Dismenorréia primária: uma abordagem homeopática ambulatorial.

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INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL
Departamento de Ensino
Curso de Pós-Graduação Lato sensu em Homeopatia
Área Medicina
MONOGRAFIA
Dismenorréia primária:
uma abordagem homeopática ambulatorial.
Lino de Carvalho
Rio de Janeiro
2010
1
INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL
Departamento de Ensino
Curso de Pós-Graduação Lato sensu em Homeopatia
Área Medicina
Dismenorréia primária:
uma abordagem homeopática ambulatorial.
Lino de Carvalho
Monografia submetida como requisito
parcial para obtenção do certificado de
conclusão do curso de pós-graduação
lato sensu em Homeopatia, área
Medicina.
Rio de Janeiro
2010
2
C331d
Carvalho, Lino de
Dismenorréia primária: uma abordagem homeopática
ambulatorial / Lino de Carvalho. – Rio de Janeiro: Instituto
Hahnemanniano do Brasil, 2010.
72f.; il. 30 cm.
Orientadora: Elisa Maria de Bulhões Carvalho
1. Medicina. 2. Dismenorréia primária. 3.Repertorização
4. Terapêutica homeopática. I.Título.
3
INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL
Departamento de Ensino
Curso de Pós-Graduação Lato sensu em Homeopatia
Área Medicina
Dismenorréia primária:
uma abordagem homeopática ambulatorial.
Lino de Carvalho
MONOGRAFIA APROVADA EM 05 / dez / 2.010.
Nota: _10,0_
Assinatura
Instituto Hahnemanniano do Brasil
Elisa Maria Bulhões de Carvalho – Especialista/I.H.B.
(Orientadora e Coordenadora)
4
DEDICATÓRIA
Este trabalho é dedicado a Fernanda Maria do Nascimento, com quem
tenho a satisfação de conviver desde o momento de sua chegada à vida, há
longínquos anos, com a alegria de ter-lhe dado, ainda em sala de parto, os
primeiros cuidados e que, em um novo momento de extrema felicidade, deu-me
a oportunidade de tratar de suas queixas com um único e simples
medicamento homeopático, com a rápida resolução do caso, o que me impeliu
ao tema proposto para estudo.
A ela, com todo o meu carinho.
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço profundamente a meus pais, Manoel Lino e Anadir, por toda
a formação educacional, social e cultural que me ofereceram, sem os quais
jamais seria quem sou.
À minha esposa, Laila Cristina, a compreensão por todas as horas em
que passei distante de seu convívio, detido seguidamente em labutar nos
pormenores da pesquisa e do trabalho em si.
Aos meus amigos pessoais, a generosidade, mesmo que de longe, de
acompanharem sem questionar mais uma longa jornada.
Aos pacientes, cooperativos e confiantes, pois, sem eles, os resultados
não seriam possíveis.
Aos professores: Dra. Lúcia Mesquita, a candura e a sabedoria de
quem já trilhava um caminho antes mesmo de nascer; Dra. Ana Teresa Dória
Dreux, as horas de supervisão de ambulatório e sua postura instigante,
impulsionando a curiosidade e o desenvolvimento; Dra. Elisa Maria de Bulhões
Carvalho, as intermináveis discussões e dicas em seu trabalho persistente de
construção de uma base sólida da Matéria Médica, as horas incontáveis de
caronas e a ajuda impagável em momento de extrema dor pessoal e familiar;
Dra. Denise Espiúca Monteiro, uma nova maneira de olhar o paciente e as
causas de sua doença;
Dr. Luís São Thiago, a experiência médica
homeopática, acessível e pronta a ajudar em todos os encontros;
Dra.
Rebecca Chapperman, as aulas esclarecedoras e cheias de atalhos, com os
passos mais firmes sobre o repertório; e a todos os demais professores, o
carinho pela ajuda na formação da cultura homeopática.
A Neli Lourenço, Bibliotecária do Centro Cultural do Instituto
Hahnemanniano do Brasil, pelo carinho e paciência no auxílio à formatação do
trabalho.
A todos, enfim, que de alguma forma participaram direta ou
indiretamente durante toda a formação acadêmica.
Por fim, um agradecimento especial às mulheres voluntárias que
participaram da pesquisa, sem as quais sequer conseguiria dar o primeiro
passo neste trabalho.
6
RESUMO
A dismenorréia é uma condição clínica que afeta um grande número de
mulheres, causando, muitas vezes, sua incapacidade temporária para o
trabalho e estudo. Um estudo transversal realizado com 40 mulheres mostrou a
prevalência de dismenorréia em 31 delas, com diagnóstico de dismenorréia
primária em 87% dos casos (n=27). Com base nestas pacientes, foi realizada
a repertorização matemática para determinação dos principais medicamentos a
serem utilizados em nível ambulatorial. A lista é significativa e refere-se à
população em estudo, não esgotando a possibilidade da inclusão de novos
medicamentos em futuras pesquisas.
Os tratamentos atuais, com
antiinflamatórios não
esteróides,
analgésicos,
antiespasmódicos
e
contraceptivos orais e injetáveis, dão o alívio por um período curto, mas não
levam à regressão permanente dos sintomas. O tratamento individualizado
com medicamentos homeopáticos permite o equilíbrio da energia vital e, assim,
a regressão permanente dos sintomas, com melhora na qualidade de vida.
Palavras chave:
Dismenorréia primária.
Medicamentos homeopáticos.
Menstruação.
Dor pélvica.
7
ABSTRACT
Dysmenorrhea is a clinical condition that affects a great number of
women, causing many times their temporarily unfit for work and study. A crosssectional study with 40 women showed the prevalence of dysmenorrhea in 31
of those, with a diagnosis of primary dysmenorrhea in 87% of cases (n = 27).
Based on these patients was performed mathematical repertorization to
determine the main homeopathic medicines to be used in ambulatory level.
The list is significant and related to the study sample, not exhausting the
possibility of including new homeopathic medicines in future researches.
Current treatments with anti-inflammatory drugs, analgesics, antispasmodics
and oral and injectable contraceptives, provide relief for a short period, but do
not lead to permanent regression of the symptoms. The individualized
treatment with homeopathic medicines allows the balance of vital energy and
thus the permanent regression of symptoms, improving quality of life.
Key words: Primary dysmenorrhea. Menstruation. Pelvic pain. Homeopathic
medicines.
8
LISTA DE ABREVIATURAS
AINE’s
GnRH
FSH
LH
COX
PGF2α
HPETE
Antiinflamatórios não esteróides
Hormônio liberador de gonadotrofinas (Gonadotrophin
Release Hormone)
Hormônio folículo estimulante
Hormônio luteinizante
Ciclo-oxigenase
Prostaglandina F2 alfa
Ácido hidroperoxieicosatetraenóico
9
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
página
1.
2.
3.
4.
5.
figura 1 – esquema da fisiologia do ciclo menstrual
figura 2 – síntese do ácido araquidônico e suas vias
oxidativas
figura 3 – mecanismo tissular da resposta inflamatória
figura 4 – cascata da formação de leucotrienos B4 e C4 a
partir de fosfolipídeos
figura 5 – distribuição etária da população em estudo
47
48
49
50
51
10
LISTA DE ANEXOS
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
anexo 1 – questionário da pesquisa clínica
tabela 1 – estatísticas da pesquisa clínica
tabela 2 – rubricas e sub-rubricas utilizadas para
repertorização da pesquisa clínica
tabela 3 – repertorização matemática – classificação por
cobertura dos principais medicamentos
tabela 4 – repertorização matemática da totalidade dos
sintomas
tabela 5 – rubricas e sub-rubricas repertoriais selecionadas
para o caso clínico
tabela 6 – repertorização matemática do caso clínico –
principais medicamentos.
página
47-49
55-58
59
60
51-66
67
68
11
SUMÁRIO
página
1. Introdução
14
2. Dismenorréia
15
2.1. definição
15
2.2. fisiologia do ciclo menstrual
16
2.2.1. fase proliferativa
17
2.2.2. ovulação
17
2.2.3. fase secretora
18
2.2.4. menstruação
19
2.3. fisiopatologia da dismenorréia primária
20
2.4. mecanismo da resposta inflamatória
20
2.4.1. prostanóides
21
2.4.2. vasopressina
23
2.4.3. contrações uterinas
23
2.4.4. fluxo sanguíneo uterino
23
3. Material e métodos
24
4. Resultados
25
5. Seleção de medicamentos homeopáticos
27
5.1 – Sepia officinalis
27
5.2 – Belladona
28
5.3 – Nux vomica
28
5.4 – Calcarea phosphorica
29
5.5 – Calcarea carbonica
30
5.6 – Conium maculatum
30
5.7 – Chamomilla
31
5.8 – Pulsatilla nigricans
31
5.9 – Kali carbonicum
32
5.10 – Platina
33
5.11 – Cactus grandiflorus
34
5.12 – Coccus cacti
34
5.13 – Apis mellifica
35
12
5.14 – Natrum muriaticum
35
5.15 – Tarentula hispanica
36
5.16 – Lachesis trigonocephalus
37
5.17 – Gelsemium sempervivens
38
5.18 – Causticum
39
5.19 – Secale cornutum
39
5.20 – Graphites
40
5.21 – Lilium tigrinum
40
5.22 – Cimicifuga racemosa
41
5.23 – Sabina
41
6. Apresentação de caso clínico
43
7. Conclusões
46
8. Referências bibliográficas
69
13
1.
INTRODUÇÃO
O termo dismenorréia é derivado do grego e significa menstruação difícil;
representa os ciclos menstruais com dores que ocorrem poucas horas antes
ou imediatamente após o início do fluxo menstrual.
Tem uma incidência entre 40 a 70% das mulheres em idade reprodutiva;
dentre estas, 10 a 12% ficam temporariamente incapacitadas por 1 a 3 dias ao
mês.
A terapêutica clássica inclui o uso de antiinflamatórios não esteróides
(AINE’s), analgésicos e antiespasmódicos e contraceptivos orais e injetáveis, e
práticas consideradas alternativas, como acupuntura e quiropraxia, bem como
a utilização de meios físicos como calor ou pressão sobre o local da dor.
A proposta do presente trabalho é estabelecer as possibilidades
terapêuticas da dismenorréia primária com medicamentos homeopáticos,
baseando-se em uma pesquisa realizada com 40 mulheres com idades
variando entre 11 e 48 anos (anexo 1);
foi realizada a repertorização
matemática da totalidade dos sintomas apresentados pelas mulheres com
quadro compatível com dismenorréia primária (n = 27), com a determinação
dos principais medicamentos.
As dismenorréias secundárias não serão objetos do presente estudo.
14
2.
DISMENORRÉIA
2.1
– Definição
A dismenorréia é uma expressão originada do grego, cujo significado é
menstruação difícil ou dolorosa. De acordo com as pesquisas atuais, incide em
torno de 40 a 60% das mulheres em idade reprodutiva, determinando uma
incapacidade temporária por 1 a 3 dias ao mês em cerca de 10 a 12% destas,
gerando, nos EUA, uma perda em torno de 600 milhões de horas de trabalho,
com um custo aproximado de US$ 2 bilhões ao ano.
Pode ser classificada em dismenorréia primária e secundária.
A dismenorréia primária, também, conhecida como cólica funcional ou
fisiológica, é a mais comum das dismenorréias, sendo encontradas apenas
alterações bioquímicas uterinas. Embora possa ocorrer em mulheres acima de
40 anos, é mais comum em jovens. Costuma aparecer um a dois anos após a
primeira menstruação, coincidindo com o início dos ciclos ovulatórios e
regulares.
A maioria das adolescentes apresenta uma menarca indolor,
iniciando com algum desconforto meses ou anos após a primeira menstruação.
A
partir
dos
primeiros
episódios de
cólicas,
a
freqüência
eleva-se
continuamente, atingindo um pico máximo por volta dos 20 anos de idade e
diminuindo a partir desta idade;
entretanto, em alguns casos pode estar
presente acima dos 40 anos. De modo geral, a sintomatologia costuma iniciar
junto com o fluxo menstrual, ou seguindo-se imediatamente a este, e
apresentar duração de poucas horas a alguns dias.
