Telessaúde Informa Ações de saúde para intervir nos determinantes

Propaganda
Telessaúde Informa
Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Dezembro de 2011
Victor Américo
[email protected]
Ações de saúde para intervir nos
determinantes sociais
Retrospectiva com os
principais acontecimentos
relacionados à saúde
Atlas do saneamento básico
mostra que o Brasil ainda
está atrasado na área
Programação das
webconferências de
dezembro
página 2
página 3
página 10
Telessaúde Informa
Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Dezembro
Julho de 2011
de 2011
[email protected]
Retrospectiva das notícias em saúde
julho
julho
Decreto 7.508/11 que
regulamenta a Lei 8.080/90,
a Lei Orgânica de Saúde
Lançamento do PMAQ - Programa de
Melhoria do Acesso e da Qualidade da
Atenção Básica
Lei que dispõe sobre as condições
para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes. Mais informações:
http://bit.ly/leiorganica.
Publicamos uma entrevista sobre o PMAQ com
Eduardo Alves Melo, coordenador-geral de Gestão da Atenção Básica, no Telessaúde Informa
de outubro. Para acessar as edições anteriorres: http://issuu.com/telessaudesc.
outubro
Nova Política Nacional de
Atenção Básica
Em julho, publicamos uma entrevista com
o gerente de Atenção Básica Heitor Tognoli
sobre as mudanças que a nova PNAB traria, como o componente de qualidade no
PAB variável.
outubro
Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes
(Telessaúde Brasil Redes)
Lançado em 27 de outubro
para contribuir com a qualidade do serviço do SUS, capacitando e integrando os profissionais por meio do uso de
tecnologias para promover a
Segunda Opinião Formativa, o
Telediagnóstico e a Tele-educação.
novembro
V Encontro Estadual de
Saúde da Familia
O encontro aconteceu de 7 a 9 de
novembro e contou com palestras
e apresentações de experiências
exitosas das equipes de Saúde
da Família do estado.
2
Telessaúde Informa
Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Outubro
Dezembro
dede
2011
2011
[email protected]
COMPARTILHANDO: Carta Capital
O símbolo perene do nosso atraso
Apesar do aumento no número de municípios cobertos por saneamento básico no país, 55,2%
das cidades contam com rede coletora e apenas 68,8% do total coletado passa por tratamento
N
uma primeira leitura, o
Atlas de Saneamento
2011, divulgado em 19 de
novembro pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE),
apresenta um cenário otimista. Entre 2000 e 2008, houve aumento
no número de municípios cobertos
por saneamento básico em todo o
país, fruto da reestruturação dos
investimentos no setor a partir de
2003. A rede de distribuição de
água, o manejo de resíduos sólidos (coleta e disposição de lixo) e o
manejo de águas pluviais (controle
de enchentes), por exemplo, existem pelo menos parcialmente em
mais de 95% das cidades. Apesar
dos dados positivos, o Brasil ainda
está longe de disponibilizar para a
totalidade da população um serviço sanitário estruturado e digno.
Em primeiro lugar, os números
do IBGE mostram que o país engatinha em relação à coleta e tratamento de esgoto. Dos 5,5 mil
municípios, pouco mais de 3 mil
contam com rede coletora, o equivalente a 55,2% do total. Quando
o assunto é tratamento do esgoto,
os números encolhem: 68,8% do
total coletado passa por estações
de tratamento, sendo o restante
despejado em locais inapropriados. De acordo com o professor
Léo Heller, do departamento de
Engenharia Sanitária da UFMG,
Apesar de avanços, Atlas do IBGE mostra que metade das cidades brasileiras
continuava sem coleta de esgoto em 2008. Foto: Ovídio Carvalho/ON/D.A. PRESS
esse dado pode ser contestado.
“O número dificilmente reflete a
realidade, uma vez que a base de
dados é montada em cima da informação que o gestor da rede de
esgoto repassa para o IBGE.”
Além do mais, o estudo não leva
em conta a abrangência da prestação do serviço, colocando no mesmo balaio as cidades que universalizaram essa infraestrutura e as
que a disponibilizam apenas para
alguns bairros. Por isso, o dado
que melhor reflete a realidade brasileira é o de número de domicílios
atendidos pela rede de esgoto:
45,7%. “O déficit maior do Brasil
ainda é o esgotamento sanitário,
tanto em áreas urbanas quanto rurais”, explica Ana Lúcia Britto, pes-
quisadora do Observatório das Metrópoles e professora do programa
de pós-graduação do Instituto de
Pesquisa e Planejamento Urbano
e Regional da UFRJ.
