por estudantes e representantes da comunidade acadêmica e
realizado por acadêmicos de graduação e nível técnico e tem o objetivo – como o próprio
nome diz – de conhecer a realidade do Sistema Único de Saúde (SUS), na prática do
quotidiano das mais diversas instituições de saúde em âmbito regional. Na elaboração do
VER-SUS Inverno 2013 da 19ª Coordenadoria Regional de Saúde, cinco, dos dez viventes da
edição de Verão 2013, reuniram-se com alguns representantes da Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Missões Câmpus de Frederico Westphalen, Universidade
Federal de Santa Maria e a coordenadora da Comissão de Integração Ensino e Serviço (CIES)
Regional e elaboraram um cronograma com datas e locais a serem visitados. Em um segundo
momento, a coordenadora da CIES elaborou ofícios que foram encaminhados aos gestores
municipais de saúde dos municípios que seriam visitados pelo projeto. A seleção dos
facilitadores e viventes deu-se por meio de inscrições realizadas no site do Observatório
T.I.C. em Sistemas e Serviços de Saúde (OTICS), sendo que os facilitadores são os viventes
que coordenam as atividades e foram devidamente capacitados para tal atividade em um
evento realizado em Porto Alegre. Nesta vivência foram selecionados vinte estudantes
versusianos e quatro facilitadores, havendo a desistência de apenas um estudante versusiano.
As vivências se deram no período de férias de inverno, embora alguns estudantes oriundos de
universidades públicas ainda estivessem em período letivo, o que fez com que fosse permitida
1
Resumo Simples.
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
5
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
6
Mestre em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem Universidade Regional Integrada
do Alto Uruguai e das Missões Câmpus Frederico Westphalen – RS. E-mail: [email protected].
2
ISBN 978-85-7796-110-8
55
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
maior flexibilidade no cronograma para ajustar os horários e dias de vivências às provas finais
destes. Para Paulo freire, “Se a educação, sozinha, não pode transformar a realidade,
tampouco sem ela a sociedade muda”. É neste sentido que o VER-SUS age no quotidiano dos
seus viventes, ao tirar o acadêmico de sua zona de conforto e levá-lo até os serviços de saúde,
para que diante da visão dos profissionais e, sobretudo dos usuários do sistema, possa
compreender e planejar os seus meios de atuação para/com o complexo e aprimorado Sistema
Único de Saúde brasileiro. Organizar esta vivência é uma oportunidade ímpar na vida
acadêmica de qualquer estudante, pois, aprimora a visão gerencial, organizativa e de trabalho
em equipe multidisciplinar dos acadêmicos. Sabendo que depois de formados, estes se
deparam atuando como profissionais, frente a uma equipe, e terão que trabalhar com a
coletividade e em grupo, e muitas vezes a universidade não tem espaço suficiente para
ampliar essa formação dos estudantes. Desta forma, estar organizando um projeto como o
VER-SUS nos auxilia e prepara para sairmos da graduação com um conhecimento prático
aprimorado.
Palavras-chave: Educação Continuada. Enfermagem.
ISBN 978-85-7796-110-8
56
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
ENFERMAGEM: A ARTE DO CUIDAR1
Ana Luisa Ramayer Palinski2
Larissa Berghetti3
Adriana Rotoli4
Na disciplina de Introdução à enfermagem, vimos que a enfermagem é o cuidado do ser
humano em todos os aspectos. Não é só com a saúde, mas também, o seu psicológico. Estuda
reconhecendo-o pelo modo de pensar e agir, e suas potencialidades, observando suas
necessidades e objetivos. O ato de cuidar exige conhecimento, paciência e responsabilidades
com seus pacientes, o enfermeiro tem o dever de proporcionar a proteção, a promoção e a
recuperação da saúde. Portanto, é um trabalho sensível e humano, que fortalece a relação de
quem cuida e quem esta sendo cuidado. No decorrer das aulas, através do estudo sobre a
precursora da enfermagem, Florence Nighingale, aprendemos que capacitavam-se, pessoas
para cuidar de pessoas sendo esta uma das principais características da enfermagem;
descobrimos também que o enfermeiro precisa utilizar o conhecimento cientifico, sua
capacidade de observação e percepção que juntamente com o diálogo vão proporcionar um
melhor ambiente e compreensão da necessidade do paciente, objetivando assim uma melhor
recuperação. O cuidar é dar qualidade à relação profissional da saúde-paciente. É saber ouvilo acolhendo suas angústias e medos diante da fragilidade do estado em que se encontra. O
autoconhecimento pessoal é uma grande ferramenta para o cuidado, o imaginar-se no lugar do
outro e, pelo menos tentar atingir as necessidades daquele que está sendo cuidado é essencial
para uma boa recuperação e relação paciente-enfermeiro.
