Incubadora Paraná Criativo - Secretaria da Cultura

Propaganda
A economia criativa é um segmento capaz de gerar riquezas para
uma região a partir de suas potencialidades culturais e intelectuais,
contribuindo para o desenvolvimento sustentável local.
Nessa perspectiva, a implantação da Incubadora Paraná Criativo no
Estado atenderá territórios e comunidades com alta vocação criativa,
visando a qualificação profissional de artistas, produtores e demais
trabalhadores, gerando um cenário favorável para o fortalecimento
das cadeias e arranjos produtivos da economia criativa no Estado.
A institucionalização da cultura, com foco na descentralização dos
programas de ação cultural, está contemplada no Plano Estadual
de Cultura e é uma das metas do Governo do Estado. A Incubadora
Paraná Criativo, fruto da parceria entre a Secretaria de Estado da
Cultura do Paraná (SEEC) e o Ministério da Cultura (MinC), é de
relevante importância na concretização de tal meta, articulando
políticas, programas e ações dos governos federal e estadual e de
instituições parceiras, com a missão de integrar e qualificar a oferta
de serviços existentes no Estado dirigida aos setores criativos e
alinhado com as demandas mais relevantes destes setores, que se
apresentam estratégicos para a economia estadual.
João Luiz Fiani
Secretário de Estado da Cultura do Paraná
APRESENTAÇÃO
Você tem em mãos um manual para dar o primeiro passo na aventura
de se lançar ao mundo do Empreendedorismo Criativo, um setor que
cresce exponencialmente no país e no mundo.
Este documento apresenta dados e informações para que você
possa identificar e aproveitar as oportunidades que se lançam
a cada dia na área.
Aqui você poderá entender o que é a economia criativa, como ela é
entendida no Paraná, no Brasil e no mundo e como ela já faz parte
da sua vida. Esta cartilha explica ainda o que a Incubadora Paraná
Criativo pode fazer por você e pelo seu empreendimento.
Nós, da Equipe Paraná Criativo, convidamos você a entrar nesse
mundo maravilhoso conosco, onde tudo é diferente, onde outros
valores são mensurados, onde consideramos o bem comum e
criamos o novo de maneira limpa e sustentável. Um novo mundo
onde novos produtos, novos processos, novos serviços podem ser
criados e implementados por você.
Vem com a gente!
SOBRE A INCUBADORA PARANÁ CRIATIVO
A Incubadora Paraná Criativo, com sede na capital, é, além de um
escritório público estadual de atendimento, uma política de fomento
ao desenvolvimento sustentável a partir da economia criativa. Fruto
de um convênio entre o Ministério da Cultura (MinC) e a Secretaria
de Estado da Cultura do Paraná (SEEC), a Incubadora Paraná Criativo
faz parte da Rede de Incubadoras Brasil Criativo, coordenada pelo
MinC, e está alinhada ao Programa de Economia Criativa do Paraná e
ao Plano Estadual de Cultura.
O plano Brasil Criativo existe desde 2011 e é conduzido pela Rede
de Incubadoras junto a outros 13 estados, que também têm suas
sedes em suas capitais, com exceção do Amazonas, que abriga
sua sede Amazonas Indígena Criativa em Parintins. As outras
incubadoras são: Acre Criativo, Bahia Criativa, BSB Criativa (DF),
Ceará Criativo, Goiás Criativo, Mato Grosso Criativo, Minas Criativa,
Pará Criativo, Pernambuco Criativo, RS Criativo, Rio Criativo e Rio
Grande do Norte Criativo.
Toda incubadora tem, conforme instruções do MinC, a função de
desenvolver o programa pautado em demandas locais. A partir desse
diagnóstico, construído pela equipe Paraná Criativo em conjunto com
a equipe da Secretaria de Economia Criativa do MinC e consultores
especialistas, chegou-se ao seguinte formato:
1.
A Incubadora Paraná Criativo é uma política pública de desenvolvimento a partir
da Economia Criativa. Ela tem como objetivo apoiar a geração e a qualificação
de profissionais e empreendimentos criativos e contribuir para a identificação e
fortalecimento dos setores criativos do Estado.
2.
A equipe será formada por um gestor do projeto, por coordenadores de
empreendedorismo e inovação, coordenadores de articulação e formação, além
de apoio técnico, instrutores e consultores nas áreas de design, comunicação,
marketing, finanças e direito.
3.
Público-alvo:
• Artistas, produtores e técnicos que atuam como profissionais autônomos
ou em coletivos;
• Microempreendedores individuais (MEI) e micro e pequenas empresas
que atuam ou desejam atuar nos setores criativos;
• Cooperativas, ONGs e entidades de classe que atuam
nos setores criativos;
• Empresas distribuidoras de produtos criativos;
• Gestores públicos da área de cultura e desenvolvimento territorial.
4.
5.
A Incubadora Paraná Criativo tem como missão implementar ações que
visem a formação em gestão empresarial e a qualificação de profissionais e
empreendedores do campo da Economia Criativa. Para isso, será realizada
uma série de atividades formativas (seminários, cursos, oficinas, palestras,
assessorias técnicas, consultorias, atividades lúdicas e culturais, entre outras), com
metodologias adequadas à linguagem do público-alvo e às demandas dos setores
criativos. As atividades serão desenvolvidas na sede da Incubadora em Curitiba e
em diversas localidades do Estado, com o propósito de expandir o atendimento
aos profissionais e empreendedores criativos do Paraná.
Sua sede será a Casa João Turin, localizada no centro histórico de Curitiba.
O espaço contará com 2 auditórios, balcão de atendimento e espaço de coworking
público (com 20 estações de trabalho, copa e salas de reunião).
QUE
VOCÊ VAI
ENCONTRAR
NESTA CARTILHA
POR QUE ESTAMOS FALANDO DE ECONOMIA CRIATIVA?
COMO E POR QUE TUDO ISSO COMEÇOU?
MAS O QUE É ECONOMIA CRIATIVA, AFINAL?
QUEM ESTÁ ENVOLVIDO? QUEM FAZ ECONOMIA CRIATIVA NO PARANÁ?
O QUE É O PROGRAMA PARANÁ CRIATIVO?
COMO CONSTRUIR UM TERRENO FÉRTIL PARA QUE A ECONOMIA CRIATIVA
PROSPERE NAS CIDADES E MELHORE A VIDA DAS PESSOAS?
NOSSAS REFERÊNCIAS.
POR QUE ESTAMOS FALANDO DE ECONOMIA CRIATIVA?
Antes de começar, vamos abrir bem os sentidos e
perceber como o mundo está mudando muito rápido?
Observamos mudanças profundas na maneira de
criar e produzir, comercializar e consumir. Vemos mudanças
no modo de pensar, de se comportar e em relação a
praticamente tudo o que fazemos e em todas as áreas.
Por exemplo, nunca estivemos tão conectados como
hoje em dia! Somos mais de três bilhões de pessoas com
acesso à internet no mundo, cerca de 40% da população
mundial. Usamos o celular mais para nos conectarmos
às redes sociais, fotografar e comprar do que para falar
com alguém, segundo dados da União Internacional de
Telecomunicações (UTI), Agência do Sistema Nações
Unidas dedicada às Tecnologias da Informação e
Comunicação (TICs).
A internet não é a razão de todas as mudanças, claro,
mas ela afeta o nosso comportamento e os negócios, de
modo geral. Ela nos dá a real percepção do mundo em rede.
