SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE REGIÕES DE SAÚDE ―IV MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EM ATENÇÃO BÁSICA DO DRS XIIIRIBEIRÃO PRETO‖ e ―II MOSTRA DE EXPERIÊNCIAS EM ATENÇÃO BÁSICA DA RRAS 13‖ Anais – Trabalhos DRS 3 Araraquara Total de Trabalhos Inscritos: 62 DRS 3 Araraquara ANO 2013 1 Trabalho nº 01 TRATAMENTO SUPERVISIONADO DE TUBERCULOSE- UMA EXPERIÊNCIA EXITOSA NO MUNICÍPIO DE IBITINGA Autores: ENDRES, MG; MINZONI, AM. Instituição: Serviço Autônomo Municipal de Saúde, Ibitinga – SP, [email protected] Introdução Em consonância com o Programa Nacional de Controle da Tuberculose, que preconiza o tratamento diretamente observado (TDO) a 100% dos pacientes diagnosticados com a doença e em razão do expressivo número de casos em nosso município, adotamos, desde 2009, a estratégia referida como obrigatória a todos os usuários notificados por esse agravo de notificação compulsória, oriundos tanto da rede pública como privada. A tuberculose é um problema de saúde publica crônico em nosso município e desse Colegiado Centro Oeste. Ibitinga destaca-se pelo crescimento populacional, pois fica na região canavieira do estado de São Paulo e também pela produção e comercialização de bordados industriais. Essa condição atrai inúmeras pessoas de diversos pontos do país tanto em busca de trabalho, como para turismo. Objetivo Implantar o Tratamento Diretamente Observado era uma prioridade para Ibitinga, pois sabemos que a tomada irregular do medicamento e o abandono propicia o aparecimento de cepas multi resistentes. A descentralização do TDO também precisava ser priorizada, porém, a falta de infraestrutura nas UBS com insuficiência de profissionais e ausência de transporte, optou-se por adotar a estratégia com técnico do CSII, que é uma unidade central onde esta lotada o Serviço de Vigilância Epidemiológica e o médico responsável pelo Programa de Tuberculose, essas condições facilitam sobremaneira a realização das visitas domiciliares a todos os usuários em tratamento. Por isso a opção de manter a operacionalização da estratégia centralizada levando em conta que os resultados tem sido positivos. Consideramos necessário após a ingestão dos medicamentos a provisão de um lanche balanceado pensando nos muitos usuários que não se alimentam pela 2 manhã e para isso envolvemos um profissional da nutrição para o preparo e escolha da refeição. Métodos e resultados O método consiste em levar diariamente a medicação prescrita e um lanche à casa do usuário em tratamento de tuberculose. O período de visita é de seis meses ou em enquanto durar o tratamento. Às sextas-feiras a medicação já fracionada é entregue ao paciente para a tomada do fim de semana. É evidente que TDO não se trata apenas de entregar medicamentos na casa de um paciente com um agravo transmissível. Seria uma visão reducionista de um trabalho complexo que envolve habilidades e técnicas do profissional de saúde. Existe todo um namoro, uma conquista mesmo, ganho de confiança, energia e conhecimento para derrubar barreiras, dúvidas e medo a respeito da tuberculose. No ano de 2011dos 21 pacientes notificados, e com TDO, tivemos 19 altas por cura, um óbito por AIDS e 1 alta por mudança de diagnóstico, 0 (zero) por abandono. No ano de 2008 o percentual de cura era de77,78% .Em 2011 este, foi de 87,50. Conclusão O cuidado acaba gerando o autocuidado. O usuário portador de tuberculose, que carrega consigo valores estigmatizantes, observando a preocupação do trabalhador da saúde, que diariamente bate a sua porta, a fim de medicá-lo, propicia o fortalecimento da relação gerada entre o trabalhador, usuário e família, aprendizado sobre questões de saúde, quebra de barreiras e melhora a autoestima de todos. É reconhecido por todos nós trabalhadores, histórias de vida de usuários antes e depois do TDO. Todos saímos fortalecidos e gratificados, quando nos deparamos com esses usuários nas nossas UBS, pela cidade, retomando suas vidas, trabalhando, e principalmente cuidando adequadamente de sua saúde. Este talvez seja o maior objetivo da equipe fazer com que o usuário através do vinculo estabelecido durante esses seis meses de convivência se aproprie do conhecimento a cerca de saúde, construa novos olhares sobre si mesmo e a equipe de saúde, e promova mudança para hábitos mais saudáveis. Palavras-chave: Tratamento Diretamente Observado para Tuberculose. 3 Trabalho nº 02 PARTICULARIDADES DA TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA NUMA COMUNIDADE ASSISTIDA POR UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA. Autores: ACORINTE, AC1; GIBELATO, ED 2; SILVA, JA3; ZERBETTO, SR4; GALTIERI, DM5. 1 Enfermeira, Terapeuta Comunitária Integrativa, Coordenadora do CAPS AD de São Carlos- SP; 2e3 Agentes Comunitárias de Saúde- São Carlos. 4 Professora Doutora do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de São Carlos- UFSCar. 5 Cirurgiã Dentista, Terapeuta Comunitária, Assessora do DGCA. Instituição: Prefeitura Municipal de São Carlos- Secretaria Municipal de Saúde de São Carlos, São Carlos, [email protected]. Introdução O conceito de promoção à saúde aponta para uma visão globalizada, valorizando aspectos biopsicossociais, culturais e ambientais. A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) é um instrumento poderoso para fortalecer as relações humanas no desenvolvimento de redes sociais dentro da perspectiva sistêmica de reflexão do sofrimento causado pelas situações estressantes, antes que se torne patológico e venha requerer encaminhamentos às especialistas. Atualmente é considerada, no município de São Carlos-SP, uma política pública para a saúde. Para a realização da TCI contamos com uma metodologia, ou seja, uma série de técnicas específicas capaz de atender a um grande número de pessoas, tendo por finalidade aliviar o stress, preocupação, ansiedade e o sofrimento psíquico, não se utilizando de técnicas assistencialistas. Para acontecer, se faz necessária uma sequência imprescindível na técnica como, por exemplo, acolhimento, escolha do tema, contextualização, problematização, ritual de agregação e por fim avaliação final (BARRETO, 2005). Objetivo Neste contexto o objetivo deste estudo foi identificar os principais temas em 127 rodas de TCI realizadas no município de São Carlos. 4 Metodologia Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, realizado em um bairro periférico, com alto índice de vulnerabilidade social (IVS), no município de São Carlos-SP. Foram observados os temas de rodas realizadas entre 2007 á 2012, em unidades de saúde, com a participação de 1.389 pessoas da comunidade. Os resultados foram analisados a partir da literatura. Resultados Os temas mais presentes encontrados incluem: conflito emocional (35%), conflitos familiares (32%), dependência química (12%), seguido pela perda de um ente querido (7%), doença grave na família (4%), violência (3%), depressão (2%), o excesso de trabalho (2%), desemprego (2%) e os distúrbios mentais na família (1%). Conclusão Concluímos que os conflitos emocionais estão presentes no cotidiano da comunidade gerando sofrimento. A partir desses dados percebemos a importância na formação das redes de apoio através das rodas de TCI e a continuidade do trabalho buscando o cuidado integral ao indivíduo. Nesses espaços, após a realização das rodas, foi relatada a melhoria nos conflitos emocionais e familiares. Dando ênfase à busca de solução para os problemas, maior respeito às diferenças, valorização das escutas e reconhecimento das diferenças. Palavras-chave: Terapia Comunitária Integrativa; Conflitos emocionais; Conflitos Familiares. 5 Trabalho nº 03 GESTÃO E APOIO INSTITUCIONAL:- PARCERIA PERFEITA PARA MELHORAR O PROCESSO DE TRABALHO NAS UNIDADES SAÚDE DA FAMÍLIA Autores: PIZETTA, VCC¹; SCHALCH, MV1; PIZZI, LDR1; GUELERO, MT1; BENDANDE, FM1. Instituição: PREFEITURA MUNICIPAL DE DESCALVADO, Descalvado – SP email: [email protected]. INTRODUÇÃO A gestão municipal tem um enfrentamento grande na organização e igualdade dos processos de trabalho nas unidades de saúde, visto as particularidades da região e os diferentes entendimentos por parte dos funcionários nas questões do acesso, qualidade e humanização do atendimento. Buscando um olhar ampliado e diversificado dos saberes numa equipe multiprofissional a criação do grupo de apoio institucional veio unir as necessidades da gestão, a vivencia das unidades as ferramentas utilizadas na educação permanente para fortalecer o entendimento do trabalho em equipe, maior conhecimento para o pleno funcionamento da unidade e o melhor atendimento aos usuários, visando à qualidade de vida do profissional e os resultados esperados pela gestão. OBJETIVO Fortalecer o trabalho dos profissionais nas unidades, buscando melhores resultados nos indicadores e melhor qualidade de vida da população; -Motivar a gestão a investir nas unidades mediante resultados alcançados; - Estabelecer grupos de discussão de processo de trabalho nas unidades com suporte multiprofissional para melhoria do perfil dos profissionais de saúde. METODOLOGIA É usada equipe multiprofissional com carga horária definida para reuniões semanais e periódicas com as equipes para melhorar o processo de trabalho, se auto-avaliarem e desenvolverem metas e atividades para as melhorias propostas e consequentemente isso revertem em benfeitorias para a população adscrita daquele território. RESULTADOS 6 A parceria esta acontecendo há um ano e pudemos avaliar significativas mudanças no processo de trabalho, nas expectativas da gestão, na realização das matrizes de intervenção, na avaliação do PMAQ e na satisfação dos usuários observados nas reuniões do conselho gestor e nas caixas de sugestão de cada unidade. CONCLUSAO Com visitas periódicas nas reuniões de equipe das unidades, pudemos observar as melhorias do processo de trabalho e as formas claras e objetivas com que as reuniões acontecem, explicitando de forma a entender as necessidades da gestão e as fragilidades das unidades, ocorrendo às trocas de informação e fazendo com que as engrenagens desse sistema flua de maneira homogênea em todas as unidades embasadas nos princípios de equidade, universalidade e igualdade de forma a suprir as necessidades da população e dos trabalhadores, bem como as expectativas da gestão. Palavras-chave: Gestão, Apoio Institucional, Qualidade, População. 7 Trabalho nº 04 PROJETO VIVER BEM – UMA EXPERIÊNCIA DE PROMOÇÃO À SAÚDE NA ESF CADIOLI/BUSCARDI EM MATÃO Autores: TROVÓ, MC1; FIGUEIREDO, MRS1. Instituição: 1Secretaria Municipal da Saúde de Matão – Estratégia de saúde da família do Cadioli/ Equipe Buscardi, Matão, São Paulo, e-mail: [email protected]. Introdução Uma equipe de saúde da família inserida na comunidade através de uma atividade realizada na praça que promove melhora na qualidade de vida da população emerge como um elo entre a comunidade e o sistema de saúde. As atividades favorecem o planejamento das ações, de promoção de saúde, de prevenção e o monitoramento de grupos específicos. O acompanhamento e a avaliação das ações promovem melhoria na qualidade de vida dos pacientes e realiza o monitoramento dos grupos de risco como, por exemplo, hipertensos, diabéticos e obesos. O vínculo também favorece a realização de orientações em saúde e atividades educativas. Objetivo O projeto viver bem de iniciativa de uma equipe de estratégia de saúde da família busca a melhoria da qualidade de vida da população com atividade física, alongamento e fortalecimento muscular, além do acompanhamento de hipertensos, diabéticos, obesos e informações em saúde, em uma praça da área de abrangência o que facilita o acesso para a população. Metodologia A atividade é realizada duas vezes na semana, por uma hora, com e toda a equipe de saúde: médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agentes comunitárias de saúde e há o apoio de outros profissionais da atenção básica como educadores físicos, fisioterapeutas, gerontóloga e nutricionista. Toda a população é convidada a participar. São realizadas atividades físicas, orientações, além da inserção de temas de educação em saúde como dengue, vacinação, saúde da mulher entre outras. As necessidades de saúde do indivíduo vão além de atendimento médico, há uma necessidade de complementar essas ações com escuta e intervenções que podem significar valorização e importância do ser. 8 Resultados Uma média de vinte pacientes é acompanhada semanalmente pelo projeto que trouxe melhora na qualidade de vida através do controle da pressão arterial, glicemia e do peso. Conclusões Há a possibilidade de transformações no modo de fazer/pensar saúde através do uso das tecnologias leves como a escuta, ou seja, tornar a atenção à saúde um modelo que se centraliza nas necessidades do usuário visando o cuidado integral e holístico. Palavras-chave: Promoção, Prevenção, Atividade física, Acompanhamento e Monitoramento. 9 Trabalho nº 05 ESTUDO MAPA - MATÃO NA PREVENÇÃO DO AVC – PROJETO PILOTO COM ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EQUIPE BUSCARDI EM MATÃO Autores: TROVÓ, MC1; SILVA, FR; LIMA, JTS1; MEDINA, QR; MINELLI, C. Instituição: 1Secretaria Municipal da saúde de Matão – Estratégia de saúde da família do Cadioli/ Equipe Buscardi, Matão, São Paulo, e-mail: [email protected]. Introdução A promoção de ações de atenção básica realizadas no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde têm grande destaque na saúde pública. O diagnóstico precoce de hipertensão arterial seguido pelo tratamento correto previne agravos como acidente vascular cerebral, entre outros, que se inicia com sintomas neurológicos (mexer ou sentir um lado do corpo, falar, engolir, formigamento em lado do corpo). O AVC tem grande impacto social e é considerada a primeira causa de mortalidade no país e a maior causa é a hipertensão arterial. Objetivo É um estudo epidemiológico populacional de redução de AVC através do controle da pressão arterial em Matão, valorizando e promovendo ações de atenção básica, de todos os moradores do bairro para mapear o número de hipertensos, que será expandido para todo o município visando tornar Matão a capital da prevenção do AVC. Metodologia Os profissionais de saúde da estratégia de saúde da família durante suas visitas domiciliares realizam a aferição da pressão arterial dos pacientes maiores de quarenta anos com o aparelho digital recomendado pela sociedade brasileira de cardiologia. Resultados Total de moradores que foram identificados até o momento na área de abrangência maiores de quarenta anos foram 581, desses 275 foram encontrados e suas pressões foram aferidas conforme protocolo adotado. Com isso os dados iniciais do trabalho são: 54% não foram encontrados no dia da primeira visita; 40% de pacientes hipertensos; 46% dos pacientes não tinham história prévia de HAS e 72% sexo feminino, sendo que 10 foi constatado que a maioria dos moradores do sexo masculino estava fora do domicílio, pois a visita é realizada durante o horário comercial. Conclusão A equipe de atenção básica aderiu à pesquisa e se mobilizou para identificar os hipertensos que passam a realizar melhor adesão ao tratamento como forma de promoção à saúde. O que facilitou o trabalho é que Matão tem uma população estável com poucos centros de referência para pacientes com AVC, conta com um hospital único e bem equipado, uma rede de saúde organizada e um grupo de pesquisa já estruturado e fez com que a atenção básica, o hospital e o grupo de pesquisa se aproximassem. Palavras-chave: Hipertensão arterial, AVC, controle, mapeamento e prevenção. 11 Trabalho nº 06 PREVENÇÃO EM SAÚDE MENTAL: AÇÕES PROMOVIDAS NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE Autores: AMARAL, GR1; RESCHINI, LM1. Instituição: 1CAPS I de DESCALVADO, Descalvado – SP, e-mail: [email protected] INTRODUÇÃO Visando contemplar o Projeto de Saúde Mental requisitado pela DRS III no sentido de qualificar os serviços e os profissionais da área, o CAPS de Descalvado iniciou um trabalho de matriciamento das unidades básicas de saúde do município. Tendo em vista que o atendimento nas unidades básicas saúde é voltado também para a prevenção em saúde, observou-se que muito pouco era feito na prevenção em saúde mental, já que a mesma era vista à margem da integralidade das ações planejadas e desenvolvidas na atenção básica. O trabalho é desenvolvido e planejado para as nove unidades do município e realizado por um psicólogo do CAPS. OBJETIVO Levar à equipe a condição de desenvolver um olhar voltado para saúde mental do paciente de forma a visualizar ações dentro do próprio território que contemple as necessidades básicas do indivíduo. Ao mesmo tempo também preparar a unidade para que ofereça os recursos necessários nesse âmbito, de acordo com a demanda, perfil populacional e linhas de cuidado. METODOLOGIA Promover reuniões com as equipes das unidades básicas de saúde, priorizando o agente comunitário. As reuniões são quinzenais, ou semanais dependendo da demanda identificada pelo psicólogo. Inicialmente a equipe foi acolhida em suas angústias, expondo ao psicólogo suas dificuldades. A partir dessa exposição, foi identificada a qual a demanda a priorizar no território, de forma que em cada\ unidade se caracterizou uma necessidade diferente, entre elas: resistência da equipe ao projeto, dificuldade em lidar com a população, diferente em cada território – usuários de drogas, famílias que dificultam o trabalho, pacientes medicalizados arbitrariamente, adolescentes em situação de risco, crianças desassistidas pela família entre outros. Após a avaliação e 12 mapeamento das necessidades, para cada território foram planejadas ações específicas. Essas ações foram discutidas em dois momentos, no próprio território com as agentes participando ativamente da construção e execução das mesmas e nas reuniões técnicas de saúde mental, realizadas no CAPS mensalmente com os gestores das unidades de saúde, CRAS e NAICA e Secretaria de Saúde, no intuito de integralizar e viabilizar as ações proposta intersetorialmente. Entre essas ações estão em andamento grupos de orientação de pais, grupos de adolescentes voltados para o esporte, autocuidado, sexualidade, prevenção do uso de drogas e orientação profissional, grupos de desmedicalização e grupos de mulheres poliqueixosas. Esses grupos foram definidos com a equipe, e seus integrantes foram avaliados individualmente de maneira a preencher o perfil pré-determinado de cada grupo. RESULTADOS As ações têm sido desenvolvidas há cerca de 2 meses, e em cada território observa-se resultados diferente, em tempos diferentes. Há unidades que esta em andamento o acolhimento à equipe primeiramente, e há unidades que está em andamento os grupos para os pacientes. Quanto a trabalhar as resistências da equipe, tem sido muito proveitoso no sentido de melhorar até a dinâmica dos mesmos no serviço e consequentemente qualificar a produtividade. Quanto aos grupos o trabalho vem a somar-se ao rol de serviços que a unidade oferece no território, de forma que a adesão do usuário ao atendimento tende a ser maior. CONCLUSÃO Nota-se, portanto, que os resultados dependem muito da demanda levantada pela equipe de saúde e do momento em que a equipe está vivenciando dentro deste processo, porém de qualquer maneira torna-se válido até por melhorar a comunicação entre a rede de saúde mental do município e proporcionar a integração da saúde mental no serviço básico de saúde. Palavras-chave: Integração – Saúde mental – Prevenção – Qualificação. 13 Trabalho nº 07 ―SEMANA DE PREVENÇÃO AS DOENÇAS MENTAIS‖, UMA PERSPECTIVA DE INTERVENÇÃO NO MUNICÍPIO DE RINCÃO Autora: SERVIDONI, GP (Psicóloga) 1 Co- autor: FERREIRA, CA (Coordenador da Atenção Básica) 2 Instituição: Departamento de Saúde, Rincão- São Paulo, e-mail: [email protected] INTRODUÇÃO Saúde mental é um termo usado para descrever o nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional de um indivíduo. Já a doença mental, é classificada como um desvio psicológico ou comportamental das formas normais de comportamento e que afeta negativamente a vida do paciente. Os exemplos incluem transtornos de humor, psicóticos, alimentares e de ansiedade. A prevenção de doenças mentais significa criar estratégias para evitar o seu aparecimento. Um dos desafios é elaborar projetos que visem o bem estar físico, social e mental, para que as psicopatologias sejam evitadas, amenizadas ou bem aceitas pela comunidade. No município de Rincão vem se percebendo a necessidade cada vez maior de intervenções preventivas no que tange às doenças psíquicas. Neste contexto, o presente projeto desenvolvido no município, traz a perspectiva de abordar os temas em saúde mental e oferecer a comunidade instrumentos de aprendizagem e como prevenir as doenças, de forma lúdica e intersetorial. OBJETIVOS Por meio de parceria intersetorial e multidisciplinar (articulador da atenção básica, assistente social, agentes comunitários, cirurgião dentista, educador físico, enfermagem, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médicos, psicólogos, terapeuta ocupacional), abordar temas relacionados à Saúde mental e como preveni-las no contexto da população local. METODOLOGIA Foram realizadas palestras expositivas com os seguintes temas: Estresse, Depressão, Ansiedade, Síndrome do Pânico e Prevenção as Doenças Mentais, dinâmicas grupais e atividade física, a fim de pontuar a importância do conhecimento e cuidados com a 14 saúde mental. As atividades tiveram a duração de uma semana, onde cada dia foi abordado uma temática diferente, seguida por uma atividade prática, o horário escolhido foi o período noturno, para melhor adesão da população. O evento foi aberto à população, sem necessidade de inscrição prévia. RESULTADOS Durante a semana estiveram presentes aproximadamente 100 pessoas, de diversas faixas etárias, predominantemente adultas e do sexo feminino. Segundo relatos dos presentes a semana foi muito importante para troca de experiências e para fortalecimento do vinculo com a equipe. CONCLUSÃO A partir dessa experiência notamos que há a necessidade de reestruturar as ações territoriais em Saúde Mental para proporcionar a população uma abordagem que atenda as suas necessidades e o fortalecimento do vinculo entre a Unidade Básica e a população, centrado no aspecto multidisciplinar e intersetorial. Palavras-chave: Saúde mental, prevenção, intersetorial e multidisciplinar. 