título do resumo

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DESEMPENHO PRODUTIVO E QUALIDADE DE SEMENTES DE FEIJÃOVAGEM RASTEIRO CULTIVADA EM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS
Leonardo Bassi (Bolsista Fundação Araucária/Inclusão Social), Guilherme
Renato Gomes, Lúcia Sadayo Assari Takahashi, e-mail:
[email protected]
Universidade Estadual de Londrina/Departamento Agronomia/CCA
Área e subárea do conhecimento: Ciências Agrárias/Fitotecnia
Palavras-chave: Phaseolus vulgaris; Produtividade; UEL 1.
Resumo
O feijão-vagem pertence à mesma família e espécie botânica do feijão comum
(Phaseolus vulgaris L.) e é uma hortaliça da qual são consumidas as vagens
ainda imaturas, com grande importância econômica e social no Brasil. Para a
expansão da cultura são necessários resultados de pesquisa, principalmente
para incrementar características como produção e qualidade de sementes.
Objetivou-se avaliar diferentes espaçamentos no desempenho produtivo e na
qualidade de sementes de feijão-vagem rasteiro. O genótipo utilizado foi UEL 1.
Foram realizadas as seguintes avaliações: altura da planta, altura de inserção
da primeira vagem, comprimento e diâmetro das vagens, número de vagens
por planta, número de sementes por vagem e produtividade. Quanto à
qualidade, foi avaliado o teor de água e massa seca, germinação e peso de mil
sementes. O delineamento experimental utilizado foi de blocos inteiramente
casualizados, com quatro repetições. Os espaçamentos testados foram 0,35;
0,40; 0,45; 0,50; 0,55 m. A análise de variância foi conduzida aplicando-se o
teste F, a 5% de significância pelo teste de Tukey. Foi constatada significância,
a 5%, apenas para a variável produção de vagens por parcela. Houve aumento
linear da produção de vagens por parcela com o aumento do espaçamento.
Introdução
O feijão-vagem é uma planta anual, pertencente à família Fabaceae, que
apresenta adaptação climática em faixas de temperatura entre 18 a 30ºC. A
porção terminal da haste define os dois hábitos de crescimento desta espécie
de hortaliça, que são classificados como determinado ou indeterminado, no
qual a planta de crescimento determinado possui um ciclo mais curto em
1
relação à de crescimento indeterminado e não necessita de tutoramento por
apresentar um porte menor o que facilita seu cultivo (TESSARIOLI NETO;
GROPPO, 1992).
Para a expansão da cultura são necessários resultados de pesquisa,
principalmente para incrementar características como produção e qualidade de
sementes (ABCSEM, 2012). Objetivou-se avaliar diferentes espaçamentos no
desempenho produtivo e na qualidade de sementes de feijão-vagem rasteiro.
Procedimentos metodológicos
O experimento foi conduzido no Departamento de Agronomia da Universidade
Estadual de Londrina (UEL) em um campo experimental, cujas coordenadas
geográficas são: 23º19’41” S e 51º12’18” O, com altitude média de 550 metros.
O genótipo UEL 1 foi semeado em 14 de Março de 2016 em
delineamento em blocos inteiramente casualizados, com quatro repetições. Os
espaçamentos utilizados foram: 0,35; 0,40; 0,45; 0,50 e 0,55 metros entre
linhas. Em ambos foram analisadas as seguintes características: a) altura de
planta, em dez plantas medidas do nível do solo até o ápice, com auxílio de
uma trena expressa em cm; b) altura de inserção da primeira vagem, medida a
distância entre o nível do solo e a altura de inserção da primeira vagem em dez
plantas por parcela, expressa em cm; c) comprimento e diâmetro das vagens,
medidos do comprimento longitudinal e diâmetro no terço médio de dez vagens
por parcela; d) número de vagens por planta; e) número de sementes por
vagem; Com base nas Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 2009),
foram realizadas as seguintes avaliações para determinação da qualidade das
sementes a) teor de água da semente, utilizando o método de estufa a
105+3ºC, por 24 horas, com duas repetições de 50 sementes; b) teste de
germinação, com quatro repetições de 50 sementes, semeadas em substrato
de papel tipo Germitest, umedecido com 2,5 vezes o seu peso com água
deionizada na forma de rolo e mantidas em germinador, a temperatura de
25+3ºC; c) massa seca da semente e peso de mil sementes. A análise de
variância foi conduzida aplicando-se o teste F, a 5% de significância pelo teste
de Tukey.
Resultados e Discussão
Observou-se significância a 5% apenas para a variável produção de vagens
por parcela, representada no gráfico 1. Houve aumento linear da produção de
vagens por parcela com o aumento do espaçamento, com destaque para os
espaçamentos 0,50 e 0,55 m, no qual o desempenho da variável foi superior.
Foi constatada capacidade de compensação produtiva das plantas, pois,
quando se utilizou menos plantas por área (aumento do espaçamento entre
2
linhas) houve aumento na produção de vagens por parcela. Nas parcelas, a
menor competição entre as plantas por água e nutrientes nos maiores
espaçamentos (menores populações) também pode ter contribuído para o
aumento da produção de vagens. As demais avaliações, incluindo as análises
para qualidade de sementes, não apresentaram significância pelo teste F a
5%(Tabela 1).
Tabela 1. Análise de variância simplificada das variáveis em função do
Valores de F
Variáveis
Fontes de
variação
Altura
da
planta
(cm)
Altura
de
inserçã
o da
primeir
a
vagem
(cm)
Espaçamento
0.439ns
1.319ns
1.248ns
2.383ns
1.501ns
7.344**
1.367ns
2.453ns
1.902ns
CV (%)
13,66
13,95
14,34
7,17
2,52
26,13
3,28
6,52
7,91
Número
de
vagens
por
planta
Comprim
ento de
vagem
(cm)
Diâmetro de
vagem (cm)
Produtivid
ade (t.ha-1)
Germinação
(%)
Massa seca Teor de
da semente água da
(%)
sement
e (%)
espaçamento. Londrina, 2016.
Gráfico 1. Gráfico representativo da variação da produção de vagens por
parcela em função do espaçamento. Londrina, 2016.
Conclusões
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Houve aumento linear da produção de vagens por parcela com o aumento do
espaçamento, com destaque para os espaçamentos 0,50 e 0,55 m, no qual o
desempenho da variável foi superior.
Agradecimentos
A Fundação Araucária. Ao Departamento de Agronomia da Universidade
Estadual de Londrina.
Referências
ABCSEM. Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas. Projeto
para levantamento dos dados socioeconômicos da cadeia produtiva de
hortaliças no Brasil, 2012. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br>.
Acesso em: 26 julho 2016.
TESSARIOLI NETO, J.; GROPPO, G. A. A cultura do feijão-vagem.
Campinas: Coordenadoria de Assistência Técnica Integral, 1992. 12 p. (Boletim
Técnico, 212).
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para
análise de sementes, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
2009.
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