A dismenorréia secundária, conhecida como orgânica, é a cólica
menstrual conseqüente a alguma doença ginecológica que surge geralmente
alguns anos após a primeira menstruação ou após algum fato marcante na vida
da mulher. Compreende cerca de 5% das dismenorréias. Neste caso, a dor
pode se apresentar de modo atípico imediatamente a partir da menarca ou
numa idade mais avançada, de acordo com a causa básica.
Quando
apresenta essas características é necessário averiguar a presença de doenças
ou condições ginecológicas e não-ginecológicas, que possam estar causando a
dor.
15
Dentre as causas ginecológicas mais comuns de dismenorréia
secundária estão:
•
alterações ovarianas;
•
alterações uterinas
•
endometriose;
•
ausência de orifício no hímen;
•
uso de dispositivo intrauterino (DIU);
•
miomatose uterina;
•
malformações uterinas;
•
doença inflamatória pélvica;
•
cistos ovarianos;
•
pólipos uterinos.
O tratamento clássico atual inclui o uso de antiinflamatórios não
esteróides
(AINE’s),
analgésicos
comuns,
associações
analgésicos-
antiespasmódicos, contraceptivos orais e injetáveis, bem como práticas
consideradas alternativas como quiropraxia e acupuntura, bem como a
utilização de meios físicos, como calor local e/ou pressão moderada. Algumas
técnicas
neurocirúrgicas
foram
propostas,
porém,
as
evidências
não
comprovaram a sua utilidade.
A eficácia do tratamento com AINE’s costuma ser superior a 80%; com
os contraceptivos orais, situa-se em torno de 90%; algumas das vantagens
estabelecidas para os AINE’s são a sua administração por apenas alguns dias
durante o mês e sua ação, também, nos demais sintomas associados, como
náuseas, diarréia, palidez e cefaléia; por outro lado, podem ocorrer sintomas
desagradáveis tais como alterações digestivas transitórias.
De acordo com a pesquisa, das 40 mulheres que responderam
voluntariamente ao questionário, 27
não apresentavam causa ginecológica
definida para as dores, o que permitiu sua classificação como dismenorréia
primária.
2.2
– Fisiologia do ciclo menstrual (figura 1)
16
A menstruação é um fenômeno fisiológico que ocorre caso não se dê a
fecundação do ovócito II.
Neste processo ocorre a ruptura de vasos
sanguíneos, levando a uma hemorragia associada à descamação de um
endométrio proliferativo.
O óvulo não é eliminado juntamente com o
endométrio, permanecendo na tuba uterina e degenerando-se após algum
tempo. Em condições normais este fenômeno ocorre, em média, a cada 28
dias e tem uma duração entre 3 a 5 dias.
O hipotálamo produz um hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH do
inglês Gonadotropin-Releasing Hormone), que vai atuar sobre a adenohipófise
para a liberação dos hormônios folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH),
que vão atuar sobre os ovários, que produzirão os hormônios estrogênio e
progesterona, responsáveis pelas alterações endometriais durante o ciclo.
O ciclo menstrual tem início do primeiro dia do fluxo menstrual, sendo
que o endométrio normal representa uma função hormonal ovariana adequada.
2.2.1 – Fase proliferativa
Após o período menstrual resta um endométrio necrótico com cotos de
glândulas basais, a partir das quais, sob ação dos estrogênios circulantes, o
endométrio inicia sua regeneração, crescendo de forma tal que, após três dias,
a superfície endometrial encontra-se intacta. Neste momento, as glândulas são
tubulares, pequenas e curtas, com um epitélio de revestimento cúbico.
Na fase proliferativa média as glândulas vão se tornando alongadas e
pouco tortuosas, com células de revestimento colunares, altas e apresentando
uma pseudoestratificação.
Por volta do 8º ao 10º dia da fase de proliferação, há um período
transitório com discreto edema.
Na fase proliferativa tardia as glândulas estão alongadas ao máximo,
perpendiculares à superfície, e bastante tortuosas, com estroma denso e
abundante. O endométrio pós menstrual, que era de 1mm, passa, nesta fase,
a medir 2 a 3mm.
2.2.2 – Ovulação
17
A cada mês o hipotálamo libera o hormônio GnRH, que vai atuar na
adenohipófise que, sob sua ação, reage produzindo o FSH, que, por sua vez,
atua estimulando os folículos ovarianos a se desenvolverem.
Estes folículos, ao se diferenciarem, passam a produzir o hormônio
estrogênio, que atua modulando a proliferação do endométrio e favorecendo a
formação do muco cervical no colo uterino.
O estímulo folicular ocorre em vários folículos, porém, apenas um vai
tornar-se maduro, ocorrendo a involução dos outros folículos.
Durante este processo, a quantidade de estrogênios atinge níveis
elevados, o que causa a inibição da secreção adenohipofisária de FSH e o
início da liberação de LH, que rapidamente alcança níveis elevados na corrente
sangüínea, influenciando o folículo ovariano e, após cerca de 12 horas,
provocando a sua ruptura e a liberação do óvulo que se encontra em seu
interior.
As células remanescentes do folículo transformam-se em uma
substância amarelada denominada corpo lúteo, que produz progesterona e
estrogênio.
A progesterona tem atuação no útero, fazendo com que as glândulas
que proliferaram na fase anterior parem de crescer e comecem a produzir
substâncias nutritivas, preparando o útero para a nidação. No colo uterino,
altera as características do muco cervical, que se torna mais fluido.
2.2.3 – Fase secretora
A ovulação marca a mudança endometrial da fase proliferativa para
secretora. A atividade secretora e reação tecidual são manifestações da fase
lútea e vêm da ação da progesterona, em presença do estrogênio.
Com o início da secreção de progesterona pelo corpo lúteo, o
endométrio vai se modificando; nesta primeira fase o endométrio atinge a
espessura máxima de 5 a 7 mm. Durante os três primeiros dias o epitélio
apresenta glândulas de tamanho aumentado que começam a secretar
glicogênio, lipídeos, frutose e glicose, para a nutrição do futuro embrião, com
formação de vacúolos destas substâncias, que vão migrando para a região
próxima à luz das glândulas;
por volta do 20º dia estes vacúolos são
derramados na luz glandular.
No 21º dia surge um edema de estroma,
18
atingindo o grau máximo no 22º dia, alcançando o endométrio uma espessura
de 8-9 mm.
As glândulas tornam-se dilatadas e tortuosas, as artérias
continuam a se proliferar e alongar, acentuando seu aspecto espiralado na fase
secretora média.
No 24º dia o endométrio passa a ser denominado pré-
decídua, ocorrendo, a partir daí, diminuição da secreção glandular.
O endométrio pré-menstrual coincide com o começo da falência do
corpo lúteo e da sua capacidade de manter um nível adequado de
progesterona.
No 26º dia algumas glândulas adquirem um aspecto serrilhado,
enquanto outras se mostram dilatadas e hipofuncionantes. A queda dos níveis
séricos de estrogênio e progesterona, por redução da secreção pelo corpo
lúteo, leva a uma reabsorção do edema do estroma, com acentuada diminuição
da espessura do endométrio, aumentando ainda mais a tortuosidade e
achatamento das glândulas e artérias espiraladas.
2.2.4 – Menstruação
O estrogênio e a progesterona secretados pelo corpo lúteo inibem
novamente a adenohipófise, diminuindo as taxas de secreção de FSH e LH, o
que leva à involução do corpo lúteo e a posterior queda dos níveis daqueles
hormônios a níveis muito baixos, causando regressão na altura da mucosa,
acentuação da tortuosidade das artérias, com isquemia intensa que
desencadeia uma séries de processos metabólicos, com liberação de
prostaglandinas, protease, colagenases e relaxina.
A vasoconstrição e a
possível abertura das anastomoses arteriovenosas aumentariam a isquemia,
levando a alterações na própria parede vascular e toda a camada funcional,
acarretando na desestruturação endometrial, dissolução da substância
intersticial e das membranas celulares.
O fator responsável pela morte tecidual e hemorragia é a isquemia. A
atividade fibrinolítica está relacionada à descamação endometrial e fluidez do
sangue menstrual.
A hemorragia se infiltra pelo estroma, fragmentando e
desprendendo as glândulas, com formação de focos hemorrágicos e congestão
vascular.
19
No segundo dia de sangramento a perda de tecido é maior, ficando
praticamente desnuda toda a superfície endometrial, com a descamação de
todas as camadas, exceto a basal, tornando-se mais pronunciadas as
alterações degenerativas.
A camada basal, com nutrição contínua pelas artérias retas, que não
sofrem a ação hormonal, será o suporte para a regeneração do endométrio no
ciclo seguinte.
2.3
– Fisiopatologia da dismenorréia primária
Na dismenorréia primária somente anormalidades bioquímicas uterinas
são encontradas.
Atualmente admite-se uma secreção uterina anormalmente aumentada
de prostanóides (prostaglandinas, tromboxanos e prostaciclinas), substâncias
indutoras do processo inflamatório, que, por sua vez, induzem as contrações
uterinas anormais com conseqüente redução do fluxo sanguíneo uterino e
hipoxemia associada. Além disso, as prostaglandinas estimulam contrações na
musculatura lisa do estômago, intestino e vasos sanguíneos, resultando daí os
sintomas associados como náuseas, vômitos, diarréia, irritabilidade e cefaléia.
A secreção aumentada de prostanóides vasoativos é responsável pela
etiologia da dismenorréia primária, o que pode ser demonstrado por:
1) a
semelhança entre seus sintomas clínicos e as contrações uterinas e efeitos
adversos observados no trabalho de parto e abortamento induzidos pelo uso de
prostaglandinas; 2) evidências demonstrando e correlacionando os níveis de
prostanóides menstruais em mulheres com dismenorréia primária em
comparação às mulheres eumenorréicas;
e 3) vários ensaios clínicos
demonstrando a eficiência dos inibidores da Cicloxigenase (COX) em reduzir a
dor da dismenorréia primária através da supressão da prostaglandina e a
redução quantitativa das prostaglandinas do fluido menstrual.
2.4 – Mecanismo da resposta inflamatória
Inflamação é a resposta do organismo a uma agressão que possa
causar lesão celular ou tissular, comum a vários tecidos, e outros mediadores
20
das células do sistema imunológico que se encontram próximas à lesão. A
síntese destes mediadores inicia-se pela formação do ácido araquidônico a
partir de fosfolipídeos das células danificadas, e segue duas vias:
a da
fosfolipase e a da ciclooxigenase (COX), dando origem às prostaglandinas,
tromboxano e leucotrienos, responsáveis pela resposta inflamatória.
Pode ser considerada parte do sistema imune nato, com capacidade de
deflagar uma resposta inespecífica contra padrões de agressão previa e
geneticamente definidas pelo organismo agredido.
A síntese do ácido araquidônico encontra-se exposta na figura 2. A via
metabólica seguida por este precursor depende do tecido onde ocorre a
agressão, do estímulo que esta causa e da presença de indutores ou inibidores
farmacológicos ou endógenos.
No endométrio, a progesterona inibe sua
síntese, enquanto os estrogênios estimulam-na.
O mecanismo tissular da resposta inflamatória encontra-se exposto na
figura 3.
2.4.1 – Prostanóides
São mediadores inflamatórios, representados pelas prostaglandinas,
tromboxanos e prostaciclinas.
Na dismenorréia primária há uma contratilidade uterina anormalmente
aumentada, similar à contratilidade induzida com prostaglandina ou seus
análogos para o trabalho de parto ou abortamento; náuseas, vômitos e diarréia
ocorrem em 60% ou mais das pacientes, e são semelhantes aos efeitos
adversos das prostaglandinas.
Em muitas mulheres com dismenorréia primária há uma secreção
endometrial aumentada de prostaglandina F2α (PGF2α) durante a fase
menstrual. A quantidade de fluxo menstrual e prostaglandinas variam durante
os vários ciclos menstruais. A intensidade das cólicas menstruais e sintomas
associados da dismenorréia são diretamente proporcionais à quantidade de
PGF2α liberada.
