2º PEDAGOGIA 2º BIMESTRE MORFOLOGIA – CLASSES GRAMATICAIS - VARIÁVEIS PROF. ADRIANO MENDES - FRAJOLA Substantivo é toda a palavra que denomina um ser, é usada para nomear pessoas, coisas, animais, lugares, sentimentos e normalmente vem precedida de artigo. O adjetivo, o numeral e o pronome também acompanham o substantivo. Substantivo De acordo com a gramática portuguesa, um substantivo é determinado pelo seu gênero, número e grau. Para transformar uma palavra de outra classe gramatical em um substantivo, basta precedê-lo de um artigo. Exemplo: "O não é uma palavra dura". Artigos sempre precedem palavras substantivadas, mas substantivos (que são substantivos em sua essência) não precisam necessariamente ser precedidos por artigos. Classificação Quanto à formação Ver artigo principal: Formação das palavras na Língua Portuguesa Quanto à existência de radical, o substantivo pode ser classificado em: Primitivo: palavras que não derivam de outras. Ex: flor, pedra. Derivado: vem de outra palavra existente na língua. O substantivo que dá origem ao derivado (substantivo primitivo) é denominado radical. Ex: floreira, pedreira. Quanto ao número de radicais, pode ser classificado em: Simples: tem apenas um radical. Ex: água, couve, sol Composto: tem dois ou mais radicais. Ex: água-de-cheiro, couve-flor, girassol, lança-perfume. Quanto à semântica Quando se referir a especificação dos seres, pode ser classificado em: Concreto: designa seres que existem ou que podem existir por si só. Ex: casa, cadeira. Também concretos os substantivos que nomeiam divindades (Deus, anjos, almas) e seres fantásticos (fada, duende), pois, existentes ou não são sempre considerados como seres com vida própria. 1 Abstrato: designa idéias ou conceitos, cuja existência está vinculada a alguém ou a alguma outra coisa. Ex: justiça, amor, trabalho, etc. Próprio: denota um elemento específico dentro de um grupo, sendo grafado sempre com letra maiúscula. Ex: Fernanda, Portugal, Brasília, Fusca. Coletivo: um substantivo coletivo designa um conjunto de seres de uma mesma espécie no singular. No entanto, vale ressaltar que não se trata necessariamente de quaisquer seres daquela espécie. Alguns exemplos: Uma biblioteca é um conjunto de livros, mas uma pilha de livros desordenada não é uma biblioteca. A biblioteca discrimina o gênero dos livros e os acomoda em prateleiras. Uma orquestra ou banda é um conjunto de instrumentistas, mas nem todo conjunto de músicos ou instrumentistas pode ser classificado como uma orquestra ou banda. Em uma orquestra ou banda, os instrumentistas estão executando a mesma peça musical ao mesmo tempo, e uma banda não tem instrumentos de corda. Uma turma é um conjunto de estudantes, mas se juntarem num mesmo alojamento os estudantes de várias carreiras e várias universidades numa sala, não se tem uma turma. Na turma, os estudantes assistem simultaneamente à mesma aula. Todos os substantivos que não são próprios podem ser genericamente Flexão do substantivo Quanto ao gênero Os substantivos flexionam-se nos gêneros masculino e feminino e quanto às formas, podem ser: Substantivos biformes: apresentam duas formas originadas do mesmo radical. Exemplos: menino - menina, traidor - traidora, aluno - aluna. Substantivos heterônimos: apresentam radicais distintos e dispensam artigo ou flexão para indicar gênero. Exemplos: arlequim - colombina, arcebispo - arquiepiscopisa, bispo - episcopisa, bode - cabra. Substantivos uniformes: apresentam a mesma forma para os dois gêneros, podendo ser classificados em: Epicenos: referem-se a animais ou plantas, e são invariáveis no artigo precedente, acrescentando as palavras macho e fêmea, para distinção do sexo do animal. Exemplos: a onça macho - a onça fêmea; o jacaré macho - o jacaré fêmea; a foca macho - a foca fêmea. Comuns de dois gêneros: o gênero é indicado pelo artigo precedente. Exemplos: o dentista, a dentista. Sobrecomuns: invariáveis no artigo precedente. Exemplos: a criança, a testemunha, o indivíduo (não existem formas como "crianço", "testemunho", "indivídua", nem "o criança", "o testemunha", "a indivíduo"). 2 Quanto ao número Os substantivos apresentam singular e plural. Os substantivos simples, para formar o plural, substituem a terminação em vogal ou ditongo oral por s; a terminação em ão, por ões, ães, e ãos; as terminações em s, r, e z, por es; terminações em x são invariáveis; terminações em al, el, ol, ul, trocam o l por is, com as seguintes exceções: "mal" (males), "cônsul" (cônsules), "mol" (mols), "gol" (gols); terminação em il, é trocado o l por is (quando oxítono) ou o il por eis (quando paroxítono). Os substantivos compostos flexionam-se da seguinte forma quando ligados por hífen: se os elementos são ligados por preposição, só o primeiro varia (mulas-semcabeça); se os elementos são formados por palavras repetidas ou por onomatopéia, só o segundo elemento varia (tico-ticos, pingue-pongues); nos demais casos, somente os elementos originariamente substantivos, adjetivos e numerais variam (couves-flores, guardas-noturnos, amores-perfeitos, bemamados, ex-alunos). Quanto ao grau Os substantivos possuem três graus, o aumentativo, o diminutivo e o normal que são formados por dois processos: Analítico: o substantivo é modificado por adjetivos que indicam sua proporção (rato grande, gato pequeno); Sintético: modifica o substantivo através de sufixos que podem representar além de aumento ou diminuição, o desprezo ou um sentido pejorativo (no aumentativo sintético: gentalha, beiçorra), o afeto ou sentido pejorativo (no diminutivo sintético: filhinho, livreco). Exemplos de diminutivos e aumentativos sintéticos: sapato/sapatinho/sapatão; casa/casebre/casarão; cão/cãozinho/cãozarrão; homem/homenzinho/homenzarrão; gato/gatinho/gatarrão; bigode/bigodinho/bigodaça; vidro/vidrinho/vidraça; boca/boquinha/bocarra; muro/mureta/muralha; pedra/pedregulho/pedrona; rocha/rochinha/rochedo; Substantivos