Palavras- chave: Cuidado. Objetivos. Florence.
1
Resumo Simples.
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
4
Mestre em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem Universidade Regional Integrada
do Alto Uruguai e das Missões Câmpus Frederico Westphalen – RS. E-mail: [email protected].
2
ISBN 978-85-7796-110-8
57
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
ESTÁGIO DE VIVÊNCIA NO SUS (VER-SUS) COMO FERRAMENTA DE
FORMAÇÃO ACADÊMICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA1
Caroline Rossetto2
Greici Kelli Tolotti3
Edinara Ragagnin4
Ana Carolina Fabris Laber5
Carla Argenta6
Introdução: Com a finalidade de aproximar os estudantes das diversas realidades sociais, o
movimento estudantil propôs os estágios de vivência, como alternativa de prática da formação
que utiliza a metodologia problematizadora. Os estágios se caracterizam por permitir espaços
de encontros entre estudantes e determinadas realidades, de modo que os mesmos possam
refletir sobre as ações sociais ali desencadeadas com base nas realidades vividas. Apresentam
característica de imersão com duração de 15 a 20 dias. Este projeto utiliza metodologias ativas
de ensino-aprendizagem, facilitadas por estudantes qualificados previamente por experiência
de estágio de vivência ou por envolvimento nas causas sociais do movimento estudantil.
(TORRES, 2013). O presente resumo tem como finalidade discorrer acerca do projeto VERSUS o qual objetiva proporcinar uma formação ampliada de profissionais mais qualificados e
comprometidos com os princípos e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), além de
possibilitar de que esses acadêmicos tornen-se protagonistas da sua formação acadêmica e
enquanto usuario. O VER-SUS é um projeto do Ministério da Saúde realizado através da
Rede Unida, juntamente com a Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul em parceria
com as Coordenadorias Regionais de Saúde. O estágio possibilita aos acadêmicos conhecer as
Redes de Atenção à Saúde, e gestão do sistema a nível municipal e regional. O mesmo
aconteceu de 12 a 26 de julho de 2013, na região de cobertura da 19ª Coordenadoria Regional
de Saúde, com visitas aos municípios previamente selecionados por uma comissão local
organizadora. Realizar essa vivência possibilitou aos acadêmicos enquanto protagonistas de
1
Resumo expandido.
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
5
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
6
Mestre em Enfermagem. Professora do curso de graduação em Enfermagem na Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
2
ISBN 978-85-7796-110-8
58
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
um processo, vivenciar momentos que a sala de aula e sequer os estágios curriculares
proporcionam com tal intensidade. Isto porque, esses estágios nos proporcionam um olhar
enquanto profissional, e enquanto usuário do sistema de saúde. Podendo ser compreendido o
quanto os estágios extracurriculares proporcionam visão crítica de como queremos atuar no
meio acadêmico e futuramente enquanto profissionais nos serviços de saúde. Para que os
estudantes possam compreender o sistema e começar a trabalhar nessa linha de
funcionamento, é necessário que existam campos de estágio com maior funcionalidade do
SUS, pois muitas vezes a visualização desses locais os instiga a querer atuar sim, como
profissionais que lutam pelo SUS como ele deve ser, segundo seus princípios e diretrizes.
Assim, o estágio VER-SUS e outros estágios extracurriculares contribuem significativamente
para o conhecimento e aprendizado, pois saimos da nossa “zona de conforto” e nos
desafiamos a viver realidades e momentos diferentes, podendo assim, atuar como agentes
transformadores da realidade do sistema atual.
Palavras-chave: Saúde Pública. Sistema Único de Saúde. Protagonismo Estudantil.
Referência
TORRES, O. M. A proposta metodológica dos estágios de vivência no sistema único de
saúde: um resgate histórico. Caderno de Textos (Coleção VER-SUS Brasil). Porto Alegre,
Rede Unida, 1 ed. 2013, p. 7.