15 Trabalho nº 08 PROMOÇÃO DO CUIDADO EM SAÚDE NO TRABALHO EM GRUPOS DE UMA UBS: RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: CHENCHI, LH.1; BUENO, ACD.2; MUNAIAR, D3; NOVAES, VMC.4; SENAPESCHI, VAD.5 Instituição: Prefeitura Municipal de São Carlos-SP / Unidade Básica de Saúde Santa Felícia, e-mail: [email protected]. Introdução As ações na atenção básica visam à promoção da saúde, prevenção de agravos, tratamento e reabilitação, através do trabalho em equipe e da utilização de ferramentas que resolvam os problemas de saúde da área. O adoecimento leva a várias mudanças de hábitos de vida e compete à equipe de saúde identificar e intervir nos aspectos determinantes deste processo, com ações educativas e de orientação aos usuários. O trabalho com grupos é uma das estratégias utilizada pela equipe multiprofissional da Unidade Básica de Saúde (UBS) Santa Felícia de São Carlos-SP, a fim de oferecer atendimento ao maior número de pessoas e consolidar um espaço de promoção e educação em saúde. Objetivos Relatar o processo de formação e andamento do trabalho com grupos em uma UBS e refletir sobre a importância dessas ações na vida dos usuários/participantes. Metodologia Os grupos foram gerados e estruturados devido à similaridade da situação clínica e alta procura para esclarecimento de dúvidas dos seus membros. São encaminhados após acolhimento com um profissional de saúde ou encaminhamento médico. Realizam-se em espaço reservado dentro da unidade, uma vez por semana em horários préestabelecidos e utiliza-se de dinâmicas em grupo, rodas de conversa, panfletos informativos, apresentação de vídeos e discussão de casos, por intermédio de uma perspectiva dialógica e interativa, para desconstruir e construir os saberes necessários ao autocuidado, mediados por um ou mais profissional de saúde. Resultados 16 Quatro grupos: dislipidemia, saúde mental, diabetes e gestante. Têm a função de esclarecer dúvidas e orientar para que junto profissional e participante tracem a melhor conduta, seja para cura efetiva, manejo correto e autoconhecimento. Há boa adesão dos usuários, que compartilham experiências, aprendem sobre seu estado e estabelece seus limites. Os temas a serem pautados são trazidos pelos próprios participantes no decorrer da reunião, que apontam para os profissionais mediadores seus interesses a serem esclarecidos, os quais percebem serem da própria rotina do usuário, e permeiam entre alimentação, medicação, hábitos de vida, sexualidade, estresse, saúde ocupacional, acometimentos gravídicos, entre outros. Conclusão. O trabalho com grupos é uma estratégia profícua para a referida unidade ao empoderar o indivíduo a tornar-se multiplicador das suas próprias ações. Palavras-chave: Promoção de saúde; ações educativas; trabalho com grupos. 17 Trabalho nº 09 A EDUCAÇÃO PERMANENTE PRODUZINDO SAÚDE NAS DIVERSAS REDES DE ATENÇÃO Autor: GASTALDI, VG1 Co-autores: OLIVEIRA, A1; MAGALHÃES, L1; REIS, CS1 1 DEPARTAMENTO MUNICIPAL DE SAUDE, DOURADO/SP, e-mail: [email protected] Introdução Ao criar a estratégia de Saúde da Família a fim de fortalecer a atenção primária, há a necessidade de capacitar e qualificar os profissionais inseridos nessa realidade para melhor atender ao usuário diante dessa mudança de modelo assistencial. A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde é uma proposta do Ministério da Saúde que visa transformar e qualificar a atenção à saúde, os processos formativos, as práticas de saúde e pedagógicas, além de incentivar a organização das ações e dos serviços. Objetivo Conscientizar os profissionais da Atenção Básica do município de Dourado, principalmente os ACS da importância do conhecimento das diversas redes de atenção na produção de saúde. Metodologia Iniciou-se um trabalho de Educação Permanente idealizado pelo CDQ/DRSIII de Araraquara com o tema Saúde Mental, discutindo em reuniões de equipe a realidade de cada território sobre a temática proposta. Em um segundo momento as três unidades básicas reuniram-se para discutir os problemas de maior relevância para o Município e suas dificuldades. Partindo dessa temática, o grupo utilizou da mesma metodologia de trabalho para planejar as ações necessárias em seu cotidiano. A cada campanha de saúde, como “Fique Sabendo” e “Busca ativa de Sintomáticos Respiratórios” o grupo adquiriam mais conhecimento para realizar as ações com mais qualidade. Resultados Os resultados no Serviço de saúde foram a valorização dos profissionais de saúde através do conhecimento adquirido, a conscientização do trabalho em equipe, a 18 importância do planejamento e organização do trabalho a ser desenvolvido, o acolhimento e humanização nos serviços prestados e o Plano de intervenção: Educação e Saúde na Escola – ações educativas envolvendo sexualidade e violência. Conclusões O trabalho de Educação Permanente proposto pelo DRS – Araraquara despertou nos profissionais de saúde o desejo de melhoria da assistência através do estimulo ao senso critico e fome de conhecimento, isso fez com que os mesmos se sentissem valorizados e responsáveis com a produção em saúde e assim ampliamos o olhar para as diversas redes de atenção a saúde. Palavra Chave: Educação Permanente 19 Trabalho nº 10 DESLIZE NA SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM GRUPO DE HOMENS NO CAMPO DA ATENÇÃO BÁSICA Autores: MARTINELLI, SA1, DE CAMARGO LEITE, LLA1; GONÇALVES, MC1; SCARPA, EC1; LOURENÇO, MC1. Instituição: 1 Prefeitura Municipal de São Carlos, São Carlos – SP, e-mail: [email protected] Introdução A discussão sobre a saúde do homem vem sendo ampliada, na literatura, pela abordagem relacional de gênero com a ressignificação do masculino na busca por uma saúde mais integral do homem. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, instituída em 27 de agosto de 2009 evidencia essa busca por inserir mais o homem na Atenção Básica, visando à promoção e prevenção de agravos. O Plano de Ação nacional (2009-2011) tem a intenção de oferecer subsídios para que os Gestores dos Estados e Municípios desenvolvam estratégias e ações voltadas para saúde do homem, respeitando as especificidades de cada serviço de saúde. Objetivo Esse artigo tem como objetivo relatar a experiência de um Grupo de Homens desenvolvido em uma Unidade de Saúde da Família, ressaltando a relação homemsaúde, no campo da saúde pública. A partir dessa experiência, pretende-se problematizar as dificuldades nas especificidades do ser homem no processo saúde-doença. Método e Resultados O método consistiu na descrição das etapas para a formação do grupo, como divisão por idade, faixa etária, elaboração de convite para ser entregue na unidade e na comunidade, desenvolvimento de atividades para interação dos participantes, temas relacionados à saúde com abordagem do interesse dos participantes e que os coordenadores consideraram pertinentes. O grupo foi realizado quinzenalmente, á noite para facilitar a adesão, devido a possíveis impedimentos relacionados ao trabalho. A experiência com o grupo de homens possibilitou confrontar alguns pressupostos já apontados na Literatura quanto à dificuldade de adesão a serviços de saúde da população masculina. Conclusão 20 Concluiu-se que introduzir vários assuntos de prevenção e promoção de saúde, não obedecendo a uma sequencia e continuidade de temas a cada encontro, foi uma forma eficaz de incentivar e oferecer conhecimentos de saúde para o homem. Palavras-chave: Saúde do Homem; Relato de Experiência; Grupos. 21 Trabalho nº 11 DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS: HIPERTENSÃO E DIABETES MELLITUS Autores: SILVA, GASB1; CAETANO, FB1; SANTANA, AA1. Instituição: 1 Secretaria Municipal de Saúde, Taquaritinga- SP, e-mail: [email protected]. Introdução O diabetes é comum e de incidência crescente. Estima-se que em 1995 atingia 4,0% da população adulta mundial, já em 2025 alcançará a cifra de 5,4%. A maior parte desse aumento se dará em países em desenvolvimento, acentuando-se, nesses países, o padrão atual de concentração de casos na faixa etária de 45-64 anos. No Brasil, no final da década de 1980, estimou-se que o diabetes ocorria em cerca de 8% da população, de 30 a 69 anos de idade, residente em áreas metropolitanas brasileiras. Essa prevalência variava de 3% a 17% entre as faixas de 30-39 e de 60-69 anos. A prevalência da tolerância à glicose diminuída era igualmente de 8%, variando de 6 a 11% entre as mesmas faixas etárias. O diabetes apresenta alta morbi-mortalidade, com perda importante na qualidade de vida, estando entre as principais causas de mortalidade, insuficiência renal, amputação de membros inferiores, cegueira e doença cardiovascular. Já a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo. Ela é um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais, sendo responsável por pelo menos 40% das mortes por acidente vascular cerebral, por 25% das mortes por doença arterial coronariana e, em combinação com o diabete, 50% dos casos de insuficiência renal terminal. Objetivos Elaboração de um instrumento (caderneta) de bolso que contenha os dados clínicos dos pacientes portadores de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, facilitando assim o atendimento desse paciente. Metodologia 22 O estudo foi desenvolvido no município de Taquaritinga, interior do estado de São Paulo. Inicialmente os pacientes foram entrevistados para detectar os principais problemas enfrentados pelo paciente, então a partir das constatações foi elaborado um instrumento pessoal para o paciente que contém todos os dados do paciente, como resultado de exames, medicação dispensada e prescrita, internações, consultas, alergias e principais patologias. A caderneta pode ser atualizada a cada procedimento, assim, o paciente carrega consigo um mini-prontuário com todo seu histórico clínico Resultado O material foi elaborado e os pacientes à medida que realizam seu cadastro no Programa Hiperdia recebem a caderneta e são orientados a mantê-la sempre consigo e atualizada. Conclusão Em 2002 o Programa Hiperdia foi implantado, porém, o Ministério da Saúde não elaborou instrumentos de acompanhamento pessoal, deixando a critério dos municípios essa elaboração. Então, a caderneta elaborada visa facilitar o atendimento do paciente em caso de crise e perda de consciência. Referências Bibliográficas BRASIL. Manual de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus – Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus – Ministério da Saúde, 2002. BRASIL. Diabetes Mellitus – Guia Básico para Diagnóstico e Tratamento – Ministério da Saúde, Brasília, 1996. Palavras-chave: Hipertensão arterial; Diabetes Mellitus; HIPERDIA. 23 Trabalho nº 12 PROGRAMA DE MELHORIA ATENÇÃO BÁSICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOB A ÓTICA DA GESTÃO MUNICIPAL PARA A ADESÃO DE EQUIPES – TAQUARITINGA (SP) Autores: CAETANO, FB1; SILVA, GASB1; SANTANA, AA1. Instituição: 1 Secretaria Municipal de Saúde, Taquaritinga- SP, e-mail: [email protected]. Introdução A atenção básica caracteriza-se por conjunto de ações que tem como objetivo a promoção, a proteção e a recuperação da saúde, ou seja, a atenção integral ao usuário. É realizada de forma descentralizada atendendo as necessidades e demandas de seu território, observando os riscos e vulnerabilidade da população. Seguindo as diretrizes atuais do Ministério da Saúde foi instituído o Programa Nacional de Melhorias do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) que visa avaliar a atenção básica ofertada para a população brasileira e estimular a ampliação do acesso e da qualidade nas diferentes realidades encontradas no país, bem como, permitir maior transparência e efetividade das ações governamentais direcionadas à Atenção Básica em Saúde em todo o Brasil. Objetivo Avaliar as dificuldades encontradas na implantação do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) bem como, seu instrumento de avaliação AMAQ. Metodologia O estudo foi desenvolvido no município de Taquaritinga (SP). Várias oficinas foram realizadas, com cronograma previamente definido, no período de abril a julho de 2013. Tinha-se como métodos de trabalho a corresponsabilização e exposição discursiva e dialogada com os atores. Inicialmente, as equipes foram orientadas sobre os objetos do programa e sua importância, posteriormente, foi aplicado o instrumento de avaliação AMAQ, onde foi realizado o diagnóstico das principais dificuldades e facilidades 24 encontradas na implantação e instrumento de avaliação além da construção de matriz de intervenções a serem implementadas. Resultados Atualmente existem vários modelos de atenção básica implantados nos municípios que apresentam realidades próprias, ou seja, existem unidades básicas de saúde com agentes comunitários, unidades de saúde da família, unidades básicas que possuem pronto atendimento integrado e unidades básicas tradicionais. No entanto, o instrumento utilizado para a avaliação é o mesmo para realidades de atenção diferenciadas o que dificulta a auto-avaliação por parte da equipe profissional da unidade e a gestão. Além disso, a equipe de saúde das unidades é multiprofissional, com integrantes com níveis de escolaridades diferentes, que variam de primeiro grau á terceiro, mas o instrumento utiliza uma linguagem que dificulta a compreensão para alguns profissionais, havendo inclusive a necessidade de exemplos que pudessem facilitar a compreensão. Conclusões O programa PMAQ é muito importante para melhorar a qualidade e acesso do usuário aos serviços de saúde oferecidos no país. Porém, o instrumento utilizado para a avaliação apresenta algumas falhas, pois nem sempre é de fácil compreensão e generaliza todos os modelos de atenção básica existentes. Como sugestão, seria a elaboração de sistemas diferentes de avaliação para modelos deferentes de atenção, como o realizado para os centros de especialidades odontológicas. Referências BRASIL. Saúde mais perto de você: acesso e qualidade programa nacional de melhoria do acesso e da qualidade da atenção básica (PMAQ). Ministério da Saúde, Brasília, DF, 2012. ALMEIDA, P. F. et al. Desafios à coordenação dos cuidados em saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n.2, p. 286-298, fev. 2010 Palavras-chave: Atenção Básica; PMAQ; AMAQ. 25 Trabalho nº 13 SAÚDE DO TRABALHADOR DA ATENÇÃO BÁSICA Autores: SILVA, GASB1; CAETANO, FB1; SANTANA, AA1. Instituição: 1 Secretaria Municipal de Saúde, Taquaritinga- SP, e-mail: [email protected]. Introdução Os trabalhadores da área da saúde estão sujeitos à contaminação no ambiente de trabalho e também distúrbios osteomusculares decorrentes do transporte e movimentação de pacientes bem como condições ergonômicas inadequadas1. E ainda, trabalham em turnos causando prejuízo à saúde do indivíduo e gerando interferência no sono, bem-estar, relacionamento familiar e social, portanto, os trabalhadores noturnos são geralmente reconhecidos como um grupo de risco2. Dessa forma, a capacidade para o trabalho relaciona a capacidade funcional individual dos trabalhadores com exigências de trabalho, assim, uma alta capacidade funcional gera um bom desempenho no trabalho. Pode-se dizer então que, a capacidade funcional é importante na prevenção da incapacidade para o trabalho3. Portanto, a manutenção da capacidade para o trabalho envolve condições de trabalho e saúde, tanto nas relações interpessoais como ambientais, concorrendo para a melhoria da qualidade de vida dentro e fora do trabalho, com maior produtividade, além de diminuir custos e gastos com o setor público de saúde e de previdência social. Objetivo Esse trabalho tem como objetivo avaliar a capacidade para o trabalho dos profissionais que atuam na saúde do município de Taquaritinga, visando à manutenção da capacidade para o trabalho e a prevenção das incapacidades. Metodologia A metodologia utilizada será a aplicação do questionário do Índice de Capacidade para o Trabalho utilizado mundialmente para determinar a capacidade para o trabalho de trabalhadores pertencentes aos mais variados segmentos de trabalho. O questionário será aplicado em todos os profissionais da rede pública de saúde. Resultados 26 A partir dos questionários será avaliada a capacidade para o trabalho dos profissionais da saúde e também serão determinadas as demandas ergonômicas a que os trabalhadores estão expostos. Conclusões A partir dos resultados encontrados serão realizadas intervenções que melhorem as condições de trabalho dos profissionais. Referências Bibliográficas 1 ALEXANDRE, N. M. C. Aspectos ergonômicos e posturais e o trabalho da área de saúde. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde. Londrina, v. 28, n. 2, p. 109-118, jul/dez, 2007. 2 ANDRADE, C. B.; MONTEIRO M. I. Envelhecimento e capacidade para o trabalho dos trabalhadores de higiene e limpeza hospitalar. RevEscEnferm USP, 41(2):237-44, 2007. 3 ILMARINEN J. Work ability—a comprehensive concept for occupational health research and prevention. Scand J Work Environ Health 2009;35(1):1-5. Palavras-chave: Capacidade para o trabalho; ergonomia; saúde do trabalhador. 27 Trabalho nº 14 PARTICIPAÇÃO DO CONSELHO GESTOR NA ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO DA USF SÃO SEBASTIÃO Autor: FURINI, FT1 Co-autores: ADORNO, MSB2; CAVALCANTE, VP3; BIANCHI, CR4 1 . Fabiana Texeira dos Santos Furini: Gestora da USF São Sebastião do município de Descalvado. 2 Marianita Maria Salomão Barbosa Adorno: Enfermeira, Diretora da Assistência Médica do Município de Descalvado, 3. Viviane Cavalcante: Enfermeira, Coordenadora da Atenção Básica do Município de Descalvado. 4. Carlos Roberto Bianchi: Secretária de Saúde do município de Descalvado. Instituição: Secretaria Municipal de Descalvado/SP: [email protected]. Introdução A participação direta dos usuários no processo de trabalho da unidade, se da através do Conselho gestor, que funciona de maneira tripartite, através de funcionários públicos (SUS), usuários e representantes da administração publica municipal. Esta parceria acontece de maneira atuante por parte do conselho gestor, o qual participa de forma consciente do seu papel social e político e desta forma possibilita que os moradores do bairro tenham seus questionamentos sanados. Objetivo Refletir importância da participação popular na questão da gestão, considerando a atuação do Conselho Gestor na resolução dos questionamentos e problemas levantados. Metodologia Firmada reunião mensal com os membros do Conselho Gestor, composto por duas colaboradoras da unidade, duas moradoras do bairro e um representante do Conselho Municipal de Saúde. Uma vez por mês, o Conselho Gestor participa da reunião de equipe, contribuindo com a organização do processo de trabalho, trazendo questionamentos da população do bairro adscrito. 28 Resultados No inicio, observou-se um distanciamento dos membros do Conselho Gestor e resistência da equipe em aceitar a participação de tais membros, devido à falsa impressão de estarem sendo vigiados. Diante do surgimento de problemas referentes à gestão da unidade, foi discutida com a equipe a possibilidade da retomada das reuniões periódicas com os membros do Conselho Gestor. A equipe realizou a primeira reunião, expondo suas dificuldades e anseios, demonstrando a preocupação com relação ao sigilo e postura ética por parte dos membros do Conselho. Conclusões Os dados demonstram que o Conselho Gestor conseguiu interferir no processo de trabalho da unidade de maneira construtiva, fiscalizando sua execução e propondo estratégias de organização com relação ao fluxo da demanda. Os membros do Conselho apresentam-se de maneira ativa e participativa nas decisões da organização da unidade, trazendo os questionamentos da população com relação ao processo de trabalho da equipe e da rede municipal de saúde do município de Descalvado. Com base nos achados, entende-se que o controle social é um caminho a ser percorrido por todos os envolvidos, por ser uma forma democrática e concreta de garantir a participação e acesso aos serviços de saúde de qualidade. Descritores: Participação Social; Controle Social; Conselho Gestor e Sistema Único de Saúde. 29 Trabalho nº 15 GRUPO DE DIABETES NA ATENÇÃO BÁSICA: CONSTRUINDO ESPAÇOS DE PREVENÇÃO EM SAÚDE Autores: MARTINELLI, SA1; MARTINS, ANB2 Instituição: 1Prefeitura Municipal de São Carlos – SP/ Unidade Básica de Saúde Santa Felícia, São Carlos – SP, e-mail: [email protected] Introdução O Diabetes Mellitus (DM) é um importante e crescente problema de saúde pública Mundial, devido ao crescente numero de pessoas afetadas, incapacitações, mortalidade prematura, como dos custos envolvidos no controle e tratamento de suas complicações. A prevenção assim como, a promoção e controle de complicações do diabetes, são possíveis por meio de programas educativos. Objetivo Considerando que programas educativos, como a formação de grupos, podem auxiliar o controle do diabetes, o presente estudo teve como objetivo geral apresentar a experiência prática da formação de um grupo de diabéticos e refletir sobre esta estratégia no cuidado a saúde. Metodologia O estudo consistiu na abordagem descritiva por meio da observação dos participantes. O grupo foi iniciado em agosto de 2011 até a presente data, com reuniões semanais de uma (1) hora e trinta (30) minutos em uma unidade básica de saúde, com discussões de casos, metodologia participativa, folder de orientação e apresentação de vídeos. Resultados Os temas abordados referem-se a nutrição, atividade física, lazer, mudanças do cotidiano, medicações, gerenciamento do estresse, ansiedade e condições de saúde em geral. Observou-se que a formação do grupo com frequência semanal contribuiu para o controle das taxas de glicemia, através da sistematização da aferição da mesma, procedimento executado sempre no inicio das reuniões. Conclusão Houve, pelos participantes, maior conhecimento da doença, da necessidade de atividades físicas, mudanças do cotidiano e da alimentação saudável e correta e com isso uma melhora na qualidade de vida. 30 Palavras-chave: Prevenção e promoção de saúde, Grupos em saúde, Diabetes, Atenção Básica. 31 Trabalho nº 16 ATUAÇÃO DO MÉDICO VETERINÁRIO NO APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE DESCALVADO /SP Autores: MONZANI, EE1; GENEROSO, FCG2; VOLTARELLI, S3. Instituição: 1 Secretaria de Saúde de Descalvado –SP, e-mail: [email protected]. Introdução O médico veterinário foi reconhecido como profissional da área da saúde em outubro de 2011; onde surgiu a possibilidade de participar do NASF. Em Descalvado, o NASF foi introduzido em agosto de 2012, e é o primeiro do estado de São Paulo a ter o médico veterinário como um de seus integrantes. Objetivo Atuando no NASF, o médico veterinário contribui com orientações e prevenção de doenças transmitidas por animais ao homem; doenças transmitidas por água e alimentos; orientações sobre animais peçonhentos e sinantrópicos, identificação de condições ambientais relativas à proliferação de animais transmissores de patologias, entre outros fatores. Atua diretamente com profissionais da Saúde da Família para melhorar a qualidade de vida da população através de informações úteis para o dia a dia. Metodologia Realiza visitas domiciliares com agentes comunitários de saúde para observar e auxiliar com orientações em problemas com animais, acúmulo de materiais, aparecimento de animais peçonhentos e sinantrópicos e maneiras de manter o ambiente para não ter a presença desses animais. Participa de curso de gestantes e grupos de obesidade e qualidade de vida transmitindo informações de como evitar doenças transmitidas por animais e alimentos, bem como esclarece dúvidas de usuários e funcionários das unidades de Saúde da Família. Atua em conjunto com outros setores para realização de atividades na comunidade de informações de zoonoses em trabalhos educativos, campanha vacinação antirrábica. Cria folders com informações de roedores, zoonoses, higiene na manipulação de alimentos; dá parecer sobre projetos de lei do município que envolvem animais. Atua conjuntamente com os profissionais do NASF, participando de reuniões de equipe, na observação de problemas, entre outras colocações. 