O uso durante a menstruação de AINE’s tal como o ibuprofeno leva a
uma inibição dos níveis de prostaglandina no fluxo menstrual, chegando a
21
reduzirem-se a níveis normais ou inferiores aos encontrados em mulheres
eumenorréicas, com conseqüente alívio dos sintomas clínicos.
Do
mesmo
modo,
(estrogênio+progesterona)
o
uso
leva
à
de
contraceptivo
redução
acentuada
oral
combinado
dos
níveis
de
prostaglandinas no fluxo menstrual, com concomitante redução do volume do
sangramento menstrual e conseqüente alívio das dores em comparação com
ciclos medicados com placebo ou sem medicação.
Apesar dos avanços do conhecimento sobre as prostaglandinas na
etiologia da dismenorréia primária, há pacientes com dismenorréia severa e
laparoscopia normal que não apresentam valores elevados de PGF2α que
justifiquem a cólica intensa.
O papel dos prostanóides como o tromboxano A2, prostaciclinas e
leucotrienos na patogenesia da dismenorréia primária não está totalmente
esclarecido e nem devidamente explorado.
A prostaciclina, potente
vasodilatador e relaxante uterino, parece estar reduzida na dismenorréia
primária. Isto eleva a atividade uterina e a vasoconstrição porque os efeitos
vasoconstrictores e uterinos de outras prostaglandinas sofrem menos
competição. A produção aumentada de leucotrienos pela 5-lipoxigenase pode
contribuir para algumas formas de dismenorréia primária não responsiva aos
AINE’s.
O endométrio e o miométrio humano também podem produzir
leucotrienos.
Em mulheres com dismenorréia primária há concentrações
significativamente mais elevadas de leucotrienos menstruais, principalmente
leucotrieno C4 e leucotrieno D4. Receptores específicos de leucotrienos C4
são demonstráveis em células miometriais, o que permite contribuir para a
hipercontratilidade uterina.
Quando não ocorre a nidação, os níveis de progesterona caem durante
a fase lútea tardia, causando labilidade dos lisossomas e liberação da enzima
fosfolipase, que hidrolisa os fosfolipídeos da membrana celular, para gerar
tanto o ácido araquidônico quanto o ácido hidroperoxieicosatetraenóico
(HPETE), que servem de precursores, respectivamente, para as vias da COX e
lipoxigenase.
A cascata de formação de leucotrienos B4 e C4 a partir de fosfolipídeos
encontra-se exposta na figura 3.
22
2.4.2 – Vasopressina
Seu envolvimento na patogenesia da dismenorréia primária é ainda
controverso.
Níveis aumentados de vasopressina circulante durante a
menstruação podem produzir contrações uterinas disrítmicas que reduzem o
fluxo sanguíneo uterino, causando hipóxia local.
2.4.3 – Contrações uterinas
Durante a menstruação em mulheres eumenorréicas, o tônus uterino
basal é baixo (menor que 10mmHg), ocorrem de 3 a 4 contrações a cada 10
minutos, com atividade de pressão de pico de contração chegando a
120mmHg, e as contrações são sincrônicas e rítmicas.
Em mulheres com dismenorréia primária, quatro anomalias de contração
foram encontradas, isoladas ou combinadas: 1) tônus basal elevado (acima de
10mmHg; 2) pressões ativas elevadas (acima de 150-180mmHg); 3) número
elevado de contrações uterinas (acima de 4 a 5 por 10 minutos);
e 4)
contrações uterinas não rítmicas ou incoordenadas.
Estas anormalidades levam a uma pobre reperfusão uterina e
hipoxemia, causando a dor.
Se mais de uma anomalia de contração se
encontra presente, elas têm ação sinérgica, de forma que o limiar de dor é
ultrapassado com muito menores alterações em cada parâmetro do que se
apenas uma anomalia estivesse presente.
2.4.4 – Fluxo sanguíneo uterino.
Estudos realizados com dopplerfluxometria de ambas as artérias
uterinas e artéria arqueada mostraram índices de pulsatilidade e resistência
muito mais elevados no primeiro dia de menstruação em mulheres com
dismenorréia primária, sugerindo impedância de fluxo sanguíneo aumentado e
indicando vasoconstrição uterina como causa da dor.
23
3.
MATERIAL E MÉTODOS
Foi realizado um estudo transversal em uma amostra de 40 mulheres
escolhidas aleatoriamente entre a população feminina dos municípios do Rio
de Janeiro e Nilópolis, através da aplicação de um questionário voluntário, com
consentimento livre e esclarecido (anexo 1).
Foi realizada a repertorização matemática da totalidade sintomática
apresentada pelas 27 pacientes; a classificação dos medicamentos obedeceu
ao quesito cobertura de sintomas, seguido do quesito pontuação e ordem
alfabética crescente. As rubricas e sub-rubricas utilizadas estão na tabela 2.
As pontuações e coberturas selecionadas estão na tabela 3; a tabela 4 traz
toda a repertorização, com as respectivas pontuações e coberturas.
24
4.
RESULTADOS
Na amostra estudada, a prevalência da dismenorréia (n = 31) foi de
77,5%, das quais 27 pacientes foram selecionadas, por apresentarem quadro
clínico sintomatológico compatível com a dismenorréia primária.
A demonstração das estatísticas da pesquisa encontra-se na tabela 1.
A incidência de dismenorréia no estudo realizado, sem distinção do tipo,
foi de 77,5% (31 em 40 mulheres), sendo a incidência de dismenorréia primária
de aproximadamente 87% (27 em 31 mulheres), ao passo em que a
dismenorréia secundária foi de aproximadamente 13% (3 em 32 mulheres).
Desta amostra, foram consideradas, com finalidade de repertorização
clínica, apenas as 27 mulheres com quadro compatível com dismenorréia
primária (n = 27).
A sensação da dor de maior incidência foi de dor em aperto (44%),
seguida de pontada (22%) e dor suave, espremendo e em pontada (19% para
cada).
A localização da dor mais freqüente foi em baixo ventre (48%).
Em 59% das mulheres a dor se irradiava, com maior freqüência para as
pernas (28%) e região lombar (22%).
Em 93% destas mulheres houve a ocorrência de sintomas associados à
dismenorréia, tais como irritabilidade (63%), choro (41%), enxaqueca (41%) e
náuseas (26%).
Os períodos em que estes sintomas associados se intensificavam foram
entre 3 a 1 dias antes do fluxo (52%), no início da menstruação (48%) e do 1°
ao 3º dias do fluxo (15%).
Quanto à posição em que obtinham melhora da dor, as mulheres
relatavam deitar-se de bruços (41%) e dobrar para a frente (37%).
Os fatores que melhoravam os sintomas de forma dolorosos mais
eficiente foram o calor local (59%), pressão forte (19%) e repouso (11%). Por
outro lado, os fatores que pioravam os sintomas de forma mais acentuada
foram o esforço físico (78%) e ambiente frio (11%).
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Os tratamentos mais utilizados para a dismenorréia primária foram os
analgésicos comuns (33%) e analgésicos-antiespasmódicos (22%).
Apenas
uma mulher (4%) utilizava-se de medicamento homeopático.
A eficácia do tratamento com medicamentos ponderais foi avaliada pelas
pacientes, estabelecendo-se o escore entre zero (nenhuma eficácia) a dez
(total eficácia), tendo sido encontrados os seguintes percentuais de avaliação
da eficácia: nove pacientes* (33%) avaliaram a terapêutica com nota dez; três
pacientes (11%) avaliaram a terapêutica com nota nove; sete pacientes (26%)
avaliaram a terapêutica com nota oito;
uma paciente (4%) avaliou a
terapêutica com nota sete; uma paciente (4%) avaliou a terapêutica com nota
seis; e seis pacientes (22%) não estabeleceram avaliação.
(*) N.A. – a paciente que fazia uso de medicamento homeopático avaliou a
eficácia como nota dez.
26
5.
SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS
O estudo comparativo dos resultados obtidos com os dados obtidos por
outros pesquisadores mostra que a incidência da dismenorréia, bem como o
período de início dos sintomas na dismenorréia primária, são concordantes
com os resultados da literatura sobre dismenorréia primária.
A individualização de cada caso, não realizada quando se faz uso de
medicamentos ponderais, vai permitir uma melhor eficácia terapêutica, com
possibilidades de reverter por longos períodos ou, até mesmo, extinguir a
queixa em mulheres tratadas com a medicação homeopática.
Os medicamentos selecionados, após a repertorização, apresentados de
acordo com a ordem decrescente de importância encontram-se na tabela 3; os
medicamentos Lilium tigrinum, Cimicifuga racemosa e Sabina, com pontuação
elevada, apesar de menor cobertura de sintomas, também foram incluídos no
arsenal terapêutico proposto.
5.1 – Sepia officinalis – indiferença a tudo o que antes trazia prazer e aos
que mais ama, à família, os filhos ou marido, por abolição da capacidade de
sentir amor e ser afetuosa; procura a solidão e sente-se melhor estando só;
muito triste, chora ao mencionar seus sintomas e antes da menstruação;
irritável, facilmente ofendida, não tolera o consolo, o que a irrita e faz chorar
ainda mais; não tolera ser contrariada, embora tenha tendência a contrariar os
outros; órgãos pélvicos relaxados, com sensação de pressão para baixo, como
se tudo fosse escapar pela vulva (“bearing-down”), tem que cruzar as pernas
para impedir, ou pressionar contra a vulva; menstruações precoces e profusas,
ou muito tardias e escassas, irregulares; dores agudas apertando; fisgadas
violentas para cima na vagina, do útero ao umbigo; sensação no períneo de
estar sentada sobre uma bola;
grande secura da vulva e vagina,
principalmente depois da menstruação; melhora: quando está muito ocupada,
com exercício, pressão, com o calor da cama, com aplicações quentes,
flexionando os membros;
piora: com ar frio, antes de tempestade com
trovoadas, com umidade, pela manhã e ao anoitecer, do lado esquerdo, por
viajar em automóvel ou trem;
desejos alimentares:
bebidas alcoólicas,
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conhaque, vinho, bebidas frias, ácidos, vinagre e doces;
aversão:
pão,
gorduras, carne, leite e alimentos salgados.
5.2 – Belladona – mulheres pletóricas, com rosto congesto e pele vermelha,
com muita irritabilidade e acessos de furor; delírio violento, raivoso, selvagem
e maníaco, geralmente acompanhado de alucinações;
hipersensível a tato,
ruídos e à própria voz, com grande excitação e extremo nervosismo, se
enraivece, morde, bate;
raiva ou fúria violenta com força aumentada, não
reconhece os familiares na hora da raiva, bate com a cabeça na parede, destrói
as roupas e atira longe objetos ao seu alcance; medo acentuado de cachorros;
sono agitado, não para quieta; queixas constantes, sem conter o pranto, chora
fácil; ninfomania; afecções religiosas, sempre rezando; as dores aparecem e
desaparecem bruscamente, com sensações pulsáteis, agravando-se pelo
movimento, tosse, luz, tato e frio; órgãos pélvicos sensíveis, forçando para
baixo, como se todas as vísceras fossem ficar salientes na região genital;
menstruações aumentadas, vermelho-claro ou vermelho-vivo, mesclada de
coágulos escuros, precoces, muito abundantes, com lóquios quentes e muito
mau odor; melhora: em posição semi-ereta; piora: às 15 horas, ou de 15 às 3
horas da madrugada, depois da meia noite, ao ser tocada, com sacudidelas,
barulho, deitando-se, depois do meio dia; desejos alimentares: de limonada,
cerveja, pão, pão com manteiga, bebidas frias, alimentos líquidos; aversão: a
água, alimentos quentes, leite (ao odor), carne, café, gorduras, ácidos, sopa,
verduras.