em outros idiomas (Cultura inútil) 3 A classificação dos substantivos é universal, sendo um tipo de palavra que existe em todos os idiomas, assim como os verbos. Entretanto, as flexões entre os substantivos pode variar muito de um idioma para outro. Alguns exemplos: Em francês, os substantivos só se flexionam em gênero e número, inexistindo, portanto, a flexão de grau. O grau é designado apenas na forma analítica, por meio de adjetivos antepostos: "petit", para o diminutivo, e "grand" para o aumentativo. Em inglês, os substantivos se flexionam apenas em número: singular e plural. Não há flexão de gênero nem de grau. Em latim, os substantivos se flexionam em gênero (masculino, feminino e neutro), número (singular e plural), grau (normal, aumentativo e diminutivo) e caso (nominativo, vocativo, acusativo, genitivo, dativo e ablativo). A flexão de caso designa a função gramatical que o substantivo exerce na frase. Em português a flexão de caso é substituída por preposições. Em alemão há flexão de gênero (masculino, feminino e neutro), número (singular e plural), grau (normal e diminutivo - não há aumentativo) e, raramente, pode haver flexão de caso. Os substantivos são sempre escritos com inicial em maiúscula, independentemente de serem próprios ou não. Em muitas línguas eslavas, existem cinco gêneros (masculino, feminino, animado, inanimado e neutro), três números (singular, dual e plural) e oito casos (nominativo, vocativo, acusativo, genitivo, dativo, locativo, prepositivo e instrumental). Em sueco, há dois gêneros (comum e neutro), dois números (singular e plural) e dois casos (definido e indefinido). A flexão de caso substitui os artigos, que não existem em sueco. Nas línguas urálicas há apenas a flexão de número (geralmente singular e plural) e caso (que podem chegar a mais de 20 em alguns idiomas). Não há gênero, nem grau. Em árabe, há flexão de número (singular, dual e plural), de caso (nominativo, acusativo e genitivo) e gênero (masculino e feminino). Em japonês os substantivos são palavras invariáveis. Não há gênero nem número, o grau é designado por adjetivos e o caso é designado por posposições. O romeno é o único dos idiomas latinos que possui gênero neutro, além do masculino e do feminino, e com flexão de caso: definido, indefinido e genitivo. Adjetivo Adjetivos(português brasileiro) ou Adjectivos(português europeu) são as palavras que caracterizam um substantivo atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser. Flexionam-se em gênero, número e grau. Sua função gramatical pode ser comparada com a do advérbio em relação aos verbos, aos adjetivos e a outros advérbios. Exemplos: borboletas azuis 4 céu cinza sandálias sujas Da mesma forma que os substantivos,os adjetivos contribuem para a organização do mundo em que vivemos.Assim,distinguimos uma fruta azeda de uma doce,por exemplo.Eles também estão ligados a nossa forma de ver o mundo:o que pode ser bom para uns pode ser mau para outros. Classificação dos adjetivos Os morangos são vermelhos.Vermelhos caracteriza o substantivo morangos e por isso,é um adjetivo Quanto à semântica A classificação semântica dos adjetivos pode variar de acordo com o tipo de característica que exprimem. Alguns exemplos: Cor: vermelho, amarelo, azul, preto, etc. Forma: quadrado, redondo, triangular, etc. Temperatura: quente, frio, morno, gelado, etc. Intensidade: forte, fraco, moderado, etc. Proporção: grande, médio, pequeno, nanico, enorme, etc. Qualidade: bom, bonito, amável, agradável, etc. Defeito: mau, ruim, feio, horrível, etc. Adjetivos gentílicos: brasileiro, português, paulista, carioca, lisboeta, etc. Quanto à formação Com relação à formação das palavras, os adjetivos podem ser classificados em: Primitivo: Não provém de outra palavra,e serve de base para a formação de outras palavras, em geral, substantivos abstratos. Exemplos: Triste é primitivo de tristeza; Negro é primitivo de negritude. Derivado: Apresenta afixos e provém de outra palavra. Exemplos: Integral é derivado de íntegro(íntegro + sufixo -al); Amansado é derivado de manso(prefixo a- + manso + sufixo -ado). Simples: É constituído de um só elemento: surdo, mudo, etc. Composto: É aquele que é constituído de mais de um elemento: Plantão médico-cirúrgico, Uniforme alviverde(alvo + verde). ] Flexão de adjetivos Os adjetivos podem sofrer três tipos de flexão:por gênero,por número e por grau. Flexão de Gênero Os adjetivos podem ser divididos em dois grupos em relação ao género. Adjetivos uniformes: Apresentam uma única forma para os dois géneros(masculino e feminino). Exemplos: empregado competente(masculino)/empregada competente(feminino) Adjetivos biformes: Apresentam duas formas para os dois gêneros(masculino e feminino). Exemplo: o homem burguês(masculino)/a mulher burguesa(feminino) Em geral, para formar o feminino,os adjetivos levam a vogal -a no final do adjetivo e,para formar o masculino,eles levam a vogal -o no final do adjetivo. Exemplo: 5 criativo(masculino)/criativa(feminino). Entretanto, pode haver exceções, como no caso dos masculinos terminados em -eu, que podem fazer o feminino em -eia (europeu, européia) ou em -ia (judeu, judia). Flexão de Número Em relação à número, usa-se a classificação de simples e composto.Elas são semelhantes às dos substantivos. Regras para flexão de número com adjetivos simples. A maior parte dos adjetivos forma o plural com o acréscimo de -s. Exemplos: bola-bolas Quando terminaram em -l precedidos de a,e,o ou u,substituímos o -l por -is Exemplos: animal-animais/ hotel-hotéis/ farol-faróis Outros Exemplos: cidadãocidadãos/ cão-cães/ opinião-opiniões/ Mais exemplos: papelzinho-papeizinhos/ pãozinho-pãezinhos Quando as palavras forem paroxítonas e terminarem