Os mapas do atlas também evidenciam contrastes regionais no
atendimento sanitário brasileiro.
A rede coletora de esgoto do Norte, apesar de ter quase dobrado
a quantidade de cidades assistidas, permanece a menor do país:
apenas 13% dos municípios têm a
infraestrutura. No Nordeste, esse
índice é de 45% e, no Sudeste, de
mais de 95%. Especialistas apontam diversas razões para as deficiências brasileiras na área. Desde a
década de 70, quando houve uma
primeira tentativa de organizar sob
3
Telessaúde Informa
Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Dezembro de 2011
a tutela federal os investimentos
no setor, as obras priorizaram a expansão da rede de abastecimento
de água. “É até compreensível, visto o enorme déficit que havia naquela época. Mas hoje o trabalho
em saneamento precisa ser integrado, água e esgoto, até porque
a família que passa a ter acesso
à água gera mais esgoto”, diz Ana
Lúcia. Além do mais, a construção
e operação de sistemas de esgoto tende a ser mais cara. A própria
Copasa, lembra Heller, companhia
responsável pelo saneamento em
Minas Gerais, possui 600 sistemas de água e 200 de esgoto. “Há
oito anos, os sistemas de esgoto
eram menos de 30.”
A pesquisadora do Observatório das Metrópoles destaca outras
deficiências brasileiras, que precisam ser contrapostas às principais
conclusões do Atlas do IBGE para
uma análise crítica da realidade
nacional. Embora esteja presente
em praticamente todos os municípios, uma grande quantidade de
residências convive com abastecimento de água intermitente, ou
seja, com prolongados períodos
de interrupção. Segundo dados de
2007 do Sistema de Informação
de Vigilância da Qualidade de Água
para Consumo Humano (Sisagua),
aproximadamente 3,2 milhões de
domicílios sofrem com intermitência pelo menos uma vez por mês.
Ana Lúcia aponta uma das razões
da ampliação do acesso não ter
sido acompanhada pela qualidade. “Embora tenha havido um aumento substancial de investimentos a partir do primeiro mandato
do presidente Lula, muito dinheiro
[email protected]
O atlas está disponível no site do IBGE
2,9 bilhões (2007), 3,5 bilhões
(2008) e 3,5 bilhões (2009).
O Plansab prevê, entre outras
coisas, que a liberação de recursos pelo governo federal esteja
condicionada à elaboração, por
parte das prefeituras, de planos
municipais que orientem os projetos em saneamento. Hoje apenas
12% das cidades brasileiras contam com esse tipo de legislação.
Uma vez em vigor, o plano traçará metas a serem alcançadas
nos próximos 20 anos para uma
universalização estruturada de saneamento básico no Brasil. Para
tanto, será necessária uma quantia na ordem de 420 bilhões de reais, sendo 250 bilhões provenientes de inversões da esfera federal.
O restante deverá vir de aportes
estaduais, municipais, da iniciativa privada e de órgãos internacionais de concessão de crédito,
como o Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID). A gerente
de projeto do IBGE, Adma Figueiredo, reconhece que, a despeito dos
avanços, persistem as disparidades regionais e problemas como a
pouca abrangência das rede coletoras nas cidades. Entretanto, ela
espera que os próximos estudos
do instituto mostrem resultados
positivos mais contundentes, uma
vez que passarão a englobar o período posterior a 2008, quando o
dinheiro injetado via PAC foi mais
expressivo. “De qualquer forma,
muito do que precisa ser feito é de
uma agenda do século XIX”.
vai para a expansão do sistema de
distribuição e pouco segue para a
qualificação dos gestores a cargo
da rede, o que melhoraria a qualidade do fornecimento”. A crítica
é compartilhada por Heller. “O dinheiro é direcionado para construir
obras. Só que é preciso também
pensar na operação do sistema,
na capacitação dos profissionais e
na qualidade da água oferecida”.
