diabetes - Med Rio Check-up

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DIABETES
O diabetes já é tratado como uma epidemia nos EUA. O
Brasil é o quinto país no mundo em número de
diabéticos, com 7,6 milhões de casos – em 2007 ele
estava na oitava posição –, dos quais 50% não sabem que
têm o problema, segundo o Ministério da Saúde.
Os números são preocupantes, especialmente porque o diabetes, de que se tem
notícia desde o século II, é uma doença que cresce na mesma razão do
desenvolvimento. Não por acaso, no ranking de aumento expressivo do problema
projetado para 2030, nas quatro primeiras posições estão países em desenvolvimento,
que estão passando por mudanças culturais como a introdução de mais fast food e
menos atividades físicas no dia a dia da população – pela ordem, Paquistão, Indonésia,
México, Índia e Brasil.
O que é diabetes?
Diabetes melito é um grupo de doenças metabólicas caracterizado por hiperglicemia
(aumento do açúcar no sangue) em consequência de um defeito na secreção de
insulina, na sua ação ou em ambos. Quando existe um defeito na ação da insulina, ela
encontra-se, em geral, elevada no sangue.
Dependendo dos motivos, o diabetes pode ser de dois tipos:
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Tipo 1 – Nesse tipo, as células do pâncreas fabricam pouco ou nenhuma
insulina, o hormônio que ajuda a
glicose a entrar nas células para produzir energia para o organismo. Esse tipo
geralmente aparece na infância ou na adolescência e é comum que a pessoa
nasça com a predisposição genética a desenvolver a doença, mas não se sabe
ao certo por que efetivamente ele se desenvolve em alguns portadores desses
genes e em outros não.

Tipo 2 − Nesse caso, as células são resistentes à ação do hormônio. É esse o
tipo de que o mundo tem tido mais casos (90% a 95%) e os mais atingidos são
os adultos, muito embora muitas crianças estejam sndo diagnosticadas com o
problema atualmente, um fato raro no passado e consequência direta do estilo
de vida moderno, com alta incidência de obesidade já na infância. As pessoas
com diabetes tipo 2 são normalmente caracterizadas por resistência à insulina,
obesidade abdominal, um estilo de vida sedentário, hipertensão, baixos níveis
de colesterol bom (HDL) e altos níveis de triglicerídeos.