em -s e -x,elas ficam invariáveis Exemplos: o lápis-os lápis/ o tórax-os tórax Regras para flexão de número para adjetivos compostos Nos adjetivos compostos,só o último elemento vai para o plural Exemplos: lente côncavo-convexas Nos adjetivos cores,eles ficam invariáveis quando o último elemento for um substantivo Exemplos: papel azul-turquesa/papéis azul-turquesa; olho verde-lagoa/verde-água olhos verde-mar Flexão de Grau A única flexão de grau propriamente dita dos adjetivos é entre o grau normal e o grau superlativo absoluto. Exemplos: atual - atualíssimo, negro - nigérrimo, fácil facílimo. Algumas palavras ainda admitem o grau comparativo de superioridade. Exemplos: grande - maior, bom - melhor. Nos demais casos, o grau é indicado não por flexões, mas por advérbios. São distintos os seguintes graus: Comparativo de igualdade: Usa-se para expressar que um ser têm um grau de igualdade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: tanto...quanto, ...assim como..., tão...quanto, ...do mesmo jeito que..., e outras variações. Por exemplo: "Fulano é tão alegre quanto sicrano". Comparativo de superioridade: Usa-se para expressar que um ser têm um grau de superioridade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: mais...que ou mais...do que. Exemplo: "José é mais alegre que Pedro". Comparativo de inferioridade: Usa-se para expressar que um ser têm um grau de inferioridade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: menos...que ou menos...do que. Exemplo: "José é menos alegre que Pedro". Superlativo absoluto (analítico): Exprime um aumento de intensidade sobre o substantivo determinado pelo adjetivo, sem compará-lo com outros da mesma espécie. Exemplo: "José é muito alto". Superlativo relativo de superioridade: Exprime uma vantagem de um ser entre os demais da mesma esécie. Exemplo: "José é o mais alto de todos". Superlativo relativo de inferioridade: Exprime uma desvantagem de um ser entre os demais da mesma espécie. Exemplo: "José é o menos alto de todos". Locução adjetiva 6 Na foto,uma mãe e seu filho.A mãe possui um amor de mãe ou materno por seu filho o adjetivo de mãe é locução adjetiva,pois são duas palavras que possuem o valor de um adjetivo Locução adjetiva é a reunião de duas ou mais palavras com função de adjetivo.Elas são usualmente formadas por: uma preposição e um advérbio uma preposição e um substantivo Exemplos: Conselho de mãe = Conselho maternal Dor de estômago = Dor estomacal Périodo da tarde = Périodo vespertino Adjetivos em outros idiomas [cultura inútil] Nas línguas germânicas, todos os adjetivos, obrigatoriamente, precedem o substantivo. Em latim, a flexão de grau é sintética e inclui, para todos os adjetivos, o grau superlativo absoluto e o grau comparativo de superioridade. Em inglês, a flexão de grau inclui o grau superlativo relativo e o grau comparativo de superioridade, apenas para substantivos de até duas sílabas. Para os demais substantivos, não existe flexão de grau. Não há superlativo absoluto, sendo substituído pelo advérbio "very". Não há concordância de gênero nem de número. Em alemão, os adjetivos se flexionam em gênero (masculino, feminino e neutro), número (singular e plural), grau (normal, comparativo e superlativo) e caso (nominativo, acusativo, genitivo e dativo). Pronome Pronome é a classe de palavras que substitui uma frase nominal. Inclui palavras como ela, eles e algo. Os pronomes são reconhecidos como uma parte do discurso distinta das demais desde épocas antigas. Essencialmente, um pronome é uma única palavra (ou raramente uma forma mais longa), com pouco ou nenhum sentido próprio, que funciona como um sintagma nominal completo. O pronome é a palavra que acompanha ou substitui o substantivo, relacionando-o com uma das pessoas do discurso. 7 Quando um pronome substitui o substantivo ele é chamado de pronome substantivo. Os pronomes classificam-se em vários tipos. Os pronomes pessoais apontam para algum participante da situação de fala: eu, você, nós, ela, eles. Os pronomes demonstrativos apontam no espaço ou no tempo, como este em "Este é um bom livro". Os pronomes interrogativos fazem perguntas, como quem em "Quem está aí?". Os pronomes indefinidos, como alguém ou alguma coisa, preenchem um espaço numa frase sem fornecer muito significado específico, como em "Você precisa de alguma coisa?". Os pronomes relativos introduzem orações relativas, como o que em "Os estudantes que tiraram a roupa durante a cerimônia de formatura estão encrencados". Finalmente, um pronome reflexivo como si mesmo e um pronome recíproco como um (a)o outro referem-se a outros sintagmas nominais presentes na sentença de maneiras específicas, como em "Ela amaldiçoou a si mesma" e "Eles estão elogiando muito um ao outro, ultimamente". Como regra geral, um pronome não pode tomar um modificador, mas há umas poucas exceções: pobre de mim, coitado dele, alguém que entenda do assunto, alguma coisa interessante. Pronomes possessivos São aqueles que se referem às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa. Flexionam-se em gênero e número, concordando com a coisa possuída, e em pessoa, concordando com o possuidor. Exemplos: meu(s), minha(s), teu(s), tua(s), nosso(a)/nossos(as), vosso(a)/vossos(as), seu(a)/seus(uas) Pronomes indefinidos São aqueles que se referem a substantivos de modo vago, impreciso ou genérico. São pronomes indefinidos aqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de modo indeterminado. Variáveis Todo, toda, um, uma, algum, alguma, nenhum, nenhuma, certo, certa, muito, muita, outro, outra, pouco, pouca, tanto, tanta, qualquer, quaisquer. Pronomes definidos a, o, os, as João comeu a maçã. "a" = pronome definido João comeu uma maçã "uma" = pronome indefinido Invariáveis Tudo; algo; nada; alguém; outrem; ninguém; cada; mais; menos. Estes pronomes