1 FACULDADES UNIFICADAS DE FOZ DO IGUAÇU CURSO: ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM COMÉRCIO EXTERIOR FATORES QUE INFLUENCIAM NA COMPRA DE UM VEÍCULO PEUGEOT NA CONCESSIONÁRIA CHANSON VEÍCULOS DE FOZ DO IGUAÇU VERA LÚCIA OLIVEIRA DO AMARAL FOZ DO IGUAÇU 2009 2 VERA LUCIA OLIVEIRA DO AMARAL FATORES QUE INFLUENCIAM NA COMPRA DE UM VEÍCULO PEUGEOT NA CONCESSIONÁRIA CHANSON VEÍCULOS DE FOZ DO IGUAÇU Trabalho de Conclusão de curso apresentado ao Curso de Administração das Faculdades Unificadas de Foz do Iguaçu, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração, sob a orientação do Prof. MS Gilson Honorato. FOZ DO IGUAÇU 2009 3 Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida, pela sabedoria e discernimento para compreender o que é certo e errado, que desde do momento da minha concepção me acompanha e me protege. Ao meu marido Valmir que sempre me deu apoio quando necessário e foi meu grande amigo nas horas mais importantes da minha vida. Ao professor Gilson Honorato que teve paciência e foi o grande colaborador para conclusão deste trabalho. A empresa Chanson Veículos e todos os seus colaboradores, especialmente ao gerente Fábio Lisboa que abriu as portas da empresa para que eu pudesse desenvolver esse projeto com tranquilidade e transparência . Ao todos que de alguma forma contribuíram para o sucesso deste trabalho, os meus mais sinceros agradecimentos. 4 “Eu não me envergonho de corrigir e mudar as minhas opiniões, porque não me envergonho de raciocinar e aprender”. ( Alexandre Herculano ) 5 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Sexo............................................................................................................49 Tabela 2: Escolaridade...............................................................................................50 Tabela 3: Renda Salarial............................................................................................50 Tabela 4: Faixa Etária ................................................................................................50 Tabela 5: Qualidade no Atendimento.........................................................................51 Tabela 6: Qualidade e Confiabilidade na Marca.........................................................51 Tabela 7: Qualificação Profissional.............................................................................52 Tabela 8: Preço...........................................................................................................53 Tabela 9: Promoções e Facilidades de Pagamentos.................................................53 Tabela 10: Motivos que Influenciaram na compra......................................................54 Tabela 11: Relação ás Instalações,Ambiente, Limpeza e a Localização da Loja......55 Tabela 12: Sobre o Conhecimento do Produto e Atendimento do Consultor Comercial...................................................................................................................56 Tabela 13: Fontes de Informações que Motivou a Compra de um Veículo Peugeot......................................................................................................................57 Tabela 14: Você Indicaria a Concessionária Chanson a um Amigo...........................57 6 LISTAS DE FIGURAS Figura 1: Fachada da Empresa Chanson..................................................................15 Figura 2: Logo Chanson Veículos..............................................................................16 Figura 3: Organograma Chanson Veículos................................................................16 Figura 4: Classificação de Porte de Empresa............................................................17 Figura 5: Contraste entre vendas e Marketing...........................................................24 Figura 6: Principais Tipos de Marketing.....................................................................25 Figura 7: Formas de Segmentação............................................................................27 Figura 8: Formas de Estímulos e Respostas.............................................................29 Figura 9: Características das Subculturas..................................................................30 Figura 10: Grupos Primários e Secundários..............................................................32 Figura 11: Os Estágios do Ciclo da Vida....................................................................33 Figura 12: Pirâmide de Maslow..................................................................................34 Figura 13: Tipos de Percepção...................................................................................36 Figura 14: Das Influências Situacionais.....................................................................38 Figura 15: Os Compostos de Marketing.....................................................................39 Figura 16: Os Cinco Estágios do Processo de Compra.............................................40 7 SUMÁRIO I RESUMO ................................................................................................................09 II INTRODUÇÃO .......................................................................................................10 III JUSTIFICATIVA......................................................................................................11 IV PROBLEMA...........................................................................................................12 V OBJETIVOS............................................................................................................13 5.1 OBJETIVO GERAL...............................................................................................13 5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................13 VI APRESENTAÇÃO DA EMPRESA........................................................................14 6.1DADOS GERAIS ..................................................................................................14 6.2HISTÓRICO...........................................................................................................15 6.3 LOGOMARCA......................................................................................................16 6.4 ORGANOGRAMA................................................................................................16 6.5 PORTE.................................................................................................................17 6.6 PRODUTOS E SERVIÇOS..................................................................................17 VII FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................19 7.1 ADMINISTRAÇÃO................................................................................................19 7.1.2 Histórico da Administração................................................................................21 7.2MARKETING....................... .................................................................................23 7.2.2 Segmentação de Mercado................................................................................25 7.3 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR............................................................27 7.3.1 Fatores que Influenciam o Comportamento do Consumidor.............................28 7.4 INFLUÊNCIAS INTERPESSOAIS........................................................................29 7.4.1 Cultura...............................................................................................................29 7.4.2 Subcultura.........................................................................................................30 7.4.3 Classes Sociais.................................................................................................30 7.4.4 Grupos de Referências......................................................................................31 7.4.5 Família...............................................................................................................32 7.5 INFLUÊNCIAS INTRAPESSOAIS........................................................................33 8 7.5.1 Motivação..........................................................................................................33 7.5.2 Percepção.........................................................................................................35 7.5.3 Aprendizagem....................................................................................................36 7.5.4 Atitude................................................................................................................36 7.5.5 Personalidade....................................................................................................37 7.5.6 Estilo de Vida....................................................................................................37 7.5.7Autoconceito.......................................................................................................37 7.6 INFLUÊNCIAS SITUACIONAIS...........................................................................38 7.7 INFLUÊNCIAS DE MARKETING.........................................................................38 7.8 O PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA.......................................................39 7.9 MARKETING DE RELACIONAMENTO...............................................................40 7.9.1 Desenvolvimento de um Programa de Marketing de Relacionamento.............42 7.9.2 A Marca como fator de relacionamento com o cliente.......................................43 7.3.2.1 Preferência pela Marca..................................................................................44 7.3.3 O Processo de Fidelização e a Retenção de Cliente........................................44 VIII METODOLOGIA .................................................................................................46 8.1 MÉTODO DE PESQUISA ....................................................................................46 8.2 TIPO DE PESQUISA ...........................................................................................46 8.3 POPULAÇÃO-ALVO E AMOSTRA.......................................................................47 8.4 INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA COLETA DE DADOS..................................48 8.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS.............................................................................48 IX APRESENTAÇÃO DA PESQUISA DE CAMPO...................................................49 X CONCLUSÕES E SUGESTÕES DE ESTUDOS FUTUROS.................................58 XI REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................61 ANEXO1.....................................................................................................................65 ANEXO 2 ...................................................................................................................67 . 9 I RESUMO Em tempos antigos as empresas apenas se preocupavam em obter lucro e produzir cada vez mais, não pensando de nenhuma forma no cliente, até que surgiu às novas tecnologias e com ela também surgiu à concorrência, neste momento surgiu à necessidade de buscar um diferencial estratégico para que a empresa conseguisse se manter neste mercado, conhecer o comportamento do consumidor e suas influências é fundamental para o administrador elaborar estratégias e planos para atingir esse nicho do mercado. Este trabalho apresenta e define os fatores que influenciam diretamente no comportamento do consumidor, sendo elas: interpessoais, intrapessoais, situacionais e de marketing. Além da fundamentação teórica explica a importância em se compreender casa tipo de influência, foi desenvolvido um questionário, buscando identificar os fatores que influenciam na compra de um veículo Peugeot na Concessionária Chanson. 