32 Resultado Atuando diretamente com a comunidade o resultado esperado é que tenha melhora na qualidade de vida, com maior enfoque na diminuição de acúmulo de materiais que possam servir de abrigo ou criadouro de animais/vetores que possam transmitir doenças aos humanos, assim como maneiras para evitar contaminação/intoxicação ou até mesmo doenças veiculadas por alimentos. Conclusão Com as informações transmitidas, todo esse trabalho conjunto visa à melhoria na qualidade de vida da população, com enfoque em saúde pública. Palavras-chave: NASF, Médico Veterinário, Educação em Saúde, Saúde da Família. 33 Trabalho nº 17 PERFIL DOS IDOSOS DAS OFICINAS DE PREVENÇÃO DE QUEDAS DO MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS-SP Autores: OTTAVIANI, AC. ¹; PASCHOALIN, M. ¹; SOUZA, EN. ¹; OIRING, N. ¹; GRAMANI-SAY, KG. ². Instituição: ¹Alunas do curso de Graduação em Gerontologia; ²Docente do curso de Graduação em Gerontologia/ Universidade Federal de São Carlos Introdução O processo de envelhecimento populacional é considerado um fenômeno universal, sendo a independência funcional e a autonomia interesses prioritários desta nova população. A queda é considerada o acidente doméstico mais sério e frequente entre os idosos, suscitam além de prejuízo físico e psicológico, o aumento dos custos com internações de idosos. Desse modo, as quedas são um sério problema de saúde pública e há necessidade de equipamentos, programas e ações que busquem a diminuição da ocorrência desse evento por meio da prevenção. Objetivo Caracterizar o perfil dos idosos participantes das oficinas de prevenção de quedas do Município de São Carlos-SP. Método Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal, com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 33 participantes do grupo de prevenção de quedas. Os dados foram coletados, por meio de uma avaliação individual, utilizando-se os seguintes instrumentos: caracterização sócio-demográfica e o Teste cronometrado de levantar-se e ir (TUG). Todos os cuidados éticos foram observados durante o processo de coleta e análise dos dados (CEP nº 2013/205.618). Resultados Observa-se que a média de idade dos participantes estudados foi de 70,75 (±8,69) com variância de 60 a 92 anos e a prevalência do sexo feminino (73,5%). A maioria era de etnia branca (64,7%), possuía parceiro fixo (58,8%) e a média de escolaridade foi de 6,06 anos. Em relação a quedas, 70,6% (n=24) referiram cair no último um ano, sendo que 26,5% caíram três vezes. A média do TUG foi de 16,20, variando de 7,74 a 34,81. 34 A partir dos resultados do teste TUG, verificou-se que 21,21% dos idosos realizaram o teste em 20 segundos ou mais, apresentando médio risco de quedas. Conclusão Assim, conclui-se que limitações importantes são encontradas nos idosos avaliados e que as oficinas de prevenção na atenção primária são fundamentais para a redução da incidência das quedas e as suas consequências, assim como para promover a melhoria da saúde e da qualidade de vida do idoso. Ainda deve-se considerar o constructo durante a assistência prestada pelos profissionais de saúde, principalmente os da atenção primária. Palavras-chave: Quedas – Envelhecimento - Atenção básica – Fraturas - Política pública. 35 Trabalho nº 18 AVALIAÇÃO DA ACUIDADE VISUAL EM ESCOLARES PELOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE DESCALVADO-SP Autores: PIZETA, VCC1; BRASSALOTTO, APD1; SOUZA, LC; FURINI, F1 Instituição: 1Secretaria Municipal de Saúde Município de Descalvado-SP, e-mail: [email protected]. Introdução A visão é um dos meios mais importantes de comunicação com o meio ambiente, sendo de grande importância para o desenvolvimento pessoal e social, principalmente em crianças na idade escolar. Desta forma, torna-se de suma importância o conhecimento por parte das ACS ao avaliar a acuidade visual das crianças nas escolas. Objetivos Apresentar a taxa de acertos de baixa acuidade visual em crianças de 1ª a 5ª séries do ensino fundamental do município de Descalvado- SP e posteriormente referenciá-las ao oftalmologista através do Centro de Regulação, Auditoria e Transporte Sanitário (CRATS). Verificar a prevalência de baixa acuidade visual nos escolares. Método As crianças foram avaliadas por Agentes Comunitárias de Saúde no período de 20 á 24 de maio, utilizando escala optometria Snellen numa parede a uma distância de 5 metros. Durante a avaliação visual, colocou-se cartão oclusor, revezando cada olho, as crianças foram mantidas em posição anatômica durante a medida de acuidade visual, esta foi realizada em ambiente calmo, com boa iluminação e sem ofuscamento. Os dados foram registrados e posteriormente avaliados. Foram utilizados os seguintes critérios para serem encaminhados para consulta com oftalmologista: ter visão igual ou inferior a 0,8 em ambos os olhos com ou sem sinais e sintomas; ter diferença de visão entre os dois olhos de duas linhas ou mais; ser estrábico. Resultado Foram avaliadas neste ano de 2013, 1541 crianças de 1ª a 5ª series do ensino fundamental, sendo que 298 foram referenciadas, destas 38,6 % passaram em consulta 36 com especialista, e estas, necessitaram da utilização de óculos para correção, 38,4% faltaram na consulta. Porém estas serão contatadas para posterior avaliação com oftalmologista, 12 % ainda passarão em consulta. Conclusão A partir de práticas de promoção em saúde na Atenção Básica e das ações Inter setoriais desenvolvidas foi possível verificar que houve prevalência de baixa acuidade visual e quase um quarto das crianças foram encaminhadas em consulta oftalmológica. Sendo assim esta ação foi efetiva devido ao comprometimento das agentes comunitários de saúde, é investir na capacitação deste profissional para a melhoria da qualidade de vida da população. Palavras-chave: Acuidade visual; Percepção visual; Testes visuais/instrumentação. 37 Trabalho nº 19 RELATO DE EXPERIÊNCIA: RESULTADOS POSITIVOS A PARTIR DO ACOLHIMENTO E VÍNCULO DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DA UNIDADE ―NORMA MOREIRA COLUSSI‖ DO MUNICÍPIO DE DESCALVADO-SP Autores: SOUZA, LC1; SANTANA, R1; NAVAS, AJ1; GOBBO, F1; PIRES, S1. Instituição: 1Secretaria Municipal de Saúde Município de Descalvado (SP), e-mail: [email protected]. Introdução B.F.F, 51 anos de idade. Quadro clínico de artrose no fêmur direito, obeso hipertenso, resistente ao tratamento anti-hipertensivo e etilista. No ano de 2012 foi internado com urgência no Hospital de Irmandade da Santa Casa de Misericórdia do Município de Descalvado (SP) devido a um estrangulamento de hérnia foi realizada cirurgia com complicações sendo assim foi encaminhado para uma segunda cirurgia no Município de São Carlos onde ficou internado por 30 dias. Objetivo Realizar acompanhamento do paciente após alta hospitalar com vista à humanização do cuidado. Metodologia O paciente foi assistido pela equipe de saúde da Família da Unidade “Norma Moreira Colussi” com visita domiciliares frequentes para orientações de cuidados de enfermagem com a higienização da bolsa de colostomia e curativos em úlcera por compressão na região sacral. Apresentava anemia e ausência de movimentos nos membros inferiores. Desta forma foram realizadas orientações e acompanhamento por equipe multiprofissional. Resultados O paciente se mostrou incialmente desinteressado mais com a persistência da equipe e das visitas domiciliares, passou a ser colaborativo e os resultados positivos foram percebidos dia após dia. Houve diminuição da medicação anti-hipertensiva de 4 comprimidos para ½ lasix 40 mg/dia, perda de 32 kg e parou de ingerir bebidas alcoólicas. 38 Conclusão Atualmente o paciente se mantem em acompanhamento na Unidade de Saúde da Família com estado de saúde estabilizado, foi encaminhado para cirurgia de fechamento da colostomia. Sendo assim ficou evidente que o vínculo e acolhimento da equipe foram primordiais para melhora do paciente. Palavras-chave: Acolhimento, vínculo, prestação de cuidados de saúde. 39 Trabalho nº 20 ATUAÇÃO INTERDISCIPLINAR NO CUIDADO À SAÚDE DO HOMEM NA ATENÇÃO BÁSICA EM DESCALVADO Autor: GENEROSO, FCG1 Co-autores: SOUZA, LC.2VOLTARELLI, S.3; MONZANI, EE4; MONZANI, CP5. 1. Fernanda Cristina Galetti Generoso: fisioterapeuta do Nasf. 2. Lidiane Cíntia de Souza: enfermeira da Atenção Básica. 3. SilmaraVoltarelli: nutricionista do Nasf. 4. Eukira Enilde Monzani: média veterinária do Nasf 5. Cristiane Peripato Monzani- estagiária em nutrição. Instituição: Secretaria Municipal de Descalvado/SP: e-mail: [email protected] Introdução: O homem por diversos questões culturais e educacionais tornam-se vulneráveis a diversos agravos à saúde que se tornam crônicos, embora evitáveis, devido ao comprometimento preventivo precário com sua saúde. Objetivo: promover ações interdisciplinares na atenção básica voltadas para a promoção e prevenção de agravos à saúde da população masculina. Metodologia: Em agosto de 2013, foi realizado pelos agentes comunitários das Estratégias da Saúde da Família de Descalvado, uma busca ativa de homens acima de 40 anos buscando identificar quais realizaram o diagnóstico preventivo laboratorial do Antígeno Prostático Específico (PSA) no ano de 2013. Mediante levantamento dos agravos mais recorrentes à saúde do homem, foi realizado um evento noturno através de palestras abordando os temas doenças cardiovasculares e seus fatores desencadeantes, câncer de próstata e doenças sexualmente transmissíveis proferidas por profissionais médicos da atenção básica, especialistas nos respectivos temas. A prevenção do câncer bucal pelo dentista e relatos de experiências exitosas de homens que apresentaram agravos à saúde complementaram o evento. Como cuidado à saúde do trabalhador, a fisioterapeuta do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) realizou orientações no posto de trabalho em empresas municipais. Folder ilustrativo abordando esses temas foi previamente elaborado e distribuído durante as atividades desenvolvidas. 40 Resultados: observou-se que dos homens avaliados e comparados pela busca ativa, desconsiderando idade e etnia, alguns não realizaram o PSA em 2013 ou o fizeram há mais de 2 anos. Até o momento, vários homens entendendo a relevância deste exame, intensificaram a busca pela atualização e avaliações médicas rotineiras. Relatos subjetivos de aproximadamente 95 ouvintes das palestras e das orientações no local de trabalho demonstraram desconhecimento sobre estratégias preventivas de alguns agravos, porém encorajaram-se em atuar como co-participantes no cuidado à sua própria saúde, visto a necessidade apenas de uma disposição para tal. Conclusão: os agravos à saúde do homem como problema evitável de saúde pública, demandando condutas e ações preventivas e assistenciais específicas e interdisciplinares. Para tanto, a atenção básica como porta de acesso primária e instrumento pertinente na rede de saúde, pode criar estratégias que consolidam e garantam o cuidado com a saúde masculina dinamizando o vínculo homem-saúde. Palavras-chave: saúde do homem, atenção básica, promoção à saúde, atuação interdisciplinar. 41 Trabalho nº 21 PROPOSTA DE TRABALHO COM PESSOAS HIPERTENSAS E DIABÉTICAS NUM PROCESSO INTERATIVO ENTRE OS USUÁRIOS E EQUIPE DE SAÚDE Autores: MADUREIRA, VC1; SOUZA, LC; PIRES1, S; REIS, EMK1; REZENDE, AP1. Instituição: 1Secretaria Municipal de Saúde Município de Descalvado-SP, e-mail: [email protected] Introdução Dentre as doenças crônicas e degenerativas, a Hipertensão Arterial e o Diabetes Mellitus tem acometido população cada vez mais jovem, destacando-se como principal causa de morbimortalidade em nosso meio. A diabetes está associada a outros fatores de risco cardiovascular como hipertensão, dislipidemia, obesidade e resistência à insulina, de acordo com dados American Heart Association. Entretanto, a maioria dos portadores dessas doenças não está ciente destes riscos de saúde. Objetivo Criar um grupo destas pessoas com vistas à promoção da saúde através da educação continuada realizada pela equipe da unidade composta pelo médico, enfermeiro, técnicos de enfermagem, agentes comunitárias de saúde (ACS) e recepcionista com o intuito de diminuir a incidência de faltosos em consultas médicas e de enfermagem, restabelecer os níveis aceitáveis de pressão e de glicemia por meio de educação interativa e troca de vivências/experiências. Método Inicialmente, as ACS, em visitas domiciliares convidaram os usuários para formação do grupo, informando sobre os encontros e a proposta de trabalho. Abordaram-se temáticas de acordo com as duvidas dos usuários e com discussões abertas às necessidades dos mesmos no momento. As ações foram registradas em livro ata. Resultados Esta ação iniciou em 09/2012, e até o momento foram realizados 15 encontros com média de 20 usuários. Foram ministradas palestras sob os temas: importância da alimentação adequada; a importância da utilização correta de medicamento, importância do exercício físico regular; higiene bucal, dentre outras através de linguagem simples e 42 participativa, de forma a expor e esclarecer às duvidas dos participantes. Durante os eventos foram distribuídos materiais educativos e realizados verificações do nível tensional e de glicemia dos presentes. Conclusão À medida que o grupo caminha, observa-se a necessidade de abordagem de outros aspectos de saúde integral tais como: casa do idoso ideal, artrose (fisioterapia), saúde do homem, cuidados com a saúde dos pés para os diabéticos. Percebe-se no decorrer das reuniões que o grupo funciona como um ponto de encontro e troca de informações. Por vezes trocam-se receitas, fala-se de filhos, quebrou-se o carro, etc. criando-se vínculos entre os atores, para além da doença. Palavras-chave: Educação em saúde, grupos, hipertensão. 43 Trabalho nº 22 ACOLHIMENTO À DEMANDA ESPONTÂNEA PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO DA DEMANDA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE DESCALVADO-SP Autores: MALDONADO, SLW1; MADUREIRA, VC1; MATHIAS, FAP1; GOMES, MM1; SOUZA, LC1 Instituição: 1Secretaria Municipal de Saúde Município de Descalvado (SP), e-mail: [email protected] Introdução Garantir o acesso mais humanizado e acolhedor aos usuários dos serviços de saúde é uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), e deve ser uma busca constante dos profissionais de saúde que atuam nas unidades de saúde da família. Objetivo Levantar as principais queixas da demanda espontânea e propor uma forma de organização da demanda em uma Unidade de Saúde da Família do município de Descalvado (SP). Metodologia Pretende-se descrever a realidade da população adstrita, segue-se um levantamento bibliográfico, com a apresentação de alguns modelos de organização da demanda. Resultados O acolhimento com avaliação de risco foi a estratégia que se utilizou para organização da demanda dos usuários da equipe de saúde da família da unidade “Norma Moreira Colussi” como forma de garantir maior acesso da população, facilitando a escuta do usuário e de suas necessidades e efetivando melhor resposta. Conclusão A organização da demanda proporcionou o gerenciamento do processo de trabalho, um atendimento mais responsável, seguro, humanizado com vista aprimorar e otimizar o fluxo de atendimento exercendo equidade em saúde. Palavras-chave: Organização da demanda, acolhimento, humanização, saúde pública. 44 Trabalho nº 23 FORMAÇÃO DE GRUPO TERAPÊUTICO A PARTIR DA INTERDISCIPLINARIDADE EM SAÚDE MENTAL Autores: MARTINELLI, SA1, MUNAIR, D1. Instituição: 1 Prefeitura Municipal de São Carlos1; e-mail: [email protected]. Introdução A compreensão dos problemas de saúde requerem, no mínimo, diferentes tipos de informações, sejam ambientais, clínicas, epidemiológicas, comportamentais, sociais e culturais sendo necessária uma abordagem ecológica dos problemas. Diante do exposto evidencia-se a necessidade do olhar de vários profissionais para compreender os problemas de saúde. O Psicólogo e Terapeuta Ocupacional compõem a equipe de saúde mental e se responsabilizam por grande parte desta demanda na rede pública de saúde. As parecerias estabelecidas entre os diferentes profissionais, com o somatório de conhecimentos das diferentes especificidades, podem contribuir para a construção de práticas de saúde, como a formação de grupos terapêuticos. Objetivo Desta forma o objetivo deste trabalho foi descrever as ações de dois profissionais, psicólogo e terapeuta ocupacional para a formação de grupo terapêutico. Metodologia A metodologia descritiva consistiu em apresentar as ações dos profissionais que se iniciaram a partir de um acolhimento realizado semanalmente em unidade de Saúde do setor público, com demanda espontânea de usuários e de encaminhamentos médicos para a saúde mental. Deste acolhimento segundo a queixa apresentada pelo indivíduo surgiram reflexões entre os profissionais sobre os problemas apresentados Os resultados deste acolhimento em saúde mental evidenciaram uma maior procura por mulheres na faixa etária de 35 a 50 anos com quadros depressivos, relacionados ao cotidiano, vida com filhos e conjugal. Resultado 45 Diante desta problemática os dois profissionais consideraram pertinente à formação de um grupo que possibilitasse uma reflexão sobre sua condição de vida, compartilhar experiências e experimentar novas formas de agir e viver em sociedade e no lar. Conclusão Conclui-se que as parcerias entre profissionais contribuem para estratégias práticas, como a formação de grupos para usuários do sistema de saúde. Para os profissionais permitem a troca e novos olhares para um mesmo problema além do conforto de partilhar o sofrimento psíquico e as responsabilidades com o trabalho. Palavras-chave: Saúde mental, Interdisciplinaridade, Atenção básica, Grupos. 46 Trabalho nº 24 APOIO INSTITUCIONAL E COGESTÃO O MÉTODO DA RODA COMO INSTRUMENTO PARA CO-GESTÃO Autor: CÂNDIDO, JCM1 Co-autores: MARTINS, WP2; PRATTA, MAB3 1. Juliana de Cássia M. Cândido, Enfermeira, Articuladora de Educação Permanente e Humanização; 2. Dr. William Pio Martins, Diretor Municipal de Saúde; 3. Márcia Aparecida Bertolucci Pratta, Apoiador Institucional. Instituição: Prefeitura Municipal de Américo Brasiliense-SP; Departamento de Saúde – e-mail: [email protected] Introdução O cotidiano em saúde têm consumido gestores, trabalhadores e usuários em uma produção de práticas isoladas e solitárias, com pouco espaço para coletivos organizados e construção de sujeitos. A necessidade da construção de uma gestão compartilhada motivou a gestão municipal de Américo Brasiliense a dispor de dispositivos da Humanização como o Apoio Institucional para melhoria de práticas de saúde no município. Utilizou-se o Método da Roda (ou MEAGE) para a construção do colegiado de gestão municipal, com o objetivo de construção de planejamento integrado. Objetivos Implementar a cogestão no setor da saúde de Américo Brasiliense, como forma de qualificar a gestão e humanizar as práticas de saúde. Metodologia Um dos principais desafios da gestão municipal é o fortalecimento da AB. Partindo do pressuposto que a AB é a ordenadora do cuidado na Rede, havia necessidade de se pensar uma gestão em rede. Este passa a ser o disparador do processo de cogestão como uma ferramenta de planejamento, qualificação da gestão e humanização das práticas de saúde no município. Organizou-se um fórum de gestores/gerentes de serviços de saúde, e a partir do método da Roda, o Apoiador Institucional inicia processos de apropriação 47 de conceitos, revisão de posturas e posicionamentos, trazendo a discussão de paradigmas e proporcionando uma autoavaliação do grupo. Propicia discussões sobre níveis de complexidade e pontos de conexão da rede. A partir daí, inicia-se uma divisão de tarefas, incluindo novos olhares para o cotidiano. Resultados Empoderamento dos atores, apropriação de espaços de gestão, construção de ações coletivas, realização de planejamento coletivo, melhoria da autoestima dos profissionais. O processo de planejamento possibilitou a construção da Programação Anual de Saúde 2013/2014 (PAS) e a organização e efetivação da 2ª Conferência Municipal de Saúde. Os trabalhos possibilitaram ainda o envolvimento intersetorial para o desenvolvimento do PMAQ, criando pontos de intersecção e organização da Rede Municipal de Saúde, com satisfação dos atores envolvidos. Conclusões Os resultados alcançados demonstraram que o objetivo já começa ser alcançado, uma vez que a implantação da cogestão possibilitou a qualificação da gestão através do envolvimento e fortalecimento dos profissionais. Observa-se que o empoderamento dos atores, bem como a inserção dos saberes no coletivo, supera os limites do modelo fragmentado, traz para a gestão o “humano”, ou seja, a ação humana social voltada à obtenção de metas e objetivos comuns. O método utilizado foi otimizado pela presença do Apoio Institucional como agente facilitador do processo de problematização e gestão de conflitos. A partir da apropriação do espaço coletivo de gestão, o cotidiano dos atores envolvidos começa a ser permeado pela gestão compartilhada e uma visão de Redes de Atenção. Palavras-chave: Cogestão, Humanização, Apoio Institucional, Atenção Básica. 48 Trabalho nº 25 CONSELHO GESTOR DE UNIDADE: O DESAFIO DA PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA ATENÇÃO BÁSICA Autor: MATARUCCO, NML1 Co-autores: MARTINS, WP2 1 . Neiva Marta Leitão Matarucco, Coordenadora da Atenção Básica; 2. Dr. William Pio Martins, Diretor Municipal de Saúde. Instituição: Prefeitura Municipal de Américo Brasiliense-SP Departamento de Saúde – e-mail: [email protected] Introdução Américo Brasiliense está passando por um processo de transformação na Saúde, com mudança na metodologia de gestão e na forma de organizar os serviços de saúde, com ênfase nas diretrizes do SUS. O modelo vigente até o momento consolidou uma saúde fragmentada com foco na urgência. Entre as estratégias e ações propostas destaca-se: priorização da AB, adesão ao PMAQ, implementação do AMAQ, reformas, ampliações, implantação da cogestão, do SAD, da Academia de Saúde. Havia, então, a necessidade de incentivar a Participação Social nesse processo, envolver o principal ator do processo: o usuário. Optou-se pela implantação do Conselho Gestor Local na UBS Dr. Cassio Moraes com o intuito de saber como a população adstrita enxergava os trabalhos desenvolvidos e quais as suas necessidades e propostas. Objetivos Implementar a Participação Social como forma de cogestão e identificação da importância da AB para o Sistema de Saúde. Metodologia Um dos principais desafios para as equipes e gestão de saúde é a participação social. Observa-se que os usuários insatisfeitos com a dificuldade de acesso e qualidade de serviços de saúde, acabam se manifestando através de atos políticos e comportamentos agressivos. Porém, as estratégias de envolver os usuários na construção das ações de saúde, muitas vezes são frustradas. Utilizou-se a implantação do Conselho Gestor local para superar o distanciamento entre gestão e usuários. Divulgou-se a estratégia junto à 49 comunidade e unidade de Saúde com identificação de lideranças. Houve votação por categoria, organizando a composição do Conselho. Foi realizada discussão sobre o papel do conselho, apresentação das propostas da gestão, demonstração do diagnóstico realizado pela equipe da UBS. O Conselho têm-se consolidado no seu papel de construção de políticas públicas para o território e município. Resultados Foi possível rever o processo de trabalho da unidade e participação na construção do planejamento municipal. Dentre as conquistas, apresenta-se a mudança no horário de atendimento da unidade, a forma de agendamento e a constatação da comunidade sobre os avanços no acesso e na qualidade dos serviços da UBS. Porém, o mais significativo é o início do entendimento da comunidade sobre a importância da AB e do atendimento integral, em detrimento do atendimento pautado no Pronto Atendimento. Conclusões A mudança de Modelo de Saúde implica na mudança não somente no modo de fazer saúde, mas no envolvimento dos atores na resignificação das ações e resultados desse modo de fazer. O Conselho Gestor é uma das estratégias dessa aproximação e da construção coletiva de uma saúde de qualidade para todos. Porém, faz-se necessária a ampliação da estratégia e articulações com outras ações, de forma a provocar a mudança que se precisa alcançar, de forma a superar a ideologia vigente pela procura de atendimentos pontuais, em prol de uma Atenção Básica fortalecida. Palavras-chave: Conselho Gestor, Controle Social, Atenção Básica. 