não sofrem nenhuma alteração, ou seja, não mudam de gênero nem de número. Pronomes pessoais São aqueles que representam as pessoas do discurso. Subdividem-se em: Caso reto (exercem a função de sujeito ou predicativo do sujeito): eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas; Caso oblíquo (exercem a função de complemento verbal): me, mim, comigo, te, ti, contigo, o, a, lhe, si, consigo, nos, conosco, vos, convosco, os, as, lhes. Há dois tipos deles: átonos e tônicos. Os tonicos tem função de objeto indireto e os átonos tem função de objeto direto. Pronomes reflexivos Como pode haver diversas 3ªs pessoas cumprindo diversos papéis (sujeito e objeto direto/indireto) numa oração, a língua portuguesa apresenta o pronome reflexivo 'se', 8 que, quando empregado, denota que a mesmíssima pessoa que é o sujeito da oração é também o objeto. Assim, numa oração como "Guilherme já se preparou", o 'se' denota que a pessoa preparada por Guilherme foi ele próprio. Se, ao invés de 'se', tivéssemos empregado 'o' (pronome oblíquo exclusivo para objetos diretos) numa oração como "Guilherme já o preparou" entenderíamos que ele preparou a outra pessoa. No entanto, a mesma coisa não ocorre com as outras pessoas (1ª e 2ª), pois, como elas não se alteram, não precisamos empregar um pronome especial. Veja exemplos: Eu não me vanglorio disso. (O 'me' poderia referir-se a que outro 'eu'?) Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi. Assim tu te prejudicas. (Mesma coisa com o 'te') Conhece-te a ti mesmo. Lavamo-nos no rio. Vós vos beneficiastes com a Boa Nova. Nota: No Brasil, costuma-se usar o pronome 'si' também com sentido reflexivo, contudo o mesmo não ocorre em Portugal. Portanto, uma oração como "Ela falou de si" seria genéricamente entendida no Brasil como "de si mesma" enquanto em Portugal como "de outrem". O mesmo vale para 'consigo': "Antônio conversou consigo mesmo". TAMBÉM 1 Gram. Pronome oblíquo que indica que o sujeito da ação é também o objeto. São me (eu me pentiei), se (você/ele/ela se penteou, vocês/eles/elas se pentearam) e vos (vós vos penteastes.) Pronomes de tratamento Entre os pronomes pessoais, incluem-se os pronomes de tratamento, que se referem à segunda pessoa do discurso, mas sua concordância é feita em terceira pessoa. . Palavra ou expressão que substitui pronome pessoal no discurso. É ger. us. para a 2a pessoa, mas com o verbo conjugado na 3a, como em você(s), Sua(s)/Vossa(s) Excelência(s), Suas(s)/Vossa(s) Senhorias, etc.] Exemplos: você, o senhor, Vossa Excelência, a Vossa Senhoria, Vossa Santidade, Vossa Magnificência, Vossa Majestade, Vossa Alteza e etc. Para mais exemplos clique aqui: pronome de tratamento. .Nota : Esse tipo de pronome e ultilizado para se referir as pessoas de cargos importantes da sociedade .Como por exemplo: Membros da realeza(Reis ,Rainhas, Princípes , etc...),Membros do poder Legislativo ,Judiciário e Executivo; Também para como os membros religiosos. Pronomes demonstrativos São aqueles que indicam a posição do ser no espaço (em relação às pessoas do discurso) ou no tempo. primeira pessoa: este, esta, estes, estas, isto. segunda pessoa: esse, essa, esses, essas, isso. terceira pessoa: aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. Também podem ser utilizados para localizar algo num texto: este (e suas flexões) indica um objeto que está adiante (ainda não mencionado); esse (e flexões) indica um objeto já mencionado. Os pronomes "isto", "isso", "aquilo" são classificados geralmente como demonstrativos, mas funcionam na verdade como pronomes pessoais de terceira pessoa, representando o gênero neutro. Outros pronomes demonstrativos mesmo, mesma, mesmos, mesmas: quando têm sentido de "identico", "em pessoa"; próprio, própria, próprios, próprias: quando têm sentido de "idêntico", "em pessoa"; semelhante, semelhantes; são demonstrativos quando equivalerem a "tal" ou "tais"; 9 tal, tais; o, a, os, as: quando puderem ser substituídos por "isto", "isso", "aquilo" e variações. Observação Utiliza-se este (e variações) quando a coisa da qual se fala está perto de quem fala; Utiliza-se esse (e variações) quando a coisa da qual se fala está próxima de quem ouve; Utiliza-se aquele (e variações) quando a coisa da qual se fala está distante de quem fala e de quem ouve. Pronomes em outros idiomas [cultura inútil] Nas línguas indo-européias, os pronomes formam uma classe gramatical presente em todos os idiomas, embora com algumas variações. Nas línguas urálicas, não existem pronomes pessoais nem possessivos. Apenas a flexão do verbo é suficiente para determinar a pessoa e a posse é designada pelo caso genitivo, que assume uma forma diferente para cada pessoa. Em espanhol há um pronome de terceira pessoa para indicar o gênero neutro ("ello", "ellos"). Em latim não há pronome pessoal de terceira pessoa, sendo substituídos por pronomes demonstrativos. Em inglês, todos os pronomes são declinados em caso (nominativo, acusativo e possessivo). Os pronomes demonstrativos não se flexionam em gênero. Na maioria das línguas indo-européias, assim como em japonês, pode existir mais de um pronome de segunda pessoa, chamados "pronomes de tratamento", dependendo do grau de proximidade e respeito a que se dedica ao interlocutor. Em espanhol existem os pronomes "tu" e "usted" (singular), "vosotros" e "ustedes" (plural). Em inglês o pronome "you" é de uso genérico, mas raramente, em ocasiões solenes, usam-se os pronomes "thou" (singular) e "ye" (plural), com os respectivos oblíquos "thee" e "you" e possessivos "thy/thine" e "your/yours". Em francês são usados os pronomes "tu" e "vous". Em japonês os pronomes de primeira pessoa variam de acordo com o sexo do falante e de acordo com a circunstância em que é usado, além de os pronomes de tratamento serem diferentes inclusive para pessoas próximas (quando se dirige a um filho, ao marido, ao chefe, a um subordinado, a um amigo, etc.). O pronome "atashi" significa "eu" quando é uma mulher que fala, enquanto "boku" significa "eu" quando é dito por um homem. Os pronomes "watashi" e "watakushi" são usados por ambos, em circunstâncias formais. Em alemão, o pronome pessoal "Sie" (maiúsculo) significa: "o senhor", "a senhora", "os senhores", "as senhoras", mas "sie" (minúsculo) significa: "ela", "elas", "eles" Em sueco há quatro gêneros de pronomes pessoais para terceira pessoa no singular: masculino, feminino, comum e neutro. O gênero comum serve para designar animais e plantas, e o gênero neutro serve para designar objetos inanimados. 