5.3 – Nux vomica – possui redução do limiar de excitabilidade do sistema
nervoso, com muita irritabilidade e nervosismo, hipersensibilidade exagerada a
toda ordem de fatores provenientes do exterior ou de seu interior; não pode
suportar barulhos, cheiros, luz, etc.; dedica-se a trabalhos mentais de forma
excessiva;
não quer ser tocada, mesmo a menor perturbação a afeta
profundamente; carrancuda, procura os erros dos outros; é muito sensível
afetivamente, sendo sentimental e demonstrando ser afetuosa; agressiva, põese fora de si e perde todo o controle, podendo manifestar-se verbal ou
fisicamente;
à mesa prefere alimentos ricos e estimulantes; menstruações
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muito cedo, muito prolongadas, sempre irregulares, com sangue escuro;
prolapso uterino; desejos sexuais aumentados, principalmente de manhã na
cama, com orgasmos involuntários, que a induzem à masturbação;
menstruações adiantadas ou irregulares, escassas ou muito copiosas,
prolongadas, a cada 2 semanas, escuras ou negras; dismenorréia, com dor
para baixo no útero e no sacro, e premência constante para evacuar; prolapso
de útero e vagina; câimbras durante a menstruação que se estendem aos
músculos e a fazem dobrar-se; durante ou após a menstruação, aparecem
novos sintomas ou se agravam os já existentes; melhora: após despertar
espontaneamente de um sono curto, ao anoitecer, em repouso, com pressão
forte, na umidade e com tempo chuvoso; piora: com tempo seco e frio, de
manhã, com esforço mental, depois de comer, com toque, temperos,
estimulantes, narcóticos; desejos alimentares: de bebidas alcoólicas, cerveja,
conhaque, uísque, gorduras, alimentos muito condimentados ou picantes, leite,
coisas não digeríveis, café, bebidas frescas, doces e fumo; aversão: a pão,
cerveja, ácidos, café, carne, leite, tabaco e água.
5.4 – Calcarea phosphorica – mulheres anêmicas e impertinentes, frouxas,
com as extremidades frias e digestão fraca; inquietação, deseja viajar, andar,
passear, sair; sempre quer ir a algum lugar; quer estar em casa e, quando
está em casa, quer sair;
anda de um lado para outro;
sente mais seus
transtornos quando pensa neles; transtornos por penas, tristeza, por amor não
correspondido, por más notícias, por raiva; suspira involuntariamente; pranto
que se agrava pelo consolo; usa palavras equivocadas ao escrever, memória
fraca; aversão ao trabalho com prostração mental por falar; ninfomania, pior
antes da menstruação; desejos sexuais aumentados, violentos, insaciáveis,
piores no período pré-menstrual;
menstruações muito cedo, excessivas e
claras, porém, quando atrasa, o sangue é escuro; ocasionalmente inicia-se
claro e depois fica escuro, com dor violenta nas costas; cólicas pré-menstruais
como câimbras, cortantes, estendendo-se ao sacro; ninfomania com dores,
pressão e fraqueza na região uterina;
quente e seca;
piora:
melhora:
no verão, com atmosfera
expondo-se ao frio, umidade ou neve derretendo;
desejos alimentares: alimentos salgados, toucinho, carne ou outros alimentos
29
defumados, alimentos exóticos; aversões:
quando bebê há aversão ao leite
materno (que sente salgado).
5.5 – Calcarea carbonica – paciente melancólica, triste, deprimida, ansiosa e
com muitos temores, obstinada, muito sensível, com desespero por sua saúde;
gorda, clara, frouxa, transpirando muito, friorenta, úmida, com pés frios e
azeda; apreensiva, esquecida, confusa, desanimada; avessa ao trabalho e ao
esforço físico ou mental;
mal humorada, se ofende facilmente;
irritável,
sobretudo pela manhã e ao anoitecer; egoísta, com elevada opinião de si
mesma; tem ressentimentos por humilhações antigas e, às vezes, aversão a
membros de sua família ou determinadas pessoas; grande debilidade, com
incapacidade de manter um esforço intelectual, lentidão de movimentos, o
menor trabalho intelectual faz o sangue subir à cabeça;
antes das
menstruações tem cefaléia, cólicas, calafrios e leucorréia; dores dilacerantes
no útero durante as menstruações, com fluxo muito cedo, muito abundantes e
prolongados, com coágulos, escuros, membranosas;
leucorréia leitosa;
prurido e queimação genital antes e depois da menstruação; desejo sexual
aumentado; melhora: com clima seco, deitada sobe o lado que dói; piora:
com qualquer esforço (mental ou físico);
frio em todas as suas formas,
lavando-se, ar úmido, durante a lua cheia, ficando em pé; desejos alimentares:
de ovos duros, gelados, leite, ostras ou mariscos, salgados, ácidos, coisas não
comestíveis ou estranhas, doces e açúcar;
aversão:
ao café, alimentos
quentes ou cozidos, carne, leite e tabaco.
5.6 –
Conium maculatum – debilidade mental e física marcadas, com
lentidão; a excitação provoca depressão mental; deprimida, tímida, avessa à
sociedade, porém, com medo de ficar só;
não tem interesse por nada;
vertigem quando vira a cabeça para o lado na cama ou quando está deitada;
maus efeitos do desejo sexual reprimido por supressão ou abstinência sexual;
hipertrofias e endurecimentos glandulares ou ganglionares e de tecidos,
especialmente
por
traumatismos
e
contusões,
golpes
ou
quedas;
menstruações irregulares, suprimidas, escassas, com coágulos, interrompidas
por tomar frio ou por as mãos em água fria;
dismenorréia com as coxas
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repuxando para baixo;
menstruações atrasadas e escassas com muita
sensibilidade genital; erupções antes das menstruações, com prurido em volta
da vulva;
espasmos uterinos dolorosos antes e durante as regras, com
sensação de constrição na pelve e sensibilidade dos seios; seios flácidos, com
nódulos duros, sensíveis e dolorosos; melhora: em jejum, no escuro, deixando
os membros pendurados, com movimento e pressão; piora: deitando, virando
ou levantando-se na cama, com a abstinência sexual, resfriando-se, com
esforço físico ou mental; desejos alimentares: de sal ou alimentos salgados,
café e coisas ácidas; aversão: ao pão e ao leite.
5.7 –
Chamomilla – irritabilidade e violência, inquietação, impertinência e
intolerância à dor;
queixas chorosas quando não obtém o que deseja;
impaciente, não tolerando que lhe falem ou interrompam;
extrema
sensibilidade a todas as dores, à música e aos ruídos; rancorosa e rabugenta,
sempre reclamando e se queixando, reclama devido a raiva e aborrecimento;
desejo por ficar só, estados melancólicos com tendência a ficar sentado e
totalmente rígido, indiferente a todo prazer; tendência às cóleras; tendência a
taquicardia e congestões sanguíneas após vexações ou emoções;
cólicas
menstruais violentas que acompanham regras adiantadas, muito abundantes,
de sangue negro com muitos coágulos;
câimbras uterinas depois de um
acesso de ira ou pré-menstruais ou durante a menstruação;
melhora: com
tempo quente e chuva; piora: com o calor, com a raiva, ao ar livre, com o
vento, de noite; desejos alimentares: de ácidos e bebidas frias; aversão: a
cerveja e café.
5.8 –
Pulsatilla – paciente com disposição suave, gentil, dócil, tímida e
obediente, altamente emotiva e carinhosa (porém, mais que oferecer, busca o
afeto, o amor e o consolo, o que consegue com seu modo especial de ser; há
uma necessidade constante de mimos); triste, choro fácil por tudo e por nada,
inclusive ao falar, com timidez e ausência de iniciativa;
enrubesce o rosto
facilmente, tendendo, por isto, a esconder-se; muito suscetível e desconfiada,
ofende-se facilmente; introspecção e introversão; pode ser contraditória, às
vezes ficando horas ou dias sem falar, aparentemente absorta em seus
31
pensamentos; tem medo de ficar só durante a noite, do escuro, de fantasmas;
gosta de compaixão, piedade, carinho;
desencorajada com facilidade;
melancolia religiosa, está sempre rezando porque duvida da salvação de sua
alma, o que lhe causa grande ansiedade; sentimento de culpa ligada ao sexo,
com uma aversão religiosa ao sexo oposto, que o leva a abster-se do contato
sexual; pode ser dada a extremos de prazer e de dor; suas dores aparecem
repentinamente e desaparecem gradualmente ou vice versa, são erráticas,
variam de intensidade ou desaparecem e voltam a aparecer mais tarde,
saltando rapidamente de um local para outro;
regras atrasadas, pouco
abundantes, de sangue escuro, coaguladas, muito dolorosas, aparecendo só
durante o dia e cessando durante a noite, com grande agitação, podendo
ocorrer náuseas, vômitos ou diarréia durante e depois das regras; as cólicas,
muito dolorosas e violentas, ocorrem antes e durante a menstruação, com
dores paroxísticas e erráticas que a fazem chorar e obrigam a dobrar-se em
dois, com sensação de ventre distendido e machucado no útero e ovários;
diarréia durante ou depois das menstruações;
melhora: ao ar livre, com
movimento, com aplicações frias, com comida e bebidas frias, embora não
tenha sede; piora: quando deixa os pés suspensos no ar, com calor, comida
muito temperada e gordurosa, em ambiente quente, deitando sobre o lado
esquerdo ou sobre o lado sem dor;
desejos alimentares:
de alimentos e
bebidas frios, álcool, cerveja, coisas refrescantes, ácidos, arenques, limonada,
quer algo que não sabe o que é; aversão: a manteiga, gorduras, bebidas e
alimentos quentes, pão, leite, carne, tabaco, água.
5.9 – Kali carbonicum – muito fraqueza, irritabilidade e desânimo, cheia de
medo e imaginações;
irritável, não pode suportar que a toquem, tem
verdadeira intolerância à voz humana; irritável no mais alto grau, com sua
família, com seu pão e manteiga, e até consigo mesma, sobretudo ao anoitecer
e ao despertar; grita por qualquer coisa mínima; chora quando conta sua
enfermidade;
deseja companhia, agravando quando está só;
humor
alternante, variando da doçura e tranqüilidade até à paixão e ira; todas as
sensações são percebidas no estômago: ansiedade, sustos, sobressaltos, más
notícias, etc.; sensação como se a cama estivesse afundando; sensível à dor,
32
ruído ou toque;
todas as dores são agudas e cortantes, quase sempre
melhorando com movimento;
característica;
a agravação pela manhã cedo é muito
nunca está quieto ou contente, e nunca quer ser deixado
sozinho; debilidade intelectual, com distração, incapaz de manter um esforço
mental; dificuldade para concentração, sobretudo das 18 às 22 horas; dores
uterinas pré-menstruais;
as regras são precoces e profusas ou muito
atrasadas, pálidas, escassas, acres, escoriantes, dolorosas, acompanhadas de
dores agudas e cortantes, e melhoram com movimento;
intolerância pelo
tempo frio; lumbago violento, alivia sentando-se e pela pressão; as dores nas
costas passam para baixo aos músculos glúteos, com dor cortante no abdome;
melhora:
com tempo quente, embora úmido, durante o dia, enquanto se
movimenta; piora: com o tempo frio, sopa e café; de madrugada, por volta de
3 horas; deitando-se sobre o lado esquerdo e doloroso; desejos alimentares:
de ácidos, doces, açúcar;
aversão:
a pão, carne, comida, leite, comidas
quentes; durante as refeições tem sonolência e, depois de comer, ardência no
estômago e garganta.
5.10 – Platina – paciente arrogante, orgulhosa e enjoada de tudo, com autoexaltação e profundo desprezo por todos e por tudo, olha de cima a baixo as
pessoas mais respeitadas, por ter um alto conceito de si mesma;
sua
hiperexcitabilidade genital se manifesta por sintomas mentais de ordem sexual,
com desejos aumentados, violentos e insaciáveis, principalmente durante a
menstruação, chegando a ter orgasmos involuntários fora do coito, o que a leva
a masturbar-se;
espasmos histéricos, as dores aumentam e diminuem
gradativamente;
os sintomas físicos desaparecem na medida em que os
sintomas mentais se desenvolvem e vice-versa;
menstruações adiantadas,
muito profusas, escuras ou negras, com coágulos escuros ou negros
principalmente no primeiro dia, espasmos e pressão dolorosa para baixo como
se o útero fosse sair pela vagina, pior durante a menstruação ou caminhando;
dores como câimbras durante a menstruação, com pressão de dentro para
fora, ou como por um golpe ou contusão, ou constritivas, especialmente ao
pressionar a parte afetada, que aparecem e desaparecem progressivamente,
com sensação de compressão e adormecimento; as dores vão da direita para
33
a esquerda;
vaginismo;
prurido voluptuoso na vulva;
desenvolvimento sexual exagerado;
ninfomania, com
apetite sexual anormal;
melhora:
andando; piora: sentando e ficando em pé.