50 Trabalho nº 26 INFORMAÇÃO X CUIDADO: ADEQUAÇÃO DA COLETA DE INFORMAÇÕES COMO FORMA DE QUALIFICAÇÃO DO CUIDADO Autor: SILVA, AM1 Co-autores: SOUZA, LI2; VENTURA, EFON3; SOUZA, VA4; COMPRI, I5 1 . Angelita Moreira Silva, Técnico de Enfermagem; 2. Lúcia Inês de Souza, Técnico de Enfermagem; 3. Érica Fernanda de Oliveira Novaes Ventura, Técnico de Enfermagem; 4. Vanessa Aparecida de Souza, Técnico de Enfermagem; 5. Ilda Compri, Auxiliar de Enfermagem. Instituição: Prefeitura Municipal de Américo Brasiliense-SP Departamento de Saúde – e-mail: [email protected] Introdução O município de Américo Brasiliense iniciou o processo de territorialização em uma UBS com equipe parametrizada a partir do cadastramento de famílias e implantação do Sistema de Informação da Atenção Básica - e-SUS/SISAB. Esse processo implicou ainda na organização de prontuários familiares e implantação de Folha de Rosto nos prontuários individuais para identificar situações crônicas e tratamentos sistêmicos. A equipe de enfermagem, a partir das qualificações realizadas, percebeu a necessidade de utilizar esse processo de coleta de informações para qualificar o cuidado. O método utilizado trouxe um maior conhecimento sobre os usuários e possibilitou intervenções mais adequadas às suas condições de saúde. Objetivos Utilizar os instrumentos de coleta de informação para humanizar o atendimento e o vínculo entre profissional e usuário, bem como qualificar a gestão do cuidado. Metodologia Foi observado que vários pacientes em tratamento de hipertensão apresentam pressão descompensada. Para sanar alguns casos foi pensado em modificar a abordagem ao paciente, questionando primeiro o problema de saúde que ele apresentava. A maioria, mesmo em tratamento, referiu não saber que era hipertenso. Questiona-se também sobre as medicações que tomavam. Alguns tomavam as medicações, mais ou menos como 51 prescrito e outros paravam o tratamento sem informar o médico. Esta observação só foi possível diante das ferramentas disponibilizado pelo e-SUS e a Folha de Rosto do Prontuário Individual. Resultados As implementações dos sistemas de coleta de informações possibilitou a mudança na abordagem com o paciente. A partir daí, houve a informação ao médico sobre os novos dados, a proposta de oferta de Grupos Educativos, educação em saúde por todos os profissionais da Unidade (médico, ACS, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem). Foi proposto a utilização de símbolos para auxiliar os usuários na utilização correta dos medicamentos, orientação quanto a dieta a importância do tratamento correto. A partir da evolução do comportamento dos pacientes, serão propostas novas estratégias. Conclusões O envolvimento dos profissionais no processo de mudança de Modelo Assistencial, a partir dos significados construídos no processo, a partir de uma lógica de Educação Permanente, possibilita a superação do “é mais papel, é mais serviço” pelos reais objetivos de um Modelo de Saúde com foco no usuário e no cuidado integral. A informação de fato acaba produzindo novas formas de cuidado, novas relações entre profissionais e usuários, novas práticas de saúde. Nas palavras dos profissionais: “Teremos que fazer uma abordagem mais criteriosa, fazíamos, mas com a implantação das fichas do e-SUS, percebeu-se que é necessário ampliar os cuidados com estes pacientes”. Palavras-chave: Informação em Saúde, Cuidado, e-SUS. 52 Trabalho nº 27 PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA: A SAÚDE E A EDUCAÇÃO, JUNTAS NO MESMO RITMO Autor: MARTINS, CCMP1; Co-autores: PRIMONI, A2; MARSILI, E 3; MERLOS, E4; SANTOS, J5; MATARUCCO, NML6. 1 . Carla C. M. P. Martins, Enfermeira. 2. Alexandra Primoni, Enfermeira da UBS Centro. 3. Eliana Marsili, Pedagoga, Chefe de Seção Administrativa. 4. Eliane Merlos, Enfermeira da UBS Centro. 5. Joselaine Cristina dos Santos, Enfermeira da UBS Vista Alegre, 6. Neiva Marta Leitão Matarucco, Coordenadora da AB. Instituição: Prefeitura Municipal de Américo Brasiliense-SP, Departamento de Saúde – e-mail: [email protected] Introdução A escola é um espaço marcante para a vida de crianças e adolescentes, sendo um local privilegiado para o desenvolvimento de ações de promoção da saúde. A união das equipes de saúde e educação é essencial para o desenvolvimento e sucesso de todas as etapas do Programa Saúde na Escola – PSE, contribuindo para uma melhor qualidade de vida do estudante e de seus familiares, pensando em um futuro melhor para a sociedade. Objetivos Desenvolver ações intersetoriais dentro de cada território, de forma sistemática, com o intuito de contribuir com a educação em saúde na escola, com ações estratégicas de promoção da saúde, prevenção de situações de vulnerabilidades da criança e do adolescente. Metodologia O PSE foi iniciado em Américo Brasiliense no primeiro semestre de 2013. Após reuniões periódicas com as equipes envolvidas, elaborou-se um planejamento para cumprimento dos objetivos. Foram contempladas seis escolas, com um total de 3000 educandos. Dentre as ações realizadas, destacam-se: prevenção da obesidade e desnutrição, saúde ocular, saúde bucal, prevenção ao uso de álcool, tabaco, crack e outras drogas, prevenção das DST/HIV, gravidez na adolescência, promoção da cultura de paz, prevenção e combate contra dengue. Algumas ações foram desenvolvidas pela 53 equipe de saúde como antropometria; outras, a partir da qualificação dos professores para realização de trabalhos de forma transversal e sistemática. Resultados Foram atendidas 2.820 crianças e adolescentes. A ação de antropometria atingiu 1.200 educandos e a ação de teste de acuidade visual atingiu 300 educandos. Destes, 69 apresentaram alterações. A ação de prevenção ao uso de drogas atingiu cerca de 1.320 educandos. Todos os casos de alterações visuais foram atendidos por oftalmologista. Os casos de obesidade estão sendo avaliados. Houve necessidade de encaminhamento de um caso de uso de drogas à psicologia. Percebeu-se o envolvimento de ambos os setores na realização das ações, o que possibilitou o alcance das metas propostas. Conclusão Todas as metas estabelecidas até o momento foram cumpridas. Dentre as dificuldades encontradas destaca-se o número reduzido de profissionais para a execução das ações. A aproximação da saúde com a educação possibilitou uma ampliação da visão e diagnóstico das necessidades de saúde da população, a intervenção precoce em situações de risco e a ampliação das ações ofertadas pela equipe de saúde, para além dos muros das unidades de saúde. A avaliação dos dados coletados e resultados alcançados, possibilitará realizar novo planejamento para 2014 com foco nas necessidades de cada território, de modo a ampliar as ações educativas para os familiares através de diferentes espaços e estratégias como através dos Agentes Comunitários de Saúde. Palavras-chave: Programa Saúde na Escola, Educação, Trabalho Intersetorial. 54 Trabalho nº 28 REVERSO DO AVESSO: DO TRADICIONAL AO INTEGRAL Autor: MATARUCCO, NML1 Co-autores: MARTINS, WP2; PRATTA, MAB3; SANTOS, JC4 1 . Neiva Marta Leitão Matarucco, Coordenadora da AB, 2. Dr. Willian Pio Martins, Diretor Municipal de Saúde, 3 . Márcia Aparecida Bertolucci Pratta, Apoiadora Institucional, 4. Joselaine Cristina dos Santos, Enfermeira UBS Dr. Cassio Moraes Alves/Vista Alegre. Instituição: Prefeitura Municipal de Américo Brasiliense-SP, Departamento de Saúde, e-mail: [email protected] Introdução Ao olhar para a organização de serviços de saúde em Américo Brasiliense, vê-se um delineamento sem conexões. O município com aproximadamente 36.000 habitantes não conta com Estratégia de Saúde da Família ou território definido. A porta de entrada principal é o Pronto Atendimento. Os indicadores de saúde são preocupantes. A gestão municipal passa a buscar estratégias de reverter esse avesso e vê na adesão ao PMAQ um início para esse processo. Neste relato, pretende-se apresentar como a adesão ao PMAQ possibilitou um repensar sobre o processo de trabalho e sobre a organização do Sistema Municipal de Saúde. Objetivos Utilizar o Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade – PMAQ como estratégia para auxiliar a superação do Modelo Tradicional de Saúde em Américo Brasiliense. Metodologia Utilizou-se o princípio da Roda a partir do Apoio Institucional com o objetivo de demonstrar que as propostas do PMAQ não se restringiriam às ações da equipe. A equipe realizou cadastramento das famílias, mapeamento das situações de risco, revisão do processo de trabalho. Com a autoavaliação aplicada na equipe (AMAQ) foi possível resignificar os conceitos das políticas públicas de saúde e a construção das matrizes de 55 intervenção com foco em um planejamento dentro dos princípios da PNAB. A cada proposta, as ações foram se tornando realidade. Resultados A partir das informações obtidas e da implantação de protocolos, organizou-se uma agenda única, multiprofissional, com foco nas necessidades percebidas no território. Além da mudança no processo de trabalho da Unidade, foi possível mudar o desenho do sistema municipal de saúde. Definindo o papel da AB, a gestão está reorganizando as ações de média complexidade, sistematizou o Apoio Institucional, a Educação Permanente e busca apoios como implantação do NASF e SAD. Conclusões O formato adotado para a implementação do PMAQ possibilitou o início do processo de superação do Modelo Tradicional com envolvimento de todos os atores. Isto se deu pela identificação de um jeito de se fazer saúde centrado no usuário e suas necessidades. Superar o "sempre foi assim", olhar o avesso tentando identificar os objetivos, metas e buscar o reverso do avesso: do Tradicional ao Integral! Palavras-chave: Atenção Básica, Modelos de Saúde, PMAQ. 56 Trabalho nº 29 IMPLANTAÇÃO DE TESTES RÁPIDOS: A IMPORTÂNCIA DO OLHAR INTERDISCIPLINAR PARA A VIGILÂNCIA EM SAÚDE Autor: SANTOS, JC1 Co-autores: MATARUCCO, NML2 1 . Joselaine Cristina dos Santos, Enfermeira da UBS Vista Alegre; 2. Neiva Marta Leitão Matarucco, Coordenadora da Atenção Básica. Instituição: Prefeitura Municipal de Américo Brasiliense-SP, Departamento de Saúde, e-mail: [email protected] Introdução Trata-se da experiência de implantação de Teste Rápido para HIV, sífilis, Hepatite B e C em uma Unidade Básica de Saúde, que seria ofertado inicialmente para gestantes e grupos vulneráveis. O diagnóstico oportuno da infecção pelo HIV e da sífilis durante o período gestacional é fundamental para a redução da transmissão vertical. Nesse sentido, verificou-se a necessidade das equipes de Atenção Básica em realizar os testes no âmbito da atenção ao pré-natal. No decorrer do processo e com a sensibilização da equipe, a implantação dos testes demonstrou ser uma estratégia de vigilância de grande impacto para a atenção individual e coletiva. Objetivos Analisar o impacto da implantação dos testes rápidos em uma UBS a partir de um olhar interdisciplinar. Metodologia Após a capacitação de duas enfermeiras da UBS Vista Alegre, foi elaborado um fluxograma da gestante na Unidade, priorizando a sua captação precoce, com acolhimento e oferta imediata dos Testes Rápidos para HIV, sífilis, Hepatite B e C. Foram realizadas adaptações no espaço físico da UBs de forma a garantir as condições necessárias para realização dos exames e aconselhamentos. Com a oferta dos Testes Rápidos na Unidade a equipe começou a atentar-se nas queixas relacionadas às DST e, realizar o encaminhado para a realização dos Testes Rápidos. Com a detecção dos casos 57 positivos e realização de tratamentos pela equipe, a visão sobre a importância da Vigilância em Saúde foi ampliando entre os profissionais e motivando outros que, detectando sinais de alterações ou situações favoráveis à oferta dos testes, motivavam os usuários à realização dos exames. Com a organização da Unidade em relação às metas do PMAQ, também foram levantados os casos que já estavam sendo tratados pela equipe de Vigilância Epidemiológica do município e eram desconhecidos pela equipe. Foram sendo delineadas as ações de vigilância na Unidade. Resultados Em quatro meses de implantação dos testes foram realizados 95 exames. A surpresa é que destes 26 foram gestantes e 69 foram de grupos vulneráveis. Outra surpresa foi a detecção de muitos reagentes, a exemplo de 5 casos de sífilis e 01 AIDS. Foi possível intensificar a abordagem sobre as DST/AIDS e a importância do uso de preservativos. O Caso de AIDS foi encaminhado pela equipe de odontologia, após uma escuta qualificada e identificações de sintomas de possível tuberculose. Nos casos positivos, com autorização e muitas vezes a pedido do usuário, foram envolvidas as famílias, o que possibilitou apoio ao usuário e tratamento adequado. Conclusões Antes da implantação dos Testes Rápidos havia um distanciamento da equipe em relação às ações de Vigilância em Saúde. A implantação dos testes possibilitou a identificação da importância dessa ação na AB e do envolvimento interdisciplinar para o alcance de resultados. Palavras-chave: Teste Rápido, Vigilância em Saúde, Atenção Básica. 58 Trabalho nº 30 TUDO JUNTO E MISTURADO: REPENSANDO A ORGANIZAÇÃO DA SAÚDE BUCAL EM AMÉRICO BRASILIENSE Autor: SALGADO, DS1 Co-autores: MARTINS, WP2; PRATTA, MAB3 1 . Daniela Spirandeli Salgado, Dentista, Coordenadora da Saúde Bucal; 2. Dr. William Pio Martins, Diretor Municipal de Saúde; 3. Márcia Aparecida Bertolucci Pratta, Apoiador Institucional. Instituição: Prefeitura Municipal de Américo Brasiliense-SP, Departamento de Saúde, e-mail: [email protected] Introdução A Saúde Bucal tem, por tradição, a característica de ser desconectada do restante do sistema de saúde. Em Américo Brasiliense, além desse contexto, não havia definição de níveis de complexidade, de território ou de fluxos assistenciais. O processo de desenvolvimento do PMAQ possibilitou um repensar da prática das equipes, uma organização das ações de saúde bucal no município e a inserção dessas equipes em um contexto multiprofissional. Objetivos Organizar a Rede Municipal de Saúde Bucal. Metodologia A gestão municipal com o objetivo de realizar uma avaliação da qualidade do CEO aderiu ao PMAQ. A aproximação com as metas do programa possibilitou um diagnóstico inicial: não cumprimento das metas do CEO, Atenção Básica em Saúde Bucal e CEO sem definições claras de papéis, sem conexão entre os profissionais da Rede. Tudo junto e misturado e, porém, separado e fragmentado. Dentre as ações realizadas: organização da carga horária dos profissionais do CEO, o que implicou em um olhar para a garantia da oferta de AB e reorganização de agenda dentro da Política de Humanização. Foi realizado um trabalho com todos os profissionais da Saúde Bucal do Município, iniciando pelo alinhamento de conceitos das Políticas Públicas vigentes a partir das vivências dos profissionais. Agora era preciso juntar e separar: juntar 59 propostas com a AB, desenvolver uma Política Municipal de Saúde Bucal. Separar: organizar níveis de complexidade, porém, com interlocução, comunicação e fluxos garantidos. De novo: tudo junto e misturado, mas com metas e objetivos! Resultados A Saúde Bucal continua "tudo junto e misturado": junto com a AB, junto com as Políticas Públicas vigentes, junto com os fluxos integrados e assistenciais da rede, junto com os usuários, gestão e profissionais de saúde. Misturado: misturado com uma lógica de trabalho de co-gestão (ainda com vários desafios), misturado com objetos e metas comuns, misturado com uma motivação de fazer melhor! Conclusões É importante observar a necessidade de se pensar em Rede para se pensar em serviços ou ações de saúde. A desconexão de objetivos e metas pode acarretar a construção de situações distanciadas das necessidades da população. Palavras-chave: Saúde Bucal, PMAQ, Redes de Atenção à Saúde. 60 Trabalho nº 31 EDUCAÇÃO EM SAÚDE UTILIZANDO A SALA DE ESPERA COMO MEIO PARA A PROMOÇÃO DE SAÚDE E CUIDADO INTEGRAL Autores: SILVA, PML(1); SAKAMOTO, RPF(2); BELLINI, CS(3); ALIANE, PP(4); NORDI, AT(5). Co-autores: SA, CD(6); POSSAR, DD(7); MARTINS, DG(8); QUEIROZ, DM(9); SANTOS, EA(10); TORRES, LHE(11); LOURENÇO, L(12); OLIVEIRA, OB(13); LUJAN, PK(14); ALMEIDA, SE(15). 1 - Médica de Saúde Comunitária ESF Iedda/ SMS - Enfermeira ESF Silvestre/ SMS 3 - Enfermeira ESF Iedda/ SMS 4Psicóloga NASF – 5 - Nutricionista NASF/ SMS 6 - Agente Comunitário de Saúde ESF Silvestre/ SMS 7 - Agente Comunitário de Saúde ESF Iedda/ SMS 8 - Agente Comunitário de Saúde ESF Iedda/ SMS 9 - Agente Comunitário de Saúde ESF Silvestre/ SMS 10 - Agente Comunitário de Saúde ESF Iedda/ SMS 11 - Agente Comunitário de Saúde ESF Silvestre/ SMS 12 - Agente Comunitário de Saúde ESF Iedda/ SMS 13 - Agente Comunitário de Saúde ESF Iedda/ SMS 14 - Agente Comunitário de Saúde ESF Silvestre/ SMS 15 - Agente Comunitário de Saúde ESF Iedda/ SMS 2 Instituição: SMS de Araraquara, e-mail: [email protected] Introdução: Educação em Saúde é um processo de troca de saberes entre a população, profissionais de saúde e gestores. Nesse contexto, todos os partícipes possuem alguma experiência para compartilhar. As unidades de Saúde da Família (USF) reúnem condições para ações de prevenção e promoção, permitindo que os indivíduos tornem-se ativos para mudanças positivas. O território da sala de espera é o lugar onde os usuários aguardam atendimento, constituindo espaço propício para o desenvolvimento de ações junto à comunidade. Objetivos: Utilizar a sala de espera da USF Iedda/Silvestre como um espaço para ações de educação, interferindo nos hábitos e concepções que participam do processo de saúdedoença e desenvolvendo capacidades individuais e coletivas que visem à melhoria da qualidade de vida. 61 Metodologia: Desenvolve-se por meio de palestras com duração máxima de dez minutos tendo o agente comunitário como interlocutor. Os temas são abordados no período de acolhimento da manhã e variam quinzenalmente com base nas datas comemorativas do calendário da saúde do Ministério. A atividade é planejada por equipe interdisciplinar, conferindo a um profissional de nível superior atuante na unidade (médico, dentista, enfermeiro ou profissional vinculado ao Núcleo de Apoio a Saúde da Família – NASF), a tarefa de planejar as ações. Ao final, recolhem-se assinaturas dos participantes em livro de registros. Resultados: Permitiu uma avaliação qualitativa do impacto não somente sobre os usuários, mas também sobre a equipe. Esta, reuniu esforços coletivos em prol de ações diferentes das habitualmente implementadas, utilizando o saber como ferramenta essencial para o autocuidado. Contudo, torna-se importante ressaltar no escopo deste trabalho, que a avaliação subjetiva apresenta deficiências para uma análise direta dos resultados, dificultando a interpretação destes e o impacto das ações na população abordada. Conclusões: Significativos foram os relatos subjetivos dos pacientes quanto à desmistificação de crenças, reiterando a relevância das ações de promoção no oferecimento de um cuidado integral. Assim, infere-se que não existe dicotomia entre educação e saúde, estando ambas em uma relação dialética, contribuindo para o bem estar e autonomia do indivíduo. No entanto, faz-se necessária a aplicação de ferramentas (p.ex. questionários), para coleta de dados mais direcionados e aferição do impacto das ações no longo prazo. Palavras-Chave: educação em saúde, sala de espera, promoção, cuidado integral. 62 Trabalho nº 32 CAPACITAÇÃO PARA CUIDADORES DE IDOSOS USUÁRIOS DA ATENÇÃO BÁSICA Autor: GENEROSO, FCG1 Co-autores: RECCO, EC 2 ;VOLTARELLI, S.3; MONZANI, EE4; MONZANI, CP5. 1. Fernanda Cristina Galetti Generoso: fisioterapeuta do Nasf. 2. Ercília Custódio Recco: assistente social Da Atenção Básica e membro do conselho do idoso do município, 3. SilmaraVoltarelli: nutricionista do Nasf. 4. Eukira Enilde Monzani: média veterinária do Nasf 5. Cristiane Peripato Monzani- estagiária em nutrição. Instituição: Secretaria Municipal de Descalvado/SP, e-mail: [email protected]. Introdução O envelhecimento é acompanhado muitas vezes por alterações crônico-degenerativas que incapacitam os idosos para o autocuidado com consequências limitantes para as atividades de vida diária e que portanto, precisam ser adequadamente assistidas. Objetivo Promover conhecimento teórico-prático a cuidadores de idosos que profissionalmente, ou como membros da família, desempenham esta função. Metodologia O workshop de Capacitação para cuidador de Idoso, ocorrido em outubro de 2013, contou com a participação de 65 indivíduos (62 mulheres e 3 homens). Programado das 14 às 17horas, para que a rotina de cuidado não apresentasse prejuízo, viabilizou a participação do cuidador. Constituiu-se por exibição e reflexão de vídeo de humanização relacionada ao cuidado, seguida de oficinas com abordagens práticas e teóricas desenvolvidas por vários profissionais da Atenção Básica e NASF, ocorridas simultaneamente durante 15 minutos em esquema de rodízio. A enfermagem orientou quanto ao manuseio de sondas, higiene e cuidado com escaras, a fisioterapia, o posicionamento e transferência no leito e cadeira de rodas e manuseio de equipamentos respiratórios e a nutrição, a administração e higiene de sonda de alimentação. A fonoaudiologia contribui com orientações de estímulos de deglutição e estratégias de incentivo à comunicação e a farmácia, a administração adequada de medicamentos e 63 suas interações. A assistência social desenvolveu reflexões sobre o estatuto do idoso, enquanto os aspectos psicológicos no cuidado com o idoso a partir de dúvidas prémanifestadas, foi desenvolvido pela psicologia. Foram distribuídas pastas com folders de orientações desenvolvidos por cada palestrante relacionado aos temas abordados. Resultado Através de relatos subjetivos, os cuidadores, demonstraram internalização dos conhecimentos oferecidos e entusiasmo em continuar a aperfeiçoa-se no cuidado e caracterizar-se como multiplicadores de promoção em saúde, requerendo inclusive, outras ações em educação em saúde complementares. Visto o número de participantes, os organizadores consideraram-se gratificados e surpreendidos com a adesão e envolvimento obtido. Conclusão O cuidador, participante do processo de gestão de assistência à velhice qualificada, pode contribuir na garantia à integridade física, psíquica e social de idosos que não o conseguem com autonomia. A adesão observada demonstra a importância atribuída pela sociedade em conhecer, participar e proporcionar o processo de envelhecimento saudável. Palavras-chave: Cuidador de idoso, capacitação e envelhecimento. 