10 VERBO Verbo é o nome dado à classe gramatical que designa uma ocorrência ou situação. É uma das duas classes gramaticais nucleares do idioma, sendo a outra o substantivo. É o verbo que determina o tipo do predicado. Classificação Os verbos admitem vários tipos de classificação, que englobam aspectos tanto semânticos quanto morfológicos. Podem ser divididos da seguinte forma: Quanto à semântica Verbos transitivos: Designam ações voluntárias, causadas por um ou mais indivíduos, e que afetam outro(s) indivíduo(s) ou alguma coisa, exigindo um ou mais objetos na ação. Podem ser transitivos diretos se precedem diretamente o objeto, ou indiretos, se exigem uma preposição antes do objeto. Exemplos: dar, fazer, vender, escrever, amar etc. Verbos intransitivos: Designam ações voluntárias, causadas por um ou mais indivíduos, mas que não afetam outros indivíduos. Exemplos: andar, existir, nadar, voar etc. Verbos de ligação: São os verbos que, em vez de ações, designam situações. Servem para ligar o sujeito ao predicativo. Exemplos: ser, estar, parecer, permanecer, continuar, andar, tornar-se, ficar, viver, virar etc. Verbos impessoais: São verbos que designam ações involuntárias. Geralmente, mas nem sempre, designam fenômenos meteorológicos e, portanto, não têm sujeito nem objeto na oração. Exemplos: chover, anoitecer, nevar, haver (no sentido de existência) etc. Quanto à conjugação Verbos da primeira conjugação: São os verbos cuja vogal temática é a: molhar, cortar, relatar, etc. Verbos da segunda conjugação: são os verbos cuja vogal temática é e: receber, conter, poder etc. O verbo anômalo pôr (único com o tema em o), com seus compostos, também é considerado da segunda conjugação devido à sua forma antiga (poer). Verbos da terceira conjugação: são os verbos cuja vogal temática é i: sorrir, fugir, iludir,cair,colorir etc. [ Quanto à morfologia Verbos regulares: Flexionam sempre de acordo com os paradigmas da conjugação a que pertencem. Exemplos: amar, vender, partir, etc. Verbos irregulares: Sofrem algumas modificações em relação aos paradigmas da conjugação a que pertencem. Exemplos: resfolegar, caber, medir ("eu resfolgo", "eu caibo", "eu meço", e não "eu resfolego", "eu cabo", "eu medo"). Verbos anômalos: São verbos que não seguem os paradigmas da conjugação a que pertence, sendo que muitas vezes o radical é diferente em cada conjugação. Exemplos: ir, ser, ter ("eu vou", "ele foi"; "eu sou", "tu és", "ele tinha", "eu tivesse", e não "eu io", "ele iu", "eu sejo", "tu sês", "ele tia", "eu tesse"). O verbo "pôr" pertence à segunda conjugação e é anômalo a começar do próprio infinitivo). Verbos defectivos: São verbos que não têm uma ou mais formas conjugadas. Exemplos: reaver, precaver - não existem as formas "reavejo", "precavenha", etc. 11 Verbos abundantes: São verbos que apresentam mais de uma forma de conjugação. Exemplos: encher - enchido, cheio; fixar - fixado, fixo. Flexão Modos e tempos verbais são dois tipos de flexão (variação, mudança) que os verbos apresentam, a fim de dar uma maior clareza quanto ao momento e formas da ação, estado ou fenômeno natural. Na língua portuguesa, o Verbo pode sofrer as flexões de: modo e tempo; número - singular e plural; e pessoa - primeira (eu; nós), segunda (tu, vós) e terceira (ele(a), eles(as) e você(s)) Modos verbais As flexões de Modo determinam as diversas atitudes da pessoa que fala com relação ao fato enunciado. Assim: uma atitude que expressa certeza com relação ao facto que aconteceu, que acontece ou que acontecerá, é característica do Modo Indicativo. Exemplos: o Ele trabalhou ontem. o Ela está em casa. o Nós iremos amanhã. uma atitude que revela uma incerteza, uma dúvida ou uma hipótese é característica do Modo Subjuntivo (ou Conjuntivo). Exemplos: o Se eu trabalhasse, ... o Quando eu partir, ... uma atitude que expressa uma ordem, um pedido, um conselho, uma vontade ou um desejo é característica do Modo Imperativo. Exemplo: o Faça isto, agora! Com relação ao Tempo, podemos expressar um facto basicamente de três maneiras diferentes: 1. No presente: significa que o facto está acontecendo relativamente ao momento em que se fala; 2. No pretérito: significa que o facto já aconteceu relativamente ao momento em que se fala; 3. No futuro: significa que o facto ainda irá acontecer relativamente ao momento em que se fala. Entretanto, as possibilidades de se localizar um processo no tempo podem ser ampliadas de acordo com as necessidades da pessoa que fala ou que relata um evento. Neste contexto, a Língua Portuguesa oferece-nos as seguintes possibilidades para combinarmos Modos e Tempos: Modo Indicativo Expressa certeza absolutamente apresentando o facto de uma maneira real, certa, positiva. Presente do Indicativo Expressa o fato no momento em que se fala. O aluno lê um poema. Pretérito Imperfeito Expressa o passado inacabado, um processo anterior ao momento em que se fala, mas que se prolongou, ou ainda, um fato habitual. Por isto, chama-se este tempo verbal de pretérito imperfeito, pois não se refere a um conceito situado perfeitamente num contexto de passado. Emprega-se o pretérito