E não é apenas isso. Quando olhamos para o Brasil
vemos um território imenso e rico em diversidade cultural e
ambiental. Estudos apontam que, daqui a 15 anos, teremos
mais idosos do que jovens no país, ou seja, um contingente
de pessoas cheias de habilidades e experiências. Nunca
tivemos uma população jovem e apta a trabalhar tão
numerosa como atualmente – não só no Brasil, mas
no mundo todo. E jamais tivemos tamanha facilidade
de acesso à informação, conhecimento e ferramentas,
praticamente de graça. É evidente que cada vez mais as
pessoas têm manifestado desejo por mudanças políticas
e de organização da vida em sociedade, como o comércio
justo e solidário, e por um modelo de educação inovador e
mais adaptável ao nosso tempo.
Ao mesmo tempo, ainda há uma enorme diferença
entre ricos e pobres no mundo, intermináveis problemas
de moradia, saúde, emprego, educação, cidadania e
direitos humanos. O planeta sofre com sérios problemas
ambientais (como o desmatamento) e com alterações
químicas dos oceanos; pessoas sofrem com a má
distribuição de alimentos, doenças epidêmicas, falta de
água potável... Muito em razão de como o consumo tem
sido feito, ambientalistas e estudiosos nos alertam o tempo
todo que a natureza não é mais capaz de suportar tudo o
que descartamos, para citar apenas alguns exemplos.
São desafios e também oportunidades com as quais
temos de lidar em um mundo rico em diversidade cultural
e cheio de possibilidades. Se olharmos bem, temos a
possibilidade de criar o mundo que queremos para nós.
Mas que mundo queremos para nós?
Quando temos a clareza da nossa intenção e do
que queremos criar, uma ideia original pode fazer toda a
diferença! Pois o que diferencia uma possibilidade a ser
criada de outra possibilidade diferente é uma ideia! E as
ideias vêm da capacidade humana de sermos criativos.
Quando transformamos uma ideia criativa e singular
em algo real e útil, quando contamos a história de uma
marca ou promovemos uma manifestação cultural de valor,
estamos dizendo que um recurso intangível (a ideia) se
transformou em valor para alguém em uma determinada
situação – e a isso podemos chamar de economia criativa.
E o que é que nós, brasileiros, temos de sobra?
Brasilidade, criatividade, conhecimento, saberes ancestrais
e culturais que, de repente, podem se transformar em uma
fonte principal de renda.
Quando encaramos a economia criativa de forma
ampla, vamos rumo à inovação não apenas de produtos,
mas dos processos, ou seja, criamos ideias para mudar a
maneira de fazer as coisas, com a inovação de inteligência,
de educação, de empreendedorismo. Esse tipo de
inovação nos convida, em nossas atividades, a valorizar
os talentos locais, a revelar a singularidade de saberes e
fazeres tradicionais e atuais, e a preservar as riquezas que
temos como fonte inesgotável. Dessa maneira, é possível
impulsionar os setores como um todo e experimentar e
criar oportunidades que se abrem com o uso da tecnologia
como forma de interação entre as pessoas, para que elas
gerem, por exemplo, negócios sociais, compartilhamento
e colaboração. Ela convida a todos a buscar alternativas
criativas para solucionar problemas reais nas cidades. Ela
nos incentiva a experimentar ferramentas necessárias para
revelar os nossos talentos, habilidades e intenções para
podermos criar e gerir projetos e modelos de negócios
inovadores baseados em propósitos e valores.
E é isso que a Incubadora Paraná Criativo quer te
ajudar a fazer: identificar sua intenção de empreender e os
seus recursos, desenvolvê-los e transformá-los em negócio.
COMO E POR QUE TUDO ISSO COMEÇOU?
O impulso criativo é uma capacidade humana que
todos nós temos e podemos melhorar, desde sempre!
Pelo menos nos últimos 20 anos, um dos assuntos
mais discutidos no mundo é o conceito de economia
criativa. Essas duas décadas coincidem com um período de
aumento histórico da conectividade e com o início de um
debate importante entre os estudiosos para compreender
melhor a sociedade em rede, o que a internet tem
causado no nosso cérebro e, consequentemente, no nosso
comportamento, de forma geral.
Entretanto, sabemos que a cultura, compreendida
a partir das nossas manifestações e diferentes formas
de apresentação dos nossos saberes e fazeres, é o nosso
bem maior. De modo geral, uma importante discussão
já estava acontecendo acerca da cultura como fonte de
desenvolvimento no mundo. E desde os anos 1970 já havia
a necessidade de conhecer e medir o setor cultural, como
aconteceu na França nessa época – o primeiro país a incluir
a cultura no plano nacional de metas; em seguida outros
países-membros da UNESCO começaram a incorporar e
a revelar a cultura como estratégia de desenvolvimento
econômico e social de um país.
Primeiro surgiu o termo “indústria criativa” que
aparece no programa de governo Creative Nation (Nação
Criativa) do Ministério da Cultura da Austrália, em 1994.
Este programa foi uma estratégia nacional para melhorar
a atuação do governo no desenvolvimento cultural do país
e para manter e desenvolver a cultura australiana em nível
nacional e internacional, dentre outros objetivos. Outro
exemplo foi a criação pelo governo do Canadá, em 1997,
da Cidade Multimídia, um projeto que revitalizou edifícios
industriais antigos e os transformou em ambientes de
criação, produção, distribuição e formação de profissionais
para o desenvolvimento de videogames, atraiu empresas,
reuniu profissionais e competências. A partir daí o país
passou a ser o maior produtor mundial de jogos depois do
Japão e dos Estados Unidos.
No final dos anos 1990, técnicos do Departamento
de Cultura, Mídia e Esportes (DCMS) do Reino Unido
fizeram o primeiro mapeamento que reunia os números
e estudos sobre a contribuição das atividades criativas no
crescimento da riqueza gerada no país. Naquele momento,
as indústrias criativas foram identificadas como “indústrias
que têm sua origem na criatividade, habilidade e talento
individuais e que apresentam um potencial para a criação
de riqueza e empregos por meio da geração e exploração
de propriedade intelectual”. Ou seja, eles perceberam
que mais e mais pessoas se interessavam por atividades
relacionadas à criatividade e à cultura e que estas
atividades estavam crescendo. Além de aumentar e ganhar
relevância, as atividades criativas mostravam capacidade
de abrir novas oportunidades de emprego. Isso motivou
o Governo do Reino Unido a criar um plano de apoio e
desenvolvimento de setores, por exemplo, arquitetura,
artesanato, cinema, jogos digitais e softwares, publicidade,
design, moda, música e audiovisual, TV e rádio. E o setor
continua crescendo! Entre 2013 e 2014, o DCMS mapeou
que os empregos nas áreas criativas aumentaram 5,5% em
comparação com o restante da economia do Reino Unido,
que cresceu 2,1%.
De maneira geral, podemos afirmar que o conceito
de “indústria criativa” foi inspirado na observação da força
da indústria do entretenimento no mundo, essencialmente
nos Estados Unidos e no Canadá. Um dos exemplos mais
espetaculares é do início dos anos 1980, no Canadá. Um
pequeno grupo de teatro de rua chamado Les Échassiers
de Baie-Saint-Paul organizou um grande evento para
o encontro de artistas de rua do mundo todo, com o
objetivo de trocar experiências, aprender e ensinar novas
técnicas e alegrar as ruas da cidade durante alguns dias.
Essa experiência motivou o grupo a ousar mais e realizar
o que parecia impossível para todos na época: criar uma
companhia de circo do Québec que representasse o país e
que levasse o nome da região em apresentações mundiais.
Nascia a renomada companhia circense Cirque du Soleil.
Isso também abriu espaço para outros estudiosos
assumirem uma postura crítica e questionarem se a
economia criativa era realmente uma fonte de riqueza ou
não. Pesquisadores ainda discutem sobre como medir e
fazer aparecer na prática os benefícios que se anunciam,
além de nos estimularem a perguntar coisas como: “como
preservar a identidade cultural de uma comunidade?”,
“como proteger o patrimônio histórico com criatividade
e gerando valor?”, “como garantir acesso a bens culturais
para as pessoas ao mesmo tempo que fomentamos as
atividades criativas?”.