64 Trabalho nº 33 QUALIFICANDO O AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE PARA O OLHAR À SAÚDE MENTAL Autores: ZUCCHINI, MRGM (1); FREITAS, ECM (2);LEVA, MR (3); MOREIRA, SCP (4) (1) Psicóloga e Articuladora Municipal de Saúde Mental (2) Psicóloga e Coordenadora do Centro de Saúde Mental Infantil (3) Enfermeira e Coordenadora do CAPS II (4) Psicóloga e Coordenadora do Ambulatório de Saúde Mental Adultos e Núcleo de Prevenção à Violência Instituição: Secretaria Municipal de Saúde – Saúde Mental, Matão – SP, e-mail: [email protected] Introdução O presente trabalho descreve atividades realizadas pela equipe de Saúde Mental do município de Matão-SP a fim de capacitar os Agentes Comunitários de Saúde em alguns temas da Saúde Mental que têm grande relevância nos contextos de trabalho das ESF. A importância desse trabalho se deve ao fato de existir uma necessidade imediata de fortalecer a Saúde Mental nos territórios, Estratégias de Saúde da Família e Atenção Básica em geral, nas formas preconizadas pela Portaria n°3088 (23/12/2011) que institui a RAPS – Rede de Atenção Psicossocial. Objetivos Os principais objetivos desse trabalho foram: capacitar os Agentes Comunitários de Saúde para um olhar mais voltado às necessidades da Saúde Mental da comunidade, estreitar a relação entre as equipes de Saúde Mental e Atenção Básica do município a fim de qualificar o trabalho da RAPS e apresentar os trabalhos e serviços de Saúde Mental, bem como seu fluxograma atual. Metodologia Durante o Curso de Formação dos Agentes Comunitários de Saúde pelo CEFOR, foram disponibilizados alguns encontros, nos quais integrantes da equipe de Saúde Mental puderam apresentar alguns temas (apresentação oral e slides), seguidos de uma roda de 65 conversa sobre as interfaces entre o tema apresentado e a realidade do trabalho desses Agentes. Esses encontros foram divididos da seguinte forma: 1) Introdução à Saúde Mental, apresentação do Fluxograma Municipal, abordagem ao usuário em sofrimento psíquico, levantamento de temas de interesse; 2) Violência Doméstica e Uso Nocivo de Substâncias Psicoativas; 3) Desenvolvimento Infantil e Desenvolvimento da Linguagem/Fala; 4) Depressão e Esquizofrenia. Todos os temas foram abordados de uma maneira didática, enfatizando sempre as questões relacionadas à prática diária. Resultados Os resultados desse projeto ficaram evidentes nos dias que se seguiram, através dos contatos entre as equipes das ESF e serviços de Saúde Mental para discussão de casos em comum e elaboração de estratégias de atendimento em conjunto. A intensa sensibilização dos Agentes Comunitários de Saúde pelo tema da Saúde Mental repercutiu em uma grande adesão à participação do II Fórum Regional de Saúde Mental da DRSIII, bem como na participação de outras capacitações que envolvem o tema, entre elas o treinamento em EDIBS (Estratégias de Diagnóstico e Intervenção Breves para o uso problemático de álcool) realizado pelo PAI PAD. Conclusões O presente trabalho possibilitou um grande avanço nas estratégias da Rede de Atenção Psicossocial dentro da Atenção Básica e pode ser considerado uma importante ferramenta de Matriciamento, Humanização e Educação Permanente em Saúde. Palavras-chave: Saúde Mental, Agentes Comunitários de Saúde, Atenção Básica, Capacitação, Qualificação. 66 Trabalho nº 34 ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NO CAPS II - ARARAQUARA Autores: SILVA, HB.1; LEE, S.2 1. Farmacêutico Responsável pelo CAPS II – Araraquara 2. Gerente de Assistência Farmacêutica do Município de Araraquara Instituição: CAPS II – Centro de Apoio Psicossocial “Dr. Nelson Fernandes”, Araraquara/SP, e-mail: [email protected] Introdução A terapia medicamentosa é essencial para o tratamento de transtornos mentais. Pacientes e familiares devem ter compreensão da doença psiquiátrica e do uso correto de medicamentos para o tratamento de longo prazo. Muitos pacientes se deparam com a necessidade de utilizar vários medicamentos, muitas vezes sem ter autonomia e conhecimento sobre a importância de cada um deles no tratamento. O farmacêutico no CAPS II de Araraquara atua na organização, controle de estoque dispensação de medicamentos utilizados multiprofissional em na unidade, questões técnicas além e de fornecer suporte legais relacionadas à equipe às substâncias psicoativas. A assistência aos pacientes e seus familiares ocorre na separação dos medicamentos prescritos em doses individuais, para facilitar a adesão ao tratamento. Essa atuação do farmacêutico favorece o desenvolvimento da autonomia dos pacientes e familiares quanto ao uso adequado de medicamentos, garantindo a adesão ao tratamento farmacológico e assegurando estabilização do quadro mental. Objetivos Organizar e controlar o estoque de medicamentos da unidade; Desenvolver a autonomia dos pacientes para uso adequado de seus medicamentos; Fornecer suporte para a equipe multiprofissional do CAPS II em assuntos relacionados a medicamentos; Metodologia O controle de estoque de medicamentos é realizado em de planilhas específicas, desenvolvidas pelo farmacêutico. Com essas planilhas é possível controlar lotes e data de validade dos medicamentos recebidos e dispensados e elaborar relatórios de consumo da unidade. 67 A Medicação Assistida consiste em separar, para o paciente, os medicamentos em dias e doses, para que sejam administrados nos dias e horários corretos. Isto garante adesão ao tratamento farmacológico. Os Grupos de Medicação são realizados em encontros semanais, com pacientes e familiares, para conscientização do uso correto dos medicamentos. Resultados Com a organização e controle do estoque de medicamentos da unidade, evitamse perdas de medicamentos por validade, desvios de qualidade, excesso de estoque e garante rastreabilidade do medicamento para segurança do paciente. Através de estimativas de consumo, é possível manter um estoque mínimo, evitando falta de medicamentos. A Medicação Assistida centralizada no farmacêutico garante qualidade e facilidade para administração das doses na unidade ou pelo familiar responsável, até que o quadro de saúde seja estabilizado e o paciente adquira autonomia para utilizar corretamente seus medicamentos. Ao frequentar o Grupo de Medicação, muitos pacientes e familiares trazem suas dúvidas para serem dirimidas e conhecem mais sobre medicamentos. Os pacientes com maior autonomia, utilizando corretamente seus medicamentos, podem ser encaminhados com maior segurança e estabilidade para seguimento na Atenção Básica. Conclusão A atuação do farmacêutico no CAPS II – Araraquara é de extrema importância para os pacientes, através da Medicação Assistida e Grupos de Medicação; e aos demais profissionais, pois soma à equipe conhecimento técnico relacionado a medicamentos psicoativos. Esse trabalho está em implantação em outros serviços de saúde mental (CAPS AD) e há possibilidade de ser expandido também para a Atenção Básica. Palavras-chave: Farmacêutico, CAPS, medicamentos, autonomia, estabilização. 68 Trabalho nº 35 O USO DO DIAGNÓSTICO DE SAÚDE PARA O DESENVOLVIMENTO DE AÇÕES COLETIVAS NA SAÚDE DA FAMÍLIA Autores: ARANTES, CIS¹; SILVA, LA²; ORDOÑEZ, LKB³. Instituição: Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP. [email protected]. ¹ Docente do Departamento de Enfermagem, Universidade Federal de São Carlos. ² Bolsista de Extensão, aluna do Curso de Enfermagem, Universidade Federal de São Carlos. ³Mestranda do Programa de Pós Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de São Carlos, Bolsista CAPES. Introdução: a Estratégia Saúde da Família foi instituída no Brasil com o objetivo de reorganizar a atenção primária e com vistas à mudança do modelo da atenção à saúde. Porém, o processo de trabalho na saúde da família ainda possui limitações tanto na identificação de necessidades de saúde da população do território quanto na produção de ações de cuidado coletivo em saúde. Há necessidade de as equipes de saúde da família ampliarem os meios de intervenção em saúde coletiva para além das vacinas e das orientações comportamentais, buscando a construção e a produção de ações coletivas em conjunto com usuários. Para tal, a identificação das necessidades e problemas de saúde da população da área se faz necessária, por meio do diagnóstico de saúde. Nessa perspectiva, o Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de São Carlos tem desenvolvido, desde 2011, um projeto de extensão em Unidades de Saúde da Família (USF) do município de São Carlos, SP. Objetivos: atualizar ou elaborar o diagnóstico coletivo de saúde; refletir com a equipe o uso do diagnóstico de saúde; identificar necessidades de saúde da população; planejar, implementar e avaliar ações coletivas no âmbito da atenção primária à saúde junto com a equipe de saúde da família. Metodologia: o projeto de extensão conta com uma aluna de enfermagem bolsista que participa das várias atividades desenvolvidas e discutidas de forma contínua com a equipe de saúde e com grupos de usuários. As etapas de realização são: aproximação do campo e da equipe de saúde; rodas de conversas com os profissionais e usuários; atualização do diagnóstico coletivo de saúde; planejamento, implementação e avaliação de ações coletivas de saúde. 69 Resultados: desde o início, o projeto já foi desenvolvido em três USF. As principais necessidades identificadas por meio do diagnóstico de saúde foram relacionas a: - infraestrutura dos bairros: vias públicas precárias, com asfalto e calçadas com muitos buracos e deficiência de transporte público; - saneamento básico: lixo nas vias públicas, terrenos abandonados com entulhos e mato, rede pluvial com mau cheiro, animais pelas vias em situação de abandono; - problemas sociais: presença de usuários de drogas e traficantes pelo bairro, levando a algumas situações de violência; serviços de saúde: inconsistência dos dados do Sistema de Informação da Atenção Básica e insatisfação de usuários quanto ao número de atendimentos e demora no agendamento de consultas. Em conjunto com a equipe de saúde e usuários várias ações têm sido propostas e desenvolvidas para intervir em cada situação. Em uma USF, uma das intervenções priorizadas foi a de melhorar o problema do lixo e entulho nas vias e terrenos, por meio da confecção de um panfleto informativo sobre destinação de resíduos sólidos e de um mural expondo fotos do lixo pelas ruas do bairro. Conclusões: as atividades desenvolvidas, de forma geral, têm sido avaliadas positivamente pelos sujeitos envolvidos. Algumas dificuldades da equipe, com relação ao desenvolvimento deste tipo de ação, tem sido enfrentadas pelos participantes do projeto de extensão, porém, espera-se que o uso do diagnóstico de saúde para o planejamento de ações coletivas possa ser incorporado no processo de trabalho das equipes de saúde da família. Palavras-chave: Atenção primária à saúde; diagnóstico de saúde; análise da situação de saúde, vigilância em saúde, saúde da família. 70 Trabalho nº 36 ADEQUAÇÃO DE AMBIENTE E MELHORIA DA ESTRUTURA FÍSICA DAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE DESCALVADO/SP Autor: OLIVIO, F1 Co-autores: PIZETTA, VCC2 1. Fátima Olivio: Escrituraria, Chefe da Seção de Projetos e Programas do Município de Descalvado; 2. Viviane de Cássia Cavalcante Pizetta: Enfermeira, Coordenadora da Atenção Básica do Município de Descalvado. Instituição: Secretaria Municipal de Descalvado/SP: [email protected]. Introdução: O Ministério da Saúde criou o Programa de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde com os componentes Reforma, Ampliação e Construção de Unidades Básicas de Saúde, com o objetivo de repassar aos municípios incentivo financeiro para adequações do espaço físico das Unidades Básicas, provendo condições adequadas para o funcionamento das Unidades Básicas de Saúde, promovendo melhoria do acesso à Atenção Básica e da qualidade do cuidado ofertado. Com essa lógica, o município de Descalvado vem participando dos três componentes desde a sua criação. Objetivos Adequar as Unidades Básicas de Saúde quanto à melhoria do espaço físico para fique em sintonia com os profissionais, as relações interpessoais, social proporcionando uma atenção acolhedora, resolutiva e humana. Metodologia O Programa de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde foi instituído pelo Ministério da Saúde no ano de 2011 para estabelecer mecanismos de repasse de recursos financeiros aos municípios, inicialmente para o componente reforma de Unidades Básicas de Saúde, sendo incluídos posteriormente ampliação e construção. Para o recebimento dos repasses, as propostas devem estar devidamente cadastradas no Sistema de Monitoramento de Obras, onde serão monitoradas. Na primeira etapa será 71 preenchido um questionário de diagnóstico das Unidades Básicas de Saúde. Na segunda etapa o questionário diz sobre a intervenção necessária para cada Unidade. Na terceira etapa poderá ser visualizada a situação do município e após a aprovação do Ministério da Saúde deverá ser digitado o acompanhamento da obra e inserida a Ordem de Serviço. Os valores a serem repassados serão da seguinte forma: 1ª parcela: 20% do valor total, 2ª parcela: 60% do valor total e 3ª parcela: 20% do valor total. Resultados Atualmente o município de Descalvado conta com duas Unidades Básicas de Saúde com a reforma finalizada e uma em andamento, uma Unidade Básica de Saúde ampliada e duas com a ampliação em andamento, duas Unidades Básicas de Saúde serão construídas com os recursos recebidos do Ministério da Saúde pelo Programa de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde. Conclusão Para que se alcance o objetivo proposto pelo Programa de Requalificação de Unidades Básicas de Saúde é de grande importância a parceria com o Departamento de Obras do município e o envolvimento dos funcionários responsáveis, para que os prazos e as normas sejam cumpridas. Além da satisfação dos funcionários e usuários na conclusão dos projetos. Palavras-chave: Requalificação; Unidade Básica de Saúde; Projeto; Etapa. 72 Trabalho nº 37 NASF REALIZA CURSO SOBRE REAPROVEITAMENTO DE ALIMENTOS E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL COM PACIENTES DAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE Autor: PERIPATO, C1. Co-autores: VOLTARELLI, S2; MONZANI, EE3; FASSIO, EMC4; PORTO, MAB5 1 . Cristiane Peripato: Estagiário em Nutrição no NASF. 2 . Silmara Voltarelli: Nutricionista do NASF. 3. Eukira Enilde Monzani: Médica Veterinária do NASF. 4. Estela Mônica Cocca Fassio: Terapeuta Ocupacional e Coordenadora do CRAS. 5. Maria Aparecida Benine Porto: Assistente Social do NASF e CRAS. Instituição: Secretaria Municipal de Descalvado/SP: [email protected]. Introdução: Para a organização das Nações Unidas, a redução do desperdício de alimentos é uma solução para a oferta de comida. As principais causas deste prejuízo são os maus hábitos alimentares e o gerenciamento inadequado de alimentos, desde o plantio até a chegada do produto a mesa do consumidor. Com isso a utilização de cascas, folhas e talos pode diminuir o gasto com alimentação, melhorar a qualidade nutricional e reduzir assim o desperdício. Objetivos Fornecer uma alimentação de qualidade através do reaproveitamento de alimentos, otimizando lucros e diminuindo o desperdício. Metodologia Foram realizados seis encontros quinzenais durante três meses em parceria com profissionais do Centro de Referência à Assistência Social. Em cada encontro desenvolveu receitas doces e salgadas (prato principal ou guarnição), sempre procurando receitas que utilizassem a polpa, cascas, talos ou folhas. O curso contou com quinze participantes das unidades Básicas de Saúde, e o critério para seleção era condição sócio-econômica baixa, com intuito de observarem a utilidade das receitas e possivelmente gerasse algum lucro para aquele usuário e orientasse sobre uma alimentação saudável. Na primeira aula ministrada orientamos e entregamos uma 73 cartilha sobre Higiene dos Alimentos e Utensílios; e na última aula entregamos um certificado para cada participante e um livro de receitas desenvolvidas durante o curso. Resultados Os homens puderam ter mais informações sobre o exame para detecção do câncer de próstata, assim como agendar o exame. Diabetes, hipertensão arterial, doenças sexualmente transmissíveis, entre outros problemas de saúde, também foram abordados no mês denominado “Agosto Azul”. Conclusão Conseguimos que os participantes se sensibilizassem para o cuidado com a própria alimentação e sua saúde; pois embora muitos conheçam os males proporcionados pela excessiva ingestão de gorduras e frituras, ainda assim continuavam a se alimentar de forma inadequada, por não conhecer os benefícios do que antes era jogado fora, pois as cascas, talos e folhas são fontes de nutrientes que poderiam ser aproveitados como uma forma econômica de minimizar o problema da fome e desnutrição. Conclusão: Este trabalho procurou minimizar o desperdício existente entre as famílias, melhorar o planejamento com as compras e sobras dos alimentos, diminuindo assim o gasto com a alimentação, fornecendo hábitos alimentares saudáveis que muitas vezes não existia dentro daquele lar. Palavras-chave: Alimentação, desperdício, nutricional. 74 Trabalho nº 38 INTERSETORIALIDADE NAS AÇÕES DE PROMOÇÃO A SAÚDE COM GESTANTES DA ATENÇÃO BÁSICA Autora: FRANCO, P1. Co-autores:; DUTRA, BS2; XAVIER, J3; MONTEIRO, MALS4. 1Priscila Franco- Enfermeira da Unidade de Saúde da Família Elza Falco Paschoanelli. 2Bárbara Sabrina Dutra- Agente Comunitária de Saúde da Unidade de Saúde da Família Elza Falco Paschoanelli. 3Juliana Xavier- Técnica em Enfermagem na Unidade de Saúde da Família Elza Falco Paschoanelli. 4Marli Alves Leite de Souza Monteiro- Técnica em Enfermagem na Unidade de Saúde da Família Elza Falco Paschoanelli. Instituição: Departamento de Saúde Porto Ferreira, Porto Ferreira – SP, e-mail: [email protected] Introdução A gestação é um momento peculiar, uma vez que “gestar” é um processo único e que mobiliza uma série de sentimentos nas pessoas envolvidas. É um período complexo, quando se evidenciam várias transformações, tanto físico como psicológicas, exigindo adaptações que não decorrem de aprendizagem cognitiva, mas da elaboração de uma vivência. A gravidez deixou de ser assunto exclusivo da mulher, é fundamental a interação de toda a família, pois cada um sofre transformações significativas sob o impacto da gestação. Dentre as inúmeras ferramentas utilizadas pelos profissionais da atenção básica, para promover a saúde das pessoas, a estratégia GRUPO tem sido bastante incentivada, sendo a gestação um momento importante para realização de ações educativas como esta. Objetivos - Orientar a mulher no processo gestacional e os primeiros cuidados com o bebê. - Preparar a gestante e/ou o casal "grávido" para viver de forma tranquila, prazerosa e consciente no período da gestação, parto, pós-parto e relação com o bebê. - Levantar dados através de técnicas de observação das gestantes, dinâmicas de grupo e aceitação deste projeto. 75 Metodologia O método utilizado foi grupos educativos com palestras e rodas de conversas, com equipe multidisciplinar, em parcerias com a CRAS (Centro de Referencia de Assistente Social), Departamento Municipal de Saúde, Promoção Social e a Unidade de Saúde da Família. Os grupos de gestantes são realizados em dez encontros semanais. Resultados/ Conclusão Durante este processo de cuidar grupal e individual, foi realizada implementação de cuidados que promoveu a transformação das limitações em possibilidades de melhora da qualidade de vida destas gestantes, troca de informações e experiências, desenvolvimento de autonomia e adoção de hábitos saudáveis. Este projeto estratégico teve por finalidade construir junto à população em questão meios para o desenvolvimento, discussão e reflexão de conteúdos e de formas de interação que são originadas das expectativas dos participantes, de suas culturas (crenças, valores, conhecimentos, normas e práticas pessoais e profissionais) e sentimentos expressos no decorrer de cada encontro. Atividades estas que visaram a garantia de uma integralidade na assistência de forma humanizada. A Estratégia da Saúde da Família é facilitadora de ações intersetoriais e que, apesar das dificuldades, a intersetorialidade é uma forma de trabalho desafiadora, mas possível de tornar-se realidade. 76 Trabalho nº 39 PROGRAMA DE PROMOÇÃO DE SAÚDE BUCAL EM CRIANÇAS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM ARARAQUARA Autores: GALEAZZI, STF 1; ORLANDO, MSM 2 1 - Cirurgiã Dentista 2 - Auxiliar de Saúde Bucal Instituição: PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARAQUARA, SP, e-mail: [email protected] Introdução A Odontologia tem se preocupado com a Promoção de Saúde que objetiva mudanças de comportamento, levando à aquisição de hábitos que propiciam a prevenção/controle das doenças bucais , tendo como fim maior tornar o indivíduo responsável por sua própria saúde, controlando o biofilme dental, o qual é considerado um elemento essencial para a manutenção da saúde bucal. O atendimento odontológico no primeiro ano de vida pode resultar em menor prevalência e gravidade do ataque pela cárie, reduzindo necessidades curativas. O acompanhamento educativo-preventivo para bebês, além de ser importante para o controle da cárie dentária, permite a adoção de hábitos saudáveis, já que as mães que frequentam esse programa conseguem assimilar e reter um adequado nível de informação sobre saúde bucal, adotando no âmbito familiar práticas de saúde favoráveis ao controle e prevenção de doenças bucais. Objetivos Conscientizar e orientar as mães sobre a importância de hábitos corretos de higiene bucal na infância, promovendo saúde, e reduzindo o risco de cáries. Metodologia Esse programa foi desenvolvido na Estratégia de Saúde da Família, Hortênsias em Araraquara, com 35 crianças na idade de 06 meses a 2 anos. As mães e seus filhos foram convocadas para palestra e avaliação odontológica. Inicialmente, houve uma troca de informações pertinentes aos temas: Higiene oral, dieta cariogênica, uso de chupetas e mamadeiras, pactuando com as mães a introdução de hábitos de higiene oral para o controle do biofilme. 77 O exame clínico, foi realizado com sonda e espelho clínicos, e anotado no odontograma, presença ou ausência de biofilme, manchas brancas e cárie. Após esta avaliação, as crianças foram agendadas para tratamento quando necessário. Kits contendo 1 escova dental, 1 fio dental e 1 creme dental foram fornecidos Resultados Houve boa aceitação e participação das mães, com 76% de presença. Algumas mães relataram que nunca tinham escovado os dentes das crianças, pois as mesmas não permitiam, ou porque desconheciam a necessidade. Apenas uma mãe relatou usar o fio dental na criança. 