Ed. Especial

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CIÊNCIA E CULTURA - Revista Científica Multidisciplinar do Centro Universitário da FEB
v. 5, nº 2, Edição Especial Junho/2011-ISSN 1980 - 0029
Barretos-SP, 7 a 9 de abril de 2011, Campus do Unifeb
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CIÊNCIA E CULTURA - Revista Científica Multidisciplinar do Centro Universitário da FEB
v. 5, nº 2, Edição Especial Junho/2011-ISSN 1980 - 0029
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE BARRETOS
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
CIÊNCIA E CULTURA
Revista Científica Multidisciplinar do
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos
Endereço:
POSGRAD - Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos
Av. Prof. Roberto Frade Monte, 389 – Aeroporto
14783-226 – Barretos – SP – Brasil
http://www.unifeb.edu.br/revista/edicao.php
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CIÊNCIA E CULTURA - Revista Científica Multidisciplinar do Centro Universitário da FEB
v. 5, nº 2, Edição Especial Junho/2011-ISSN 1980 - 0029
CIÊNCIA E CULTURA
CENTRO UNIVERSITÁRIO
DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE BARRETOS
Reitoria
Reitor: Prof. Dr. Álvaro Fernandez Gomes
Pró-Reitor de Graduação: Profa. Dra. Luiza Maria Pierini Machado
Pró-Reitor de Pós-Graduação: Prof. Dr. Luiz Paulo Geraldo
Superintendente de Administração e Finanças: Sr. Rogério Alves Vieira
Conselho Diretor
Rogério Ferreira da Silva - Presidente
Luís Carlos Diniz Buch - Vice Presidente
Orlando de Paula Filho - Tesoureiro
José Valter Dal Moro Filho - Secretário
João Nataniel Souza Vieira - Conselheiro
Luciano Tavares - Conselheiro
Ciência e Cultura
Prof. Dr. Luiz Paulo Geraldo (UNIFEB)
Editores Adjuntos:
Profª. Ana Emília Farias Pontes (UNIFEB)
Prof. Dr. João Antonio Galbiatti (UNESP/Jaboticabal)
Prof. Dr. Valdir Gouveia Garcia (UNIFEB)
Prof. Dr. Mauro da Silva Dias (IPEN-CNEN/SP)
Prof. Dr. Sebastião Hetem (UNESP/Araçatuba)
Comissão Editorial
Agnaldo Arroio (Ensino de Química – USP/SãoCarlos)
Alberto Cargnelutti FilhO (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
Alex Tadeu Martins (Odontologia-UNIFEB)
Alexandre Bryan Heinemann (CIRAD – França)
Alfredo Argus (Serviço Social – UNIFEB)
Álvaro Fernandes Gomes (Física – UNIFEB)
Ana Carolina Garcia Canoas (Engenharia - UNIFEB)
Ana Emília F. Pontes (Odontologia-UNIFEB)
Ana Maria de Souza (Farmácia – USP/Ribeirão Preto)
André Cordeiro Leal (Direito – PUC/MG)
André Del Negri (Direito – UNIUBE)
Andréia Raquel Simoni (Engenharia Mecânica - UNIFEB)
Ângelo Rubens Migliore Júnior (Engenharia Civil – UNIFEB)
Antonio Aparecido Pupim Ferreira (Química - UNESP/Araraquara)
Antonio Baldo Geraldo Martins (Agronomia– UNESP/Jaboticabal)
Antonio Carlos Delaiba (Engenharia Elétrica – UFU)
Antonio Carlos Pizzolitto (Farmácia – UNESP/Araraquara)
Antonio de Paulo Peruzzi (Engenharia - UNIFEB)
Arlindo José de Souza Júnior (Educação Matemática – UFU)
Benedicto Egbert Correa de Toledo (Odontologia–UNIFEB,UNESP/Araraquara)
Camila Ferreira de Avila (Pedagogia - UNIFEB)
Caren Elisabeth Studer (Pedagogia - UNIFEB)
Carlos Eduardo Angeli Furlani (Agronomia - UNESP/Jaboticabal)
Carlos José dos Santos Pellegrino (Odontologia – UNIFEB)
Carlos Reisser Junior (Agrometeorologia – EMBRAPA/ClimaTemperado)
Carlos Teixeira Puccini (Engenharia Civil – UNIFEB)
Celso Eduardo Sakakura (Odontologia - UNIFEB)
Claudia Regina Bonini Domingos (Biologia – UNESP/São José do Rio Preto)
Clovis Sansigolo (INPE)
Cristiane Cardoso Correa Teixeira (Farmácia – UNIFEB)
Daniela Cristina Z. P. David (Agronomia - UNIFEB)
Daniela Jorge de Moura (Engenharia Agrícola – UNICAMP)
Danilo Cesar Checchio Grotta (Engenharia Civil - UNIFEB)
Danísio Prado Munari (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
Darclet Terezinha Malerbo de Souza (Zootecnia – UNIFEB)
David Chacon Álvares (Eng. Alimentos – Univ. Est. Paraná/Guarapuava)
Deise Maria Fontana Capalbo (Meio Ambiente - EMBRAPA/Jaguariúna)
Deise Pazeto Falcão (Farmácia - UNESP/Araraquara)
Delly Oliveira Filho (Engenharia Agrícola – UFV)
Deny Munari Trevisani (Odontologia – UNIFEB)
Diana Maria Serafim (Química, UNIFEB)
Dietrich Schiel (Ensino de Física – USP/São Carlos)
Dílson Gabriel dos Santos (Administração – FEA/USP)
Dirceu da Silva (Educação – UNICAMP)
Durval Dourado Neto (Ciências Agrárias - USP)
Eduardo Katchburian (Medicina – UNIFESP)
Eduardo Teixeira da Silva (Eng. Agrícola – UFPR)
Elcio Marcantonio Junior (Odontologia – UNESP/Araraquara)
Eleny Zanelha Balducci (Odontologia – UNESP/Araraquara)
Elisabete Frollini (Química – USP/São Carlos)
Elisabeth Pimentel Rosseti (Odontologia - UNIFEB)
Elizangela Partata Zuza (Odontologia - UNIFEB)
Fabiano de Sant’Ana dos Santos (Odontologia – UNIFEB)
Fábio Luiz F. Scannavino (Odontologia - UNIFEB)
Fábio Olivieri de Nobile (Agronomia - UNIFEB)
Fabrícia Helena Santello (UNIFEB)
Fernanda Scarmato de Rosa (Farmácia – UNIFEB)
Fernando Horta Tavres (Direito – PUC/MG)
Fernando Salimon Ribeiro (Odontologia - UNIFEB)
Flávio Dutra de Rezende (Zootecnia - APTA/AM – Secret. Agricultura de SP)
Geraldo Nunes Correa (Sistema de Informação – UNIFEB)
Gláucia Heloisa Malzone Bastos de Aquino ( Serviço Social - UNIFEB)
Gustavo Rezende Siqueira (Zootecnia - APTA/AM – Secret. Agricultura de SP)
Heizir Ferreira de Castro (Engenharia Química – FAENQUIL/Lorena)
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Helcio Zanetti Bocatto (Agronomia- UNIFEB)
Helio Grassi Filho (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
Hélio Massaiochi Tanimoto (Odontologia – UNIFEB)
Hérida Regina Nunes Salgado (Farmácia – UNESP/Araraquara)
Hidetake Imasato (Química – USP/São Carlos)
Holmer Savastano Júnior (Eng. Civil/Agrícola – FZEA-USP/ Pirassununga)
Hugo Barbosa Suffredini (Química – UNIJUÍ)
Humberto Tonhati (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
Ignácio Maria dal Fabro (Engenharia Agrícola – UNICAMP)
Irenilza de Alencar Naas (Engenharia Agrícola – UNICAMP)
Isabel Cristina Moraes Freitas (Engenharia de Alimentos – UNIFEB)
Jackson Rodrigues de Souza (Química – UFC)
Jairo Osvaldo Cazetta (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
Janice Rodrigues Perussi (Química – USP/São Carlos)
Jaqueline Aparecida Bória Fernandez (Química - UNIFEB)
Jean Carlo Alanis (Engenharia de Alimentos – UNIFEB)
Jeosadaque José de Sene (Química – UNIFEB)
João Antonio Galbiatti (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
João Domingos Biagi (Engenharia Agrícola – UNICAMP)
Jorge Aberto Vieira Costa (Eng. de Alimentos–UFRGS)
José Carlos Barbosa (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
José Eduardo Cora (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
José Luiz Guimarães (Educação – UNESP/Assis)
José Marques Júnior (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
José Tadeu Jorge (Engenharia Agrícola – UNICAMP)
José Walter Canoas (Serviço Social – UNESP/Franca)
Juliana Rico Pires (Odontologia - UNIFEB)
Juliemy Aparecida de Camargo Scuoteguazza (Odontologia – UNIFEB)
Júlio César dos Santos (Engenharia Química – FAENQUIL/Lorena)
Jurandyr Carneiro Nobre de Lacerda Neto (Física, UNIFEB)
Karina Silva Moreira Macari (Odontologia – UNIFEB)
Késia Oliveira da Silva (Engenharia Agrícola – ESALQ/USP)
Khosrow Ghavami (Engenharia Civil – PUC/RJ)
Kil Jin Park (Engenharia Agrícola – UNICAMP)
Kleiber David Rodrigues (Engenharia Elétrica – UFU)
Letícia Helena Theodoro (Odontologia - UNIFEB)
Lindamar Maria de Souza (Farmácia – UNIFEB)
Lisete Diniz Ribas Casagrande (Educação – UNAERP)
Lizandra Amoroso (Zootecnia – UNIFEB)
Lizeti Toledo de Oliveira Ramalho (Odontologia – UNESP/Araraquara)
Lucas de Souza Lehfeld ( Direito - UNIFEB)
Lúcia Helena Sipaúba Tavaraes (Engenharia Agrícola – UNESP/Jaboticabal)
Luciana Renata Muzzeti Martinez (Educação Física – UNIFEB)
Luciana Rezende Alves de Oliveira (Farmácia - UNIFEB)
Lucimara Perpetua Ferreira Aggarwall (Física – UNIFEB)
Luiz Alves Rodrigues (Farmácia - UNIFEB)
Luiz Carlos Pardini (Odontologia – USP/Ribeirão Preto)
Luiz Fernando Rimoli (Farmácia - UNIFEB)
Luiz Macelaro Sampaio (Odontologia – UNIFEB)
Luiz Manoel Gomes Junior (Direito – UNIFEB)
Luiz Paulo Geraldo (Física – UNIFEB)
Luiz Rodrigues Wambier (Direito - UNAERP)
Luiza Maria Pierini Machado (Engenharia de Alimentos – UNIFEB)
Maira Mattar (Zootecnia - UNIFEB)
Manoel de Jesus Simões (Medicina – UNIFESP)
Manoel Victor Franco Lemos (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
Marcelo Borges Mansur (Engenharia Química – UFMG)
Marcelo Henkemeier (Engenharia de Alimentos - UPF)
Marcelo Henrique de Faria (Zootecnia - APTA/AM – Secret. Agricultura de SP)
Márcia Justino Rossini Mutton (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
Márcia Luzia Rizzatto (Engenharia de Alimentos – UNIFEB)
Marcia Maisa de Freitas Afonso (Odontologia - UNIFEB)
Marco Aurélio Neves da Silva (Zootecnia – ESALQ/USP)
Maria Auxiliadora Brigliador Conti (Química – UNIFEB)
Maria Cristina Piana (Serviço Social – UNIFEB)
Maria Cristina Thomaz (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
Maria José de Almeida (Educação – UNICAMP)
Maria José de Oliveira Lima (Serviço Social – UNIFEB)
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Maria José Soares Mendes Giannini (Farmácia – UNESP/Araraquara)
Maria Teresa do Prado Gambardella (Química – USP/São Carlos)
Maria Tereza Ribeiro Silva Diamantino (Engenharia de Alimentos – UNIFEB)
Marília Oetterer (Agroindústria – ESALQ/USP)
Mário José Filho (Serviço Social – UNESP/Franca)
Mário Rolim (Engenharia Agrícola – UFRPE)
Marlei Aparecida Seccani Galassi (Odontologia – UNIFEB)
Mauro dal Secco de Oliveira (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
Miguel Carlos Madeira (Odontologia – UNESP/Araçatuba)
Miriam Eiko Katuki Tanimoto (Odontologia – UNIFEB)
Nilza Maria Martinelli (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
Norberto Luiz Amsei Júnior (Quimica - UNIFEB)
Odair A. Fernandes (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
Odila Florêncio (Química – UFSCAR)
Orlando Fatibello Filho (Química – UFSCAR)
Oselys Rodrigues Justo (Engenharia Química - FEQ/UNICAMP)
Osvaldo Eduardo Aielo (Física – UNIFEB)
Patrícia Amoroso (Odontologia – UNIFEB)
Patrícia Helena Rodrigues de Souza (Odontologia – UNIFEB)
Patrícia Maria Nassar (Química – UNIFEB)
Paula Homem de Mello (Química – USP/São Carlos)
Paulo César Hardoim (Engenharia Agrícola – UFLA)
Paulo Estevão Cruvinel (EMBRAPA/São Carlos)
Paulo Roberto dos Santos Pinto (Odontologia – UNIFEB)
Paulo Roberto da Silva Ribeiro (Farmácia – UFMA)
Paulo Sérgio Cerri (Odontologia – UNESP/Araraquara)
Pedro Leite de Santana (Engenharia Química – UFS)
Pedro Paulo Scandiazzo (Educação Matemática–UNESP/S. J. do Rio Preto)
Rael Vidal (Biologia – UNIFEB)
Ranulfo Monte Alegre (Engenharia de Alimentos – UNICAMP)
Raphael Carlos Comeli Lia (Odontologia – UNIFEB)
Regilene Steluti (Farmácia – UNIFEB)
Regina Célia de Matos Pires (Recursos Hídrico – IAC/Campinas)
Regina Kitagawa (Engenharia de Alimentos – ITAL)
Reginaldo da Silva (Direito – UNIFEB)
Renata Camacho Miziara (Odontologia – UNIFEB)
Renato de Mello Prado (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
Renato Moreira Ângelo (Física – UFPR)
Ricardo Dias Signoretti (Eng. Agronômica-APTA/AM–Secret.Agricultura- SP)
Rinaldo César de Paula (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
Rober Tufi Hetem (Medicina – UNICAMP)
Roberta Toledo Campos (Direito – UNIUBE)
Roberto Braga (Planejamento Urbano – UNESP/Rio Claro)
Roberto Holland (Odontologia – UNESP/Araçatuba)
Romildo Martins Sampaio (Engenharia de Alimentos – UFMA)
Rosangela de Carvalho Goulart Guedes Prado (UNIFEB)
Rosemiro Pereira Leal (Direito – UFMG e PUC/MG)
Rouverson Pererira da Silva (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
Salete Linhares Queiroz (Química – USP/São Carlos)
Sally Cristina Moutinho Monteiro (Farmácia – UFMA)
Sebastião Hetem (Odontologia-UNESP/Araçatuba)
Sérgio de Freitas (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
Sérgio Henrique Tiveron Juliano (Direito – UNIUBE)
Shirley Aparecida Garcia Berbari (Engenharia de Alimentos – UNIFEB)
Silvano Bianco (Agronomia – UNESP/Jaboticabal)
Simone Barone Salgado Marques (Farmácia - UNIFEB)
Sissi Kawai Marcos (Engenharia de Alimentos – UNIFEB)
Sônia Maria Alves Jorge (Química – UNESP/Botucatu)
Sonia Regina Meira (Educação - FAEX)
Sylvio Luís Honório (Engenharia Agrícola – UNICAMP)
Telmo Antonio Dinelli Estevinho (Sociologia/Ciência Política– UFMT)
Terezinha Oliveira Maia Martincowski (Pedagogia - UNIFEB)
Tetuo Okamoto (Odontologia – UNESP/Araçatuba)
Ueide Fernando Fontana (Odontologia – UNIFEB)
Valdir Gouveia Garcia (Odontologia/UNIFEB – UNESP/Araçatuba)
Victor Haber Perez (UENF/RJ)
Walter Antonio de Almeida (Odontologia – UNIFEB)
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE BARRETOS
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
ANAIS DO
X CONGRESSO BRASILEIRO DE ODONTOLOGIA
PARA PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS
Barretos-SP, 7 a 9 de abril de 2011, Campus do Unifeb
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“COMISSÃO ORGANIZADORA”
Presidente: Prof. Dr. Fabiano de Sant’Ana dos Santos
Vice-Presidente: Prof. Dr. Alex Tadeu Martins
Tesoureiro: Prof. Dr. Fábio Luiz Ferreira Scannavino
Primeiro Secretário: Prof. Alexandre Miranda Pereira
Segundo Secretário: Dr. Rogério Ferreira da Silva
Comissão Social e Receptivo:
Profª. Nilce Samecima Kawaji
Profª. Drª. Celina Antonio Prata
Comissão Comercial: Aline Ferrari da Costa
Comissão Científica
Profª. Drª. Juliana Rico Pires
Profª. Drª. Elizângela Partata Zuza
Comissão Acadêmica
André Luís Gunther Lima
Rubens de Souza Neto
Camila Leandra Polastrini Marques Ferreira
Angélica Fernandes de Carvalho
Tarcísio Girardi Júnior
Felipe Gai Isper
Paula Lopes Mendonça
Alessandra Costa Martins
Daniela Coletti
Lilian Flosi
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v. 5, nº 2, Edição Especial Junho/2011-ISSN 1980 - 0029
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DIABETES MELLITUS E SINDROME DE DOWN NO DIAGNÓSTICO ODONTOLÓGICO.