10 II INTRODUÇÃO Vive-se em uma época totalmente instável, na qual as mudanças fazem parte do cotidiano das pessoas, e, vê-se que não mais é admitido empresas engessadas, cheias de normas e procedimentos que devem ser seguidos ao pé da letra. Com o mercado globalizado e constantemente em mudanças e inovações, as empresas do setor automobilístico estão se conscientizando da importância de conquistar novos clientes e principalmente fidelizar os atuais na sua marca, e com este intuito as organizações devem desenvolver técnicas e ações direcionadas aos clientes, para compreender e atender às suas necessidades e principalmente alcançar a sua meta primordial que é a satisfação de seus clientes em relação a sua marca. É clara a necessidade de que as empresas estejam sempre analisando o ambiente externo, CHURCHILL (2003, p.26) traz uma definição sobre análise ambiental que segundo ele “é a prática de rastrear as mudanças no ambiente que possam afetar uma organização e seus mercados”. É evidente que não basta apenas analisar o ambiente a empresa deve se tornar mais flexível para acompanhar e se adaptar a todas essas transformações que acontecem neste ambiente. As empresas tiveram que adaptar-se às novas exigências dos consumidores para assim conseguir manterem-se no mercado, pois com o processo evolutivo do mercado, produtos e serviços passaram a ser vendidos e não comprados pelo consumidor, exigindo por parte das empresas conhecimento dos desejos e necessidades de seus clientes. Neste contexto, o setor automobilístico não é uma exceção, o mercado brasileiro de automóveis teve uma grande evolução, nos últimos dez anos, visto que as vendas dobraram e o setor cresceu quatro vezes mais. Os principais fatores desse crescimento são creditados à entrada de novas marcas e montadoras, o amadurecimento do consumidor e a melhora no poder aquisitivo da população, tornando o mercado de automóvel muito competitivo e agressivo. 11 III JUSTIFICATIVA Atualmente, o nível de exigência dos consumidores quanto à qualidade e o nível de serviço oferecido pelas empresas têm crescido de forma impressionante, um dos principais motivos dessa mudança é o crescimento da concorrência, onde os consumidores acabam tendo mais opções, e conseqüentemente acontece um aumento na disputa entre as empresas para conquistar um espaço no consumo dos mesmos. Para que se consiga conquistar este espaço é preciso primeiramente conhecer quem são estes clientes e quais as suas principais características, para posteriormente conseguir satisfazer suas necessidades, e conseqüentemente fidelizá-los. O mercado automobilístico está constantemente em evolução, novas marcas e novas tecnologias estão surgindo, percebe-se a necessidade de constante inovação da para se manter no mercado globalizado, é necessário o estudo, análise e compreensão do comportamento do consumidor para que as organizações tenham ferramentas disponíveis para atender as expectativas dos seus clientes em potencial. O tema foi escolhido devido á disponibilidade de informações e acessibilidade para a realização do trabalho, tendo em vista que a autora é funcionária da organização supramencionada. Neste sentido, a execução deste trabalho possibilitou que a autora aplicasse de forma efetiva os conhecimentos adquiridos durante o curso. Os resultados obtidos através deste estudo podem contribuir para a organização de forma que ela poderá elaborar métodos para melhorar seu nível de satisfação, conquistar novos clientes e fidelizar os já existentes, sendo que estes mesmos métodos poderão também ser utilizados pelas demais filiais. 12 IV PROBLEMA Para SAMARA (1997, p.11), a definição do problema é o primeiro e mais importante passo do projeto de pesquisa. Para que a definição do problema seja bem elaborada, o pesquisador deve ter em mente algumas indagações básicas tais como: Por que a pesquisa deve ser realizada? Quais as decisões devem ser tomadas a partir dos resultados da pesquisa? Quais as possíveis respostas a serem obtidas para os problemas ou oportunidades definidas? Analisando-se a proposta sob essa perspectiva, a principal questão que surge e que será o objeto desta pesquisa é: Quais são os fatores que influenciam na compra de um veículo Peugeot na Concessionária Chanson Veículos de Foz do Iguaçu? 13 V OBJETIVO GERAL E ESPECÍFICOS 5.1 OBJETIVO GERAL - Analisar os fatores que influenciam na compra de um veículo Peugeot, na Concessionária Chanson Veículos de Foz do Iguaçu. 5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Identificar os fatores que influenciam os consumidores no momento decisivo da compra de um veículo da marca Peugeot; - Propor estratégias e ações para fidelizar clientes da marca. 14 VI APRESENTAÇÃO DA EMPRESA Neste tópico serão abordadas as principais informações referentes à empresa. 6.1 DADOS GERAIS RAZÃO SOCIAL: Chanson Veículos Ltda. FANTASIA: Chanson Veículos (Concessionária Peugeot) CNPJ: 03.326.331/0003-76 INSC. EST: 904.63271-68 ENDEREÇO: Avenida Juscelino Kubitschek, 1578 – Centro. CEP: 85864-000 - Foz do Iguaçu – Paraná. TELEFONE: (45)3521-7000 TELE FAX: (45)3521-7009 WEBSITE: (www.chansonveiculos.com.br) RAMO DE ATIVIDADE: Comércio a Varejo de Automóveis novos e usados, Peças e Acessórios, Serviços de Manutenção e Reparação Mecânica de Veículos Automotores. SÓCIOS PROPRIETÁRIOS: Alexandre Frare e André Frare. 6.2 HISTÓRICO A Concessionária Chanson Veículos de Foz do Iguaçu foi inaugurada no dia 08 de maio de 2008, localizada na Av: Juscelino Kubitschek nº1578 no centro da cidade, em uma avenida que atravessa a cidade de ponta a ponta, que liga os principais pontos turísticos, os principais hotéis da cidade, o Aeroporto e os acessos aos países vizinhos Paraguai e Argentina. Construída dentro dos Padrões Peugeot, em uma área de 4000m2, tendo 1545m2 de área construída. Construção esta, que cumpre a risca a legislação ambiental quanto à eliminação de efluentes; aproveita água da chuva para utilização em lavagem dos veículos, foi pavimentada toda com PAVER, que facilita a absorção 15 da água das chuvas. A Concessionária comercializa veículos novos da gama Peugeot e assistência técnica e conta também com o departamento de peças e serviços. A revenda dispõe de um espaço pleno, dividido entre as seções administrativas, “Show-room” de veículos novos e semi-novos, “La Boutique”, que comercializa itens licenciados de produtos Peugeot. A Chanson se consolida como uma das fortes empresas de Foz do Iguaçu e região, gerando, entre outros benefícios, empregos e impostos. Para se ter uma idéia, a empresa movimenta mensalmente a venda de aproximadamente trinta veículos novos e dez semi-novos, atende em média cinco unidades diárias no departamento de assistência técnica de veículos, o faturamento de peças ultrapassa R$ 70.000,00 mensais, conta atualmente com um quadro de dezoito funcionários diretos. Figura 1: Fachada da Empresa Chanson Nota: fotografia tirada 10/09/2008 16 6.3 LOGOMARCA Chanson Veículos é representada pela logomarca a seguir: Figura 2: Logo Chanson Veículos Fonte: Arquivos da empresa 6.4 ORGANOGRAMA Figura 3: Organograma Chanson Veículos ORGANOGRAMA CHANSON FOZ DO IGUAÇU Cidnei Vaz Diretor Alairton Bregolin Gerente Geral Dayane Vieira Resp. Qualidade Fabio Lisboa Gerente de Vendas Cassiano Berlinck Consultor Comercial Mônica de Oliveira Faturamento Marco Aurélio Consultor de Serviços Paulo Cesar Tonin Conselheiro Técnico Elenir Pereira Vendedor de Peças Edson L. Rodrigues Consultor Comercial Vera L. Do Amaral Financeiro e Caixa Leonardo Guedes Garantista Raul Silva Mecânico Rodrigo Roberts Auxiliar de Peças Edson Pires Avaliador Marcos Duarte Mecânico Marisa Bertoldi Consultor Comercial Julio Alvarez Lavador de Veículos Nota: Organograma cedido pela empresa. 17 6.5 PORTE Existem diversas maneiras de se classificar o porte de uma empresa. Nesse trabalho utilizam-se a classificação adotada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) que pode ser aplicada tanto para a indústria, comércio e serviços; conforme apresentado no quadro a seguir. Figura 4: Classificação de Porte de Empresa Porte de Empresa Microempres Receita operacional bruta anual ou anualizada até R$ 1.200 mil as Pequenas (um milhão e duzentos mil reais). Receita operacional bruta anual ou anualizada superior a R$ empresas 1.200 mil (um milhão e duzentos mil reais) e inferior ou igual a R$ Médias 10.500 mil (dez milhões e quinhentos mil reais). Receita operacional bruta anual ou anualizada superior a R$ empresas 10.500 mil (dez milhões e quinhentos mil reais) e inferior ou igual a R$ Grandes 60 milhões (sessenta milhões). Receita operacional bruta anual ou anualizada superior a R$ 60 empresas milhões (sessenta milhões). Fonte: BNDES adaptado pela autora Quando a empresa for controlada por outra empresa ou pertencer a um grupo econômico, a classificação do porte se dará considerando-se a receita operacional consolidada. Sendo assim pela classificação adotada pelo BNDES a Chanson Veículos se classifica como grande empresa por ter receita anual superior a R$ 60 milhões (sessenta milhões de reais), considerando-se a receita operacional das três unidades. 6.6 PRODUTOS E SERVIÇOS A Chanson Veículos comercializa veículos a varejo de automóveis novos e usados, peças e acessórios, serviços de manutenção e reparação Mecânica de veículos automotores, todos da gama Peugeot. A empresa possui também o serviço de financiamentos em parceria com 18 diversas financeiras que atuam no setor automotivo, entre elas: BV Financeira, HSBC, FINASA, Itaú, Banco PSA e Aymoré. Conta também com serviço de consignação, onde um cliente quer tiver interesse de vender seu veículo pode deixálo no estoque da loja, pagando uma comissão no ato da venda. 19 VII FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Para ROECH (2007, p. 105) “a revisão da literatura permite entre outros propósitos levantar soluções alternativas para tratar de uma problemática”. Esse capítulo engloba os conceitos teóricos sobre o comportamento do consumidor e os principais fatores que influenciam no processo de decisão de compra. 7.1 ADMINISTRAÇÃO Segundo RAYMUNDO (1992, p. 9) “quase tudo é Administração”. Para BATEMAN E SNELL (1998, p. 27) “Administração é o processo de trabalhar com pessoas e recursos para realizar objetivos organizacionais”, CHIAVENATO (2003, p. 11) complementa essa definição dizendo que “a administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos organizacionais”. Quando RAYMUNDO (1992, p. 9) sugere sua frase “quase tudo é Administração”, isso leva ao raciocínio do quanto à administração esta inserida na vida nas vidas das pessoas. Em todas as áreas é possível se utilizar da administração: na vida profissional, na vida acadêmica, nas finanças pessoais e em todos os demais campos onde se possa: planejar, organizar, dirigir e controlar para se atingir um objetivo. E é a respeito das tradicionais funções da administração que será abordada na próxima parte desse trabalho. A administração é pertinente a todo o tipo de empreendimento humano que reúne, em uma única organização, pessoas com diferentes saberes e habilidades, sejam vinculadas às instituições com fins lucrativos ou não. A administração precisa ser aplicada aos sindicatos, às igrejas, às universidades, aos clubes, agências de serviço social, tanto como nas empresas, sendo responsável pelos seus desempenhos. Assim, a administração é o órgão da instituição que, como tal, só pode ser descrito e definido por sua função e contribuição, devendo cumprir as seguintes tarefas: atingir a finalidade e a missão específicas da instituição, seja uma empresa comercial, hospital ou uma universidade; 20 tornar o trabalho produtivo e transformar o trabalhador em realizador; administrar os impactos sociais e as responsabilidades sociais. O administrador é responsável pelas principais decisões dentro da organização sendo que através de suas funções busca levar a organização ao encontro de seus objetivos, o mesmo pode atuar em qualquer tipo de organização. Temos a seguir o detalhamento das suas funções básicas segundo ANDRADE E AMBONI (2007, p.5): Planejar. Diz respeito às implicações das decisões tomadas hoje para um futuro próximo. Organizar. Compreende a distribuição do poder, das tarefas, das responsabilidades e da prestação de contas. A organização também expressa a distribuição otimizada dos recursos em uma empresa. Dirigir. Envolve os estilos de liderança e de direção utilizados pelos gestores para motivar as pessoas a atingir os objetivos propostos e proporcionar o sentido de missão. Controlar. Demonstrar a compatibilidade entre objetivos esperados e resultados alcançados. O produto principal da função controle é a informação. O administrador é uma peça fundamental para o sucesso da organização na qual faz parte, podendo atuar no nível estratégico, tático ou operacional, onde dependendo do nível será exigido um papel e habilidades diferentes. Quanto mais alto o nível, maiores são as necessidades de decisões complexas. Abaixo temos as definições de cada um destes níveis segundo ANDRADE e AMBONI (2007, p.6): O nível estratégico de uma organização (representado pelo presidente) corresponde ao nível de cúpula da empresa. Neste nível, o administrador tem de pensar muito mais a empresa em vez de executar... O nível tático de uma organização é representado pela gerência. É responsável pela articulação do que é feito em cada subsistema da empresa... O nível operacional é formado pelo ‘chão de fábrica’(representado pelo supervisor). É o nível responsável pela execução e realização e realização das tarefas e atividades cotidianas... A administração surgiu com a principal finalidade de fazer as coisas certas e de forma correta dentro das organizações, “está relacionada com a forma de fazer o trabalho melhor, mais fácil e mais bem sucedido”. (CHIAVENATO, 1999, p. 4). Para o mesmo autor (1999, p.6) “a administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso dos recursos organizacionais para alcançar 21 determinados objetivos de maneira eficiente e eficaz”. Segundo CHIAVENATO (1999, p.6) “a eficiência significa fazer as coisas bem e corretamente... A eficácia relaciona-se com os fins e propósitos”. Segundo o mesmo autor o ideal é ser ao mesmo tempo eficaz e eficiente, podendo isto ser considerado excelência. 