5.11 – Cactus grandiflorus – o sintoma mais característico é a sensação de
constrição, sentida como uma bandagem ou faixa ou garra de ferro, que se
manifesta, entre outros órgãos, na garganta, tórax, coração, abdome, bexiga,
vagina e reto; grita por todas as dores, às quais é muito sensível; melancolia e
tristeza;
mau humor, com medo da morte e ansiedade, pensa que sua
enfermidade é incurável, que tem algo no coração;
ataques periódicos de
sufocação com desmaios, suores frios, perda de pulsos e prostração;
dismenorréia com dor pulsátil e constrição na região do útero e ovários;
vaginismo;
a dor se estende aos músculos;
menstruações precoces,
escassas, escuras ou negras, cessam ao deitar-se, com sintomas cardíacos e
precedidos de violentas palpitações com constrição cardíaca ou uterina;
dispnéia e opressão como se tivesse um peso enorme no peito, com sensação
de constrição no tórax; melhora:
ao ar livre; piora: cerca de meio dia,
deitando-se sobre o lado esquerdo, andando, subindo escadas e entre 11 e 23
horas.
5.12 – Coccus cacti – depressão com grande tristeza de manhã cedo ou à
tarde;
idéias suicidas, pior de 3 a 4 horas;
loquacidade e irritabilidade;
tendência a hemorragias, com grandes coágulos negros; tonteira e vertigem,
como se houvesse bebido muito; desejo de comer seguidamente e cada vez
mais, grande sede muito freqüente e de quantidades cada vez maiores; fome
canina; fadiga vocal, voz áspera e rouca, com sensação de algo raspando no
laringe, o que obriga a engolir continuamente; náuseas e vômitos piores por
escovar os dentes ou enxaguar a boca; sensação de ter algo indigerível no
estômago; dores abdominais que a fazem dobrar-se em dois; vulva muito
sensível, não tolera o contato da roupa;
sentada;
vagina dolorida, pior ao urinar e
menstruações freqüentes, muito cedo, profusas e prolongadas,
pretas e espessas; coágulos escuros, com disúria; fluxo só ao anoitecer e de
noite; grandes coágulos escapam quando urina; melhora: caminhando ao ar
34
livre; piora: do lado esquerdo, depois de dormir, sendo tocada, pela pressão
da roupa, pelo tato, escovando os dentes, com o menor esforço, pelo calor (os
sintomas), pelo frio (a paciente), de noite e pela manhã bem cedo
5.13 – Apis mellifica – paciente apática, indiferente a tudo, triste, melancólica,
chora dia e noite e se desespera, sem saber por que, sem causa aparente; só
dá importância ao que lhe causa pena; transtornos conseqüentes a pena, ira,
más notícias, sustos; desastrada, deixa as coisas caírem facilmente; gritos
agudos súbitos e sustos; desatenta, não pode pensar com clareza; alterna
entorpecimento e mania erótica; gemidos, choro; ciúme, pavor, raiva, aflição,
desgosto; não consegue concentrar as idéias quando tenta ler ou estudar;
todas as dores são picantes e ardentes, queimantes, como por uma agulha
quente, com grande sensibilidade ao menor contato; ausência de sede durante
os episódios febris; edemas de todo tipo, localizados ou generalizados, com
aspecto pálido ou rosado, semitransparente; desejos sexuais aumentados em
mulheres viúvas; dismenorréia, com dores ardentes ou picantes, cortantes,
antes e durante a menstruação, ao começar a caminhar ou levantar os braços
e pelo calor da cama;
dores fortes nos ovários, principalmente à direita;
metrorragia abundante, com abdome pesado, fraqueza, dor ardente; sensação
de aperto e pressão para baixo, como se a menstruação fosse aparecer;
melhora: ao ar livre, descobrindo-se e com banho frio; piora: com calor em
qualquer forma, com toque, pressão, no fim da tarde, depois de dormir, em
quarto fechado e aquecido, do lado direito; desejos alimentares:
de leite;
aversão: às bebidas e à água.
5.14 – Natrum muriaticum – grande medicamento das manifestações
psicossomáticas dos dias atuais;
a paciente relata debilidade, sentida
principalmente pela manhã na cama; friagem; emagrecimento, principalmente
no pescoço; paciente com profunda tristeza, em geral silenciosa, agrava pelo
consolo, exceto de pessoas em quem ela realmente confia;
aborrecendo por coisas fúteis;
irritada, se
quer ficar só para chorar, pode apresentar
lágrimas com risos; desajeitada, apressada; conseqüência de maus pesares
no passado; aversão ao coito, com ausência de orgasmo; grande secura na
35
vagina, com vaginismo;
dores uterinas com pressão para baixo, pior pela
manhã, que fazem a paciente sentar-se para impedir o prolapso;
regras
adiantadas, irregulares profusas ou suprimidas; prurido vulvar por corrimento
vaginal ou depois da menstruação;
câimbras menstruais no hipogástrio;
melhora: ao ar livre, com banho frio, comendo sem regularidade, deitando do
lado direito, fazendo pressão nas costas e com roupas apertadas; piora: com
barulho, música, quarto quente, deitando, cerca de 10 horas da manhã, à beira
mar, com esforço mental, sendo consolada, com calor e falando;
desejos
alimentares: de sal e alimentos salgados, bebidas e alimentos amargos, pão e
farináceos, leite, peixe, cerveja, ácidos e doces; grande aversão: ao pão (que
antes gostava muito), gorduras e alimentos salgados.
5.15 – Tarentula hispanica – paciente com fenômenos nervosos notáveis,
histeria; sensação de constrição e inquietação mental e física extrema, com
grande ansiedade;
disposição de ânimo alterada rapidamente;
impulsos
destrutivos com relaxamento moral, tem que se ocupar constantemente, não
consegue permanecer quieta em nenhuma posição, necessita estar em
movimento, dar voltas na cama, andar de um lado a outro ou caminhar rápido,
ainda que caminhar agrave seus sintomas;
seus movimentos são rápidos;
quadros maníacos violentos acompanhados de um aumento de sua força, com
inquietude e rapidez, com gestos e palavras ameaçantes de morte e
destruição;
grande destrutividade, rasga a roupa, arranca cabelos, bate a
cabeça e o corpo, e quer golpear seus cuidadores e amigos, mas não quer que
o toquem e não tolera a menor contradição, nem que lhe falem nem queiram
contestar; a tudo contesta com negativação e recusa-se a comer; em seu
delírio maníaco pode apresentar uma alegria excessiva, ri pelo menor motivo
ou sem causa aparente, faz brincadeiras, canta, dança, e sua excitação,
agressiva e violenta ou alegre, pode manifestar-se mais durante a
menstruação, porém sofre modificações pela música, à qual é muito sensível e
que, a princípio a excita mas, depois, melhora e tranqüiliza; mania ou delírio
erótico, com exibicionismo, lascívia, ninfomania;
companhia, mas quer alguém presente;
caprichos;
sensível à música; avessa à
ingrata, descontente, guiada por
tristeza e melancolia marcantes; agita-se sem cessar;
não
36
consegue deixar seus membros parados, move-os todo o tempo, gira a cabeça
de um lado para o outro como movimentos histéricos;
violentas do útero, com dores ardentes;
dores e câimbras
regras muito adiantadas e
abundantes, com hiperestesia extrema dos órgãos genitais; excitação sexual
extrema; prurido vulvar com ninfomania violenta; durante a menstruação há
uma secura intolerável do nariz, garganta, boca e língua, sobretudo dormindo;
melhora: ao ar livre, com música, usando cores claras, esfregando os lugares
afetados; piora: com movimento, contato, barulho; desejos alimentares: de
alimentos crus, areia, salgados, bebidas frias e alimentos picantes; aversão: à
carne, pão e chocolate.
5.16 – Lachesis trigonocephalus – grande loquacidade, com incoerência
entre os assuntos, muda constantemente o tema da conversa, uma palavra a
faz saltar de uma idéia a outra, de modo que muda rapidamente de um tema a
outro, só parando quando está rouca;
amorosa, cuidadosa em excesso;
tristeza pela manhã, sem vontade de se misturar com o mundo, no início da
noite há uma acentuação dos aspectos positivos ou de exaltação, com alegria
e otimismo, risos, excitação, memória ativa e idéias abundantes, fazendo
melhor durante a noite o trabalho mental;
insanidade religiosa; desconfiada;
à noite apresenta ilusões e alucinações, com delírios de incêndio, visões de
fantasmas; insanidade religiosa com melancolia e demência; noção de tempo
perturbada;
podem ocorrer sintomas de ordem erótica, com lascívia,
homossexualidade, obscenidade, desejos sexuais aumentados e violentos na
mulher, sobretudo durante a menstruação;
ninfomania com tendência à
masturbação; não tolera a idéia do casamento; há uma predominância dos
sintomas no lado esquerdo, mas ainda mais característico é que os sintomas
vão da esquerda para a direita; intolerância à constrição e ao menor contato
da roupa, especialmente no colo, epigástrio, abdome, tórax, etc., que lhe
produzem um grande mal estar e a põem nervosa; menstruação precedida de
desejos de ar, vertigens, gastralgias, dor no ovário esquerdo; regras muito
regulares, escassas, curtas, de sangue espesso, negro, escoriante e fétido, ou
escassas e negras, com coágulos;
dores nos quadris que se irradiam aos
ovários, sobretudo o esquerdo; melhora de todas as dores quando o fluxo
37
menstrual já se encontra bem estabelecido; atua especialmente bem no início
e final da menstruação; melhora: com o aparecimento das menstruações e
com aplicações quentes;
piora:
depois de dormir, deitada sobre o lado
esquerdo, na primavera, banho quente, pressão ou aperto, bebidas quentes e
fechando os olhos; desejos alimentares: de bebidas alcoólicas, cerveja, vinho,
uísque, ostras, pickles, ácidos, leite, café e farináceos;
aversão:
ao pão,
alimentos quentes, vinho.
5.17 – Gelsemium sempervivens – paciente com transtornos psicossomáticos
agudos ou crônicos, de nítida causa emocional, cuja origem pode ser recente
ou antiga, como más notícias, notícias excitantes ou qualquer emoção intensa
como susto, medo, ira, ira com ansiedade ou com susto, morte de um filho,
surpresas boas ou não; mas também aparecem transtornos cuja origem são
emoções mais lentas e prolongadas, como os transtornos produzidos por pena,
ou por raiva com pena silenciosa, porém, mais especialmente, por antecipação
de
acontecimentos;
vontade
de
ficar
quieta,
de
ser
deixada
só;
entorpecimento, prostração, falta de atenção, voz débil por paralisia das cordas
vocais; apatia em relação à sua moléstia, porém, com grande temor a morrer;
sente que seu coração vai deixar de bater se não se movimentar
constantemente;
palpitações por más notícias;
acelerado e irregular pelo movimento;
pulso lento em repouso,
prostração generalizada, tonteira,
sonolência, entorpecimento e tremores, com sensação de cansaço e fraqueza
muscular; sensível às mudanças de pressão atmosférica; congestão uterina
com dores como câimbras, sensação de peso no útero; dismenorréia com
fluxo escasso, menstruações retardadas; as dores se estendem para as costas
e os quadris; sensação do útero estar sendo espremido;
afonia e dor de
garganta durante as menstruações; melhora: inclinando-se para frente, com
urina profusa, ao ar livre, com movimento continuado e com estimulantes;
piora: com tempo úmido, neblina, antes de uma tempestade com trovoada, por
emoção ou excitação, por más notícias, fumando, pensando na sua moléstia e
às 10 horas da manhã.