ISBN 978-85-7796-110-8
59
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
IMPORTÂNCIA DAS AULAS DE FUNDAMENTOS DO CUIDADO HUMANO:
RELATO DE EXPERIÊNCIA1
Elisandra Cristina Martins2
Laura Gerber Franciscatto3
Durante as aulas de Fundamentos do Cuidado Humano I, no III semestre do curso de
Graduação em Enfermagem, aprendemos quais são os procedimentos realizados pelo
enfermeiro dentro do hospital ou de qualquer unidade de saúde, sobre a importância de se
estabelecer o diálogo com o paciente, orientar sobre cada procedimento que será realizado, e
sobre como é importante para o tratamento do paciente ser atendido por um profissional
competente, atencioso e paciente. Aprendemos que existem alguns cuidados de enfermagem
que devemos ter como, por exemplo: ao realizar uma sondagem vesical, o enfermeiro deve
sempre colocar um biombo no quarto para preservar a privacidade do paciente, deve explicar
o porquê de estar colocando a sonda, para que ela serve, orientar o paciente e seus familiares
sobre cuidados com a sonda, perguntar ao paciente se ele está sentindo dor ou algum
desconforto ou se apresenta dúvidas. Ao fazer uma avaliação, o enfermeiro deve ter uma
visão bem ampla do paciente, observá-lo no geral, e não atentar somente para a região onde o
paciente refere dor. Na hora do banho de leito enfermeiro deve observar se o paciente
apresenta alguma lesão ou úlceras de decúbito, em pacientes acamados deve-se proporcionar
mudança de decúbito de duas em duas horas e deixar os lençóis sempre bem esticados para
evitar escaras, proporcionar ao paciente um colchão piramidal se necessário, manter sempre
diálogo com o paciente, ouvir suas queixas, transmitir- lhe segurança, explicar-lhe como é a
rotina do hospital, observar se o quarto está em ordem, se a cama está bem arrumada, lavar as
mãos antes e depois de qualquer procedimento, usar luvas sempre para proteger a si mesmo e
ao paciente. Sendo a evolução de enfermagem um documento é de suma importância que todo
o cuidado prestado ao paciente seja evoluído. As aulas de Fundamentos do Cuidado Humano
I foram muito importantes para mim, pois através delas eu aumentei de forma significativa
meu conhecimento sobre o ato de cuidar, percebi que cada paciente deve ser tratado da
melhor maneira possível independentemente de sua cor, raça, religião ou classe social. Não é
1
Resumo simples.
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
3
Mestre em Genética e Toxologia. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Missões Câmpus Frederico Westphalen – RS. E-mail: [email protected].
2
ISBN 978-85-7796-110-8
60
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
fácil estar em um lugar onde se vê sofrimento, porém acredito que a maior recompensa seja
poder ver o paciente recuperado e agradecido.
Palavras-chave: Paciente. Enfermeiro. Cuidados de enfermagem.
ISBN 978-85-7796-110-8
61
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
FLORENCE NIGHTINGALE: A ENFERMAGEM RECONHECIDA COMO
PROFISSÃO1
Jéssica Vendruscolo2
Samer Stumm da Silva3
Adriana Rotoli4
Há muitos anos a Enfermagem não era considerada como profissão. Diante disso, sabe-se que
houve diversas fases pelas quais as pessoas acreditavam que a doença era um castigo, e que
indivíduos que cometiam delitos tinham como punição o cuidado aos doentes, por exemplo.
Isso só pôde ser mudado ao longo dos anos e quem proporcionou essa mudança foi Florence
Nightingale. Nascida em 12 de Maio de 1820 Florence seria a mais nova “empreendedora” na
enfermagem, pois deixara a sua vida em família da alta sociedade para servir ao cuidado
humano. Avançada para a sua época, mas ao mesmo tempo conservadora dos direitos
humanos, Florence foi uma mulher bem formada e culta, digna de ser fundadora da
Enfermagem Moderna. Seu cuidado e atenção para com os pacientes fizeram-na muito
famosa, principalmente na Guerra da Crimeia (1854-1856), afirmando a profissão de
Enfermagem, iniciando sua caminhada para o estatuto de ícone e lenda. Sendo assim, ela
popularizou o exercício da Enfermagem, permitindo o estabelecimento de uma nova profissão
para a mulher. Recorreu aos seus conhecimentos para influenciar a política de saúde de seu
tempo. Suas palavras sábias convenciam, de certa forma quem as ouvissem, e acabava
obedecendo aos pedidos de Florence, que visava o bem-estar de seus pacientes acima de tudo.