4 crianças apresentaram lesões de cárie com biofilme, 5 apenas biofilme. Conclusão Há necessidade de programa de promoção de saúde bucal, na faixa etária estudada, para reduzir a prevalência e gravidade da cárie, diminuindo também a necessidade de atividades curativas. Palavras-chave: Saúde Bucal, Biofilme Dentário, Higiene Bucal. 78 Trabalho nº 40 O PROGRAMA DE SAÚDE DO HOMEM NA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA CRUZEIRO DO SUL EM ARARAQUARA - SP Autores: RALHA, FA1;CUNHA, DL1; FERREIRA, RST1; SOUZA, MJ1; BARRETO, VLM1. Instituição: 1 USF Cruzeiro do Sul Araraquara/SP, e-mail: [email protected] Introdução: Considerando a importância das ações de prevenção, promoção, tratamento e reabilitação dos agravos à saúde do Homem. Considerando a proposta de trabalho feita pela Secretaria Municipal de Saúde e a campanha lançada pelo Ministério da Saúde sobre a Política Nacional da Saúde do Homem. A Equipe de Saúde da Família Cruzeiro do Sul realiza ações voltadas para o atendimento da população masculina na área de adscrição. Objetivos: Este trabalho tem o objetivo de acolher a população masculina, sensibilizando os homens e a população em geral sobre a Campanha através da mobilização da equipe. Metodologia: Trabalhamos com horário ampliado na unidade de saúde oferecendo, aferição de glicemia capilar, aferição de Pressão arterial, palestras temáticas na sala de espera, oferta do teste rápido para HIV, orientações sobre saúde bucal e escovação, confecção de cartazes, distribuição de kits com folhetos informativos, roda de conversa com o médico, Enfermeira, dentista e ACS. A divulgação do trabalho ocorreu através dos Agentes Comunitários de Saúde nas visitas domiciliares. Resultados: Percebemos o fortalecimento do vínculo com a população masculina além da boa adesão do público alvo em busca dos atendimentos. Foram diagnosticados novos casos de hipertensão e diabetes. A solicitação dos participantes para que a campanha seja efetiva e ocorra mais vezes no decorrer do ano. Conclusão: 79 Esta estratégia mostra-se eficaz, pois amplia o acesso da população masculina aos atendimentos na unidade de saúde, colaborando com a implantação da Política Nacional da Saúde do Homem. Esta ação desperta esse segmento populacional para os cuidados da saúde, e sensibiliza os profissionais da unidade para uma escuta qualificada em relação às questões pertinentes da saúde masculina. 80 Trabalho nº 41 PROJETO DANÇA SAÚDE & CIA NA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA CRUZEIRO DO SUL ARARAQUARA-SP Autores: REINALDO, FC1; RALHA, FA1; BRANDÃO, VP1; LEÃO, RB1; FERREIRA, RST1. Instituição: 1 USF Cruzeiro do Sul Araraquara/SP e-mail: [email protected] Introdução O projeto teve inicio em 2006 através dos Agentes Comunitários de Saúde que realizavam atividades como: caminhada, ponto-cruz, mangá e bordado de chinelo. No decorrer das atividades observou-se a participação de um grande número de adolescentes. Uma parceria foi criada com um professor voluntário de Street Dance que contribuiu para a criação e o fortalecimento deste grupo. Objetivo Criar um mecanismo de trabalho entre os adolescentes da comunidade para viabilizar a atuação da equipe na promoção à saúde através de um atrativo: a dança de rua. Metodologia São realizadas aulas de Street Dance na escola do bairro, uma vez por semana. A equipe de saúde no final das aulas (através de dinâmicas, reflexão, palestras, teatros, roda de conversa e filmes) aborda os seguintes temas: DSTs; auto-estima; gravidez na adolescência; violência sexual, física e psicológica; drogas; higiene pessoal; DIA em adolescentes; hanseníase; dengue; obesidade e hábitos alimentares. Resultados O projeto consta atualmente com a participação de 30 adolescentes. Em 2010, o Grupo Dança Saúde e Cia conquistou o primeiro lugar na categoria dança juvenil no I Show de Talentos promovido pela Prefeitura Municipal de Araraquara/SP. Em 2012, O Grupo Dança Saúde e Cia conquistou o segundo lugar na categoria dança juvenil no III Show de talentos promovido pela Prefeitura municipal de Araraquara/SP. Houve mudança de comportamento na comunidade onde estes adolescentes passaram a representar um novo grupo de referência para seus pares, cujo 81 referencial anterior se embasava naquele adolescente envolvido com tráfico de drogas e situações de violência. Inserção destes adolescentes na unidade de saúde. Criou-se um vínculo entre os adolescentes e a equipe de saúde. Conclusão Sabemos que é característico dos adolescentes serem resistentes a frequentar a unidade de saúde e até mesmo em ouvir um profissional. Através deste projeto percebemos o envolvimento e compromisso dos adolescentes com a equipe de saúde uma vez que se ofereceu um atrativo em troca de ações de prevenção. 82 Trabalho nº 42 ESTRATÉGIAS DE CONSCIENTIZAÇÃO DO CÂNCER DE MAMA NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA HORTÊNSIAS EM ARARAQUARA-SP Autores: ALMEIDA, RAS1 ; GALEAZZI, STF2 ; FALCOSKI, GHAM3 1Enfermeira 2Cirurgiã Dentista 3Técnica de Enfermagem Instituição: PREFEITURA MUNICIPAL DE ARARAQUARA, [email protected] SP, e-mail: Introdução A elevação da incidência do câncer de mama no Brasil é um fato marcante no quadro de saúde pública de sua população, onde esta neoplasia já ocupa a primeira causa de câncer em mulheres no país com um todo. É necessária a construção de um programa preventivo, eficaz e abrangente para alcançar sucesso na luta contra o câncer de mama. As medidas da detecção precoce consistem nos instrumentos atualmente disponíveis de modificação da história natural do câncer de mama, e assim, de controle de sua letalidade. O diagnóstico precoce está fundamentado na avaliação clínica e no diagnóstico por imagem. Sendo assim, está diretamente ligado ao acesso à informação e conscientização sobre a realização do auto-exame das mamas, exame clínico e mamografia para as mulheres. Objetivo Conscientizarem despertar o interesse da população sobre a incidência do câncer de mama, assim como a importância do auto-exame e a realização de exames para a sua detecção precoce aproveitando o movimento “Outubro Rosa”. Metodologia O trabalho foi desenvolvido no mês de Outubro sendo enfatizado uma semana de prevenção na sala de espera, decorada com bexigas rosa e painéis de orientações para os usuários que espontaneamente estiveram na unidade para participar do evento. No início de cada período de atendimento houve uma breve explanação sobre o tema, a equipe de enfermagem ofereceu orientações individuais sobre o auto-exame, encaminhamento ao médico ginecologista e a mamografia para mulheres acima de 40 anos. 83 Em seguida, exposto vídeo clipe planejado pelos Agentes Comunitários de Saúde com ilustrações do auto-exame e conteúdo de prevenção, sinais e sintomas e tratamento da doença através de notebook, Datashow, caixa de som e ainda distribuído para cada mulher o “laço rosa” símbolo desta campanha. Resultados Durante o mês foram realizados 64 atendimentos com o médico ginecologista, sendo 2 pessoas diagnosticadas com nódulos mamários, 22 solicitações de mamografia sendo 12 agendadas ainda para o mesmo mês. Na semana de prevenção houve participação de 303 pessoas. Conclusão Foi uma ação de grande relevância, pois além de conscientizar, esclarecer dúvidas do auto-exame houve diagnóstico e resolutividade. Observou-se o envolvimento e interesse da população, melhorando o vínculo desta com a equipe e boa adesão aos cuidados preventivos. Palavras Chave: Câncer de Mama, Prevenção de Câncer de Mama, Campanha de Prevenção de Câncer de Mama. 84 Trabalho nº 43 A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Autores: FALCOSKI, GHAM 1 ; SANTOS, SM2; SANTOS, MR 3 1Técnica de Enfermagem 2Agente Comunitário de Saúde 3Técnica de Enfermagem Instituição: PREFEITURA MUNICIPAL [email protected] DE ARARAQUARA, SP, e-mail Introdução No Brasil, a Hipertensão Arterial Sistêmica é a mais frequente das doenças cardiovasculares, e junto com o Diabetes Mellitus é responsável pela primeira causa de mortalidade e de hospitalizações. Modificações no estilo de vida são de fundamental importância no processo terapêutico e na prevenção da Hipertensão e Diabetes. Alimentação adequada, controle de peso e a pratica de atividade física devem ser adequadamente abordados. Evidencias demonstram que estratégias que visem modificações de estilo de vida são mais eficazes quando aplicadas a um número maior de pessoas, trazendo benefícios individuais e coletivos. Objetivo Promover modificações no estilo de vida através da atividade física a clientela adscrita no bairro Jardim Hortênsias acometidas com Hipertensão, Diabetes ou não, com o objetivo da promoção, prevenção, proteção e reabilitação à saúde da comunidade. Metodologia Os grupos de hidroginástica e caminhada são oferecidos à clientela adscrita por toda a equipe da Estratégia de Saúde da Família Hortênsias, principalmente durante as visitas domiciliares realizadas pelos agentes comunitários de saúde. Posteriormente os clientes são encaminhados para consulta médica e atendimento de enfermagem. As atividades são realizadas quatro vezes por semana na praça do bairro e no clube municipal Parque Pinheirinho desde o ano de 2012, onde são acompanhados por 85 educador físico, em parceria com Secretaria de Esportes do município e, em escala de revezamento por todos os Agentes Comunitários de Saúde da unidade. Resultados Das vinte vagas oferecidas por dia para hidroginástica e demanda livre para o grupo de caminhada observa-se rotatividade dos participantes, porém há um grupo de aproximadamente vinte pessoas que participam constantemente. Evidencia-se nestes participantes as modificações para um estilo de vida saudável, maior compreensão e comprometimento no tratamento terapêutico quando acometidos com Hipertensão e ou Diabetes, e também a disponibilidade de auxiliar outras pessoas. Conclusão Os grupos de atividade física fazem parte das estratégias em saúde publica utilizada pela Equipe de Saúde da Família Hortênsias e cumpre com o objetivo de oferecer à população acesso a qualidade de vida, bem como é recíproco o envolvimento dos participantes e a iniciativa de realizar as mudanças no seu dia a dia e de serem multiplicadores de informações na comunidade. Palavras Chave: Atividade Física, Prevenção, Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. 86 Trabalho nº 44 GRUPO DE PAIS NA ATENÇÃO BÁSICA: O ENCONTRO ENQUANTO ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO DE CUIDADO EM SAÚDE MENTAL Autores: HARTEMAN, GCD.1; SANTOS, CA.2 1 – Psicóloga do Grupo de Matriciamento em Saúde Mental 2 – Técnica em Enfermagem da UBS “Dr. Marcelo Edgard Drouet” Instituição: Unidade Básica de Saúde “Dr Marcelo Edgard Drouet”, Prefeitura Municipal de Araraquara- S.P. Introdução: Relato de Grupo de Orientação de Pais numa Unidade Básica de Saúde de modelo tradicional, enquanto estratégia de produção de cuidado em saúde mental que se dá através do encontro e possibilidade do empoderamento dos profissionais da atenção básica no manejo de outras tecnologias do cuidado em saúde que sejam mais potentes na promoção da autonomia do usuário, na valorização de espaços terapêuticos diversos e de ações interdisciplinares. Desdobramento das ações de matriciamento iniciadas por profissional da rede especializada, inaugurando neste território uma ação sistemática de apoio matricial. A Unidade é referência de cuidado para uma população de aproximadamente 12.000 usuários e possui grande número de encaminhamentos aos serviços especializados de saúde mental, evidenciando ênfase em práticas tradicionais de cuidado, predomínio do modelo médico-centrado, concepção reducionista da saúde e valorização da assistência especializada em detrimento da medicina comunitária e da saúde coletiva. Objetivos: Grupo de educação em saúde, que visa proporcionar espaços de encontro e troca de experiências entre pais e/ou responsáveis pelo cuidado de crianças e adolescentes e trabalhadores da saúde. Metodologia: Grupo semi-aberto, com encontros semanais de 1hora e 20 minutos de duração, sendo os temas disparados pelos participantes. Os membros são indicados pela equipe ou aguardavam em lista de espera para atendimento nos serviços especializados de saúde mental. Resultados: Revela aspectos importantes a serem considerados pela equipe de saúde deste território no planejamento e execução de suas ações, que vão além das queixas de problemas comportamentais tradicionalmente relacionadas à infância e adolescência 87 (limites, agressividades, sexualidade, medos). Evidencia o impacto da dependência química, tráfico de drogas e criminalidade nas famílias, e aponta a figura dos avós como cuidadores. Desmistifica que a saúde mental seja tarefa exclusiva dos serviços especializados e sistematiza o registro em prontuário das ações de cuidado realizadas. Conclusões: Dentre outras ações de apoio matricial instituídas, ressalta-se este grupo, visto significativo potencial na qualificação e responsabilização da equipe de outras ferramentas e estratégias de cuidado em saúde mental. Apesar de ainda recente, a experiência traz a possibilidade da discussão e reflexão sobre o lugar da unidade enquanto ponto de atenção da Rede de Atenção Psicossocial. Palavras-chave: Saúde Mental, Atenção Básica, Apoio Matricial 88 Trabalho nº 45 ARTE, SAÚDE E CUIDADO Autor: SANTOS, RRSR, Agente Comunitária de Saúde Instituição: UBS- FAGÁ São Carlos –SP; SMS de São Carlos, São Carlos – SP, email: [email protected]. Introdução: Vive-se em um mundo cuja velocidade das mudanças é cada vez maior, o índice de violência toma proporções assustadoras, os dias parecem estar mais curtos, temos muitas atividades e todas são urgentes. Esses sinais têm criado uma sobrecarga de problemas emocionais e sociais que contribuem para modificar os valores e as condutas humanas que podem ocasionar danos à saúde. A proposta central do trabalho é criar um espaço de compartilhamento de experiências e histórias de vida, escuta, relaxamento, aprendizado, troca, e divertimento à comunidade que utiliza os serviços de saúde, partindo de uma atividade que é o artesanato para todas as faixas etárias. O trabalho eram oficinas de artesanato pontuais de acordo com as Metas Prioritárias do SUS sob orientação da mediadora do grupo. Objetivo: Criar espaços que sejam de transformação, humanização e criatividade, nesse contexto, pode-se dizer que é um lugar de “trabalho vivo”; Promoção e prevenção da saúde. Metodologia O interesse em desenvolver o artesanato para a comunidade despertou-se ao entender o quão rica é a ferramenta grupal e que o contato direto proporciona a melhor compreensão de suas necessidades. Os projetos foram desenvolvidos em um espaço da UBS- FAGÁ São Carlos-SP em parceria com a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, sendo este, o Projeto” Primeiríssima Infância”. Resultados: Verificou-se a formação de uma rede de suporte social fortalecendo o vínculo entre a UBS e a comunidade favorecendo o desenvolvimento de autonomia e estimulando uma participação ativa e criativa na sociedade. 89 Nas oficinas foram confeccionadas: uma caixa para guardar remédios com marcações para manhã, tarde e noite, um coelhinho, a pintura no rosto. Durante as oficinas os participantes conversavam sobre vários assuntos e situações ocorridas no cotidiano e as crianças ficaram felizes com seus rostos pintados. Esse contato foi de extrema importância, pois fornecia o repasse de informações sobre o trabalho. Conclusão Foi possível desenvolver ações na UBS e comprometer-se na promoção da saúde dentro das atribuições do Agente de Saúde. Essas pedras preciosas que encontramos no caminho merecem o respeito pela luta diária em busca da melhoria de sua saúde. Elas em sua essência contribuem e muito com a vida uma das outras, contudo, todas foram fundamentais para a evolução e amadurecimento uma das outras e do grupo. Sendo assim, percebeu-se, na maioria dos depoimentos, que participar do grupo promove um estado de felicidade, pois, segundo essas mulheres, as horas que elas permaneceram em grupo, realizando as atividades artesanais, são um momento de cuidado de si, de sua própria saúde mental. Elas nos revelam que, todas as preocupações e inquietações do cotidiano que interferem de forma negativa em suas vidas passam a ser aliviadas, levando-as a se sentir mais tranquilas, e isso, consequentemente, passa a promover o bem-estar. Palavras-chave: Arte – Saúde - Cuidado 90 Trabalho nº 46 O PROGRAMA DE SAÚDE NA ESCOLA NA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA CRUZEIRO DO SUL EM ARARAQUARA – SP Autores: RALHA, FA1; REINALDO FC1; CECHETO, SRS¹; SOUZA, MJ1; SOUZA, JF¹. Instituição: 1 USF Cruzeiro do Sul Araraquara/SP, e-mail: [email protected] Introdução: Considerando a importância das ações de prevenção na adolescência e a Implantação do programa de Saúde na Escola. A equipe de saúde da família desenvolve ações educativas para os alunos do 6º ao 9º ano na EMEF Waldemar Saffiotti localizada na área de adscrição. Objetivos: Conscientizar os adolescentes quanto a vivência da sexualidade, mudanças no corpo, autoestima, prevenção as DST e gravidez precoce. Fortalecimento do vínculo entre os profissionais de saúde e os adolescentes. Metodologia: Planejamento com a equipe escolar,diretores e coordenadores de ciclos. Apresentação de vídeos sobre o Programa Saúde na Escola. Slides apresentando o corpo sexual e reprodutivo masculino e feminino. Dinâmica sobre o corpo, construído pelos adolescentes. Bate papo esclarecimento de dúvidas. Utilização da cartilha dos direitos sexuais e reprodutivos. Resultados: Aumento na procura de atendimentos para retirada de preservativos, para agendamentos de consultas médicas e busca de orientações qualificadas. A mudança de comportamento dos profissionais nas formas de abordagem dessa população. Conclusão: 91 O programa de Saúde na Escola amplia o leque de conhecimentos sobre os assuntos inerentes a adolescência, despertando esse segmento da população para o autocuidado e para a vivência de uma sexualidade saudável, livre de doenças e outros agravos. Facilita a execução do trabalho, abrindo espaço na comunidade escolar para as ações da saúde. 92 Trabalho nº 47 GRUPO REFLEXIVO DE ACOLHIMENTO EM SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA: UM NOVO OLHAR PARA O CUIDADO HUMANIZADO Autores: LIMA, PM¹; OLIVEIRA, SG.²; STOPPA, FC.³ 1 – Psicólogo do Grupo de Matriciamento em Saúde Mental 2 – Técnica em Enfermagem da UBS “Dr. Ruy de Toledo”. 3 – Enfermeira da UBS “Dr. Ruy de Toledo”. Instituição: Unidade Básica de Saúde “Dr Ruy de Toledo”, Prefeitura Municipal de Araraquara- S.P. Introdução: A saúde mental não está dissociada do quadro de saúde geral do indivíduo, que chega ao serviço de saúde com as mais variadas queixas, especialmente, na Atenção Básica. O grupo reflexivo de acolhimento em saúde mental, como estratégia de matriciamento visa à promoção do cuidado em saúde mental e entende que seja fundamental a compreensão dessas queixas por parte dos profissionais e pacientes. Este pode se apoderar de seus problemas, sentindo-se mais autônomo no processo de ressignificação de seu sofrimento através da introjeção dos recursos disponíveis em sua realidade, o que proporciona que enxerguemos a vida com seus prazeres e dificuldades. Saber lidar com essas dificuldades muitas vezes faz com que deixemos de recorrer ao uso de substâncias lícitas (psicotrópicos). Ao profissional abre-se um espaço para rever suas próprias práticas, independente de sua formação específica. Focarmos em ações de saúde mental, com práticas realizadas no território é entrar em contato com a realidade de ambos e criar intervenções que sejam capazes de considerar a subjetividade, singularidade e visão de mundo dos atores envolvidos. Objetivos: Proporcionar espaços de troca de saberes e experiências entre pacientes/pacientes, profissionais/pacientes; dar visibilidade a intervenções terapêuticas já balizadas na Atenção Básica e pouco valorizadas por esses profissionais. Metodologia: Grupo semi-aberto, com encontros semanais com duração de 1h30 minutos, cujas temáticas são as necessidades trazidas pelos pacientes. Foram convidados os pacientes que já haviam passado em consulta médica, onde foi identificada a necessidade de encaminhamento ao serviço especializado (psiquiatria e psicologia). Resultados: Apesar de recente (trabalho iniciado em 05/09/2013), já é possível perceber uma mudança de paradigma em relação ao olhar e cuidados em saúde mental, 93 antes vistos como “coisa de louco”, pelos pacientes. Também está sendo válido para a equipe, que anteriormente se colocava numa posição de quem não sabia lidar e acolher a pessoa em sofrimento mental. Conclusões: As redes de atenção integral, em especial a Atenção Básica podem desempenhar algumas intervenções de cuidado para contribuir com o bom funcionamento da rede de atenção à saúde desse município. Por outro lado, percebe-se também uma mudança de postura da forma de o paciente encarar seu problema, visualizando este como situação cotidiana passível de solução sem uso de medicamentos. Palavras-chave Humanização, Matriciamento, Atenção Básica. 94 Trabalho nº 48 AÇÕES DE PROMOÇÃO DE SAÚDE NAS UNIDADES DE SAÚDE DE RIBEIRÃO BONITO Autores: SOUZA, JA1; ALMEIDA, TM1; SIMÕES, TRX1. Instituição: 1Prefeitura Municipal de Ribeirão Bonito (PSF Irmãos Bernardi, PSF Amábile Alves, PSF Luiz Carlos Monteiro Novo I.), e-mail: [email protected] Introdução Ribeirão Bonito localiza-se na região central do estado de São Paulo. Com base no SEADE 2013 a população é de 12.374 habitantes, sendo que 1.296 habitantes estão acima dos 60 anos, isto é, 10,5% da população é idosa. A atenção primária do município é composta por 5 unidades de estratégia saúde da família, implantadas uma em cada bairro da cidade, com exceção do centro da cidade que é atendida pelo centro de especialidades – CEM. Com estas equipes implantadas e instaladas o atendimento é de mais de 80% da população. A base da estratégia da saúde da família é um modelo de atenção voltado à proteção, prevenção e à promoção da saúde na qual visa promover a qualidade de vida para reduzir a vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes, além dos seguintes aspectos organizacionais: delimitação de área de abrangência com adscrição da clientela (oitocentas a mil famílias por equipe); equipe multiprofissional (no mínimo médico, enfermeira, auxiliar de enfermagem e agentes comunitários); e atendimento domiciliar. Objetivo Promover através das ações de saúde, o aumento da resolubilidade garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segurança das ações de promoção de saúde para prevenir fatores determinantes e/ou condicionantes de doenças e agravos à saúde. Metodologia Constituição de equipe multidisciplinar que a partir do calendário de atividades do Ministério da Saúde e análise da necessidade de cada território, propõe ações complementares às assistenciais como: caminhada, alongamento, promovendo ainda ações socializadoras como passeios culturais, confraternizações, campanhas educativas, participação em atividades intersetoriais. Resultados 95 O município de Ribeirão Bonito estabeleceu uma agenda articulada entre as unidades de saúde, dentre essas ações podendo destacar-se um elenco de ações executadas: - Ações de promoção ao envelhecimento ativo através da atividade física (alongamento e caminhada), executada em parceria com fisioterapeuta, educador físico e profissional das equipes de saúde que desenvolvem ações clínicas nas unidades. Tendo como público alvo o grupo da terceira idade, que apresentam adesão positiva ao trabalho. - Ações para as crianças denominadas “Projeto brincadeira de criança” realizada através da intersetorialidade unindo a ESF, Departamento de promoção social e atores da própria comunidade. Promovendo fortalecimento do vínculo, possibilitando troca de experiência entre a equipe de saúde. - Ações voltadas para as gestantes, planejado entre as unidades de saúde em parceria com o CRAS (Centro de referência de assistência social) desenvolvidas a partir de um cronograma temático com duração de três meses, finalizando com uma visita na Maternidade local. Tendo como objetivo socializar orientações que fortaleça o vínculo materno-infantil. - Ações voltadas à saúde da mulher organizadas pelas unidades de saúde através da campanha de prevenção do câncer do colo do útero voltada às mulheres em idade elegíveis ao exame citopatológico com faixa etária entre 25 a 64 anos. Conclusão Existe uma adesão da população com valorização dos trabalhadores de saúde; porém necessita de maior investimento para ampliação e seus fortalecimentos atingindo outros ciclos de vida e gêneros. Palavras-chave: Promoção de saúde, intersetorialidade, Estratégia Saúde da Família. 