imperfeito do Indicativo para assinalar: 12 um fato passado contínuo, permanente ou habitual, ou casual. o Eles vendiam sempre fiado. o "Uma noite, eu me lembro... ela Numa rede encostada molemente (Castro Alves, Adormecida). dormia o "Glória usava no peito um broche com um medalhão de duas faces." (Raquel de Queirós, As Três Marias). um fato passado, mas de incerta localização no tempo: o Era uma vez, ... um fato presente em relação a outro passado, indicando a simultaneamente de ambos os fatos: o Eu lia quando ela chegou. o "Nessa mesma noite, leu-lhe o artigo em que advertia o partido da conveniência de não ceder às perfídias do poder." (poema de Quintas Borba). Pretérito Perfeito Indica um fato já ocorrido, concluído. Daí o nome: Pretérito Perfeito; referindo-se a um fato que se situa perfeitamente no passado. Emprega-se o Pretérito Perfeito do Indicativo para assinalar: um fato já ocorrido ou concluído: o "Trocaram beijos ao luar tranqüilo." (Augusto Gil, Luar de Janeiro) o "Andei longe terras, Lidei cruas guerras, Vaguei pelas serras, Dos vis Aimorés." (Gonçalves Dias, I-Juca-Pirama). o "Apanhou o rifle, saiu ao meio da trilha e detonou."(Coelho Neto, Banzo). Na forma composta, é usado para indicar uma ação que se prolonga até ao momento presente; através da locução verbal, na qual se usa o particípio. o Tenho estudado todas as noites. o "Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo." (Fernando Pessoa, Poema em Linha Reta - Alvaro de Campos) Pretérito Mais-Que-Perfeito Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito para assinalar um fato passado em relação a outro também no passado (o paso do passado, algo que aconteceu antes de outro fato também passado). O pretérito mais-que-perfeito aparece nas formas simples e composta, sendo que a primeira costuma aparecer em discursos mais formais e a segunda, na fala coloquial. Exemplos de usos do pretérito mais-que-perfeito simples: o Ele comprou o apartamento com o dinheiro do carro que vendera. o "Levava comigo um retrato de Maria Cora; alcançara-o dela mesma ... com uma pequena dedicatória cerimoniosa." (Machado de Assis, Relíquias de Casa) o Morava .. no arraial de São Gonçalo da Ponte, cuja ponte o rio levara, deixando dela somente os pilares de alvenaria." (Gustavo Barroso, O Sertão e o Mundo) Exemplos de usos do pretérito mais que perfeito composto: o Quando eu cheguei, ela já tinha saído. o Tinha chovido muito naquela noite. 13 Futuro do presente composto Este tempo só existe na forma composta. Assinala um fato posterior ao tempo atual, mas anterior a outro fato futuro. Exemplo: "Até meus bisnetos nascerem, eu terei me aposentado. Futuro do Presente Emprega-se o futuro do presente para assinalar uma acção que ocorrerá no futuro relativamente ao momento em que se fala. Se eleito, lutarei pelos menores carentes. "... era Vadinho, herói indiscutível, jamais outro virá tão íntimo das estrelas, dos dados e das prostitutas, ... " (Jorge Amado, Dona Flor e Seus Dois Maridos) "A qual escolherei, se, neste estado, Eu não sei distinguir esta daquela?" (Alvarenga Peixoto, Jôninha e Nice). Exemplos de futuro composto: Ele vai fazer (fará) compras e vai voltar (voltará) em breve. Futuro do Pretérito / Condicional Emprega-se o futuro do pretérito para assinalar: um fato futuro em relação a outro no passado o "Se eu morresse amanhã, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã; Minha mãe de saudades morreria. (Álvares Azevedo, Se Eu Morresse Amanhã). o "Ia levar homens para o quarto. Como era boa de cama, pagar-lhe-iam muito bem." (Clarice Lispector, A Via-Crúcis do Corpo) uma ironia ou um pedido de cortesia: o Daria para fazer silêncio! o Poderia fazer o favor de sair!? Minha mãe de saudades morreria. (Álvares Azevedo, Se Eu Morresse Amanhã). "Vai levar homens para o quarto. Como era boa de cama, pagar-lhe-iam muito bem." (Clarice Lispector, A Via-Crúcis do Corpo) Modo Subjuntivo (ou Conjuntivo) Revela um facto duvidoso, incerto. Presente Emprega-se o presente do subjuntivo para assinalar: um facto presente, mas duvidoso ou incerto. o Talvez eles façam tudo aquilo que nós pedimos. o Talvez ele saiba sobre o que está falando. um facto futuro, mas duvidoso ou incerto o Talvez eles venham amanhã. um desejo ou uma vontade o Espero que eles façam o serviço correctamente. o Se choro... bebe o meu pranto a areia ardente; talvez... p'ra que meu pranto, ó Deus clemente! Não descubras no chão... (Castro Alves, Vozes d'África) Pretérito Imperfeito Emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo para assinalar: uma hipótese ou uma condição numa acção passada, mas posterior e dependente de outra acção passada. o "Talvez a lágrima subisse do coração à pupila ..." (Coelho Neto, Sertão) o "Como fizesse bom tempo, as senhoras combinaram em tomar o café na chácara." (Aluísio Azevedo, Casa de Pensão) 14 o "Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade. Estou hoje vencido, como se estivesse para morrer." (Fernando Pessoa, Tabacaria - Álvaro de Campos) uma condição contrafactual, ou seja, que não se verifica na realidade, que teria uma certa consequência; pode se referir ao passado, ao presente ou ao futuro. o Se ele estivesse aqui ontem, poderia ter ajudado. o Se ele estivesse aqui agora, poderia ajudar. o Se ele viesse amanhã, poderia ajudar. Futuro Emprega-se o futuro do subjuntivo para assinalar uma possibilidade a ser concluída em relação a um fato no futuro, uma acção vindoura, mas condicional a outra acção também futura. Quando eu voltar, saberei o que fazer. Quando os sinos badalarem nove horas, voltarei para casa. Também pode indicar uma condição incerta, presente ou futura. Se ele estiver lá agora, certamente ela também está. Se ele estiver lá amanhã, certamente ela também estará. Futuro Composto Emprega-se para exprimir uma