7.1.2 Histórico da Administração A partir da revolução industrial, várias visões de gestão empresarial surgiram. Essas diferentes abordagens recebem o nome de TGA (Teoria Geral da Administração), a qual maioria das escolas de administração mantém com o mesmo nome disciplina em seus currículos. Segundo RAYMUNDO (1992, p. 17) “essas visões da gestão empresarial acabaram se tornando conhecidas como abordagens da Administração e obedecem, mais ou menos, a uma ordem cronológica”. CHIAVENATO (1999, p. 32) vai mais longe ao dizer que há 5000 a.C. os sumérios já utilizavam registros escritos a respeito das suas atividades comerciais e governamentais. O autor deste trabalho concorda com estes autores mais também concorda que foi através da Revolução Industrial com o advento da máquina á vapor em fins do século XVIII que a administração tomou um maior impulso. A Inglaterra foi o país pioneiro na questão da industrialização. Com as novas técnicas de cultivo da agricultura os trabalhadores rurais deste país acabam se transformando em mão-de-obra urbana. Segundo ANDRADE e AMBONI (2007, p. 46) a revolução industrial passou por quatro fases, a seguir uma explanação de cada uma destas fases segundo o mesmo autor: Fase 1. Mecanização da indústria e da agricultura – a máquina substitui o trabalho do homem e a força motriz muscular do homem. Fase 2. Aplicação da força motriz à indústria – transformação das oficinas em fábricas. Fase 3. Desenvolvimento do sistema fabril – o artesão desaparece para dar lugar ao operário de fábrica baseadas na divisão do trabalho. Fase 4. Aceleramento dos transportes e das comunicações – invenção do telégrafo elétrico, selo postal. Ao final desse período, o mundo já não era mais o mesmo. E a moderna administração surgiu em resposta a duas conseqüências provocadas pela Revolução Industrial, a saber: 22 a) Crescimento acelerado e desorganizado das empresas que passaram a exigir uma administração científica capaz de substituir o empirismo e a improvisação b) Necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas, para fazer face à intensa concorrência e competição no mercado. A moderna administração surgiu quando dois engenheiros publicaram suas experiências, um Frederick Winslow Taylor (1856-1915) que desenvolveu a chamada Escola da Administração Científica, com a preocupação de aumentar a eficiência da indústria por meio da racionalização do trabalho dos operários. O outro engenheiro era Henri Fayol (1841-1925) que veio a desenvolver a chamada Escola Clássica da Administração, com a preocupação de aumentar a eficiência da empresa por meio de sua organização e da aplicação de princípios gerais da administração. Embora esses precursores da administração jamais se tenham comunicado entre si e seus pontos de vista sejam diferentes, até mesmo opostos, o certo é que suas idéias se complementam, razão pela qual suas teorias dominaram as cinco primeiras décadas deste século no panorama da administração das empresas. A partir desses dois pioneiros, a história da administração moderna pode ser assim resumida: a) Teoria da Administração Científica: Preocupavam-se principalmente com a organização das tarefas. b) Teoria Clássica da Administração: desenvolvidas por seguidores de Fayol. Preocupava-se principalmente com a estrutura organizacional da empresa, com a departamentalização e com o processo administrativo. Recentemente, a Escola Clássica reapareceu com Peter Drucker e a chamada Escola Neoclássica, preocupada com a administração por objetivos. c) Teoria das Relações Humanas: desenvolvida a partir de 1940, nos Estados Unidos. Preocupada principalmente com as pessoas, com os grupos sociais e com a organização informal. Mais recentemente, esta escola ressurgiu com novas idéias, com o nome de Teoria do Comportamento Organizacional, preocupada mais com o comportamento global da empresa do que propriamente com o comportamento de pessoas ou de grupos sociais tomados isoladamente. d) Teoria Estruturalista: desenvolvida a partir de 1950. Preocupada em integrar todas as teorias das diferentes escolas acima e numeradas. A Escola 23 Estruturalista teve início com a teoria da burocracia com Max Weber. e) Teoria de Sistemas: desenvolvida a partir de 1970. Passou a abordar a empresa como um sistema aberto em contínua interação com o meio ambiente que o envolve. f) Teoria da Contingência: desenvolvida no final da década de 70, sob a influência da Teoria de Sistemas. Para essa teoria, a empresa e a sua administração são variáveis dependentes do que ocorre no ambiente externo, isto é, à medida que o meio-ambiente muda, também ocorre mudanças na empresa e na sua administração como conseqüência. Isto significa que na administração tudo é relativo e nada é absoluto. 7.2 MARKETING Segundo DIAS (2003, p.2) “Marketing é uma palavra em inglês derivada de market, que significa mercado”. Segundo o mesmo autor o termo é utilizado para expressar a ação voltada para o mercado. Assim, entende-se que a empresa que pratica o marketing tem o mercado como a razão e o foco de suas ações. Para MAXIMIANO (2007, p.30) “o objetivo básico da função de marketing é estabelecer e manter a ligação entre a organização e seus clientes, consumidores, usuários ou público-alvo”. MAXIMIANO (2007, p.30) nos traz de uma maneira mais ampla as atividades do marketing: Pesquisa: identificação de interesses, necessidades e tendências do mercado. Desenvolvimento de produtos: criação de produtos e serviços, inclusive seus nomes, marcas e preços, e fornecimento de informações para o desenvolvimento de produtos em laboratórios e oficinas. Distribuição: desenvolvimento dos canais de distribuição e gestão dos pontos de venda. Preço: determinação das políticas comerciais e estratégias de preço no mercado. Promoção: Comunicação com o público-alvo, por meio de atividades como propaganda, publicidade e promoção nos pontos de venda. Vendas: Criação de transações com o público-alvo. (Em algumas organizações, vendas é uma função separada de marketing). Segundo CHURCHILL (2003, p.50) “um bom marketing é a arte de encontrar, desenvolver e lucrar a partir de oportunidades. Uma oportunidade de 24 marketing existe quando a empresa pode lucrar ao atender as necessidades dos consumidores de determinado segmento”. “Marketing é o processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de idéias, produtos e serviços a fim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais”, (American Marketing Association apud CHURCHILL, 2003, p. 4). Figura 5: Contraste entre vendas e marketing PONTO DE FOCO VENDAS MEIO OBJETIVO Vendas Lucros E Promoções Decorrentes PARTIDA Fábrica Produtos do Volume de Vendas PONTO DE PARTIDA Mercado-alvo FOCO MARKETING MEIO Necessidades Do OBJETIVO Marketing Lucros Integrado Decorrentes Consumidor da Satisfação do Cliente Fonte: HONORATO (2004, p. 10) O quadro a anterior aborda as diferenças entre marketing e vendas. Para KOTLER (1999) marketing não pode ser o mesmo que vender porque começa bem antes da empresa ter o produto e continua por toda sua vida. Os principais autores de marketing defendem que o Marketing não cria necessidades, ele tem a função de identificar as necessidades para que as mesmas sejam satisfeitas de forma adequada. Existe uma grande diferença entre uma necessidade e um desejo, e é importante que esta diferença seja entendida de forma clara. Segundo CHURCHILL (2003) a necessidade é uma satisfação básica que esta por algum motivo sendo privada, enquanto o desejo é algo que se deseja satisfazer, sendo que o objeto de desejo não visa atender uma necessidade básica. 25 Existem diferentes tipos de se utilizar o marketing, CHURCHILL (2003, p.5) nos trás os principais tipos de marketing: Figura 6: Principais tipos de marketing. TIPO DESCRIÇÃO - Produto Marketing destinado a criar trocas para produtos tangíveis Serviço Marketing destinado a criar trocas para produtos intangíveis Pessoa Marketing destinado a criar ações favoráveis em relação a pessoa Lugar Marketing destinado a atrair pessoas para lugares - Causa Marketing destinado a criar apoio para idéias e questões ou a levar as pessoas a mudar comportamentos socialmente indesejáveis - Organização Marketing destinado a atrair doadores, membros, participantes ou voluntários. Nota: Adaptado de CHURCHILL (2003, p.5). 7.2.2 Segmentação de Mercado Segundo KOTLER (1999, p.39) “são empresas que projetam seus produtos/ serviços para um ou mais segmentos específicos em vez de para todo o mercado”. Ainda segundo KOTLER (1999, p.41) “a segmentação de mercado fundamenta-se 26 na idéia de que todo mercado consistia de grupos (segmentos) de clientes com necessidades e anseios um tanto diferente”. Ainda segundo os mercados podem ser divididos em vários segmentos amplos, temos a segmentação por beneficio, demográfica, por ocasião, por nível de utilização e a por estilo de vida. Claro que existem empresas de sucesso que atuam no mercado com o marketing de massa, onde a empresa oferece um produto ou serviço padrão para todo o mercado, um exemplo prático é o utilizado pela Coca-Cola Company. Uma pesquisa de marketing é capaz de revelar vários segmentos, a empresa deve decidir em quais dos segmentos atuará com uma maior ênfase. A empresa deve comparar suas competências com as exigidas para o sucesso em cada um dos segmentos, segundo KOTLER (1999), quando isto ocorre “ela pode selecionar com mais sabedoria os segmentos-alvo”. Existe ainda uma decomposição ainda maior, podendo os segmentos ser divididos em nichos de mercado que segundo KOTLER (1999, p.43) são “conjuntos menores de clientes que definiram mais claramente suas necessidades e combinações das mesmas”. Em princípio, parece uma tarefa fácil segmentar um mercado, mas na realidade existem muitas dificuldades. A empresa deve pensar sempre numa forma de atuar no mercado. Ao pensarmos em mercado, necessitamos antes de tudo traçar uma definição do que vêm a ser estes mercados. A empresa conseguirá vender seus produtos aos consumidores se existem alguns requisitos básicos: 1) Deve existir alguma pessoa com necessidade que seja satisfeita com a compra do produto; 2)pessoa deve ter o poder aquisitivo para comprar o produto, e; 3)Condições para efetuar a compra. Os profissionais de Marketing devem encontrar a melhor maneira de segmentar o mercado e a forma de visualizar a estrutura do mesmo. As formas de segmentar, vão depender muito do tipo de produto comercializado e das exigências do mercado. Existem incontáveis maneiras para segmentar um determinado mercado, sobretudo se a empresa cogita combinar diversas formas. Abaixo são apresentadas algumas das formas de segmentação do mercado: 27 Figura 7: Formas de segmentação. É o processo de identificar segmentos de mercado com base nas características da Segmentação demográfica população; faixa etária, sexo, tamanho das famílias, estado civil, numero de domicílios, nacionalidade, religião, raça, etc. É o processo de identificar segmentos de mercado com base nas características Segmentação socioeconômica sociais e econômicas da população, como renda, posse de bens, escolaridade, classe social e ocupação profissional. É o processo de identificar segmentos Segmentação geográfica de mercado com base em critérios geográficos, como localização e densidade populacional. É o processo de identificar segmentos Segmentação por benefícios de mercado com base nos benefícios procurados pelos clientes. É o processo de identificar segmentos Segmentação por grau de de mercado com base no nível de consumo. utilização É o processo de identificar segmentos de mercado com base no modo como às Segmentação Psicográfica pessoas pensam (auto-conceito, personalidade e valores) e levam suas vidas (estilo de vida, atividades, interesses e opiniões). Nota: Adaptado pela autora baseado em DIAS (2003) 7.3 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Mas afinal de contas o que é um consumidor? “Ser consumidor é ser humano. Ser consumidor é alimentar-se, vestir-se, 28 diverti se... é viver” (KARSAKLIAN, 2000, p.11). Para GADE (1980, p.2) “O consumidor é o destinatário dos produtos que as empresas industriais e agricultura produzem e o comércio distribui”. De acordo com MOWEN e MINOR (2003, p.3) “o comportamento do consumidor é definido como o estudo das unidades compradoras e dos processos de troca envolvidos na aquisição, no consumo e na disposição de mercadorias, serviços, experiências e idéias”. “Para criar valor para os consumidores e lucros para suas organizações, os profissionais de marketing precisam entender por que os consumidores compram certos produtos e não outros”, (CHURCHILL, 2003, p.146), ou seja, cada indivíduo possui suas particularidades, são diferentes umas das outras o que os torna seres misteriosos e mais do que nunca as empresas estão cientes que sua sobrevivência depende essencialmente de compreender e satisfazer as suas necessidades . O consumidor é o grande personagem das organizações, cujos desejos e anseios são sempre uma ordem, pois é do bolso do consumidor que sai os recursos para manter as organizações e faz com que o processo da economia não desacelere. O ser humano tem necessidades e desejos de consumo, que se opõem as suas possibilidades e limitações para satisfazê-los, pois não podemos adquirir e consumir todos os bens como desejamos, somos obrigados a fazer escolhas dentro dos nossos limites. Para MOWEN e MINOR (2003, p.3): As trocas ocorrem entre consumidores e empresas e também entre duas empresas, como em situações de compra industrial. O mesmo autor também acrescenta dizendo que as trocas também ocorrem entre os próprios consumidores, como, por exemplo, quando um vizinho pede emprestados uma xícara de açúcar ou um cortador de grama. 