96 Trabalho nº 49 HORIZONTALIDADE DA GESTÃO COMO INSTRUMENTO DE CUIDADO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: CAETANO, FTB1; PACIELLO, V1; SANTANA, AA1; SILVA, GAS1; GERBASI, EP1; LAMAS, DRF1; VEZZANI, CA1; ZÁCHIA, CM1; OKADA, M1; SILVA, A LST1; MÓI, ACF1; MARTINS, AMM1; SANTOS, SP1. Instituição: 1 Secretaria Municipal de Saúde de Taquaritinga, Taquaritinga – SP, email: [email protected] Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) nesses anos de construção, muito têm sido os desafios do cotidiano dos processos de trabalho, para efetivarem mudanças de práticas que sigam seus princípios norteadores e avancem na sua consolidação apresentando-se aos gestores municipais, como que quase impossível qualquer profissional, ter a ousadia de querer ser centralizador de poder, de mando, de achismos entre outros inúmeros predicados que queira se dar. Entre esses desafios está o de transformar a formação e o desenvolvimento dos profissionais da área da saúde, pois só conseguimos mudar a forma de cuidar se também conseguirmos mudar a forma de ensinar e aprender. Todos os relatórios da oitava (1986) à décima terceira (2007) Conferência Nacional de Saúde, e das duas conferências temáticas, que abordaram especificamente o tema “recursos humanos em saúde”, há registros da estreita associação entre a área de recursos humanos e a consolidação do SUS. Várias resoluções apontam para a necessidade da política de saúde compreender ações de ordenamento da formação e desenvolvimento dos profissionais do setor, vinculadas ao trabalho e às necessidades de saúde da população. Taquaritinga (SP) segundo Seade(2012) com seus 54.064 habitantes, distribuídos respectivamente 49,38% (26.659) masculina e, 50,62% (27.326) feminina, a gestão do sistema de saúde local vem construindo suas práticas, segundo minha percepção, em um o processo decisório centralizado no topo da hierarquia, fazendo com que grande parte das decisões tomadas até então, segundo relato de diferentes profissionais, estavam incoerente com a realidade dos diferentes setores de trabalho. Além disso, percebíamos, através dos depoimentos, um certo autoritarismo na tomada de decisões dificultando ainda mais o processo de construção do SUS; era notória uma obstrução no fluxo da comunicação, ocasionando a demora na tomada de decisão e distorções nas informações vindo 97 confirmar que o SUS “na prática, é frágil e está em plena construção" (FEURWERKER, 2005). O município consta com 9 Unidades Básicas de Saúde (UBS) todas atuando nas formas tradicionais, com uma cobertura de 9% de atenção básica, zero de cobertura pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) e, com o processo de territorialização não efetivamente implementado. Ao assumir a gestão em janeiro de 2013, despertou em mim, uma necessidade de fortalecer o processo de trabalho para uma melhor eficácia e eficiência do aparelho se saúde existente e, ao sentir o quão despreparados e desmotivados encontrava o recurso mais precioso, os profissionais que compõem o SUS, que considero fundamental para a construção de um SUS equânime e com potencial de resolubilidade que compete a cada nível de atendimento. Visitando um estilo “contemporâneo” de gestão em saúde, este eixo temático sinaliza convergências e divergências que apareceram nos depoimentos das pessoas ouvidas, relacionadas ao atual estilo de gestão desenvolvido, que possibilitou compreender as características e limitações desse estilo Objetivo: O objetivo central do SUS, conforme diretrizes e princípios organizacionais, é de direito do usuário enquanto população que, por sua singularidade, requer uma demanda de complexidade profissionais em seus diferentes níveis de atenção e do cuidado. Metodologia: Na tentativa de reduzir a rígida hierarquia presente no modelo de gestão adotado anteriormente, a atual gestão optou em compor uma equipe de gestores formada por profissionais de diferentes categorias para serem o articulador do processo de comunicação e gestão, sendo que foram eleitos pelas próprios profissionais de cada área por decisão democrática, como seu representante. No segundo momento foram nomeados como coordenadores de equipe de gestão, mediante portaria municipal, com responsabilidades previamente definidas para cada nível de competência assim representados: enfermeiro, farmacêutico, odontólogos, fisioterapeutas, psicólogos, vigilâncias sanitária e epidemiológica, educação permanente, serviços de apoio e logística, auditoria, urgência e emergência, e a atenção básica. Resultados: Após sete meses de implementação do processo de trabalho conseguimos, dentre outros avanços destacar: A parametrização de duas equipes de atenção básica em pontos distintos do município onde apresentavam dentre outras fragilidades, os indicadores de atenção básica de menores qualidades expressando as diversas intervenções imediatas e necessárias para minimizar parte dos problemas desses locais; 98 Adesão ao Programa de Melhoria de Acesso e Qualidade (PMAQ) na atenção básica; Realização da III Conferência Municipal de Saúde tendo como tema central: "CONSTRUINDO JUNTOS O SUS QUE QUEREMOS"; Reuniões itinerantes ordinárias mensais do Conselho Municipal de Saúde com a participação efetiva dos usuários; Estamos um fase de implantação do serviço de OUVIDORIA SUS local; Implantação de 05 (cinco) equipes de PACS (programas de Agente Comunitário de Saúde) com previsão para fevereiro de 2014 a implantação de 5 (cinco) equipes de ESF (Estratégia de Saúde da Família); Informatização em todas as UBSs existentes e serviço de Atenção Secundária Municipal. Conclusões: a partir dos resultados encontrados serão realizadas intervenções que melhorem as condições de trabalho dos profissionais. Enquanto gestora, apesar das imensas barreiras de enfrentamento por parte dos envolvidos hoje, tenho a plena convicção de que sem a ajuda de todos, seria quase impossível a mudança de comportamento e principalmente de comprometimento de toda a equipe para o que considero, um resultado satisfatório dos avanços até então. Sabemos que dificuldades e desafios, convivem conosco diariamente, principalmente quando se trata de um SUS em construção com um sub financiamento das esferas superiores, uma vez que o município vem aplicando 30% de sua arrecadação e uma população que precisa ainda aprender a usar um sistema que os próprios não o conhecem. Precisamos também de uma efetiva participação dos órgãos formadores de profissionais de saúde para realidade de nosso Brasil, que saibam de suas responsabilidades e competências dentro de um sistema ainda em construção que, para que tenhamos o SUS que precisamos, seja o SUS que queremos construir. Referências Bibliográficas: 1 ALEXANDRE, N. M. C. Aspectos ergonômicos e posturais e o trabalho da área de saúde. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde. Londrina, v. 28, n. 2, p. 109-118, jul/dez, 2007. 2 ANDRADE, C. B.; MONTEIRO M. I. Envelhecimento e capacidade para o trabalho dos trabalhadores de higiene e limpeza hospitalar.RevEscEnferm USP, 41(2):237-44, 2007. 3 ILMARINEN J. Work ability—a comprehensive concept for occupational health research and prevention. Scand J Work Environ Health 2009;35(1):1-5. Palavras-chave: Gestão; atenção básica; sistema único de saúde. 99 Trabalho nº 50 PREVALÊNCIA DE ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO EM UNIDADES DE SAÚDE DA FAMÍLIA Autores: ASSONI, MP.1; SILVA, EG. 1 Instituição: 1Universidade [email protected] Federal de São Carlos – UFSCar; e-mail: Introdução: O aleitamento materno e a alimentação complementar estão incluídos entre as 23 intervenções viáveis, efetivas e de baixo custo para a redução da mortalidade infantil. A prevalência e a duração do aleitamento materno diminuíram rapidamente em diversas partes do mundo, porém a Organização Mundial da Saúde recomenda a amamentação exclusiva até os 6 meses de idade e a manutenção do aleitamento materno, juntamente com alimentos complementares, por dois anos ou mais. Objetivos: avaliar a frequência e duração mediana do aleitamento materno exclusivo em crianças com até 12 meses de idade, relacionando esses dados com varáveis sociodemográficas, maternas, de assistência ao parto, perfil alimentar da criança, presença de hábitos de sucção. Método: foram entrevistados 87 responsáveis pelas crianças atendidas em três Unidades de Saúde. A entrevista abrangeu questões pertinentes à caracterização sócio demográfica da mãe e da criança, dados sobre a gestação, parto e puerpério e, dados sobre a amamentação. A análise estatística realizada foi composta pela análise descritiva e aplicação de teste não-paramétrico Qui-quadrado. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal de São Carlos. Resultados: em relação ao Aleitamento Materno Exclusivo, observou-se que 72% das mães iniciaram o aleitamento materno exclusivo, porém a duração média foi de 3,2 meses e assim apenas 26% das crianças foram amamentadas exclusivamente durante os seis meses. As crianças com os menores pesos ao nascer não apresentam menor duração do aleitamento materno exclusivo, nem maior relato de dificuldade de amamentação de acordo com os responsáveis entrevistados. Sessenta e um entrevistados afirmaram ter introduzido a alimentação complementar antes dos seis meses e dessas crianças, apenas 100 13% receberam alimentos que correspondem à introdução de forma adequada. Foram associados ao desmame precoce: tipo de parto, escolaridade, idade e estado civil da mãe, primiparidade, renda familiar, retorno ao trabalho antes dos seis meses pós-parto, uso de chupeta e mamadeira. A Unidade de Saúde da Família urbano-rural apresentou maior prevalência de aleitamento materno exclusivo (45%) e duração mediana de 4,2 meses. Conclusão: a prevalência de aleitamento materno exclusivo nas Unidades de Saúde da Família de São Carlos ainda está distante do que é preconizado pela Organização Mundial de Saúde. Palavras-chave: Aleitamento materno; Centros de Saúde; Desmame. 101 Trabalho nº 51 EXPERIÊNCIA DE ARTICULAÇÃO DA REDE NO MUNICÍPIO DE ARARAQUARA PARA PREVENÇÃO E ATENÇÃO AO USO DE ÁLCOOL AUTORES: ALIANE, PP1; DIAS, SGT2; CARDOSO, R2; OLIVEIRA, PAS2; SERVINO, SMC2; DAGA, PRB2; MUNIZ, FL2; MIOTTO, RL2; SERTULINO, AS2; BARROS, AP2. 1– Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) – Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (CAPS-ad) INSTITUIÇÃO: Secretaria Municipal de Saúde de Araraquara, [email protected] 2 e-mail: Introdução: A execução deste trabalho partiu de uma proposta realizada pela gerente de saúde mental deste município segundo a qual a equipe do CAPS-ad teria potencial para ampliar as ações de prevenção ao uso problemático de álcool. Objetivos: (1) Oferecer capacitação para a equipe do CAPS-ad em Estratégias de Diagnóstico e Intervenção Breve para redução dos problemas relacionados ao uso de álcool; (2) Ampliar a capacidade da rede de saúde do município para difusão destas estratégias na Atenção Básica de Saúde; (3) Aperfeiçoar o matriciamento já realizado pelo CAPS-ad junto às equipes de Atenção Básica. Metodologia: Foram realizados sete encontros entre a psicóloga do NASF (interlocutora no municio do Programa de Ações Integradas para Prevenção e Atenção ao Uso de Álcool e Drogas na Comunidade /PAI-PAD) e a equipe do CAPS-ad para realização de treinamento em Estratégias de Diagnóstico e Intervenções Breves para prevenção e atenção ao uso de álcool. Foi utilizado o modelo de treinamento difundido pelo PAI-PAD. Resultados: Após a realização do treinamento a equipe do CAPS-ad referiu alguns pontos positivos como aumento de conhecimento sobre os problemas relacionados ao uso de álcool (classificação de risco), de instrumento para classificação dos riscos e problemas relacionados ao álcool (AUDIT), de limites de baixo risco e do conceito de dose padrão; aumento de conhecimento sobre os agravos relacionados ao uso problemático de álcool e consequente melhora da capacidade de orientação em saúde; melhora da capacidade de abordar e educar o usuário do CAPS-ad sobre seu transtorno; diminuição de estereótipos sobre a Dependência de Álcool; melhora na organização dos atendimentos com utilização do conceito de estágios de motivação para mudança como norteadores para a intervenção; percepção da necessidade de realizar intervenções em 102 grupos homogêneos separados por CID, por gênero e por faixa etária; facilitação do diálogo com a rede e entendimento da corresponsabilização; e percepção da necessidade de complementar a rede de atenção ao Dependente de álcool e drogas. Após este treinamento, a equipe do CAPS-ad recebeu nova capacitação no município de Ribeirão Preto, pela equipe do PAI-PAD, para instrumentalizá-los a replicar as EDIB’s no município. A equipe encontra-se motivada e envolvida em ações de prevenção junto à psicóloga do NASF. Conclusão: A ação desenvolvida representa o primeiro passo na articulação rede, uma vez que integra conhecimentos e práticas entre profissionais de serviços diferentes (NASF e CAPS-ad) e propõe a realização de ações entre esses serviços e a Atenção Básica em Saúde do município de Araraquara. Palavras-chave: Articulação de rede, álcool, prevenção, intervenção breve. 103 Trabalho nº 52 CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO PARA HIPERTENSOS E DIABÉTICOS EM UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA Autores: RODRIGUES,AF 1; LEE,S 1; MERCALDI,LAC 1; SANTOS, JL 2 Instituição: 1Secretaria de Saúde, Prefeitura do Município de Araraquara, São Paulo, [email protected]; [email protected] / 2Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Araraquara, São Paulo. Introdução: Este trabalho resultado Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pro-Saúde) articulado ao Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (Pet-Saúde) realizado no município de Araraquara na Unidade de Saúde da Família Parque Residencial São Paulo e Universidade Estadual Paulista campus Araraquara. A unidade é composta por três equipes de saúde, abrangendo 12.000 pessoas aproximadamente. Foi identificada a falta de um instrumento para Classificação de Risco dos hipertensos e diabéticos da unidade, conforme o Programa de Melhoria de Acesso à Qualidade da Atenção Básica/ Ministério da Saúde (PMAQ/AB/MS), estratégica no cuidado à saúde. Assim propôs-se a criação de um instrumento de classificação que fosse aplicável a realidade local. Objetivos: Criar um instrumento para a Classificação de Risco de Hipertensos e Diabéticos e aplicá-lo na unidade. Metodologia: Pesquisa de Campo realizada pelos graduandos de farmácia integrantes do programa com os Agentes Comunitários de Saúde da Unidade de Saúde, utilizando as Fichas “B” do Sistema de Informação da Atenção Básica – SIAB para coletas de dados, modificadas para conter informações sobre o uso de medicamentos, comorbidades e fatores de risco, fundamentais para a realização da classificação. As anotações no prontuário como valores de glicemia, triglicerídeos, colesterol e pressão arterial também foram consultadas para completar as informações para classificação. As preceptoras criaram o instrumento de classificação de risco, aprovado pelo tutor, que possibilitou classificar os pacientes hipertensos e diabéticos em risco baixo, médio e alto. Os pacientes hipertensos foram classificados de acordo com o valor da pressão arterial associada ou não a fatores de risco cardiovascular, condições clínicas e uso de medicamentos. Os diabéticos através do valor da glicemia e hemoglobina glicada, 104 quando dosada; uso de medicamentos; sinais e sintomas e complicações decorrentes da diabetes. Resultados: O instrumento para classificação de risco foi aplicado e avaliado como prático e objetivo e constatou-se preliminarmente que 67% são hipertensos, 22% são diabéticos e 11% hipertensos e diabéticos. Dentre os hipertensos e diabéticos classificados como grupo de risco alto, 53% tem entre 40 e 60 anos, 44% 60 anos ou mais e 3% estão entre 20 e 40 anos de idade. Ainda neste grupo 64% são do sexo feminino e 36% masculino. Conclusões: A criação e aplicação do instrumento para a classificação de risco de hipertensos e diabéticos possibilitou a avaliação epidemiológica dos hipertensos e diabéticos do território adstrito da Unidade de Saúde da Família. Este trabalho realizou um diagnóstico que norteará o planejamento de ações de educação, promoção, prevenção e proteção da saúde, segundo os princípios do Sistema Único de Saúde, consolidados na Portaria 2488/2011 que Aprova a Política Nacional de Atenção Básica – PNAB/MS/2012. Palavras-chave: Classificação de risco; Hipertensão; Diabetes; Atenção básica. 105 Trabalho nº 53 GESTOR DE TERRITÓRIO DE SAÚDE: O APOIO INSTITUCIONAL DENTRO DAS UNIDADES DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE ARARAQUARA Autores: FARIA, AC1; TEIXEIRA, AA2; FERREIRA, RST3. 1 Enfermeira, Gestor de Território de Saúde, Secretaria Municipal da Saúde, Araraquara, SP; e-mail: [email protected]. 2 Enfermeira, Gestor de Território de Saúde, Secretaria Municipal da Saúde, Araraquara, SP; e-mail: [email protected] 3 Enfermeira, Gestor de Território de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde, Araraquara, SP;. e-mail: [email protected] Instituição: Prefeitura Municipal de Araraquara/ S.P- Secretaria Municipal de SaúdeDepartamento da Atenção Básica. E-mail: [email protected]. Introdução: O apoio institucional foi incorporado como estratégia para a gestão participativa, ampliando a relação entre gestores, valorizando o processo de trabalho e o trabalhador do SUS, incluindo o usuário da Atenção Básica. As dificuldades das equipes de saúde de organizarem o seu processo de trabalho, justificam a criação do apoio institucional, ofertado pelo Gestor de Território de Saúde. A falta de tempo e espaço para a analise da produção do trabalho, fica em segundo plano, sugerindo uma “supervisão externa” para avaliar a direção do trabalho. A supervisão, contribui para a autoavaliação da equipe e sua condução ao caminho da produção do cuidado. Alem disso, o Gestor de Território de Saúde, vem contribuir para o autoconhecimento da equipe, garantindo sua autonomia no território de atuação, “imprimindo” a identidade da equipe junto a Secretaria Municipal de Saúde e a comunidade. Objetivo: Expor as principais atribuições do Gestor de Território de Saúde no município de Araraquara. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, com pesquisa em bases de dados e governamentais. Resultados: Em 04/08/2011 foi aprovada a Lei 7.505 que dispõe sobre a criação da função de Gestor de Território de Saúde. Destaca-se entre suas principais atribuições: a realização do diagnóstico epidemiológico e social do território, elaborando em conjunto com a equipe o planejamento local; garantir a atualização contínua dos sistemas de informação e analise dos dados obtidos, promovendo a discussão dos mesmos; apresentar e proporcionar acesso a todos os profissionais de saúde aos manuais técnicos; 106 participar das reuniões de equipe, resgatando sua pro atividade e o lado humano do profissional; participar de reuniões com a comunidade e conselho gestor; ser o elo entre as equipes, comunidade e secretaria municipal de saúde. Conclusões: com a criação da função do gestor de território implementou-se o apoio institucional nas unidades, resultando na horizontalidade da gestão e em sua descentralização. Através de planejamento, da uniformidade das ações e informações, as unidades de saúde passaram a ter mais visibilidade. Dentro desse processo foram identificadas fragilidades no sistemas de informação; as equipes passaram a conhecer melhor a população e o território de atuação; conselhos gestores das unidades de saúde foram criados e reativados, garantindo a participação popular na saúde do município. O trabalho intersetorial tem se desenvolvido através do contato com outras secretarias e muitas vezes iniciativa dos Gestores de Território. O objetivo principal é atingirmos a qualidade na assistência a saúde, e o Gestor de Território de Saúde, possui essa consciência, que está implícita nas suas atribuições. Apesar dos avanços, vários desafios ainda são enfrentados na sua prática de trabalho. Palavras-chave: Apoio institucional, gestor de território de saúde, processo de trabalho. 107 Trabalho nº 54 PROJETO ―GRUPO DE CUIDADORES‖ Autores: LIMA, PF1; BRUNO, LA1 Instituição: 1Secretaria Municipal de Tabatinga – Tabatinga – SP, e-mail: [email protected] Introdução O termo “cuidador” aplica-se a pessoas que prestam cuidados de prevenção, proteção e recuperação da saúde de modo formal ou informal. O cuidador informal é representado pelo segmento leigo, normalmente um membro da família que assume a responsabilidade, dedicando-se ao cuidado do familiar doente, com pouco o quase nenhum conhecimento técnico. (1) A complexidade da tarefa assistencial faz com que o cuidador, na maioria das vezes experimente sentimentos positivos e negativos, conflitos psicológicos, aflição, medo e insegurança. O suporte aos cuidadores representa um novo desafio para o sistema de saúde para entender o processo saúde doença desta parte da população. (2) Diante disto, almeja-se a criação de um grupo de cuidadores no município de Tabatinga, a fim de dar suporte para os cuidadores informais, buscando qualidade de vida para estes e suas famílias. Objetivo Dar suporte técnico básico para os cuidadores do município para a melhoria do cuidado prestado, além buscar uma melhor qualidade de vida para esta população. Metodologia. Serão realizados encontros mensais, com duração média de 2 horas e intervalos de 15 minutos em forma de palestras, reuniões e rodas de discussões, com a participação de profissionais como: enfermeiros, psicólogos, dentistas e nutricionistas, onde serão abordados os seguintes temas: o Alimentação e dieta; o Direitos e deveres dos pacientes e cuidadores; o Cuidados pessoais do paciente; o Aspectos psicológicos dos cuidadores; o Cuidados odontológicos; 108 o Encerramento. Público alvo: Familiares cuidadores de: acamados, idosos com doenças crônicodegenerativas, deficientes mentais e físicos e idosos com algum grau de incapacidade. Resultados esperados Com o projeto espera-se melhorar a relação paciente-cuidador de maneira que haja uma mudança positiva na atenção prestada, sem resultar em uma carga adicional ao cuidador familiar. Busca-se também uma melhoria nas relações sociais deste familiar, que dividirá suas experiências com outros, diminuindo assim a pressão psicológica sofrida por ele no dia-a-dia. Referências. 