Diabetes gestacional − As mudanças hormonais provocadas pela gravidez
podem gerar, pouco antes do nascimento do bebê, o diabetes gestacional. O
problema normalmente desaparece após o parto, mas pode indicar um risco
maior da portadora desenvolver diabetes do tipo 2 no futuro.
Se a insulina não é suficiente no organismo ou então falta completamente, a queima
de açúcar e sua transformação em proteína, músculos e gorduras, entre outras coisas,
fica prejudicada. Quando aumenta a concentração de glicose no sangue, ocorre um
processo inflamatório nas artérias menores e em suas terminações, o que atinge
diversos órgãos. O diabetes aumenta de 3 a 5 vezes o risco de complicações
cardiovasculares (infarto e isquemia cerebral), é a primeira causa de falência renal e
provoca ainda cegueira, amputação de membros e disfunção erétil. A doença diminui
até mesmo a expectativa de vida do portador em cinco a dez anos.
Ciclo vicioso da doença
Sem insulina e com açúcar sobrando, o corpo fica sem energia e sujeito a vários
problemas:
1. O excesso de glicose em circulação leva a um acúmulo no sangue − é a chamada
hiperglicemia.
2. Para eliminar esse excesso, a pessoa passa a fazer mais xixi, desidratando o
organismo. Daí a sede exagerada do diabético.
3. Sem receber glicose, o cérebro pensa que está faltando energia e ativa mecanismos
de emergência para compensar essa deficiência. Ele ordena ao fígado mais produção
de glicose e obriga o tecido gorduroso a queimar seus estoques. Resultado: a glicemia
sobe mais ainda e a pessoa vai emagrecendo, se sentindo fraca e cansada.
4. A falta de energia faz a vítima sentir mais e mais fome, o que dispara a glicose no
sangue. A queima de gorduras gera compostos chamados cetonas que são eliminados
pela respiração e pela urina. Daí o hálito com cheiro levemente adocicado desses
pacientes.
Sintomas
O surgimento do diabetes do tipo 1 é repentino e os sintomas mais comuns são:
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Sede excessiva
Rápida perda de peso
Fome exagerada
Cansaço inexplicável
Muita vontade de urinar
Furúnculos frequentes e má cicatrização
Visão embaçada
Falta de interesse e de concentração
Vômitos e dores estomacais
No caso do diabetes do tipo 2, os sintomas são parecidos com os descrito acima, mas
podem ser menos perceptíveis. Por atingir na maior parte das vezes pessoas adultas,
alguns outros sintomas estão associados a esse tipo, como impotência sexual e
pressão arterial elevada.
Cerca de 80% dos diabéticos do tipo
2 têm sobrepeso.
Hoje se sabe que os quilos a mais
na balança provocam a resistência
à insulina e, consequentemente
dificuldade para as células
absorverem a glicose, o que, ao
longo do tempo, pode provocar o
diabetes do tipo 2.
Como detectar a doença
O exame básico é o de glicemia de jejum, que mede a quantidade de glicose no
sangue. Um resultado acima de 100 ml é considerado elevado e novos exames podem
ser solicitados para confirmar o diagnóstico de diabetes.
Recomenda-se que o acompanhamento da glicemia comece a partir dos 45 anos
quando não houver nenhum outro fator de risco envolvido. Se o resultado for normal,
o exame deve ser repetido a cada três anos.
Teste da Hemoglobina glicada – A1C
Para manter a doença sob controle, é recomendado, pelo menos duas vezes ao ano, o
exame da hemoglobina glicada, ou A1C, que não requer jejum. Só ele detecta como se
comportou o açúcar nos últimos dois ou três meses. O exame dosa a quantidade de
glicose que se combinou com a hemoglobina dos glóbulos vermelhos, ou seja, quanto
de açúcar circulou pelo sangue naquele período, que é justamente o tempo de vida
das hemácias. Se o resultado da A1C for superior a 6,5%, o paciente é diagnosticado
com diabetes. Entre 5,7% e 6,4 %, ele é considerado pré-diabético.
Cintura fina contra o diabetes
Um outro meio de perceber se está na hora de cuidar mais da saúde e evitar o
diabetes é observar a gordura acumulada ao redor da cintura. A gordura visceral, que
envolve as vísceras e se concentra na altura do abdômen, é uma das causas da
resistência à insulina.
O aumento da circunferência dessa região tem relação direta com o crescimento dos
chamados riscos cardiometabólicos, que incluem obesidade abdominal, triglicérides
acima do normal, baixa taxa de colesterol bom (HDL) e níveis elevados de açúcar no
sangue, que pode levar ao diabetes do tipo 2.
Saber se o seu abdômen está em um tamanho adequado é muito fácil: pegue uma fita
métrica e meça o tamanho da sua barriga na altura do umbigo. Mulheres saudáveis
têm até 80 cm nessa circunferência e os homens não podem passar de 94 cm. Se a sua
medida estiver acima desses limites, procure um médico para verificar a sua glicemia,
tirar a medida da pressão arterial e a dosagem de colesterol.
Como controlar o diabetes?
Manter a glicemia em níveis normais ou próximos disso é um procedimento que
restabelece a qualidade de vida do diabético, porque faz com que os sintomas da
doença desapareçam e previne complicações.
Veja aqui atitudes que ajudam no controle da glicemia.
Alimentação e exercícios: peças-chave
Ter uma alimentação equilibrada, sem abuso de doces e gorduras, e fazer
exercícios físicos regularmente são fundamentais para prevenir o diabetes do
tipo 2. A dieta rica em fibras e com menor quantidade de gorduras
(carnes gordurosas, óleos, creme de leite, manteiga) é a principal
recomendação da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Quando são incluídos os exercícios físicos, como a prática de 30 minutos
de caminhada, cinco vezes por semana, é dado um passo e tanto para
cuidar dos índices de glicemia e evitar o diabetes do tipo 2. Até mesmo os
portadores do diabetes do tipo 1 se beneficiam de práticas como essa.
Conheça alguns alimentos funcionais, que auxiliam no tratamento do
diabetes e da hiperglicemia:
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Batata yacon – auxilia no controle da glicemia e pode ser ingerida batida com
suco de fruta 15 a 20 minutos antes das refeições principais.
Levedo de cerveja – rico em cromo e vitaminas do complexo B, que auxiliam na
regulação da glicemia.
Canela – meia colher de chá por dia auxilia a reduzir os níveis glicêmicos (evitar
durante a gestação e na hipertensão).
Fibras solúveis – presentes nas frutas cítricas, maçã, abacate, legumes,
cevada, aveia, quinoa e centeio.
Farinha da casca de maracujá – contém fibras solúveis que auxiliam na
eliminação do excesso de glicose.
Peixes de águas frias e profundas (cavala, arenque, salmão, atum, truta)
– são ricos em ômega 3. Incluir no cardápio pelo menos duas vezes por
semana.
Evite alimentos ricos em carboidratos simples como:
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Açúcar, mel, doces, sorvetes, gelatinas
Pudim, compotas, frutas secas e cristalizadas
Roscas, tortas, balas, biscoitos, chocolates
Massas como: lasanha, caneloni, ravióli
Pizzas
Farinhas refinadas (mandioca, milho, trigo, aveia)
Refrigerantes
Bebidas alcoólicas.
A origem de 90% dos casos de diabetes é a obesidade, causada por um consumo
excessivo de carboidratos simples, que elevam cada vez mais o nível de glicose no
sangue.
Uma pessoa que come doce, quanto mais come, mais tem vontade de comer. Quando
o alimento é rapidamente metabolizado, a pessoa logo vai querer comer. Se você
mantiver o nível de consumo mais baixo, menor será a sua vontade de comer
alimentos como esses.
Consuma com moderação alimentos como os abaixo, com teor médio de
carboidratos:
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Bolachas de água e sal, de água e torradas (evitar as que têm gordura
hidrogenada).
Batata, mandioca, beterraba, arroz branco, macarrão branco, milho verde.
Consuma com maior freqüência alimentos com baixos teores de
carboidratos simples, como:
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Leite desnatado, café, chá
Queijos
Verduras, legumes e frutas
Carnes magras
Cereais integrais
Óleo vegetal em pouca quantidade (não usar em frituras)
Feijão, ervilha, soja, lentilha, vagem.
Comendo alimentos com fibras, como os cereais integrais, frutas e verduras, a digestão
é mais lenta e a glicose é liberada aos poucos, o que deixa a pessoa com energia por
mais tempo e sem fome.
Sempre coma uma boa salada verde de entrada para evitar comer muito carboidrato e
logo ter fome novamente. Fracione as refeições e faça lanches leves de 3 em 3 horas.
É possível prevenir o tipo 2 do diabetes mantendo o peso ideal, a alimentação
adequada e uma rotina de exercícios.
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