Mais do que voltar-se para o crescimento de setores
isoladamente, nos últimos anos, os países se perguntavam
sobre como o conhecimento, a criatividade e a tecnologia
gerados pelas pessoas podiam se tornar um motor de uma
nova economia que despontava no mundo: a economia
criativa. A economia criativa tem sido observada com
destaque e tem sido foco de discussões de instituições
internacionais como o PNUD (Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento), a UNESCO (Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e a
UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio
e o Desenvolvimento), sendo considerada um eixo
estratégico para países em desenvolvimento. A UNESCO
reconhece que, além de criar empregos, “a economia
criativa contribui para o bem-estar das comunidades,
autoestima dos indivíduos e qualidade de vida”. O PNUD
afirma que “a cultura capacita as pessoas a tomar posse
de seu próprio desenvolvimento e estimula a inovação
e a criatividade que podem impulsionar o crescimento
inclusivo e sustentável”.
No Brasil, também já havia esforços em organizar os
indicadores de atividades relacionadas ao setor cultural
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e
Ministério da Cultura, como o estudo sobre o Sistema de
Informações e Indicadores Culturais 2003-2005 do IBGE,
entre outros. É evidente a força da economia gerada pelas
festas populares, carnavais e produções musicais em todo o
território nacional que movimentam um enorme conjunto
de mestres populares, artesãos, artistas e profissionais
que se dedicam a contar histórias e mitos nacionais nas
festas brasileiras. É um conjunto potente de atividades
que impulsiona outros setores, como a moda, o cinema, o
turismo, a gastronomia.
No Brasil, começamos a falar sobre economia criativa
há 11 anos, em 2004, durante a 11ª Conferência da Nações
Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (XI UNCTAD)
que aconteceu em São Paulo. Em seguida veio o Fórum
Internacional das Indústrias Criativas de Salvador, em 2005.
Naquele momento o assunto sensibilizou líderes políticos e
semeou futuras ações e políticas nacionais que surgiriam em
2011, abraçadas pelo Ministério da Cultura (MinC). Naquele
ano, foi criada a Secretaria de Economia Criativa e o Plano
da Secretaria de Economia Criativa – Políticas, Diretrizes e
Ações (2011-2014), conduzido pela então Secretária de
Economia Criativa Cláudia Leitão. Naquele momento se
anunciava a vontade de aproximar o Brasil, cada vez mais,
não de um conceito copiado de outros países, mas de uma
compreensão de uma economia criativa brasileira que
tivesse como base o nosso patrimônio e a nossa diversidade
cultural e que valorizasse as nossas riquezas naturais e a
melhoria de vida das pessoas, comunidades e cidades.
Aqui no Paraná nós lançamos esta semente no
Seminário de Economia Criativa realizado pela SEEC em
2011. E agora queremos fazer prosperar os setores criativos
para uma economia criativa que seja sustentável, ética e
que contribua para o restante da economia do Estado e
para o desenvolvimento da região e do Brasil.
Ficamos cada vez mais perto de uma percepção
ampla de que, independente do termo utilizado, estão
mudando os padrões de conhecer, revelar e fazer circular
tudo o que é gerado pelas pessoas, desde alimentos
e energia até novas formas de propriedade e de
compartilhamento, novas formas de interação das pessoas
em rede que fazem emergir uma série de formas de
organização diferentes daquelas com as quais estávamos
acostumados. São novas economias surgindo: a criativa,
compartilhada, colaborativa e multimoedas, como nos
ensinou a especialista Lala Deheizelin.
VOCÊ
ACHA QUE ISTO É POSSÍVEL?
ENTÃO VEM COM A GENTE!
MAS O QUE É ECONOMIA CRIATIVA, AFINAL?
O conceito de economia criativa é interpretado de
maneiras distintas em países de contextos culturais, sociais
e econômicos diferentes. Enquanto na Europa a economia
criativa é, em geral, associada a uma estratégia de marca
nacional, nos Estados Unidos o termo “indústrias criativas”
é mais lembrado quando se fala do conjunto de atividades e
setores de entretenimento. Já na Nova Zelândia a economia
criativa tem o foco voltado à estratégia de impulsionar a
inovação nas indústrias de biotecnologia, tecnologias de
informação e comunicação (TICs) e produção de cinema
e design; enquanto a Colômbia opta por uma política de
economia criativa voltada para a criação de novos modelos
de negócios que favoreçam e facilitem a circulação legal
de conteúdos criativos no mundo digital, além de outras
prioridades que privilegiam a melhor distribuição de
produtos culturais colombianos pelo próprio país e para o
resto do mundo.
Por ser relativamente nova, até mesmo nos países
desenvolvidos, não há uma única compreensão sobre o
que é economia criativa. Ela pode ser compreendida em
suas diferentes abordagens: economia criativa, indústrias
criativas, territórios e cidades criativas e classe criativa,
partindo da perspectiva de cada local para entender o
perfil dos profissionais.
Quando olhamos para a economia criativa pelo viés das
indústrias criativas observamos como têm sido realizadas as
atividades criativas e expressões culturais (artesanato, arte
e festas populares), digital (jogos, aplicativos e startups),
editoração, design, audiovisual, publicidade, moda, música,
arquitetura, comunicação (TV e rádio). O termo “indústrias”
quer dizer que estamos considerando esses setores fazendo
parte de uma cadeia de produção, como funcionam na
indústria de transformação de matéria-prima tradicional
baseada em linhas de produção e montagem, como uma
fábrica de sapatos, máquinas, carros, geladeiras, móveis,
alimentos processados, eletrônicos.
Em relação aos grandes setores econômicos
(agricultura, indústria e serviços), a economia criativa
pode se relacionar com todos eles. Entretanto, em geral,
as atividades criativas estão mais relacionadas ao setor de
serviços do que ao setor da indústria de transformação.
Na indústria de transformação de uma matéria-prima em
produto, a parte do processo mais relacionada à criatividade
é durante a criação e o desenho, aderindo valor aos produtos.
No setor de serviços há evidências de que as indústrias
criativas têm se profissionalizado mais e melhor. E elas têm
ganhado importância e impacto na economia como um todo,
pois criam diferenciação quando entram em contato com
atividades tradicionais, a exemplo do artesanato quando
encontra a moda. Segundo o mapeamento das indústrias
criativas da Federação das Indústrias do Estado do Rio de
Janeiro (FIRJAN), “a classe criativa está presente em quase
todos os setores econômicos, o que ratifica a importância e
a geração de valor obtida através de um diferencial criativo.
Basta dizer que apenas um em cada cinco desses profissionais
(19,4%) atua de fato em empresas criativas puras [ambientes
profissionais exclusivamente criativos, como agências de
publicidade, escritórios de design, produtoras de conteúdo
audiovisual, entre outros], logo, quase 80% da classe criativa
encontra-se em outros setores”.
O SEBRAE (2011), por exemplo, reconhece e define
as indústrias criativas como “modelos de negócio ou gestão
que se originam em atividades, produtos ou serviços
desenvolvidos a partir do conhecimento, criatividade
ou capital intelectual de indivíduos visando à geração de
trabalho e renda. Diferentemente da economia tradicional,
de manufatura, agricultura e comércio, a economia criativa,
essencialmente, foca no potencial individual, na imaginação
e na capacidade intelectual para o desenvolvimento de
algo que gere renda. Grande parte dessas atividades vem
do setor de cultura, moda, design, música e artesanato.