1 - Marques AKMC, Landim FLP, Collares PM, Mesquita RB. Apoio social na experiência do familiar cuidador. Ciência e Saúde Coletiva, 16 (supl. 1) 2011. 2 - Gratão ACM, Taimelli LFS, Figueiredo LC, Rosset I, Freitas CP, Rodrigues RAP. Dependência funcional do idoso e a sobrecarga do cuidador. Revista Escola de Enfermagem USP, 47(1), 2013. Palavras-chave: Cuidador, dependência funcional. 109 Trabalho nº 55 A EXPERIÊNCIA DO GRUPO ANTITABAGISMO NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA JARDIM BRASIL – ARARAQUARA Autores: MARTINS, BM1 ; FRANÇA,TS2 Instituição: 1. Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF - [email protected] 2. Unidade de Saúde da Família Jardim Brasil – Equipe I , e-mail: [email protected], Município: Araraquara / SP Introdução O Grupo Antitabagismo é uma ação em saúde que ocorre no município de Araraquara desde novembro de 2009. A Unidade de Saúde da Família Jardim Brasil é a sede municipal do tratamento, para onde os usuários de tabaco são encaminhados e, a partir do agendamento, passam por duas etapas de intervenção (sendo que a primeira se constitui em uma entrevista clínica com solicitação de exames gerais, e a segunda em uma sequência de seis semanas, nas quais são realizadas as consultas médicas individuais e os grupos terapêuticos baseados no material elaborado pelo Instituto Nacional de Câncer – INCA). Todos os profissionais envolvidos no tratamento foram capacitados pelo Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas – CRATOD – de São Paulo, que, por sua vez, sugere que os tabagistas sejam expostos ao conteúdo do material acima citado em, no mínimo, quatro sessões (quatro semanas). Desde seu início, portanto, o Grupo Antitabagismo sofreu dois momentos de alteração dessa estrutura mínima, tendo sido o primeiro o acréscimo de consultas médicas individuais semanais (sempre realizadas anteriormente ao grupo terapêutico), e o segundo o acréscimo, também, de uma sessão grupal inicial com abordagem motivacional (denominada “Sensibilização”). Objetivo Discutir as mudanças na estrutura do Grupo Antitabagismo e seus impactos diretamente no interesse, adesão e motivação dos tabagistas participantes do tratamento. Metodologia A metodologia utilizada foi a comparação da adesão e motivação dos participantes, bem como o sucesso do tratamento, antes e depois das mudanças efetuadas. 110 Resultados Os resultados observados foram a diminuição do número de abandonos no tratamento, isto é, maior adesão, além de maiores índices de tabagistas que realmente pararam de fumar ao final dos Grupos com a nova estrutura. Conclusão Conclui-se, portanto, que os tabagistas em tratamento passaram para um nível maior de motivação após as mudanças na estruturação do Grupo, indicando a eficácia das mesmas enquanto provedoras de maior amparo clínico e psicológico. Palavras-Chave: grupo; tabagismo; tratamento; atenção básica; apoio matricial. 111 Trabalho nº 56 EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE MENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Autores: MICHELETTI, NC. 1; SOUZA, FC.1 Instituição: 1 Prefeitura Municipal de Tabatinga – Tabatinga/SP – e-mail: [email protected] Introdução: O presente relato de experiência iniciou-se a partir da discussão entre articuladores da saúde mental e Diretoria Regional de Saúde – DRS III – Araraquara, pois foi percebido que os profissionais que ingressam na rede, na maioria não detém conhecimento quanto às diretrizes de seu trabalho, ficando sem instrumentos que direcionem e apoiem o desenvolvimento das práticas, com isto as redes de saúde mental ficam fragmentadas o que provoca um afastamento de seus trabalhadores do conceito ampliado de saúde. A partir da demanda dos trabalhadores, a DRS III, em parceira com Centro de Desenvolvimento e Qualificação para o SUS – CDQ-SUS, colegiado de saúde mental e os gestores desta região de saúde construíram o projeto de Educação Permanente em Saúde Mental: Tecendo a Rede de Saúde Mental – desenvolvimento dos profissionais e reorganização dos serviços na Região do DRS III – Araraquara. Objetivos: desenvolver e qualificar o trabalhador e os serviços de Saúde Mental tendo como diretrizes as Políticas Nacionais de Saúde Mental, Educação Permanente e Humanização, organizar fluxograma entre a saúde mental, atenção básica, Santa Casa e Pronto Socorro. Metodologia: iniciou efetivamente no município em setembro de 2012 e encerrou em maio de 2013, as reuniões ocorriam quinzenalmente e havia a participação dos profissionais da saúde mental e da atenção básica (PSFs). Foi designado um facilitador que vinha para o município e que não tinha vínculo com o SUS e discutia dificuldades de trabalho sugeridas pela equipe de saúde. Resultado: Fortalecimento da equipe da atenção básica que gerou reuniões sistemáticas de gestão participativa, surgimento e fortalecimento do CASI (Centro de Atenção a Saúde Interdisciplinar), foi repensada novas práticas de trabalho. Embora tenha havido muitos progressos, tivemos também algumas dificuldades como exemplo o Pronto Socorro que não participou do processo, ficando inviável a criação do fluxograma. 112 Conclusão: Foi um projeto importante para iniciarmos a construção da rede de saúde do município, a partir desta experiência surgiram várias ações de promoção de saúde que envolveu atenção básica e saúde mental. Palavras-chave: Educação permanente, saúde mental, fortalecimento e humanização. 113 Trabalho nº 57 PROJETO HIPERDIA FELIZ EM SANTA LÚCIA Autores: MORAIS, GA1; CARNEIRO, RMM1; LOBO, TC1; JOAQUIM, LC1; PEDRO, MR1; SANTOS, MA1; OLIVEIRA, SR1; MEIRELES, AMM1; OLIVEIRA, CO1; CASSUMILIANO, MJ1; JESUS, MAP1; BROGGIO, JC1; MANZINI, E1; SERVIDONI, GP1; SILVA, CG1; PEREIRA, SR1; CAVALHEIRO, SFL1. Instituição: 1 Secretaria Municipal de Saúde de Santa Lúcia – SP, e-mail: [email protected] Introdução: Ações alegres voltadas à prevenção e promoção da saúde para a população da cidade de Santa Lúcia, incluindo, pessoas com Hipertensão Arterial (HA) e Diabetes Mellitus (DM) é meta do projeto Hiperdia Feliz em Santa Lúcia. Esta atividade é financiada com recursos próprios da atual prefeitura e é uma adaptação do projeto anterior “hiperdias felizes”, que foi iniciado em 2010. Objetivo: relatar como acontecem as ações de promoção da saúde no município de Santa Lúcia. Resultados: A maioria das atividades desenvolvidas busca ser divertidas e motivadoras, e entre elas temos: gincanas com distribuição de brindes; brincadeiras (de cadeiras, de bexigas, etc.); rodas de conversa; danças; dinâmicas com bolas e músicas; quadrilha; exercícios físicos; alongamento; tai chi chuan e passeios, como o realizado para o Bosque de Ribeirão Preto e depois a ida ao shopping. Também são realizados aferição de pressão arterial, da glicemia capilar, do peso e da adiposidade central. Profissionais de várias áreas ministram palestras sobre temas relacionados à HA, DM, medicamentos, motivação, alimentação saudável e prática de atividade física, entre outros. Em datas especiais, como dia das mães, dos pais e dos idosos são feitas homenagens e há distribuição de lembranças como flores, cartões e sorteios. Nestes encontros quinzenais, realizados aos sábados das 8 às 12 horas estão incluídas duas refeições: o desjejum e um lanche ao final. No ano de 2013, segundo o livro de atas assinado, foram realizados 15 encontros e nestes participaram um total de 1142 pessoas, tendo uma média de 76 pessoas por encontro. O número máximo foi a participação de 102 pessoas. A alimentação ofertada é planejada por nutricionista da Secretaria de Educação do Município e foi avaliada sua aceitação com escala hedônica facial, obtendo alta aceitação, onde 86% dos participantes deram as notas “excelentes” (50%) e boas” (35,9%) para as refeições. Percebemos também elevada aceitação em relação aos 114 encontros (n=15) através da alta participação da população (média de 76 pessoas por encontro). Nossa equipe é multiprofissional intersetorial onde consta: enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, nutricionista, psicólogos, educadores físicos, auxiliares da área de enfermagem, nutrição e administração. O projeto tem o apoio da comunidade católica de Santa Luzia que cede o espaço para os encontros. Palavras chaves: promoção de saúde, atividade física, alimentação saudável, hipertensão arterial, diabetes mellitus 115 Trabalho nº 58 APOIO MATRICIAL A ATENÇÃO BÁSICA QUALIFICANDO O CUIDADO AOS PACIENTES ESTOMIZADOS DO MUNICÍPIO DE MATÃO Autores: TROVÓ, MC1; REGUIN, OA1. Instituição: 1Secretaria Municipal da Saúde de Matão – Estratégia de saúde da família do Cadioli/ Equipe Buscardi, Matão, São Paulo. Introdução: A cidade de Matão-SP, conta com mais de quarenta pacientes estomizados, que passaram a ter atendimento especializado no próprio município. Estomizado é aquele que possui um estoma, que constitui em uma abertura cirúrgica no abdome através da qual o efluente é expelido quando a função normal do intestino ou da bexiga é interrompida. Quando um paciente está nesta condição de estomizado são necessárias habilidades para realização do cuidado e para estabelecer vínculos, visando a atenção correta. O enfermeiro estomaterapeuta, inserido na atenção básica, apoia, identifica e orienta esses pacientes, realizando acompanhando e avaliando o estoma e o equipamento coletor. Objetivo: O objetivo principal é que todos estomizados tenham qualidade de vida conseguida através de orientações que garantem um conhecimento dos fatos essenciais a respeito de viver com uma estomia e responder as demandas do pacientes na busca da melhor assistência, por meio do aperfeiçoamento do atendimento, dentro dos recursos públicos disponíveis, pois os custos operacionais são altos. Metodologia: O apoio matricial facilitou o acesso ao paciente estomizado na atenção básica qualificando e organizando o atendimento especializado no município. É garantida a dispensação dos equipamentos coletores, visitas domiciliares e acompanhamento aos pacientes. O atendimento é realizado com orientação para o autocuidado. A ressocialização, seu retorno às atividades do cotidiano e sua adequação ao equipamento também são valorizados. Para que efetividade no atendimento toda a rede de atenção básica foi capacitada. Resultados: Através das orientações e do incentivo ao autocuidado os pacientes melhoram a autoestima diminuindo os danos psicológicos e sociais. E através da sistematização da assistência de enfermagem há a melhoria da aceitação do paciente com a sua nova condição, pois leva conhecimento e confiança. Os profissionais passam 116 a reconhecer seu papel no cuidado dos pacientes estomizados contribuindo em sua evolução. Conclusão: Conseguimos criar vínculos com os pacientes através do matriciamento na atenção básica realizando acompanhamento, prestando toda a assistência necessária e tornando- se referência no cuidado. Palavras-chave: Matriciamento, estomizados, autocuidado, qualidade de vida e acompanhamento. 117 Trabalho nº 59 AÇÕES DE PROMOÇÃO A SAÚDE: TAI CHI CHUAN Autora: SCARELLI, BB1 Co-autores: MARQUES, CAR2; CANDIDO, FMF3; SILVA, AF4; OLIVEIRA, CC5; OLIVEIRA, RM6; OLIVEIRA,TC7; SANTOS,RA8. 1. Bruna Brandão Scarelli – Enfermeira do PACS Jardim Primavera 2. Cristiane Aparecida Rizzi Marques – Agente Comunitária de Saúde do PACS Jardim Primavera 3. Flora Magda Ferreira Candido - Agente Comunitária de Saúde do PACS Jardim Primavera 4. Andréa Ferreira da Silva - Agente Comunitária de Saúde do PACS Jardim Primavera 5. Caio Cesar de Oliveira - Agente Comunitária de Saúde do PACS Jardim Primavera 6. Renato Marçal de Oliveira - Agente Comunitária de Saúde do PACS Jardim Primavera 7. Thiago Cavalmoretti de Oliveira - Agente Comunitária de Saúde do PACS Jardim Primavera 8. Roseli Alves dos Santos - Agente Comunitária de Saúde do PACS Jardim Primavera Instituição: Departamento de Saúde de Porto Ferreira, e-mail: [email protected] Introdução O tai chi chuan tem suas raízes na China, sendo atualmente uma arte praticada no mundo todo. É apreciado no ocidente especialmente por sua relação com a meditação (tão yin) e com a promoção da saúde, oferecendo aos que vivem no ritmo veloz das grandes cidades uma referencia de tranquilidade e equilíbrio. Este projeto busca desenvolver o habito de atividades saudáveis, como exercícios físicos e alongamento, promovendo saúde e acolhendo a população, trazendo-os para perto da Unidade de Saúde, sendo este desenvolvido e realizado pelo PACS (Programa de Agente Comunitário de Saúde). Objetivos Desenvolver a prática de exercícios físicos e hábitos saudáveis com a população. Acolher a população e trazê-la para a Unidade de Saúde promovendo a prevenção e promoção à saúde. Proporcionar benefícios peculiares como o aumento da autoestima. 118 Despertar o interesse na população a participar e realizar ações de integração social. Metodologia O método que estamos utilizando são aulas realizadas na própria Unidade de Saúde, todas as quartas-feiras com duração de 30 minutos, desenvolvidas pelo Professor de Tai Chi Chuan Leandro Pereira. Resultados / Conclusão Temos como resultados uma maior interação entre os participantes e destes com a sua realidade local, a melhoria da autoestima, das capacidades e habilidades motoras e das condições de saúde dos participantes, e o aumento do número de praticantes de atividades saudáveis. Apesar de o projeto ter sido destinado a toda população adulta, a maior procura foi de mulheres que estavam abaladas emocionalmente pela perda de algum ente querido e de mulheres com mais de 60 anos que apresentavam dores crônicas. Palavra-chave: promoção em saúde, interação, autoestima. 119 Trabalho nº 60 CAPACITAÇÃO PARA O CONTROLE SOCIAL E O FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NO MUNICÍPIO DE TABATINGA Autores: SOUZA, FC.1; MICHELETTI, NC. 1 Instituição: 1,2 Prefeitura [email protected] Municipal de Tabatinga – Tabatinga/SP – Introdução: A presente experiência está sendo desenvolvida no município de Tabatinga, no interior do Estado de São Paulo. Em julho de 2013, a Diretoria Regional de Saúde – DRS III – Araraquara, juntamente com o CEFORSUS (Centro de Formação de Recursos Humanos para o SUS) – Araraquara ofereceram aos municípios desta região de saúde o curso de Formação de Multiplicadores em Educação Permanente para o Controle Social. Esta ação ainda está em andamento e é possível perceber que este processo tem contribuído para o fortalecimento da Atenção Primária do município. Objetivo: O objetivo do relato é de apresentar como a estruturação do Conselho Municipal de Saúde tem cooperado com ações da Atenção Primária. A proposta do curso é de capacitar profissionais de cada município e que estes multipliquem as informações para os conselheiros municipais de saúde. Isto para que os Conselhos de Saúde sejam efetivamente atuantes e assim, possam garantir a participação do usuário e a construção coletiva das ações de saúde. Metodologia: O conteúdo da formação envolve apresentação da Saúde Pública, a história e os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), o conceito ampliado de saúde, os determinantes sociais que influenciam no processo saúde-doença, a organização das regiões de saúde, o financiamento e planejamento do SUS, a organização dos Conselhos de Saúde, a importância do papel dos conselheiros, entre outros temas. O município de Tabatinga aderiu ao curso, sendo as duas psicólogas da rede de saúde responsáveis por receber a capacitação. As aulas tiveram início em agosto e o encerramento será em novembro. As psicólogas vão ao CEFORSUS semanalmente, sendo que cada encontro tem duração de cinco horas. A multiplicação também ocorre semanalmente no município de Tabatinga, no Centro de Atenção a Saúde Interdisciplinar (CASI). As discussões propiciadas nas aulas com os alunos conselheiros têm como foco os temas acima citados associados com o contexto político-social do 120 município. Além disso, ocorrem também oficinas no CEFORSUS onde todos os municípios participantes realizam rodas de conversas e trocam experiências. Resultados: Notamos que os conselheiros aderiram ao projeto com entusiasmo e motivação. Eles demonstram apropriar-se dos conteúdos e mais ainda, estão colocando em prática os conhecimentos adquiridos. E como isto, de fato, tem refletido na Atenção Primária? A partir do entendimento do conceito ampliado de saúde, por exemplo, os conselheiros tem percebido quão importantes são as ações do Programa de Saúde da Família, as ações de prevenção e promoção de saúde e a importância da equipe. Relacionado a isso, percebemos a desconstrução do olhar hospitalocêntrico. Também destacamos o empenho dos conselheiros na divulgação das ações coletivas, como ocorreu recentemente na campanha Outubro Rosa, realizada pelas equipes do Centro de Saúde e dos PSFs. E ainda, com a maior compreensão dos conselheiros sobre questões de financiamento, eles estão mais atentos para saber se o dinheiro destinado a saúde está sendo usado corretamente. Conclusão: consideramos esta ação como importante na medida em que o empoderamento por parte dos conselheiros municipais de saúde tem feito com que estes compreendam o papel da Atenção Primária e assim, se empenhem para o fortalecimento desta. Palavras-chave: Controle social, educação permanente, Atenção Primária. 121 Trabalho nº 61 USANDO A ARTETERAPIA COMO INSTRUMENTO NO CUIDADO E APOIO À SAÚDE MENTAL DE MULHERES DEPRESSIVAS E GESTANTES Autores: MENDONÇA, IR1, SILVA, VL1; FURQUIM, MP1. Instituição: Prefeitura Municipal [email protected] de São Carlos – S.P., e-mail: Introdução: A Arteterapia é um caminho para ajudar o indivíduo a entrar em contato consigo mesmo, pela livre expressão através da utilização de diversos materiais artísticos (MUNHOZ et al, 2011). Para DAVID (2013) a Arteterapia pode ter como objetivo explícito de favorecer o auto conhecimento através da exploração das fantasias, idéias, sonhos, propósitos e do imaginar. SILVA (2006) aponta para arteterapia como uma das práticas arteterapêuticas que possibilitam um resgate dos indivíduos, a partir da criação de um espaço de criação e de narrativas onde as vivências pessoais de cada participante possam encontrar seu espaço, tanto de revivência quanto de possíveis elaborações. O Grupo de ARTETERAPIA se reúne semanalmente há 03 anos em nossa Unidade de Saúde da Família no Bairro Cidade Aracy, com população aproximada de 40 mil habitantes, que é mais conhecido no município de São Carlos pela sua vulnerabilidade e risco. Objetivo: Resgatar o potencial criativo, possibilitando resgate emocional, ampliando assim as redes de cuidado e sociais. Metodologia: O Grupo é constituído em sua maioria de mulheres que se reúne semanalmente, inicia-se com uma dinâmica de relaxamento ou de leitura de uma história, sempre associada a um tema. O grupo visa o fortalecimento do vinculo e da autonomia dessas mulheres. Trabalho desenvolvido: A Arteterapia utilizada como instrumento de cuidado para a promoção de saúde de mulheres que se encontram em situação de Vulnerabilidade 122 Social ou familiar, durante nossos encontros são realizadas atividade manuais e troca de relatos de experiências e saberes. Conclusão: O trabalho com o grupo promove a participação e a cooperação, com a finalidade de através desses encontros de mulheres com saberes e idades diversas, ajudam no processo de crescimento e melhora afetivo- emocional, ampliando a visão interior de cada uma. Referências Bibliográficas: NOSWITZ C.I.: Arteterapia na Terceira Idade: Um Resgate do Sujeito, Trabalho apresentado para conclusão do Curso de Pós Graduação em Especialização em Arteterapia- Centro Universitário Feevale - Novo Hamburgo, 2006. DAVID TCOD: Disponível em: http://psiarteterapia.com.br/artigos/arteterapia-29 MUNHOZ R.P., MONTEIRO V. L. A.:Curso de Arteterapia, São Carlos, 2011. 123 Trabalho nº 62 OFICINAS DE PREVENÇÃO QUEDAS NA ATENÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS Autores: HONORATO, KCP.¹; JUSTEL, M.¹; SANTOS, BR.¹; DUARTE, TD.¹; LACERDA, AC.² ¹Alunos do curso de Graduação em Gerontologia; ²Fisioterapeuta do Município de São Carlos/ Universidade Federal de São Carlos Instituição: Universidade Federal de São Carlos, São Carlos – SP. e-mail: [email protected]. Introdução: As quedas são um problema de Saúde Pública devido ao grande número de ocorrência na população idosa e aos prejuízos que podem causar como a redução da capacidade funcional, autoestima e o aparecimento do medo de cair, depressão, o isolamento social, além de poderem provocar o óbito. As atividades de prevenção devem ser priorizadas para assistência a saúde da pessoa idosa. Objetivo: Dessa forma, o objetivo da atividade foi oferecer acompanhamento gerontológico integral e exercícios para melhora cognitiva e física de idosos com relato de quedas e déficit de equilíbrio. Metodologia: A atividade foi organizada pelo curso de Gerontologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) em parceria com grupo de atividade física da Rede Municipal de Saúde. A amostra foi composta por pessoas com idade ≥ 60 anos, com relato de quedas no último ano e comprometimento no teste Time up and Go (TUG). Primeiramente, foram aplicados, por alunos da Gerontologia, instrumentos que avaliam a qualidade de vida (SF-36); cognição (MEEM); medo de cair (FES-Brasil I); mobilidade (TUG); equilíbrio e marcha (POMA). Foram realizadas sessões de fisioterapia por meio de um protocolo de exercícios estruturado, de uma a duas vezes na semana durante uma hora, conforme disponibilidade da unidade. Foi aferida a pressão arterial, antes e depois das atividades desenvolvidas em cada dia. Na última semana de cada mês foi realizada uma roda de conversa pelos alunos da Gerontologia, com temas demandados pelos próprios idosos relacionados ao processo do envelhecimento, sendo esse dia aberto aos familiares, cuidadores e amigos. Destacase também que após seis meses de participação na oficina os idosos foram reavaliados por todos os instrumentos e uma devolutiva foi entregue aos participantes. 124 Resultado: Nota-se uma maior sensibilidade da equipe das unidades envolvidas para a questão de prevenção de quedas e identificação dos riscos para a ocorrência desse evento, assim como, benefícios funcionais e cognitivos, interação social e convivência intergeracional para os idosos atendidos. Conclusão: Conclui-se que as oficinas de prevenção podem auxiliar na melhora da saúde e da qualidade de vida das pessoas idosas, mostrando-se essencialmente importante para a saúde pública. Palavras-chave: Quedas – Envelhecimento - Atenção básica – Fraturas - Política pública. 125