Latorre A*, Nicésio E, Freitas I, Batista CN, Martins AT.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb
Diabetes Mellitus é um termo diagnóstico aplicado a uma constelação de anormalidades anatômicas e
bioquímicas que possuem, em comum e como parte de uma síndrome, um distúrbio da homeostase da
glicose, que é secundariamente a uma deficiência das células beta da porção endócrina do pâncreas.
Síndrome de Down é uma condição genética, reconhecida há mais de um século por John Langdon
Down,que constitui uma das causas mais freqüentes de deficiência mental. O objetivo é demonstrar através
de um caso clínico, a importante relação entre pacientes com Síndrome de Down e Diabetes Mellitus para
o tratamento odontológico. Esse paciente foi levado para o atendimento na clínica para ser feito uma
restauração, mas através da anamnese e exame clínico observaram-se reabsorção óssea, dente incluso,
possibilidade de perda dos dentes 17, 27, 37 e 47 entre outras condições. Pelo fato desse paciente não
estar com seu quadro diabético controlado foi feito profilaxia profissional, verniz fluoretado e instruções
de higienização e encaminhada para seu médico para controle da doença, com intuito de mantê-lo por
consecutivos dias para que pudesse ser feito a intervenção cirúrgica. Entretanto conclui-se que o tratamento
odontológico com pacientes com Síndrome de Down deve ser diferenciado não apenas pela condição
sindromológica, mas também pelos aspectos sistêmicos que envolvem esse tipo de indivíduo.
E-mail: [email protected]
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TRISSOMIA DO CROMOSSOMO 21 E DOENÇA PERIODONTAL.
RELATO DE CASO CLÍNICO.
Camargo LF*, Toledo BEC, Zuza EP, Santos IP, Pires JR
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - UNIFEB
A Síndrome de Down é uma anormalidade genética caracterizada por um cromossomo 21 a mais. Pacientes
com síndrome de Down podem apresentar várias alterações craniofaciais congênitas e/ ou adquiridas,
alterações cardiovasculares congênitas e sérios problemas respiratórios. As manifestações bucais incluem
alta susceptibilidade à inflamação gengival, periodontite com acometimento precoce e de progressão
rápida. Este trabalho tem como objetivo apresentar um relato de caso clínico de paciente portador de
síndrome de Down e de periodontite. Paciente do gênero masculino aos 27 anos de idade apresentava
sinais clínicos de bruxismo severo, hipodontia, macroglossia, doença periodontal avançada com 100% de
índice de placa, ausência de cárie e perdas dentais e ósseas. O paciente foi submetido a tratamento
odontológico constituído por raspagem e alisamento radicular, orientação de higiene bucal ao responsável
e foi mantido em controle periódico por 7 anos. Pode-se concluir que fatores ambientais e culturais
relacionados à higienização e deficiência de coordenação motora, associados às características imunológicas
em indivíduos portadores de Síndrome de Down possam contribuir para a maior prevalência e severidade
de acometimento periodontal nesses pacientes, sendo que estes indivíduos requerem tratamentos clínicos
individualizados e eficientes que lhes proporcionem melhor qualidade de vida.
E-mail: [email protected]
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COMPLICAÇÃO LOCAL E SISTÊMICA POR PIERCING LINGUAL: RELATO DE CASO.
Silva CGP*, Varotto BLR, Aguiar JMRP, Rossato C, Peres MPSM, Franco JB.
Divisão de Odontologia – Instituto Central – Hospital das Clínicas – FMUSP
O uso de piercing tem se tornado cada vez mais comum entre os jovens. O que parece apenas uma
vaidade pode se tornar um sério problema de saúde. As implicações infecciosas ocorrem por erros da
técnica, por falta de esterilização do instrumental, ou pela infecção da ferida após a sua colocação. O
piercing pode ocasionar infecção local, assim como evoluir para a formação de abscesso. A língua é
extremamente vascularizada e está localizada em uma região com elevada diversidade bacteriana. Qualquer
infecção na língua pode facilmente atingir a circulação sanguínea e acometer outros órgãos distantes. O
caso relatado é da paciente G.S.S, 19 anos, vítima de atropelamento, em coma vigil, apresentando quadro
de febre de origem indeterminada. Terapêuticas antibióticas foram instituídas, sem melhora. A avaliação
odontológica foi solicitada para detecção de possíveis focos bucais. Ao exame clínico intra-oral observouse boa condição oral e a presença de um piercing em porção anterior da língua. Realizou-se sedação com
midazolam (EV), devido a espasmos involuntários, com monitoração dos sinais vitais. Após a remoção do
mesmo observou-se a drenagem de secreção purulenta através do orifício que transfixava a língua. O
quadro febril cessou 1 dia após a remoção. Assim, a presença do cirurgião-dentista na equipe multidisciplinar
hospitalar foi determinante para a identificação e eliminação no foco infeccioso, ou seja, do piercing
lingual, possibilitando a melhora do estado geral da paciente.
E-mail: [email protected]
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IMPLANTODONTIA EM OSSO SUBMETIDO À RADIAÇÃO IONIZANTE
Santos-Junior JF*, Jahn RS, Abrahão M, Dib LL, Juliano Y, Segretto HRC.
Universidade Federal de São Paulo e Universidade de Santo Amaro
Pacientes que tiveram tumores de cabeça e pescoço e que sofreram algum tipo de mutilação durante o
tratamento, têm grande necessidade de reabilitação por sofrerem alterações estéticas, fonéticas,
mastigatórias. Precisam também de readaptação social, psicológica e melhora da auto-estima que levam
a grande necessidade de atitudes terapêuticas que visem melhorar a qualidade de vida. A reabilitação de
pacientes irradiados através de implantes tem sido desencorajada devido aos riscos de osteoradionecrose.
O objetivo deste estudo foi verificar a viabilidade de instalação de implantes em osso submetido à radiação
ionizante. O experimento foi realizado com vinte e quatro ratos Wistar (Rattus Norvegicus) e quarenta e
oito mini-implantes. Os animais tiveram suas pernas do lado direito irradiadas com dose de 30 Gy, as
pernas do lado esquerdo serviram como controle. Trinta dias após, doze animais receberam um implante
de superfície torneada em cada uma das tíbias. Outros doze animais receberam um implante de superfície
tratada em cada uma das tíbias. Os implantes foram recuperados após 56 dias e foi realizada histometria
do contato osso implante e neoformação óssea. O tratamento de superfície de implantes aumenta o
contato entre osso e implante em ossos que sofreram radiação quando comparado à implantes de superfície
torneada. Pode-se concluir que em implantes de superfície tratada, a dose de 30 Gy aplicada em tíbias de
ratos reduziu a superfície de contato entre osso e implante quando comparado ao mesmo procedimento
em osso não irradiado.
E-mail: [email protected]
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GENGIVITE ULCERATIVA NECROSANTE AGUDA EM PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO
PÓS TRANSPLANTE HEPÁTICO: RELATO DE CASO.
Silva CGP*, Gesualdi NG, Coelho DC, Peres MPSM, Franco JB.
Divisão de Odontologia – Instituto Central – Hospital das Clínicas – FMUSP
O transplante hepático tem evoluído para uma terapia viável para a fase final da doença hepática. Para
evitar a rejeição do órgão, os pacientes transplantados são mantidos em um esquema de imunossupressão
farmacológico, tornando-se imunocomprometidos com risco de infecções pela diminuição da resposta do
sistema imune. O presente trabalho relata o caso de um paciente, do gênero feminino, 37 anos, transplantada
hepática há 1 ano, imunossuprimida farmacologicamente, hospitalizada devido à dor intensa em cavidade
oral, sangramento, dificuldade de alimentação por via oral e mal estar geral. Paciente no momento da
consulta apresentava odor fétido, e ao exame clínico foi observado necrose das papilas interdentárias,
sangramento espontâneo e dor, sendo quadro clínico compatível com gengivite ulcerativa necrosante
aguda (GUNA). Foi instituido terapia antibiótica (amoxicilina 500mg de 8 em 8 horas por 10 dias, associado
a metronidazol 500mg de 8 em 8 horas por 10 dias), bochecho com clorexidina 0,12% (2x/dia), e raspagem
supragengival para remoção de tecido necrótico, com melhora após 3 dias da consulta inicial, com resolução
do quadro infeccioso ao término da conduta proposta. Assim, é importante para o cirurgião-dentista estar
ciente das complicações orais que podem ocorrer neste grupo de indivíduos, e que o tratamento
odontológico durante o período pós-transplante deve ser parte integrante de seu tratamento em geral.
E-mail: [email protected]
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REABILITAÇÃO COM IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS DE PACIENTES
IRRADIADOS. MITO OU REALIDADE?
Santos-Junior JF*, Abrahão M, Dib LL, Jahn RS, Nannmark U, Granström G.
Universidade Federal de São Paulo e Universidade de Santo Amaro
O tratamento de pacientes acometidos de carcinomas de cabeça e pescoço pode ser ressecção cirúrgica,
quimioterapia e radioterapia, assim como a associação desses métodos, que se por um lado aumentam a
sobrevida, muitas vezes, levam a seqüelas estéticas e funcionais que também precisam ser tratadas para
que esses pacientes tenham melhor qualidade de vida. A radiação ionizante é uma terapêutica utilizada
como tratamento ou complemento da ressecção cirúrgica dos tumores de cabeça e pescoço. Porém a
radioterapia promove alterações na regeneração óssea, que incluem diminuição do número de osteócitos,
supressão da atividade dos osteoblastos e diminuição da vascularização. Os mecanismos biológicos que
provocam a osteoradionecrose e a regeneração do osso irradiado permanecem indefinidos. A radioterapia
pode alterar a expressão da citocina resultando em mudanças na diferenciação osteoblástica, promovendo
hipo-oxigenação, hipocelularidade e hipovascularização no tecido ósseo. O uso de implantes
osseointegrados tornou-se uma importante ferramenta para a reabilitação dessas pessoas, que muitas
vezes precisam de próteses craniofaciais e orais. O objetivo desse trabalho é apresentar o índice de
sucesso de pacientes irradiados reabilitados com implantes osseointegrados craniofaciais e orais e suas
complicações através de revisão sistemática e apresentação de série de casos.
E-mail: [email protected]
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TENHA UM BOM CORAÇÃO, NÃO DEIXE SUA GENGIVA ADOECER.
Crivelaro AC*
APCD Regional de Mogi Mirim
O presente trabalho tem a finalidade de mostrar a Campanha “Tenha um bom coração, não deixe sua
gengiva adoecer”, organizada pela APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas) Regional de
Mogi Mirim, que se iniciou em fevereiro de 2011 e se estenderá ao longo do ano nas cidades de Itapira
(SP), Mogi Mirim (SP) e Conchal (SP). O objetivo da Campanha é esclarecer às populações dessas
cidades a relação que existe entre as doenças da gengiva e as doenças do coração. A associação adotou
como material da Campanha o jornal, rádio, outdoor, distribuição de folhetos e palestras em escolas e em
empresas. Realizada em sistema de parceria, a Campanha não teve qualquer custo à Regional. Até o mês
de Julho a Campanha permanece em Itapira; no segundo semestre vai para as cidades de Mogi Mirim
(SP) e Conchal.
E-mail: [email protected]
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v. 5, nº 2, Edição Especial Junho/2011-ISSN 1980 - 0029
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO COM SEDAÇÃO ENDOVENOSA EM PACIENTE COM
PARALISIA CEREBRAL
Gonçalves AR*; Consulin MED; Marega T.
Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic
A paralisia cerebral compreende um grupo de desordens no desenvolvimento da postura e do movimento,
causando limitações da atividade, que são atribuídos a distúrbios não-progressivos que ocorrem no encéfalo
fetal e infantil em desenvolvimento. O presente trabalho teve como objetivo relatar o tratamento odontológico
realizado com sedação endovenosa em um paciente de 16 anos de idade com diagnóstico de paralisia
cerebral. O paciente apresentou as seguintes características inerentes à patologia: ataxia, eficiência mental,
dificuldade da fala e crise convulsiva. O tratamento odontológico proposto foi: tratamento endodôntico
dos dentes 21 e 22, cimentação de pino de fibra de vidro no conduto radicular do dente 21, restauração
final dos dentes 21 e 22 com resina composta; exodontia do dente 47. Concluiu-se que o tratamento
odontológico, sob sedação endovenosa, foi realizado com sucesso.