Os dois especialistas esperam
que haja mais enfoque na gestão
dos recursos empregados com a
efetivação do Plano Nacional de
Saneamento Básico (Plansab),
elaborado no início do ano e atualmente em análise na Casa Civil. O
plano faz parte do esforço de reestruturação dos gastos no setor iniciado no primeiro mandato petista,
quando foram criados o Ministério
das Cidades e a Secretaria Nacional de Saneamento Básico, vinculada à pasta. A partir do Programa
de Aceleração do Crescimento
(PAC), estabelecido em 2007, o
aumento de aportes na área é expressivo. A quantidade de recur- Reportagem de Ricardo Carvalho.
sos não onerosos desembolsada Disponível em:
saltou de 1,7 bilhão em 2006 para http://bit.ly/nossoatraso
4
Telessaúde Informa
Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
Dezembro de 2011
telessaude.sc.gov.br
[email protected]
É papel da Atenção Básica criar ações
para intervir nos determinantes sociais
Práticas sanitárias como prevenção e promoção, adequadas ao contexto
social de cada lugar, são uma saída para resolver os problemas mais comuns
da população, vinculados à determinação social
U
m transtorno emocional súbito acompanhado de sintomas como palpitações, sensação de falta de ar, dor, calafrios ou ondas
de calor caracteriza a crise conversiva, também conhecida como histeria ou crises histéricas. “Esse transtorno é determinado emocionalmente e significa que a pessoa tem uma dificuldade extrema
de enfrentar um problema. A forma que ela encontra
de enfrentá-lo é tendo uma crise, em que ela perde a
consciência e não consegue se comunicar”, explica o
médico e professor do curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Marco da Ros. Os
problemas emocionais do paciente causam o transtorno, porque ele receberia a atenção que estava precisando após manifestar esses sintomas. A crise conversiva
era tratada da seguinte maneira: o médico ficava a sós
com o paciente e tirava a pessoa da crise na base da
conversa. O profissional explicava que, se a pessoa contasse seus problemas e o que estava sentindo, poderia
ser ajudada. Só depois é que o problema emocional da
pessoa seria tratado, com remédios ou não.
Marco se surpreendeu quando falou sobre crise conversiva em uma aula do curso de medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e descobriu
que seus alunos não conheciam esse transtorno. A razão disso é que o perfil das doenças de uma determinada doença muda ao longo do tempo de acordo com as
características dessa sociedade, o que é chamado de
determinação social. Há trinta anos, quando Marco ainda atendia em postos de saúde, a crise conversiva era
muito frequente. O médico chegava a receber três ou
quatro casos por dia de pacientes com esses sintomas.
O médico, mestre em Saúde Pública, explica que o
perfil da sociedade de hoje levou à popularização de
outras doenças: “Para acontecer, a crise conversiva precisa da ideia de solidariedade, que as pessoas queiram
te ajudar. Na proposta neoliberal, é cada um por si”. O
arranjo social moderno é caracterizado pela solidão e
individualidade. O perfil de doença que se adequa a isso
é a depressão, por exemplo. “Se você vê alguém em crise, finge que não viu, passa longe e pensa se terá problemas ao se envolver com aquilo. As pessoas têm que
conviver com seus problemas sozinhos e acabam tendo
dificuldade em lidar com isso. A fluoxetina é o medicamento mais consumido no Brasil, mas esse antidepressivo não tira a pessoa do mundo em que ela vive: individualista, competitivo e nada solidário”, explica Marco.
Todo o perfil de doença no Brasil mudou nos últimos
anos, porque mudou a própria inserção do país no capitalismo. As doenças mais frequentes eram diarreia, verminoses e crises conversivas. Em 1970, 43% da população era rural. Em 2007, apenas 16% viviam no campo.
“Hoje no posto de saúde, se encontra diabetes, hipertensão e outras doenças da urbanidade. Na medida em
que o Brasil se torna um país emergente, ele passa a ter
doenças de primeiro mundo. Na Europa, hipertensão e
diabetes são doenças comuns há muito tempo”, conclui.
Visão integrada da saúde
A determinação social é a estrutura da sociedade,
que influencia o perfil de doença em um momento histórico específico. O ideal seria transformar essa estrutura
social, que é a causa das desigualdades e de um mundo essencialmente individualista, mas ela depende de
fatores como a organização da sociedade e o modelo
econômico vigente, por exemplo. “A saída é interferir nos
5
Telessaúde Informa
Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Outubro
Dezembro
dede
2011
2011
chamados Determinantes Sociais
da Saúde, que são níveis da determinação social, como o trabalho, a
segurança, o lazer, acesso à informação. Esses fatores sempre estão
ligados à determinação”, explica o
médico Luiz Cutolo.