A sua obra foi de tal forma revolucionária e avançada que lhe permitiu um alcance mundial
considerado pedra base na profissionalização da Enfermagem. Os cuidados e ensinamentos de
Florence Nightingale são empregados até hoje, e por mais que já tenham sido “lapidados” e
não sejam os mesmos, devemos dar a devida importância a quem deu os primeiros passos na
longa caminhada, que é a Enfermagem.
Palavras-Chave: Enfermagem. Profissionalização. Florence Nightingale.
1
Resumo simples.
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Câmpus de
Frederico Westphalen. Email: [email protected].
3
Graduando em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
4
Mestre em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem Universidade Regional Integrada
do Alto Uruguai e das Missões Câmpus Frederico Westphalen – RS. E-mail: [email protected].
2
ISBN 978-85-7796-110-8
62
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
PRIMEIRO CONTATO COM O SERVIÇO DA SAÚDE: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA1
Larissa Berghetti2
Ana Luisa Ramayer Palinski3
Adriana Rotoli4
Na disciplina de Introdução à Ciência e à Arte no Cuidado da Enfermagem, fomos convidados
pela Professora da disciplina para realizarmos nossa primeira aula prática, visitando a
Instituição Asilar, Lar dos Idosos e a Unidade Básica de Saúde de Frederico Westphalen. O
objetivo foi nos familiarizarmos e conhecermos os diversos ramos de trabalho que a
graduação em enfermagem pode nos oferecer. Antes de decidirmos ingressar neste curso,
realizáramos os primeiros contatos e assistir as primeiras aulas, a visão sobre essa profissão
era diferente, menos ampla. Muitos até mesmo acreditavam que os únicos campos de trabalho
eram o hospitalar e a saúde pública, mas depois de discussões em sala de aula pode-se notar
que a enfermagem vai muito além disso. Descobrimos que o enfermeiro pode trabalhar em
atendimento domiciliar, pediatria, psiquiátrica, geriatria, médico-cirúrgica, resgate, pesquisa
clínica, escolas, creches, entre várias outras, desempenhando funções como cuidar de
pacientes, comandar equipes de técnicos, dar assistência, acompanhar, avaliar, ajudar em
tratamentos, atender em ambulatórios, organizar projetos de pesquisas, administrar atividades,
planejar, orientar a população sobre a prevenção de doenças e promover a saúde coletiva. São
diversas e diferentes as opções em que podemos nos especializar para a atuação no mercado
do trabalho, mas a dedicação, o amor, o cuidado, a responsabilidade e o objetivo que é
promover, manter e restabelecer a saúde das pessoas é o mesmo. No decorrer das aulas
tomamos consciência também que o enfermeiro não atua sozinho, ele trabalha em conjunto,
interagindo com as demais profissões relacionadas no sistema de cuidados, interações e
relações para o processo do cuidado a saúde. Portanto, o enfermeiro deve ter competências
técnicas, responsabilidade e acima de tudo, conhecimento sobre o que faz, ele deve estar
sempre se aperfeiçoando, buscando mais aprendizado garantindo assim, qualidade no que faz.
Palavras chaves: Campo de trabalho. Responsabilidade. Conhecimento.
1
Resumo simples.
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
4
Mestre em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem Universidade Regional Integrada
do Alto Uruguai e das Missões Câmpus Frederico Westphalen – RS. E-mail: [email protected].
