CENTRO ESTADUALDE VIGILÂNCIA SAÚDE INFLUENZA A (H1N1) EX-GRIPE SUÍNA PERGUNTAS E RESPOSTAS 1.O que é influenza? Também conhecida como gripe, a influenza é uma infecção do sistema respiratório cuja principal complicação é a pneumonia, responsáveis por um grande número de internações hospitalares no Brasil. A doença inicia-se com febre alta, em geral acima de 38ºC, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e duro em torno de três dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral por três a quatro dias após o desaparecimento da febre. É uma doença muito comum em todo o mundo, sendo possível uma pessoa adquirir influenza várias vezes ao longo de sua vida. É também, freqüentemente, confundida com outras viroses respiratórias, como resfriados comuns, por exemplo. 2. Qual o agente causador da influenza humana? São conhecidos 3 tipos de vírus da influenza: A, B e C. Esses vírus são altamente transmissíveis e podem sofrer mutações (transformações em sua estrutura genética). 3.O que é influenza A(H1N1)? A influenza A(H1N1), antes conhecida como influenza (gripe) suína, é uma gripe causada por um novo tipo de vírus identificado laboratorialmente no estado da Califórnia, Estados Unidos da América, em 2009. Outros países, como México, Canadá, Espanha, Reino Unido estão notificando a ocorrência de casos dessa nova doença. Os testes de laboratório indicam que esse vírus é o resultado da combinação de vírus da influenza de origem humana, suína e aviária. 4.Quais os sintomas de um caso suspeito de influenza A (H1N1)? Febre alta de maneira repentina (maior que 38ºC) e tosse podendo estar acompanhadas de algum dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dificuldade respiratória; E • ter apresentado esses sintomas até 10 dias após sair de países que reportaram casos pela influenza A (H1N1); OU • ter tido contato próximo nos últimos dez dias com pessoa classificada como caso suspeito de infecção humana pelo novo subtipo de influenza. Observação: Contato próximo: indivíduo que cuida, convive ou teve contato direto com secreções respiratórias ou fluidos corporais de um caso confirmado. CENTRO ESTADUALDE VIGILÂNCIA SAÚDE 5.Como é transmitida a influenza A (H1N1) humana? Este novo vírus da influenza A(H1N1) é transmitido de pessoa a pessoa principalmente por meio da tosse ou espirro e secreções respiratórias de pessoas infectadas. Os sintomas podem iniciar no período de 3 a 7 dias após contato com o vírus e a transmissão ocorre principalmente em locais fechados, começando dois dias antes e até cinco dias depois do início dos sintomas; 6.Há uma vacina que possa proteger a população humana contra essa doença? Não, no momento atual não existe vacina contra esse novo vírus de influenza A (H1N1), mas estão sendo desenvolvidas pesquisas para o seu desenvolvimento; 7.Há tratamento para Influenza A (H1N1) no Brasil? Sim. Há um medicamento antiviral indicado pela OMS que será usado, se necessário, após avaliação médica. O RS dispõe de um estoque estratégico para os casos indicados segundo um protocolo definido pelo Ministério da Saúde. O antiviral só faz efeito se for tomado até 48 horas a partir do início dos sintomas. A SES/RS alerta a população para não utilizar qualquer medicamento sem orientação médica A automedicação pode mascarar sintomas, retardar o diagnóstico e até causar resistência ao vírus 8.Há casos de Influenza A (H1N1) no Rio Grande do Sul? Não. Até o momento, não há evidências da circulação do vírus da influenza A (H1N1) em humanos no Brasil e no Rio Grande do Sul; 9.É seguro comer carne de porco e produtos derivados? Sim. A Organização Mundial de Saúde Animal e o Ministério da Agricultura não relataram casos de transmissão da influenza A(H1N1) para pessoas por meio da ingestão de carne de porco. Portanto, não há risco no contato e consumo de produtos de origem suína. 10.O que a população pode fazer para evitar a influenza? Alguns dos exemplos de cuidados para a prevenção e controle de doenças de transmissão respiratória são: - higiene das mãos com água e sabão (depois de tossir ou espirrar; depois de usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar os olhos, boca e nariz); - evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies; - usar lenço de papel descartável; - proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis; - orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até 5 cinco dias após o início dos sintomas); - evitar aglomerações e ambientes fechados (deve-se manter os ambientes ventilados); - é importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias; CENTRO ESTADUALDE VIGILÂNCIA SAÚDE - restrição do ambiente de trabalho para evitar disseminação; - hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e atividade física. 11. Para quais casos é recomendado o uso de máscaras de proteção? Os equipamentos de proteção individual, como máscaras, devem ser utilizados pelas pessoas que preenchem a definição de casos suspeito (definido na pergunta nº4) e pelos profissionais envolvidos no seu atendimento e na inspeção dos meios de transporte nos quais eles se encontravam, por exemplo, aeronave. No nível de alerta internacional de número 5, a OMS não recomenda o uso de máscaras por pessoas saudáveis. 12.Quais recomendações para os viajantes internacionais? a)Aos viajantes que se destinam às áreas afetadas: • Usar máscaras cirúrgicas descartáveis, durante toda a permanência nas áreas afetadas. Substituir sempre que necessário; • Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente Descartável; • Evitar locais com aglomeração de pessoas; • Evitar o contato direto com pessoas doentes; • Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal; • Evitar tocar olhos, nariz ou boca; • Lavar as mãos freqüentemente com sabão e água, especialmente depois de tossir ou espirrar; • Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes a esses países; • Não usar medicamentos sem orientação médica. Atenção! Todos os viajantes devem ficar atentos também às medidas preventivas recomendadas pelas autoridades nacionais das áreas afetadas. b)Aos viajantes que estão voltando de áreas afetadas: Viajantes procedentes das áreas afetadas pela influenza A (H1N1) que apresentarem, até 10 dias após sair dessas áreas, febre alta de maneira repentina (> 38ºC) e tosse podendo estar acompanhadas de dor de cabeça, dores musculares e nas articulações e dificuldade para respirar devem: Durante o vôo: • Comunicar à tripulação para que o comandante da aeronave informe as autoridades de saúde em solo. Nesses casos, o passageiro com sintoma será recebido, no aeroporto de desembarque, por funcionários da ANVISA e pelo serviço médico do aeroporto. • Caso seja necessário, o passageiro será encaminhado para o Hospitais de Referência onde será coleta amostras para diagnóstico laboratorial. CENTRO ESTADUALDE VIGILÂNCIA SAÚDE Início dos sintomas em dias posteriores ao desembarque: • Não utilizar medicação por conta própria • Procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima; • Informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem; • Após avaliação, se houver necessidade, o Estado do Rio Grande do Sul conta com uma rede hospitalar de referência para o atendimento dos casos suspeitos. 13. O que seria uma pandemia de influenza? Pandemia significa uma epidemia em grandes proporções envolvendo diversos países e continentes de forma simultânea, acometendo um grande número de pessoas. No último século, ocorreram três grandes pandemias (1918 - Gripe Espanhola, 1957 - Gripe Asiática e 1968 - Gripe Hong Kong), que causaram um grande impacto na morbidade e mortalidade da população, principalmente crianças e adultos jovens, além de graves danos socioeconômicos.