E-mail: [email protected]
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INFLUÊNCIA DA CONDIÇÃO ORAL NO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO DE
PACIENTE COM LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA: RELATO DE CASO
Sousa FB*, Oliveira FAF, Fernandes CP, Chaves FN, Mota MR, Alves APNN
Universidade Federal do Ceará - UFC
Leucemia Mielóide Aguda (LMA) é uma neoplasia hematológica que se caracteriza pelo acúmulo de
células progenitoras mielóides na medula óssea e pela supressão da hematopoese normal. Atinge
principalmente adultos entre 15 e 39 anos e a remissão completa da doença pode ser alcançada através
do tratamento quimioterápico. Nosso trabalho tem como objetivo descrever a importância da Odontologia
na equipe interdisciplinar oncológica, frente às neoplasias malignas linfóides. Paciente do sexo masculino,
melanoderma, 24 anos de idade, portador de LMA e em tratamento quimioterápico iniciado, foi
encaminhado ao nosso serviço para primeira avaliação oral, apresentando-se com febre inespecífica e
dor intensa em região bucal. Ao exame clínico intra oral observou-se a existência de focos dentais de
infecção aguda, destacando-se abcesso dento-alveolar em região de pré-molares inferiores do lado
esquerdo, além de gengivite generalizada e possível úlcera infecciosa em palato duro. O paciente estava
em uso de clindamicina e havia interrompido o ciclo quimioterápico devido sinais e sintomas clínicos de
infecção oral. O planejamento odontológico para remoção de restos radiculares foi realizado, entretanto,
o tratamento quimioterápico teve de ser reiniciado mesmo sem a completa adequação oral devido piora
do quadro clínico. O paciente veio a óbito um mês após o primeiro atendimento odontológico. Dessa
forma, destaca-se que a ausência de cirurgiões-dentistas no contexto interdisciplinar das equipes oncológicas
pode trazer grandes sequelas, tornando-se imprescindível adequação oral prévia ao tratamento
quimioterápico desses pacientes.
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v. 5, nº 2, Edição Especial Junho/2011-ISSN 1980 - 0029
CONDUTA DO CIRURGIÃO-DENTISTA DIANTE DE NEOPLASIAS AVANÇADAS DE
CABEÇA E PESCOÇO: RELATO DE CASO
Sousa FB*, Fernandes CP, Oliveira FAF, Mota MR, Alves APNN
Universidade Federal do Ceará - UFC
Carcinomas espinocelulares (CEC) são neoplasias freqüentes em região de orofaringe. Sua detecção
avançada é associada a índices elevados de morbidade e mortalidade. Diante desses pacientes, destacase o envolvimento do cirurgião-dentista no tratamento prévio a radioterapia e no acompanhamento das
seqüelas dessa terapêutica. Nosso trabalho tem como objetivo descrever a importância de avaliações
orais pré-tratamento oncológico, bem como destacar os métodos de diagnóstico odontológico frente
cânceres orofaringeanos avançados. Paciente do sexo masculino, 61 anos, carcinoma de orofaringe
T4N3M0, inoperável, chegou ao nosso serviço para tratamento odontológico prévio à radioterapia. O
mesmo encontrava-se com aumento de volume extra e intra-oral em região submandibular, lado direito. O
RX panorâmico revelou comprometimento periapical e periodontal de três dentes, além de infiltração
tumoral em região de ramo direito e corpo de mandíbula. Foram planejadas e executadas três exodontias,
biópsia da lesão mandibular, tratamento periodontal e restaurador. Após biópsia mandibular foi confirmado
o diagnóstico de CEC e o tratamento de radioterapia com inclusão das lesões mandibulares foi iniciado.
As complicações referentes à radioterapia, como mucosite e candidose, foram tratadas com prescrição
de Nistatina, saliva artificial e orientações com relação à alimentação. Após quatro meses de terapia
oncológica o paciente veio a óbito. Diante desse caso, percebe-se a importância do cirurgião-dentista no
acompanhamento de pacientes com tumores avançados de Cabeça e Pescoço, destacando a pesquisa de
envolvimento secundário dos maxilares a partir de neoplasias de orofaringe.
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TRATAMENTO ODONTOLÓGICO DE PACIENTE COM SÍNDROME DE WEST.
ACOMPANHAMENTO A LONGO PRAZO.
Tanaka MH*; Kishimoto KY, Bocardi K, Mendonça RF, Giro EMA.
Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP
A Síndrome de West é uma encefalopatia epilética caracterizada por espasmos infantis, atraso no
desenvolvimento neuropsicomotor e eletroencefalograma com padrão de hipsarritmia. Quanto à etiologia,
pode ser dividida em dois grupos: Criptogênio, quando a causa é desconhecida e o lactente é normal até
o início dos espasmos; e Sintomático, quando há prévio desenvolvimento neuropsicomotor anormal, com
alteração do exame neurológico. O tratamento é feito com o uso de anticonvulsivantes com o objetivo de
controlar os espasmos. A fenitoína é o medicamento mais utilizado, tendo como efeito colateral a hiperplasia
gengival. Este trabalho tem como objetivo mostrar a conduta odontológica frente a um paciente com
Síndrome de West apresentando hiperplasia gengival medicamentosa. Após anamnese e exame clínico
detalhados, foi realizada orientação e motivação dos responsáveis para a realização e manutenção da
higiene bucal. Juntamente com o neurologista foi feita a substituição do anticonvulsivante, e foram realizados
o tratamento periodontal básico e a gengivectomia. Após 1 e 8 anos de acompanhamento observou-se,
respectivamente, hiperplasia de grau leve e moderado. Pode-se concluir que os procedimentos adotados
foram essênciais para a melhora da função e da estética, entretanto, associado ao fator medicamentoso,
fatores como a dificuldade da manutenção da higiene bucal, a irrupção dentária ectópica e a respiração
bucal, bem como, fatores hormonais podem influenciar a recidiva da hiperplasia gengival.
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CIÊNCIA E CULTURA - Revista Científica Multidisciplinar do Centro Universitário da FEB
v. 5, nº 2, Edição Especial Junho/2011-ISSN 1980 - 0029
PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO DE CÂNCER BUCAL NA VISÃO DE PACIENTES E
GRADUANDOS
Oliveira RBA*, Tanimoto HM.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos – Unifeb.
Os estudantes de Odontologia na sua formação acadêmica recebem ensinamentos que o habilitam ao
diagnóstico e tratamento das doenças da boca, porém grande parte dos profissionais não sabe orientar e
muito menos estimular o paciente a prevenir-se contra o câncer bucal. Pesquisas mostram que raramente
a doença é diagnosticada em seus estádios iniciais, cerca de 60% a 80% ocorrem em estádios mais
avançados, o que reduz a chance de sobrevida de 80% para 18%. O objetivo do trabalho foi avaliar o
conhecimento e informações dos estudantes e pacientes da clínica Odontológica do UNIFEB, sobre a
importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer bucal. Os resultados mostraram que dos 30
pacientes, 16 relataram nunca ter fumado, 18 não bebem, 16 não foram informados sobre as causas do
câncer bucal e 22 relataram não saber sobre o auto-exame. Com relação aos graduandos, dos 30
pesquisados, 17 se sentem pouco preparados para diagnosticar lesões cancerígenas, 15 não mostram aos
pacientes como realizar o auto-exame bucal, 17 sentem que tem conhecimento para esse diagnóstico. É
importante promover adequada formação aos futuros profissionais para que estes não negligenciem o
alerta aos pacientes quanto aos comportamentos de risco (tabaco e álcool) e incentivar o auto-exame
bucal, alertando para possíveis alterações e a importância do diagnóstico precoce.
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AVALIAÇÃO OROFACIAL DOS PACIENTES COM ACROMEGALIA
Rossato C*, Jallad RS, Duarte FG, Bronstein MD, Faria MEJ
Divisão de Odontologia e Unidade de Neuroendocrinologia Hospital das Clínicas - FMUSP
A etiologia da acromegalia é um tumor hipofisário e conseqüente aumento dos hormônios GH e IGF-1 em
adultos. As principais manifestações são hipertrofia de órgãos, mãos, pés, bossas frontais e tecidos moles
da face, prognatismo mandibular e má-oclusão, que ocasionam distúrbios de fonação, mastigação, dor
articular, muscular e problemas estéticos. Há alterações cardiovasculares, respiratórias e diabetes. O
objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil orofacial de acromegálicos. Foram atendidos 44 pacientes,
realizando-se anamnese, avaliação facial, exame da cavidade oral e radiografia panorâmica. Os resultados
mostaram que as doenças associadas foram: hipertensão arterial (61%), diabetes tipo 2 (57%) e apnéia
do sono (50%). Face: assimetria facial (63%), lábios espessados (56%) e mento proeminente (34%).
Cavidade oral: dentados parciais (81%), mordida cruzada anterior (47%), CPOD (21,68), Índice
Periodontal (44%) e presença de infecção (75%). Panorâmica (n=34): alargamento e/ou alongamento
dos côndilos (85%) e condensação óssea em ângulo goníaco (61%). Pode-se concluir que o dentista
pode atuar em três fases: reconhecer as características clínicas da acromegalia, colaborando no diagnóstico
ao encaminhar o paciente para o endocrinologista; realizar tratamento clínico eliminando infecção e
estabilizando quadros sistêmicos, tais como diabetes tão prevalente nestes pacientes; restabelecer oclusão
no momento apropriado. A equipe multidisciplinar proporciona melhora na qualidade de vida.
E-mail: [email protected]
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SÍNDROME DE PAPILON-LEFÈVRE E O ACOMETIMENTO PERIODONTAL. RELATO
DE CASO CLÍNICO.
Brunozzi M*; Toledo BEC, Pires JR, Zuza EP.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - UNIFEB
Papilon-Lefèvre é uma anormalidade genética rara caracterizada por hiperqueratose palmar e plantar e
maior susceptibilidade às infecções devido à deficiência na imunidade celular e na quimiotaxia de neutrófilos.
Este trabalho tem como objetivo apresentar um relato de caso clínico de paciente portador de Síndrome
de Papillon-Lefèvre associada à periodontite agressiva. Paciente do gênero masculino com 5 anos de
idade apresentava perdas dentais e ósseas, com os dentes decíduos praticamente perdidos, além de
manifestações cutâneas discretas. Foi estabelecido plano de tratamento periodontal complexo incluindo
raspagem, alisamento radicular e orientação de higiene bucal ao paciente e ao responsável, a fim de se
evitar a continuidade da destruição periodontal na dentição permanente. Após alguns anos de
acompanhamento, observou-se persistência de inflamação gengival e aumento das perdas dentais. Optouse por prescrição de antibiótico (amoxicilina 500mg) associado ao tratamento mecânico e estudo de
herança familiar. A irmã do paciente apresentava comprometimento periodontal em menor grau de
acometimento, mas com manifestações cutâneas mais evidentes, confirmando a herança genética. O paciente
foi acompanhado por um período de 5 anos, sendo que, o tratamento periodontal não foi suficiente para
evitar as perdas dos elementos dentais e a destruição avançada em outros dentes. Pode-se concluir que o
tratamento periodontal convencional associado ou não à antibioticoterapia em pacientes com PapillonLefèvre nem sempre tem evitado a perda dos dentes permanentes.
E-mail: [email protected]
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ANÁLISE CARIOMÉTRICA E ESTEREOLÓGICA DO CRESCIMENTO GENGIVAL
INDUZIDO POR FENITOÍNA EM PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS
Bresqui BS*, Filho LFGC, Scanavinno FLF, Santos FS, Martins AT.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos – Unifeb.
O crescimento gengival tem sido associado a fatores que incluem inflamações ocasionadas pelo acúmulo
de placa bacteriana, condições neoplásicas e efeitos adversos a drogas. Dentre as drogas responsáveis
pelo crescimento tecidual é importante destacar os anticonvulsivos, que são medicamentos utilizados para
o tratamento dos diversos tipos de crises epiléticas. O objetivo deste trabalho foi avaliar pela cariometria
e esterologia o crescimento gengival induzido por fenitoína em pacientes com necessidades especiais.
Após a obtenção de fragmentos gengivais decorrentes de gengivectomia e gengivoplastia de cinco pacientes
usuários da droga e de cinco pacientes controles, foram realizadas as técnicas histométricas. Os resultados
mostraram aumento do tamanho dos núcleos das camadas basal, espinhosa e dos fibroblastos do tecido
conjuntivo, sendo que estes e os primeiros apresentavam-se também mais alongados que os dos
representantes controles. Quanto à estereologia, verificou-se elevação do percentual de fibras colágenas
no tecido conjuntivo e aumento no número de células da camada espinhosa do epitélio no grupo de
indivíduos com necessidades especiais. Os dados sugerem hipertrofia do conjuntivo e hiperplasia do
epitélio gengival nos usuários de fenitoína.
E-mail: [email protected]
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A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO DO CIRURGIÃO-DENTISTA NAS EQUIPES
MULTIPROFISSIONAIS PARA OTIMIZAR O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DE
AUTISTAS
Pereira ARP*, Marega T
São Leopoldo Mandic Campinas/SP
O Transtorno Autista consiste na presença de um desenvolvimento comprometido ou acentuadamente
anormal da interação social e da comunicação, e um repertório muito restrito de atividades e interesses.
Ocorre numa taxa de 2 a 5 casos em 10.000 crianças, podendo não ser evidente aos pais, dependendo
da gravidade do transtorno. É encontrado com maior freqüência (3 a 5 vezes mais) em meninos. O
objetivo desse trabalho foi demonstrar os benefícios resultantes da integração do Cirurgião-Dentista
Especialista em equipes multiprofissionais, para um gerenciamento comportamental mais efetivo ao
tratamento odontológico de autistas, e na melhor adequação da escovação dentária nas atividades de vida
diária desses pacientes. O estudo em questão, demonstrou experiência profissional no período de maio/
2007 a dez/2008 na ADACAMP(Associação para o Desenvolvimento de Autistas em Campinas), onde
foi
desenvolvido um trabalho de promoção de saúde bucal, com a realização de orientação de higiene bucal
junto aos alunos, aos monitores e educadores da instituição, além de palestras educativas com os pais e/
ou responsáveis dos alunos. Com isso verificou-se uma melhoria na qualidade da higiene bucal realizada
diariamente na instituição, e um melhor gerenciamento comportamental durante atendimento odontológico
de alguns alunos cadastrados na Clínica de especialização em Odontologia para Pacientes com
Necessidades Especiais da São Leopoldo Mandic (Campinas/SP).