7.3.1 Fatores que Influenciam o Comportamento do Consumidor Na maioria das vezes os profissionais de marketing não podem controlar esses fatores, mas os mesmos precisam ser levados em consideração. Para 29 KOTLER (2000, p.183) “O comportamento de compra do consumidor é influenciado por fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos”. Segundo KOTLER (2000, p. 182) “O ponto de partida para compreender o comportamento do consumidor é o modelo de estímulos e respostas”. Figura 8: Formas de estímulos e respostas Estímulos de Outros Estímulos Marketing Características do Comprador Produto Econômico Culturais Preço Tecnológico sociais Praça Politico Pessoais Promoção cultural Psicológicas Processo de decisão de compra Decisões de Comprador Reconhecimento dos Problemas Busca das Informações Avaliação das Alternativas Escolha do Produto Escolha da Marca Escolha do Revendedor Freqüência de Compra Decisão de Compra Fonte: Adaptado KOTLER (2000 p. 183). 7.4 INFLUÊNCIAS INTERPESSOAIS As influências interpessoais são constituídas pelos grupos cultura, subcultura, classes sociais, grupos de referencias e família. Para mais detalhamento veja a seguir a influência desses grupos no comportamento do consumidor. 7.4.1 - Cultura É considerada a influência mais forte, pois é através da cultura que os consumidores são formados, ela é determinante no momento decisivo do processo da compra, pois todo indivíduo através de sua existência adquire conceitos e valores que foram transmitidos através de seus familiares ou que foram adquiridos na sociedade onde está envolvido. A influência da cultura sobre o ato de compra e de consumo é hoje extremamente reconhecida, e a maior parte das abordagens avançadas sobre o comportamento do consumidor integra, de uma forma ou de outra, o fator cultural. “A cultura tem efeito profundo em por que as pessoas compram. A cultura afeta os produtos específicos que as pessoas compram, assim como a estrutura de consumo, a tomada de decisão individual e comunicação numa sociedade” (ENGEL, 30 BLACKWEEL e MINIARD, 2000, p. 397). Para ENGEL, BLACKWEEL e MINIARD (2000), os fatores culturais envolvem um complexo de valores, idéias e atitudes, além de outros símbolos significativos que permite aos humanos se comunicar e se avaliar como membros da sociedade, através dos fatores culturais e que vai ser expresso o comportamento dos consumidores no ato da compra, e na forma de agir no mercado e na sua interação com o ambiente, sendo então de fundamental importância no ato de consumo e até mesmo no comportamento do consumidor. 7.4.2 Subcultura São consideradas características de Subcultura: idade, religião, raça, nível de renda, nacionalidade, sexo, tipo de família, ocupação, região geográfica, comunidade. Figura 9: Características das Subcultura Características Exemplos de Subcultura Idade Crianças, adolescentes, adultos jovens, meia-idade, idosos. Religião Católicos, judeus, protestantes, budistas, muçulmanos. Raça Negros, descendentes de europeus, orientais. Nível de Renda Ricos, classe-média, pobres, miseráveis. Nacionalidade Italianos, portugueses, espanhóis, brasileiros. Sexo Mulher, homem Tipo de Família Mãe/pai solteiros, divorciados/sem filhos, pai/ mãe/filhos. Ocupação Mecânico, contador, médico, dentista, sacerdote, professor. Comunidade Rural, cidade pequena, subúrbio, cidade grande, capital. Fonte: adaptado KOTLER (2000) 7.4.3 Classes Sociais A sociedade é um fator determinante no comportamento do consumidor, pois o ambiente onde estamos envolvidos muitas vezes dita normas e padrões que devemos seguir. CASTRO (2004, p. 39) relata que “a classe social pode ser definida como um critério de ordenação da sociedade, utilizando indicadores como poder 31 aquisitivo, escolaridade e ocupação”. Os autores KOTLER e AMSTRONG (1993) também definem como essenciais na classificação de uma classe social os fatores: renda, ocupação, educação, riqueza e outras variáveis. Para os autores, estes fatores determinantes nas escolhas dos consumidores, eles definem suas preferências e suas reais importâncias no poder de decisão de compra do indivíduo. Para KOTLER (2000, p.183) “As classes sociais são divisões relativamente homogênias e duradouras de uma sociedade. Elas são hierarquia mente ordenadas e seus integrantes possuem valores, interesses e comportamento”. Os fatores determinantes da classe social são as ocupações que as pessoas detêm os valores e as crenças, os bens, moradia, educação, enfim é o estilo de vida onde o indivíduo está inserido. 7.4.4 Grupos de Referências O grupo de referência é qualquer pessoa ou grupo de pessoas que influenciam os comportamentos, pensamentos e sentimentos do consumidor de forma significativa. Segundo HONORATO (2004, p.128), os grupos de referência são compostos de três categorias. Grupos associados: grupos aos quais os indivíduos pertencem, podendo ser primários ou secundários. Nos quais primários são a família, os amigos e os colegas de trabalho. No secundário estão as associações religiosas e profissionais; Grupos modelo ou aspiração: são os grupos aos quais os indivíduos gostariam de pertencer; Grupos dissociativos: são os grupos nos quais seus valores são rejeitados pelo individuo. KOTLER (2000) também enfatiza que as influências podem ser identificadas através de dois tipos de grupo: os primários e os secundários, esses grupos expõem os indivíduos a comportamentos e estilos diferentes, influenciando suas atitudes e seu próprio conceito que a pessoa segue, criando uma pressão e direcionando o 32 indivíduo no processo de decisão de compra. Figura 10: Grupos Primários e Secundários GRUPOS Primários Secundários CARACTERISITCAS • Existência de laços íntimos; • Comportamentos informais; • Família, amigos, vizinhos e colegas. • Relações formais e impessoais; • Grupo se dissolve a partir do momento que não for mais útil; • Associações fraternais, organizações diversas. Fonte: Adaptado KOTLER (2000). 7.4.5 Família A família é um dos fatores que tem forte influência no comportamento de compra, podemos citar como exemplo quando o marido resolve adquirir um veículo ou um imóvel, em primeiro lugar ele busca a aprovação da esposa, sendo ela dona de opinião decisiva para aquisição ou não do bem. Para HONORATO (2004, p.129) “Os desejos e as necessidades mudam durante o processo de amadurecimento da família”. Segundo CHURCHILL (2000) a família passa por nove estágios, cada um deles possuem suas características de consumo, porem nem todas as famílias passam por este estágio, isso por que cada família possui valores e características diferentes uma das outras. Salienta KOTLER (1998, p.168) “que as necessidades e os desejos das pessoas modificam-se ao longo de suas vidas”. Nesse sentido, CHURCHILL e PETER (2000, p.162) comentam a existência dos ciclos de vida familiar, isto é, “conjunto de estágios pelos quais as famílias passam e que influenciam suas necessidades e a capacidade de satisfazê-las”. O estágio do ciclo da família pode ser distinguido pelas seguintes 33 características em sete estágios. Figura 11: Os estágios do Ciclo da Vida ESTÁGIOS CARACTERISTICAS 1º - Solteiro Jovens e solteiros; 2º- Casais recém-casados Jovens e sem filhos; 3º- Ninho cheio I Jovens, com filho menos de seis anos; 4º- Ninho cheio II Jovens, com filhos com seis ou mais velhos; 5º- Ninho cheio III Casais mais idosos, sem filhos vivendo com eles; 6º- Solitário Idosos e solteiros. Fonte: Adaptado KOTLER 2000 p.190 7.5 INFLUÊNCIAS INTRAPESSOAIS A análise das influências intrapessoais é de grande importância para compreender melhor o comportamento dos consumidores, pois representam necessidades e motivações, percepções, aprendizagem, atitudes, personalidade, estilo de vida e autoconceito dos consumidores. 7.5.1 Motivação A motivação é um estado onde nos direcionamos a um objetivo, estimulado por meio de uma necessidade que pode ser fisiológicas ou psicológicas. Para HONORATO (2004, p.131) “O processo de decisão de compra inicia-se pelo reconhecimento da necessidade”. A teoria da motivação de MASLOW é citada por vários autores da área de marketing como KOTLER (1998); CHURCHILL & PETER (2000) e também por 34 SANDHUSEN, (1998); SEMENIK & BAMOSSY, (1995). Para eles o conhecimento desta teoria é necessário ao profissional de marketing, pois ela visa à compreensão dos fatores psicológicos determinantes do comportamento humano. A Teoria de MASLOW explica como são organizadas em hierarquia, os desejos e as necessidades dos indivíduos, passando de um nível para o outro. Primeiramente são as necessidades fisiológicas, as de segurança e quando forem satisfeitas passa-se ao próximo nível que é a auto-estima e por último chegaria ao nível mais alto que é a auto realização, completando o ciclo das necessidades de MASLOW. Essa teoria é muito utilizada pelos profissionais de marketing para o estudo do comportamento dos consumidores com respeito aos fatores motivacionais do consumo e no processo da compra. A compreensão da pirâmide da hierarquia das necessidades de MASLOW pode ajudar os profissionais de marketing de diversas maneiras. De acordo com CHURCHILL (2003, p.147) “em primeiro lugar, ele sugere algumas das muitas necessidades quem podem motivar os clientes a entrar numa troca”. Figura 12: A Pirâmide das necessidades segundo Maslow. Fonte: Baseado em KOTLER (2000, p.194). 35 Além da Teoria de Maslow, de acordo com KOTLER e KELLER (2006, p. 183-184), devemos também considerar também mais duas teorias da motivação: a) teoria da motivação de Freud: Freud assumiu que as forças psicológicas reais que moldam o comportamento das pessoas são inconscientes. Assim, as pesquisas conduzidas tendo por base esta teoria têm levado a hipóteses muito interessantes, como: os consumidores resistem às ameixas secas porque elas são enrugadas e lembram pessoas velhas; os homens chupam charutos como uma versão adulta de chupar o dedo e outros; b) teoria da motivação de Herzberg: desenvolveu a teoria dos dois fatores: insatisfatórios (aqueles que causam a insatisfação) e satisfatórios (aqueles que causam a satisfação). São duas as implicações de tais teorias: primeiro, devem-se evitar os fatores que causam a insatisfação; depois, identificar os fatores que causam a satisfação. 7.5.2 Percepção Para KOTHER e ARMSTRONG (1993, p.89) ela é considerada como “processo pelo quais as pessoas selecionam, organizam e interpretam informações para formar uma imagem significativa do mundo”. Sendo assim o indivíduo fica pronto para agir, influenciado por sua percepção, que vai determinar sua decisão de comprar ou não. BOONNE e KURTZ (1998) enfatizam ainda mais este conceito completando que “percepção é o processo no qual o consumidor extrai a seleção, a organização e a interpretação dos estímulos de dentro dele mesmos por meio dos cincos sentidos: tato, olfato, paladar, visão e audição”. KOTLER (1998, p.174) diz que quando uma pessoa se encontra motivada, está pronta para agir. Neste sentido, “percepção é a forma pela qual uma pessoa seleciona, organiza e interpreta as informações para criar um quadro significativo do mundo”. A seguir percebemos que os indivíduos são influenciados por três tipos de percepção. 36 Figura 13: Tipos de Percepção PERCEPÇÃO Atenção Seletiva INFLUÊNCIAS O indivíduo percebe somente os estímulos mais fortes, que atuam diretamente nos valores, desejos e atitudes, a percepção identifica e estimula a necessidade, criando uma expectativa com que fará que sua percepção funcione selecionando somente o que o individuo espera. Distorção Seletiva Quando os estímulos atuam de forma negativa, o individuo recebe a informação e a processa de forma que ele prejulga. Retenção Seletiva O individuo ao receber a mensagem a considera valida junto aos seus conceitos e moral, ignorando seus pontos negativos. Fonte: adaptado KOTLER (2000) 7.5.3 Aprendizagem Todo ser humano, desde sua concepção no útero de sua mãe, até sua maturidade ele passa por varias etapas de aprendizado, são hábitos que estimulam seu comportamento, podendo-se aprender através de várias formas, dentre elas a leitura, a audição, a observação e também pela experimentação. Um bom exemplo é quando um consumidor compara ou testa dois ou mais produtos, ele fará uma escolha dependendo da impressão que ele teve ao experimentar ou comparar os produtos, esse aprendizado pode ser positivo ou negativo. 