2
ISBN 978-85-7796-110-8
63
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
EXPECTATIVAS DOS ALUNOS DE ENFERMAGEM FRENTE ÀS
PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS PRÁTICAS NO LABORATÓRIO1
Mainara Fabiane Da Silva2
Adriel Machado3
Carina Ercio4
Laura Gerber Fransciscatto5
A disciplina de Fundamentos do Cuidado Humano ministrada no Curso de Graduação em
Enfermagem da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e Das Missões –Câmpus Frederico Westphalen/RS, nos deixou a par de todas as técnicas e funções que são cabíveis a
nos enfermeiros em um âmbito hospitalar e rede básica de saúde. Essa disciplina foi de suma
importância para a nossa vida acadêmica e profissional sendo que nela aprendemos tudo o que
é posto em prática. Esta disciplina é muito esperada por nós acadêmicos, empolgados para
saber cada detalhe de cada prática, cada trabalho a ser feito corretamente para que não haja
erros. As praticas que foram desenvolvidas ao longo da disciplina foram as que costumam ser
feitas por nós enfermeiros diariamente na área hospitalar: cama hospitalar, aplicação de
medicamentos por via subcutânea, intradérmica, intramuscular, endovenosa, punção venosa
com soroterapia, banho de leito e aspersão, sondagens gástrica e enteral, sondagem vesical de
alívio, sondagem vesical de demora, curativos, retirada de pontos, cuidados com a colostomia,
oxigenioterapia, administração de medicações entre outros. Durante as aulas surgiram
dúvidas, perguntas, mas todas foram resolvidas e o aprendizado será levado por todos nós, é
sim, realmente, um estudo que não será esquecido. A primeira experiência prática em
laboratório para o acadêmico de enfermagem pode ser a chave que abrirá ou fechará as portas
de uma carreira.
Palavras chave: Enfermagem. Práticas. Introdução.
1
Resumo simples.
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
3
Graduando em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected]
4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
5
Mestre em Genética e Toxologia. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Missões Câmpus Frederico Westphalen – RS. E-mail: [email protected].
2
ISBN 978-85-7796-110-8
64
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
RELATO DE EXPERIÊNCIA DA DISCIPLINA SEMIOLOGIA E
SEMIOTÉCNICA DA ENFERMAGEM1
Mainara Fabiane Da Silva2
Adriel Machado 3
Carina Ercio 4
Carla Argenta5
Este resumo retrata a experiência vivenciada na disciplina de Semiologia e Semiotécnica da
Enfermagem II, componente curricular do IV semestre do curso de graduação em
Enfermagem. Objetivo: Relatar e refletir acerca dos conteúdos e aprendizados adquiridos
durante a realização da disciplina. Acredita-se que os conteúdos apreendidos serão de suma
importância para os acadêmicos do curso de enfermagem pois o plano de ensino dado em aula
será totalmente utilizado em campo prático profissional. A semiologia e semiotecnica II, nos
proporcionou ampliar muito o nosso conhecimento dentro de cada sistema do corpo humano.
Tivemos informações acerca de todos os sistemas do corpo: sistema locomotor, com inspeção,
palpação e percussão; sistema geniturinário com inspeção, palpação e percussão; sistema
respiratório com palpação, ausculta e inspeção; sistema neurológico com a escala de coma de
Glasgow tendo como bases 3 indicadores: abertura ocular; melhor resposta verbal; e melhor
resposta motora sendo que dentro dessa, são utilizadas algumas prova especificas sendo:
prova de roomberg; prova de brudzinsky; prova de lewinson; prova de lasegue; prova de
kerning; prova dedo-nariz e também o sinal de babinski; sistema cardiovascular com palpação
e ausculta; sistema gastrointestinal com a realização de inspeção, ausculta e palpação.
Também aprendemos que a ausculta, palpação, percussão e inspeção de cada sistema tem o
ponto certo para ser feito. Aprendemos que o sistema cardiovascular possui bulhas que podem
ser auscultadas, sendo elas a B1; B2; B3 e B4. E sendo que a cada entrevista e cada exame
físico são feitos testes e esses testes são utilizados para diagnosticar sinais e sintomas de
patologias presente no paciente. Aprendemos que alguns sistemas possuem órgãos que são
palpáveis e outros não têm como poder ser palpáveis. Essa disciplina para a vida acadêmica e
1
Resumo simples.
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
4
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
5
Mestre em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem Universidade Regional Integrada
do Alto Uruguai e das Missões Câmpus Frederico Westphalen – RS. E-mail: [email protected].
2
ISBN 978-85-7796-110-8
65
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
profissional é de suma importância e com certeza somou muito e isso fará diferença em nossa
vida profissional futura.
Palavras-chave: Semiologia. Enfermagem. Exame físico.