Por exemplo, numa situação de
epidemia de diarreia em um bairro
pobre de trabalhadores, onde há
pouco acesso à água tratada e à
coleta de lixo, uma das crianças doentes está desnutrida. Quais ações
deveriam ser seguidas pelo profissional de saúde nesse caso? Tirar a
criança da condição de subnutrição
seria reabilitar a saúde dela e intervir na diarreia com soro, recuperar.
Uma ação de prevenção necessária
seria trabalhar em conjunto com o
conselho local de saúde para que a
água limpa chegue através da companhia de águas. Além disso tudo,
promover o acesso à informação seria uma última ação importante, de
educação em saúde.
De acordo com a Organização
Mundial de Saúde (OMS), “saúde é
o completo bem-estar físico, mental
e social e não a simples ausência de
doença”. Dessa forma, o olhar sobre um fenômeno de adoecimento,
além de biológico, também é social.
A integralidade é o princípio do SUS
que dá conta da complexidade do
processo saúde-doença, já que significa olhar para um fenômeno sob
diversos aspectos e considerar a necessidade do outro. A integralidade
possui três categorias: concepção
saúde-doença – levar em conta
outros fatores além do biológico –,
prática sanitária – oferecer tratamentos que podem ir além de medicamentos – e gestão da prática
[email protected]
sanitária – que também pode viabilizar necessidades.
Existem dois sentidos de integralidade na prática sanitária. O principal
é se perguntar qual é a necessidade
da pessoa. O segundo é mapear as
opções que ela tem e como o profissional de saúde pode interpretar
essa necessidade para ajudá-la.
“Se uma mulher de 40 anos chega ao consultório com uma dor
nas costas e ela é faxineira, tratar
essa dor não é só receitar relaxante muscular”, exemplifica Cutolo. O
profissional deve pensar o indivíduo
completo, entender que o paciente
é mais do que alguém com dor nas
costas, compreendendo os outros
contextos além da doença: o social,
o familiar, entre outros. Nesse caso,
a dor da paciente seria resultado do
trabalho físico do dia-a-dia.
Os exemplos a seguir mostram
como ações integradas de saúde,
adequadas ao contexto social de
cada região, podem ser colocadas
em prática.
Melhorando a relação
com a comunidade
A experiência exitosa do município de Santa Rosa de Lima, a 120
km de Florianópolis, “Reorientação
da Atenção Primária à Saúde – subjetividades e particularidades do
processo” foi premiada pela Gerência de Atenção Básica (GEABS) do
estado e pelo Núcleo Telessaúde SC
por uma série de melhorias no processo de trabalho através de ações
de promoção de saúde.
A remodelação dos trabalhos dos
grupos terapêuticos foi uma das
principais inovações. Antes, os grupos eram poucos frequentados e
A história do doutor de família
no interior de Santa Catarina
(Murilo Leandro Marcos)
[...]
Anunciavam que não era médico
Porque só receitava chá
Outros diziam ser nutricionista
Já que orientava um bom alimentar
Tinha ainda quem dizia
“Esse médico é uma porcaria,
Pois pra dor manda caminhar”.
No começo pensava acochichado
Como é que faria pro trem acontecer
Pro povo trabalhador e calejado
Descobrir outras formas do
corpo se mexer
Iniciou então o grupo de caminhada
E a população que se dizia cansada
Se deliciou com o corpo amolecer.
O doutor se aprochegava
Devagarinho e com papo diferente
Dizendo que remédio não era
alimento
E caminhada era bom pra mente
Seguia firme na intenção
De diminuir o tamanho da prescrição
Dos tarja-preta que deixam demente.
A mudança vem surgindo
Com a promoção da saúde
Corpo e mente andam juntos
Com autonomia e atitude
Mais vida pra se viver
Mais qualidade no envelhecer
Tendo a experiência como virtude.
Assista: http://bit.ly/doutordefamilia
6
Telessaúde Informa
Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Dezembro
Julho de 2011
de 2011
realizados só no centro da cidade.
Pensando em aprofundar o vínculo com a população, as atividades
foram inseridas nas regiões mais
distantes. Ainda com a proposta de
estreitar a relação com a população, foi criado o programa “Saúde
na Comunidade”, que promovia um
grande encontro mensal, em comunidades diferentes, no formato de
roda de conversa sobre algum tema
de interesse, como a importância de
uma alimentação saudável.
A arte também marca as ações de
saúde em Santa Rosa de Lima, aproximando os profissionais e a população. Atividades musicais são realizadas em grupos terapêuticos e nos
encontros nas comunidades. Durante o carnaval, o Bloco da Saúde realizou cortejos pelas ruas da cidade,
cantando sobre promoção de saúde.