Outra parte é oriunda do setor de tecnologia e inovação,
como o desenvolvimento de softwares, jogos eletrônicos e
aparelhos de celular.”
O estudo pioneiro no Brasil sobre os números das
indústrias criativas é conduzido e atualizado pela FIRJAN,
que iniciou um processo para divulgar para a sociedade os
setores da economia criativa no Brasil.
Entretanto, além de olhar para as indústrias criativas,
o MinC defende uma economia criativa a partir dos
princípios da inclusão social, sustentabilidade, inovação,
diversidade cultural. Portanto, a Incubadora Paraná Criativo
não poderia adotar outro senão o conceito adotado pelo
MinC do Brasil. Assim, escapamos de qualquer conceito
externo que não atenda as nossas especificidades e
características únicas de brasileiros e paranaenses. Chegouse então à seguinte definição sobre os setores de economia
criativa: “aqueles cujas atividades produtivas têm como
processo principal um ato criativo gerador de um produto,
bem ou serviço, cuja dimensão simbólica é determinante
de seu valor, resultando em produção de riqueza cultural,
econômica e social”.
O MinC considera que “(...) setores criativos vão além
dos setores denominados como tipicamente culturais,
ligados à produção artístico-cultural (música, dança, teatro,
ópera, circo, pintura, fotografia, cinema), compreendendo
outras expressões ou atividades relacionadas às novas
mídias, à indústria de conteúdos, ao design, à arquitetura,
entre outros”, como mostra a figura ao lado do Plano da
Secretaria de Economia Criativa.
Os setores criativos variam desde atividades
consolidadas de saberes e fazeres tradicionais e patrimônio
cultural (como artesanato e festividades culturais), até
atividades mais tecnológicas e mais voltadas a novos
modelos de negócios digitais (como artes digitais e jogos),
pesquisa e desenvolvimento e novas mídias. Não podemos
esquecer de olhar para a interação desses setores com a
gastronomia e o turismo, por exemplo, ou como se manifesta
o impacto do design em todos os setores econômicos.
ESCOPO DOS SETORES CRIATIVOS
MINISTÉRIO DA CULTURA (2011)
O importante é que nós, assim como o MinC, temos
a concepção de economia criativa ampla e integrada à
economia da cultura, voltando-nos cada vez mais à cultura
e desenvolvimento. É possível que no Brasil ela não tenha
que se chamar apenas economia criativa, mas uma “nova
economia brasileira”! Estamos falando de expressões
dessa nova economia em pleno desenvolvimento no
Brasil: economia da cultura, economia criativa, economia
compartilhada, economia solidária, economia colaborativa,
economia multimoedas, economia familiar...
Essa nova economia considera um mundo de
possibilidades que aparecem da interação e da conectividade
das pessoas em rede; ela aparece a partir da capacidade que
temos de gerar negócios e impulsionar os outros setores
da economia como um todo no Estado e no país a partir da
nossa criatividade e da nossa diversidade cultural.
Podemos dizer que os principais insumos (ou
matérias-primas) da economia criativa são os recursos
intangíveis de uma sociedade. Recursos intangíveis é
tudo aquilo que a sociedade tem de particular (seja em
uma atividade específica, uma comunidade, um bairro ou
cidade); o que ela tem de qualidade é um recurso, como ela
manifesta a sua identidade é um recurso, o diferencial do
seu trabalho é um recurso, o autêntico de um lugar pode
igualmente ser um recurso para gerar interações entre as
pessoas, trabalho, emprego, renda e melhoria de vida.
Por ser a economia do intangível a economia criativa
tem uma dinâmica diferente da economia tradicional.
O estudioso Ladislau Dowbor explica os intangíveis
dizendo: “é possível transportar um container de sapatos,
mas não é possível transportar um container de saúde,
educação ou cultura”.
Imagine o serviço de um arquiteto. O trabalho
do arquiteto tem uma base estética, ele trabalha com
a harmonia das formas, das cores, da iluminação, dos
espaços. Mas não é só isso. No processo de criação do
arquiteto, ele transmite no projeto a sua criatividade, a
sua subjetividade, os seus valores e as suas referências
pessoais e profissionais colecionadaas ao longo da sua vida.
Ao mesmo tempo, ele capta as preferências do cliente, sua
subjetividade e sensibilidade, aspectos sobre a necessidade
e a utilização dos espaços, sua satisfação, experiências e
história de vida. Ou seja, são recursos intangíveis que são
levados em conta no trabalho dele. O próprio conhecimento
e criatividade do arquiteto e tudo o que emerge de suas
interações com outras pessoas, de outras competências, é
um recurso intangível de uma cidade onde ele está, pois
pode ser “matéria-prima” de projetos para a melhoria de
uma comunidade, por exemplo.
Sempre foi assim? Não. Digamos que essa ideia sobre
os intangíveis é mais disseminada de alguns anos para cá.
Desde o final dos anos 1990 constata-se um significativo
aumento na procura por produtos diferenciados, diversos
e autênticos, feitos com arte e talentos da região.
Hoje, a percepção é de que estamos vivendo em
uma transição que deixa de dar valor apenas ao material,
concreto e tangível (uma cadeira, um carro, um poço
de petróleo) e passa a dar valor também ao intangível,
imaterial e simbólico (o processo de design da cadeira,
formas de compartilhamento do mesmo carro, novas
formas de geração de energia limpa).
Portanto, há uma dimensão econômica bastante
vinculada à qualidade que as pessoas percebem nas coisas
e aos atributos e valores intangíveis que se destacam em
razão da sociedade mostrar interesse por consumir o que
faz sentido, e não somente o lado prático e utilitário de
produtos e serviços. As pessoas manifestam que querem
também o lado singular, original, criativo, buscando atender
necessidades mais profundas e de valor agregado cada vez
maior, como a experiência, a mobilidade e a emoção.
A especialista em economia criativa, sustentabilidade
e futuros Lala Deheinzelin trabalha as dimensões das
novas economias e sustenta que “os recursos intangíveis
são os únicos recursos que não se esgotam, mas se
renovam e multiplicam com o uso, são estratégicos para
a sustentabilidade do planeta, e consequentemente
das empresas e do país também”. É por essa razão que
dizemos que a economia criativa é a economia que advém
dos intangíveis, do que é autêntico, das singularidades
de alguma coisa ou atividade. Pensados como matériasprimas, os recursos intangíveis têm potencial estratégico
de gerar valor e competitividade a produtos, serviços,
novos modelos de negócios e tecnologias sociais, ou seja,
novas formas de interação entre as pessoas.
Não é à toa que cultura, criatividade e conhecimento
passaram a ser intangíveis, considerados e reconhecidos
pela Organização das Nações Unidas como fatores de
desenvolvimento econômico e social de comunidades,
cidades e países.
QUEM ESTÁ ENVOLVIDO?
QUEM FAZ ECONOMIA CRIATIVA NO PARANÁ?
Depois de entendermos que nós integramos a
sociedade em rede, podemos reconhecer que, de alguma
maneira, todos nós estamos envolvidos na dinâmica da
nova economia mais conectada, mais colaborativa e mais
distribuída do que concentrada.
Mas ainda não é possível medir a produção dessa
nova economia como um todo. Todos nós estamos
em fase de aprendizado de como essa nova dinâmica
funciona. O que temos são dados de emprego e número de
estabelecimentos formais em um mapeamento pioneiro
dos segmentos criativos que é realizado pela Federação
das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN)
desde 2008. O último relatório da FIRJAN de 2014, com
a base de dados de 2013, mostra que temos setores de
destaque como tecnologias, mídias, cultura, publicidade,
arquitetura, design e moda. Entre 2004 e 2013, ou seja, em
uma década, o número de empreendimentos considerados
dos setores criativos, mapeados pela FIRJAN, cresceu 69%,
quase o dobro do crescimento dos empreendimentos de
forma geral no país.