7.5.4 Atitudes Segundo HONORATO (2004, p.134) “Atitudes são tendências relativamente 37 estáveis de perceber ou agir de modo consciente com relação a produtos ou serviços”. As atitudes dos consumidores são grandes influenciadoras no comportamento do consumidor, pois a atitude, pois ela desperta sentimento que podem ser favorável ou desfavorável, o que leva a tomar uma decisão de comprar ou não um produto. 7.5.5 Personalidade Todas as pessoas possuem personalidades diferentes, o que as torna únicas. Os consumidores também são orientados pela sua personalidade, podendo ser refletidas na compra do produto, marca etc. Segundo COBRA (1997, p.45) “O estudo da personalidade é o único caminho para que se organize o entendimento de complexidade do comportamento humano”. Já HONORATO (2004, p.134) enfatiza que “Personalidade consiste na combinação de diferentes traços e tendências comportamentais que levam os padrões constantes de comportamento do consumidor”. 7.5.6 Estilo de Vida Segundo KOTLER (2000, p. 191) “Um estilo de vida é o padrão de vida da pessoa expresso por atividades, interesses e opiniões”. O estilo de vida é estimulado pelo ambiente onde o indivíduo está envolvido ou ele mesmo define pela sua personalidade ou atitudes. A psicografia é a ciência que estuda os estilos de vida do consumidor e identifica suas características. 7.5.7 Autoconceito Quando a pessoa identifica e relaciona atributos no produto com sua autoimagem. Podemos tomar como exemplo: um jovem esportivo tende a comprar um 38 carro conversível. HONORATO enfatiza esse conceito (2004, p.135) “Autoconceito constitui-se na visão ou percepção da pessoa por si mesma”. O autoconceito dos consumidores é reflexo de suas atitudes com relação a si próprios. Embora o autoconceito global de alguém possa ser positivo, certamente há partes do ego que são avaliadas mais positivamente do que outras. 7.6 INFLUÊNCIAS SITUACIONAIS As influências situacionais agem e interferem diretamente no comportamento do consumidor. Essas influências são identificadas pelas suas características que veremos no quadro abaixo. Figura 14: Das Influências Situacionais INFLUÊNCIAS CARACTERÍSTICAS Ambiente Físico Influenciam o consumidor a comprar; localização do ponto de venda, exposição dos produtos etc. Ambiente Social Outras pessoas influenciam no processo de compra; amigos, família etc. Tempo Disponibilidade para compras. Tarefa Razões gerais e especificas para comprar; datas comemorativas etc. Condições Momentâneas Caracterizadas pelo humor e as condições momentâneas de Fonte: adaptado HONORATO 2004, p.136. 7.7 INFLUÊNCIAS DE MARKETING Para CHURCHILL (2003, p.19): Composto de marketing são combinações de ferramentas estratégicas usadas para criar valor para os clientes e alcançar metas organizacionais. O mesmo autor ainda complementa dizendo que existem quatro ferramentas 39 ou elementos primários no composto de marketing “produto, preço, praça e promoção. Segundo HONORATO (p.135) “As atividades de marketing são potenciais influenciadores no processo de compra, por intermédio das variáveis do composto mercadológico: produto, preço, ponto e promoção”. Figura 15: Os Compostos de Marketing ELEMENTOS FUNÇÕES Produto Atende as necessidades e desejos dos consumidores, como marcas, modelos etc. Ponto O canal de distribuição; ponto de venda Preço Influência na avaliação do valor que o individuo está disposto a pagar pelo produto ou serviço. Promoção Influencia em todos os estágios de compra, compreende na publicidade, promoção de venda. Fonte: adaptado HONORATO (2004) 7.8 O PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA O processo de decisão de compra é uma forma de preocupação e cuidado que os consumidores vão empregar em cada decisão. Para BLACKWELL, MINIARD, ENGEL (2005, p.72), definem que decisão “para ser bem sucedido no ambiente hipercompetitivo do futuro, as empresas de todos os tamanhos e tipos devem se concentrar na primeira ordem de qualquer negócio-compreender como os consumidores realizam suas decisões de seleção de produto”. Para KOTLER (1995, p.111) “Existem até cinco papéis diferentes que uma pessoa pode representar numa decisão de compra”: Iniciador: é a pessoa que em primeiro lugar sugeriu ou pensou na idéia de comprar o produto específico. Influenciador: é uma pessoa que, explícita ou implicitamente, exerce 40 alguma influência sobre a decisão final. Decisor: é uma pessoa que, em última análise, decide parcial ou totalmente a compra: se comprar, o que comprar como comprar, quando comprar e onde comprar. Comprador: é a pessoa que efetivamente faz a compra. Usuário: é a pessoa que consome ou usa o produto ou serviço. O processo de decisão de compra é formado em cinco estágios, que veremos no quadro abaixo. Figura 16: Os cinco estágios do processo de compra ESTÁGIO Reconhecimento da necessidade INFLUÊNCIA Uma vez reconhecida à necessidade, gera-se um problema e consumidor precisara achar uma forma de solucionar e atingir seu objetivo. Busca da informação O comprador busca alternativa através das informações obtidas, filtra as opções que são compatíveis com os seus desejos. Avaliação das alternativas Após colhidas todas as informações o consumidor avalia as alternativas, para posteriormente ao estágio: a decisão de compra. Decisão de compra Nesta etapa identificamos à lealdade as marcas e aos locais de venda, ainda ocorre situações que levam ao adiantamento da compra, que deve as influências de outras pessoas ou a imprevistos. Comportamento pós compra É o estágio que define a satisfação ou insatisfação com relação à aquisição do produto, através consumidor pode desta ser resposta o estimulado a comprar novamente ou pode estimular outras pessoas a comprar. Fonte: Elaborado pela autora baseado em HONORATO (2004, p.138). 41 7.9 MARKETING DE RELACIONAMENTO No atual mercado global e concorrido, onde seu concorrente pode ser o vizinho ou pode estar do outro lado do mundo, não basta apenas oferecer um produto a fim de encontrar potenciais consumidores. É necessário ouvir os consumidores para identificar suas necessidades, e ao mesmo tempo satisfazê-las e criar um vínculo que dificulte esse cliente migrar para a concorrência. O marketing de relacionamento é um conceito surgido na década de 1990 como uma evolução do marketing direto e do database marketing, motivado por pesquisas que indicavam que conquistar um novo cliente custava, em média, cinco vezes mais que reter um cliente. É definido como uma estratégia que visa construir uma relação duradoura com o cliente baseada em confiança, colaboração, compromisso, parceria, investimentos e benefícios mútuos, resultando na otimização do retorno para a empresa e seus clientes (MACHLINE, 2006, p. 6). O conceito de Marketing de Relacionamento visa criar um relacionamento duradouro com seu publico alvo, afim de que o mesmo seja um parceiro do negócio, fornecendo informações necessárias para tomada de decisão e até mesmo tornando-se um defensor da empresa. LOVELOCK e WRIGHT (2006, p. 132) citam que a empresa pode utilizar diversas estratégias para manter e melhorar as relações com seus clientes, entre elas estratégias básicas como o tratamento justo do cliente, ampliação da oferta de serviços prestados e tratamento individualizado de cada cliente, como se ele fosse um segmento de um só cliente. Como citado anteriormente na definição, marketing de relacionamento é uma estratégia que visa criar uma relação duradoura com o cliente, baseada em confiança, colaboração, compromisso, parceria e investimento. Para que uma relação seja baseada em confiança não basta apenas à empresa fornecer produtos e serviços, se faz necessário transmitir todas as informações possíveis que fazem parte do negócio. Um cliente confia na empresa quando a mesma além de lhe oferecer ótimos produtos e serviço e fornece todas as informações sobre o produto ou serviço, termos de garantia, formas de pagamento, taxas e até mesmo vícios que possam vir a aparecer após a compra de determinado item, para que após o ato da compra o mesmo não sinta que lhe foi omitido informações. 42 Segundo ANGELO e GIANGRANDE (2004, p. 17) um dos pré-requisitos para a implantação do marketing de relacionamento é o desenvolvimento de uma cultura de serviços na empresa, segundo os autores “a boa prestação de serviços de colega para colega, de departamento para departamento e de empresa (funcionários) para o cliente passa ser uma das normas mais importantes da empresa, e que, se espera, seja seguida por todos”. Segundo MACHLINE (2006, p. 313): A eficácia da prática do marketing de relacionamento está condicionada aos seguintes resultados: 1. compradores satisfeitos em grande escala; 2. maior fidelidade deles; 3. percepção entre a maioria dos compradores de que estão recebendo produtos com mais qualidade; 4. aumento de lucratividade do vendedor. MACHLINE (2006) ainda prossegue dizendo que marketing de relacionamento é processo contínuo de comunicação freqüente com os compradores, integração dos conceitos de marketing de relacionamento ao planejamento estratégico e satisfação das necessidades dos compradores. 7.9.1 Desenvolvimento de um Programa de Marketing de Relacionamento Segundo STONE e WOODCOCK (1998) um programa de marketing de relacionamento deve seguir as seguintes etapas: a) Definir os objetivos: determinar onde se quer chegar ou o que se pretende alcançar; b) Identificar as necessidades dos clientes: entender claramente o que desejam os clientes; c) Desenvolver a abordagem: criar uma abordagem, uma forma de contato com esse cliente; d) Definir níveis e segmentos de qualidade: estabelecer parâmetros em termos de qualidade; e) Implementar: colocar em prática o planejado; f)Controlar o resultado: verificar se tudo está de acordo com o planejado. Já KOTLER (1998) entende que essas etapas devem ser as seguintes: a) Identificação dos clientes-chave – os clientes-chave são aqueles que merecem uma atenção especial por algum motivo, quer seja porque 43 proporcionam maior retorno para a Empresa, ou pelo potencial que possue o chamado lifetime value (valor patrimonial de longo prazo); b) Designação de um gerente de relacionamento para cada um dos selecionados. Sugere-se a designação de um colaborador com treinamento específico para atender exclusivamente um dos clientes-chave; c) Desenvolvimento de um plano de ação para cada cliente-chave. Sugerese, igualmente, a criação de um planejamento por cliente, que contenha objetivos, metas, estratégias, ações e recursos necessários para melhorar o relacionamento com os clientes-chave identificados; d) Estabelecimento de um sistema de controle para avaliar o desempenho dos gerentes de relacionamento em relação a seus clientes. A Empresa deve determinar com clareza os critérios através dos quais cada gerente de relacionamento e seu “relacionamento” com os clientes-chave serão avaliados. Sugere-se aqui a criação de um “supervisor de relacionamentos”, que acompanhará e aconselhará os gerentes de relacionamento. 