O médico Murilo Leandro Marcos foi
premiado no 11º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, que aconteceu no mês de
junho em Brasília, pelo conto-cordel
“A história do doutor de família no
interior de Santa Catarina” (Veja a
letra no box da página anterior).
“Percebeu-se que o processo de
fortalecimento do SUS e de consolidação dos princípios da APS se
constrói no dia-a-dia do trabalho, na
Unidada, nas visitas domiciliares,
nas conversas de rua, nas reuniões
de grupo”, concluem os autores da
experiência em Santa Rosa de Lima.
Aliando promoção e
prevenção de saúde
Em Urupema, município a 198
km de Florianópolis, os profissionais de saúde perceberam, através
do plano municipal de saúde, que
[email protected]
Dois momentos da ação “Elas + Belas”
de Urupema: realização do exame
preventivo e o espaço da beleza.
havia um baixo índice de cobertura
de exames cipatológicos, além de
fatores associados como baixa autoestima e pouca oferta de lazer. Foi
a partir disso que surgiu a ideia de
criar a ação “Elas + Belas”, voltada
para mulheres entre 25 e 29 anos e
com o objetivo de incentivar o público-alvo a realizar o exame preventivo. Essa ação também foi premiada
pela GEABS.
Na chegada, as mulheres são recebidas com café da manhã e deixam os filhos com pedagogos. As in-
tegrantes participam das seguintes
atividades: fazem o exame preventivo e o de mama; são orientadas em
grupo sobre o câncer de mama, de
colo de útero e de pele; tiram uma
foto antes de ir para o espaço de
beleza; ficam aos cuidados de manicures, maquiadores e cabeleireiro;
e tiram foto depois de arrumadas.
“Nesta foto, está o segredo de como
aliar a promoção com a prevenção
da saúde”, explica a equipe responsável pela ação. Além de fazer a
mulher se sentir bem, o projeto incentivava a adesão aos exames,
porque o resultado dos exames era
necessário para retirar a foto.
Depois dos nove encontros mensais realizados, os resultados foram
positivos. A amostra da população
feminina com idade de 25 a 59
anos, no período de agosto de 2009
a julho de 2010, era de 668 mulheres e a quantidade de exames citopatológicos realizados no mesmo
período foi de 128 procedimentos,
caracterizando 19% da população.
Após o desenvolvimento da ação
“Elas + Belas”, foram realizados 346
exames citopatológicos no período
de agosto de 2010 a julho de 2011,
totalizando 52,5% da população.
O grupo formado pelas equipes
de ESF, NASF e ACS concluiu que: “O
desafio não é apenas desenvolver a
ação, mas sim, valorizar a individualidade de cada profissional e seu saber para o trabalho em equipe. Para
tanto, é importante reconhecer que
o planejamento em grupo, a análise
da realidade local, dos condicionantes e determinantes sociais, foram
essenciais para a motivação e modificação da atuação profissional dentro do SUS”.
7
Telessaúde Informa
Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Outubro
Dezembro
dede
2011
2011
[email protected]
A Onda (2008). Rainer Wegner tem que ensinar
autocacia a seus alunos. Devido ao desinteresse deles,
propõe uma experiência que mostre na prática os
mecanismos do fascismo. Wegner é o líder do grupo que
propaga “força pela disciplina” e chama o movimento de A
Onda. Em pouco tempo, os alunos começam a propagar o
poder da unidade e ameaçar os outros. Quando o jogo fica
sério, Wegner decide interrompê-lo, mas é tarde demais.
Evento
III Congresso Sul-Brasieiro de Medicina
de Família e Comunidade
Paralelamente ao I Seminário Nacional de
Comunicação Clínica, o evento acontece entre 25 e
28 de abril de 2012 no Centro de Eventos da UFSC. A
inscrição e o pagamento online estarão disponíveis até
dia 19 de abril. Participe!
volume da coleção
“Para entender a gestão
do SUS” apresenta a
organização atual da
área de Vigilância em
Saúde nos seus aspectos
políticos, técnicos e
operacionais e traz
informações atualizadas
sobre o perfil demográfico
e epidemiológico do Brasil,
abordando o Sistema Nacional de Vigilância em
Saúde, sua organização nas três esferas de gestão do
SUS e seu financiamento.
Quanto à vigilância em saúde do trabalhador,
apresenta a atual situação epidemiológica e seu
financiamento.