O design foi o segundo setor que mais cresceu no
período: mais que dobrou o número de trabalhadores com
carteira assinada (104%), setor importante na diferenciação
de produtos e marcas. O primeiro foi o segmento da
publicidade, que triplicou o número de profissionais no
mercado com um aumento de 238% em 10 anos.
O estudo mostra que a área da cultura avançou 43%
nos segmentos estudados, com relevância para patrimônio
e artes que cresceu 60%, e música, também 60%. De acordo
com a FIRJAN, os trabalhadores dessas áreas somam
apenas 7% de todas as indústrias criativas e, na maioria
dos casos, a contratação desses profissionais é feita por
meio de empresa própria, de maneira informal ou como
autônomos, e não com assinatura de carteira de trabalho.
Os empreendimentos criativos não param de
crescer e de aparecer. De acordo com a organização
internacional Endeavor, uma pesquisa recente, feita em
2014, mostrou que a percepção é a de que “há um clima
geral favorável ao empreendedorismo e uma visão positiva
do empreendedor”. No Brasil, 61% dos entrevistados na
pesquisa declararam ter planos para abrir um negócio
nos próximos cinco anos, e 82% deles acreditam que o
desenvolvimento do Brasil depende muito da iniciativa
empreendedora das pessoas.
Há também uma certa “digitalização” dos modelos
de negócios, ou seja, certa adaptação de negócios físicos a
ambientes e plataformas como celulares e internet.
O Paraná não fica para atrás! Temos empreendedores
criativos em todos os seguimentos que estão sendo vistos
e premiados. O Paraná ocupa a 6ª posição no ranking dos
estados mais criativos do Brasil, com uma participação de
1,6% do PIB Criativo do Brasil. Entre os primeiros estão Rio
de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e
Distrito Federal. Segundo a FIRJAN, o segmento de maior
representatividade na indústria no Paraná e no sul do Brasil
é o design, com participação de 16% em Santa Catarina,
13% no Rio Grande do Sul e 13% também no Paraná.
Aqui, segmentos de software, moda, artes, cultura
e música crescem rapidamente. O turismo melhora com
a profusão de artes e espetáculos relacionados a eventos,
festivais de teatro, música, moda. E, mais recentemente,
novos empreendimentos criativos aparecem com apostas
inusitadas de modelos de negócios em todas as áreas.
O Paraná destaca-se não apenas no design, mas
também em muitas atividades que complementam
segmentos do teatro, moda, audiovisual e música.
Excelentes músicos, cineastas e artistas visuais premiados,
arquitetos e estilistas autorais de destaque. Há modelos
de base tecnológica, as startups, escolas criativas
sobre tudo-e-um-pouco, ambientes multifuncionais
e multidisciplinares como espaços compartilhados de
trabalhos ou coworkings; espaços de experimentação
e cocriação de produtos, processos e serviços, como os
labs e as Casas Abertas de Curitiba, que estão em pleno
aprendizado e desenvolvimento.
São centenas de exemplos de empreendimentos
e iniciativas culturais e criativas reais. São milhares de
endereços na internet que se transformam em plataformas
de trocas de conhecimento e informação para além da rede.
Para exemplificar, vamos mostrar alguns
empreendimentos e artistas que podem ajudar a sintetizar
o que estamos falando:
HEROINA | Alexandre Linhares
http://www.h-al.com/
Valor gerado pela criatividade e consciência ecológica
da marca de roupa HEROINA. O estilista Alexandre
Linhares imprime na roupa e na marca a capacidade
das pessoas de se mobilizarem por uma causa,
proporcionando seu empoderamento a partir da
conscientização sobre o modo de consumo; ele é capaz
de gerar impacto no ambiente natural e movimentar o
comércio justo e solidário; capaz de levantar bandeiras
contra o preconceito que gera distanciamento entre
as pessoas pois suas relações e parcerias primam pelo
afeto e o amor que devem prevalecer. Suas coleções
representam atitudes e atraem pelo caráter genuíno
e criativo, além de valorizar suas relações com as
pessoas que ele veste e suas histórias. Em uma de suas
ações, a marca reutilizou 225 kg de retalhos de uma
lycra resistente de alta qualidade que iria para o lixo
(composição 15% elastano e 85% poliamida), material
que demoraria pelo menos 400 anos para se decompor
na natureza. Durante 3 meses de trabalho, nas mãos
de Alexandre e Thifany este material rendeu 90 m de
tecido resistente e único, avaliado em R$ 14.265,00.
DON JOEY RIGHT ROW
http://hiphoprightrow.blogspot.com.br
Ativista cultural que movimenta a cena de eventos de acesso
livre à comunidade. Desde 1996 é MC e DJ e arrisca-se
como B.Boy e grafiteiro. Em 2011 começa a fazer produção
de eventos de Hip Hop na periferia da capital paranaense,
como o projeto itinerante Caravana Cultura da Periferia ao
Centro, e o projeto Encontro de Cultura de Rua pela Paz
(RAPPAZ), que promove a conscientização sobre as drogas.
Também abre espaço para artistas da Arte Urbana e Cultura
de Rua, como o Rap, o Grafitti e campeonatos de Break,
Skate e Street-Ball, além de participar de ações culturais
diversas. Acredita na força de projetos como esse para
dar a todos oportunidade de acesso à cultura de rua como
instrumento público de lazer e conscientização. Ele visita
escolas e sempre é chamado para falar com professores
e alunos sobre a história e cultura de raiz afro-brasileira.
Considera muito importante “um ciclo social onde se pode
conhecer as pessoas de diferentes regiões e costumes
para construir uma vida consciente de quem somos, em
harmonia com amigos, familiares, e ser feliz”.
ENCONTRE UM NERD | Assistência Simplificada
https://encontreumnerd.com.br/
Plataforma que encontra um técnico de informática perto
da sua casa. Já são mais de 4 mil pessoas cadastradas que
prestam serviço rápido e profissional a domicílio ou onde
o cliente solicitar. O preço é fixo e a empresa prima pelo
atendimento eficiente e rápido. Transparência, comodidade
e qualificação dos profissionais são princípios defendidos
pelo empreendimento.
ADILSON FARIAS |Ilustrador
http://ailustra.blogspot.com.br/
Talentoso ilustrador que trabalha profissionalmente desde
1998. Tem paixão por trabalhar com o que gosta desde
criança e é movido pela necessidade de melhoria contínua
como artista e profissional. Consciente de seu papel, Adilson
acredita ser importante que os ilustradores mantenham a sua
particularidade, o seu estilo visual e muito profissionalismo,
aprendendo e se desenvolvendo sempre. É assim que ele
acredita que pode fazer alguma diferença na sociedade
em que vivemos. O reconhecimento, para ele, vem com a
qualidade. Trabalha com diversas editoras nacionais com
literatura infantil, livros didáticos e revistas. Também gosta
de aquarela e já ilustrou textos de renomados autores
brasileiros, como Monteiro Lobato, Ruth Rocha, Ana Maria
Machado e Pedro Bandeira. Em suas ilustrações procura
transmitir emoção, sinceridade e um pouco de si mesmo em
cada projeto.
SARAU POPULAR
http://www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/
agenda/sarau-popular/
Projeto idealizado pela Fundação Cultural de Curitiba
desde 2014 que realiza encontros de diversas formas
de expressão nos bairros da cidade. Em encontros
informais, são reunidas manifestações como a poesia, o
circo, a fotografia e shows musicais de pop, MPB, rap,
brega, sertanejo, música caipira e outras expressões
artísticas. O encontro se transforma em uma grande
festa de trocas entre artistas e o púlbico, das quais
acabam emergindo coletivos e outros encontros e ações,
como o grupo de escritores populares Escribas de Rua.