E-mail: [email protected]
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PERIODONTITE AGRESSIVA. RELATO DE CASO CLÍNICO
Gerim LR*, Pires JR, Zuza EP, Toledo BEC
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - UNIFEB
A periodontite agressiva é uma manifestação clínica rara da doença periodontal encontrada em crianças e
adolescentes, com características de perda precoce de inserção clínica e destruição severa do osso alveolar,
entretanto, sem o paciente apresentar comprometimento sistêmico. O objetivo do presente trabalho é
apresentar um caso clínico de paciente de 15 anos de idade, com perda de inserção interproximal maior
que 5 mm e perdas ósseas observadas radiograficamente em incisivos inferiores e superiores e em primeiros
molares. Optou-se pelo estudo familiar e constatou-se que um dos dois irmãos do paciente apresentava
comprometimento periodontal, confirmando a herança genética. O paciente foi submetido a tratamento
periodontal convencional, constituído de raspagem e alisamento radicular, orientação de higiene bucal e
motivação, conseguindo uma estabilização do quadro infeccioso periodontal. Dessa forma, pode-se concluir
que o diagnóstico da periodontite agressiva pode ser baseado na associação entre os achados clínicos,
radiográficos e as características do paciente, tais como, idade e história familiar. A manutenção periódica
é fundamental para prevenir a perda dental.
E-mail: letí[email protected]
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BRUXISMO EM PORTADORES DE PARALISIA CEREBRAL DA APAE DE SÃO JOSÉ DO
RIO PRETO
Gil MV*, Pires JR, Scannavino FLP, Santos FS, Zuza EP, Martins AT
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - UNIFEB
A Paralisia Cerebral (PC) pertence ao grupo das disfunções mais comuns e severas da infância, caracterizada
por um grupo de desordens motoras não progressivas de postura e movimento, devido à lesão no cérebro
durante seu desenvolvimento. Além dos vários problemas bucais que estes pacientes apresentam, o bruxismo
é um hábito parafuncional que pode ser observado clinicamente na maioria dos portadores de paralisia
cerebral, porém há poucos estudos sobre este assunto. Este trabalho teve como objetivo estabelecer a
freqüência do bruxismo nas diferentes formas de paralisia cerebral em pacientes da APAE de São José do
Rio Preto, SP. Foram avaliados 21 pacientes, sendo que 5 destes foram eliminados da pesquisa devido ao
fator de exclusão da amostra (refluxo gastroesofágico). Foram incluídos no estudo 16 pacientes, os quais
foram examinados por meio de anamnese e exame clínico intra-oral. Aproximadamente 62,5% dos pacientes
apresentavam bruxismo. Desses pacientes, 70% apresentavam paralisia cerebral do tipo espástica. Dessa
forma, conclui-se que apesar da forte influência da disfunção muscular e dos problemas emocionais
encontrados nestes pacientes, os problemas neurológicos originários da paralisia cerebral infantil podem
ser considerados fatores etiológicos potenciais da parafunção nesses pacientes.
E-mail: [email protected]
27
PROTOCOLO SUPERIOR EM PACIENTE DIABÉTICO, CARGA IMEDIATA, TÉCNICA
SEM RETALHO UTILIZANDO EXPANSORES SEM CORTE.
Caiado RC*, Pires JR, Garcia VG, Ribeiro FS, Sobral GC, Theodoro LH.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos – Unifeb.
Implante osseointegrado tem se mostrado um tratamento previsível para reabilitação de área edêntula
total. Várias condições sistêmicas como o diabetes mellitus tem contribuído para o insucesso de implantes.
O objetivo deste trabalho é relatar caso clínico de reabilitação de paciente com prótese tipo protocolo
superior com carga imediata. Paciente do gênero masculino, 88anos, diabético tipo I, edêntulo total,
apresentando como queixa principal dificuldade de uso da prótese total superior encaminhou-se ao
consultório odontológico. Foi sugerido como plano de tratamento a confecção de prótese protocolo
superior com carga imediata instalada em 7 implantes na maxila. Após a anamnese paciente foi submetido
a exames complementares e um protocolo clínico de atendimento odontológico específico para pacientes
diabéticos aplicado no pré, trans e pós-operatórios. A cirurgia realizada no rebordo sem a realização de
retalho e com auxílio de compactadores ósseos. Após 96 horas da finalização da cirurgia e moldagem foi
instalada a prótese fixa em resina do tipo protocolo parafusada nos implantes. Após a realização destes
procedimentos o paciente mostrou-se satisfeito com estética e função da prótese, que se mantém nas
mesmas condições após 22 meses. Diante deste relato, pode-se concluir que é importante para o sucesso
da instalação de implantes múltiplos seguido da instalação de prótese protocolo imediata, em paciente
diabéticos,que se realize um protocolo clinico específico, rigoroso e conservador.
E-mail: [email protected]
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v. 5, nº 2, Edição Especial Junho/2011-ISSN 1980 - 0029
DOENÇA GENGIVAL MODIFICADA POR MEDICAMENTOS
Queiros LF*, Toledo BEC, Pires JR, Zuza EP
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - UNIFEB
A placa bacteriana dental é o fator local determinante para o início da doença periodontal, manifestada
pela inflamação gengival. No entanto, a presença de alguns fatores sistêmicos, pode modificar o curso da
progressão e manifestação clínica da doença gengival, sendo importante que o clínico possa reconhecer a
forma dessa manifestação, para o estabelecimento de um correto diagnóstico e um adequado plano de
tratamento. As principais influências modificadoras da inflamação gengival situam-se no campo das
manifestações do sistema endócrino (puberdade, ciclo menstrual, gravidez, diabetes), discrasias sanguíneas
(leucemias), uso de determinados medicamentos (aumento gengival) e estados nutricionais deficientes. O
objetivo do presente trabalho é salientar, através de apresentações de caso clínicos, os aspectos pelos
quais as influências de diferentes medicamentos se manifestam e, assim contribuir para o seu reconhecimento
e indicação das medidas clínicas necessárias ao seu tratamento. Os medicamentos utilizados e mais
relacionados com a indução do crescimento gengival são: dilantina sódica (desordens neurológicas),
ciclosporina A (rejeição de transplantes) e nifedipina (hipertensão arterial). Pode-se concluir que os
medicamentos podem exercer influência sobre o tecido gengival, principalmente ocasionando hiperplasias
gengivais.
E-mail: [email protected]
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LEUCEMIA LINFOCÍTICA AGUDA. RELATO DE CASO CLÍNICO COM 12 MESES DE
ACOMPANHAMENTO.
Queiroz CDS*, Santos FA, Toledo BEC, Zuza EP, Tanimoto HM, Avi ALRO, Pires JR
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - UNIFEB
A leucemia linfocítica aguda apresenta herança genética, com ocorrência após contaminação viral, radiação,
poluição, tratamento quimioterápico, entre outros. É caracterizada por proliferação excessiva de células
formadoras de linfócitos imaturos, que se acumulam na medula óssea,destruindo e substituindo as células
produtoras de células sangüíneas normais (hemácias,leucócitos e plaquetas) deixando o pacientes susceptível
à infecções. O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de caso clínico de paciente com leucemia
linfocítica aguda. Paciente do gênero feminino de 15 anos de idade sinais clínicos de fraqueza, perda de
peso, sangramento gengival, forte halitose e estomatite necrozante. O diagnóstico da leucemia linfocítica
foi feita por meio de hemograma e análise da medula óssea. A paciente foi submetida a tratamento
quimioterápico para tratamento da leucemia e alívio dos sintomas. Localmente, foi realizado tratamento
odontológico incluindo prescrição de antibiótico sistêmico, bochechos diários com clorexidina 0,12% e
limpeza semanal com água oxigenada para remoção de todo o tecido necrótico. Após com controle da
leucemia, iniciou-se a remoção do tecido ósseo exposto. Após 12 meses, observou-se início do processo
de re-epitelização dos tecidos. Concluiu que avaliação do estado odontológico, orientações sobre a
importância e as técnicas de higiene bucal, reavaliações e tratamento adequado são fundamentais para
reduzir as complicações durante o tratamento oncológico.
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UTILIZAÇÃO DE EMBOLIZAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DE EXODONTIAS EM
PACIENTE COM SÍNDROME DE STURGE-WEBER: RELATO DE CASO.
Giacomin L*, Varotto BLR, Campos KR, Matias DT, Peres MPSM, Franco JB.
Divisão de Odontologia – Instituto Central – Hospital das Clínicas – FMUSP
A síndrome de Sturge-Weber ou angiomatose encefalotrigeminal é uma rara condição de desenvolvimento,
não hereditária, caracterizada por proliferações vasculares harmartosas da pele e da mucosa (geralmente
unilateral), mancha de vinho-do-porto (área inervada pelo trigêmeo), e alterações neurológicas. Apresenta
risco elevado de hemorragia durante o procedimento odontológico cruento, sendo necessária em alguns
casos a realização de embolização, a qual é realizada com a utilização de materiais embolizantes para
ocluir os vasos arteriais com a finalidade de controlar ou evitar hemorragias de uma malformação
arteriovenosa. O caso clínico a ser relatado é do paciente J.B.S, 49 anos, gênero masculino, com o
diagnóstico de síndrome de Sturge-Weber, apresentando assimetria facial, hemangioma em face unilateral
esquerda, e protrusão do lábio inferior esquerdo. Ao exame clínico intra-oral foi observado mancha
hemangiomatosa em mucosa oral esquerda e, mobilidade grau 3 dos elementos 23 e 24, sendo indicados
para exodontia. Avaliando-se a angiografia da região de cabeça e pescoço observou-se aumento do fluxo
sanguíneo em hemi-face esquerda (blush). Foi solicitada embolização da artéria carótida externa esquerda
para a realização das exodontias, sendo estas realizadas, sem intercorrências. Assim, é fundamental que o
cirurgião-dentista tenha o conhecimento das características clínicas dessa síndrome, para a realização de
um planejamento cirúrgico adequado, evitando possíveis complicações.
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CONHECIMENTOS E EXPECTATIVAS SOBRE HIGIENE BUCAL DOS CUIDADORES
DE PACIENTES ESPECIAIS
Neto RS, Martins AT, Santos FS, Scanavinno FLF, Souza KO.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb
Os indivíduos com necessidades especiais, seja pelo comprometimento motor e comportamental,
apresentam-se permanentemente dependentes do núcleo familiar ou de cuidadores para o desenvolvimento
de estratégias preventivas para obtenção de saúde. O objetivo desse estudo foi avaliar os conhecimentos
e expectativas dos cuidadores sobre higiene bucal retenção de informações dos cuidadores de pacientes
especiais por meio de questionários, onde o mesmo aborda sobre a higiene bucal.Para serem incluídos no
estudo, os sujeitos da pesquisa obedeceram aos seguintes critérios: apresentarem-se em todos os momentos
de avaliação, exibição de recurso áudio-visual, orientação e reavaliações conforme as especificidades do
grupo ao qual pertençam; os cuidadores deverão ser os mesmos em todas as fases do estudo.Esse estudo
foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (CEP) do Centro Universitário da
Fundação Educacional de Barretos (UNIFEB) sob n.o 019/2009.Apenas 12 dos entrevistados
compareceram em todas as entrevistas. O principal cuidador é mãe/pai com 91,7%, e grau de escolaridade
com equilibrio entre analfabeto, ensino fundamenta e médio (33,3%). Na última entrevista 91,7% dos
entrevistados tinham o conhecimento sobre o que causava as doenças bucais. O estudo permitiu avaliar o
conhecimento inicial e final dos principais cuidadores de pacientes especiais com relação a saúde bucal e
permitiu o enriquecimento sobre o assunto.
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PROTOCOLO DE ATENDIMENTO CLÍNICO DE PACIENTES DIABÉTICOS DO UNIFEB
Santos IP*, Camargo LF, Toledo BEC, Zuza EP, Ribeiro FS, Pires JR
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - UNIFEB
A periodontite é um problema comum nos pacientes diabéticos e tanto a doença periodontal quanto o
Diabetes mellitus podem estimular um aumento na produção de mediadores inflamatórios, podendo ocasionar
danos irreparáveis nos tecidos periodontais. Frente à necessidade de se oferecer um atendimento
odontológico especializado aos pacientes diabéticos, foi desenvolvido um serviço de atendimento a
pacientes com comprometimento sistêmico, como o Diabetes mellitus. Dessa forma, o objetivo deste
trabalho foi apresentar um protocolo de atendimento clínico aos pacientes com comprometimento sistêmico,
atendidos nas clínicas odontológicas do Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos –
UNIFEB. A avaliação prévia ao tratamento periodontal inclui anamnese, solicitação de exames laboratoriais
específicos, solicitação de relatório médico sobre a história sistêmica do pacientes, e possível indicação e/
ou restrição medicamentosa para o tratamento odontológico. Após retorno dos pacientes com a
documentação solicitada, realiza-se o exame clínico intra-bucal com a avaliação da condição periodontal,
número de dentes cariados, perdidos e restaurados, e a presença de alterações da normalidade, sendo
então elaborado um plano de tratamento individualizado. Pode-se concluir que o desenvolvimento deste
protocolo permitiu maior conhecimento dos profissionais quanto ao achados bucais observados nos
pacientes diabéticos de Barretos e região e um atendimento odontológico seguro.
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OSTEONECROSE INDUZIDO PELO USO DE BIFOSFONATO ORAL: RELATO DE CASO
CLÍNICO.
Giacomin L*, Puerta MYT, Aguiar JMRP, Coelho DC, Peres MPSM, Franco JB.
Divisão de Odontologia – Instituto Central – Hospital das Clínicas – FMUSP
Os bifosfonatos são drogas utilizadas no tratamento de várias doenças ósseas metabólicas, como a
osteoporose, e malignas como nos mielomas múltiplos e nas metástases ósseas. Inibem a absorção óssea
devido à diminuição da atividade de osteoclastos, podendo ocasionar necrose óssea traumática ou
espontânea com aparência clínica semelhantes as lesões de osteorradionecrose. Surgem como ulcerações
da mucosa, com exposição de osso necrótico, com ou sem sintomatologia dolorosa. O caso
clínico a ser relatado é do paciente J.A.L, 64 anos, gênero masculino, com o diagnóstico de osteoporose,
fazendo uso de alendronato de sódio há 6 anos. Compareceu ao ambulatório de odontologia com queixa
de dor na região de maxila superior direita. Ao exame clínico, observou-se a presença de tecido ósseo
necrosado exposto na cavidade oral, sem a presença de elemento dentário na região. Foi realizada a
remoção do bloco ósseo necrosado e debridamento da região, com suturas da mucosa adjacente, associado
a terapia antibiótica. No pós-operatório, o paciente apresentou deiscência da mucosa, e foi orientado a
realizar irrigação da loja óssea com clorexidina 0,12%, 2 vezes ao dia. Paciente segue em acompanhamento
ambulatorial, com epitelização progressiva da loja óssea. É importante o conhecimento do cirurgiãodentista sobre a relação entre o uso de bifosfonatos e o risco de necrose óssea, com o objetivo de realizar
o diagnóstico diferencial e instituir o melhor tratamento para o paciente.
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CONTROLE DA DOR EM LESÕES ORAIS PERSISTENTES DE PÊNFIGO VULGAR COM
A APLICAÇÃO DE LASER DE BAIXA POTÊNCIA.