38
5.18 – Causticum – paciente cheia de temores por várias coisas; também
medo muito marcante aos animais, principalmente cachorros;
está sempre
antecipando algum sucesso, o que lhe causa medo; muito debilitada, como se
fosse desfalecer, com tremores; humor melancólico e triste, a menor coisa a
faz chorar, não consegue segurar o choro; vê sempre o lado negativo de tudo,
com desespero; muita empatia com o sofrimento dos outros, se compadece
ainda que não os conheça, e chega a chorar; tímida, ansiosa, nervosa, cheia
de imaginações terríveis, principalmente ao entardecer;
ausência de
orgasmos, com desejos sexuais diminuídos e aversão ao coito; cólicas como
uma câimbra, com dor suave, com sensação de peso, que alivia pelo calor;
fluxo menstrual só durante o dia, cessa à noite ao deitar-se, aparecendo, então,
um corrimento; menstruações escoriantes, copiosas, freqüentes, coaguladas,
de cor vermelho vivo, ofensivas, dolorosas; dores dilacerantes, repuxantes nos
tecidos muscular e fibroso, antes e durante a menstruação; melhora: com
tempo úmido, chuva, calor e calor da cama; piora: com ventos frios secos,
com tempo bom e claro, ar frio, com o movimento do carro.
5.19 – Secale cornutum – excitação mental ou delírio com acessos de furor e
raiva, ou crises maníacas, com desejos de suicidar-se se atirando na água;
falta de vergonha, impudica, expõe sua pessoa, necessita estar nua
(especialmente no delírio), sendo indiferente que a vejam, porque o faz por
necessidade de ar frio;
ninfomania durante a menstruação;
tristeza,
melancolia, desalento, timidez, com grande ansiedade, medo e angústia, com
medo de morrer; aversão a contestar; toda a superfície do corpo está fria ao
tato, como gelo, apesar da paciente não suportar o calor e nem estar coberta,
buscando sempre o frio;
tendência a hemorragias muito persistentes de
sangue líquido, aquoso, negro, fétido e dificilmente coagulável, de qualquer
orifício do corpo;
cólicas menstruais com frio e intolerância pelo calor;
menstruações irregulares, copiosas, escuras ou vermelhas,com coágulos e
com dores pressivas como de parto ou ardentes;
metrorragias negras ou
escuras, líquidas e com coágulos, contínuas ou em jorro, indolores, profusas e
repentinas, pior pelo movimento; secreção contínua de sangue aguado até o
39
período seguinte; melhora: com frio, descobrindo-se, esfregando e esticando
os membros; piora: com calor e com cobertura quente.
5.20 – Graphites – paciente corpulenta, apática, com frio e constipação
intestinal; timidez com falta de disposição para o trabalho; inquietude quando
está sentada em seu trabalho;
muito ansiosa, sobretudo pela manhã, ao
despertar, ansiedade por sua salvação, preocupa-se por seu bem estar
espiritual;
afecções religiosas, porém, pode haver lascívia;
triste, abatida,
desencorajada, pior à tarde e à noite, pensa somente na morte; indecisa, não
sabe que decisão tomar; a música a entristece e faz chorar; grande aversão
ao coito; vesículas pruriginosas na vulva; escoriação entre os músculos e na
vulva e períneo; dor como câimbra no útero durante a menstruação e quando
levanta os braços para o alto; dores cortantes ao aparecer a menstruação;
tosse fatigante antes e durante a menstruação sensação de puxão para baixo
nos órgãos genitais;
menstruações tardias, escassas, escuras ou negras,
curtas, com pequenos coágulos negros, com dor dilacerante no epigástrio,
precedidas por prurido vulvar; leucorréia líquida como água, profusa, que pode
ocorrer antes e depois das regras ou se inicia logo após o término do fluxo
tardio, caminhando ou sentada; melhora: no escuro, agasalhando-se; piora:
com calor, de noite, durante e depois das menstruações; aversão alimentar: a
alimentos salgados e doces, a peixe, carne, aos alimentos cozidos e quentes, a
sopa.
5.21 – Lilium tigrinum – grande ação nos órgãos pélvicos, com mais
freqüência indicado para mulheres solteiras;
dores em pequenos pontos;
paciente com profunda depressão de espírito, com vontade constante de
chorar;
atormentada por sua salvação, teme alguma moléstia orgânica
incurável; apressada sem motivo, tem que se manter ocupada; disposta a
blasfemar, atacar, pensar em coisas obscenas;
menstruações precoces,
escuras, coaguladas, repugnantes, com fluxo só quando se movimenta;
sensação de empurrar para baixo com premência para evacuar, como se todos
os órgãos fossem escapar pelo períneo, cessa quando descansa; congestão
uterina com prolapso e anteversão; dor nos ovários e pelas coxas abaixo;
40
excitação sexual; prurido vulvar; melhora: com ar fresco; piora: pelo consolo,
em um quarto quente.
5.22 – Cimicifuga racemosa – paciente nervosa e reumática, com depressão
mental profunda, com pranto e desespero, que agrava pelo consolo, enquanto
a distração a melhora; ansiedade pela salvação de sua alma, com afecções
religiosas mentais, especialmente melancolia, já que pensa que está
condenada; pode pensar ter uma doença incurável, com grande ansiedade; a
ansiedade pode chegar a uma verdadeira indiferença; acentuada excitação
sexual, com lascívia e linguagem obscena freqüente; muito precipitada em
seus menores atos e ocupações, empreende várias coisas ao mesmo tempo e
não persiste em nada; muito irritável; sensação de puxão de cima para baixo
que se manifesta com intensidade em muitas partes do organismo; câimbras
no útero e membros pesados;
dores musculares e câimbras em todas as
partes do corpo; muito deprimida, com o sonho de perigo iminente; medo de
viajar em veículos fechados e ter que pular fora;
desejos
sexuais
aumentados,
terminando
em
fala incessantemente;
orgasmos
involuntários;
menstruações adiantadas, sempre irregulares, profusas, escuras, coaguladas,
ofensivas, que aparecem somente de dia quando se move e anda (jamais
durante a noite ou sentada ou recostada), com dor lombar; sensação de puxão
de cima para baixo, com peso e pressão no útero ou na pelve, como se todo o
conteúdo fosse pressionado para fora pela vagina e fosse sair, pior durante a
menstruação, melhora pressionando a vulva com a mão ou cruzando as
pernas; útero retrovertido ou prolapso uterino; prurido voluptuoso na vulva e
vagina, com sensação de plenitude;
dor na pelve, de quadril a quadril;
intolerância pela dor; melhora: com calor e comendo; piora: de manhã, com
o frio (exceto a dor de cabeça) durante a menstruação; quanto maior o fluxo,
maior o sofrimento; desejos alimentares: de guloseimas doces e ácidas, e
carne; aversão: ao café e pão.
5.23 – Sabina – paciente irritada, irascível, com mau humor e hipocondria; a
música é intolerável, provoca nervosismo, tristeza, pranto, medo, com
hipersensibilidade, sobretudo ao piano; as dores são paroxísticas, aparecem
41
repentinamente e desaparecem lentamente; menstruações profusas, claras;
dores uterinas estendendo-se até às coxas; desejo sexual muito aumentado,
quase insaciável, violento, podendo chegar à ninfomania;
menstruações
adiantadas, abundantes, prolongadas (8 a 10 dias), com jorro de sangue
vermelho vivo a escuro ou pálido, em parte líquido e em parte com coágulos
fétidos, que saem pelo menor movimento ou caminhando, acompanhados de
violentas dores que se estendem da região lombo-sacra ao púbis e, às vezes,
descendo aos músculos;
leucorréia corrosiva e ofensiva, depois da
menstruação; descarga de sangue entre os períodos, com excitação sexual;
dor entre o sacro e o púbis, e de baixo para cima, penetrando na vagina;
hemorragia parcialmente coagulada que piora com o menor movimento; atonia
uterina; melhora: com ar livre e fresco; piora: com o menor movimento, com
calor, em um ambiente quente, pela música, pelo menor movimento, se a
tocam, ao agachar-se, sentada e inclinada para a frente, deixando os membros
penderem, por uma inspiração profunda e ar quente.
42
6.
APRESENTAÇÃO DE CASO CLÍNICO
Identificação:
F.M.S., nasc. 16-jun-1.996, 13ª, negra, natural do Rio de
Janeiro.
Consulta em 08-abr-2.010:
Queixa principal: consulta de rotina + cólicas menstruais.
História da doença atual: adolescente com menarca aos 10 anos, aos 12
anos iniciou cólicas menstruais muito intensas, que inicialmente melhoravam
com hioscina porém, atualmente não tem observado efeito;
tem ciclos
menstruais regulares a cada 30 dias, com duração do fluxo em torno de 7 dias,
em grande quantidade, sangramento escuro, fluido e com coágulos pequenos,
mais intenso pela manhã; as cólicas são piores no primeiro dia do fluxo, com
dor em aperto, na região suprapúbica, sem irradiação, contínua; melhora com
pressão local e calor; quando o fluxo é muito intenso, é precedido de vômitos;
não consegue ficar deitada durante as cólicas, ficando agitada, com muita
prostração e falta de apetite; neste momento, busca a companhia da mãe; as
cólicas atrapalham as atividades escolares e lúdicas.
História patológica pregressa:
viroses comuns da infância;
traumatismo
frontal na primeira infância, com sutura na região frontal; cirurgia plástica no
início da adolescência para retirada do quelóide decorrente da sutura anterior.
Temperamento:
adolescente calma, quando contrariada fica quieta, não
responde e nem torna-se agressiva; carinhosa, principalmente com o pai (com
o qual tem muita preocupação – pai cardiopata com antecedente de infarto
agudo do miocárdio).
Exame físico: peso: 66.000g; estatura: 161.5cm; índice de massa corporal
= 25.3 (critério correspondente a obesidade);
exame segmentar sem
alterações significativas; presença de cicatriz na região frontal (cirurgia plástica
devido a quelóide, que, psicologicamente, a incomodava muito).
Diagnósticos:
• biotipológico: carbo-fluórico.
• temperamento orgânico: sanguíneo.
43
• medicamentoso: Pulsatilla.
• diatésico: psora.
• dose do medicamento: LM6 pela manhã por 15 dias.
Conduta: com base na queixa principal e suas modalidades, de acordo com o
temperamento e a constituição da paciente, foi prescrito apenas Pulsatilla LM6
em dose única diária pelo período de 15 dias, e solicitados exames
laboratoriais. A posterior repertorização do caso clínico (tabela 5) confirmou o
diagnóstico medicamentoso da paciente (tabela 6).
Consulta em 08-jun-2.010:
Queixa principal: retorno com resultados de exames. Paciente relata que,
após início da medicação os ciclos menstruais têm ocorrido de forma indolor,
sentindo-se mais bem disposta para as atividades após a melhora clínica.
Exames laboratoriais:
hemograma: hemácias 4.85/mm3, hemoglobina 11.7g/dl, hematócrito 36.3%,
VGM 74.8, HGM 24.1 CHGM 32.2, RDW 12.6%
glicemia de jejum: 81mg/dl
colesterol: total 203mg/dl, HDL 62mg/dl, LDL 122mg/dl, VLDL 19mg/dl
triglicerídeos: 93mg/dl
estrogênios totais: < 10.0 (v.r. 10-61)
progesterona: 0.94 (v.r. 0.15-1.40)
FSH: 6.67 (V.R. 2.5-10.2)
LH: 6.85 (v.r. 0.15-1.40)
EAS: normal
EPF: negativo
U.S. de órgãos pélvicos: normal
44
Exame físico: sem alterações significativas.
Conduta: prescrito apenas complexo Nux vomica + Chelidonium majus CH5
ãã como drenadores hepatobiliares devido ao discreto aumento dos níveis do
lipidograma, e orientada a voltar a usar Pulsatilla LM 6 diariamente em caso de
retorno das cólicas.
Consulta em 30-nov-2.010:
Queixa principal:
consulta de rotina.
Tem ficado bem com a medicação
homeopática; somente refere dor quando a medicação acaba, mas volta a
fazer uso e o quadro sintomatológico regride.
Exame físico: sem alterações significativas.
Conduta: orientada a voltar a usar Pulsatilla LM 6 diariamente em caso de
retorno das cólicas.
Comentários: após a repertorização das queixas clínicas, foram encontrados
2 grandes medicamentos: Nux vomica (cobertura de 10 sintomas e 18 pontos)
e Pulsatilla (cobertura de 9 sintomas e 20 pontos).