GISELE ALMEIDA
www.giselealmeida.net
HÉLIO LEITES | Artista
Artista reconhecido e muito amado pelos paranaenses, Hélio
Leites junta humor e irreverência em suas composições e
histórias, que cria com suas miniaturas espetaculares. Suas
criações ganham alma quando ele junta materiais que seriam
descartados, como caixas de fósforos, palitos, botas e latas velhas,
alfinetes, botões, de maneira a dar um sentido surpreendente a
eles. Muitas de suas histórias estão no livro Mínimos, com fotos
de Katia Horn, apresentação de Adélia Lopes e execução gráfica
de Adriana Alegria. O jornalista e escritor Domingos Pellegrini
diz que Hélio Leites é um “demolidor de preconceitos” com sua
arte de miniesculturas, reciclando artisticamente com muita
ternura o que encontra pela rua.
Cantora e compositora de Londrina desde 1999. Muito
prestigiada, prima pela música autoral resgatando
a atuação de compositores locais e evidenciando a
diversidade e a sonoridade da produção musical da
cidade. Seu último trabalho intitulado “Conversa de
Varanda” foi registrado em formato de web série e está
disponível em seu site.
CRIATIPOS
https://www.facebook.com/criatipos
Designers com uma paixão pela caligrafia criativa e
trabalho feito à mão. Eles se juntam eventualmente para
executar projetos de ilustração e trabalhos tipográficos.
Cris, Cyla, Doo e Jack unem trabalho e diversão.
NEUROBANCO
http://www.unisolbrasil.org.br/2013/07/16/
novo-sistema-monetario-visa-a-inclusao-financeira/
BLIIVE
http://bliive.com/
CENTRAL DO ABACAXI
Comida como Pretexto: https://www.facebook.com/
centraldoabacaxi?fref=ts
DAS NUVENS
http://www.dasnuvens.co/
SAMAMBAIA | CASA AIRBNB
http://www.abrajanela.com.br/2015/01/08/
te-dou-a-copia-da-chave-da-minha-casa/
http://www.hypeness.com.br/2015/01/minha-casa-ehype-3-a-casa-que-ja-recebeu-pessoas-de-25-paises
PEDRO, PASTEL E BESOURO
https://www.facebook.com/pedropastelbesouro
CHÃ DE JARDIM
http://www.engema.org.br/XVIENGEMA/149.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=LIsYy0U1jcY
TEM AÇUCAR
http://www.temacucar.com/
ESPAÇO EXCÊNTRICO MAURO ZANATTA
https://www.facebook.com/espacoexcentrico
HAMBURGUERIA WATAFUCK
https://www.facebook.com/wtfhamburgueria
PLATAFORMA CURITIBA HONESTA
http://www.curitibahonesta.com/
FLEETY
https://www.fleety.com.br/
PORTO DIGITAL
http://www.portodigital.org/home
É impossível citar casos na cidade de Curitiba, no
Paraná e no Brasil sem deixar de mencionar tantos outros que
são também originais e inovadores. São exemplos que vão
desde artistas talentosos a negócios altamente rentáveis;
Startups que têm utilizado a internet como plataforma
principal, passando por microempreendimentos como a
Central do Abacaxi, cozinha itinerante que tem a “comida
como pretexto” pelo afeto e encontro entre as pessoas.
Podemos falar ainda de inovação em negócios baseados em
compartilhamento e colaboração, como uma plataforma na
internet de compartilhamento de ferramentas e objetos
com os vizinhos, a Tem Açúcar, e dos valores gerados por
economia multimoedas, como o banco de tempo Bliive que
promove trocas de tempo e habilidades entre as pessoas;
o banco comunitário de moeda alternativa, o Neurobanco,
que amplia o microcrédito e promove a inclusão financeira.
Podemos ver como estão organizados os processos de
criação e aprendizado do Das Nuvens - espaço e tempo para
visionários, ou a Samambaia, uma das casas mais visitadas
da plataforma Airbnb, de aluguel de quartos em casas e
apartamentos pelo mundo. Empreendimentos como o Café
e Restaurante Quintana, ou o Vaca Louca, café vegetariano
em Maringá. Empreendimentos de compartilhamento de
carros como a curitibana Fleety. Artistas que abrem suas
casas e as transformam em locais de vivências de criação
artística e entretenimento, como o Espaço Excêntrico
Mauro Zanatta ou A Casa é Sua com arte-educação e
projetos comunitários. Tem encontros de artistas como o
Criatipos e o Pedro, Pastel e Besouro. O parque tecnológico
Porto Digital, que reúne projetos, laboratórios, programas
de formação e negócios de inovação tecnológica e
economia criativa em Recife. E ainda uma série de projetos
voltados à sustentabilidade de comunidades como Chã de
Jardim (Areias, PB), Artesanato Nãndeva (Foz do Iguaçu,
PR), Projeto Saúde e Alegria em Urucureá (Santarém, PA),
Projeto Turma Que Faz (Vila de São Jorge, região da Chapada
dos Veadeiros, GO). E tantos outros emergindo em todo o
estado do Paraná, no Brasil e pelo mundo.
OBJETIVOS DO PARANÁ CRIATIVO
A Incubadora Paraná Criativo (IPC) é uma política de cultura que
fomenta o desenvolvimento sustentável a partir da economia
criativa. O assunto é tratado no Estado desde 2011, com a realização
de seminários e oficinas de capacitação na área. O convênio com
o Ministério da Cultura consiste na implantação de um escritório
público estadual de atendimento e suporte a profissionais e
empreendedores que atuam nos setores criativos, por meio da
oferta de serviços de consultoria, assessoria técnica e capacitação
profissional, entre outros serviços voltados para a qualificação da
gestão de projetos e negócios com foco na sustentabilidade de micro
e pequenos empreendimentos criativos.
O projeto IPC está inserido nas políticas públicas de cultura do Brasil e
é parte integrante de uma rede de incubadoras situadas nas unidades
federativas do país juntamente com governos estaduais e demais
parceiros públicos e privados.
METAS DO CONVÊNIO INCUBADORA PARANÁ CRIATIVO:
META 1
Adequação do espaço físico: reforma e estruturação da Casa João Turin,
onde funcionará a Incubadora Paraná Criativo.
META 2
Aquisição de equipamentos e mobiliários que irão compor a estrutura
tecnológica e funcional da Sede da Incubadora Paraná Criativo e seu espaço
público de coworking.
META 3
Gestão do espaço e desenvolvimento de atividades de formação e assessoria
para empreendedores culturais e criativos.
META 4
Contratação de serviços relacionados ao planejamento estratégico da
Incubadora Paraná Criativo.
META 5
Elaboração e impressão de material institucional, informativo e de divulgação,
como folder, pasta e cartilha.
META 6
Despesas com locomoção e hospedagem de consultores, instrutores e
palestrantes que prestarão serviços nas áreas formativas.
META 7
Despesas administrativas como contratação de serviços de manutenção,
aquisição de material de consumo e papelaria.