Puerta MYT*, Giacomin L, Silva CGP, Peres MPSM, Franco JB.
Divisão de Odontologia – Instituto Central – Hospital das Clínicas – FMUSP.
O Pênfigo Vulgar é uma doença mucocutânea crônica, de origem auto-imune, caracterizada pela formação
de vesículas ou bolhas que ao se romperem, resultam em ulcerações na superfície da pele e das mucosas.
Lesões orais são reportadas como manifestação inicial em cerca de 50% dos casos. Classicamente, o
tratamento do pênfigo é feito com uso de corticóides sistêmicos associados a agentes imunossupressores,
e para as lesões orais rotineiramente emprega-se corticoides tópicos. O objetivo deste trabalho é relatar
o caso de um paciente de 45 anos, gênero masculino, que foi encaminhado ao serviço de Odontologia
pelo setor de Dermatologia do mesmo complexo hospitalar. O paciente estava em tratamento sistêmico
utilizando Prednisona 100mg/dia e Micofenolato de mofetila 3mg/dia, apresentando bons resultados clínicos
em relação às lesões em pele, porém sem alteração das lesões intra-orais. Estava em uso de dipirona
sódica, codeína e gabapentina para controle da dor intra-oral, sem sucesso. Apresentava lesões ulceradas
em lábio inferior, língua (dorso e lateral), mucosa jugal, e palato mole e duro. Foi instituído o uso do
LASER de baixa potência semanal para controle da dor, e obteve-se analgesia satisfatória para o paciente,
possibilitando alimentação, retorno às funções diárias e melhora da qualidade de vida. Portanto, é importante
o cirurgião-dentista compreender tal patologia, assim como instituir outros tratamentos para melhor
resultado.
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INTERRUPÇÃO DE TERAPIA COM AGENTES BIOLÓGICOS DEVIDO A FOCO
INFECCIOSO ORAL: RELATO DE CASO.
Puerta MYT*, Ferri APN, Gesualdi NG, Peres MPSM, Franco JB.
Divisão de Odontologia – Instituto Central – Hospital das Clínicas – FMUSP.
Os agentes biológicos estão cada vez mais sendo indicados para vários tipos de patologias desde
neoplasias, como os linfomas, até doenças auto-imunes, como artrite reumatóide. São agentes terapêuticos
sintetizados a partir dos produtos de organismos vivos, de alto custo, ocasionando imunossupressão e
facilitando o desenvolvimento e a disseminação de infecções. Devido a novas técnicas de engenharia
genética existe uma grande variedade desses agentes como os que agem em receptores de membrana
CD-20, CD-25, CD-2, CD 52, e em fator de necrose tumoral (TNF). Este trabalho relata o caso da
paciente A.N.P, 28 anos, com diagnóstico de doença mista do tecido conjuntivo, em tratamento com
terapia com anti-TNF (infliximabe), a qual apresentou uma fístula intra-oral ativa devido a uma fratura
dentária do dente 16, em região de furca. Foi necessária a suspensão do tratamento com anti-TNF até a
remoção do foco infeccioso oral, sendo o dente avaliado e indicado para exodontia, utilizando-se
antibioticoterapia previamente. Este relato evidência a importância da atuação do cirurgião-dentista
previamente e durante o tratamento com estes agentes a fim de se controlar e combater infecções
odontogênicas, assim como prevenir que possíveis focos orais ocasionem a interrupção do tratamento
proposto inicialmente.
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CIÊNCIA E CULTURA - Revista Científica Multidisciplinar do Centro Universitário da FEB
v. 5, nº 2, Edição Especial Junho/2011-ISSN 1980 - 0029
ALTERAÇÕES OROFACIAIS E REABILITAÇÃO ORAL EM CRIANÇAS PORTADORAS
DE DISPLASIA ECTODÉRMICA
Silva VTM*, Rivitti MCM, Faria MEJ
Divisão de Odontologia e Divisão de Dermatologia do Hospital das Clínicas FMUSP
Displasia Ectodérmica (DE) é uma rara síndrome genética, cujas manifestações principais são ausência ou
redução de glândulas sudoríparas, hipotricose, face típica, deficiência de cabelo, anadontia total ou parcial,
deficiência do rebordo alveolar e diminuição do terço inferior da face. As ausências dentárias comprometem
a mastigação e a estética causando tanto problemas funcionais quanto sociais. O objetivo deste trabalho
foi caracterizar crianças portadoras de DE e reabilitá-las através de próteses removíveis com expansores
ortodônticos. Foram avaliadas 8 crianças com DE, média de idade 8,5 anos, através de anamnese,
questionário específico, avaliação orofacial clínica, radiográfica, modelos em gesso e fotografias. Foram
observadas oligodontia em 87,5% dos pacientes, dentes conóides (62,5%), mordida cruzada posterior
(37,5%) e sobremordida (25%), apenas uma paciente apresentou dentição decídua completa. A
reconstrução de dentes conóides e reabilitação protética foram realizadas em 75% dos pacientes com
oligodontia. Pode-se concluir que a reabilitação oral em crianças através de próteses removíveis com
expansores ortodônticos é uma boa alternativa para manter o crescimento maxilo-mandibular e melhorar
a qualidade de vida.
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CIÊNCIA E CULTURA - Revista Científica Multidisciplinar do Centro Universitário da FEB
v. 5, nº 2, Edição Especial Junho/2011-ISSN 1980 - 0029
ABORDAGEM DO PACIENTE NO ESPECTRO AUTISTA
Zink AG*, Ferreira MCD, Santos MTBR, Guaré RO
Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas
Universidade Cruzeiro do Sul
O plano de tratamento odontológico do paciente autista é estabelecido após uma anamnese direcionada,
contendo sua história médica, odontológica, psicológica e comportamental, atual e pregressa. Durante o
atendimento é fundamental a interação paciente-profissional, a busca do contato visual para estabelecer
vínculo é primordial. O objetivo deste trabalho foi mostrar como atender sem contenção e com uso do
condicionamento lúdico paciente com espectro autista. Optou-se pela abordagem lúdica apostando em
técnicas não-verbais como o toque, movimentos corporais. O reforço positivo foi usado para recompensar
o bom comportamento do paciente e estimular sua repetição. O caso clínico é de I.J.T. gênero masculino,
11 anos, autista de baixo funcionamento, auto-agressivo, não verbal, atendido anteriormente com contenção.
Na abordagem, foram apresentadas figuras da pasta de condicionamento confeccionada pela autora
principal. O contato visual foi conseguido algumas vezes, mas a resistência para entrar na clínica era
grande. Optou-se por amarrar um trem a um barbante (brinquedo que o paciente mais gosta segundo a
mãe durante anamnese), e puxar em direção à clínica e deu certo, ele seguiu e entrou espontaneamente. A
pasta com as figuras foi usada novamente e conseguiu-se realizar o exame clínico no chão com o foco de
luz voltado para a boca do paciente. Para reforço foram usadas bolinhas de sabão. Após 4 sessões
conseguiu-se que sentasse na cadeira espontaneamente. Pode-se concluir que o condicionamento é
fundamental na abordagem e atendimento do paciente autista.
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REABILITAÇÃO PROTÉTICA CRANIOFACIAL UTILIZANDO IMPLANTE EXTRA-ORAL
DE FORMATO CÔNICO: ESTUDO EXPERIMENTAL E RELATO DE CASO.
Santos-Junior JF*, Abrahão M, Dib LL, Jahn RS, Nannmark U, Granström G.
Universidade Federal de São Paulo e Universidade de Santo Amaro
Os implantes osseointegrados têm atualmente um papel importante na reabilitação de pacientes com
defeitos craniofaciais. O objetivo deste estudo foi realizar análise histomorfométrica de implantes craniofaciais
e relato de caso de reabilitação óculo-palpebral. Cinco implantes craniofaciais com superfície porosa,
formato cônico com 4,3 mm de diâmetro e 5,0 mm de comprimento (Conexão, Sistema de Próteses, São
Paulo, Brasil) foram colocados na tíbia de coelhos adultos brancos da raça Nova Zelândia. Os animais
foram sacrificados 12 semanas após a instalação dos implantes. As amostras do tecido ósseo preparadas
para avaliação histomorfométrica do contato osso-implante e volume de osso formado entre as roscas.
Um relato de caso, de paciente do gênero masculino recebeu três implantes na região orbitária após a
ressecção de carcinoma espinocelular de sua órbita esquerda. O valor do contato osso-implante foi de
76.80 ± 5.58% e formação de volume ósseo entre as espiras de 85.73% ± 3.10. Este novo implante
craniofacial apresentou osseointegração e livre de reações adversas nos tecidos periimplantares, o paciente
tem acompanhamento de 24 meses. Pode-se concluir que houve altos valores no contato osso-implante e
volume de osso formado entre as roscas no implante craniofacial cônico podendo ser considerado uma
opção viável na reabilitação protética craniofacial.
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v. 5, nº 2, Edição Especial Junho/2011-ISSN 1980 - 0029
SÍNDROME DE APERT: RELATO DE CASO
Sabbagh-Haddad D, Santos KCP, Varoli FP, Oliveira JX, Arita ES, Sabbagh-Haddad A.
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo - FOUSP.
A síndrome de Apert é um tipo raro de acrocefalossindactilia do tipo I caracterizada por cranioestenose,
sindactilia severa de mãos e pés, e características faciais dismórficas. Apresenta herança autossômica
dominante atribuída a mutações no gene referente aos receptores do fator de crescimento de fibroblastos.
A cavidade bucal desses pacientes apresenta uma redução no tamanho da maxila, apinhamento dentário,
mordida aberta anterior, dentes retidos, supranumerários, erupção dental atrasada e ectópica. A mandíbula
apresenta tamanho e forma normais, simulando um pseudoprognatismo. Relato de caso: Paciente com a
Síndrome de Apert, gênero feminino, apresentou anomalias oculares, características faciais dismórficas e
sindactilia das mãos observada clínica e radiograficamente. A cavidade bucal apresentou redução no
tamanho da maxila, apinhamento dental e mordida aberta anterior. O tratamento clínico global e eficaz da
paciente com a Síndrome de Apert incluiu uma abordagem multiprofissional e
interdisciplinar com a participação de cirurgiões-dentistas (nesse caso de periodontista e ortodontista),
geneticista, neurocirurgião, cirurgião plástico e oftalmologista, obtendo um planejamento e tratamento
bem sucedidos no presente relato.
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ANOMALIAS DENTÁRIAS EM PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS:
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL, PARALISIA CEREBRAL E SÍNDROME DE DOWN.
Hamada ST*, Sabbagh-Haddad D, Georgevich P, Sabbagh-Haddad A.
ABENO/SP - Associação Brasileira de Ensino Odontológico
Anomalia dentária é um tema muito estudado e mencionado pela literatura cientifica odontológica. Essa
alteração ocorre durante a odontogênese, sendo diagnosticada através do exame clínico intrabucal ou por
meio de radiografias panorâmicas e/ou intrabucais. O objetivo desse trabalho foi avaliar a prevalência de
anomalias dentárias e correlacioná-las entre três grupos de pacientes atendidos na Clínica de Especialização
em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais da ABENO/SP, no período
entre julho de 2000 e setembro de 2010: Deficiência intelectual (DI), Paralisia cerebral (PC) e Síndrome
de Down (SD). Foram analisadas 120 radiografias panorâmicas, sendo 40 de cada grupo, em relação à
presença e frequência de anomalias dentárias de forma, número e erupção. A metodologia empregada foi
a abordagem indutiva com procedimentos estatísticos e descritivos e a técnica de pesquisa utilizada foi a
quantitativa observacional. As anomalias encontradas nesta pesquisa foram: microdontia, taurodontia,
macrodontia, dilaceração, amelogênese imperfeita, pérola de esmalte e dente de Turner, anodontia parcial,
dentes supranumerários e transposição. Macrodontia, microdontia, dilaceração e anodontia ocorreram
nos três grupos estudados, entretanto, somente a frequência de anodontia foi estatisticamente significante.
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AVALIAÇÃO CRANIOFACIAL DE PACIENTES COM DISPLASIA CLEIDOCRANIANA
Rossato C *; Campo KR, Bertola D, Faria MEJ
Divisão de Odontologia e Unidade de Genética do Hospital das Clínicas - FMUSP
A displasia Cleidocraniana (DCC) é uma doença autossômica dominante caracterizada por anomalia de
clavícula, crânio e dentes supranumerários. A alteração orofacial causa desconforto para os pacientes,
que freqüentemente buscam tratamento odontológico previamente ao tratamento médico, sendo o cirurgião
dentista importante na identificação dos sinais da DCC e no tratamento. O objetivo foi avaliar os aspectos
craniofaciais de pacientes portadores de Displasia Cleidocraniana. Foram avaliadas face, cavidade oral e
radiografia panorâmica de 6 pacientes. Resultados: Características
faciais: assimetria facial (4/6), bossa frontal proeminente (6/6), terço médio da face diminuido(3/6), nariz
em sela (2/6), perfil facial reto (2/6), côncavo (2/6) e convexo (2/6).Características oclusais: palato ogival
(4/6) , mordida cruzada anterior ( 3/6) e posterior (4/6) , mordida aberta anterior ( 3/6) e posterior (1/6),
retenção de dentes decíduos (6/6), impacção e/ou atraso na erupção de dentes permanentes (6/6), dentes
supranumerários (6/6) em região de incisivos, caninos e pré-molares em mandíbula e maxila. Pode-se
concluir que o tratamento odontológico é complexo, longo e deve ser individualizado de acordo com a
idade, características gerais e envolve diversas especialidades, além de necessitar de cooperação do
paciente. O acompanhamento odontológico precoce visa evitar a impacção de dentes permanentes e
reestabelecer função e estética.
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RELATO DE CASO CLÍNICO: SÍNDROME DE APERT
Oliveira RBA*, Martins AT, Scannavino FLF
Apae Barretos e Unifeb
Em 1906 Apert publicou pela primeira vez um relato de nove casos sobre essa síndrome, que ficou
conhecida como Síndrome de Apert ou acrocefalossindactilia tipo I, que é uma disostose craniofacial de
caráter autossômico dominante, caracterizada pelo fechamento prematuro das suturas cranianas e sindactilia
dos dedos das mãos e pés, formando uma aparência típica, e é comum o retardo mental. Na maioria dos
casos, a desordem resulta de uma mutação paternal e mostra uma prevalência no nascimento de 1/160.000
a 200.000 vivos. A literatura determina que esta síndrome seja causada por uma de duas mutações do
gene de fator de crescimento receptor 2 (FGFR2) envolvendo dois aminoácidos adjacentes. O objetivo
desse trabalho é descrever o caso de uma criança com síndrome de Apert, contribuindo para o conhecimento
da doença e facilitando o seu diagnóstico: M.G.S. S, 3 anos de idade procurou a APAE de Barretos
acompanhada de sua mãe, para atendimento multidisciplinar. Após exame físico constatou-se: Tônus e
equilíbrio normais, coordenação motora grossa, déficit cognitivo, dificuldade na fala e classe mãos em
classe II. No exame clínico intra-oral notou-se: alteração dental, fissura palatina, respiração bucal, língua
protrusa e úvula bífida. É de grande importância o conhecimento da síndrome de Apert e de suas
manifestações clínicas para que os profissionais da saúde estejam informados e preparados para atender
esses pacientes, sendo possível um diagnóstico rápido e um correto tratamento.