7.9.2 A Marca como Fator de Relacionamento com o Cliente Marca pode ser definida como um nome, termo, símbolo ou uma combinação de tudo isso que pretenda identificar os bens e serviços de um fabricante e diferenciá-los da concorrência. Segundo HONORATO (2004, pg.183) “Marca é o nome, o termo, o design ou sua combinação, que identifica o produto ou serviço de uma empresa em relação à concorrência”. Com o passar do tempo, as marcas têm sido, basicamente, utilizadas para identificar e diferenciar os produtos ou serviços. Porém, com a aplicação do marketing, novas funções foram agregadas às marcas como: concorrência, identificadora, publicitária, individualizadora e diferenciadora. Conquistar a fidelidade do consumidor é o objetivo maior de qualquer marca. Se o investimento para conquistar novos consumidores é considerado alto, para mantê-los, nem tanto, principalmente quando existem satisfação e fidelidade do mesmo em relação à marca que consome. Conquistar a fidelidade do consumidor é o objetivo maior de qualquer marca. Se o investimento para conquistar novos consumidores é considerado alto, para mantê-los, nem tanto, principalmente quando existem satisfação e fidelidade do mesmo em relação à marca que consome. Para KOTLER (1996), a garantia de qualidade vem junto com as melhores marcas, mas uma marca é um símbolo mais complexo, podendo trazer até seis 44 níveis de significados: Atributos: a marca tem o Mercedes sugestiona automóveis caros, bons e de alto prestigio. Benefícios: estes são traduzidos em benefícios funcionais e emocionais. Por exemplo: um carro Mercedes custa caro e sugestiona status elevado para o seu dono. Valores: a marca também transmite os valores da empresa. Por exemplo: Um carro Mercedes simboliza desempenho, segurança e prestígio. Cultura: a marca tem o poder de representar certa cultura. Por exemplo: A Mercedes representa a cultura germânica: organizada, preocupada com a qualidade e eficiente. Personalidade: a marca pode projetar certa personalidade. Exemplo: um chefe decidido que tem um carro Mercedes. Usuário: a marca sugere o tipo de consumidor que pode usar determinado produto. Exemplo: espera-se que um usuário de um carro Mercedes seja um executivo bem-sucedido, com um pouco mais de idade e não uma secretaria de vinte e poucos anos. 7.9.3 Preferência pela Marca Toda empresa deve criar uma preferência dos consumidores com relação a sua marca, criar lealdade à marca, porém nem todas conseguem atingir este objetivo. Segundo ROCHA e CHRISTENSEN (1995, p.130) existem quatro estágios no desenvolvimento de uma marca: Reconhecimento da Marca: O consumidor associa um tipo de produto específico á marca. Aceitação da Marca: O consumidor considera esta marca específica como um dentre as alternativas a serem consideradas. Preferência pela Marca: O consumidor considera a marca como a melhor, e irá compra - lá, a menos que não encontre no ponto de venda ou surjam ofertas especiais. Lealdade a Marca: O consumidor considera aquela marca como a melhor e comprará aquela ou nenhuma outra. No primeiro estágio, o marketing faz com que o consumidor reconheça a marca de seu produto, associando a referida marca a uma categoria específica de produtos. No segundo estágio, o consumidor é capaz de reconhecer a marca e também já desenvolveu uma preferência pela marca. Posteriormente, o consumidor já desenvolveu uma preferência pela marca e já é fiel a marca, ele passa a buscar a marca em ponto de vendas. Finalmente, a última etapa descreve a situação em que 45 o consumidor estabeleceu um hábito de compra da marca, ele sempre vai comprar se houver necessidade, somente aquela marca, fidelização por completa. 7.9.4 Processo de Fidelização e a Retenção de Clientes Um consumidor habitual, que compra com freqüência é denominado "cliente" e o processo de transformação de um consumidor eventual em cliente habitual é denominado "fidelização". A busca de clientes fiéis é, então, um dos objetivos principais do Marketing. O processo de fidelização é construído a cada dia, a cada visita, a cada venda, a cada contato pessoal ou não pessoal. Várias vezes questionamos que o fato de conquistar um novo cliente custa cinco vezes mais do que manter. Óbvio que não vamos deixar de ter clientes novos. É bem certo que o ser humano é motivado por conquistas, mas manter e fidelizar um cliente também é uma grande desafio. A manutenção e retenção dos clientes ocorrem em decorrência do relacionamento constante e diferenciado. Para isso, os Programas de Fidelização têm sido importantes na construção de relacionamentos entre empresas e clientes. A manutenção e retenção dos clientes relacionam-se com a satisfação com o produto ou serviço ou com seus atributos; a percepção de valor em relacionar-se com a empresa é o fator decisivo. Para isso, é essencial atender às necessidades, desejos e valores, pois constantemente a comunicação deve reforçar a percepção positiva, com mensagens certas, nos momentos adequados e pela mídia correta. Segundo RAPP & COLLINS (1996), algumas regras básicas devem ser respeitadas: “desenvolver um ciclo de comunicação com o cliente; fazer junto com o cliente; ouvir cuidadosamente; pesquisar respeitosamente; descobrir a força da propaganda de resposta direta; transformar compradores em adeptos”. Nessas condições, fica explícita a importância da mensuração, desenvolver pesquisas sistemáticas com os clientes, desde que o mesmo se disponha a cooperar, devendo analisa-se a possibilidade de recompensá-lo, pois ouvir e pesquisar levam a conclusões que direcionam os próximos contatos. 46 VIII METODOLOGIA Esse capítulo tem por objetivo apresentar a metodologia que será utilizada na realização do trabalho. Aborda a tipologia da pesquisa, população alvo e amostra, e também o plano de coleta e análise de dados. 8.1 TIPO DE ESTUDO Para se atingir o objetivo desse estudo verificou-se que alguns tipos de pesquisas fornecem melhores condições de investigação e de análise do problema. Dessa forma, o processo de investigação do problema foi baseado nos estudos exploratórios e descritiva por tratar-se de uma pesquisa que busca identificar percepções, formular hipóteses e descrever características de um grupo de pessoas. Esta pesquisa foi baseada em livros de diversos autores clássicos e de novos autores da área de marketing, bem como um estudo de leitura que buscou através de revistas e trabalhos de conclusão de curso para conhecer a literatura existente sobre os assuntos que envolveram o tema. A construção desse conhecimento resultou no embasamento para preparar o material de pesquisa de campo, de modo que o processo de investigação junto à amostra composta por clientes da Concessionária Chanson Veículos refletiu-se em dados, que após análise contribuiu para atingir os objetivos deste estudo. 8.2 TIPO DE PESQUISA Considerando o critério de classificação de pesquisa proposta por VERGARA(1998), que a classifica em relação a dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins, a pesquisa será descritiva e exploratória. Descritiva porque visa descrever percepções, visões, perfil e sugestões do cliente da Chanson Veículos. Exploratória porque o principal objetivo é compreender a opinião do cliente sobre a Chanson e esclarecer o porquê das opiniões. 47 Quanto aos meios, foi primária e secundária, através de pesquisa quantitativa presidida de uma qualitativa. Para a realização deste trabalho foi realizada pesquisa quantitativa como também qualitativa, segundo ROESCH (2007) a pesquisa quantitativa é recomendada quando o projeto implica medir relações entre variáveis (associação ou causa-efeito), ou para avaliar o resultado de algum sistema ou projeto. STAW apud ROESCH (2007, p.131) afirma que “pesquisa quantitativa é apropriada para avaliar mudanças em grandes organizações”. Segundo Roesch (2007, p.154) a “pesquisa qualitativa e seus métodos de coleta e análise de dados são apropriados para uma fase exploratória da pesquisa”. A pesquisa qualitativa foi realizada com cinco clientes e o gerente comercial, o que possibilitou a formatação das dimensões e questões para estruturação do instrumento de coleta utilizado na fase quantitativa. 8.3 POPULAÇÃO ALVO E AMOSTRA A população-alvo desse trabalho são os clientes que adquiriram um veículo na concessionária Chanson Veículos, Segundo ROECH (2007) dependendo do tamanho da população, faz-se necessário extrair uma parcela dessa população para investigar, em vez de utilizar seu total, parcela população se chama amostra. A pesquisa realizada foi através de amostragem, a amostragem foi segundo MATTAR (1999, p 262), “o processo de colher amostras de uma população. A amostra é qualquer parte da população”. Neste trabalho especificamente, a população foi constituída de trinta clientes da Concessionária que adquiriram um veículo Peugeot no período 04 de maio a 30 junho de 2009. A amostra que foi aplicada no estudo será não probabilística que segundo HONORATO, (2004, p. 103), “é a técnica de amostragem que não utiliza seleção aleatória, ao contrário, confia no julgamento do pesquisador”, e o tipo de amostragem será proporcional ou quotas que segundo HONORATO, (2004, p.106), “Amostra obtida por julgamento em dois estágios. O primeiro estabelece quotas de controle de elementos da população. No segundo, 48 selecionam-se elementos da amostra de acordo com o julgamento do pesquisador”. 8.4 INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA COLETA DE DADOS Segundo PÁDUA (2000, p.52) “elaborado, discutido e, nos casos necessários, aprovado o projeto de pesquisa, damos início à etapa de coleta dos dados necessários ao desenvolvimento da pesquisa, que tem por objetivo reunir os dados pertinentes ao problema a ser investigado”. “A coleta de dados é a fase em que são realizados os contatos com os respondentes, aplicados os instrumentos, registrados os dados, cumprida uma primeira verificação do preenchimento dos instrumentos e enviados os instrumentos preenchidos para processamento.” (MATTAR, 1998). Entre as técnicas de coleta de dados, a aplicação de formulários foi à técnica escolhida para se alcançar o objetivo de deste estudo. Realizou-se a coleta de dados no período 04 de maio a 30 de junho de 2009 sendo que os questionários foram aplicados pelo consultor comercial no ato da entrega do veículo. A coleta foi feita por meio do questionário estruturado com sete dimensões e 33 questões dirigidas aos clientes que adquiriram um veículo novo Peugeot. O questionário do tipo estruturado com perguntas dicotômicas e de múltipla escolha proporcionou a coleta dos dados em menor tempo, com respostas mais precisas, pois há menor risco de distorções. 8.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS Segundo PÁDUA (2000, p. 78) “após a coleta dos dados julgados pertinentes e relevantes, inicia-se o processo de análise, classificação e interpretação das informações coletadas”. Para MINAYO (2007, p.303) a análise de conteúdo “diz respeito a técnicas de pesquisa que permitem tornar replicáveis e válidas inferências sobre dados de um determinado contexto, por meio de procedimentos especializados e científicos”. Para este estudo foram utilizadas ferramentas de estatísticas, frequência simples e posteriormente apresentando valores absolutos e percentuais. 49 IX APRESENTAÇÃO DA PESQUISA DE CAMPO Os dados aqui apresentados é o resultado de 30 questionários aplicados com clientes que compraram um veículo Peugeot na Concessionária Chanson no período de 04 de maio a 30 de junho de 2009. A pesquisa é composta por um cabeçalho explicativo seguido de um quadro para coleta dos dados demográficos. Após apresentam-se as questões, a partir das quais foram extraídos e analisados os tipos de fatores que influenciam na compra de um Veículo Peugeot na Concessionária Chanson. No item para identificar o sexo do cliente, constatou-se que não houve uma grande diferença entre o sexo feminino e masculino. Normalmente a identificação da necessidade de adquirir um veículo novo surge dos homens, por ser um bem de alto valor emocional para eles, porém as mulheres também tiveram uma grande participação, o que naturalmente exige que os funcionários, tanto consultores, quanto recepcionistas e mesmo os mecânicos, estejam preparados para oferecer o melhor atendimento possível a este público alvo que é bastante considerável e que nos últimos anos vem participando cada vez mais do processo econômico do país, mas vale ressaltar que elas sempre tomam a decisão de compra influenciada pela família, amigos ou por um determinado grupo onde ela está envolvida. Tabela 1 - Sexo Classificação Feminino Masculino Total Freqüência 14 16 30 % 47% 53% 100% Quanto ao nível de escolaridade dos clientes que adquiriram um veículo Peugeot o ensino superior é predominante (80%), esse fator pode indicar que empresa precisa de um atendimento mais personalizado, para maior adequação a este perfil de público. 