possibilidade incerta, num tempo passado, ou num tempo passado em relação a um tempo futuro. Se ela tiver chegado a tempo ontem, terá sido ótimo Ao final das provas, se ele tiver sido aprovado, pararão de falar mal dele. Pretérito Perfeito Emprega o passado com relação a um futuro certo. Caso eu tenha sido escolhido, ficarei muito feliz. Pretérito Mais-que-Perfeito formado pelo imperfeito do indicativo do verbo auxiliar mais o particípio do verbo principal: ex.: tinha(ou havia)cantado, vendido, partido caso tenhas desencadeado foste á casa das cousas. Imperativo Exprime uma atitude de solicitação, mando. É formado por afirmativo e negativo. Este modo verbal não possui a primeira pessoa do singular (eu), pois não podemos mandar em nós mesmos. Uma atitude que expressa uma ordem, um pedido, um conselho, uma vontade ou um desejo é característica do Modo Imperativo. Exemplo: Faça isto, agora! Com relação ao Tempo, podemos expressar um facto basicamente de três maneiras diferentes: No presente: significa que o facto está acontecendo relativamente ao momento em que se fala; No pretérito: significa que o facto já aconteceu relativamente ao momento em que se fala; No futuro: significa que o facto ainda irá acontecer relativamente ao momento em que se fala. Entretanto, as possibilidades de se localizar um processo no tempo podem ser ampliadas de acordo com as necessidades da pessoa que fala ou que relata um evento. Neste contexto, a Língua Portuguesa oferece-nos as seguintes possibilidades para combinarmos Modos e Tempo [editar] Gerúndio Uma ação que está acontecendo. No português, é terminado por "ando", "endo" e "indo" (no caso do verbo pôr e seus derivados, terminado em "ondo"). Exemplos: "Eu estou falando contigo"; "Nós estamos correndo em círculos !"; "Eles estão indo para a escola."; "Estou pondo novas informações neste artigo". Formas nominais do verbo 15 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa São três as formas nominais do verbo, que não apresentam flexão de tempo e modo, perdendo desta maneira algumas das características principais dos verbos. Por serem tomadas como nomes (substantivos, adjetivos e advérbios), recebem o nome de formas nominais. As três formas são: Infinitivo: indica a ação propriamente dita, sem situá-la no tempo, desempenhando função semelhante a substantivo. É preciso aumentar o número de verbetes. O infinitivo pode apresentar algumas vezes flexão em pessoa, constituindo assim duas formas possíveis: o infinitivo pessoal e o infinitivo impessoal. É melhor estudarmos agora. (infinitivo pessoal, com sujeito nós implícito). Viver aqui é muito bom. (infinitivo impessoal) Particípio: indica uma ação já acabada, finalizada, adquirindo uma função parecida com a de um adjetivo ou advérbio. Finalizado o wikiconcurso, os ganhadores serão notificados. O particípio é reconhecido pela terminação do. Gerúndio: indica uma ação em andamento, um processo verbal ainda não finalizado. Pode ser usado em tempos verbais compostos ou sozinho, quando adquire uma função de advérbio. Estou finalizando os exemplos deste verbete. (tempo composto) Fazendo teu trabalho antecipadamente, não terás preocupações. (gerúndio sozinho com função de advérbio). O gerúndio é reconhecido pela terminação ndo. Os verbos têm as seguintes categorias de flexão: Número: singular e plural. Pessoa: primeira (transmissor), segunda (receptor), terceira (mensagem). Modo: indicativo, conjuntivo ou subjuntivo, imperativo, alem das formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio). Tempo: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-queperfeito, futuro do presente, futuro do pretérito. Verbos em outros idiomas [cultura inútil] As línguas românicas, como o português, são algumas das que mais possuem flexões de verbos. Todas elas, bem como o latim, têm flexões em todos os tempos, modos e pessoas. O português, entretanto, tem a peculiaridade de ter um infinitivo pessoal e um infinitivo impessoal. Nas línguas germânicas, quase sempre o infinitivo é representado por uma preposição: "to" em inglês ou "att" em sueco. Sem a preposição, o verbo representa o imperativo. O tempo futuro é sempre representado por um verbo auxiliar. Não há flexão de modo. Em finlandês o verbo dispensa o pronome, tendo apenas a flexão. Texto de cabeçalho Nas línguas escandinavas não há flexão de pessoa, a mesma forma verbal de um tempo vale para todas as pessoas. Em japonês e coreano os verbos são palavras invariáveis. O tempo e o modo são representados por advérbios, e a pessoa é representada por pronomes. Em húngaro e em alemão existem as flexões de tempo e de aspecto. Há apenas um tempo presente e passado simples e o aspecto é designado por prefixos. Vale 16 notar que um mesmo prefixo pode ter significados diferentes dependendo do verbo. A flexão de aspecto designa a circunstância em que se passa a ação. Em latim o verbo se flexiona em tempo (presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito), modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), pessoa e voz (ativa e passiva). Há quatro formas nominais: o infinitivo, o gerúndio, o particípio e o supino. As três primeiras têm tempo presente, passado e futuro. O supino é invariável. Em mandarim a forma interrogativa dos verbos é formada por uma estrutura gramatical formada pelo verbo, a palavra "bù" (不) e o verbo repetido. Sem a repetição do verbo, essa palavra significa "não". Artigo Artigo gramatical, categoria morfológica dos idiomas naturais. Artigos são palavras que precedem aos substantivos (ou seja vem antes dos substantivos) para determiná-lo ou indeterminá-lo. Os artigos definidos (o, a, os, as),de modo geral, indicam seres determinados , conhecidos da pessoa que fala ou escreve. Falei com o médico. Já encontramos os livros perdidos. Os artigos indefinidos (um, uma , uns, umas) indicam os seres de modo vago, impreciso. Uma pessoa lhe telefonou. Uns garotos faziam barulho na rua. Os artigos definidos são declináveis, podendo se combinar com algumas preposições, formando os seguintes casos: Genitivo: do, da, dos, das (preposição "de") Locativo: no, na, nos, nas (preposição "em") Dativo: ao, à, aos, às (preposição "a") Ablativo: pelo, pela, pelos, pelas (preposição "por") Comitativo (em desuso): co, coa, cos, coas (preposição "com") Observações sobre alguns empregos dos artigos. 