OS PRINCIPAIS OBJETIVOS PRESENTES
NO PLANO DE TRABALHO DA IPC SÃO:
O PAPEL DA SECRETARIA DE ESTADO
DA CULTURA NO CONVÊNIO:
• Identificar as principais demandas setoriais e territoriais
no campo da economia criativa do Estado;
• Disponibilizar e adequar espaço físico próprio para
instalação da Incubadora Paraná Criativo;
• Promover a capacitação de produtores, gestores,
artistas e demais profissionais criativos em competências
de gestão e empreendedorismo;
• Adquirir e instalar mobiliário e equipamentos;
• Integrar, ampliar e qualificar a oferta de capacitação
e qualificação profissional do Estado voltada para as
competências de gestão e em áreas técnicas das cadeias
produtivas dos setores criativos;
• Facilitar o acesso a linhas de fomento financeiro (editais
e crédito) para profissionais e empreendimentos criativos
junto a instituições financeiras;
• Contribuir com a formalização de empreendimentos
criativos por meio de assessoria técnica a pessoas físicas;
• Incentivar o associativismo e o cooperativismo por meio
do suporte a redes e coletivos e APLS criativos;
• Articular a divulgação, circulação, distribuição e
comercialização de bens e serviços de empreendimentos
criativos dentro e fora do Estado;
• Estimular a troca de experiências, soluções e
tecnologias entre empreendimentos criativos;
• Disponibilizar informações acerca dos setores
criativos no Estado.
• Contratar consultorias e assessorias técnicas para
implementação do projeto;
• Articular e firmar parceiros locais;
• Articular e captar recursos financeiros, humanos
e materiais junto a parceiros estaduais e municipais,
públicos ou privados, para efetivação dos serviços
propostos pelo equipamento por meio de acordos de
cooperação e convênios com parceiros locais;
• Disponibilizar pessoal para atividades de apoio logístico
(zeladoria e segurança) e cobrir custos fixos (energia, água
e telefone fixo) para funcionamento do equipamento;
• Fazer supervisão técnica, administrativa, contábil e fiscal
do equipamento;
• Desenvolver junto ao MinC plano de sustentabilidade
para o funcionamento do equipamento.
SERVIÇOS A SEREM OFERECIDOS:
CENTRAL DE INFORMAÇÕES
• Balcão de atendimento ao público com informação
e orientação gerais para os profissionais criativos
sobre linhas de fomento disponíveis (editais, prêmios,
leis de incentivo e linhas de crédito), oferta de
atividades formativas (cursos, seminários, etc.);
• Informações e dados sobre os setores criativos
(publicações, pesquisas, eventos, exposições, circuitos,
festivais, mostras, exposições, feiras, catálogos, sites
especializados, rodadas de negócios, lojas, plataformas
de comercialização, etc.);
• Cadastro de profissionais e de empreendimentos
atendidos no escritório localizado na capital
ou em ações de atendimento realizadas pelos
municípios do Estado.
• Elaboração de planos de negócios e planos de marketing
voltados para empreendimentos criativos;
• Planejamento financeiro e orçamentário;
• Gestão de recursos humanos;
• Assessoria jurídica (trabalhista, societária, tributária
e de direito de propriedade intelectual);
• Tecnologias sociais para a formação de coletivos e redes
de profissionais criativos e novos modelos de negócios;
• Formalização de empreendimentos criativos individuais
e coletivos (microempreendedor individual, micro e
pequena empresa, cooperativa, associação, etc.);
• Articulação com municípios e demais instituições
parceiras para apoio técnico de arranjos produtivos locais
relacionados aos setores criativos;
• Articulação com universidades e outras instituições
para o fomento técnico de empreendimentos junto a
incubadoras, empresas juniores, etc.
FORMAÇÃO PARA PROFISSIONAIS CRIATIVOS
SERVIÇOS DE CONSULTORIAS
E ASSESSORIAS ESPECIALIZADAS
• Serviços dirigidos a profissionais por meio de atendimento
personalizado, de acordo com a necessidade de cada um.
• Assessoria técnica para desenvolvimento
de projetos culturais:
Elaboração e prestação de contas de projetos voltados
para editais, leis de incentivo e patrocínio direto.
CONSULTORIA E ASSESSORIA TÉCNICA
EM GESTÃO DE EMPREENDIMENTOS
Consultoria para capacitar ou qualificar a gestão de
empreendimentos formais e informais.
• Desenvolvimento de projetos voltados para microcrédito
e outras linhas de crédito;
• Promoção de cursos livres, presenciais ou a distância,
para a capacitação em competências nas áreas de gestão
e em áreas técnicas que dão suporte para as cadeias
produtivas dos setores criativos.
• Articulação junto ao governo estadual e instituições
parceiras para oferta de vagas para profissionais criativos
nos cursos de capacitação profissional existentes no Estado.
PARCEIROS DA INCUBADORA PARANÁ CRIATIVO:
SESC-PR
CIFAL/SESI-PR
Órgãos municipais de cultura dos municípios do Paraná
Rede de Incubadoras Brasil Criativo
COMO CONSTRUIR UM TERRENO FÉRTIL PARA
QUE A ECONOMIA CRIATIVA PROSPERE NAS
CIDADES E MELHORE A VIDA DAS PESSOAS?
Para além dos setores criativos, a Incubadora Paraná
Criativo quer fortalecer a economia criativa do Paraná como
um todo. Quando valorizamos o que é autêntico e singular
na maneira como as coisas são feitas, revelamos nelas uma
forte relação com o território e a comunidade que as gerou.
Negócios, ações, tecnologias, projetos socioculturais ou
políticas públicas para as cidades que visem promover e
estimular a produção com atributos e qualidades locais é
uma das principais capacidades da economia criativa.
As primeiras ideias sobre cidades criativas, não
necessariamente com esse nome, começaram a surgir
em países como Austrália, Reino Unido, Estados Unidos
e Canadá por volta de 1960, na mesma época em que
começaram as discussões sobre a economia criativa; já
os primeiros livros sobre o tema apareceram entre 1995
e 1998. Vários autores vieram na sequência e levantaram
a ideia da necessidade de repensar o papel das cidades
como únicas e diferenciadas a partir das vocações criativas
e culturais, buscando torná-las mais competitivas.
Algumas características que tornam as cidades
criativas passam a ser compreendidas, como a presença
de elementos intangíveis que dão um sentido único ao
local, lugares que atraem e mantêm profissionais criativos
e espaços públicos que permitem criar ambiente agradável
e que facilitam interações e trocas entre as pessoas.
Para isso há uma condição: a interação entre
o governo, a iniciativa privada e a sociedade civil é
fundamental para a realização conjunta de políticas
públicas abrangentes que integrem áreas como
desenvolvimento econômico, educação, meio ambiente,
cultura, turismo, entre outras.
A cidade criativa é um espaço em constante
transformação onde emergem e vão sendo desenroladas
as diversas conexões entre as pessoas, as diferentes
maneiras de integração e usos de espaços públicos e de
novos negócios. Um processo de incorporação do criativo
que aos poucos vai ganhando seus espaços e suas formas.
Bons exemplos de cidades que fazem uso da
criatividade para serem diferentes, seja em eventos,
espaços públicos, produtos, entre outros, podem ser
encontrados dentro e fora do Brasil.
Começando pelo nosso estado, Paraná, temos os
exemplos da capital, Curitiba, que em 2014 recebeu o
título de Cidade do Design, entrando para a lista de cidades
criativas da UNESCO. Na região dos Campos Gerais, na
cidade de Carambeí, o Parque Histórico de Carambeí busca
preservar a memória dos pioneiros holandeses na região
dos Campos Gerais e divulgar sua cultura. Temos ações da
Londrina Criativa que reúne agentes da indústria criativa
local e busca criar ambientes para a geração de negócios
criativos e sustentáveis, assim como reconhecemos a
atração que as artes e a cultura exercem sobre Campo
Mourão, Maringá e em outras cidades.
Na cidade de Paraty, Rio de Janeiro, a FLIP – Festa
Literária de Paraty é um interessante exemplo de como uma
pequena cidade histórica pôde trabalhar a sua revitalização
urbana de forma sustentável a partir da mobilização da
comunidade em torno de um evento de literatura. Desde
2002 a festa ocorre a partir do empoderamento, organização
e qualificação da comunidade para a execução de todas as
etapas do evento, fazendo com que os ganhos fiquem em
Paraty e as transformações se incorporem à cidade.