Os diagnósticos biotipológico, diatésico e de temperamento apontavam, apesar
de classificado como segundo medicamento, Pulsatilla, que demonstrou ser
uma opção mais adequada à paciente em questão.
45
7.
CONCLUSÕES
Apesar da avaliação positiva das pacientes com dismenorréia primária, o
tratamento sintomático com medicamentos ponderais visa apenas à supressão
dos sintomas, sem alterar significativamente a recorrência do quadro álgico,
que incide novamente no período menstrual seguinte.
O tratamento com medicação homeopática individualizada, possibilita a
avaliação da paciente de forma integral, com restabelecimento rápido, suave e
duradouro da e, conseqüentemente, da qualidade de vida.
Com efeito, a lista de medicamentos apresentada, significativa para a
amostra da população em estudo, não esgota a possibilidade da inclusão de
novos medicamentos, ficando para o Homeopata, após análise criteriosa e,
sempre que possível, repertorização clínica individual, a escolha do
medicamento da totalidade dos sintomas.
Algumas outras linhas podem ser exploradas na busca do tratamento,
ficando para uma posterior pesquisa o estabelecimento destas novas
possibilidades.
O caso clínico apresentado traz em seu bojo a necessidade da seleção
do medicamento através do conhecimento da Matéria Médica, com ajuda da
repertorização, bem como o conhecimento das características individuais do
paciente pois, se o medicamento não for bem selecionado, os resultados serão
apenas aparentes e pouco duradores.
46
anexo 1 – questionário
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu, _________________________________________________________,
aceito de maneira voluntária participar da pesquisa – Dismenorréia primária –
uma abordagem homeopática ambulatorial.
Estou ciente de que vou responder a um questionário especializado.
Estou
plenamente
informada
que
esta
pesquisa
visa
estabelecer
características individuais da disfunção em questão, com finalidade de estudo
estatístico para monografia.
Tenho a garantia do sigilo que assegurará a minha privacidade quanto aos
dados confidenciais envolvidos.
Rio de Janeiro, _____ de __________ de 2.010.
Data de nascimento: _____ / _____ / _____
47
1. Menstruações: (
) regulares
(
) irregulares
(
) ausentes
2. Dias de fluxo menstrual: _____
3. Cor do fluxo menstrual: ( ) claro; ( ) vermelho vivo; ( ) vermelho escuro
4. Tipo de fluxo menstrual: (
(
) liquido; (
) líquido com muitos coágulos; (
) líquido com poucos coágulos;
) predominantemente com coágulos
5. Tamanho dos coágulos:
( ) até 5mm ( ) 5 a 10mm ( ) acima de 10mm
6. Cor dos coágulos: ______________________________________________
7. Odor da menstruação: (
) ausente;
(
) sangue;
(
) fétido
8. Dia de maior fluxo do sangramento: _______________________________
9. Período do dia com maior fluxo: ( ) 5 às 9 h; ( ) 9 às 12 h; ( ) 12 às 13
h; ( ) 13 às 18 h; ( ) 18 às 21 h; ( ) 21 às 5 h
10. Presença de cólicas menstruais: (
) sim
11. Período de maior incidência da dor: (
início da menstruação; (
menstrual e outro; (
(
) não
) antes da menstruação; (
) durante a menstruação; (
) no
) entre um fluxo
) quando o fluxo é interrompido por qualquer motivo.
12. Como você descreve a sensação da dor? (
) apertando; ( ) ardendo;
( ) beliscando; ( ) como uma câimbra; ( ) como uma constrição;
( ) cortando; ( ) dor suave; ( ) escavando; ( ) espremendo;
( ) ferroando; ( ) dor lancinante; ( ) perfurando; ( ) peso; ( ) pontada;
( ) pressionando; ( ) rasgando; ( ) torcendo; ( ) queimando;
( ) outras________________________________________________________
13. Localização das cólicas: ________________________________________
14. As dores se estendem para algum lugar? (
) sim (
) não; para onde?
_______________________________________________________________
15. Algum sintoma ocorre junto com as dores?
(exemplo:
enxaqueca,
náuseas, vômitos, choro, irritação, diarréia, etc.) ________________________
_______________________________________________________________
16. Em que período estes sintomas são mais intensos? ___________________
_______________________________________________________________
17. Em que posição do corpo a dor melhora? (exemplo:
dobrando para a
frente, esticando para trás, deitando de lado esquerdo ou direito ou de costas
ou de bruços, etc...)_____________________________________________
48
18. A dor aumenta de intensidade de acordo com o aumento do fluxo
menstrual?
(
) sim
(
) não
19. Quais os fatores que melhoram estes sintomas? (exemplo:
calor local,
colocar peso ou pressão forte, etc...)__________________________________
20. Quais os fatores que pioram estes sintomas? (exemplo:
andar, correr,
sentar, deitar, etc...) _______________________________________________
21. Presença de algum tipo de corrimento vaginal associado? ( ) sim ( ) não
22. Quando ocorre? (
(
) antes da menstruação; (
) após a menstruação; (
) durante a menstruação;
) outros períodos ________________________
23. Uso atual de contraceptivos? (
) sim (
) não
24. Suas cólicas menstruais têm alguma causa conhecida ? ( ) não ( ) sim;
qual? (exemplo: mioma uterino, ovários policísticos, endometriose, etc...) ____
_______________________________________________________________
25. Tratamento
utilizado
atualmente
para
as
cólicas
menstruais?
_______________________________________________________________
26. Eficácia do tratamento que você utiliza (atribua de zero – para nenhuma
eficácia – a dez – para eficácia total): ____________________
49
figura 1 – esquema da fisiologia do ciclo menstrual (modificado)
em < www.medstudents.com.br/content/resumos/cicloendometrial.doc >
acesso em 10-jun-2.010.
50
Diacilglicerol ou
fosfolipídeo
fosfolipase C
fosfolipase A2
Ácido araquidônico
lipoxigenase
PGH2 sintetase (COX1 ou
COX2), peroxidase
Prostaglandina H2 –
PGH2
PGD
sintetase
prostaciclina
sintetase
H2O
leucotrieno B4
tromboxano
sintetase
leucotrieno A4
Glutation
glutation S
transferase
PGE sintetase
leucotrieno C4
Tromboxano
TXA2 (plaquetas)
PGD2
PGE2
Ácido hidroperoxieicosa
tetraenóico
( HPETE )
Prostaciclina
PGI2
(endotélio)
Ácido glutâmico
leucotrieno D4
PGF2
6 cetoPGF1α
leucotrieno E4
figura 2 – síntese do ácido araquidônico e suas vias oxidativas
(modificado)
em < http://pt.wikipedia.org/wiki/Leucotrieno > acesso: 14-set-2.010.
51
figura 3 – mecanismo tissular da resposta inflamatória
52
fosfolipídeo
ácido eicosatetraenóico
12-HPETE
5-HPETE
leucotrieno B4
contração
muscular
uterina
Leucotrieno A4
leucotrieno C4
figura 4 – cascata de formação de leucotrienos B4 e C4 a partir de
fosfolipídeos
Dawood. Advances in Primary Dysmenorrhea. Obst. Gynecol. 2.006.
53
< 14a
5
1
1
3
15-19a
20-24a
10
7
25-29a
30-34a
35-40a
41-45a
46-50a
4
9
total
10-14a
15-19a
20-24a
25-29a
30-34a
35-40a
41-45a
46-50a
40
1
3
10
9
4
7
5
1
%
2,5
7,5
25,0
22,5
10,0
17,5
12,5
2,5
figura 5 – faixa etária da população em estudo
54
tabela 1 – estatísticas da pesquisa realizada
Mulheres pesquisadas
1
2
3
4
5
6
7
8
idade
10-14a
15-19a
20-24a
25-29a
30-34a
35-40a
41-45a
46-50a
total
presença de cólicas menstruais
sim
não
suas cólicas menstruais têm alguma causa conhecida?
sim
não
menstruações
irregulares
regulares
dias de fluxo menstrual
3
4
5
6
7
acima de 7
não informado
cor do fluxo menstrual
claro
vermelho vivo
vermelho escuro
não informado
tipo do fluxo menstrual
líquido
líquido com poucos coágulos
líquido com muitos coágulos
tamanho do coágulos
sem coágulos
até 5mm
5 a 10mm
acima de 10mm
cor do coágulos
sem coágulos
vermelho claro
vermelho escuro
enegrecidos
não informado
n
1
3
10
9
4
7
5
1
40
31
9
%
77,5
22,5
4
27
13
87
2
25
7
93
3
6
12
3
1
1
1
11
22
44
11
4
4
4
1
20
5
1
4
74
19
4
4
21
2
15
78
7
4
15
7
1
15
56
26
4
4
3
13
4
3
15
11
48
15
11
%
2,5
7,5
25,0
22,5
10,0
17,5
12,5
2,5
100,0
55
9
10
11
12
13
14
15
odor da menstruação
sangue
sem odor
não informado
23
1
3
85
4
11
1º
2º
3º
período do dia com maior fluxo (pode ocorrer em períodos
diferentes)
5 às 9
9 às 12
12 às 13
13 às 18
18 às 21
21 às 5
não informado
período de maior incidência da dor (pode ocorrer em
períodos diferentes)
antes da menstruação
no início da menstruação
durante a menstruação
como você descreve a sensação da dor? (pode ocorrer
mais de uma sensação)
apertando
como uma câimbra
como uma constrição
dor suave
espremendo
ferroando
perfurando
peso
pontada
pressionando
localização das cólicas (pode ocorrer em locais diferentes)
abdome (sem especificação)
baixo ventre
infra-umbilical
hipogástrio
região lombar
outros locais
não informado
as dores se estendem para algum lugar? (pode estender
para locais diferentes)
sim
não
cóccix
costas (sem especificação)
joelhos
pernas
região lombar
região perianal
2
23
2
7
85
7
1
6
3
7
3
6
1
4
22
11
26
11
22
4
9
14
9
33
52
33
12
1
3
5
5
1
1
5
6
4
44
4
11
19
19
4
4
19
22
15
2
13
7
1
1
3
3
7
48
26
4
4
11
11
14
13
1
1
1
7
6
1
52
48
4
4
4
26
22
4
dia de maior fluxo do sangramento
56
16
17
18
19
20
21
22
23
algum sintoma ocorre junto com as dores? (podem
ocorrer sintomas diferentes)
sim
não
cefaléia
choro
depressão
distúrbios gastrointestinais
enjôo
enxaqueca
hipertensão arterial sistêmica
irritabilidade
náuseas
vômitos
em que período estes sintomas são mais intensos? (pode
ocorrer em períodos diferentes)
1 a 3 dias antes da menstruação
no início da menstruação
1º ao 3º dias da menstruação
durante toda a menstruação
não informado ou variável com o mês
em que posição do corpo a dor melhora?
deitando de bruços
deitando para o lado direito
deitando para o lado esquerdo
dobrando para frente
indiferente
a dor aumenta de intensidade de acordo com o aumento
do fluxo menstrual?
sim
não
quais os fatores que melhoram estes sintomas?
atividade física
calor local
colocar peso sobre a região
massageando a região do baixo ventre
não informado
por dormir
pressão forte
repouso
quais os fatores que pioram estes sintomas?
ambiente frio
esforço físico ou movimento
outros fatores (emocionais, outros)
não informado
presença de algum tipo de corrimento vaginal associado?
sim
não
quando ocorre?
antes da menstruação
durante a menstruação
após a menstruação
25
2
5
11
2
5
1
11
1
17
7
3
93
7
19
41
7
19
4
41
4
63
26
11
14
13
4
3
2
52
48
15
11
7
12
7
6
10
1
44
26
22
37
4
13
14
48
52
1
16
1
1
4
1
5
3
4
59
4
4
15
4
19
11
3
21
2
4
11
78
7
15
7
20
26
74
5
1
2
19
4
7
57
24
uso de contraceptivos?