50 Tabela 2 - Escolaridade Nível de Ensino Freqüência % Fundamental Completo 0 0 Médio Completo 6 20% Superior Completo 24 80% Total 30 100% Quanto à renda verificou-se que a maioria corresponde ao intervalo entre R$ 3.420,00 a R$ 5.700,00, o equivalente ao intervalo de oito a treze salários mínimos. Através desta questão pode-se definir que os clientes em potencial da Concessionária Chanson são pessoas que pertencem à classe média e alta. Apenas uma pequena parcela optou em não preencher essa questão. Tabela 3 – Renda Faixa Salarial Inferior a R$ 1.140,00 De R$ 1.140,00 a R$ 2.280,00 De R$ 2.280,00 a R$3.420,00 De R$ 3.420,00 a R$ 5.700,00 De R$ 5.700,00 a R$ 7.600,00 Superior a R$ 7.600,00 Não Preencheu Total Freqüênci a 3 2 4 13 3 2 3 30 % 10% 6,7% 13,30% 43,30% 10% 6,7% 10% 100% A grande maioria dos entrevistados está no intervalo etário correspondente ao intervalo de 31 a 40 anos. Tabela 4 – Faixa Etária Intervalos Até 20 anos 21 a 30 31 a 40 41 a 50 Acima de 50 anos Não preencheu Total Freqüência 2 8 11 4 2 3 30 % 7% 26% 37% 13% 7% 10% 100% 51 Na dimensão onde foram identificados em escala de importância os fatores decisivos da compra de um veículo Peugeot apresentam-se abaixo os resultados. No primeiro item – “Qualidade no Atendimento” – A opção muito importante foi a mais indicada, representando 84% dos clientes. Em segundo lugar é classificado esse item como importante. A opção de pouco importante foi citada por 1% dos entrevistados. A opção sem importância não foi escolhida nesse quesito avaliativo. Tabela 5 – Qualidade no Atendimento Classificação Muito importante Importante Pouco importante Sem importância Total Freqüência 25 4 1 0 30 % 84% 13% 3% 0% 100% No segundo item – “Qualidade e Confiabilidade da marca” – novamente a opção muito importante foi predominante com 73%, neste item podemos identificar claramente a grande importância que o cliente da à marca e na confiabilidade que mesma transmitiu. AEKER (1998, p.41) aponta que a lealdade à marca identifica aquele consumidor não leal até aquele comprometido com a marca, ainda segundo o autor, o patrimônio da marca é um diferencial competitivo onde a concorrência não tem como copiar ou combater estratégias de mercado. A opção importante correspondeu a somente 24% da amostra. A opção de pouco importante foi citada somente por um entrevistado correspondendo a 3% e o item sem importância não foi indicado na qualidade e confiabilidade da marca. Tabela 6 – Qualidade e Confiabilidade da Marca Classificação Muito importante Importante Pouco importante Sem importância Total Freqüência 22 7 1 0 30 % 73% 24% 3% 0% 100 O terceiro item – “Qualificação Profissional” – busca extrair do cliente o grau 52 de importância que o mesmo atribui a este item. De acordo com os dados coletados 73% dos clientes apontaram que é muito importante, sendo assim podemos afirmar que a qualificação profissional dos funcionários influencia no momento da compra de um veículo. A Concessionária Chanson investe muito em treinamento, possibilitando aos seus funcionários constante reciclagem sendo um diferencial com relação às outras concessionárias, comprar um automóvel é o segundo sonho de consumo dos brasileiros, é muito mais fácil conquistar um cliente quando se tem funcionários qualificados e preparados para atender essa demanda. A classificação importante foi escolhida por 20% e apenas 7% avaliam esse pouco importante. Nenhum cliente apontou a classificação sem importância. Tabela 7 – Qualificação Profissional Classificação Muito importante Importante Pouco importante Sem importância Total Freqüência 22 6 2 0 30 % 73% 20% 7% 0% 100% No quarto item – “Preço” – percebemos que os entrevistados já deram menos importância para o item, pois, um veículo é considerado um bem durável e grande valor sentimental, a rede Peugeot esta investindo muito em propagandas para diminuir a imagem de carros caros e importados, pois alguns de seus veículos (206 e toda linha 207) são de fabricação nacional. A opção preço é considerada muito importante por 63% dos entrevistados e 30% considera importante, a classificação pouco importante foi citada por apenas 7% dos clientes e nenhum cliente optou pelo item sem importância. Tabela 8 – Preço Classificação Muito importante Importante Pouco importante Sem importância Total Freqüência 19 9 2 0 30 % 63% 30% 7% 0% 100 53 O quinto e último item dessa dimensão “Promoções e Facilidade de Pagamento” , assim como todos os outros itens, teve a opção predominante muito importante equivalente a 84% dos clientes. Entendem-se como facilidades de pagamento e promoções como facilidades concedidas, principalmente descontos sobre o preço do veículo, as taxas reduzidas para o processo de financiamento, inclusão de acessórios extras e brindes. Tabela 9 – Promoções e Facilidade de Pagamento Classificação Muito importante Importante Pouco importante Sem importância Total Freqüência 25 4 1 0 30 % 84% 13% 3% 0% 100% Na dimensão que busca identificar os principais motivos que influenciaram a decisão de compra de um veículo Peugeot, ficou claro que os entrevistados prezam em primeiro lugar pela qualidade representando 66,67% , e em segundo lugar com 63,33% esta o design que se apresentou como um fator determinante, se sobrepondo sobre os outros. O conforto também foi considerado por 46,66%, o que mostra claramente a presença da influência psicológica predominantes nesta questão. O preço foi citado 43,33% dos clientes. O item confiança na marca também foi citado por 43,33% dos clientes, vale ressaltar que nos anos 70 e 80 os consumidores tinham a sua disposição apenas quatro marcas de fabricantes nacionais de automóveis, nos últimos 45 anos, a produção mundial de automóveis quadruplicou, e o Brasil atingiu uma produção 16 vezes maior que a de 1960 (ANFAVEA, 2009), isso significa que a concorrência no setor automobilístico aumentou drasticamente. Tais resultados representam o relevante crescimento da indústria automobilística brasileira o que sinaliza uma possibilidade de saturação do mercado e proliferação de consumidores, além de mais disputados e com maior nível de exigência. De acordo com a amostra, 23,33% afirmam comprar um veiculo novo porque o veículo anterior velho e ruim, denotando a preocupação desses consumidores em 54 não terem problemas de mecânica/funilaria/pintura e etc. em seus automóveis, procurando efetuar a troca por um novo antes que isso ocorra, e 20% afirmam comprar um veículo por causa da desvalorização do veículo usado, o item posição social ou cargo também teve 20% da amostra, o que deixa nítido a presença das influências interpessoais e intrapessoais. Na tabela abaixo podemos comparar melhor os motivos que influenciam na compra de um veículo. Nesta questão era possível escolha múltipla, por isso os % excedem 100%. Tabela 10 – Motivos que influenciam na compra Motivos Qualidade Preço Confiança na marca Economia Modelo de status Conforto Designer Facilidade de pagamento Espaço interno Desvalorização do veículo usado Lançamento de um modelo novo Carro anterior velho ou ruim Necessidade de mais um veículo na família Trabalho ou estudo originou necessidade Posição social ou cargo Investimentos Outros Total Freqüência 20 13 13 6 6 14 19 10 4 6 0 7 5 4 % 66,67% 43,33% 43,33% 20% 20% 46,66% 63,33% 33,33% 13,33% 20% 0% 23,33% 16,66% 13,33% 6 2 0 135 20% 6,66% 0% 449,96% Sendo assim podemos classificar os cinco itens mais citados pelos clientes que responderam o questionário: 1º Qualidade 2º Design 3º Conforto 55 4º Preço 5º Confiança na Marca f % Total de Entrevistas 30 100 Total de Respostas 135 449,96 135/30 = 4,5 M A dimensão três “Com relação às instalações, ambiente, limpeza e a localização da loja” - apresenta a análise de quatro itens de influências intrapessoais que buscam analisar a percepção dos clientes, os itens são classificados em grau de satisfação. Dos trinta entrevistados, 90% afirmam que estão muito satisfeitos, e 10% consideram satisfeitos com relação às instalações, ambiente, limpeza e a localização da loja, nenhum cliente preencheu os quesitos razoavelmente satisfeito e insatisfeito. Tabela 11 – Com relação às instalações, ambiente, limpeza e localização da loja. Satisfação Muito Satisfeito Satisfeito Razoavelmente satisfeito Insatisfeito Total Freqüência 27 3 0 0 30 % 90% 10% 0% 0% 100% Sobre o conhecimento do produto e atendimento de suas necessidades pelo consultor comercial você diria que esta”, esta questão explora as influências intrapessoais e a analise é feita em grau de satisfação e também explora as influências intrapessoais. O resultado também foi unânime, 87% estão muito satisfeitos com relação ao conhecimento e atendimento do consultor, e apenas 13% afirmam estar satisfeitos e nenhum cliente preencheu o item razoavelmente satisfeito e insatisfeito. 56 Tabela 12 - Sobre o conhecimento do produto e atendimento do consultor comercial você Satisfação Muito Satisfeito Satisfeito Razoavelmente satisfeito Insatisfeito Total Freqüência 26 4 0 0 30 % 84% 13% 3% 0% 100% Nesta dimensão procurou identificar quais foram as fontes de informações que foram consultados para auxiliar no processo de compra do veículo, podemos identificar as influências de Marketing e também as interpessoais. Quanto às fontes de informação, a propaganda na TV pontuou 40% da amostra, sabemos que a televisão é o meio de comunicação que mais atinge a massa, pois a grande maioria das residências já possui um ou até mais aparelhos. É um meio de acesso rápido e barato para a população estar ligada ao mundo. O que chamou atenção foi à importância dada á opinião de colegas, amigos ou parentes com 30%, ou seja, 30% dos clientes compram um veículo influenciado por algum grupo de referência, segundo CHURCHILL e PETER (2000), “são aqueles grupos de pessoas que influenciam os pensamentos, os sentimentos e os comportamentos do consumidor”. Um veículo é considerado um bem durável e exige considerável quantidade de recursos para sua aquisição e o fator socioeconômico perante sua comunidade, faz cm que o consumidor tenha necessidade de saber o que as pessoas próximas a ele pensam sobre o automóvel, antes de sua aquisição. Esse fator sugere que os profissionais de Marketing, nas suas estratégias de comunicação, deve se preocupar com a opinião pública, pois um forte influenciador. A ida a Concessionária por indicação de amigos e parentes poderá ser mais bem explorada pela empresa. O marketing viral continua sendo uma das formas de menor custo e mais gratificantes para as empresas, esse item foi preenchido principalmente pelas mulheres, é mais recorrido que as revistas especializadas e jornais que foram citados apenas por 3% da amostra. Na tabela 14, abaixo, pode-se entender melhor o quadro de fontes de 57 informação. Tabela 14 – Fontes de informação que motivou a compra de um veículo Peugeot Fonte Conselho amigos /parente Revistas especializadas Propaganda de TV Propaganda em jornais Propaganda em rádio Folhetos promocionais Já conhecia sobre o veículo Outros Total Freqüência % 9 1 12 1 0 0 7 1 30 30% 3% 40% 3% 0% 0% 24% 3% 100% Nesta dimensão que aborda influências intrapessoais “Você indicaria a Concessionária Chanson a um amigo”. Há um único item avaliativo na questão e a possibilidade de respostas é apenas duas: sim ou não. O resultado foi unânime nesta questão, 100% da amostra respondeu que indicariam a concessionária a um amigo. Tabela 15 – Você indicaria a concessionária Chanson a um amigo: Indicaria Sim Não Total Freqüência 30 0 30 % 100% 0% 100% A última questão da entrevista é aberta e nela são solicitadas sugestões e criticas á empresa. Apenas três clientes entrevistados registraram sugestões e críticas, sendo elas: a) Continuar com bom atendimento; b) Diminuir os preços dos acessórios ou oferecer mais descontos para clientes que adquirem o veículo e desejam instalar mais acessório. 58 X CONCLUSÕES E SUGESTÕES DE ESTUDOS FUTUROS O presente estudo teve como objetivo geral fazer uma análise dos fatores que influenciam na compra de um veículo Peugeot, na Concessionária Chanson Veículos de Foz do Iguaçu. A identificação dos fatores que influenciam na compra de um produto é fundamental no sentido de orientar a aplicação dos recursos de marketing da empresa. Os resultados apresentados neste trabalho mostram que a utilização dos conceitos de marketing, segmentação de mercado, a identificação dos fatores que influenciam na compra aliado ao uso de métodos apropriados, podem direcionar melhor os esforços da empresa para satisfazer os vários segmentos de consumidores existentes. Os resultados obtidos junto aos consumidores que adquiriram um veículo Peugeot na concessionária Chanson evidenciaram fatores interpessoais, intrapessoais, situacionais e de marketing. Nos fatores interpessoais destacam-se com maior ênfase a cultura. Cultura diz respeito ao modo de ver o mundo; de acordo com KOTLER (1994), é o determinante mais fundamental dos desejos e do comportamento de uma pessoa. Para ENGEL, BLACKWEEL e MINIARD (2000), os fatores interpessoais envolvem um complexo de valores, idéias e atitudes, além de símbolos que permitem aos humanos se comunicarem e avaliarem-se como membros da sociedade, pode-se então afirmar que a cultura é um influenciador da compra de um veículo Peugeot. Os grupos de referência e a família também são grandes influenciadores no processo de compra estudado. Grupos de referência são aqueles pelos quais os consumidores se deixam influenciar, se observarmos a tabela 14 podemos observar que 30% dos entrevistados compram um veículo Peugeot motivado por conselhos de colegas, amigos e parentes, isto é, a busca de orientação com pessoas que fazem parte do ambiente onde ele esta envolvido, por trata-se de uma compra de bem durável, para a qual conhecimento específico se faz necessário a fim de que erros não aconteçam. Com relação aos fatores intrapessoais, todos influenciam, contudo devem-se destacar motivação e aprendizagem. Na compra de um veículo Peugeot, identificou- 59 se que a motivação é predominante, uma vez que o consumidor adquiriu um veículo para sua realização pessoal integrada com a estima dos consumidores, e aprendizagem no sentido de que os consumidores tangibilizam qualidade de produto, fundamentalmente, em razão de experiências com o veículo antigo. Através da realização da pesquisa e dos resultados encontrados, os gestores da Concessionária Chanson constataram a importância da compreensão do comportamento de seus clientes, acompanhar a evolução tecnológica e o comportamento do consumo vem sendo o grande desafio das organizações para atender seus clientes de forma satisfatória e superar seus concorrentes. Um desafio que determina o grau de competência das organizações. Os resultados descritos na análise de dados indicam que o trabalho atingiu adequadamente os seus objetivos. Acredita-se que os resultados do estudo constituem informações relevantes para os gestores envolvidos com a venda destes produtos, pois trazem informações que viabilizam um melhor direcionamento das ações de marketing. Neste sentido, em convergência com os objetivos específicos do estudo, recomenda-se: 1. Um estreitamento com o cliente deve fazer parte do planejamento estratégico da empresa, buscando aprimorar a qualidade dos produtos oferecidos, para isso a empresa deve estabelecer diretrizes e decisões relacionadas ao mercado e no ambiente onde ela esta inserida, cabe a empresa fazer o uso correto das informações e tecnologias, associados à especialização de seus funcionários para que possam desenvolver um atendimento diferenciado e voltado a seu público alvo. 2. Considera-se importante e oportuno o prosseguimento deste estudo, sobretudo com os clientes que estiveram na Concessionária mais não compraram seu veículo. 