ISBN 978-85-7796-110-8
66
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
ENFERMAGEM NUM CONTEXTO HISTORICO COM ABRANGENCIA DE
ALGUMAS DAS SUAS TEORIAS1
Samer Stumm da Silva2
Jéssica Vendruscolo3
Adriana Rotoli4
A Enfermagem tem um conhecimento validado pela ciência e trabalho articulado ao modelo
biomédico de tratamento, e esse processo de tratar e de levar o organismo a reagir
favoravelmente em direção à homeostase. Para a prática da
Enfermagem
torna-se
consciente e efetiva faz-se necessário que nós, profissionais, tenhamos clareza sobre o nosso
papel social e na área da saúde, porque o ser humano é o nosso foco principal. Seres humanos
“enquanto profissionais e ‘cuidadores” não podemos nos esquecer que pertencemos a esta
espécie singular e não somos melhores que ninguém somente temos maior conhecimento.
Mesmo a Enfermagem hoje ser de fundamental importância temos que nos recordar das
primeiras pessoas que transformaram a Enfermagem em uma profissão e não simplesmente
em algo para redimir os pecados. Hoje a Enfermagem tem varias teorias graças à precursora,
Florence Nightingale que reestruturou o conceito que tinham sobre a Enfermagem, com o
decorrer dos anos vieram outras pessoas de vital importância, pois cada uma seguiu uma linha
de estudo que ajudou a construir novos métodos e dar uma visão diferente sobre ela. As várias
teorias e teóricas que foram importantes para a Enfermagem na sua historia, mas destacam-se
quatro entre elas, que são: Dorothea Elizabeth Orem, que tinha como principal característica
na sua teoria o tema “autocuidado”, pois segundo ela o paciente deveria ter estimulo e apoio
no momento da doença para ele mesmo conseguir cuidar se si mesmo, pois o ser humano
gosta de poder se sentir livre e demonstrar força para vencer, e só haveria interferência caso
fosse necessário ou o paciente não conseguir-se cuidar de si. A próxima teórica foi Joyce
Travelbee, que defendia na sua teoria as relações interpessoais que deveria existir entre o
enfermeiro e o paciente, pois a seu ver um individuo precisando de ajuda irá recorrer a outro
ser capaz de compreendê-lo e até mesmo estimulá-lo. A terceira teoria é de Imogene King que
1
Resumo simples.
Graduando em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões-Câmpus
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
3
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Câmpus de
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
4
Mestre em Enfermagem. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem Universidade Regional Integrada
do Alto Uruguai e das Missões Câmpus Frederico Westphalen – RS. E-mail: [email protected].
2
ISBN 978-85-7796-110-8
67
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
na sua teoria tem como o alcance de objetivo como tese principal, e neste contexto segue uma
linha de pensamento parecido com o de Joyce, já que para alcançar o objetivo é preciso de
auxilio caso não tenha condições sozinha e então as relações interpessoais são necessárias
para isso, e a quarta teórica que foi de muita importância não só pra a Enfermagem, mas para
a historia brasileira Wanda de Aguiar Horta que em toda a sua teoria defendia que os seres
humanos têm suas necessidades, e desde as básicas ate mesmo espirituais e sociais devem ser
sanadas para que haja uma melhora não só no seu quadro, mas na sua visão sobre o
enfermeiro, e esta sua teoria foi muito importante para poder compreender até que ponto as
necessidades têm interferência na saúde. Por isso as teorias da Enfermagem são de tal
importância, pois compreendendo-as somo capazes de compreender e ajudar por completo na
recuperação do paciente.
Palavras-chave: Enfermagem. História. Teorias.
ISBN 978-85-7796-110-8
68
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
CONTRIBUIÇÃO ACADÊMICA NA COLETA DE DADOS EM PROJETO DE
PESQUISA1
Sinara Rapachi Rossato2
Caroline Ottobelli3
O presente resumo compreende um relato de experiência vivido por acadêmicos do Curso de
Enfermagem da Universidade Regional Integrada-URI- Câmpus Frederico Westphalen
durante coleta de dados para projeto intitulado “Perfil Epidemiológico dos Trabalhadores
Rurais e os agravos relacionados à atividade rural nos municípios de abrangência do CEREST
– MACRONORTE”. A Pesquisa tem por objetivo identificar a relação entre o adoecimento
do agricultor e o trabalho que realiza, a pesquisa foi realizada nos 54 municípios de
abrangência do CEREST MACRONORTE – RS, pertencentes a 15ª e 19ª Coordenadorias
Regionais de Saúde, a coleta de dados deu-se no meio intradomiciliar das famílias que ao
serem abordadas eram informadas da origem, objetivos e forma da pesquisa. As famílias eram
escolhidas a partir de pré-requisitos como ser agricultor e trabalhar exclusivamente com a
agricultura, não ter vínculo empregatício, estar há mais de três anos na atividade e assinar o
termo de consentimento livre e esclarecido. Os agricultores eram entrevistados a seguir um
questionário que continha questões referentes às
características
socioeconômicas,
demográficas e os agravos oriundos da atividade rural. Observou-se durante a coleta um
grande anseio por parte dos entrevistados em responder adequadamente as questões propostas,
bem como uma enorme boa vontade de ajudar, o espirito acolhedor das famílias foi também
muito observado, foi constante também a presença de dificuldades enfrentadas diariamente
pelos agricultores, sejam elas de acesso à saúde, assistência ou resolutividade dos problemas o
que acarreta problemas com solução indefinida. A realização deste tipo de atividade contribui
muito para a formação humanística do acadêmico em Enfermagem tendo em vista que ir até a
realidade das famílias nos desperta para o mundo em que vivemos e contribui para a formação
do nosso lado cidadão, despertando nossa responsabilidade social com a comunidade.