Vídeo
Filmes e livros
Vigilância em saúde
- parte 1. O quinto
{
Médico que faz atendimento de bicicleta
A reportagem veiculada no Jornal do Almoço (RBS TV
SC) no dia 24 de novembro mostra o bom exemplo do
médico Paulo Poli, da Unidade de Saúde dos Ingleses
em Florianópolis, que usa a bibicleta para ir ao trabalho
e fazer visitas domiciliares.
Disponível no link http://bit.ly/bicicletasaude
8
Telessaúde Informa
Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Outubro
Dezembro
dede
2011
2011
{
[email protected]
Participação das equipes de saúde
O Núcleo Telessaúde SC agradece
e parabeniza as equipes pela
participação, ao longo do ano,
nos serviços ofertados: nas webs,
na Segunda Opinião Formativa
e nos cursos. Isso demonstra a
preocupação com o andamento da
Estratégia de Saúde da Família, já que
o processo contribuiu imensamente
para o crescimento da Atenção
Básica. Em 2012 nosso serviço
será potencializado e focado nas
necessidades de vocês.
Equipe do Núcleo Telessaúde SC
Avisos sobre a Segunda
Opinião Formativa
Teleconsultoria
Telessaúde SC
O Núcleo de Telessaúde SC
informa aos profissionais
do NASF (Núcleo de Apoio à
Saúde da Família) do estado
de Santa Catarina que, devido
à especificidade técnica
de cada área profissional
que compõe o NASF e pelo
quadro de teleconsultores da
Segunda Opinião Formativa
ser composto apenas por
profissionais da equipe básica
de Saúde da Família, não
serão respondidas questões
referentes às competências
técnicas específicas de cada
categoria profissional do NASF.
A Teleconsultoria é um serviço a
distância disponibilizado para as
equipes de Saúde da Família do
Estado no PMAQ (Programa para
Melhoria do Acesso e Qualidade
na Atenção Básica).
Reconhecendo a Estratégia Saúde
da Família como ordenadora da
Atenção Básica, nosso objetivo
é prestar consultoria de forma
a orientar uma assistência em
saúde com maior qualidade,
resolubilidade, efetivando por
fim os princípios e diretrizes da
Atenção Básica.
A teleconsultoria é por equipe.
Para solicitar inscrição é
necessário enviar e-mail de
inscrição para consultoria.
[email protected].
As experiências exitosas dos
municípios de Peritiba (http://
www.peritiba.sc.gov.br) e
Presidente Castello Branco
já estão disponíveis no portal
do Telessaúde. Todos podem
acessar o conteúdo, disponível
no acervo das webconferências.
Apenas é preciso logar para ter
acesso ao acervo.
O relato da experiência
exitosa de Vargem Bonita
sobre o “Calendário educativo
da saúde” também está
disponível no nosso portal. É só
clicar na aba “Experiências”,
na barra abaixo do logo do
Telessaúde.
9
Telessaúde Informa
Boletim Informativo mensal do Núcleo de Telessaúde SC
telessaude.sc.gov.br
Dezembro de 2011
[email protected]
Programação das
webconferências de dezembro
Participe da escolha dos temas das próximas webs.
Envie sugestões para [email protected].
Sua participação é importante!
07/12
Webconferência Experiência Exitosa do
município de Alto Bela Vista: inserindo a
equipe SF e NASF na comunidade, 15h
Palestrante: Equipe de Alto Bela Vista e Gisele Damian
Resumo: A experiência exitosa de Alto Bela Vista
tem por objetivo relatar a interação entre o saber
técnico-científico e popular sobre saúde nos clubes
de mães e grupos de idosos do município através dos
profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e
do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF).
08/12
Workshop - Autoavaliação para Melhoria
do Acesso e Qualidade na Atenção
Básica (AMAQ), 15h
Palestrante: Mari Ângela de Freitas
Resumo: Conceitos, organização da Autoavaliação
para Melhoria do Acesso e Qualidade na Atenção
Básica e preenchimento dos instrumentos.
Cartum de Aristides
Dutra publicado
na edição 96 da
Revista Radis. Leia
a publicação sobre
comunicação e saúde:
http://www.ensp.fiocruz.
br/radis/revista-radis/111
Expediente Jornalista Responsável: Marina Veshagem Texto, edição e diagramação: Luisa Pinheiro Ilustração
Victor Américo Orientação: Izauria Zardo, Jimeny Pereira e Patricia Nahirniak Revisão: Marina Veshagem
10
Download