3. Também seria viável estender o estudo nas demais filiais da Chanson, considerando que os fatores culturais são fortes influenciadores. 4. Sugere-se o monitoramento da satisfação do cliente como meio de avaliar a qualidade do produto oferecido, isso pode ser implantado através da criação de Pesquisa de Marketing on-line, e quando houver uma lacuna identificar e eliminar 60 suas causas. 5. Pode ser implantando um atendimento diferenciado para o público feminino, como por exemplo: montar work shops com explicações sobre as características dos veículos. 61 X REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ANDRADE, Rui Otávio B; AMBONI, Nério. TGA Teoria Geral da Administração: das origens às Perspectivas Contemporâneas. São Paulo: M. Books,2007. ANGELO, Claudio Felisoni de; GIANGRANDE, Vera. Marketing de Relacionamento no Varejo. São Paulo: Saint Paul Institute Of Finance, 2004. BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. Administração: construindo vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998. BNDES. 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Site:http://4.bp.blogspot.com/_aEgTedPqUK4/SMSOemk7caI/AAAAAAAAJVU/2vIKq FPr6qg/s1600-h/peugeot+logos.jpg consultado dia 22/01 as 17:30 hs. Site:http://mundodasmarcas.blogspot.com/2006/06/peugeot-dirija-esse-prazer.html consultado dia 22/01 ás 17:17 hs. As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa Peugeot (em várias línguas). 65 PESQUISA SOBRE OS FATORES QUE INFLUENCIAM NA COMPRA DE UM VEICULO PEUGEOT NA CONCESSIONÁRIA CHANSON Esta é uma pesquisa de cunho acadêmico e sigilosa. A sua identidade não será revelada. Sua participação é fundamental para Chanson Veículos alcançar níveis mais altos de satisfação. Antecipadamente, agradecemos sua participação e colaboração. Nome E-mail Telefone Sexo ( )M ( )F Endereço Bairro: Cidade: Estado Civil ( ) Casado ( ) Solteiro ( ) Separado/Viúvo/Divorciado Escolaridade ( ) Fundamental Completo ( ) Médio Completo ( ) Superior Completo ( ) Inferior a R$ 1.140,00 ( ) Entre R$ 1.140,00 a R$ 2.280,00 Renda ( ) Entre R$ 2.280,00 a R$ 3.420,00 ( ) Entre R$ 3.420,00 a R$ 5.700,00 ( ) Entre R$ 5.700,00 a R$ 7.600,00 ( ) Superior a R$ 7.600,00 Faixa Etária ( ) Até 20 anos ( )21 a 30 ( )31 a 40 ( )41 a 50 ( )acima de 50 anos Veículo: Classifique em escala de importância os fatores que foram decisivos no momento de adquirir seu veículo na Concessionária Chanson: Influências de Marketing Muito Importante Importante Pouco Importante Sem Importância 1. Qualidade no atendimento ( ) ( ) ( ) ( ) 2. Qualidade e confiabilidade da marca ( ) ( ) ( ) ( ) 3. Qualificação dos profissionais ( ) ( ) ( ) ( ) 4. Preço ( ) ( ) ( ) ( ) 5. Promoções e facilidade de pagamento ( ) ( ) ( ) ( ) Visando identificar os principais fatores que influenciaram na compra de um veículo Peugeot, assinale nas questões 6 a 22 uma ou mais alternativas: 6( 7( 8( 9( 10 ( 11 ( 12 ( 13 ( 14 ( ) ) ) ) ) ) ) ) ) Qualidade Preço Confiança na Marca Economia Modelo de Status Conforto Designer Facilidades de Pagamento Espaço Interno 15 ( 16 ( 17 ( 18 ( ) ) ) ) 19 ( ) 20 ( ) 21 ( ) 22 ( ) Desvalorização do veículo usado Lançamento de um modelo novo Carro anterior velho ou ruim Necessidade de mais um veículo na família Trabalho ou estudo originou necessidade de transporte Posição social ou cargo condicionaram a ter um veículo novo Investimento Outros 23. Visando conhecer sua opinião sobre as instalações,ambiente, limpeza, localização da loja e o atendimento do consultor, responda as questões 23 e 24 em escala de satisfação entre insatisfeito e muito satisfeito: ( ) ( ) Muito Satisfeito Satisfeito ( ) ( ) Razoavelmente Insatisfeito Insatisfeito 24. Sobre o conhecimento do produto e atendimento de suas necessidades pelo consultor comercial o Sr. (a) diria que esta: ( ) ( ) Muito Satisfeito Satisfeito ( ) ( ) Razoavelmente Insatisfeito Insatisfeito 66 Referente as fontes de informação que motivou a compra de um veículo Peugeot, assinale uma questão: 25 Conselho de colegas, amigos ou parentes ( ) 29 Propaganda em rádio ( ) 26 Revistas especializadas ( ) 30 Folhetos promocionais ( ) 27 Propaganda na TV ( ) 31 Já conhecia sobre o veículo ( ) 28 Propaganda em Jornais ( ) 32 Outros 33. Você indicaria a Concessionária Chanson a um amigo? ( ) ( ) Sim Não Sim Não Sugestões e Críticas: 67 ANEXO 02 3.0 HISTÓRICO DA MARCA PEUGEOT Durabilidade, visual moderno, linhas arrojadas, desempenho e inovação. Essas cinco qualidades estão sempre presentes em automóveis representados por três dígitos como 206, 207, 307 ou 407 e que levam um pequeno leão como símbolo na grade frontal. Esses fatos transformaram a montadora Peugeot um gigante mundial. 3.1 A história A história da tradicional montadora remonta a 1810, quando Jean-Pierre e Jean-Frédéric Peugeot converteram um antigo moinho de grão em uma fábrica de aço laminado a frio. Esta primeira fábrica produzia chapas de serra laminadas e molas de relojoaria destinada à indústria do Franco-Condado. Em 1818 a PEUGEOT FRÉRES inicia a produção de ferramentas e acessórios para uso diverso. Por volta de 1850 aparece a marca do leão, utilizada para designar ferramentas feitas com aço de alta qualidade (utilizado na fabricação de lâminas de serra). Oito anos depois, a marca do leão é registrada no Conservatório Imperial de Artes e Ofícios. A empresa crescia e a diversificação na linha de produtos era inevitável: as primeiras bicicletas feitas sob a marca Peugeot foram produzidas em 1882. O conhecimento adquirido na produção de bicicletas e sua posterior motorização colaboraram para o desenvolvimento dos primeiros triciclos e quadriciclos automotores comercializados pela empresa. Em 1890 surge o primeiro automóvel de quatro rodas fabricado pela Peugeot. Com motor de 2 cilindros em V da marca Daimler na parte traseira, desenvolvia potência de 1cv. Foi então, que em 1896, Armand Peugeot fundou a Société Anonyme des Automobiles Peugeot na cidade de Audincourt, tendo como endereço a cidade de Paris, e uma firma subsidiária em Marseille. A nova empresa tinha como objetivo produzir veículos de turismo e caminhões. No ano seguinte, seria fabricado o primeiro automóvel chamado modelo 15, equipado com motor 100% Peugeot. A Peugeot foi a primeira marca a introduzir pneus de borracha na produção de automóveis. No final do século, em 1899, o 68 portifólio da empresa já compreendia 15 modelos, de 2 à 12 lugares. Um ano depois a Peugeot alcançava a marca de 500 unidades produzidas. Só em 1920, a Peugeot deu um novo impulso com o lançamento de um pequeno modelo, o Quadrilette 161. Incluído na categoria de ciclomotores, este veículo de dois lugares, que atingia os 60 km/h, teve uma grande aceitação entre os clientes da marca. Nesta época, a Peugeot separou-se em duas divisões: divisão de motocicletas e bicicletas e a divisão automóvel. Nos anos seguintes um plano de racionalização muito importante e a adoção de meios de produção em massa nas fábricas de Sochaux permitiram lançar o primeiro modelo realmente de série da marca: o 201, introduzido em 1929. O modelo revolucionou a história da montadora, afinal, foi a partir dele que a tradicional nomenclatura de três dígitos da marca francesa começou a ser definitivamente adotada. Desde a sua origem, as denominações dos modelos não seguiam uma lógica que permitisse à clientela identificá-los com facilidade. Então foi criada a famosa nomenclatura: com o primeiro algarismo representando o tamanho do carro, o terceiro a cronologia, e o número zero no meio representando a articulação entre os dois elementos. A Peugeot patenteou todos os números de 101 a 909, motivo pelo qual a Porsche, em 1963, foi obrigada a alterar o nome do modelo 901 para 911. Em 1939, todos estes esforços de crescimento foram interrompidos, pois, mais uma vez, a empresa sofreu as conseqüências da Segunda Guerra Mundial: ocupação, bombardeamentos e saque das suas fábricas. Somente em 1948 a montadora apresentou um novo modelo no Salão Automóvel de Paris: o 203. Depois de três anos de reconstrução e reativação da produção, Jean-Pierre Peugeot, que presidia a Peugeot na época, viu os seus esforços recompensados com o sucesso alcançado por este modelo entre uma clientela que se mantivera durante dez anos órfã de novidades. . Do 203 fabricaram-se cerca de 70.000 exemplares entre 1948 e 1960. Nas décadas seguintes a montadora Peugeot se estabeleceu como uma das gigantes européias, amparada por lançamentos de sucesso mundial como os modelos 206, 307 e 607. Além disso, inaugurou fábricas em países estratégicos como a China (1995), o Brasil (2001) e a Argentina, se tornando uma marca global. 69 3.1.1 A marca no Brasil No ano de 1992 a montadora Peugeot chegou oficialmente ao Brasil como importadora de veículos, lançando no ano seguinte o modelo 306, seguido pelo 406 em 1995. A montadora começou a consolidar sua história em solo nacional com a comercialização, em 1999, do modelo 206, um case de sucesso no mundo todo. Então importado da França e Argentina, o veículo chegou a liderar o segmento de modelos compactos 1.6, superando marcas tradicionais no país. A Peugeot foi a última das grandes montadoras a construir uma fábrica numa onda de investimentos que começou no final dos anos 90. A fábrica foi inaugurada fevereiro de 2001 em Porto Real no Rio de Janeiro como um dos centros de produção mais modernos do Grupo no mundo. Já em 2006 a fábrica produzia mais de 94 mil veículos por ano. Recentemente a montadora de início oficialmente à produção do primeiro veículo da marca totalmente desenvolvido no Brasil: o Peugeot 207 Brasil, fruto do trabalho de uma equipe formada principalmente por brasileiros. A Peugeot dispõe atualmente de 141 pontos de venda espalhados pelo território nacional. Até o fim do ano, a marca deve abrir outras 16 revendas. A montadora francesa tem por meta ultrapassar os 104 mil veículos vendidos no mercado brasileiro em 2008. 3.2 A evolução da Marca O logotipo da PEUGEOT sofreu inúmeras alterações no decorrer do tempo. O surgimento do tradicional LEÃO aconteceu em 1850 quando a PEUGEOT FRÉRES, para classificar as ferramentas que fabricava, registrou publicamente três símbolos: ►Um leão com ou sem flecha para 1º unidade. ► Uma lua crescente para 2ª qualidade ►Uma mão para a 3ª qualidade. Em 1932, uma primeira modificação no grafismo do Leão é feita para atender 70 às necessidades de propaganda e publicidade da época. Quatro anos depois os automóveis ganham o escudo com cabeça de leão. Em 2002, o logotipo da Peugeot evoluiu a partir da marca do leão, agregando elementos para garantir maior impacto visual, solidez e flexibilidade de aplicação. Valorizou-se a imagem de uma empresa dinâmica, porém sem deixar de lado a tradição de um nome sempre ligado ao pioneirismo. Figura 5: A evolução da logomarca Peugeot Fonte:http://4.bp.blogspot.com/_aEgTedPqUK4/SMSOemk7caI/AAAAAAAAJVU/2vIK qFPr6qg/s1600-h/peugeot+logos.jp 3.2.1 Os dados e Slogan da Empresa ● Origem: França ● Fundação: 1896 ● Fundador: Armand Peugeot ● Sede mundial: Souchax, França ● Proprietário da marca: PSA Peugeot Citroen ● Capital aberto: Não (subsidiária) ● Chairman: Christian Streiff 71 ● Presidente: Jean Philippe Collin ● Faturamento: €65 bilhões (estimado) ● Lucro: €1.3 bilhões (estimado) ● Fábricas: 24 ● Produção: 1.967.000 veículos (2007) ● Presença global: 150 países ● Presença no Brasil: Sim ● Funcionários: 134.345 ● Segmento: Automotivo ● Principais produtos: Automóveis e caminhões ● Outros negócios: Peugeot Motocycles ● Ícones: O leão de seu logotipo ● Slogan: The drive of your life. (Dirija esse prazer.) 3.2.2 Logomarca da Peugeot Fonte: figura copilada do site oficial da empresa