Nossos vizinhos latinos também trazem bons
exemplos. É o caso de Medelín, segunda maior cidade
da Colômbia, que se destaca por sua transformação
de uma cidade tomada pelo narcotráfico na década de
1990 em uma cidade criativa, por meio da educação e da
cultura – com a união de governo, sociedade civil, ONGs,
universidades e iniciativa privada, foram instalados parquesbibliotecas, o acesso livre a museus foi implementado, o
turismo foi incentivado (o que atraiu grandes eventos),
entre outras ações que trouxeram mudanças significativas e
inovações para a cidade.
Como pudemos ver, a cidade criativa é o palco
onde a economia criativa acontece. Ela pode ajudar na
transformação da qualidade de vida dos cidadãos não
somente por meio de incentivo aos setores criativos, mas
também ao colaborar com a busca por soluções para os
problemas enfrentados, dando oportunidade para que os
moradores vivam e descubram a cidade.
NOSSAS REFERÊNCIAS
• DEHEINZELIN, Lala. Desejável mundo novo: vida sustentável,
• Ministério da Cultura, Secretaria da Economia Criativa. Plano da
diversa e criativa em 2042. São Paulo: Enthusiasmo Cultural e
Secretaria da Economia Criativa – Políticas, Diretrizes e Ações
Movimento Crie Futuros, 2012. Disponível em: <http://comunidade.
2011-2014. Disponível em: <http://www.cultura.gov.br/documents/
criefuturos.com/livro-desejavel-mundo-novo-vida-sustentavel-
10913/636523/PLANO+DA+SECRETARIA+DA+ECONOMIA+CRIATIVA/
diversa-e-criativa>.
81dd57b6-e43b-43ec-93cf-2a29be1dd071>. Acesso em: 07 jun. 2015.
• DEHEIZELIN, Lala. Economia Criativa e Desenvolvimento: Desafios
• OAS (Organization of American States). Culture, common denominator
e Oportunidades. São Paulo: Enthusiasmo Cultural e Movimento Crie
for development. 18 successful practices. Office of Education and
Futuros, 2013.
Culture/DHDEC, 2011. Disponível em: <http://www.desarrolloycultura.
• Department for Culture, Midia and Sport (DCMS). Creative
net/sites/default/files/18_COMUN_english_baja%20resoluci%C3%B3n.
Industries Mapping Document 1998. Disponível em: <http://
pdf>. Acesso em: maio 2012.
webarchive.nationalarchives.gov.uk/+/http://www.culture.gov.uk/
• REIS, Ana Carla Fonseca (Org.). Economia criativa: como estratégia de
reference_library/publications/4740.aspx>.
desenvolvimento: uma visão dos países em desenvolvimento. São Paulo:
• Department for Culture, Midia and Sport. Creative industries
Itaú Cultural, 2008. Disponível em: <http://inspirebr.com.br/uploads/
mapping document. London: DCMS, 1998. Disponível em: <https://
midiateca/cf93612d3cd4ff4d7ce69b20a872aee8.pdf>.
www.gov.uk/government/publications/creative-industries-mapping-
• RUSKIN, John. A Economia Política da Arte. Rio de Janeiro: Editora
documents-1998>. Acesso em: 09 jun. 2015.
Record, 2004.
• DOWBOR, Ladislau. A reprodução social: proposta para uma gestão
• SEBRAE. O que é Economia Criativa. Disponível em: <http://www.
descentralizada. Petrópolis: Vozes, 1998.
sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/O-que-%C3%A9-Economia-
• FLORIDA, Richard L. A Ascenção da Classe Criativa. Tradução de
Criativa>. Acesso em: 12 jun. 2015.
Ana Luiza Lopes. Porto Alegre: RS: L&PM, 2011.
• STEVEN, Johnson. Future Perfect. The case for Progress in a Networked
• FURTADO, Celso. Criatividade e Dependência na civilização
Age. New York: Riverhead Books, 2012.
industrial. Edição definitiva. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
• Synthetic Overview of the Collaborative Economy. Orange Labs e P2P
• FURTADO, Celso. Economia da Arte. In: COSTA, E.; AGUSTINI, G.
Foundation, 2012. Disponível em: <http://p2pfoundation.net/Synthetic_
(Org.). De baixo para cima. 1. ed. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2014.
Overview_of_the_Collaborative_Economy>.
Disponível em: <http://www.debaixoparacima.com.br>.
• United Nations Development Programme (UNCTAD), Creative economy
• HOWKINS, John. Economia Criativa – Como ganhar dinheiro com
report 2008: the challenge of assessing the creative economy towards
ideias criativas. Tradução de Ariovaldo Griesi. São Paulo:
informed policy-making. Genebra: UNCTAD, 2008. Disponível em: <http://
M.Books Editora, 2013.
unctad.org/en/docs/ditc20082cer_en.pdf>. Acesso em: 09 jun. 2015
• Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sistema de
• United Nations Development Programme (UNDP), Creative economy
Informações e Indicadores Culturais 2003-2005. Estudos e Pesquisas.
report. Widening Local Development Pathways., United Nations/UNDP/
Informação Demográfica e Socioeconômica. Rio de Janeiro, n. 22,
UNESCO, 2013. Paris. Disponível em: <http://www.unesco.org/culture/
2007. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/
pdf/creative-economy-report-2013.pdf>.
populacao/indic_culturais/2005/indic_culturais2005.pdf>.
GOVERNO FEDERAL
Dilma Vana Rousseff
Presidenta
Juca Ferreira
Ministro da Cultura
João Brant
Secretário-Executivo
Guilherme Varella
Secretário de Políticas Culturais
Georgia Haddad Nicolau
Diretora de Empreendedorismo,
Gestão e Inovação
GOVERNO ESTADUAL
Beto Richa
Governador do Estado do Paraná
João Luiz Fiani
Secretário de Estado da Cultura
Jader Alves
Diretor-Geral da SEEC
Alisson Diniz
Coordenador de Comunicação
Rita Soliéri Brandt
Coordenadora de Design Gráfico
APOIO
REALIZAÇÃO
INCUBADORA PARANÁ CRIATIVO
Regina Iorio
Responsável Técnica
Luci Daros
Coordenadora-Geral
Aline Nazato
Coordenadora de Empreendedorismo
e Inovação
Luciano Kampf
Coordenador de Formação
Darli Machado Sant’Anna
Coordenadora de Articulação
Institucional e Redes
MATERIAL GRÁFICO
Aline Nazato
Giovana Gohr Serenato
Patrizia Bittencourt Pereira
Redação de texto
Maria Helena Fontana Cabral Adonis
Projeto Gráfico | SEEC | CDG
Karen Lisse Fukushima
Coordenadora de Comunicação
Marluce Reque
Ilustrações | SEEC | CDG
Maristela Aparecida Gavelaki
Acompanhamento e Prestação de Contas
Marjure Kosugi
Revisão
AGRADECIMENTOS
Nós, da equipe Paraná Criativo, agradecemos imensamente a todos os
atores envolvidos no projeto da Incubadora no Paraná:
à equipe da Secretaria de Estado da Cultura, que nos assessora
tecnicamente para que possamos executar o projeto com excelência;
aos profissionais que trabalharam na equipe Incubadora Paraná
Criativo direta ou indiretamente – servidores, agentes externos e
sociedade civil; e aos parceiros institucionais, que estão ao nosso lado
compartilhando as alegrias de realizar este trabalho tão importante
para o Estado e para os paranaenses. Nosso muito obrigado!
Download