1. O artigo definido, no singular, pode indicar toda a espécie: o o A águia enxerga das alturas. O homem é mortal. 2. É facultativo (opcional) o uso do artigo com os pronomes possessivos: o o Sua intenção era das melhores. A 'sua intenção era das melhores. 3. Os nomes próprios podem vir com artigo: o o Os Oliveiras vêm jantar conosco. O Antônio é bom pedreiro. 4. Muitos nomes próprios de lugares admitem o artigo, outros não: a Bahia, o Amazonas, Santa Catarina, Goiás, os Andes. 5. O artigo indefinido pode realçar (dar intensidade a) uma idéia: Ele falava com uma segurança que impressionava a todos! o Era uma euforia, uma festa, como jamais se viu! 6. O indefinido pode, também, dar idéia de aproximação: 17 o Eu devia ter uns quinze anos, quando isso aconteceu. 7. A palavra todo(a) pode variar do sentido, se vier ou não acompanhada de artigo: o o Toda a casa ficou alagada. (inteira, completa, total) Toda casa deve ter segurança. (cada, qualquer) 8. Com o numeral ambos (ambas) usa-se o artigo: o Ambas as partes chegaram a um acordo. (ambas = as duas) Não se emprega o artigo 1. Com a palavra casa no sentido de residência própria: o Venho de casa. o Passei em casa. Não estavam em casa. o Vou para casa. Porém: Venho da casa do meu amigo. Estivemos na casa do meu amigo. Estivemos na casa de parentes. 2. Depois do pronome relativo cujo não se usa artigo: o Visitei um artista cujos quadros são famosos. 3. Os provérbios em geral dispensam o artigo: o o o Filho de peixe, peixinho é. Tempo é dinheiro. Casa de ferreiro, espeto de pau. Observe que, na linguagem jornalística, é comum a omissão dos artigos nas manchetes e títulos de artigos e notícias. Artigos em outros idiomas [CULTURA INÚTIL] Em inglês, existem apenas três artigos: um definido (the) e dois indefinidos ("a" se o substantivo começa por um som consonantal, "an" se começa por um som vocálico). O pronome indefinido "some" também é reconhecido como artigo indefinido pela gramática inglesa. Em espanhol e francês, existem apenas contrações de preposições com artigos definidos masculinos Em italiano há dois artigos para o masculino: "lo", para palavras iniciadas em "s", "z" ou "gn" (plural: "gli"), e "il" para os demais casos (plural: "i"). Para o feminino só existe o artigo "la". Os artigos se combinam com várias preposições e são declináveis em seis casos: nominativo, genitivo, partitivo, dativo, comitativo e superessivo. O genitivo ("del", "della", "dello") também serve como artigo indefinido. Em alemão, grego existe um artigo para cada gênero, cada número e cada caso. A flexão de caso, diferentemente do que acontece em português, não resulta da contração com preposições. Nas línguas eslavas não existem artigos com exceção de búlgaro e macedônio com artigos pospostos. 18 Em latim não existe artigo. A forma definida é representada pelo substantivo solto, e a forma indefinida é representada por pronomes indefinidos. Em sueco, há dois artigos definidos: "den" (para o gênero comum) e "det" (para o gênero neutro), mas só aparecem quando o substantivo está acompanhado de algum adjunto adnominal, por exemplo: "a casa" se diz apenas "huset", mas "a casa preta" se diz "det svart huset". Em finlandês não existe artigo. A forma definida e a forma indefinida são determinadas pela posição das palavras na frase. Por exemplo: "kukka on pöydallä" significa "a flor está sobre a mesa", enquanto "pöydälla on kukka" significa "existe uma flor em cima da mesa" (o nominativo de "mesa" é "pöydä"). O romeno é o único dos idiomas de origem latina que não tem artigo definido. A forma definida acontece de maneira semelhante à do sueco. NUMERAL Numeral é uma palavra (ou expressão) que exprime número, número de ordem, múltiplo ou fração, podendo ser classificado como cardinal, ordinal, multiplicativo ou fracionário. Numerais Cardinais Os numerais cardinais são aqueles que utilizam os números naturais para a contagem de seres ou objetos, ou até designam a abstração das quantidades: os números em si mesmos (Exemplo: Dois mais dois são quatro), neste último caso valendo então, na realidade, por substantivos. Os numerais cardinais um, dois (e todos os números terminados por estas unidades), assim como as centenas contadas a partir de duzentos, são variáveis em gênero. Os numerais que indicam milhões, bilhões etc. são invariáveis em gênero. Numerais Coletivos Os numerais coletivos são aqueles que indicam uma quantidade específica de um conjunto de seres ou objetos. São termos variáveis em número e invariáveis em gênero. Exemplos de numerais coletivos são: dúzia(s), milheiro(s), milhar(es), dezena(s), centena(s), par(es), década(s), grosa(s). Numerais Fracionários Os numerais fracionários são aqueles que indicam partes, frações, sendo concordantes com os numerais cardinais. Exemplo: Três quartos da superfície terrestre são cobertos de água. Numerais Multiplicativos Os numerais multiplicativos são aqueles que indicam uma quantidade equivalente a uma multiplicação (uma duplicação, uma triplicação etc.). Exemplos: Às vezes, as palavras possuem duplo sentido; Arrecadou-se o triplo dos impostos relativos ao ano passado. Numerais Ordinais Os numerais ordinais são aqueles que indicam a ordenação ou a sucessão numérica de seres e objetos. Exemplos: Recebeu o seu primeiro presente agora mesmo. 19