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ESTUDO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE BUCAL DE PACIENTES AUTISTAS E FATORES
SOCIOECONÔMICO-CULTURAIS, COMPORTAMENTAIS E MICROBIOLÓGICOS
Pereira TS*, Cunha-Correia AS, França DCC, Aguiar SHCA
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Campus de Araçatuba
A assistência integral ao paciente autista proporciona melhor qualidade de vida, dela fazendo parte o
acompanhamento e tratamento odontológico. Neste estudo se avaliaram as condições de saúde bucal
desses pacientes, bem como a microbiota bucal, fatores socioeconômicos culturais e comportamentais.
As características socioeconômicas, culturais e comportamentais foram avaliadas por meio de um
questionário próprio. Os espécimes clínicos coletados foram identificados por meio de cultura e amplificação
do DNA microbiano por PCR. As condições de saúde bucal foram analisadas através de exame clínico
buco-dental. A microbiota bucal encontrada, por meio de cultura, foi Actinobacter
actinomycetemcomitans, Porphyromonas gingivalis, Prevotella intermédia, Pseudomonas sp. E
Fusobacterium nucleatum. Para a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), detectou-se Campylobacter
rectus, Actinobacter actinomycetemcomitans, Eikenella corrodens, Porphyromonas gingivalis,
Prevotella intermédia, Enterobacter, Treponema dentícola e Fusobacterium nucleatum. A maioria
dos pacientes pertencia ao gênero masculino, nível socioeconômico baixo, boa saúde e hábitos de
higienização bucal, apesar de serem dependentes e oferecerem resistência para essa atividade. O
conhecimento do paciente autista em seus diversos aspectos permite seu melhor entendimento e possibilita
orientações aos pais e/ou responsáveis sobre condutas mais adequadas em busca de saúde bucal e,
conseqüentemente, melhoria da saúde geral.
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ATUAÇÃO DAS AUXILIARES DE ODONTOLOGIA NO PREPARO DO CONSULTÓRIO
PARA A SEDAÇÃO NO CAOE.
Mateus ML*, Teixeira AAP, Silva RRC, Baggio TSC, Bezerra SFS, Mateus MD, Mantovani AVR,
Avalos YRB.
CAOE (Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência) – FOA - Araçatuba - UNESP.
A sedação da pessoa com deficiência para tratamento odontológico iniciou no ano de 1987 no CAOE. A
partir de 2008 foi criada uma sala específica para este atendimento e assim foi possível a melhora da
assistência odontológica, de enfermagem e também equipe médica no tratamento destes pacientes sob
sedação. Este trabalho tem como objetivo mostrar a experiência da equipe de auxiliares odontológicas no
atendimento odontológico sob sedação. Uma equipe multiprofissional envolvendo Médico, CirurgiãoDentista, Enfermeira, Auxiliares de Enfermagem e Auxiliares Odontológicas, desenvolveram condições
especiais como conscientização e colaboração das equipes atuantes quanto aos objetivos das rotinas,
determinação de uma sala para a realização da sedação com todo material e recurso humano, elaboração
de uma ficha para sedação e treinamento para as equipes; e para atendimento de pacientes com Paralisia
Cerebral, SD Down, Autista, Oligofrenia, Má Formação Congênita, Retardo Mental, Epilepsia,
Desenvolvimento Neuro Psicomotor e Alzheimer. Com a implantação e aplicabilidade de normas e rotinas
junto às equipes para pacientes submetidos à sedação no CAOE foi possível melhorar a qualidade da
assistência das auxiliares odontológicas no tratamento odontológico sob sedação a pessoa com deficiência.
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O PROJETO “BRINCAR E SORRIR” NA APAE
Sedlacek P*, Mateus MD, Poi WR, Mantovani AVR, Baggio TSC, Mateus MI, Almeida MM, Maria
MMAE.
CAOE (Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência) – FOA - Araçatuba - UNESP.
“Brincar e Sorrir” é um projeto de extensão universitária do Centro de Assistência Odontológica à Pessoa
com Deficiência (CAOE-UNESP). O projeto, de caráter inter-institucional, multi e interdisciplinar, tem
como público-alvo, pessoas com deficiência com capacidade cognitiva que teham sido submetidas
anteriormente a tratamento odontológico sob sedação consciente ou anestesia geral. O projeto, no atual
contexto, tem como objetivo treinar crianças com deficiência da APAE de Araçatuba-SP e do CAOEUNESP
a se comportarem como pacientes odontológicos colaboradores, controlando medo ansiedade, tanto nos
procedimentos de manutenção de tratamentos já realizados quanto na realização de novos tratamentos ou
nos procedimentos preventivos relacionados às doenças da cavidade bucal. As brincadeiras de faz de
conta dentista-paciente tendem a diminuir a ansiedade destas crianças no momento do tratamento
odontológico. Ao brincar, a criança com deficiência pode proporcionar e receber prazer,
concomitantemente, em seus contatos com os pais (e ou cuidadores), alunos de graduação e com as
diferentes pessoas e profissionais envolvidos. Conclusões: Crianças da APAE de Araçatuba, que têm
potencial cognitivo, podem aprender a se comportar como pacientes odontológico colaboradores, quando
inseridas dentro de um contexto apropriado à suas compreensões e aceitações.
E-mail: [email protected]
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AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE ALTERAÇÕES BUCAIS E DE DOENÇAS SISTÊMICAS
EM UMA POPULAÇÃO DE INDIVÍDUOS ENTRE 60 E 90 ANOS ATENDIDOS EM
CLÍNICA ODONTOLÓGICA DE GRADUAÇÃO
Santos MMMC, Dib LL, Marques MAC, Santos PSS
Estomatologia - Universidade Paulista (UNIP)-Indianópolis /Faculdade de Odontologia de Bauru
(USP)
Com o aumento de idosos no Brasil, aumenta a ocorrência de problemas de saúde, com repercussões na
qualidade de vida desta população. As más condições de saúde bucal podem estar relacionadas a problemas
de origem sistêmica. Foi proposta análise descritiva da ocorrência de alterações estomatológicas e sistêmicas
crônicas de indivíduos entre 60 e 90 anos. Realizada análise retrospectiva de prontuários da clínica de
Estomatologia da Universidade Paulista (UNIP-Indianópolis) entre 2008 e 2009, através da ficha clínica
preenchida por alunos, digitalizada em banco de dados (Open Doctor) quanto ao diagnóstico clínico e
complementar de alterações bucais além das informações de anamnese quanto a existência de doenças
sistêmicas crônicas. Dos 178 prontuários avaliados, foram encontrados 63(100%) pacientes com idade
entre 60 e 90 anos, destes 19(30,16%) homens e 44(69,84%) mulheres. As lesões bucais encontradas
foram: HFI-21(33,33%), Hemangioma-8(12,70%), Úlcera traumática- 4(6,35%), CEC-4(6,35%),
Candidíase-4(6,35%), Cisto periapical-2(3,17%), SAB-2(3,17%), Leucoplasia- 2(3,17%), Varizes
linguais-2(3,17%) e as demais lesões dentárias e periodontais 14(22,22%). As doenças crônicas relatadas
por este grupo de pacientes foram HAS-37(58,73%), DM-14(22,22%) e Cardiopatias- 13(20,63%).
Estes pacientes necessitam de avaliações bucais periódicas para investigação de alterações bucais, com
destaque para o diagnóstico precoce do câncer bucal e de cuidados especiais nos procedimentos
odontológicos.
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CIÊNCIA E CULTURA - Revista Científica Multidisciplinar do Centro Universitário da FEB
v. 5, nº 2, Edição Especial Junho/2011-ISSN 1980 - 0029
TRATAMENTO ORTÔNTICO DE PACIENTE COM DÉFICIT DE AUDIÇÃO. RELATO DE
CASO CLÍNICO.
Soubhia SA*, Ferreira NSP, Lugato ICPT, Teixeira AAP, Silva RRC, Brasil RCEC, Baggio TSC, SantosPinto ZMP.
CAOE – Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência. FOA- UNESP, Araçatuba.
Esse trabalho descreve os procedimentos cirúrgicos e ortodônticos de paciente assistida no CAOE –
Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência; portadora de déficit de audição. Apresenta
Classe II div1 com canino superior impactado e queixa de biprotrusão dentária. Pacientes com perda de
audição apresentam, também, dificuldades de fala, linguagem, e de socialização. Sem a audição, a pessoa
tende a isolar-se e apresentar distúrbios emocionais e de aprendizagem. O objetivo desse trabalho foi
tracionar o canino incluso, realizar exodontias e retração dos dentes para minimizar a biprotrusãodentária,
devolvendo a função e a estética da paciente, elevando sua auto-estima, melhorando seu convívio social.
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O SERVIÇO SOCIAL NA ODONTOLOGIA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA.
Melo MLM*, Louzada LPA, Barbiere CM, Araujo ALG, Lugato ICPT, Luciano RR, Laureto FHB,
Mateus ML
CAOE (Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência) – FOA-Araçatuba - UNESP.
O assistente social é o profissional capacitado a trabalhar com Políticas Públicas e Direitos Sociais. No
CAOE - atua principalmente com as famílias das Pessoas com Deficiência. A renda per capita predominante
das famílias que frequentam o Centro é inferior a um salário mínimo mensal com a incidência de outros
agravantes como, outros deficientes no lar, pais separados, fatores que constatam sua exclusão social.
Correlatos a estes fatores têm a distância percorrida pelos pacientes e familiares para chegar ao CAOE,
o cansaço da viagem, o stress do tratamento odontológico, exigindo do assistente social uma atenção
social durante todo atendimento no Centro. O profissional interfere nas dificuldades psicossociais e
econômicas que prejudicam o tratamento permitindo sua concretização e melhorando sua qualidade de
vida. São realizados diagnóstico social das famílias e oferecido recursos importantes para o seu bem estar,
com café da manhã diário, alimentação aos de baixa renda, estadia para os muito distantes e outros
benefícios necessários. O Centro oferece através de promoções sala de repouso e atividades lúdicas,
cozinha para o preparo de alimentos visando um ambiente humanitário e acolhedor. Também orienta as
famílias sobre seus direitos sociais, através de palestras, contatos com órgãos públicos, melhorando sua
inclusão social. Este serviço é relevante para contribuição no trabalho multidisciplinar auxiliando outros
profissionais e os cirurgiões-dentistas.
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O EXAME CITOGENÉTICO COMO FERRAMENTA PARA O DIAGNÓSTICO DE
CROMOSSOMOPATIAS
Miziara RC*, Marques SBS, Marques JHS, Rezende C, Aquino R, Cury W, Azoubel R.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb
As anormalidades cromossômicas, clinicamente significativas, ocorrem em cerca de 1% das crianças
nascidas vivas. Esse trabalho objetivou oferecer aos pacientes e/ou seus familiares da comunidade abrangida
pelo serviço da Clínica Integrada de Saúde Uniara (Araraquara e região), o exame de cariótipo (estudo
citogenético) para confirmação ou exclusão da suspeita diagnóstica de cromossomopatia bem como
informações (aconselhamento genético) para a prevenção de ocorrência e/ou recorrência de dessas
anomalias. No período de um ano e quatro meses foram realizados na Clínica Integrada de Saúde Uniara
e encaminhado para o Laboratório de Citogenética Humana da mesma instituição 67 estudos citogenéticos.
Em 44 pacientes (61,4%) os resultados se mostraram normais. Já em 23 (38,6%) exames foram encontradas
alterações, o que significa que os respectivos quadros clínicos são decorrentes de alterações cromossômicas.
Dentre as alterações, a primeira causa foi a Síndrome de Down totalizando 15 exames ou 64%, a segunda
causa de anomalia cromossômica foi a síndrome de Turner onde a constituição mais importante é 45,X,
onde foram encontrados 2 cariótipos desse tipo, as demais síndromes (Síndrome de Eduards, Síndrome
de Patau, Síndrome do cromossomo 3p-, Síndrome de do cromossomo 4p- e Síndrome do cromossomo
6p-) diagnosticadas em nosso laboratório apresentaram uma freqüência baixa frente à Síndrome de Down.
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PROMOÇÃO DE SAÚDE BUCAL PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS.
Mantovani AVR*, Louzada LPA, Lugato ICT, Barbieri CM, Bombonati ALS, Zito AR, Brasil RCA,
Melo MLM.
CAOE (Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com Deficiência) – FOA - Araçatuba - UNESP.
Devido ao grande número de pacientes do CAOE (Centro de Assistência Odontológica à Pessoa com
Deficiência), que necessita de higiene oral adequada, tornou-se imprescindível um projeto específico de
higienização bucal. A maioria desses pacientes especiais apresenta limitações que prejudicam a correta
higienização ou inviabiliza sua realização. Este trabalho tem por objetivo demonstrar o projeto desenvolvido
pela equipe multidisciplinar do CAOE e pelos alunos da graduação, intitulado Promoção de Saúde Bucal
para Portadores de Necessidades Especiais. O desenvolvimento de suas funções é relativo ao Ensino,
Pesquisa e Extensão. Nesta última, dentre inúmeras outras de naturezas distintas, preparam seus alunos,
recém ingressados à Faculdade para a atenção às pessoas deficientes. Suas ações compreendem medidas
terapêuticas em orientações individualizadas, integrais e humanizadas, utilizando a equipe multidisciplinar,
que compreende a fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e odontologia. O projeto
visa melhorar a saúde e o relacionamento social dos pacientes, consequentemente a qualidade de vida
dos mesmos e de seus familiares.
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CIÊNCIA E CULTURA - Revista Científica Multidisciplinar do Centro Universitário da FEB
v. 5, nº 2, Edição Especial Junho/2011-ISSN 1980 - 0029
A IMPORTÂNCIA DA CONTAGEM DE LINFÓCITOS T-CD4+ E CARGA VIRAL NO
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO DE CRIANÇAS SORO POSITIVAS PARA HIV.
Souza AP, Martins AT, Nascimento ENR, Scannavino FLF, Santos FS.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS ou SIDA) é uma doença de origem infecciosa, viral,
letal, transmissível através de sangue e secreções humanas contaminadas, atingindo o sistema imunológico
do portador, deixando-o predisposto às infecções oportunistas. A maioria das crianças adquire o vírus a
partir de suas mães, através da transmissão vertical, e tem seu sistema imunológico afetado na plenitude
de seu desenvolvimento e crescimento. O objetivo desse estudo é proporcionar um tratamento odontológico
com menor risco de complicações através de informações sobre o atual estado imunológico do paciente.