Palavras-Chave: Formação acadêmica. Saúde do Trabalhador. Responsabilidade social.
1
Resumo Simples.
Graduanda em Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Câmpus de
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
3
Mestranda em Educação. Professora do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Câmpus de Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
2
ISBN 978-85-7796-110-8
69
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS EM UM
MUNICÍPIO DA REGIÃO DO MÉDIO ALTO URUGUAI1
Tatiane Salete Soder2
Odilara Centenaro3
Cássia Jordana Krug Wendt4
Marinês Aires5
A transição demográfica que ainda está em processo no Brasil, somado ao predomínio das
doenças crônicas não-transmissíveis (DCNTs), podem comprometer a capacidade funcional e
aumentar às necessidades de cuidado às pessoas idosas. É nesse aspecto que surge como uma
opção de cuidado para essa demanda populacional as Instituições de Longa Permanência para
Idosos. O objetivo do estudo foi avaliar a capacidade funcional, de pessoas idosas em uma
Instituição de Longa Permanência do Município de Região Norte do Estado do Rio Grande do
Sul. Esta pesquisa caracteriza-se como descritivo-exploratória contemplando uma abordagem
quantitativa. Os sujeitos da pesquisa foram as pessoas institucionalizadas com idade igual ou
superior a sessenta anos. Foram entrevistados 59 idosos, através de uma entrevista
semiestruturada, dirigida ao idoso e ao cuidador. Avaliou-se a capacidade funcional por meio
da aplicação da escala da Atividade de Vida Diária. Através da analise dos dados identificouse a prevalência do sexo feminino (63,3%). Em relação à doença, 81,4% das pessoas idosas
relatam ter alguma enfermidade, 88,1% toma algum tipo de medicação. O grau de
dependência para as Atividades da Vida Diária demonstra uma prevalência de dependência
parcial (35,6%) seguindo de 30,5% de dependência importante, 18,6% de dependência total e
15,3% de idosos considerados independentes. Já no grau de dependência para as Atividades
Instrumentais da Vida Diária, verificou-se prevalência de dependência parcial (57,6%),
seguido de dependência total com 40,7% e apenas 1,7% de independência. Desta forma, podese considerar a necessidade de uma rede de apoio que busque estratégias visando minimizar o
impacto da institucionalização do idoso e intervenções específicas, tendo essa ação
1
Resumo simples.
Graduanda Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Câmpus de
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
3
Graduanda Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Câmpus de
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
4
Graduanda Enfermagem pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Câmpus de
Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
5
Doutoranda em enfermagem. Professora do curso de graduação em Enfermagem na Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Missões- Câmpus de Frederico Westphalen. E-mail: [email protected].
2
ISBN 978-85-7796-110-8
70
ANAIS XI SEMANA ACADÊMICA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
X MOSTRA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
A ENFERMAGEM NO CUIDADO À SAÚDE DA CRIANÇA
fundamental importância no combate das dependências preveníeis e na promoção de uma vida
mais ativa e saudável possível.
Palavras-chaves: Idoso. Capacidade Funcional. Instituição de Longa Permanecia para
Idosos.
ISBN 978-85-7796-110-8
71
A presente edição foi composta pela URI,
em caracteres Bookman Old Style e Times New Roman formato e-book pdf, em
setembro de 2013.
Download