sim
não
25
26
tratamento? (pode haver tratamentos diferentes)
analgésico
analgésico antiespasmódico
antiespasmódico
antiinflamatório
contraceptivo oral ou injetável
medicação homeopática
não utiliza medicação
não informado
eficácia do tratamento que você utiliza
10
9
8
7
6
sem avaliação
8
19
30
70
9
6
1
2
2
1
6
1
33
22
4
7
7
4
22
4
9
3
7
1
1
6
33
11
26
4
4
22
58
tabela 2 – rubricas e sub-rubricas utilizadas para a repertorização da
pesquisa
1 – dor, útero, p.644, r84
2 – dor, útero, menstruação, antes de, p.644, r27
3 – dor, útero, menstruação, início de, p.644, r9
4 – dor, útero, menstruação, durante, p.644, r42
5 – dor, útero, estendendo-se para, baixo, p.644, r20
6 – dor, útero, estendendo-se para, descendo pelas coxas, p.644, r17
7 – dor, útero, estendendo-se para, cima, para, p.644, r6
8 – dor, útero estendendo-se para, costas, p.644, r3
9 – dor, útero, estendendo-se para, umbigo, para o, p.644, r2
10 – dor, apertante, útero, p.645, r2
11 – dor, sensações, câimbra, útero, p.645, r34
12 – dor, sensações, câimbra, útero, menstruação, antes de, p.645, r5
13 – dor, sensações, câimbra, útero, menstruação, durante, p.645, r29
14 – dor, sensações, câimbra, útero, menstruação, após, p.645, r4
15 – dor, sensações, constritiva, útero, p. 646, r12
16 – dor, sensações, constritiva, útero, menstruação, durante, p. 646, r4
17 – dor, sensações, dolorida, suave, útero, p.646, r47
18 – dor, sensações, dolorida, suave, útero, menstruação, antes de, p.646, r1
19 – dor, sensações, dolorida, suave, útero, menstruação, durante, p.646, r19
20 – dor, sensações, em ferroada, útero, p;647, r6
21 – dor, sensações, ferroada, ovários, menstruação, durante, estendendo-se
para o abdome, p.647, r1
22 – dor, sensações, peso, como um, útero e região do, p. 648, r85
23 – dor, sensações, peso, como um, útero e região do, menstruação, antes de, p.
648, r26
24 – dor, sensações, peso, como um, útero e região do, menstruação, durante, p.
648, r57
25 – dor, sensações, pontada, útero, p.649, r33
26 – dor, sensações, pontada, útero, menstruação, antes de, p.649, r1
27 – dor, sensações, pontada, útero, menstruação, durante, p.649, r1
28 – dor, sensações, pontada, útero, estendendo-se para, subindo pelas costas,
p.649, r1
29 – dor, sensações, pressiva, p. 650, r27
30 – dor, sensações, pressiva, menstruação, antes de, p. 650, r2
31 – dor, sensações, pressiva, menstruação, durante, p. 650, r24
32 – menstruação, dolorosa, p.660, r221
33 – menstruação dolorosa, aquecimento melhora, p.660, r7
34 – menstruação dolorosa, caminhar agrava
35 – menstruação dolorosa, deitar melhora, p.660, r1
36 – menstruação dolorosa, fluxo melhora, quanto maior o fluxo, maior a dor,
p.660, r5
37 – menstruação dolorosa, frio, com, exposição ao, p.660, r1
38 – menstruação dolorosa, início, no, p.660, r9
39 – menstruação, dolorosa, meninas com período irregular, em, p.660, r1
40 – menstruação, dolorosa, náusea e vômitos, com, p.660, r1
59
tabela 3 – repertorização matemática – classificação por cobertura dos
principais medicamentos
medicamento
Sepia officinalis
Belladona
Nux vomica
Calcarea phosphorica
Calcarea carbonica
Conium maculatum
Chamomilla
Pulsatilla
Kali carbonicum
Platina
Cactus grandiflorus
Coccus cacti
Apis mellifera
Natrum muriaticum
Tarentula cubensis
Lachesis
Gelsemium
Causticum
Secale cornutum
Graphites
Lilium tigrinum
Cimicifuga racemosa
Sabina
pontuação
33
42
27
28
27
27
28
28
25
23
22
22
18
15
14
23
18
17
17
15
19
17
16
cobertura
17
16
16
15
15
15
13
13
13
12
12
11
11
11
11
10
10
10
10
10
9
8
8
60
tabela 4 – repertorização matemática da totalidade sintomática (n = 27)
(*) N.A. – os principais medicamentos selecionados encontram-se em negrito.
medicamento
Sepia officinalis
Belladona
Nux vomica
Calcarea phosphorica
Calcarea carbonica
Conium maculatum
Chamomilla
Pulsatilla
Kali carbonicum
Platina
Cactus grandiflorus
Coccus cacti
Apis mellifera
Natrum muriaticum
Tarentula hispania
Lachesis
Gelsemium
Causticum
Secale cornutum
Graphites
Ustilago
China
Lilium tigrinum
Ignatia amara
Lycopodium clavatum
Kreosotum
Cimicifuga racemosa
Sabina
Lac caninum
Nitricum acidum
Nux moschata
Bovista
Murex
Viburnum opulus
Aconitum napellus
Caulophyllum
Aurum metallicum
Bryonia alba
Antimonium crudum
Arsenicum album
Hamamellis
Zincum metallicum
Bufo rana
pontuação
33
42
27
28
27
27
28
28
25
23
22
22
18
15
14
23
18
17
17
15
15
13
19
13
13
12
17
16
15
12
10
8
14
14
13
13
11
11
9
9
9
9
8
cobertura
17
16
16
15
15
15
13
13
13
12
12
11
11
11
11
10
10
10
10
10
10
10
9
9
9
9
8
8
8
8
8
8
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
7
61
Magnesia muriatica
Moschus
Agaricus muscarius
Ferrum metallicum
Podophylum
Sulphur
Ammonium carbonicum
Phosphorus
Rhus toxicodendron
Anantherum muricatum
Borax
Magnesia phosphorica
Natrum carbonicum
Mercurius solubilis
Tuberculinum
Croccus officinalis
Silicea
Argentum nitricum
Arnica montana
Kali iodatum
Onosmodium
Alumina
Cantharis
Lyssinus
Coffea cruda
Kali phosphoricum
Aesculus hipocastaneum
Asafoetida
Hyosciamus niger
Aloe socotrina
Chininum sulphuricum
Curare
Ipecacuanha
Magnesia carbonica
Veratrum viridae
Lápis album
Millefolium
Stannum
Calcarea iodata
Colocynthis
Hellonias dioica
Berberis vulgaris
Caladium
Carbo animalis
Cinnamoneum
Iodum
Kali sulphuricum
Palladium
8
7
11
11
10
10
9
9
8
7
7
11
10
8
8
7
7
6
6
6
6
5
5
5
7
6
5
5
5
4
4
4
4
4
7
6
6
6
5
5
5
4
4
4
4
4
4
4
7
7
6
6
6
6
6
6
6
6
6
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
5
4
4
4
4
4
4
4
4
4
4
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
62
Syphilinum
Aletris farinosae
Argentum metallicum
Aurum sulphuricum
Calcarea silicata
Calcarea sulphurica
Carbo vegetabilis
Ferrum phosphoricum
Inulina helenium
Ledum palustre
Staphysagria
Sulphuricum acidum
Thuya occidentalis
Venus mercenarea
Elaps corallinus
Antimonium tartaricum
Hydrastis canadensis
Pituitarium posterium
Veratrum album
Xanthoxylum americanum
Anacardium orientale
Arsenicum iodatum
Arsenicum metallicum
Cina maritima
Crotallus horridus
Kali arsenicosum
Tilia cordata
Agnus castus
Alumen
Ammonium muriaticum
Baryta muriatica
Cannabis indica
Carboneum sulphuratum
Castoreum canadense
Copaiba
Crotallus cascavela
Cyclamen
Derris pinnata
Dulcamara
Ferrum arsenicosum
Ferrum iodatum
Fluoric acidum
Lobelia inflata
Magnesia sulphurica
Muriatic acidum
Opium
Phytolacca decandra
Plumbum metallicum
4
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
2
4
4
4
4
4
3
3
3
3
3
3
3
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
3
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
63
Robinea
Sabal serrulata
Sarsaparilla
Iris versicolor
Erigeron canadensis
Psorinum
Apiolum
Arundo mauritanea
Chlorarum
Guaiacum officinale
Hoitizia coccinea
Macrotinum
Manganum
Medorrhinum
Melilotus officinalis
Mercurialis perenis
Mitchela repens
Oleum jecoris aseli
Petroselinum sativum
Rhododendron
Senecio aureus
Tanacetum vulgare
Terebenthiniae oleum
Abrotanum
Absinthium
Acetanilidum
Agaricus vernus
Agave tequilana
Allium cepa
Alumina phosphorica
Alumina silicata
Ammoniacum gummi
Ammonium aceticum
Amorphophallus rivieri
Apium graveolens
Aquilegia vulgaris
Aranea diadema
Aristolochia clematitis
Asarum europaeum
Asclepias cornuti
Asclepias tuberosa
Asteria rubens
Atropina
Aurum arsenicosum
Aurum iodatum
Aurum muriaticum natronatum
Avena sativa
Baryta carbonica
2
2
2
1
3
3
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
2
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
64
Baryta iodata
Bellis perenis
Bromium
Bunias orientalis
Calcarea arsenicosum
Calcarea fluorica
Cannabis sativa
Cenchris contortix
Chininum arsenicosum
Cicuta aquatica
Cinnabaris
Citrus vulgaris
Cocaine
Cochlearia armoracia
Collinsonia canadensis
Convallaria majalis
Cuprum metallicum
Dioscorea vilosa
Ephifegus virginiana
Ergotinum
Eupatorium purpureum
Euphrasia
Folliculinum
Glonoinum
Gnaphalium
Gossypium herbaceum
Gratiola officinalis
Heliotropinum peruvianum
Hirudo medicinalis
Hura brasiliensis
Hypericum perforatum
Kali bichromicum
Kali muriaticum
Kali nitricum
Kali permanganicum
Kali silicatum
Kalmia latifolia
Lappa major
Laurocerasus
Mephitis putorius
Mercurius corrosivus
Morphinum
Natrum arsenicosum
Natrum hypoclorosum
Natrum phosphoricum
Natrum sulphuricum
Niccolum metallicum
Oleum animalis
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
65
Onopordon acanthium
Paloondo
Passiflora incarnata
Petroleum
Phosphoricum acidum
Picricum acidum
Polygonum hydropiperoides
Rauwolfia serpentina
Ruta graveolens
Sabadila
Sanguinaria canadensis
Santoninum
Selenium
Spongia tosta
Stramonium
Sulphur iodatum
Tellurium metalicum
Theridion curassavicum
Thyreoidinum
Thyreotropinum
Trillium pendulum
Triosteum perfoliatum
Uzara
Vespa crabo
Viburnum prunifolium
Wyethia
Zincum vallerianum
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
66
tabela 5 – rubricas e sub-rubricas repertoriais selecionadas para o caso
clínico
1.
menstruação, dolorosa, p.660, r221;
2.
menstruação, muito freqüentes, 7 dias, p.662, r15;
3.
menstruação, dolorosa, início, no, p.660, r9;
4.
menstruação, copiosa, manhã, p.659, r4;
5.
menstruação, escura, p.661, r107;
6.
menstruação, fluida, contém coágulos, sangue, p.661, r107;
7.
dor, útero, sensação, apertante, p.644, r2;
8.
abdome, dor, menstruação, antes de, p.512, r64;
9.
menstruação, deitar agrava, p.659, r3;
10.
inquietude, menstruação, durante, p.72, r40;
11.
menstruação, dolorosa, aquecimento melhora, p.660, r7;
12.
dor, útero, calor, melhora, p.644, r1;
13.
dor, útero, pressão, melhora, p.644, r6;
14.
dor, útero, p.644, r1;
15.
vômitos, menstruação, antes de, p.486, r11;
16.
mental, afetuoso, p.2, r23;
17.
pele, quelóide, p.1095, r27.
67
tabela 6 – principais medicamentos após repertorização do caso clínico
medicamentos
cobertura
pontos
Nux vomica
10
18
Pulsatilla nigricans
9
20
Chamomilla
9
17
Ignatia amara
8
12
68
8.
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cólica
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