A análise conjunta da contagem de linfócitos T-CD4+ e da carga viral serve como importante marcador
da evolução da infecção pelo HIV, devendo ser associada aos dados clínicos.
E-mail: [email protected]
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SÍNDROME DE TURNER
Batista NC*, Latorre A, Buch ABC, Junior TG, Martins AT, Scannavino FLF, Santos FS.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb
A síndrome de Turner é uma anomalia de caráter cromossômico que afeta frequentemente o gênero
feminino. Na concepção normal de um feto do sexo feminino, recebe-se um cromossomo sexual X materno
e outro cromossomo sexual X paterno. O que ocorre na síndrome de Turner é que este cromossomo X
paterno não é recebido,o que implica em aborto espontâneo. O objetivo é a atenção rigorosa quanto aos
procedimentos de atendimento destes pacientes, pois os mesmos podem apresentar doenças cardíacas,
endócrinas e diabetes. Os materiais e métodos são através do ultrassom,a certeza da mesma, só é dada
pela realização de exames de cariótipos.O tratamento consiste em terapia hormonal que irá diminuir
muitas das características da síndrome.Os resultados é a estatura baixa, pregas no pescoço,inchaços nas
mãos e nos pés e por não possuir o cromossomo X seus ovários são deficientes,não havendo a
menstruação,nem o desenvolvimento das mamas. Com riscos a doenças cardíacas, diabetes, deformação
na coluna. Os dentes podem apresentar hipoplasia em suas coroas, gengivites marginais, bolsas periodontais,
mobilidade dentária, baixa prevalência de cáries, e especificamente a má oclusão com desvios para sagital,
vertical e transversal. Possui baixo risco de deficiência intelectual. Conclui-se que a síndrome de Turner é
constituída por vários aspectos de cunho, genético, fisiológico, anatômico e patológico. Cabe ao cirurgião
dentista obter conhecimentos quanto ao tratamento para que haja um critério de prognóstico de excelência.
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TERAPIA DE OXIGENAÇÃO HIPERBÁRICA COMO COADJUVANTE AO ATENDIMENTO
DE PACIENTES ONCOLÓGICOS SUBMETIDOS A RADIOTERAPIA
Arena TSA*, Isper MA, Sant’Ana FS, Tanimoto HM, Marqueti AC.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb.
A utilização da terapia de Oxigenação Hiperbárica (TOH) objetiva proporcionar ao paciente respirar
oxigênio a concentração de 100% dentro de uma câmara hiperbárica pressurizada, de forma que os níveis
de oxigênio na área de tratamento sejam aumentados, promovendo diminuição dos índices de seqüelas,
cirurgias, amputações e medicamentos. Também diminui os custos no tratamento de patologias agudas ou
crônicas, de natureza isquêmica, infecciosa, traumática ou inflamatória. Em pacientes oncológicos
submetidos à radioterapia em cabeça e pescoço com necessidade de atendimento odontológico invasivo,
os resultados obtidos com a TOH têm se mostrado relevante. Os efeitos tardios da irradiação acima de
50 Gy alteram a formação celular, promovendo ainda disfunção das glândulas salivares e redução da
vascularização local e da tensão de oxigênio tecidual, o que leva a um aumento do risco de alterações
dentais, infecções bucais, além de reduzir a capacidade de reparo tecidual que, por vezes, resultam em
osteorradionecrose. Este estudo objetiva descrever o protocolo de TOH, através de revisão de literatura,
em paciente oncológico submetido à radioterapia em região de cabeça e pescoço.
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SÍNDROME DE JACOB: RELATO DE CASO.
Miziara RC*, Marques SBS, Marques JHS, Seidel EH, Rezende C, Aquino R, Cury W.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb
A síndrome do triplo X é uma aberração cromossômica numérica que atinge 1 em cerca de 800 a 1.000
mulheres. As mulheres portadoras dessa síndrome apresentam um cromossomo X a mais, totalizando um
cariótipo com 47 cromossomos: 47 XXX. Quase todos os erros relacionados à essa síndrome ocorrem
durante a ovulogênese pela não disjunção dos cromossomos. Quanto mais cromossomos X a mulher
possuir, maior será o índice de retardo mental que ela possuirá. Também conhecida como Síndrome de
Jacob, a síndrome do triplo X tem como característica não demonstrar sintomas. As mulheres portadoras
podem dar origem a crianças perfeitamente normais. As crianças que possuem essa doença não apresentam
os sintomas logo após o nascimento, mas podem apresentar baixo peso. Esta síndrome só ocorre em
mulheres, nas quais são fenotipicamente normais, não apresentando assim, nenhuma diferença ou aberração
na sua aparência física. Algumas podem apresentar estatura geralmente acima da média, genitália e mama
subdesenvolvidas, certo retardamento mental ou anomalias de caráter sexual secundário. O objetivo do
presente trabalho foi relatar o caso de uma paciente que procurou o serviço da Clínica Integrada de
Saúde Uniara (Araraquara e região), a realização do exame de cariótipo (estudo citogenético) para
confirmação ou exclusão da suspeita diagnóstica de cromossomopatia culminada aoexame clínico da
mesma.
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ÓXIDO NITROSO COMO ALTERNATIVA PARA O ATENDIMENTO A PACIENTES COM
NECESSIDADES ESPECIAIS
Pereira SGT*, Tanimoto HM; Marqueti AC.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb
O atendimento odontológico em alguns pacientes com necessidades especiais é, por vezes, um grande
desafio para o cirurgião dentista clínico. A utilização do óxido nitroso, substância insolúvel no sangue e,
com tempo de meia vida relativamente curto, permite controle sedativo seguro e recuperação do paciente
com tempo estimado de até 5 minutos, em comparação ao uso de medicamentos como os benzodiazepínicos,
que produzem sedação mais prolongada. Sua indicação requer uma anamnese detalhada, uma vez que
está contra-indicada em pacientes com doenças pulmonares obstrutivas, grávidas, desordens de acúmulo
de gás e crianças menores de 4 anos de idade, com riscos pequenos para os pacientes, devido à aplicação
conjunta de óxido nitroso em baixa concentração e oxigênio numa concentração mínima de 30%, o que
evita o risco de hipóxia. Efeitos deletérios para o profissional e sua equipe, em decorrência da exposição
crônica ao gás tem sido relatados, entre eles, problemas neuropáticos, hematológicos e de fertilidade.
Sistemas de exaustão são verificados em aparelhos mais modernos, diminuindo consideravelmente o nível
do gás no ambiente de trabalho a níveis aceitáveis, embora exista controvérsia quanto ao aspecto legal da
utilização dessa técnica pelo cirurgião dentista.
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ATRASO NO DESENVOLVIMENTO NA SÍNDROME DO ANEL DO CROMOSSOMO 13
Miziara RC*, Rezende C, Marques SBS, Marques JHS, Francisqueti AL, Ferreira FRL, Aquino R, Cury
W.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb
Cromossomos em anel formam-se em decorrência de quebras das extremidades dos dois braços de um
mesmo cromossomo, seguidas de fusão. A quantidade de material genético que se perde nesse processo
depende dos pontos de quebra e determina a gravidade do quadro clínico. Em raras ocasiões, o
cromossomo em anel é encontrado como aberrações constitucionais em fetos ou recém-nascidos com
anomalias de desenvolvimento. Já foram descritos anéis de todos os cromossomos humanos, identificados
por técnicas de banda G. Embora sem aparente perda de material genético, constituem uma das causas
conhecidas de malformações congênitas. Em um estudo, incluindo mais de 200 pacientes com cromossomos
em anel congênito tem sido demonstrado que a maioria das crianças com anéis mostra uma falha para
prosperar, além do que é esperado no desequilíbrio cromossômico. Este trabalho tem como objetivo
relatar o caso de uma paciente de três anos de idade, com cariotipagem apresentando o cromossomo de
13 em anel, atendida no Centro Municipal de Saúde da Comunidade, no Serviço de Saúde da Criança da
cidade de Araraquara. A paciente com suspeita de microcefalia apresenta baixo peso e estatura, atraso
neuromotor e cognitivo, sem aparentar malformações. Cromossomos em anel mostram muita diversidade
nas suas características clínicas decorrentes. O cromossomo 13 em anel exibe a menor variação clínica,
sendo assim, pacientes portadores desta síndrome apresentam retardo do crescimento, sem malformações.
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COMPLICAÇÕES BUCAIS DECORRENTES DA RADIOTERAPIA NA REGIÃO DE
CABEÇA E PESCOÇO EM PACIENTES ONCOLÓGICOS.
Nogueira TS*, Tanimoto HM, Marqueti AC.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb
O câncer de boca está entre as neoplasias malignas mais comuns e pode ser tratado por cirurgia, radioterapia
e quimioterapia. Como conseqüência da radioterapia aplicada na região da cabeça e pescoço, destaca-se
a xerostomia, mucosite e osteorradionecrose, que se relacionam com a dose de irradiação, tempo e
volume utilizado no tratamento e outros fatores inerentes ao próprio paciente. Além disso, alterações no
paladar, disfagia, perda de peso, trismo muscular, alterações no ligamento e na microbiota bucal e cáries
de radiação têm sido relatadas, interferindo sobremaneira na qualidade de vida dos pacientes durante e
após a radioterapia. Dessa forma, se faz necessário a presença do cirurgião dentista na equipe
multidisciplinar oferecendo suporte ao paciente oncológico e melhorando sua qualidade de vida.
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LASERTERAPIA DE BAIXA INTENSIDADE EM PACIENTE ONCOLÓGICO
Mendonça PL*; Tanimoto HM, Marqueti AC
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb
O tratamento radioterápico e quimioterápico em pacientes oncológicos de cabeça e pescoço determina
complicações e seqüelas em todo o sistema estomagnático, principalmente mucosa, dentes e periodonto,
acometendo cerca de 50% dos pacientes, por vezes comprometendo o sucesso do tratamento. A mucosite
destaca-se como lesão extremamente dolorosa, dificultando a alimentação, fala e até mesmo o sono,
sendo tratada atualmente com medicação analgésica e anti-inflamatório, por vezes insuficientes. O laser
de Ga-Al-As de baixa intensidade, promove bioestimulação, analgesia e ação antiinflamatória, sendo
indicado para o tratamento paliativo da dor orofacial pós-operatória e crônica, para o tratamento paliativo
de lesões inflamatórias de mucosa bucal e para o tratamento paliativo das mucosites de pacientes submetidos
a tratamento oncológico (quimio e radioterápico). Este protocolo de atenção bucal ao paciente oncológico
envolve cuidados paliativos, preventivos e terapêuticos das complicações orais nestes pacientes, bem
como o protocolo de laserterapia terapêutica.
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DISTROFIA MIOTÔNICA DE STEINERT: RELATO DE CASO CLÍNICO
Pereira SGT, Oliveira RBA.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb
A distrofia muscular miotônica (miotonia atrófica, distrofia miotônica do tipo 1 ou doença de Steinert) é
transmitida de modo autossômico dominante. Tem sua incidência estimada em 4,9 a 5,5 casos por 100.000
habitantes, possui herança autossômica dominante com fenômeno de antecipação. A anomalia está localizada
no cromossomo 19 (19q13-3), e apresenta como sintoma característico e patognomônico a incapacidade
dos músculos para o relaxamento imediato, em seguida à contração vigorosa. Caracterizase também pela
atrofia gonodal, calvície, catarata e leve retardo mental. Alterações eletrocardiográficas são muito freqüentes,
sendo que as manifestações clínicas aparecem em fases avançadas da doença, com insuficiência cardíaca
e bloqueios de condução. Os portadores da Distrofia Miotônica de Steinert podem apresentar ainda
alterações do aspecto facial como: atrofia dos músculos da mímica (diminuição de sulcos e rugas), ptose
palpebral, boca entreaberta, com os ângulos retraídos, fraqueza e atrofia dos músculos mastigatórios.
Outros achados incluem fraqueza da musculatura orofaríngea e respiratória, levando ao acúmulo de secreção
brônquica, que são fatores responsáveis pelos distúrbios da deglutição, da fala e respiratórios. Neste
trabalho, os autores relatam o caso de uma paciente portadora da Distrofia Miotônica de Steinert na
forma congênita, evidenciando seus aspectos clínicos gerais e bucais, bem como o tratamento odontológico
efetuado.
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61
CONDIÇÃO PERIODONTAL E SUA POSSÍVEL ASSOCIAÇÃO COM A OSTEOPOROSE /
OSTEOPENIA
Oliveira MJ*, Tanimoto HM, Marqueti AC.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb
O objetivo desta revisão literária é analisar a possibilidade de associação entre a doença periodontal e a
osteoporose / osteopenia, uma vez que a evolução da periodontite se caracteriza pela perda acentuada de
tecido ósseo com perda de inserção do elemento dental na arcada. A osteoporose assim como a osteopenia
se caracterizam pela redução da massa óssea sistêmica, envolvendo também os maxilares e associadas
ainda aos períodos de menopausa, resultando em fragilidade e risco de fratura. Em ambas as doenças, os
fatores de risco são comuns, acometendo indivíduos adultos e acima de 35 anos e com perda óssea,
possivelmente influenciando à destruição óssea nas periodontites embora os estudos ainda sejam
contraditórios sobre essa associação, a maioria dos estudos demonstram a possibilidade de associação
entre a densidade mineral óssea e a perda óssea alveolar e/ou perda dentária. Assim sendo, o cirurgião
dentista clínico deve estar ciente da possível associação entre a osteoporose e/ou osteopenia com as
periodontites.
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O MICROAMBIENTE ORAL E SUA IMPLICAÇÃO NA ETIOLOGIA DE INFECÇÕES
NOSOCOMIAIS.
Covacevick ALS*, Gaetti-Jardim Júnior E, Castro AL, Yunes JRM, Marqueti AC.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb
A infecção nosocomial, em especial a pneumonia nosocomial, está associada à ventilação mecânica,
frequentemente acometendo indivíduos debilitados e em ambientes de terapia intensiva (UTI). Dentre os
fatores etiológicos a literatura se refere a bactérias anaeróbias e microaerófilas presentes na cavidade oral,
além da deficiência de higienização oral e falta de protocolo de atendimento ao paciente internado em
ambiente de terapia intensiva. Cuidados relativos à higienização oral, como o uso de antissépticos orais,
onde a clorexidina ocupa lugar de destaque, têm ser mostrado efetivo no controle e diminuição de sua
incidência. O objetivo deste trabalho foi revisar a literatura sobre a importância do microambiente oral no
desenvolvimento da pneumonia nosocomial.
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CUIDADOS EM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DO PACIENTE
PORTADOR DE DIABETE MELLITUS.
Gomes ACR*; Isper MA, Tanimoto HM, Marqueti AC.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb
O diabete mellitus é uma doença crônico-degenerativa caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose
igual ou superior a 140 mg/dl, levando a hiperglicemia. Clinicamente se caracteriza por apresentar sintomas
como a polidipsia, polifagia, e perda de peso, apresentando complicações que podem levar a emergências
odontológicas decorrentes da hipoglicemia, cetoacidose diabética e a síndrome hiperglicêmica hiperomolar
não-cetótica. Dentre as complicações crônicas, citam-se as doenças macro e microvasculares, retinopatia
diabética, neuropatia e alterações fisiológicas com diminuição da capacidade imunológica e aumento da
susceptibilidade a infecções. Desse modo, os pacientes diabéticos podem ser classificados em três categorias
de risco: paciente de baixo risco, que possui bom controle metabólico sem a presença de alterações
agudas, podendo ser tratado normalmente; paciente de risco moderado, que apresenta controle metabólico
razoável e ausência de história recente de alterações agudas, podendo ser submetido a procedimentos
restauradores normalmente e pacientes de alto risco, que apresenta controle metabólico deficiente; sintomas
freqüentes e complicações agudas, sendo contra-indicado o atendimento. Assim sendo, o objetivo deste
estudo é esclarecer à categoria odontológica as possíveis complicações do diabete mellitus durante o
atendimento odontológico, informando as condutas a serem tomadas evitando a ocorrência de possíveis
complicações, conduzindo o clínico a um atendimento.
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ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO EM PACIENTES PORTADORES DE HEMOFILIA
E DOENÇA DE VON WILLEBRAND
Toledo LG*, Isper MA, Novo Neto JP, Marqueti AC.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos – Unifeb.
Os transtornos de coagulação sangüínea requerem atenção e cuidados especiais na prática odontológica.
A hemofilia e a doença de von Willebrand são as mais comuns das coagulopatias hereditárias devendo ser
diagnosticadas precocemente e antes de que qualquer tratamento odontológico seja realizado. A anamnese
se constitui em procedimento relevante, associada ao exame intra-oral, podendo ajudar na detecção
dessa patologia. O cirurgião dentista deve oferecer tratamento adequado a esses pacientes, na dependência
da severidade da doença e do tipo de procedimento a ser realizado, sendo que para os menos invasivos
geralmente não requer cuidados especiais e podem ser realizados rotineiramente. Procedimentos de anestesia
e técnicas anestesiológicas de bloqueio do nervo alveolar inferior requerem cuidados e precauções quando
de sua realização, devendo minimizar os riscos de sangramento e outras complicações. Pode-se concluir
que a avaliação médica, preferencialmente do hematologista, deve acontecer quando qualquer tratamento
invasivo estiver planejado.
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65
MANIFESTAÇOES ESTOMATOLOGICAS EM PACIENTES HIV POSITIVO
Dassie JR*; Castro AL, Gaetti-Jardim Junior E, Tanimoto HM, Marqueti AC.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos – Unifeb
A disseminação do vírus HIV está associado a altos índices de morbidade, embora em países como o
Brasil, o declínio do número de óbitos por AIDS tem declinado, enquanto que o aumento do número de
HIV positivo tem aumentado em pacientes idosos. A imunossupressão decorrente da infecção por HIV /
AIDS provoca alterações sistêmicas e bucais importantes que se potencializam em função da idade gerando
situações clínicas peculiares. O objetivo deste estudo é discutir a relevância dos dados encontrados durante
o manejo odontológico de pacientes HIV positivos idosos, com vistas a melhor qualidade de vida do
paciente idoso HIV positivo.
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A HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E SUAS IMPLICAÇÕES NO ATENDIMENTO
ODONTOLÓGICO
Oliveira NL*, Yunes JRM, Isper MA, Novo Neto JP, Marqueti AC.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos – Unifeb
Geralmente assintomática, a hipertensão arterial sistêmica faz parte das doenças do aparelho circulatório,
sendo fator de risco importante para doenças decorrentes da aterosclerose e trombose, que envolvem
ainda acometimento cardíaco, cerebral, renal e vascular periférico. O diagnóstico se dá pela constatação
de níveis acima da faixa de normalidade (120x80) mmHg quando da verificação da pressão arterial
determinada por metodologia adequada e em condições apropriadas. O tratamento médico consiste no
controle da dieta e na utilização de medicações anti-hipertensivas. O cirurgião dentista deve conhecer
sobre a hipertensão arterial e suas implicações para o tratamento odontológico, requerendo maior cuidado
com a escolha do anestésico, devido a sua concentração de vasoconstrictor. É recomendado o protocolo
de redução de ansiedade, com uso de ansiolíticos, o que vai reduzir o nível de catecolaminas circulantes.
O objetivo deste estudo é realizar revisão de literatura para nortear a prática clínica odontológica.
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MICROBIOTA BUCAL E OROFARÍNGEA DE PACIENTES NEUROLÓGICOS COM DIETA
ENTERAL – ANÁLISE MICROBIOLÓGICA E PROTOCOLO DE HIGIENE BUCAL PARA
PREVENÇÃO DE DOENÇAS SISTÊMICAS
Cunha-Correia AS*, França DCC, Pereira TS, Gaetti-Jardim Jr E, Aguiar SHCA
Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP
Distúrbios nutricionais são comuns em pacientes com deficiência neurológica. Este estudo teve como
objetivo analisar a microbiota bucal e orofaríngea de pacientes com distúrbios neurológicos e alimentação
enteral. Participaram do grupo sondados (GS) 9 pacientes com alimentação enteral por sonda de
gastrostomia ou sonda nasogástrica moradores do Hospital Neurológico Ritinha Prates de Araçatuba-SP,
e 6 pacientes moradores da Casa da Criança de Tupã, que apresentavam o mesmo quadro clínico. O
grupo controle (GC) foi composto de 15 pacientes com dieta normal. Foi realizada coleta de saliva,
biofilme supragengival, biofilme subgengival, secreção de mucosa (jugal, assoalho bucal e dorso lingual) e
secreção de orofaringe, que foram inoculados em ágar Sabouraud para isolamento de leveduras e em
ágar MacConkey, para isolamento de microrganismos entéricos. Um protocolo de higiene bucal foi
estabelecido para o GS, incluindo raspagem mensal, escovação dentária diária com creme dental para
controle de cálculo, e enxaguatório bucal a base de Digluconato de Clorexidina a 0,12% com Xilitol. Os
resultados da cultura bacteriana prévia ao protocolo apontaram alta incidência de microorganismos entéricos
(17%) e candida albicans (92%) no GS, indicando que um protocolo de saúde bucal específico para
pacientes neurológicos com dieta enteral faz-se necessário, a fim de reduzir o índice de mortalidade desta
população por distúrbios respiratórios, originados por microrganismos periodontopatógenos.
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AVALIAÇÃO DO RISCO CARDIOVASCULAR DE PACIENTES PORTADORES DE
DIABETES MELLITUS E DOENÇA PERIODONTAL. ESTUDO TRANSVERSAL.
Camargo LF*, Zuza EP, Toledo BEC, Pires JR
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb
O objetivo deste estudo clínico é avaliar a influência do diabetes mellitus e da doença periodontal no
aumento do risco às doenças cardiovasculares (DCVs). Para tanto, pacientes portadores de diabetes
mellitus foram avaliados quanto aos dados demográficos, pressão arterial, exames laboratoriais (colesterol
total, lipoproteína de alta densidade – HDL e baixa densidade – LDL, triglicérides, glicemia) segundo
escore de “Framingham”, e parâmetros periodontais (índice de placa visível - IP, índice de sangramento
gengival - ISG, Sangramento à Sondagem (SS), profundidade de sondagem - PS e nível de inserção
clínico – NIC). Dos 160 pacientes triados, apenas 52 foram incluídos no estudo, sendo que todos deveriam
ser portadores de diabetes mellitus do tipo 1 ou 2. Os resultados não revelaram diferenças estatisticamente
significativas dos pacientes portadores ou não de periodontites (p > 0,05). Verificou-se que os pacientes
diabéticos com periodontite apresentaram maiores porcentagens de ISG (50,3 ± 19,4), SS (52,1 ±
25,9), PS ³ 4 mm (25,3 ± 4,1) e NI ³ 4 mm (44,6 ± 16,7) quando comparados aos pacientes diabéticos
sem periodontites (p < 0,05). Diante dos achados pode-se concluir que quando a periodontite está presente
nos pacientes diabéticos, esta se apresenta com padrões clínicos mais exacerbados, sendo que o diabetes
quando não associada às periodontites, não ocasiona maiores complicações periodontais.
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CIÊNCIA E CULTURA - Revista Científica Multidisciplinar do Centro Universitário da FEB
v. 5, nº 2, Edição Especial Junho/2011-ISSN 1980 - 0029
PESQUISA DE Pseudomonas aeruginosa EM FONTES AMBIENTAIS DE UMA CLÍNICA
ODONTOLÓGICA NO MUNICÍPIO DE BARRETOS – SÃO PAULO
Ferreira FRL*, Rezende C; Miziara R, Marques SBS, Marques JHS, Francisqueti AL.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb
A Pseudomonas aeruginosa pode ser isolada de águas, do solo, de plantas, de esgotos e de ambientes
úmidos, vivendo como saprófita. Na comunidade, esta bactéria é inócua, sendo raramente um agente
patogênico. Entretanto, é reconhecida como um importante patógeno de pacientes imunodebilitados. A
umidade é um fator crítico para manutenção da P. aeruginosa em reservatórios odontológicos, tanto em
tubos de alimentação de água dos equipos como em superfícies inanimadas pela capacidade de formar
biofilme. O objetivo do presente estudo será avaliar a incidência de P. aeruginosa em fontes ambientais,
água e superfícies inanimadas, de uma clínica odontológica no município de Barretos – São Paulo. As
coletas serão realizadas em dias e horários aleatórios, em locais pré-determinados: água da cuspideira,
tubo de sucção descartável, refletor de luz, equipo e reservatório de água dos equipos. Coletar-se-á 100
ml de amostra de água em frascos estéreis do Kit Pseudomonasbac (PROBAC®), contendo meio seletivo
para identificação de Pseudomonas. As amostras de superfícies inanimadas serão realizadas por fricção
com swab estéril e cultivadas em ágar MacConkey com posterior identificação bioquímica. Avaliar a
incidência desta bactéria, correlacionando com as fontes ambientais mais freqüentes, é necessário para o
estabelecimento de um mecanismo efetivo para minimizar contaminação cruzada na prática odontológica.
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AVALIAÇÃO DO PERFIL DE SUSCETIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS DE
Pseudomonas aeruginosa ISOLADAS DE UMA CLÍNICA ODONTOLÓGICA NO
MUNICÍPIO DE BARRETOS – SÃO PAULO
Francisqueti AL*, Miziara RC, Rezende C; Marques SBS, Marques JHS, Ferreira FRL.
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb
A Pseudomonas aeruginosa é uma bactéria ubíqua e saprófita, que se desenvolve com facilidade em
materiais e equipamentos odontológicos, principalmente quando se apresenta componentes líquidos. Em
pacientes imunodebilitados, esta bactéria ocasiona importantes patologias, com elevados índices de
mortalidade. Relatos de redução da suscetibilidade da P. aeruginosa aos antimicrobianos vêm sendo
publicados no Brasil e em outros países. Infelizmente, com o uso abusivo e indiscriminado de
antimicrobianos, a incidência de P. aeruginosa multirresistente está aumentando e o tratamento clínico
destas infecções se torna um desafio para equipe de saúde. O objetivo do presente estudo será avaliar o
perfil de suscetibilidade de amostras de Pseudomonas aeruginosa isoladas de fontes ambientais, água e
superfícies inanimadas. Os testes de suscetibilidade aos antimicrobianos serão desenvolvidos através da
técnica de difusão em disco, utilizando discos de antimicrobianos para Gram negativos (DME®). Os
resultados serão comparados com valores fornecidos pelo fabricante e padronizados pelo CLSI (M100S20/2010). O aparecimento de amostras resistentes e multirresistentes no ambiente odontológico é um
problema de saúde pública em vista dos processos invasivos em que os pacientes são submetidos. Desta
maneira, pretende-se contribuir na reformulação de protocolos de tratamento e inibir o uso indiscriminado
de antimicrobianos.
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NÍVEIS DE ANTIOXIDANTES E BIOMARCADORES DE INJÚRIA OXIDATIVA NA
SALIVA DE PACIENTES COM SÍNDROME DE DOWN
Sousa MC*, Vieira RB, Santos DS, Camargo SEA, Mancini MNG, Oliveira LD.
Faculdade de Odontologia de São José dos Campos “Júlio Mesquita Filho” - UNESP
Foi objetivo dessa pesquisa investigar a influência da síndrome de Down no sistema antioxidante enzimático
e não enzimático através da determinação das atividades da peroxidase e superóxido dismutase, da
concentração de ácido úrico, vitamina C e da capacidade antioxidante total na saliva mista de pacientes
portadores da síndrome. Além disso, a injúria oxidativa foi avaliada por meio da determinação dos níveis
salivares de malondialdeído (MDA) e de proteínas carboniladas, respectivamente, biomarcadores de
danos oxidativos de lipídios e proteínas presentes na cavidade bucal. Foram coletadas
amostras salivares de 30 pacientes com SD e 30 pacientes controle, com idades entre 14 e 24 anos. As
amostras foram centrifugadas e submetidas às análises. Os resultados demonstraram aumento significativo
na atividade da SOD, nos níveis de malondialdeído e proteína total na saliva dos pacientes com SD em
relação ao controle (p<0,05); não houve diferença significante em relação às proteínas carboniladas
(p>0,05), ácido úrico, vitamina C, peroxidase e capacidade antioxidante total nos pacientes SD em
comparação ao controle (p>0,05). Assim, pode-se concluir que os pacientes com SD apresentaram
vulnerabilidade ao estresse oxidativo em saliva, com aumento significativo de malondialdeido, e que,
apesar de demonstrarem presença de antioxidantes semelhantes ao controle, houve maior peroxidação
lipídica provavelmente devido à maior atividade da enzima SOD na saliva.
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EFETIVIDADE DE UM RECURSO ÁUDIO-VISUAL EM SAÚDE BUCAL PARA
CUIDADORES DE PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS
Neto RS, Martins AT, Santos FS, Scanavinno FLF, Novo POF
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb
O presente estudo tem como objetivo verificar a efetividade de um material áudio-visual educativo em
Saúde Bucal para a orientação e motivação de cuidadores de pessoas com comprometimento neuropsicomotor.Para isso, foram avaliados 78 pacientes com deficiência mental e seus respectivos cuidadores, Foi
avaliado o índice de placa visíval e sangramento gengival dos pacientes nos períodos inicial, 15,30, 60 e
90 dias após uma única exibição do recurso áudio-visual e/ou orientação de higiene de acordo com os
grupos do estudo. Os resultados demonstraram redução estatisticamente significante do
Índice de Placa Visível por até 60 dias e do Índice de Sangramento Gengival por até 30 dias. Os dados
sugerem que o recurso áudio-visual utilizado é efetivo como programa preventivo em odontologia para
cuidadores de pacientes com comprometimento neuro-psico-motor.
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